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Polícia Militar do Ceará - 2023

LEONARDO ALVES

RESUMO COMPLETO DE
HISTÓRIA DO CEARÁ
Resumo de toda a história do Ceará constante no
edital da Polícia Militar do Ceará.

(88) 99994-9312
@leoalves.pp
00. PERÍODO PRÉ-COLONIAL E
COLONIAL
PERÍODO PRÉ COLONIAL

Maiores troncos linguísticos dos nativos do Ceará: Tupi e Jê.


Antônio Cardoso de Barros recebeu, em 1535, as terras do Ceará mas não se
interessou e nem chegou a vir à capitania, morreu em um naufrágio em
Alagoas.
Primeira grande seca no Ceará: 1605 à 1609.
PRIMEIRA METADE DO SÉC XVII:

TENTATIVAS DE COLONIZAÇÃO:
Primeira tentativa (1603):
Pero Coelho foi o primeiro a tentar colonizar.
Finalidade: explorar o rio Jaguaribe, combater piratas, fazer paz com indígenas
e tentar encontrar metais preciosos.
Atingiu pelo litoral a serra de Ibiapaba, derrotou os Tabajaras e alguns
franceses.
Tentou seguir para o Maranhão mas seus homens estavam cansados e
famintos e recusaram-se.
Fundou o Forte de São Tiago (Nova Lusitânia).
Fundou o Forte de São Lourenço (rio Jaguaribe).
Passou pouco tempo pelo fato dos ataques dos indígenas ao Forte e também
por causa da seca de 1605 à 1609.

Segunda tentativa (1606):


Padres Jesuítas (Francisco Pinto e Luiz Figueira);
foram tentar catequisar e colonizar;
houve resistência dos Tocarijus que findou na morte de Francisco Pinto.

Terceira tentativa (1609):


Por Soares Moreno;
Fundou o Forte de São Sebastião;
Convocado para combater os franceses;
Mais bem sucedida;
Primeiro europeu a ocupar o território de forma séria.

Tentativa Holandesa (1637):


Com liderança de Matias Beck;
Conquistam o Forte de São Sebastião;
Tem conflito com os nativos e são expulsos por eles;
Retornam novamente em 1644, fundam um forte (Shoonemborch) às margens
do Rio Pajeú;
Em 1654 Portugal toma o Forte Holandês e transforma no Forte de Nossa
Senhora da Assunção que hoje é o comando da 10º Região Militar de Fortaleza.

SEGUNDA METADE DO SÉC XVII:


Primeira vila no Ceará: São José de Ribamar

PROCESSO DE OCUPAÇÃO DO CEARÁ:


Houveram duas frentes de ocupação portuguesa no Ceará:
Sertão-de-fora: controlada por pernambucanos.
Sertão-de-dentro: dominada por baianos.

OBS:
Solo cearense não era propício ao açúcar.
Os jesuítas e religiosos católicos são essenciais na ocupação do território e
viabilizam o contato com os europeus. Estabeleceram também o conceito de
guerra justa para proteger os índios.

01. CEARÁ COM PERNAMBUCO

Adm da capitania do Siará: capitão-mor governador, ouvidoria e câmara dos


vereadores.
CE Província de PE: 1657 à 1799

PARTICIPAÇÃO DO CEARÁ NA REV. PERNAMBUCANA:


1817
Restrita a região do Cariri.

02. CEARÁ NO PERÍODO REGÊNCIAL


Período: 1831-1840
Governo Regencial pós saída de D. Pedro I.

CONSERVADORES:
Corcundas>Caranguejos, Pinto Madeira e Padre Antônio;
Queriam restaurar o império de D. Pedro I.
Vila de Jardim.
Pinto Madeira foi executado.

LIBERAIS:
Família Alencar (teve duas derrotas);
Vila de Crato.
Eram contra o Governo de D. Pedro I

03. ECONOMIA
A economia no Ceará iniciou na segunda metade do Século XVII
A primeira forma econômica foi a pecuária extensiva que iniciou no Sertão.
Na economia do Ceará foi pouco utilizado o trabalho escravo.

CIVILIZAÇÃO DO COURO
Confecção de trajes para proteção de espinhos do semiárido.
Não era usado como hoje para estofados, sapatos e etc.
O sistema de exploração pecuário no sertão foi formado através do latifúndio.
Eram comuns as parcerias entre os proprietários de terra e os vaqueiros, o
pagamento em cabeças de gado (1/4) era comum.
Os maiores proprietários de terras muitas das vezes não ficavam nas terras,
ficavam em Olinda ou Salvador.

CHARQUEADA
Surgiu devido a problemas no transporte do gado.
Centros: Aracati, Acaraú, Sobral, Granja, Camocim.
Crise no fim do Séc XVIII.
Migrou para o Rio Grande do Sul.

COTONICULTURA
Algodão
Séc XVIII
Principais regiões: Fortaleza, Aracati, Baturité, Meruoca, Aratanha.
Separação do CE do PE: 1799
Auge no Séc XIX
Destaque à Fortaleza
Exportado internacionalmente
Principal fonte de renda da Província

Economia do Ceará no Séc XIX:


Predomina o algodão, e há café, açúcar e etc.
Fonte de recursos para investimento na agropecuária: Pecuária.
Maiores concorrentes de Fortaleza neste período: Aquiraz e Aracati.
Na segunda metade do Séc XIX foi tirado o privilégio de Aracati sobre
comércio internacional, com o fechamento da alfândega. O foco total era em
Fortaleza. (seg. metade do séc XIX)

04. ESCRAVIDÃO E ABOLOCIONISMO


NO CEARÁ
MOTIVOS DA ABOLIÇÃO "ANTECIPADA":
Fracassos;
Escravo não era viável para pecuária e plantação de algodão;
Resistências negras;
Bélle Époque;
Secas;
Movimentos abolicionistas;
Mobilizações locais.

Dragão do Mar: Francisco José do Nascimento ou "Chico da Matilde". Foi um líder


jangadeiro que parou de transportar escravos.

Abolição: Iniciou em 1883 por Acarape, depois Fortaleza deu liberdade também em
1883, e em 1884 o Ceará aboliu a escravidão (4 anos antes do Brasil).

05. PADRE CÍCERO E O MILAGRE DE


JUAZEIRO
Padre Cícero estudou nas melhores escolas;
Houve desestabilização na família com a morte do pai, o padrinho custeou os
estudos;
Foi para um seminário em Fortaleza;
Trouxe processo de Romanização x Catolicismo popular;
Romanização: Resgatar respeito a doutrina (maioria dos católicos eram
analfabetos);
Tinha o Padre Ibiapina como inspiração;
Retornou para o Cariri e fixou-se com a família;
Fez trabalhos comunitários e não só religiosos;
Beatas morando com a família;
Milagre das Beatas;
Bispo mandou comissões para investigar milagres de Padre Cícero, houve
parecer do Papa em Roma;
Houve suspensão do Padre;
Trouxe rápido crescimento da região.

06. SEDIÇÃO DE JUAZEIRO


Articulação política para retirar Franco Rabelo do Poder.
Franco Rabelo (política das salvações), após a queda de Accioly, assumiu o
poder em conflito com a legislação, não obtendo maioria simples dos
deputados, fazendo acordo com Accioly (inimigo político), para conquistar os
votos dos outros deputados.
Houve divergências internas e falta de cumprimento de promessas de cargos e
etc;
Franco Rabelo ficou em isolamento político, não sabia com quem fazer
parceria e fazia com pessoas erradas;
Franco Rabelo tinha como "inimigos" o Padre Cícero, João Brígido e Hermes.
O Cariri não aceitava Franco Rabelo;
Franco Rabelo mandou tropas para o Cariri com pretexto de combate aos
"Jagunços" e "cangaceiros", mas também com finalidade de derrubada de
Padre Cícero e outros;
A tropa de resistência do Cariri combateu as tropas de Franco Rabelo e
derrotou-os;
Após a vitória das tropas do Cariri (oligarcas), foram até Fortaleza para retirada
de Franco Rabelo do Poder, obtendo êxito.
Vitória dos oligarcas.
1914
06.1 SALVACIONISMO NO BRASIL E NO
CEARÁ

Política de Hermes da Fonseca para substituir os líderes políticos locais por


interventores, com finalidade de fortalecer o poder central.

No Ceará o líder político era Nogueira Acioly que foi substituído por Franco
Rabelo (mediante "eleição"), por indicação de Hermes da Fonseca.

Os Acioly com apoio de Padre Cícero conseguiram retirar Franco Rabelo do


poder com a "marcha para Fortaleza" por sertanejos e uma "guerra religiosa".

07. O CEARÁ NA CRISE DA REPÚBLICA


VELHA
Após a sedição de Juazeiro e queda de Franco Rabelo;
Militar Setembrino de Carvalho assume a presidência do Ceará
provisoriamente;
Com a Intervenção Federal assume o Coronel Liberato Barroso (indicação de
Hermes da Fonseca), ele nomeia apenas os Marretas;
Exclusão de Nogueira Accioly, João Brígido e Floro Bartolomeu;
Divisão legislativa entre os Marretas (15 dep) e Unionistas (15 dep);
Manda tropas para o Cariri para combater bandidistas e intimidar políticos
Unionistas;
Fim do Partido Unionista;
Criação do Partido Republicano Democrata (Paulo Pessoa);
Criação do Partido Republicano Conservador por José Accioly (filho de
Nogueira Accioly);
Mudança de Presidente do Ceará para Justiniano de Serpa (também por
indicação Federal);
Período de frágeis alianças;
Nenhuma oligarquia se estabelecia de maneira hegemônica (sozinha).

SECAS
1910-1920
Mais grave: 1915-1919 (a seca do quinze)
Campos de concentração (impedimento do direito de ir e vir);
Implantação do IFOCS para realizar rodovias, ferrovias, açudes e poços.
Crescimento da violência (cangaço e alianças);

GRANDES PROBLEMÁTICAS NA DÉCADA DE 10 E 20:


Secas, 1º guerra mundial, disputas políticas, violência, gripe espanhola.

08. O CEARÁ NA ERA VARGAS


CONTEXTO NACIONAL

PERÍODO: 1930-1945
Revolução;
Processo de centralização política;
ERA VARGAS: Governo provisório, governo constitucional e Estado novo.
Fim da const. de 81, governava por decretos;
Fim de casas legislativas;
Colocou interventores nos governos;
Modernizou o país com leis trabalhistas e criação de empresas.

CEARÁ
FERNANDES TÁVORA:
Primeiro interventor;
Contra as oligarquias;
Aliança liberal;
Era civil;
Só passou 8 meses devido a muitas falhas.
CARNEIRO DE MENDONÇA:
Segundo interventor;
Militar;
Conciliação com oligarcas;
Sem relação política no Ceará e neutro;
Repressão;
Durante a seca de 32 fez os campos de concentração.
LEC:
Liga eleitoral católica;
Influenciava católicos politicamente;
MOREIRA LIMA:
Terceiro interventor;
Adm. conturbada como o primeiro.
MENEZES PIMENTEL:
Quarto interventor;
Autoritário/repressão;
Afastou prefeitos e funcionários;
Part. do Estado novo e continuidade.

LEGIÃO CEARENSE DO TRABALHO (LCT)


Período: 1931-1937
Fundada e liderada por Severino Sombra;
Inspiração fascista;
Operária conservadora;
Paternalista;
Autoritária;
Corporativista;
Anticomunista;
Antiliberal;
Apoio à Igreja e à LEC (Liga Eleitoral Católica);
Sombra recusou-se a participar da Rev. de 1930 pois achava de perspectiva
nova porém indefinida.

CALDEIRÃO:
Sob liderança do Beato José Lourenço;
Fazenda no Crato;
Era situada no Sítio Baixa Danta más após divulgação de boatos falsos de
adoração a um boi, foi transferida para a Fazenda Caldeirão dos Jesuítas de
Padre Cícero;
Padre Cícero indicava pessoas para trabalhar lá;
Organizado como uma cooperativa de camponeses;
Solidariedade cristã;
Todo mundo trabalhava e todo mundo comia;
Não tinha circulação de moeda;
Não era comunista mas era entendida como.

09. REDEMOCRATIZAÇÃO DE 1945


REDEMOCRATIZAÇÃO DE 1945 NO CEARÁ:
Enfraquecimento da Era Vargas (Estado novo) e do governo de Menezes
Pimentel
Segunda guerra mundial: Eixo (Alemanha, Japão e Itália) contra os Aliados do
Brasil (democráticos).
Países do Eixo atacaram navios brasileiros deixando a população brasileira
contra o Eixo e apoiando os Aliados, Vargas e Menezes apoiavam o Eixo, por
isso houve enfraquecimento da Era Vargas.

MODIFICAÇÕES POLÍTICAS:
UDN: Partido antivarguista.
PSD e PTB: Varguistas, apoio do Jornal do Nordeste.
No PSD houve uma quebra interna, um grupo apoiava Menezes e outro grupo
Olavo Oliveira.
Olavo Oliveira fundou o PSP.
UDC (União Democrática Cearense): Partido político reunido com líderes
políticos contra a Era Vargas e Menezes Pimentel. O Jornal O Povo apoiava
esse partido.

10. CEARÁ NA REPÚBLICA POPULISTA


CONTEXTO NACIONAL:
Pós Era Vargas (1946-1964);
Fenômeno político urbano;
Líderes carismáticos;
Promessas demagógicas;
Pactos sociais mediados pelo Estado;
Nova constituição.

CONTEXTO NO CEARÁ:
Fragilidade das elites locais;
Principais partidos: UND e PSD;
Alternância do poder entre UDN e PSD;
Autoritarismo e anticomunismo;
Pistolagem e ataques pessoais;
Tentativa de homicídios entre oligarquias;
Imprensa e Igreja apoiaram o anticomunismo;
Atuação do Bispo Dom Antônio Almeida em Fortaleza;
Em 1962 UDN juntou-se com o PSD pela Coligação União pelo Ceará,
indicação de Virgílio Távora. Com Objetivo de derrubar Carlos Jereissati.
Combater comunismo. Obteve vitória, com maioria dos deputados,
governador e prefeito;
Única vitória da oposição: Carlos Jereissati como Senador.

10.5 - 1930-1964
SUDENE:
Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste.
Criada por Juscelino Kubitschek em 1959;
Promover desenvolvimento do Nordeste;
Reverter a desigualdade das regiões;
Estados: MA, PI, CE, RN, PB, PE, AL, SE, BA e parte de MG.
Foi bem sucedida, mas foi extinta em 2001 devida a corrupção, e substituída
pela ADENE, a qual não teve o mesmo desempenho, sendo instituída uma
Nova SUDENE que se tornou uma autarquia integrante do Sistema de
Planejamento e de Orçamento Federal.

DNOCS:
Departamento Nacional de Obras Contra as Secas.
Autarquia federal com sede em Fortaleza.
Missão: Construção de açudes, poços, piscicultura etc.
NOMES:
1909: IOCS
1919: IFOCS
1945: DNOCS

11. O CEARÁ NA DITADURA MILITAR


GOLPE DE 1964-1985
Derrubada de João Goulart pois estava com apoio de comunistas;
Anos de chumbo.

CASTELLO BRANCO 1964-1967


Bipartidarismo;
Constituição de 1967.

COSTA E SILVA 1967-1969


Assinou o AI5;
Milagre econômico;
Enfrentou a luta armada de esquerda.

CONTEXTO NACIONAL:
PERÍODO: 1964-1985;
O presidente João Goulart trouxe reformas de base como a reforma agrária, o
país entendeu como comunismo, a igreja e a população atuou com
manifestações.
Com isso houve um golpe militar que retira João Goulart do poder e entra a
Junta Militar, governo de Castelo Branco (cearense).
EUA sugere aliança para o progresso, empréstimos para os países da américa
latina não aderirem o comunismo com o banco BID.
Só existia dois partidos políticos: ARENA (militares) e MDB

CONTEXTO CEARENSE:
Virgílio Távora no governo com modernização conservadora, industrialização;
Delicada situação política para Virgílio Távora;
Castelo Branco apoia os projetos de Virgílio Távora, ele continua no poder,
perde a eleição para Plácido Alderado Castelo.
Plácido Alderado Castelo faz grandes obras públicas no Ceará;
Governo Federal apoiou as obras do Ceará com o BNB e a SUDENE.

12. OS GOVERNOS DOS CORONÉIS


Também chamado de ciclo dos coronéis;
Não confundir com coronelismo;
Durante a ditadura civil militar;

CONTEXTO CEARENSE:
Política cearense foi partilhada entre 3 grupos oligarcas liderados pelos
coronéis Virgílio Távora, Adauto Bezerra e César Cals, um pacto.
César Cals trouxe crescimento de forças repressivas como a criação do Serviço
Estadual de Informações.
Adauto Bezerra tentou fazer monopólio político buscando apoio político no
interior, saiu do poder após repercussão nacional por homicídio de um dos
seus vigias.
Virgílio Távora implantou o PLAMEG II.
13. GOVERNO DAS MUDANÇAS
Eleição do Tasso Jereissati (1986), após governo de Gonzaga Mota no fim da
ditadura militar;
Geração Cambeba;
Transição democrática;
Formação de burguesia cearense;
Jovens empresários do CIC;
Grande marketing do governo;
Após Tasso veio o governo de Ciro Gomes, com premiações de redução do
analfabetismo no Ceará.

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