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HISTÓRIA DA PM
FEVEREIRO-2023
1º CICLO DE ENSINO
A FAMÍLIA REAL NO BRASIL
Em 1807, Napoleão Bonaparte decreta o Bloqueio Continental na Europa e força a
Família Real Portuguesa a deixar Lisboa em direção às terras da colônia. A Corte traz
consigo um efetivo com cerca de 600 homens com a finalidade de realizar a segurança da
família Real O decreto de 13 de maio de 1809 regulamentaria a Guarda Real Portuguesa, ,
criando a Divisão Militar da Guarda Real de Polícia da Corte, cerne da atual Polícia Militar
do estado do Rio de Janeiro4.
INDEPENDÊNCIA
Em 1815 o Brasil é elevado a Vice-Reino de Portugal Brasil e Algarves, colocando
nosso território nas mesmas condições da Metrópole.
PRIMEIRO IMPÉRIO
ORIGEM DE PM ANTERIORES
Em 1775, foi criada a primeira instituição policial com características militares que
daria origem à atual Polícia Militar do estado de Minas Gerais,
PERÍODO REGENCIAL
foi chamado de Regência, uma vez que o país foi “Regido” por figuras políticas até
a maioridade antecipada do Imperador D. Pedro II em 1840 Foi um dos períodos mais
turbulentos de nossa história, estando no centro dos debates da organização das Forças
Armadas 8 tema provocaria condições para a criação de 14 das atuais Polícias Militares do
país mais da metade das Províncias criariam suas forças de segurança neste tumultuado
período.
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PRINCIPAIS EXPOENTES POLÍTICOS DO PERÍODO
Para ocupar a pasta do Ministério Justiça, foi nomeado o padre paulista Diogo
Antônio Feijó11 que, tomando posse no Ministério em 6 de julho de 1831, seria o responsável
direto pela criação das instituições cernes das Polícias Militares provinciais.
A GUARDA NACIONAL
criação da Guarda Nacional em 18 de agosto de 1831 com a missão de “defender a
Constituição, a Liberdade, a Independência e a Integridade do Império”. Inspirada nos
moldes da Guarda Nacional francesa, composta de amadores: caçadores, fuzileiros,
sertanejos e voluntários. Os cargos de oficiais eram obtidos mediante eleições na localidade.
Suas principais características foram: a) uma forte base municipal; b) altíssimo grau de
politização; c) a organização baseada nas elites políticas locais; d) demonstravam
claramente a falta de confiança do governo regencial no Exército brasileiro.
Para comandar os 100 homens a pé, foi designado o Alferes 15José Gomes de
Almeida, que pertencia ao 6º Batalhão de Caçadores do Exército brasileiro, no posto de
Capitão. Para comandar os 30 (trinta) homens da tropa a cavalo foi designado o Capitão
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Pedro Alves de Siqueira, já um veterano à época.
Em 1958, por proposta do então Tenente Olavo Soares, a Instituição adotou seu
brasão de armas. é um Escudo Português, perfilado em ouro , tendo uma bordadura vermelha
carregada de “19 (dezenove) estrelas” de 5 (cinco) pontas em prata, representando os Marcos
Históricos da Corporação. No Centro, em listras vermelhas verticais e horizontais, as cores
representativas da Bandeira Paulista, também perfiladas em ouro. Como timbre, um leão
rampante em ouro, apoiado sobre um virol em vermelho e prata, empunhando um gládio
(espada curta), com punho em ouro e lâmina em prata. À direita do Brasão um ramo de
carvalho e à esquerda um ramo de louro, cruzados em sua base. Como tenentes 17, à direita,
a figura de um Bandeirante com bacamarte e espada, e à esquerda um Soldado da época da
criação da Milícia, empunhando um fuzil com baioneta; ambos em posição de sentido. Num
Listel em azul, a legenda em prata "LEALDADE E CONSTÂNCIA" 18.
DENOMINAÇÕES HISTÓRICAS
MUDANÇAS REPUBLICANAS
Em face do novo projeto nacional desenhado pelas lideranças paulistas, é atribuído à
Força o papel de braço armado do poder político estadual, instrumento essencial à estratégia
dos dirigentes paulistas, no cenário brasileiro da época.
A Força se expande e surgem os primeiros Quartéis. Através de um projeto elaborado
pelo arquiteto Ramos de Azevedo, o Quartel da Luz (hoje sede do 1º Batalhão de Polícia de Choque–
Tobias de Aguiar) é erguido e inaugurado em 1892. Em estilo Neoclássico Pós Napoleônico, foi
criado em princípio para abrigar o 1º Batalhão de Infantaria.
“Tenente Galinha”
Criada para perseguir os delinquentes que buscando esses rincões acreditavam na
impunidade como prêmio, a “Seção de Capturas” da Força Pública, teve no Tenente João Antônio
de Oliveira o “Tenente Galinha” seu maior expoente, primeiro chefe e a figura mais conhecida e
temida desde o início do século XX. Violento e cruel contra os bandidos, João Antônio de
Oliveira, o Tenente galinha foi temido em todo o estado de São Paulo até o seu assassinato.
a isso, a Missão introduziu oficialmente no Brasil o boxe savate (boxe francês), a esgrima, a
ginástica sueca e o 'bailado de Joinville Le Pont'. A Quadrilha de Monitores de Joinville Le
Pont é uma atividade aeróbica de lazer e condicionamento que tem por objetivo a manutenção
do controle físico. Dança camponesa francesa, foi sistematizada pela Escola de Joinville,
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Reivindicações: o fim dos castigos físicos, melhores condições de alimentação e trabalho
e anistia para todos os envolvidos.
Participação da PM: o Governo mandou deslocar para Santos uma ala do 1º Batalhão
de Infantaria da Força Pública sob o comando do Major Pedro Dias de Campos, para evitar
qualquer desembarque dos revoltosos.
ESQUADRILHA DE AVIAÇÃO
1913 – a criação da Esquadrilha de Aviação;
1925 - a Esquadrilha, cede ao País seu primeiro paraquedista militar, o então Tenente
Antônio Pereira Lima;
1927 - o Tenente da Força Pública João Negrão faz parte da tripulação do hidroavião
Jahú, como copiloto na travessia do Atlântico inédita para brasileiros;
Por força de Lei, em 1913, foi criada a Escola de Aviação que teria por fim preparar na
Força Pública aviadores militares, na sede do primeiro campo de pouso militar do país, o Campo
do Guapira (zona Norte da capital de SP), onde militares e civis, tiveram como instrutor o
primeiro piloto a voar no Brasil, o aviador Edu Chaves, brevetado na França.
A Escola teve que paralisar suas atividades devido a I Guerra Mundial (1914 a 1918),
o próprio Edu Chaves lutou no posto de 1º Tenente da aviação francesa.
CRUZ AZUL
Conforme estatuto no dia 28 de julho de 1925, a Associação das Damas da Cruz
Azul de São Paulo foi criada. A ideia de se organizar uma Instituição nesse sentido surgiu
em 1924. Com isso, as famílias dos soldados muitas vezes ficavam desamparadas, o que
sensibilizou uma comissão de damas da sociedade da época a fundar a Instituição,
juntamente com o Coronel Pedro Dias de Campos, Comandante- Geral da Força Pública.
O VOO DO JAHÚ
A travessia impossível. Visando uma travessia aérea transatlântica inédita por
brasileiros, João Ribeiro de Barros (jaúense), inicia sua epopeia. Apesar de todos os percalços,
foi estabelecido um recorde de velocidade - 190 quilômetros por hora que, somente anos mais
tarde seria batido por outra aeronave. Os aeronautas partiram de Gênova na Itália, fazendo
escalas na Espanha, Gibraltar, Cabo Verde e Fernando de Noronha, já em território brasileiro.
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Após a travessia, foram pousando em cidades marginais ao litoral brasileiro até
atingir a capital do Estado de São Paulo onde foram recebidos com grandes honras.
MMDC
A sigla MMDC foi composta com as iniciais dos nomes de quatro paulistas mortos
pelas forças ditatoriais em um confronto ocorrido no dia 23 de maio de 1932 na Praça da
República no centro de São Paulo. Três morreram no local: Martins, Miragaia e Camargo.
Dráusio, um menino de 14 anos, faleceu no dia seguinte, em consequência dos ferimentos
sofridos.
Com as iniciais de seus nomes foi formada a sigla MMDC, que representava a
disposição de São Paulo para enfrentar a ditadura. Mas, além desses quatro, Orlando Oliveira
Alvarenga foi ferido gravemente, vindo a falecer durante a Revolução, 81 (oitenta e um) dias
após. Com isso, foi relegado ao esquecimento.
M Mário Martins de Almeida – 31 anos – Fazendeiro em Sertãozinho – SP.
M Euclydes Bueno Miragaia – 21 anos – Auxiliar de Cartório em São Paulo – SP.
D Dráusio Marcondes de Souza – 14 anos – Ajudante de Farmácia em São Paulo – SP.
C Antônio Américo de Camargo Andrade – 30 anos – Comerciário em São Paulo – SP.
observar os testes com morteiros e Bombardeios. Durante um dos testes, a granada explodiu
na boca da arma e provocou sua morte instantânea além de ferimentos no Tenente Coronel
Salvador Moya e Major Marcelino da Fonseca 62. O Coronel Marcondes Salgado faleceu aos
42 anos, morto em cumprimento do dever. O Governador do Estado, Dr. Pedro de Toledo,
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considerando seus méritos, quer como miliciano da Força quer como líder militar, resolveu,
nos termos do Decreto nº 5.602 de 23 de julho de 1932, considerar promovido "post mortem"
ao posto de General, este comandante da Força Pública do Estado de São Paulo.
O SALTO NA AMAZÔNIA
Em 10 e 11 de maio de 1952, tendo à testa da missão o Capitão Djanir Caldas, um grupo de
paraquedistas da Força Pública saltou sobre a floresta amazônica, em evento de repercussão mundial,
resgatando os corpos e pertences das 60 vítimas da sinistrada aeronave “President”, da empresa Pan
American70.
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AS CAMPANHAS DO CANCRO CÍTRICO, MAL DE CHAGAS
Ao final da década de 50, é a Força Pública convocada para combater uma praga
vegetal denominada de CANCRO CÍTRICO que, ameaçando a citricultura no interior do
estado, colocava em risco a produção de laranja e seu suco (matéria de exportação da
agricultura paulista). Embora não fosse sua missão, a Força Pública troca então armas por
facões e ruma ao interior do estado derrubar laranjais e livrar as terras paulistas desta praga.
A UNIFICAÇÃO DE 1970
Foi nesse cenário que em 8 de abril de 1970 o governo estadual decidiu unificar a
Força Pública e a Guarda Civil do Estado de São Paulo, transformando as duas Corporações
em Polícia Militar do Estado de São Paulo, assumindo dessa forma o controle e todo o sistema
de policiamento ostensivo e preservação da ordem pública, incluindo o Corpo de Bombeiros
e suas atribuições definidas em lei 77. Ainda em 1970 é criado o CSP (Curso Superior de
Polícia) atual Doutorado em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública, oferecido pelo
CAES (Centro de Altos Estudos de Segurança) visando a qualificação para o último posto
do oficialato (Cel PM).
A CONSTITUIÇÃO DE 1988
A constituição de 1988 acomodaria definitivamente as Polícias Militares com os
responsáveis pela polícia ostensiva e preservação da ordem pública, mantendo-as ainda como
“Força auxiliar e reserva do Exército”, subordinando-as aos seus respectivos governadores.
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PublicViews e shows relacionados ao evento, organizados e promovidos pela
Prefeitura Municipal de SãoPaulo;
3º Batalhão Copa com 930 policiais militares, teve por área os prédios e entorno
dos hotéis da família FIFA, além dos prédios e entorno das estações de trem e metrô
da cidade.
Da mesma forma, os Jogos Olímpicos RIO 2016, contou com a cooperação de nossa
Instituição no quesito Segurança Pública. Para a cidade maravilhosa foi enviado em 28 de julho
de 2016 um efetivo de 250 Policiais Militares da Escola Superior de Sargentos (ESSgt),
transformando-se em 1.000 homens e mulheres que para lá rumaram a fim de oferecer o know-
how adquirido durante o planejamento e execução das operações de policiamento durante a Copa
do mundo FIFA-2014.
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