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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

GUARDA MUNICIPAL DE FORTALEZA


Professor de Cursos para Concursos Públicos. Graduando em
Prof. Airton Moral Direito. Pós-graduado em Segurança Pública - FLATED. Graduado
em Matemática pela Universidade Federal do Ceará - UFC. Bombei-
ro Militar do Ceará.

ÍNDICE:
LEI MUNICIPAL No 6.794/1990.................................................................................02
Estatuto dos Servidores do Município de Fortaleza

LEI FEDERAL No 13.022/2014....................................................................................34


Estatuto Geral das Guardas Municipais

LEI COMPLEMENTAR MUNICIPAL No 004/1991.......................................................40


Dispõe sobre a organização, finalidade, competência e estrutura organizacional bá-
sica da Guarda Municipal de Fortaleza

LEI COMPLEMENTAR MUNICIPAL Nº 038/2007......................................................46


Aprova o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) dos Servidores da Guarda
Municipal e Defesa Civil de Fortaleza

LEI COMPLEMENTAR MUNICIPAL Nº 037/2007......................................................55


Institui o Regulamento Disciplinar Interno da Guarda Municipal e Defesa Civil de
Fortaleza
Câmara Municipal de Fortaleza
Sistema de Apoio ao Processo Legislativo

Lei Ordinária nº 6.794, de 27 de dezembro de 1990

Vigência a partir de 26 de Abril de 2021.


Dada por Lei Complementar nº 298, de 26 de abril de 2021
Dispõe sobre o Estatuto dos Servidores do Município de Fortaleza e dá outras providências.
A CÂMARA MUNICIPAL DE FORTALEZA DECRETA E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI:
TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS GERAIS
Art. 1º. Esta Lei regula o regime jurídico dos servidores municipais de Fortaleza, tendo em vista o disposto no art.
39, da Constituição da República Federativa do Brasil e na Lei Complementar nº 002, de 17 de Setembro de 1990.
§ 1º Servidor Público Municipal, para os fins deste Estatuto, é a pessoa legalmente investida em cargo público de
provimento efetivo, de carreira ou isolado, ou de provimento em comissão, que perceba remuneração dos cofres
públicos e cujas atribuições correspondam a atividades caracteristicamente estatais da Administração Pública
Municipal.
§ 2º Cargo público é o lugar, inserido no Sistema Administrativo do Município, caracterizando-se, cada um, por
determinado conjunto de atribuições e responsabilidades de natureza permanente, com denominação própria,
número certo e pagamento pelo Erário Municipal e criação por Lei.
§ 3º Para os efeitos desta Lei, considerar-se Sistema Administrativo o complexo de órgãos dos Poderes Legislativo
e Executivo e suas entidades autárquicas e fundacionais.
Art. 2º. Os servidores municipais abrangidos por esta Lei serão integrados em Plano de Carreira específico, con-
forme dispuser lei própria, distribuindo-se em Quadro de Cargos Efetivos e Quadro de Cargos Comissionados.
Art. 3º. São direitos assegurados aos servidores municipais da administração pública direta, autárquica e funda-
cional:
I – política de recursos humanos;
II – acesso a cargos, obedecidas as condições e requisitos fixados em Lei;
III – irredutibilidade de vencimentos;
IV – vencimento base não inferior ao salário mínimo nacional;
V – 13ª remuneração;
VI – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
VII – remuneração do trabalho extraordinário superior, no mínimo, em 50% (cinquenta por cento) à da hora
normal de trabalho;
VIII – salário-família;

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IX – auxílios pecuniários, adicionais e gratificações, na forma estabelecida nesta Lei;
X – licenças, na forma estabelecida nesta Lei;
XI – gozo de férias anuais remuneradas, com acréscimo de pelo menos 1/3 (um terço) da remuneração normal;
XII – amparo de normas técnicas de saúde, higiene e segurança do trabalho, sem prejuízos de adicionais remune-
ratórios por serviços penosos, insalubres ou perigosos;
XIII – aposentadoria;
XIV – participação em órgãos colegiados municipais que tenham atribuições para discussão e deliberação de as-
suntos de interesse profissional dos servidores;
XV – proteção do trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, na forma da Lei;
XVI – proibição de diferenças remuneratória, de exercício de cargos e de critérios de admissão, por motivo de
cor, idade, sexo ou estado civil;
XVII – inexistência de limite de idade para o servidor público, em atividade, na participação em concursos;
XVIII – proteção ao trabalho do portador de deficiência, na forma constitucional;
XIX – o adicional de 1% (um por cento) por anuênio de tempo de serviço;
XX – promoção por merecimento e antiguidade, conforme critérios estabelecidos em Lei;
XXI – pensão especial à família, na forma da lei, se falecer em consequência de acidente de serviço ou de molés-
tia dele decorrente;
XXI – (Revogado) Revogado pelo I - Lei Complementar nº 298, de 26 de abril de 2021.
XXII – estabilidade financeira do valor mensal da gratificação ou comissionado percebido, a qualquer título, por
mais de 05 (cinco) anos ininterruptos ou 10 (dez) intercalados, ou não, na forma regulamentar;
XXIII – proteção ao mercado de trabalho das diversas categorias profissionais, mediante exigência de habilitação
específica declarada pelos respectivos órgãos regionais fiscalizadores;
XXIV – percepção de todos os direitos e vantagens, inclusive promoção, quando à disposição dos demais poderes
e órgãos ou entidade do Município, para exercer cargos em comissão;
XXV – direito de greve, nos temos da Lei;
XXVI – ao servidor público municipal é livre a associação profissional ou sindical, nos termos da Legislação em
vigor.
Art. 4º. São deveres dos servidores municipais:
I – cumprir jornada de trabalho de 08 (oito) horas diárias e 40 (quarenta) semanais;
II – desempenhar suas atribuições em dia e de acordo com as rotinas estabelecidas ou as determinações recebi-
das de seus superiores;
III – justificar, em cada caso e de imediato, o não cumprimento do serviço cometido ou de parte dele;
IV – observar todas as normas legais e regulamentares em vigor;
V – cumprir as ordens de seus superiores, salvo quando manifestamente impraticáveis, abusivas ou ilegais;
VI – atender com presteza e precisão ao público externo e interno;
VII – responder direta e permanentemente pelo uso de material de consumo e bens patrimoniais, sob sua guarda
ou responsabilidade;

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VIII – levar à autoridade superior as irregularidades que vier a conhecer, quando do exercício de suas funções;
IX – guardar sigilo profissional;
X – ser assíduo e pontual ao serviço;
XI – observar conduta funcional e pessoal compatível com a moralidade administrativa e profissional;
XII – representar a instância superior contra ilegalidade ou abuso de poder;
XIII – abster-se, de anonimato;
XIV – atender às notificações para depor ou realizar perícias ou vistorias nos procedimentos disciplinares;
XV – atender, nos prazos de lei ou regulamentos, as requisições para defesa da Fazenda Pública;
XVI – atender nos prazos da lei ou regulamento, os requerimentos de certidões para defesa de direitos ou escla-
recimentos de situações;
XVII – ser parcimonioso e cauteloso no uso dos recursos públicos, buscando sempre, o menor custo e maior lucro
social no seu emprego.
TÍTULO II
DO PROVIMENTO DOS CARGOS
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 5º. Os cargos dispõem-se em padrões horizontais e classes verticais, formadas das categorias funcionais de
cada grupo, nos níveis básico, médio e superior, a serem providos de acordo com os requisitos constitucionais.
Parágrafo único. Os cargos, padrões, classes, categorias funcionais, grupos ocupacionais e referências integrarão
o Plano Municipal de Cargos e Carreiras.
Art. 6º. O provimento dos cargos far-se-á por ato do Prefeito ou do Presidente da Câmara Municipal de Fortaleza
e do Dirigente de Autarquias ou de fundação pública, conforme o caso.
Art. 7º. São formas de provimento dos cargos:
I – nomeação;
II – promoção;
III – transferência;
IV – readaptação;
V – reversão;
VI – reintegração;
VII – recondução;
VIII – aproveitamento.
Art. 8º. Os cargos são de provimento efetivo ou comissionado, devendo ser considerados como requisitos básicos
para a sua investidura:
I – ser brasileiro;
II – estar em gozo dos direitos políticos;
III – nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
IV – aptidão física e mental.
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§ 1º Os cargos comissionados são de livre provimento e exoneração, respeitados a especificação e os pré-
requisitos exigidos para o seu exercício, 50% (cinquenta por cento) deles, devendo ser providos por servidores
municipais, a estes reservados os de símbolos DNI.
§ 2º As reservas feitas no disposto no parágrafo anterior não se aplicam aos cargos de Secretário Municipal, Che-
fe de Gabinete do Prefeito, Procurador Geral do Município, Presidente ou Superintendente de Autarquia, Funda-
ção, Empresa Pública e de Sociedade de Economia Mista e ainda aqueles que integram a rede ambulatorial e hos-
pitalar do Sistema Único de Saúde (SUS), gerido pela Secretária de Saúde do Município.
§ 3º Os cargos comissionados são de livre provimento e exoneração, ressalvado o disposto nos §§ 1º e 2º deste
artigo.
CAPÍTULO II
DO CONCURSO PÚBLICO
Art. 9º. O concurso será de caráter competitivo, eliminatório e classificatório e poderá ser realizado em 02 (duas)
etapas, quando a natureza do cargo o exigir.
§ 1º A primeira etapa, de caráter eliminatório, constituir-se-á de provas escritas.
§ 2º A segunda etapa, de caráter classificatórios, constará de cômputo de títulos e/ou de treinamento, cujo tipo e
duração serão indicados no edital do respectivo concurso.
Art. 10. O concurso terá validade de até 02 (dois) anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual perío-
do.
Parágrafo único O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização, serão fixados em edital, que
será publicado no Diário oficial do Município e em jornal diário de grande circulação, não se abrindo novo concur-
so enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior e cujo o prazo não tenha expirado.
CAPÍTULO III
DA NOMEAÇÃO, DA POSSE E DO EXERCÍCIO
SEÇÃO I
DA NOMEAÇÃO
Art. 11. Haverá nomeação:
I – para provimento de cargos efetivos de classe inicial de carreira;
II – para provimento de cargos comissionados.
Art. 12. A nomeação para cargo efetivo inicial de carreira, depende de aprovação em concurso público, observa-
da a ordem de classificação e dentro do prazo de sua validade.
Parágrafo único O concurso observará as disposições constitucionais e as condições fixadas em edital específico.
Art. 13. O servidor nomeado em virtude de concurso público tem direito à posse, observado o disposto no § 1º
do art. 14 desta Lei.
SEÇÃO II
DA POSSE
Art. 14. Posse é a investidura no cargo, com aceitação expressa das atribuições, condições e responsabilidades a
ele inerentes, formalizada em assinatura do termo respectivo pela autoridade competente e pelo empossado.
§ 1º A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias, contados da publicação do ato de nomeação prorrogável por
mais 30 (trinta) dias, a requerimento do interessado ou por quem o represente legalmente.

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§ 2º A posse poderá dar-se mediante procuração específica.
§ 3º Em se tratando de servidor em licença ou em qualquer tipo de afastamento legal, o prazo será contado do
término do afastamento.
§ 4º A posse ocorrerá em virtude de nomeação para cargos de provimento efetivo e em comissão.
§ 5º No ato da posse, o servidor apresentará, obrigatoriamente, declaração dos bens e valores que constituem
seu patrimônio e declaração sobre o exercício de outro cargo, emprego ou função pública.
Art. 15. A posse dependerá de prévia inspeção médica, pela Junta Médica Municipal, para comprovar que o can-
didato se encontra apto para o desempenho das atribuições do Cargo.
SEÇÃO III
DO EXERCÍCIO
SUBSEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 16. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo.
§ 1º É de 30 (trinta) dias improrrogáveis o prazo para o servidor entrar em exercício, contados da data da posse.
§ 2º Será revogada o ato de nomeação, se não ocorrerem a posse e o exercício nos prazos previstos nesta Lei.
§ 3º A autoridade dirigente do órgão ou entidade para onde for designado o servidor compete dar-lhe exercício.
Art. 17. O início, a interrupção e o reinício do exercício serão registrados no cadastro funcional do servidor.
Art. 18. O exercício do cargo comissionado exigirá de seu ocupante integral dedicação ao serviço, podendo ser
convocado sempre que houver interesse da Administração.
SUBSEÇÃO II
DO ESTÁGIO PROBATÓRIO
Art. 19. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio
probatório por período de 02 (dois) anos, durante o qual sua aptidão e capacidade para o desempenho do cargo
serão avaliados trimestralmente, por critérios próprios, fixados em regulamento, observados especialmente os
seguintes requisitos:
I – idoneidade moral;
II – assiduidade;
III – pontualidade;
IV – disciplina;
V – eficiência.
Art. 20. O chefe imediato do servidor sujeito a estágio probatório, 60 (sessenta) dias antes do término deste,
informará ao órgão de pessoal sobre o servidor, tendo em vista os requisitos enumerados no artigo anterior.
§ 1º A vista de informação da chefia imediata do servidor, o órgão de pessoal emitirá parecer escrito concluindo
a favor ou contra a confirmação do estagiário.
§ 2º Desse parecer, se contrário à confirmação, dar-se-á vista ao estagiário, pelo prazo de 20 (dez) dias, para ofe-
recer defesa.

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§ 3º Julgados o parecer e a defesa, o órgão de administração geral, se considerar aconselhável a exoneração do
servidor estagiário, encaminhará ao chefe do Poder competente o respectivo decreto, com exposição de motivos
sobre o assunto.
§ 4º Se o despacho do órgão de pessoal for favorável à permanência do servidor estagiário, fica automaticamen-
te ratificado o ato de nomeação.
§ 5º A apuração dos requisitos exigidos no estágio probatório deverá processar-se de modo que a exoneração do
servidor estagiário possa ser feita antes de findar o período do estágio.
§ 6º O órgão de pessoal diligenciará junto às chefias que supervisionam servidor em estágio probatório, de forma
a evitar que este se dê por mero transcurso de prazo.
SUBSEÇÃO III
DO REGIME DE TEMPO INTEGRAL
SUBSEÇÃO III
DA LOTAÇÃO, DA RELOTAÇÃO E DA REMOÇÃO
ALTERAÇÃO FEITA PELO 5 - LEI ORDINÁRIA Nº 6.901, DE 25 DE JUNHO DE 1991.
Art. 21. Entende-se por lotação o número de cargos existentes em cada Órgão da Administração Direta, que
constituem o Quadro Único de Pessoal, e o número de cargos constantes nos Quadros de Pessoal das Entidades
da Administração Indireta e Fundacional do Poder Executivo Municipal.
Art. 22. Relotação é o deslocamento do servidor, com o respectivo cargo, de um para outro órgão do mesmo
Poder, observado sempre o interesse da Administração.
Parágrafo único A relotação dependerá da existência de vaga e será processada por ato do Chefe do Poder Exe-
cutivo.
Art. 23. O regime de tempo integral sujeita o servidor a jornada de trabalho normal não inferior a 08 (oito) horas
diárias e 40 (quarenta) semanais.
Art. 23. A remoção é o deslocamento do servidor de um para outro órgão de unidade administrativa e processar-
se-á "ex-ofício" ou a pedido do servidor, respeitada a lotação de cada Secretaria ou entidades. Alteração feita
pelo 5 - Lei Ordinária nº 6.901, de 25 de junho de 1991.
CAPÍTULO IV
DA ASCENSÃO FUNCIONAL
Art. 24. O desenvolvimento do servidor municipal na carreira ocorrerá mediante ascensão funcional em suas
modalidades: progressão, promoção, readaptação e transformação.
SEÇÃO I
DA PROGRESSÃO, PROMOÇÃO, READAPTAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO
Art. 25. Progressão é a passagem do servidor de uma referência para a seguinte, dentro da mesma classe, obede-
cidos os critérios de merecimento ou antiguidade.
Art. 26. Promoção é a passagem do servidor de uma classe para a imediatamente superior, dentro da mesma
carreira, obedecidos os critérios de merecimento ou antiguidade.
Art. 27. Readaptação é a passagem do servidor de uma carreira para outras carreira diferente, de referência de
igual valor salarial, mais compatível com sua capacidade funcional, podendo ser de ofício ou a pedido e depende-
rá, cumulativamente, de:

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I – inspeção da Junta Médica Municipal que comprove sua incapacidade para a carreira ou classe que ocupa e
capacidade para a nova carreira ou classe;
II – possuir habilitação legal para o ingresso na nova carreira ou classe;
III – existência de vaga.
Art. 28. Transformação é a passagem do servidor de qualquer classe de nível básico para a inicial de nível médio
ou superior, ou de qualquer classe de nível médio para a primeira de nível superior, obedecidos os critérios exigi-
dos para o ingresso nas respectivas carreiras.
§ 1º A transformação depende de habilitação em seleção interna de caráter competitivo, eliminatório e classifi-
catório que poderá ser realizado em duas etapas, a seguir definidas:
a) a primeira etapa, de caráter eliminatório, constituir-se-á de provas escritas;
b) a segunda etapa, de caráter classificatório, constará de cômputo de título e/ou treinamento, cujo tipo e dura-
ção serão indicados no edital da respectiva seleção.
§ 2º As vagas reservadas para transformação não poderão ultrapassar o limite de 50% (cinquenta por cento) dos
cargos não preenchidos.
CAPÍTULO V
DA TRANSFERÊNCIA
Art. 29. A transferência é a passagem do servidor de cargo de carreira para outro de igual denominação, classe e
referência, pertencentes a Quadro de Pessoal diverso.
Art. 30. A transferência ocorrerá de ofício ou a pedido do servidor, atendido o interesse do serviço, mediante o
preenchimento de vaga.
CAPÍTULO VI
DA REVERSÃO
Art. 31. Reversão é o reingresso do aposentado no serviço público municipal, após verificado, em processo, que
não subsistem os motivos determinantes da aposentaria.
Art. 32. A reversão far-se-á a pedido do servidor.
§ 1º A reversão depende de exame médico, pela Junta Médica Municipal, em que fique comprovada a capacida-
de para o exercício da função.
§ 2º Será tornada sem efeito a reversão e cassada a aposentadoria do servidor que não tomar posse ou não en-
trar em exercício nos prazos previsto nesta Lei.
Art. 33. Não ocorrerá reversão nas hipóteses de servidor aposentado voluntariamente.
Art. 34. A reversão dar-se-á, de preferência, no mesmo cargo anteriormente ocupado.
Art. 35. A reversão não dará direito, para nova aposentadoria e disponibilidade, à contagem do tempo em que o
servidor esteve aposentado.
CAPÍTULO VII
DA RECONDUÇÃO
Art. 36. Recondução é o retorno do servidor ao cargo anteriormente ocupado.
§ 1º A recondução decorrerá de reintegração do anterior ocupante.

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§ 2º Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado em outro, observando o disposto no
art. 127.
CAPÍTULO VIII
DA REINTEGRAÇÃO
Art. 37. Reintegração é a reinvestidura do servidor no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de
sua transformação, quando invalidada a sua demissão ou readaptação, por decisão administrativa ou judicial,
com ressarcimento de todas as vantagens.
§ 1º Encontrando-se provido o cargo, o seu ocupante será reconduzido ao cargo de origem, ou aproveitado em
outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade com remuneração integral.
§ 2º Comprovada a má fé por parte de quem deu causa à demissão invalidada, responderá este, civil, penal e
administrativamente,
Art. 38. O servidor reintegrado, será submetido à inspeção médica, pela Junta Médica Municipal, e aposentado,
se julgado incapaz.
TÍTULO III
DA VACÂNCIA E SUBSTITUIÇÃO
CAPÍTULO I
DA VACÂNCIA
Art. 39. A vacância do cargo público decorrerá de:
I – exoneração;
II – demissão;
III – ascensão funcional;
III – promoção ou readaptação;
IV – aposentadoria;
V – falecimento;
VI – transferência.
Art. 40. A exoneração de cargo de carreira dar-se-á a pedido do servidor ou de ofício.
Parágrafo único A exoneração de ofício será aplicada:
a) quando não satisfeitas as condições de estágio probatório;
b) quando o servidor não entrar em exercício no prazo estabelecido nesta Lei.
Art. 41. A exoneração de cargo em comissão dar-se-á:
I – a juízo da autoridade competente;
II – a pedido do próprio servidor.
Art. 42. A vaga ocorrerá na data:
I – da vigência do ato administrativo que lhe der causa;
II – da morte do ocupante do cargo;
III – da vigência do ato que criar e conceder dotação para o seu provimento ou de que determinar esta última
medida, se o cargo já estivar criado;

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IV – da vigência do ato que extinguir cargo e autorizar que sua dotação permita o preenchimento de cargo vago.
Parágrafo único Verificada a vaga, serão consideradas abertas, na mesma data, todas as que decorrerem de seu
preenchimento.
CAPÍTULO II
DA SUBSTITUIÇÃO
Art. 43. Os ocupantes de cargos em comissão terão substitutos indicados no regulamento ou estatuto do Órgão
ou Entidade ou, em caso de omissão, previamente designados pela autoridade competente.
Parágrafo único O substituto assumirá automaticamente o exercício do cargo nos afastamentos ou impedimen-
tos do Titular e fará jus à remuneração pelo seu exercício, para na proporção dos dias de efetiva substituição,
facultada a opção, na hipótese do servidor exercer outro cargo em comissão.
TÍTULO IV
DOS DIREITOS E VANTAGENS
CAPÍTULO I
DO TEMPO DE SERVIÇO
Art. 44. A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos em anos, considerado o ano de
trezentos e sessenta e cinco dias.
Art. 45. Serão considerados de efetivo exercício os afastamentos em virtude de:
I – férias;
II – casamento, até oito dias corridos;
III – luto, até cinco dias corridos, por falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madastra, padastro, filhos, en-
teados, irmãos, genros, noras, avós, sogro e sogra.
IV – nascimento de filho, até cinco dias corridos;
V – exercício de cargo em comissão ou equivalente em órgãos ou entidades dos Poderes da União, Estados, Mu-
nicípios ou Distrito Federal, quando legalmente autorizado;
VI – convocação para o serviço militar;
VII – júri e outros serviços obrigatórios por Lei;
VIII – estudo em outro Município, Estado ou País, quando legalmente autorizado;
IX – licença;
a) à maternidade, à adotante e à paternidade;
b) para tratamento de saúde;
c) por motivo de doença em pessoa da família;
d) para o desempenho de mandato eletivo;
e) prêmio.
Art. 46. É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado concomitantemente em mais de um car-
go ou função de órgão ou entidade dos Poderes da União, Estado, Distrito Federal e Município, autarquia, funda-
ção pública, sociedade de economia mista e empresa pública.
Art. 47. Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria, disponibilidade e promoção por antiguidade:

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I – o tempo de serviço público prestado a União, Estado e ou outro Município;
II – a licença para mandato eletivo;
III – o tempo de serviço em atividade privada, vinculada à Previdência Social;
Parágrafo único O tempo de serviço prestado às Forças Armadas, em operações de guerra, será contado em
dobro.
CAPÍTULO II
DAS FÉRIAS ANUAIS
SEÇÃO I
DO DIREITO A FÉRIAS E DA DURAÇÃO
Art. 48. O servidor faz jus, anualmente, a 30 (trinta) dias consecutivos de férias, que podem ser acumuladas até o
máximo de 02 (dois) períodos, no caso de necessidade do serviço.
§ 1º Para cada período aquisitivo serão exigidos 12 (doze) meses de exercício.
§ 2º É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.
Art. 49. As férias poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública, comoção interna, convocação
para júri, serviço militar ou eleitoral ou necessidade comprovada de retorno inadiável ao trabalho.
SEÇÃO II
DA CONCESSÃO E DA ÉPOCA DAS FÉRIAS
Art. 50. As férias serão concedidas por ato do Dirigente da Unidade Administrativa, em um só período, nos 12
(doze) meses subsequentes à data em que o servidor tiver adquirido o direito.
Parágrafo único. Somente em casos excepcionais serão as férias concedidas em dois períodos, em dos quais não
poderá ser inferior a 10 (der) dias corridos.
Art. 51. A concessão das férias será participada, por escrito, ao servidor, com antecedência de, no mínimo 15
(quinze) dias, cabendo a este assinar a respectiva notificação.
Parágrafo único O período de férias não gozadas durante a vida funcional, por necessidade de serviço, será con-
tado em dobro para efeito de aposentadoria e disponibilidade.
Revogado pelo I - Lei Complementar nº 298, de 26 de abril de 2021.
Art. 52. A época da concessão das férias a que melhor consulte os interesses dos serviços público, obedecidas as
respectivas escalas, elaboradas, dentro do possível, atendendo aos interesses do servidor.
SEÇÃO III
DA REMUNERAÇÃO E DO ABONO DE FÉRIAS
Art. 53. O servidor perceberá, antes do início do gozo de suas férias, a remuneração que lhe for devida na data da
respectiva concessão, acrescida de, pelo menos 1/3 (um terço).
SEÇÃO IV
DOS EFEITOS DA EXONERAÇÃO OU DEMISSÃO
Art. 54. Concretizada a exoneração ou demissão, de cargo efetivo, será devido ao servidor a remuneração cor-
respondente ao período de férias cujo direito tenha adquirido.
Parágrafo único O servidor exonerado terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, na
proporção de 1/2 (um doze avos) por mês de serviço ou fração igual ou superior a 15 (quinze) dias.

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CAPÍTULO III
DAS LICENÇAS
SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 55. Conceder-se-á ao servidor licença:
I – para tratamento de saúde;
II – por motivo de doença em pessoa da família;
III – maternidade;
IV – paternidade;
V – para serviço militar obrigatório;
VI – para acompanhar o cônjuge ou companheiro;
VII – para desempenho de mandato eletivo;
VIII – prêmio.
Art. 56. A licença para tratamento de saúde, depende de inspeção médica, pela Junta Médica Municipal, e terá a
duração que for indicada no respectivo laudo.
§ 1º Terminado o prazo, o servidor será submetido a nova inspeção médica, devendo o laudo concluir pela volta
do servidor ao exercício, pela prorrogação da licença ou, se for o caso, pela aposentadoria.
§ 2º Terminando a licença o servidor reassumirá imediatamente o exercício.
Art. 57. A licença poderá ser terminada ou prorrogada de ofício ou a pedido.
Parágrafo único O pedido de prorrogação deverá ser apresentado antes de finda a licença e, se indeferido, con-
tar-se-á com licença o período compreendido entre a data do término e a do conhecimento oficial do despacho.
Art. 58. As licenças concedidas dentro de 60 (sessenta) dias, contados do término da anterior, serão consideradas
em prorrogação.
Parágrafo único. Para efeito deste artigo, somente serão levadas em consideração as licenças da mesma espécie,
com o mesmo objetivo.
Art. 59. Todas as licenças serão concedidas pelo Prefeito, Presidente da Câmara Municipal ou Dirigente da Enti-
dade ou por delegação destes a pessoa credenciada.
Art. 60. O ocupante de cargo em comissão, não titular de cargo de carreira, terá direito às licenças referidas nos
itens I a IV do art. 55.
SEÇÃO II
DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE
Art. 61. A licença para tratamento de saúde será "ex-ofício" ou a pedido do servidor ou de seu legítimo represen-
tante, quando aquele não poder fazê-lo.
Parágrafo único O servidor licenciado para tratamento de saúde, não poderá dedicar-se a qualquer atividade
remunerada, sob pena de ser cassada a licença.
Art. 62. O exame, para concessão de licença para tratamento de saúde, será feito pela Junta Médica Municipal,
salvo se fora do Município.

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Parágrafo único O atestado ou laudo passado por médico ou junta médica particular, só produzirá efeitos depois
de homologado pela Junta Médica Municipal.
Art. 63. Será punido disciplinarmente, com suspensão de 30 (trinta) dias, o servidor que recusar a submeter-se a
exame médico, cessando o efeito da penalidade, logo que se verifique o exame.
Art. 64. Considerado apto, em exame médico, o servidor reassumirá, sob pena de se apurarem, com faltas injusti-
ficadas, os dias de ausência.
Parágrafo único. No curso da licença, poderá o servidor requerer exame médico, caso se julgue em condições de
reassumir o exercício.
Art. 65. A licença a servidor atacado de tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira ou redu-
ção de vista que lhe seja praticamente equivalente, hanseníase paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia
grave, doença de Parkison, espondiloartrose anquilosante, epilepsia vera, nefropatia grave, estados avançados de
Paget (osteíte deformante) ou de outra moléstia que, a juízo da Junta Médica Municipal, ocasionar incapacidade
total e definitiva, será concedida quando o exame médico não concluir pela concessão imediata da aposentado-
ria.
Art. 66. Será integral a remuneração do servidor licenciado para tratamento de saúde.
SEÇÃO III
DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA FAMÍLIA
Art. 67. Será concedida licença ao servidor, por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, padrasto ou ma-
drasta, ascendentes, descendentes, enteado e colateral consanguíneo ou afim até o segundo grau civil, mediante
comprovação médica.
§ 1º A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e não puder ser presta-
da simultaneamente com o exercício do cargo, o que deverá ser apurado através de acompanhamento social
§ 2º A licença será concedida sem prejuízo de remuneração integral.
SEÇÃO IV
DA LICENÇA MATERNIDADE
Art. 68. A servidora gestante, mediante inspeção médica, será licenciada por 120 (cento e vinte) dias corridos
com remuneração integral.
§ 1º A prescrição médica determinará a data início da licença a ser concedida à gestante.
§ 2º Aplica-se à servidora adotante o disposto no caput deste artigo.
SEÇÃO V
DA LICENÇA PATERNIDADE
Art. 69. Será concedida licença paternidade ao servidor que, por ocasião do nascimento de filho ou adoção, apre-
sentar registro civil de nascimento da criança ou provação da adoção.
Parágrafo único A licença paternidade é de 05 (cinco) dias corridos, contados a partir do nascimento ou adoção
da criança.
SEÇÃO VI
DA LICENÇA PARA SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO
Art. 70. Ao servidor que for convocado para serviço militar, e outros encargos de segurança nacional, será conce-
dida licença com remuneração integral.

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§ 1º A licença será concedida à vista de documento oficial que comprove a incorporação.
§ 2º Da remuneração descontar-se-á a importância que o servidor perceber na qualidade de incorporado, salvo
se optar pelas vantagens do serviço militar.
§ 3º Ao servidor desincorporado conceder-se-á prazo não excedente a 30 (trinta) dias, para que reassuma o exer-
cício, sem parda da remuneração.
§ 4º A licença de que trata este artigo, será também concedida ao servidor que houver feito curso para ser admi-
tido como oficial das Forças Armadas, durante os estágios prescritos pelos regulamento militares, aplicando-se o
disposto no § 2º deste artigo.
SEÇÃO VII
DA LICENÇA PARA ACOMPANHAR O CÔNJUGE OU COMPANHEIRO
Art. 71. O servidor, cujo cônjuge ou companheiro tiver sido mandado servir, independentemente de solicitação,
em outro ponto do território nacional, ou no estrangeiro, terá direito a licença sem remuneração.
§ 1º Excluem-se da regra do caput deste artigo os municípios integrantes da região Metropolitana de Fortaleza.
§ 2º A licença será concedida, mediante pedido devidamente instruído e vigorará pelo tempo que durar a comis-
são ou a nova função do cônjuge ou companheiro.
SEÇÃO VIII
DA LICENÇA PARA DESEMPENHO DE MANDATO ELETIVO
Art. 72. O servidor investido em mandato eletivo será considerado em licença, aplicando-se as seguintes disposi-
ções:
I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, dicará afastado do seu cargo, emprego ou fun-
ção, sem remuneração;
II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela
sua remuneração;
III – investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu
cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será
aplicada a norma do inciso anterior.
§ 1º A licença prevista neste artigo considerar-se-á automática com a posse no mandato eletivo.
§ 2º O servidor municipal, afastado nos termos deste artigo, só poderá reassumir o exercício do cargo, após o
término ou renúncia do mandato.
Art. 73. O servidor ocupante de cargo em comissão será exonerado com a posse no mandato eletivo.
Parágrafo único Se o ocupante do cargo em comissão for também de um cargo de carreira ficará exonerado da-
quele e licenciado deste, na forma prevista no artigo anterior.
Art. 74. O servidor municipal deverá licenciar-se antes da eleição a que for concorrer, na forma dos dispositivos
legais que regulamentarem a matéria.
SEÇÃO IX
DA LICENÇA-PRÊMIO
Art. 75. Após cada quinquênio de efetivo exercício o servidor fará jus a 03 (três) meses de licença, a título de
prêmio por assiduidade, sem prejuízo de sua remuneração.

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§ 1º Para que o servidor titular de cargo de carreira, no exercício de cargo em comissão, goze de licença-prêmio,
com as vantagens desse cargo, deve ter nele pelo menos 02 (dois) anos de exercício ininterruptos.
§ 2º Somente o tempo de serviço público prestado ao Município de Fortaleza, será contado para efeito de licen-
ça-prêmio.
Art. 76. Não se concederá licença-prêmio ao servidor que, no período aquisitivo:
I – sofrer penalidade disciplinar de suspensão;
II – afasta-se do cargo em virtude de:
a) licença para tratamento em pessoa da família por mais de 04 (quatro) meses ininterruptos ou não;
b) para trato de interesse particular;
c) por afastamento para acompanhar o cônjuge ou companheiro, por mais de 03 (três) meses ininterruptos ou
não;
d) licença para tratamento de saúde por prazo superior a 06 (seis) meses ininterruptos ou não.
e) disposição sem ônus.
Parágrafo único. As faltas injustificadas ao serviço retardarão a concessão da Licença prevista neste artigo, na
proporção de um mês para cada falta.
Art. 77. A licença-prêmio, a pedido do servidor, poderá ser gozada por inteiro ou parceladamente.
Parágrafo único Requerida para gozo parcelado, a licença-prêmio não será concedida por período inferior a um
mês.
Art. 78. É facultado à autoridade competente, tendo em vista o interesse da Administração, devidamente funda-
mentado, determinar, dentro de 90 (noventa) dias seguintes da apuração do direito, a data do início do gozo pela
licença-prêmio, bem como decidir se poderá ser concedida por inteiro ou parceladamente.
Art. 79. A licença-prêmio poderá ser interrompida, de ofício, quando o exigir interesse público, ou a pedido do
servidor, preservado, em qualquer caso, o direito ao gozo do período restante da licença.
Art. 80. É facultado ao servidor contar em dobro o tempo de licença-prêmio não gozada, para efeito de aposen-
tadoria e disponibilidade.
Art. 80. (Revogado) Revogado pelo I - Lei Complementar nº 298, de 26 de abril de 2021.
Art. 81. O servidor deverá aguardar em exercício a concessão da licença-prêmio.
Parágrafo único O direito de requerer licença-prêmio não está sujeito a caducidade.
CAPÍTULO IV
DOS AFASTAMENTOS
SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 82. O servidor poderá afastar do exercício funcional:
I – sem prejuízo da remuneração, quando:
a) for estudante, para incentivo à sua formação profissional e dentro dos limites estabelecidos nesta Lei;
b) for realizar missão ou estudo fora do Município de Fortaleza;
c) por motivo de casamento, até o máximo de 08 (oito) dias corridos;

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d) por motivo de luto, até 05 (cinco) dias.
e) para atividade sindical ou associativa, uma vez aleito pelos servidores, conforme estabelecido em Lei.
II – sem direito à percepção da remuneração, quando se tratar de afastamento para o trato de interesse particu-
lar;
III – com ou sem direito à percepção da remuneração, conforme se dispuser em lei ou regulamento, quando o
exercício das atribuições de cargo, função ou emprego em Órgãos ou Entidades da Administração Federal, Esta-
dual ou Municipal.
Parágrafo único Os servidores ocupantes de cargo de carreira ou em comissão poderão, devidamente autoriza-
dos, integrar ou assessorar comissões, grupos de trabalho ou programas, com ou sem prejuízo da remuneração.
SEÇÃO II
PARA TRATO DE INTERESSE PARTICULAR
Art. 83. Depois de 03 (três) anos de efetivo exercício, o servidor poderá obter autorização de afastamento para o
trato de interesse particular, por um período não superior a 10 (dez) anos, consecutivos ou não.
Parágrafo único O servidor deverá aguardar em exercício a autorização do seu afastamento.
Art. 84. Não será autorizado o afastamento do servidor removido antes de ter assumido o exercício.
Art. 85. O afastamento para o trato de interesse particular será negado quando for inconveniente ao interesse
público.
Art. 86. Quando o interesse do serviço o exigir, a autorização poderá ser revogada, a juízo da autoridade compe-
tente, devendo, neste caso, o servidor ser expressamente notificado para apresentar-se ao serviço no prazo de 30
(trinta) dias, prorrogável por igual período, findo o qual caracterizar-se-á o abandono do cargo.
Art. 87. O servidor poderá a qualquer tempo, reassumir o exercício, desistindo da autorização.
SEÇÃO III
DAS AUTORIZAÇÕES PARA INCENTIVO A FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO SERVIDOR
Art. 88. Poderá ser autorizado o afastamento, de até 02 (duas) horas diárias, ao servidor que frequente curso
regular de 1º grau, 2º grau ou de ensino superior, a critério da Administração.
Parágrafo único A autorização prevista neste artigo poderá dispor que a redução dar-se-á por prorrogação do
início ou antecipação do término do expediente diário, conforme considerar mais conveniente ao estudante e aos
interesses da repartição.
Art. 89. O afastamento para missão ou estudo fora do Município ou no estrangeiro será autorizado nos mesmos
atos que designarem o servidor a realizar a missão ou estudo, quando do interesse do Município.
Art. 90. As autorizações previstas nesta seção dependerão de comprovação, mediante documento oficial, das
condições previstas para as mesmas, podendo a autoridade competente exigi-la, prévia ou posteriormente, con-
forme julga conveniente.
CAPÍTULO V
DO DIREITO DE PETIÇÃO
Art. 91. É assegurado ao servidor o direito de petição para requerer ou representar e pedir reconsideração.
§ 1º O requerimento ou representação será dirigido à autoridade competente para dicidí-lo, através de superior
hierárquico do requerente, que deverá ser decidido e despachado no prazo de 20 (vinte) dias a partir da entrega
do documento de petição devidamente protocolizado.

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§ 2º O pedido de reconsideração será dirigido à autoridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira
decisão, não podendo ser renovado.
§ 3º O pedido de reconsideração deverá ser decidido dentro do prazo de 30 (trinta) dias.
Art. 92. Caberá recurso:
I – do indeferimento do pedido de reconsideração;
II – das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos.
Parágrafo único O recurso, que não terá efeito suspensivo, será dirigido à autoridade imediatamente superior a
quem tiver expedido o ato ou proferido a decisão, e, sucessivamente, em escala, às demais autoridades.
Art. 93. O direito de pleitear na esfera administrativa prescreverá:
I – em 05 (cinco) anos, quanto aos atos de que decorrerem demissão, cassação de aposentadoria ou disponibili-
dade;
II – em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos.
Art. 94. O prazo de prescrição contar-se-á da data da publicação do ato impugnado e quando estar for de nature-
za reservada, da data em que o interessado dele tiver ciência.
Art. 95. O pedido de reconsideração, quando cabível, interrompe a prescrição.
Parágrafo único A prescrição interrompida recomeçará a correr pela metade do prazo da data do ato que a inter-
rompeu, ou do último ato ou termo do respectivo processo.
CAPÍTULO VI
DO VENCIMENTO E REMUNERAÇÃO
Art. 96. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei.
Art. 97. Remuneração é o vencimento do cargo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes ou temporá-
rias, estabelecidas em lei.
Parágrafo único Fica instituída a data-base dos servidores do município em 1º de Maio.
Art. 98. O servidor perderá:
I – a remuneração dos dias que faltar ao serviço, salvo os casos previstos nesta Lei;
II – a parcela da remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências e saídas antecipadas, na forma que dis-
puser por Decreto.
Art. 99. O vencimento, a remuneração, o provento ou qualquer vantagem pecuniária atribuída ao servidor, não
sofrerão descontos além dos previstos expressamente em lei, nem serão objeto de arresto, sequestro ou penho-
ra, salvo em se tratando de:
I – prestação de alimentos, determinada judicialmente ou acordada;
II – reposição ou indenização devida à Fazenda Municipal.
Art. 100. As reposições e indenizações à Fazenda Municipal serão descontadas em parcelas mensais não exce-
dentes a 10ª (décima) parte da remuneração.
Parágrafo único Quando o servidor for exonerado ou demitido, a quantia por ele devida será inscrita como dívi-
da ativa para os efeitos legais,
Art. 101. O servidor que não estiver no exercício do cargo, somente poderá perceber vencimento ou remunera-
ção nos casos previstos em lei ou regulamento.
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Art. 102. (Revogado) Revogado pelo I - Lei Complementar nº 298, de 26 de abril de 2021.
CAPÍTULO VII
DAS VANTAGENS PECUNIÁRIAS
SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 103. Juntamente com o vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens:
I – 13ª Remuneração;
II – gratificação de insalubridade, periculosidade e risco de vida;
III – gratificação por serviço extraordinário;
IV – gratificação por participação em órgão de deliberação coletiva;
V – gratificação por participação em comissão examinadora de concurso;
VI – gratificação por exercício de magistério;
VII – diárias e ajuda de custo;
VIII – adicional por tempo de serviço;
IX – adicional por trabalho noturno;
X – gratificação por representação;
XI – gratificação pelo aumento de produtividade;
XII – gratificação por regime de tempo integral;
XII – (Revogado) Revogado pelo 12 - Lei Ordinária nº 6.901, de 25 de junho de 1991.
XIII – gratificação pela execução de trabalho relevante, técnico ou científico;
XIV – retribuição adicional variável;
XV – gratificação de raio X.
XVI – gratificação pela prestação de serviço em regime de sobreaviso permanente.
XVII – gratificação de plantão.
Parágrafo único Leis específicas regulamentarão as vantagens pecuniárias constantes nos incisos VI, XI, XV e XVI
deste artigo.
SEÇÃO II
DA 13ª REMUNERAÇÃO
Art. 104. A 13ª remuneração corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que o servidor fizer jus no
mês de dezembro, por mês de dezembro, por mês de exercício, no respectivo ano.
Parágrafo único A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como mês integral.
Art. 105. No caso de vacância em cargo de carreira, qualquer que seja a sua causa, o servidor perceberá 13ª re-
muneração proporcionalmente aos meses de efetivo exercício, calculada sobre a remuneração do último mês
pecuniária.
Art. 106. A 13ª remuneração não será considerada para cálculo de qualquer vantagem pecuniária.
SEÇÃO III
DA GRATIFICAÇÃO DE INSALUBRIDADE, PERICULOSIDADE E RISCO DE VIDA
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Art. 107. São consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou mé-
todos de trabalho, exponham os servidores a agente nocivo à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em
razão da natureza e da intensidade do agente e o tempo de exposição aos seus efeitos.
Art. 108. A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá:
I – com adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância;
II – com a utilização de equipamentos de equipamentos de proteção individual ao servidor, que diminuam a in-
tensidade do agente agressivo a limites de tolerância.
Parágrafo único A insalubridade e periculosidade serão comprovadas por meio de perícia médica.
Art. 109. O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo
Ministério do Trabalho, assegura a percepção da gratificação de insalubridade.
Parágrafo único A gratificação que se refere o caput deste artigo se classifica segundo os graus máximo, médio e
mínimo, com valores de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez porcento) do vencimento
base do servidor, respectivamente.
Art. 110. São consideradas atividades ou operações perigosas, aquelas que, por sua natureza ou método de tra-
balho, impliquem em contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado.
Parágrafo único O trabalho em condições de periculosidade assegura ao servidor uma gratificação de 30% (trinta
por cento) sobre o vencimento base.
Art. 111. Pela execução de trabalho de natureza especial com risco de vida será concedida uma gratificação de
20% (vinte por cento), calculada sobre o vencimento base do servidor.
Art. 112. O direito do servidor à gratificação de insalubridade, periculosidade ou risco de vida, cessará com a eli-
minação do risco à sua saúde ou integradade física.
Art. 113. (Revogado) Revogado pelo I - Lei Complementar nº 298, de 26 de abril de 2021.
SEÇÃO IV
DA GRATIFICAÇÃO POR SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO
Art. 114. O serviço extraordinário será calculado com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) em relação à hora
normal de trabalho, incidindo sobre a remuneração do servidor, excetuando-se a representação de cargo comis-
sionado.
Art. 115. Somente será permitido serviço extraordinário para atender situações excepcionais e temporárias, res-
peitado o limite máximo de 02 (duas) horas diárias.
SEÇÃO V
DAS DIÁRIAS
Art. 116. O servidor que, a serviço, se afastar do Município, em caráter eventual ou transitório, para outro ponto
do território nacional, fará jus a passagens e diárias, pra cobrir as despesas de hospedagem, alimentação e loco-
moção, cujo valor será fixado por ato do Prefeito ou Presidente da Câmara, conforme o caso.
Parágrafo único A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o desloca-
mento não exigir pernoite fora do Município.
Art. 117. O servidor que receber diárias e não se afastar do Município, por qualquer motivo, fica obrigado a resti-
tuí-las, integralmente, no prazo de 05 (cinco) dias.

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Parágrafo único Na hipótese do servidor retornar ao Município em prazo menor do que o previsto para seu afas-
tamento, restituirá as diárias recebidas em excesso, no prazo de 05 (cinco) dias.
Art. 117-A. O servidor que, com habitualidade, realizar deslocamentos por necessidade do serviço poderá, a cri-
tério da Administração, receber ajuda de custo para compensar as despesas decorrentes daqueles deslocamen-
tos, conforme estabelecido em Decreto, por questão de eficiência ou economicidade, para cargos ou funções
específicas.
Parágrafo único A ajuda de custo a que se refere o caput possui natureza indenizatória, não poderá ser compu-
tada para a concessão de décimo terceiro salário, férias ou qualquer outra vantagem, não servindo de base de
cálculo para fins previdenciários e não podendo ser incorporada para qualquer fim.
SEÇÃO VI
DO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO
Art. 118. O adicional por tempo de serviço é devido à razão de 1% (um por cento) por anuênio de efetivo serviço
público, incidente sobre o vencimento do servidor.
§ 1º O servidor fará jus ao adicional a partir do mês subsequente à aquele em que completar o anuênio.
§ 2º O limite do adicional a que se refere o "caput" deste artigo é de 35% (trinta e cinco por cento).
§ 3º O anuênio calculado sobre o vencimento, mantidas as condições estabelecidas pela Lei nº 5.391, de 06 de
maio de 1981 e pelo art. 53 da Lei Complementar nº 001, de 13 de setembro de 1990, incorporando-se aos ven-
cimentos para todos os efeitos, inclusive para aposentadoria e disponibilidade.
§ 4º Não poderá receber o adicional a que se refere este artigo o servidor que perceber qualquer vantagem por
tempo de serviço, salvo opção por uma delas.
SEÇÃO VII
DO ADICIONAL POR TRABALHO NOTURNO
Art. 119. O trabalho noturno terá remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá
um acréscimo de 20% (vinte por cento) sobre a hora diurna.
§ 1º A hora do trabalho noturno será computada como de 52 (cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos.
§ 2º Considera-se noturno, para efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 (vinte e duas) horas de um
dia às 05 (cinco) horas do dia seguinte.
§ 2º Considera-se noturno, para efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 19 (dezenove) horas de um
dia às 07 (sete) horas do dia seguinte. Alteração feita pelo Art. 1º. - Lei Ordinária nº 7.442, de 04 de novembro de
1993.
§ 3º Nos horários mistos, assim entendidos os que abrangem períodos diurnos e noturnos, aplica-se às horas de
trabalho noturno o disposto neste artigo e seus parágrafos.
SEÇÃO VIII
DA GRATIFICAÇÃO DE REPRESENTAÇÃO
Art. 120. A gratificação de representação e atribuída aos ocupantes de cargos em comissão e outros que a legis-
lação determinar, tendo em vista despesas de natureza social e profissional determinadas pelo exercício funcio-
nal.
Parágrafo único Os percentuais da gratificação serão estabelecidos em Lei, em ordem decrescente, a partir da
remuneração de Secretário Municipal.

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Art. 121. (Revogado) Revogado pelo I - Lei Complementar nº 298, de 26 de abril de 2021.
Art. 122. O servidor que já tenha adicionado aos seus vencimento a vantagem do artigo anterior, quando nome-
ado para cargo comissionado, poderá perceber, a título de verba especial, o valor correspondente a 60% (sessen-
ta por cento) da representação do cargo em comissão que esteja exercendo.
Parágrafo único O direito à percepção da vantagem de que trata este artigo cessa quando o servidor deixar de
exercer o cargo em comissão, não podendo esta vantagem, sob qualquer hipótese, ser adicionada ou incorporada
a seus vencimento ou proventos, para nenhum efeito.
CAPÍTULO VIII
DA ESTABILIDADE
Art. 123. O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de carreira adquirirá estabilidade no
serviço público após 02 (dois) anos de efetivo exercício.

Comentário do Prof. Moral:

A CF/88 determina no art. 41 que:


"são estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em
virtude de concurso público."

Art. 124. O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitado em julgado ou de pro-
cesso administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.
Art. 125. Invalidada a demissão do servidor estável será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga recondu-
zido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade.
CAPÍTULO IX
DA DISPONIBILIDADE E DO APROVEITAMENTO
Art. 126. Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com
remuneração integral.
Art. 127. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento obrigatório em
cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.
Art. 128. O aproveitamento de servidor que se encontra em disponibilidade a mais de 01 (hum) ano dependerá
de prévia comprovação de sua capacidade física e mental, por Junta Médica Municipal.
§ 1º Se julgado apto, o servidor assumirá o exercício do cargo no prazo de 30 (trinta) dias contados da publicação
do ato de aproveitamento.
§ 2º Verificada a incapacidade definitiva, o servidor em disponibilidade será aposentado.
Art. 129. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cessada a disponibilidade se o servidor não entrar em
exercício no prazo legal, salvo doença comprovada por Junta Médica Municipal.
TÍTULO V
DA PREVIDÊNCIA E DA ASSISTÊNCIA
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 130. O Município assegurará a manutenção de um sistema de previdência e assistência que, dentre outros,
preste os seguintes benefícios ao servidor e à sua família:
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I – aposentadoria;
II – salário-família;
III – auxílio natalidade;
IV – auxílio-funeral;
V – pensão;
VI – assistência médica, odontológica e hospitalar;
VII – assistência social, jurídica e financeira;
VIII – pecúlio.
Parágrafo único Os benefícios e serviços serão concedidos, nos termos e condições definidos em regulamento,
observadas as disposições desta Lei.
Art. 131. O recebimento indevido de benefícios havidos por fraude, dolo ou má fé, implicará devolução ao Erário
do total auferido, sem prejuízo da ação cabível.
CAPÍTULO II
DA APOSENTADORIA
SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Comentário do Prof. Moral:


Art. 132 ao 135 revogados pelo I - Lei Complementar nº 298, de 26 de abril de 2021.

SEÇÃO II
DA APOSENTADORIA POR INVALIDEZ
SEÇÃO II
(REVOGADO)
REVOGADO PELO I - LEI COMPLEMENTAR Nº 298, DE 26 DE ABRIL DE 2021.

Comentário do Prof. Moral:


Art. 136 revogado pelo I - Lei Complementar nº 298, de 26 de abril de 2021.

SEÇÃO III
DA APOSENTADORIA COMPULSÓRIA
SEÇÃO III
(REVOGADO)
REVOGADO PELO I - LEI COMPLEMENTAR Nº 298, DE 26 DE ABRIL DE 2021.

Comentário do Prof. Moral:


Art. 137 revogado pelo I - Lei Complementar nº 298,
de 26 de abril de 2021.

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SEÇÃO IV
DA APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA
SEÇÃO IV
(REVOGADO)
REVOGADO PELO I - LEI COMPLEMENTAR Nº 298, DE 26 DE ABRIL DE 2021.

Comentário do Prof. Moral:


Art. 138 revogado pelo I - Lei Complementar nº 298, de 26 de abril de 2021.

CAPÍTULO III
DO SALÁRIO-FAMÍLIA
Art. 139. O salário-família é devido ao servidor ativo ou ao inativo, por dependente econômico.
Parágrafo único Consideram-se dependentes econômicos para efeitos de percepção do salário-família:
I – o cônjuge ou companheiro que não tenha renda própria, e os filhos, e qualquer condição, inclusive os entea-
dos até 21 (vinte e um) anos de idade ou, se estudante, até 24 (vinte e quatro) anos ou, se inválido, de qualquer
idade;
II – o menor de 21 (vinte e um) anos que, mediante autorização judicial, viver na companhia e às expensas do
servidor ou do inativo; e
III – a mãe e/ou o pai, se condições de trabalho que viva às expensas do servidor.
Art. 140. Não se configura a dependência econômica quando o beneficiário do salário-família perceber rendi-
mento do trabalho ou de qualquer outra fonte, inclusive pensão ou provento de aposentadoria, em valor igual ou
superior ao salário-mínimo.
Art. 141. Quando o pai e mãe forem servidores públicos do Município de Fortaleza e viverem em comum, o salá-
rio-família será pago á mãe; quando separados, será pago a um e outro, de acordo com a distribuição dos depen-
dentes.
Parágrafo único Ao pai e à mãe equiparam-se o padrasto, a madrasta, e, na falta destes, os representante legais
dos incapazes.
Art. 142. O salário-família não está sujeito a qualquer tributo municipal, sem servirá de base para qualquer con-
tribuição, inclusive para previdência social.
Art. 143. O servidor ativo e o inativo são obrigados a comunicar ao órgão competente, dentro de 15 (quinze) dias,
qualquer alteração que se verifique na situação dos dependentes, da qual decorra supressão ou dedução no salá-
rio-família.
Art. 144. O salário-família será devido a cada dependente, a partir do mês em que tiver ocorrido o fato ou ato
que lhe der origem, deixando de ser devido igualmente, em relação a cada dependente, no mês seguinte ao do
ato ou do fato que determinar a sua extinção.
CAPÍTULO IV
DO AUXÍLIO-NATALIDADE
Art. 145. O auxílio-natalidade é devido à servidor, por motivo de nascimento de filho, em quantia equivalente a
salário-mínimo, vigente à época do nascimento, inclusive no caso de natimorto.
§ 1º Na hipótese de parto múltiplo, o valor será de um salário mínimo para cada filho.

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§ 2º Não sendo a parturiente servidora, o auxílio será pago ao cônjuge ou companheiro servidor público munici-
pal, desde que a parturiente esteja inscrita como dependente.
Art. 146. O pagamento do auxílio-natalidade será efetuado pela instituição da previdência municipal.
CAPÍTULO V
DO AUXÍLIO-FUNERAL
Art. 147. Será concedido auxílio-funeral correspondente a um mês de vencimentos ou proventos, à família do
servidor falecido.
§ 1º Em caso de acumulação lícita, o auxílio-funeral será pago somente em razão do cargo de maior remuneração
do servidor falecido.
§ 2º O pagamento do referido auxílio será efetuada pela instituição de previdência municipal e após a apresenta-
ção da certidão de óbito.
§ 3º No caso do falecimento de dependente que conste dos assentamento do servidor, será concedido auxílio-
funeral correspondente ao valor de um salário mínimo.
Art. 148. Quando não houver pessoa da família do servidor no local do falecimento, o auxílio-funeral será pago a
quem promover o enterro, mediante provas das despesas.
Art. 149. O pagamento do auxílio-funeral será efetuado dentro de 30 (trinta) dias após o falecimento do servidor
ou inativo.
CAPÍTULO VI
DA PENSÃO

Comentário do Prof. Moral:


Art. 150 ao 163 revogados pelo I - Lei Complementar nº 298, de 26 de abril de 2021.

CAPÍTULO VII
DO PECÚLIO
Art. 164. O pecúlio garantirá, aos dependentes do servidor ativo ou inativo, uma importância correspondente a
04 (quatro) meses de vencimentos ou proventos do mesmo, na data do falecimento.
§ 1º Em caso de acumulação lícita, o pecúlio será pago somente em razão do cargo de maior remuneração do
servidor falecido.
§ 2º Em caso de falecimento por acidente em serviço, o pagamento será efetuado em dobro.
§ 3º Da importância calculada na forma deste artigo, serão descontados os débitos residuais, provenientes de
dívida que o segurado haja contraído na instituição de previdência municipal, pagando-se o saldo aos dependen-
tes inscritos ou a quem o segurado tiver indicado.
Art. 165. O pagamento do pecúlio será efetuado pela instituição de Previdência Municipal.
Revogado pela lei nº 8.814/03.

TÍTULO VI
DO REGIME DISCIPLINAR

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CAPÍTULO I
DAS FALTAS AO SERVIÇO
Art. 166. Nenhum servidor poderá faltar ao serviço sem causa justificada, sob pena de ter descontados dos seus
vencimentos os dias de ausência.
Parágrafo único. Considera-se causa justificada o fato que por natureza e circunstância, possa razoavelmente
constituir escusa do comportamento.
Art. 167. O servidor que faltar ao serviço fica obrigado a justificar a falta, por escrito, ao chefe imediato, no pri-
meiro dia em que comparecer ao trabalho.
§ 1º Não poderão ser justificadas as faltas que excederem de 20 (vinte) por ano, obedecido o limite de 03 (três)
ao mês.
§ 2º O chefe imediato do servidor decidirá sobre a justificação das faltas, até o máximo de 10 (dez) por ano; a
justificação das que excederem a esse número até o limite de 20 (vinte) será submetida, devidamente informada
por essa autoridade, à decisão do seu superior hierárquico, no prazo de 05 (cinco) dias.
§ 3º Para justificação de faltas, poderão ser exigidas provas do motivo alegado pelo servidor.
§ 4º A autoridade competente decidirá sobre a justificação no prazo de 05 (cinco) dias, cabendo recurso para
autoridade superior, quando indeferido o pedido.
§ 5º Deferido o pedido de justificação da falta, será o requerimento encaminhado ao órgão de pessoal para as
devidas providências.
CAPÍTULO II
DAS PROIBIÇÕES
Art. 168. Ao servidor é proibido:
I – ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;
II – retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição;
III – recusar fé a documentos públicos;
IV – opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço;
V – referir-se de modo depreciativo ou desrespeitoso às autoridades públicas ou aos atos do Poder Público, me-
diante manifestação escrita ou oral;
VI – cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em Lei, o desempenho de encargos que
sejam da sua competência ou de seu subordinado;
VII – compelir ou aliciar outro servidor no sentido de filiação à associação profissional ou sindical, ou a partido
político;
VIII – manter, sob sua chefia imediata, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;
IX – valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública;
X – exercer comércio ou participar de sociedade comercial, exceto como acionista, cotista ou comandatário;
XI – participar de gerência de administração de empresa privada e, nessas condições, transacionar com o Estado;
XII – receber propina, comissão, presente ou vantagens de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;
XIII – praticar usura sob qualquer de suas formas;
XIV – proceder de forma desidiosa;
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XV – cometer a outro servidor atribuições estranhas às do cargo que ocupa, exceto em situações de emergência
e transitórias;
XVI – utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares;
XVII – exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo e com o horário de traba-
lho;
XVIII – acumular cargos, funções e empregos públicos nos termos da Constituição Federal;
Parágrafo único. Verificada em processo administrativo a acumulação ilícita, desde que seja comprovada a boa-
fé, o servidor optará por um dos cargos e, se não o fizer dentro de 15 (quinze) dias, será exonerado de qualquer
deles, a critério da Administração.
CAPÍTULO III
DAS RESPONSABILIDADES
Art. 169. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições.
Art. 170. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, de que resulte prejuí-
zo ao Erário ou terceiros.
Parágrafo único Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Municipal
em ação regressiva, nos casos de dolo ou culpa.
Art. 171. A responsabilidade penal abrange os critérios e contravenções, imputadas ao servidor, nesta qualidade.
Art. 172. A responsabilidade administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do
cargo ou função.
Art. 173. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si.
Art. 174. A responsabilidade civil ou administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que
neguem a existência do fato ou sua autoria.
CAPÍTULO IV
DAS PENALIDADES
Art. 175. São penalidades disciplinares:
I – advertência;
II – suspensão;
III – demissão;
IV – cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
V – destituição de cargo em comissão.
Art. 176. Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os
danos que dela proverem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes
funcionais.
Art. 177. A advertência será aplicada por escrito, nos seguintes casos:
I – Nos casos de violação de proibições constantes do art. 168, incisos I a XI;
II – Nas observâncias de dever funcional previsto nesta Lei, regulamento ou normas internas;
III – No descumprimento de Decreto Municipal que regulamentar a concessão de licenças para tratamento de
saúde dos servidores públicos do município de Fortaleza, e dá outras providências.
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Art. 178. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das
demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90
(noventa) dias.
Parágrafo único. Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida
em multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia da remuneração, ficando o servidor obrigado a perma-
necer em serviço.
Art. 179. As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados, após o decurso de 03 (t
rês) e 05 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver , nesse período, praticado
nova infração disciplinar.
Art. 180. A demissão será aplicada nos seguintes casos:
I – crime contra a administração pública;
II – abandono de cargo;
III – inassiduidade habitual;
IV – improbidade administrativa;
V – insubordinação grave em serviço;
VI – ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de ourem;
VII – aplicação irregular de dinheiro público;
VIII – revelação de segredo apropriado em razão do cargo;
IX – lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio municipal;
X – acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, ressalvado o disposto no parágrafo único do
art.168;
XI – transgressão do art. 168, incisos X a XV.
XII – O assédio sexual;
XIII – O estupro;
XIV – O estupro de vulnerável.
Art. 181. Entende-se por abandono de cargo a deliberada ausência ao serviço, sem justa causa, por mais de 30
(trinta) dias consecutivos.
Art. 182. Entende- se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por 60 (sessenta) dias,
interpoladamente, durante o período de 12 (doze) meses.
Art. 183. O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a causa da sanção discipli-
nar.
Art. 184. As penalidades disciplinares serão aplicadas:
I – pelo Prefeito, Presidente da Câmara ou dirigente superior de autarquias ou fundações, as de demissão, cassa-
ção de disponibilidade e aposentadoria;
II – pelo Secretário Municipal ou autoridade equivalente, a de suspensão superior a 30 (trinta) dias;
III – a aplicação das penas de advertência e suspensão até 30 ( trinta) dias é da competência de todas as autori-
dades administrativas em relação a seus subordinados;

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IV – pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de destituição de cargo em comissão de não
ocupante de cargo de carreira.
Art. 185. A ação disciplinar prescreverá:
I – em 05 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria e disponibilidade
e destituição de cargo em comissão.
II – em 02 (dois) anos, quanto à suspensão; e
III – em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.
§ 1º O prazo de prescrição começa a correr da data em que o ilícito foi praticado.
§ 2º Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações disciplinares capituladas também co-
mo crime.
§ 3º A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição.
§ 4º Suspenso o curso da prescrição, este recomeçará a ocorrer, pelo prazo restante, a partir do dia em que ces-
sara suspensão.
§ 5º São imprescritíveis o ilícito de abandono de cargo e a respectiva sanção.
TÍTULO VII
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 186. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua apura-
ção imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa.
Art. 187. As denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração, desde que contenham a identificação e o
endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito, confirmada a autenticidade.
Art. 188. Ao ato que cominar sanção precederá sempre procedimento disciplinar, assegurado ao servidor ampla
defesa, nos termos desta Lei, sob pena de nulidade da cominação imposta.
CAPÍTULO II
DA SINDICÂNCIA
Art. 189. A autoridade que determinar a instauração da sindicância terá prazo nunca inferior a (30) trinta dias,
para a sua conclusão, prorrogáveis até o máximo de 15 (quinze) dias, à vista da representação motivada do sindi-
cante.
Art. 190. Da sindicância instaurada pela autoridade poderá resultar:
I – arquivamento do processo;
II – abertura de inquérito administrativo.
Art. 191. A sindicância será aberta por portaria, em que se indique seu objeto e um servidor ou comissão de ser-
vidores, para realizá-la.
§ 1º Quando a sindicância for realizada apenas por um sindicante este designará outro servidor para secretariar
os trabalhos mediante a aprovação do superior hierárquico.

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§ 2º O processo de sindicância será sumário, feitas as diligências necessárias à apuração das irregularidades e
ouvido o indiciado e todas as pessoas envolvidas nos fatos, bem como peritos e técnicos necessários ao esclare-
cimento de questões especializadas.
CAPÍTULO III
DO PROCESSO DISCIPLINAR
Art. 192. O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar responsabilidade de servidor por infração
praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação mediata com as atribuições do cargo em que se
encontre investido.
Art. 193. O processo disciplinar será conduzido por Comissão de Inquérito Composta de servidores designados
pela autoridade competente que indicará, dentre eles, o seu presidente e secretário.
Parágrafo único. Não poderá participar de comissão de sindicância ou de inquérito, parente do acusado, consan-
guíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau
Art. 194. A Comissão de Inquérito exercerá suas atividades com independência e imparcialidade, assegurado o
sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da Administração, sem prejuízo do direito de defe-
sa do indiciado.
SEÇÃO I
DO INQUÉRITO
Art. 195. O inquérito administrativo será contraditório, assegurada ao acusado ampla defesa, com a utilização de
meios e recursos admitidos em direito.
Art. 196. O relatório da sindicância integrará o inquérito administrativo, como peça informativa da instrução do
processo.
Parágrafo único. Na hipótese do relatório da sindicância concluir pela prática de crime, a autoridade competente
oficiará à autoridade policial, para abertura do inquérito, independentemente da imediata instauração do proces-
so disciplinar.
Art. 197. O prazo para a conclusão do inquérito não excederá 60 (sessenta) dias úteis, contados da data de publi-
cação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias o
exigirem.
Parágrafo único. Sob pena de nulidade, as reuniões e as diligências realizadas pela comissão de Inquérito serão
consignadas em atas.
Art. 198. Na fase do inquérito a comissão promoverá a tomada de depoimentos, acareações, investigações e
diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos de modo a
permitir a completa elucidação dos fatos.
Art. 199. É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo, pessoalmente ou por intermédio de ad-
vogado, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de
prova pericial.
§ 1º O Presidente da Comissão poderá denegar pedidos considerados impertinentes, meramente protelatórios
ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.
§ 2º Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato independer de conhecimento
especial do perito.

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Art. 200. As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandado expedido pelo Presidente da Comissão,
devendo a segunda via, com o ciente do interessado, ser anexada aos autos.
Parágrafo único. Se a testemunha for servidor público, a expedição do mandato será imediatamente comunicada
ao chefe da repartição onde serve, com a indicação do dia e hora marcados para inquirição.
Art. 201. O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo à testemunha trazê-lo por es-
crito.
§ 1º As testemunhas serão inquiridas separadamente.
§ 2º Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se infirme, proceder-se-á à acareação entre os depoen-
tes.
Art. 202. Concluída a inquirição das testemunhas, a comissão promoverá o interrogatório do acusado, observa-
dos os procedimentos previstos nos artigos 200 e 201.
§ 1º No caso de mais de um acusado, cada um deles será ouvido separadamente, e sempre que divergirem em
suas declarações sobre os fatos ou circunstâncias, será promovida a acareação entre eles.
§ 2º O defensor do acusado poderá assistir ao interrogatório bem como a inquirição das testemunhas, podendo
reinquiri-las por intermédio do Presidente da Comissão.
Art. 203. Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado, a comissão proporá à autoridade compe-
tente que ele será submetido a exame por junta médica oficial, da qual participe pelo menos um médico psiquia-
tra.
Parágrafo único O incidente de sanidade mental será processado em auto apartado e apenso ao processo princi-
pal, após a expedição do laudo pericial.
Art. 204. Tipificada a infração disciplinar será elaborada a peça de instrução do processo com a indicação do ser-
vidor.
§ 1º O indiciado será citado por mandado expedido pelo Presidente da Comissão para apresentar defesa escrita,
no prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se- lhe vista do processo na repartição
§ 2º Havendo 02 (dois) ou mais indiciados, o prazo será comum é de 20 (vinte) dias.
§ 3º O prazo de defesa poderá ser prorrogado, pelo dobro, para diligências reputadas indispensáveis.
§ 4º No caso de recusa do indiciado em apor o ciente no mandado de citação, o prazo para defesa contar-se-á da
data declarada em termo próprio, pelo servidor encarregado da diligência.
Art. 205. O indiciado que mudar de residência fica obrigado a comunicar á comissão o lugar onde poderá ser en-
contrado.
Art. 206. Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por edital, publicado no Diário Oficial
do Município e em jornal de grande circulação na localidade do último domicílio conhecido, para apresentar defe-
sa.
Parágrafo único Na hipótese deste artigo, o prazo para defesa será de 15 (quinze) dias a partis da última publica-
ção do edital.
Art. 207. Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente citado, não apresentar defesa no prazo legal.
§ 1º A revelia será declarada por despacho nos autos do processo e devolverá o prazo para a defesa
§ 2º Para defender o indiciado revel, a autor idade instauradora do processo designará um defensor dativo, que
deverá ser um advogado.
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Art. 208. Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório minucioso, onde resumirá as peças principais dos
autos e mencionará as provas em que se baseou para formar a sua convicção.
§ 1º O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor.
§ 2º Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comissão indicará o dispositivo legal ou regulamentar trans-
gredido, bem como as circunstâncias agravantes ou atenuantes.
Art. 209. O processo disciplinar, com o relatório da comissão, será remetido à autor idade que determinou a sua
instauração, para julgamento.
Art. 210. Aplicam-se subsidiariamente ao processo disciplinar as regras contidas nos Códigos de Processo Civil e
Penal.
SEÇÃO II
DO JULGAMENTO
Art. 211. No prazo de 60 (sessenta) dias, contados do recebimento do processo, a autor idade julgadora proferirá
a sua decisão.
§ 1º Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da autoridade instauradora do processo, este será encami-
nhado à autoridade competente, que decidirá em igual prazo.
§ 2º Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções, o julgamento caberá a autoridade competente
para a imposição da pena mais grave.
§ 3º Se a penalidade prevista for a de demissão ou cassação de aposentadoria ou cassação de disponibilidade, o
julgamento caberá ao Prefeito, Presidente da Câmara Municipal, ou ao dirigente superior de autarquia ou funda-
ção.
Art. 212. O julgamento acatará o relatório da comissão de inquérito, salvo quando contraditórias as provas dos
autos.
Parágrafo único Quando do relatório da comissão contrariar as provas dos autos, a autoridade julgadora poderá,
motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la, ou isentar o servidor de responsabilidade.
Art. 213. Verifica-se a existência de vício insanável, a autoridade julgadora declarará a nulidade do processo ou
de atos do processo e ordenará a constituição de outra comissão, para instauração de novo processo.
§ 1º O julgamento fora do prazo legal não implica nulidade do processo.
§ 2º A autoridade julgadora que der causa à prescrição de que trata o art. 185, § 2º será responsabilizada na for-
ma do capítulo IV, do Título VI , desta Lei.
Art. 214. Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade julgadora determinará o registro do fato nos assen-
tamentos individuais do servidor.
Art. 215. Quando a infração estiver capitulada como crime, o processo disciplinar será remetido ao Ministério
Público para instauração da ação penal, ficando traslado repartição.
Art. 216. O servidor que responde a processo disciplinar só poderá ser exonerado, a pedido, do cargo, ou aposen-
tado voluntariamente, após a conclusão do processo e o cumprimento da penalidade, acaso aplicada.
SEÇÃO III
DA REVISÃO DO PROCESSO
Art. 217. O processo disciplinar poderá ser revisto no prazo de até 02 (dois) anos da publicação de sua decisão, a
pedido ou de oficio, quando se aduzirem fatos novos ou inadequados da penalidade aplicada.

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§ 1º Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor , qualquer pessoa da família poderá re-
querer a revisão do processo.
§ 2º No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão será requerida pelo respectivo curador.
Art. 218. No processo revisional, o ônus da prova cabe ao requerente.
Art. 219. A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a revisão que requer ele-
mentos novos, ainda não apreciados no processo originário.
Art. 220. O requerimento de revisão do processo será dirigido ao Secretário Municipal ou autor idade equivalen-
te, que, se autorizar a revisão, encaminhará o pedido ao dirigente do órgão ou entidade onde se originou o pro-
cesso disciplinar.
Parágrafo único Recebida a petição, o dirigente do órgão ou entidade providenciará a constituição da comissão,
na forma prevista no ar t. 193 desta Lei.
Art. 221. A revisão correrá em apenso ao processo originário.
Parágrafo único Na petição inicial, o requerente pedirá dia e hora para a produção de provas e inquirição das
testemunhas que ar rolar.
Art. 222. A comissão revisora terá até 60 (sessenta) dias para a conclusão dos trabalhos, prorrogável por igual
prazo, quando as circunstâncias o exigirem.
Art. 223. Aplicam-se aos trabalhos da comissão revisora, no que couber, as normas e procedimentos próprios da
comissão de inquérito.
Art. 224. O julgamento caberá:
I – ao Prefeito, Presidente da Câmara Municipal ou dirigente superior da autarquia ou fundação, quando do pro-
cesso revisto houver resultado pena de demissão ou cassação de aposentadoria ou cassação de disponibilidade;
II – ao Secretário Municipal ou autoridade equivalente, quando houver resultado penalidade de suspensão ou de
advertência;
III – à autoridade responsável pela designação quando a penalidade for destituição de cargo em comissão.
§ 1º O prazo para julgamento será de até 60 (sessenta) dias contados do recebimento do processo, no curso do
qual a autor idade julgadora poderá determinar diligências.
§ 2º Concluídas as diligências; será renovado o prazo para julgamento.
Art. 225. Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendose todos
os direitos atingidos, exceto em relação à destituição de cargo em comissão, hipótese em que ocorrerá apenas a
conversão da penalidade em exoneração.
Parágrafo único Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da penalidade.
TÍTULO VIII
CAPÍTULO ÚNICO
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS TRANSITÓRIAS
Art. 226. O dia do servidor público será comemorado a 28 de outubro, e nesta data, considerado ponto facultati-
vo, far-se-á a outorga do título de Servidor Padrão Municipal, a ser regulamentado em Lei.
Art. 227. O servidor é dispensado do expediente de trabalho no dia do seu aniversário natalício, sem prejuízo da
sua remuneração.

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Art. 228. Contar-se-ão por dias corridos os prazos previstos nesta Lei, salvo exceções expressamente previstas.
Parágrafo único Na contagem dos prazos, salvo disposições em contrário, excluir-se-á o dia do começo e incluir-
se-á o dia do vencimento; se esse dia cair em véspera de feriado, sexta- feira, sábado, domingo, feriado ou dia de
ponto facultativo, o prazo considera- se prorrogado até o primeiro dia útil.
Art. 229. O Regime Jurídico decorrente desta Lei é igualmente aplicável aos servidores que, por força do que dis-
põe a Lei Complementar nº 02, de 17 de setembro de 1990, exerçam funções da Parte Especial do Quadro de
cada órgão da administração direta, autárquica e fundacional.
Art. 230. Ficam mantidas as atuais jornadas de trabalho dos servidores da administração direta, autarquia e fun-
dacional.
Art. 231. São isentos de taxas ou emolumentos os requerimentos, certidões e outros papéis que, na ordem ad-
ministrativa, interessar ao servidor público municipal ativo e ao inativo.
Art. 232. Poderão ser instituídos, no âmbito dos Poderes Executivos e Legislativo, os seguintes incentivos funcio-
nais, além daqueles já previstos nos respectivos planos de cargos e carreiras:
I – prêmios pela apresentação de idéias, inventos ou trabalhos que favoreçam o aumento de produtividade e a
redução dos custos operacionais; e
II – concessão de medalhas, diploma e honra ao mérito, condecoração e elogio.
Art. 233. O Prefeito, o Presidente da Câmara e o dirigente superior de autarquia e fundação poderão delegar a
seus auxiliares as atribuições que lhe são cometidas por esta lei, exceto as que impliquem em punição de servi-
dor.
Art. 234. As atuais funções gratificadas passam à categoria de cargos em comissão, convertendo- se automatica-
mente os valores das gratificações em gratificações de representação, mantida a simbologia vigente.
Art. 235. É assegurado o exercício de cargo comissionado de símbolo DAS-2 ou DAS-3, que esteja sendo exercido
por servidor não ocupante de cargo efetivo ou função no Município de Fortaleza, até a respectiva exoneração.
Art. 236. As despesas decorrentes da aplicação desta Lei correrão por conta das dotações orçamentárias de cada
órgão ou entidade, podendo ser suplementadas se insuficientes.
Parágrafo único Os efeitos financeiros, da aplicação desta lei, serão produzidos a partir do primeiro dia do mês
subseqüente ao da publicação desta lei no Diário Oficial do Município.
Art. 237. O Prefeito e o Presidente da Câmara expedirão a regulamentação necessária à perfeita execução desta
Lei.
Art. 238. Esta Lei entrará em vigor na data da sua publicação, ficando revogadas todas as disposições legais ou
regulamentares que, implícita ou explicitamente, colidam com esta Lei, especialmente a Lei nº 3174, de 31 de
dezembro de 1965, com nova redação dada pela Lei nº 4058, de 02 de outubro de 1972.
Paço da Prefeitura Municipal de Fortaleza, em 27 de dezembro de 1990.
JURACI VIEIRA DE MAGALHÃES
Prefeito Municipal

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Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 13.022, DE 8 DE AGOSTO DE 2014.

Dispõe sobre o Estatuto Geral das Guardas Municipais.


A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Esta Lei institui normas gerais para as guardas municipais, disciplinando o § 8º do art. 144 da Constituição
Federal.

Art. 2º Incumbe às guardas municipais, instituições de caráter civil, uniformizadas e armadas conforme previsto
em lei, a função de proteção municipal preventiva, ressalvadas as competências da União, dos Estados e do Distri-
to Federal.

CAPÍTULO II

DOS PRINCÍPIOS

Art. 3º São princípios mínimos de atuação das guardas municipais:

I - proteção dos direitos humanos fundamentais, do exercício da cidadania e das liberdades públicas;

II - preservação da vida, redução do sofrimento e diminuição das perdas;

III - patrulhamento preventivo;

IV - compromisso com a evolução social da comunidade; e

V - uso progressivo da força.

CAPÍTULO III

DAS COMPETÉNCIAS

Art. 4º É competência geral das guardas municipais a proteção de bens, serviços, logradouros públicos municipais
e instalações do Município.

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Parágrafo único. Os bens mencionados no caput abrangem os de uso comum, os de uso especial e os dominiais.

Art. 5º São competências específicas das guardas municipais, respeitadas as competências dos órgãos federais e
estaduais:

I - zelar pelos bens, equipamentos e prédios públicos do Município;

II - prevenir e inibir, pela presença e vigilância, bem como coibir, infrações penais ou administrativas e atos infra-
cionais que atentem contra os bens, serviços e instalações municipais;

III - atuar, preventiva e permanentemente, no território do Município, para a proteção sistêmica da população
que utiliza os bens, serviços e instalações municipais;

IV - colaborar, de forma integrada com os órgãos de segurança pública, em ações conjuntas que contribuam com
a paz social;

V - colaborar com a pacificação de conflitos que seus integrantes presenciarem, atentando para o respeito aos
direitos fundamentais das pessoas;

VI - exercer as competências de trânsito que lhes forem conferidas, nas vias e logradouros municipais, nos termos
da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), ou de forma concorrente, mediante
convênio celebrado com órgão de trânsito estadual ou municipal;

VII - proteger o patrimônio ecológico, histórico, cultural, arquitetônico e ambiental do Município, inclusive ado-
tando medidas educativas e preventivas;

VIII - cooperar com os demais órgãos de defesa civil em suas atividades;

IX - interagir com a sociedade civil para discussão de soluções de problemas e projetos locais voltados à melhoria
das condições de segurança das comunidades;

X - estabelecer parcerias com os órgãos estaduais e da União, ou de Municípios vizinhos, por meio da celebração
de convênios ou consórcios, com vistas ao desenvolvimento de ações preventivas integradas;

XI - articular-se com os órgãos municipais de políticas sociais, visando à adoção de ações interdisciplinares de
segurança no Município;

XII - integrar-se com os demais órgãos de poder de polícia administrativa, visando a contribuir para a normatiza-
ção e a fiscalização das posturas e ordenamento urbano municipal;

XIII - garantir o atendimento de ocorrências emergenciais, ou prestá-lo direta e imediatamente quando deparar-
se com elas;

XIV - encaminhar ao delegado de polícia, diante de flagrante delito, o autor da infração, preservando o local do
crime, quando possível e sempre que necessário;

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XV - contribuir no estudo de impacto na segurança local, conforme plano diretor municipal, por ocasião da cons-
trução de empreendimentos de grande porte;

XVI - desenvolver ações de prevenção primária à violência, isoladamente ou em conjunto com os demais órgãos
da própria municipalidade, de outros Municípios ou das esferas estadual e federal;

XVII - auxiliar na segurança de grandes eventos e na proteção de autoridades e dignatários; e

XVIII - atuar mediante ações preventivas na segurança escolar, zelando pelo entorno e participando de ações edu-
cativas com o corpo discente e docente das unidades de ensino municipal, de forma a colaborar com a implanta-
ção da cultura de paz na comunidade local.

Parágrafo único. No exercício de suas competências, a guarda municipal poderá colaborar ou atuar conjuntamen-
te com órgãos de segurança pública da União, dos Estados e do Distrito Federal ou de congêneres de Municípios
vizinhos e, nas hipóteses previstas nos incisos XIII e XIV deste artigo, diante do comparecimento de órgão descrito
nos incisos do caput do art. 144 da Constituição Federal , deverá a guarda municipal prestar todo o apoio à conti-
nuidade do atendimento.

CAPÍTULO IV

DA CRIAÇÃO

Art. 6º O Município pode criar, por lei, sua guarda municipal.

Parágrafo único. A guarda municipal é subordinada ao chefe do Poder Executivo municipal.

Art. 7º As guardas municipais não poderão ter efetivo superior a:

I - 0,4% (quatro décimos por cento) da população, em Municípios com até 50.000 (cinquenta mil) habitantes;

II - 0,3% (três décimos por cento) da população, em Municípios com mais de 50.000 (cinquenta mil) e menos de
500.000 (quinhentos mil) habitantes, desde que o efetivo não seja inferior ao disposto no inciso I;

III - 0,2% (dois décimos por cento) da população, em Municípios com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitan-
tes, desde que o efetivo não seja inferior ao disposto no inciso II.

Parágrafo único. Se houver redução da população referida em censo ou estimativa oficial da Fundação Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é garantida a preservação do efetivo existente, o qual deverá ser ajus-
tado à variação populacional, nos termos de lei municipal.

Art. 8º Municípios limítrofes podem, mediante consórcio público, utilizar, reciprocamente, os serviços da guarda
municipal de maneira compartilhada.

Art. 9º A guarda municipal é formada por servidores públicos integrantes de carreira única e plano de cargos e
salários, conforme disposto em lei municipal.

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CAPÍTULO V

DAS EXIGÊNCIAS PARA INVESTIDURA

Art. 10. São requisitos básicos para investidura em cargo público na guarda municipal:

I - nacionalidade brasileira;

II - gozo dos direitos políticos;

III - quitação com as obrigações militares e eleitorais;

IV - nível médio completo de escolaridade;

V - idade mínima de 18 (dezoito) anos;

VI - aptidão física, mental e psicológica; e

VII - idoneidade moral comprovada por investigação social e certidões expedidas perante o Poder Judiciário esta-
dual, federal e distrital.

Parágrafo único. Outros requisitos poderão ser estabelecidos em lei municipal.

CAPÍTULO VI

DA CAPACITAÇÃO

Art. 11. O exercício das atribuições dos cargos da guarda municipal requer capacitação específica, com matriz
curricular compatível com suas atividades.

Parágrafo único. Para fins do disposto no caput , poderá ser adaptada a matriz curricular nacional para formação
em segurança pública, elaborada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça.

Art. 12. É facultada ao Município a criação de órgão de formação, treinamento e aperfeiçoamento dos integrantes
da guarda municipal, tendo como princípios norteadores os mencionados no art. 3º .

§ 1º Os Municípios poderão firmar convênios ou consorciar-se, visando ao atendimento do disposto


no caput deste artigo.

§ 2º O Estado poderá, mediante convênio com os Municípios interessados, manter órgão de formação e aperfei-
çoamento centralizado, em cujo conselho gestor seja assegurada a participação dos Municípios conveniados.

§ 3º O órgão referido no § 2º não pode ser o mesmo destinado a formação, treinamento ou aperfeiçoamento de
forças militares.

CAPÍTULO VII
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DO CONTROLE

Art. 13. O funcionamento das guardas municipais será acompanhado por órgãos próprios, permanentes, autôno-
mos e com atribuições de fiscalização, investigação e auditoria, mediante:

I - controle interno, exercido por corregedoria, naquelas com efetivo superior a 50 (cinquenta) servidores da
guarda e em todas as que utilizam arma de fogo, para apurar as infrações disciplinares atribuídas aos integrantes
de seu quadro; e

II - controle externo, exercido por ouvidoria, independente em relação à direção da respectiva guarda, qualquer
que seja o número de servidores da guarda municipal, para receber, examinar e encaminhar reclamações, suges-
tões, elogios e denúncias acerca da conduta de seus dirigentes e integrantes e das atividades do órgão, propor
soluções, oferecer recomendações e informar os resultados aos interessados, garantindo-lhes orientação, infor-
mação e resposta.

§ 1º O Poder Executivo municipal poderá criar órgão colegiado para exercer o controle social das atividades de
segurança do Município, analisar a alocação e aplicação dos recursos públicos e monitorar os objetivos e metas
da política municipal de segurança e, posteriormente, a adequação e eventual necessidade de adaptação das
medidas adotadas face aos resultados obtidos.

§ 2º Os corregedores e ouvidores terão mandato cuja perda será decidida pela maioria absoluta da Câmara Muni-
cipal, fundada em razão relevante e específica prevista em lei municipal.

Art. 14. Para efeito do disposto no inciso I do caput do art. 13, a guarda municipal terá código de conduta próprio,
conforme dispuser lei municipal.

Parágrafo único. As guardas municipais não podem ficar sujeitas a regulamentos disciplinares de natureza militar.

CAPÍTULO VIII

DAS PRERROGATIVAS

Art. 15. Os cargos em comissão das guardas municipais deverão ser providos por membros efetivos do quadro de
carreira do órgão ou entidade.

§ 1º Nos primeiros 4 (quatro) anos de funcionamento, a guarda municipal poderá ser dirigida por profissional
estranho a seus quadros, preferencialmente com experiência ou formação na área de segurança ou defesa social,
atendido o disposto no caput .

§ 2º Para ocupação dos cargos em todos os níveis da carreira da guarda municipal, deverá ser observado o per-
centual mínimo para o sexo feminino, definido em lei municipal.

§ 3º Deverá ser garantida a progressão funcional da carreira em todos os níveis.

Art. 16. Aos guardas municipais é autorizado o porte de arma de fogo, conforme previsto em lei.

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Parágrafo único. Suspende-se o direito ao porte de arma de fogo em razão de restrição médica, decisão judicial
ou justificativa da adoção da medida pelo respectivo dirigente.

Art. 17. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) destinará linha telefônica de número 153 e faixa exclu-
siva de frequência de rádio aos Municípios que possuam guarda municipal.

Art. 18. É assegurado ao guarda municipal o recolhimento à cela, isoladamente dos demais presos, quando sujeito
à prisão antes de condenação definitiva.

CAPÍTULO IX

DAS VEDAÇÕES

Art. 19. A estrutura hierárquica da guarda municipal não pode utilizar denominação idêntica à das forças milita-
res, quanto aos postos e graduações, títulos, uniformes, distintivos e condecorações.

CAPÍTULO X

DA REPRESENTATIVIDADE

Art. 20. É reconhecida a representatividade das guardas municipais no Conselho Nacional de Segurança Pública,
no Conselho Nacional das Guardas Municipais e, no interesse dos Municípios, no Conselho Nacional de Secretá-
rios e Gestores Municipais de Segurança Pública.

CAPÍTULO XI

DISPOSIÇÕES DIVERSAS E TRANSITÓRIAS

Art. 21. As guardas municipais utilizarão uniforme e equipamentos padronizados, preferencialmente, na cor azul-
marinho.

Art. 22. Aplica-se esta Lei a todas as guardas municipais existentes na data de sua publicação, a cujas disposições
devem adaptar-se no prazo de 2 (dois) anos.

Parágrafo único. É assegurada a utilização de outras denominações consagradas pelo uso, como guarda civil,
guarda civil municipal, guarda metropolitana e guarda civil metropolitana.

Art. 23. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.


Brasília, 8 de agosto de 2014; 193º da Independência e 126º da República.
DILMA ROUSSEFF
José Eduardo Cardozo

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Câmara Municipal de Fortaleza
Sistema de Apoio ao Processo Legislativo
Lei Complementar nº 4, de 16 de julho de 1991
Vigência a partir de 27 de Março de 2013.
Dada por Lei Complementar nº 144, de 27 de março de 2013
Dispõe sobre a organização, finalidade, competência, estrutura organizacional básica da Guarda Municipal de
Fortaleza, e dá outras providências.
TÍTULO I
DA FINALIDADE, DA COMPETÊNCIA, DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL BÁSICA E DA ORGANIZAÇÃO DA GUARDA
MUNICIPAL DE FORTALEZA
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º. Esta Lei dispõe sobre a Guarda Municipal de Fortaleza, sua finalidade, competência, estrutura organizaci-
onal básica, e sobre o regime jurídico dos dirigentes e dos demais servidores integrantes do seu Quadro de Pes-
soal.
CAPÍTULO II
DA FINALIDADE E DA COMPETÊNCIA
Art. 2º. A Guarda Municipal de Fortaleza (GMF), órgão da administração direta do Poder Executivo Municipal,
subordinada a Secretaria Municipal de Segurança Cidadã, tem como finalidade a proteção preventiva e ostensiva
dos bens e instalações, a garantia dos serviços públicos municipais e a defesa civil do Município, bem como for-
mular as políticas e as diretrizes gerais para a Segurança Municipal. Alteração feita pelo Art. 2º. - Lei Complemen-
tar nº 144, de 27 de março de 2013.
I – A defesa, a preservação e a divulgação da importância do bem público;
II – Prestar ao cidadão informações sobre os serviços de competência do município.
Parágrafo único. (Revogado) Revogado pelo Art. 24. - Lei Complementar nº 19, de 08 de setembro de 2004.
Art. 3º. Compete à Guarda Municipal de Fortaleza: Alteração feita pelo Art. 2º. - Lei Complementar nº 19, de 08
de setembro de 2004.
I – executar a vigilância e promover a preservação dos bens, serviços, instalações e logradouros públicos do Mu-
nicípio, realizando rondas diurnas e noturnas;
II – realizar a segurança do Prefeito, do Vice-Prefeito e, em caráter eventual, de outras autoridades indicadas
pelo Chefe do Executivo Municipal;
III – efetuar serviço de apoio e fiscalização, na área de segurança, aos eventos de interesse da Prefeitura Munici-
pal;

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IV – executar o serviço de orientação e salvamento de banhistas no município, atuando em parceria com o
Corpo de Bombeiros Militar do Estado;
V – apoiar as promoções de incentivo ao turismo local;
VI – executar as ações preventivas e emergenciais de Defesa Civil do Município, quando da ocorrência de ca-
lamidade pública, prestando socorro às vítimas, em parceria com o competente órgão de Defesa Civil do Esta-
do;
VII – realizar a vigilância e a preservação do meio ambiente, do patrimônio histórico, cultural, ecológico e paisa-
gístico, incluindo os logradouros, praças e jardins;
VIII – atuar como corpo voluntário de combate a incêndios, em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar do
Estado;
IX – auxiliar na área de segurança a Agência Reguladora de Limpeza na fiscalização da prestação dos serviços
alusivos às atividades do exercício de polícia nas praças, jardins e logradouros públicos;
X – auxiliar a Agência Reguladora de Limpeza na fiscalização da prestação dos serviços de limpeza urbana nas
praças, jardins e logradouros públicos;
XI – firmar convênios com órgãos e entidades públicas, nas esferas municipal, estadual e federal, visando à pres-
tação de serviços pertinentes à área de segurança;
XII – colaborar na fiscalização e garantir a prestação dos serviços públicos de responsabilidade do Município, de-
sempenhando atividade de polícia administrativa, nos termos previstos no § 8º do art. 144 da Constituição Fede-
ral, combinado com o inciso XII do art. 76 da Lei Orgânica do Município.
Parágrafo único. As competências previstas nos incisos II, IV e VI deste artigo poderão ser desempenhadas em
conjunto ou mediante auxílio dos órgãos de Segurança Pública do Estado, mediante celebração de convênio de
cooperação técnica.
CAPÍTULO III
DA ESTRUTURA BÁSICA
Art. 4º. A estrutura organizacional da Guarda Municipal de Fortaleza passa a ser a seguinte: Alteração feita pelo
Art. 3º. - Lei Complementar nº 19, de 08 de setembro de 2004.
I – Direção-Geral, a ser exercida pelo Diretor-Geral da Guarda Municipal de Fortaleza;
II – Direção Adjunta, a ser exercida pelo Subdiretor da Guarda Municipal de Fortaleza;
III – ÓRGÃO DE ATUAÇÃO PROGRAMÁTICA
IV – ÓRGÃO DE EXECUÇÃO INSTRUMENTAL
V – transforma-se a Assessoria de Defesa Civil em Coordenadoria de Defesa Civil, com simbologia DNS-1, vincula-
da à Guarda Municipal de Fortaleza, que terá como agregados a Comissão de Defesa Civil e os Agentes de Cidada-
nia, tendo para tanto total autonomia administrativa e financeira, cujas funções serão objeto de regulamentação
por Decreto do Chefe do Poder Executivo.
Art. 4º-A. A dotar orçamentária destinada à Defesa Civil, oriunda do orçamento municipal para exercício de 2004,
será executada em conjunto pela Diretoria-Geral da Guarda Municipal de Fortaleza e a Coordenadoria de Defesa
Civil, instituída pelo inciso V do art. 4º desta Lei Complementar. Inclusão feita pelo Art. 4º. - Lei Complementar nº
19, de 08 de setembro de 2004.

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CAPÍTULO IV
DA DIREÇÃO SUPERIOR
SEÇÃO I
DO DIRETOR GERAL
Art. 5º. Para ocupar a função de Diretor-Geral e Subdiretor da Guarda Municipal de Fortaleza, a escolha, prefe-
rencialmente, deverá recais entre os Inspetores em fim de carreira, exigindo-se formação de nível superior, e
notáveis conhecimentos administrativos e jurídicos por período nunca inferior a 2 (dois) anos na área de seguran-
ça pública, podendo também recais a escolha sobre oficiais superiores das forças armadas e da polícias federal e
estadual, sendo referida nomeação feita por livre convencimento do chefe do Poder Executivo Munici-
pal. Alteração feita pelo Art. 8º. - Lei Complementar nº 34, de 18 de dezembro de 2006.
§ 1º O Diretor-Geral da Guarda Municipal participará como membro do Conselho de Orientação Política e Admi-
nistrativa do Município (COPAM), gozando das prerrogativas e honras protocolares correspondentes às de Titular
de Autarquia ou Fundação Municipal, sendo substituído nos casos de ausência ou impedimento pelo Subdire-
tor. Alteração feita pelo Art. 5º. - Lei Complementar nº 19, de 08 de setembro de 2004.
§ 2º O Diretor-Geral da Guarda Municipal terá à sua disposição Secretário Executivo nomeado, em comissão,
pelo Prefeito Municipal.
Art. 6º. (Revogado) Revogado pelo Art. 24. - Lei Complementar nº 19, de 08 de setembro de 2004.
SEÇÃO II
DO DIRETOR ADJUNTO
Art. 7º. (Revogado) Revogado pelo Art. 24. - Lei Complementar nº 19, de 08 de setembro de 2004.
Art. 8º. (Revogado) Revogado pelo Art. 24. - Lei Complementar nº 19, de 08 de setembro de 2004.
CAPÍTULO V
DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
Art. 9º. A estrutura organizacional da Guarda Municipal de Fortaleza, será definida por Decreto do Chefe do Po-
der Executivo, no prazo de 30 (trinta) dias, contados a partir da data da publicação desta Lei.
Art. 10. Ficam acrescidos à lotação da Guarda Municipal de Fortaleza, estabelecida na Lei nº 6.480 de 10 de julho
de 1989, os Cargos Comissionados constantes do Anexo I desta Lei, a serem distribuídos por Decreto.
Art. 11. Ficam excluídos da lotação da Guarda Municipal de Fortaleza e considerados extintos ao Cargos Comissi-
onados criados pela Lei nº 6.480 de 10 de julho de 1989, constantes do Anexo II desta Lei.
Art. 12. Integrará a estrutura organizacional da Guarda Municipal de Fortaleza, uma Unidade de Serviço Social
(VETADO)
TÍTULO II
DIREITOS E DEVERES DOS SERVIDORES LOTADOS NA GUARDA MUNICIPAL DE FORTALEZA.
CAPÍTULO I
DO REGIME JURÍDICO
Art. 13. O regime jurídico dos servidores lotados na Guarda Municipal de Fortaleza, pertencentes ou não à cate-
goria funcional de Guarda, Agente de Cidadania e Agente Especial, será objeto de lei de plano de cargos e carrei-
ras específicos para os servidores da Guarda Municipal de Fortaleza, aplicando-se, subsidiariamente, a Lei n.
6.794, de 27 de dezembro de 1990, e do Plano Municipal de Cargos e Carreiras. Alteração feita pelo Art. 6º. - Lei
Complementar nº 19, de 08 de setembro de 2004.
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CAPÍTULO II
DO CORPO DA GUARDA MUNICIPAL
Art. 14. A nomeação para cargo efetivo inicial do Corpo da Guarda Municipal, da Categoria de Guarda, Agente de
Cidadania e Agente Especial, depende de aprovação em concurso de provas ou de provas e títulos, segundo os
critérios estabelecidos e, edital do concurso público.
Parágrafo único. O concurso público para ingresso na carreira far-se-á apenas para os níveis de Guarda de 2º
Classe, de Agente de Cidadania e de Agente Especial.
Comentário do Prof. Moral:
A LC 38/2007, que aprova o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) dos Servidores da Guarda Municipal e
Defesa Civil de Fortaleza, modificou a estrutura da carreira da Guarda Municipal. Portanto, não se espera que
esse art. 14 seja cobrado em sua prova, pois este deve ser considerado revogado conforme os arts. 4° e 41 da LC
n. 38/2007.

Art. 15. São requisitos indispensáveis para investidura nos cargos do corpo da Guarda Municipal, em todas as
suas classes: Alteração feita pelo Art. 2º. - Lei Complementar nº 34, de 18 de dezembro de 2006.
I – segundo grau completo;
II – idade mínima de 18 (dezoito) anos;
III – boa saúde física e mental, e não ser portador de deficiência física incompatível com o exercício do cargo;
IV – reputação ilibada, comprovada mediante documentação a ser exigida no edital do concurso público.
Parágrafo único. O requisito de saúde mental previsto no inciso III será exigido, no concurso público, mediante
exame psicotécnico, nos termos do edital.
CAPÍTULO III
DA HIERARQUIA
Art. 16. A hierarquia é a ordenação da autoridade, em níveis diferentes, estabelecida em sua escala pela qual são
uns em relação aos outros, superiores e subordinados hierarquicamente.
Art. 17. (Revogado) Revogado pelo Art. 4°. - Lei Complementar nº 38/2007
Art. 18. Os integrantes do Corpo da Guarda serão subordinados à disciplina básica da mesma, onde quer que
exerçam suas atividades, sujeitando-se também, às normas dos órgãos onde desenvolverem suas atividades, des-
de que estas não conflitem com as do Corpo da Guarda, que são soberanas.
CAPÍTULO IV
DA GRATIFICAÇÃO DE RISCO DE VIDA
Art. 19. Os servidores do Corpo da Guarda Municipal de Fortaleza, pertencentes às classes funcionais de Guarda,
Subinspetor e Inspetor, quando em efetivo exercício, farão jus à Gratificação de Risco de Vida instituída pelo Art.
111 do Estatuto dos Servidores do Município de Fortaleza, em dobro.
Parágrafo único. A gratificação de risco de vida, referida no "caput" deste artigo incorpora-se aos proventos de
aposentadoria, desde que comprovada a percepção do benefício, por um período superior a 02 (dois) anos, de
forma ininterrupta, na data da postulação da aposentadoria.
Comentário do Prof. Moral:
A LC 38/2007, que aprova o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) dos Servidores da Guarda Municipal e
Defesa Civil de Fortaleza, disciplina, em seu art. 22 Gratificação por Atividade de Risco à Vida (GARV). Nesse tex-
to, a incorporação da GARV acontecerá desde que o servidor a tenha percebido por um período superior a 60
(sessenta) meses ininterruptos ou 84 (oitenta e quatro) meses intercalados, ressalvados os servidores que, na
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data da publicação desta Lei, já haviam implementado o tempo mínimo de percepção de 24 (vinte e quatro) me-
ses ininterruptos da referida gratificação, prevista na Lei Orgânica da Guarda Municipal.

CAPÍTULO V
DA PROGRESSÃO E PROMOÇÃO
Art. 20. Os servidores lotados na Guarda Municipal de Fortaleza, pertencentes ou não às Classes do Corpo da
Guarda, farão jus à progressão, promoção e demais vantagens nos termos do Estatuto dos Servidores do Municí-
pio de Fortaleza e do Plano Municipal de Cargos e Carreiras.
CAPÍTULO VI
DO QUADRO DE PESSOAL DO CORPO DA GUARDA
Art. 21. O Corpo da Guarda Municipal está especificado no Anexo Único desta Lei Complementar, com denomi-
nação e qualificação ali previstas.
§ 1º A Categoria de Guarda Municipal organiza-se em 5 (cinco) Classes, na forma estabelecida pelo Anexo Único
desta Lei Complementar.
§ 2º A nova distribuição substitui e extingue a atual denominação, descrita na Lei Complementar n. 0007, de 01
de setembro de 1992.
Comentário do Prof. Moral:
A LC 38/2007, que aprova o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) dos Servidores da Guarda Municipal e
Defesa Civil de Fortaleza, modificou a estrutura da carreira da Guarda Municipal. Portanto, não se espera que
esse art. 21 seja cobrado em sua prova, pois deve ser considerado revogado conforme os arts. 26 e 41 da LC n.
38/2007.

CAPÍTULO VII
DO REGIME DISCIPLINAR
Art. 22. O regime disciplinar da Guarda Municipal de Fortaleza tem por finalidade especificar as transgressões
disciplinares, estabelecer normas relativas à aplicação das punições disciplinares, à classificação do comporta-
mento e os recursos contra a aplicação das punições.
Parágrafo único. Obedecidos os parâmetros estabelecidos nesta Lei e no Estatuto dos Servidores do Município de
Fortaleza, o regime disciplinar da Guarda Municipal de Fortaleza será instituído por Decreto do Chefe do Poder
Executivo no prazo de 60 (sessenta) dias, contados a partir da data da publicação desta Lei.
SEÇÃO I
DA OBRIGAÇÃO DO USO DO UNIFORME
Art. 23. É proibido o uso do uniforme ao Guarda Municipal, quando: Alteração feita pelo Art. 11. - Lei Comple-
mentar nº 19, de 08 de setembro de 2004.
I – não mais pertencer ao efetivo da Guarda Municipal de Fortaleza;
II – estiver exercendo função comissionada ou à disposição de outro órgão não pertencente à Prefeitura Munici-
pal de Fortaleza, desde que esteja realizando atividade não inclusa nas competências legais do carto de Guarda
Municipal;
III – passar para a inatividade.
Parágrafo único. O Regime Disciplinar da Guarda Municipal poderá prever proibições ao uso do uniforme, não
constantes neste artigo.

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SEÇÃO II
DAS PROIBIÇÕES DO USO DO UNIFORME
Art. 24. O Diretor Geral da Guarda Municipal de Fortaleza proibirá o uso do uniforme ao integrante que:
I – estiver disciplinarmente afastado do cargo;
II – exercer atividades incompatíveis com o cargo;
III – mostrar-se infiel à disciplina;
IV – praticar atos de incontinência pública e escandalosa:
a) de vícios;
b) de jogos proibidos;
c) embriaguez habitual;
V – por recomendação da Junta Médica Municipal;
VI – passar para inatividades.
Parágrafo único. O regime disciplinar da Guarda Municipal poderá prever proibições ao uso do uniforme, não
constantes neste artigo.
TÍTULO III
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 25. Dentro de 90 (noventa) dias, contados a partir da publicação desta Lei, o Diretor Geral da Guarda, em
conjunto com o Secretário de Administração, baixará Edital de Seleção Interna, visado a prover as vagas existen-
tes no Quadro de Pessoal da Guarda Municipal, observando o limite estabelecido no Art. 26 desta Lei.
Art. 26. Haverá vacância de cargo de provimento efetivo no Quadro de Pessoal da Guarda Municipal de Fortaleza,
somente quando a soma dos cargos ocupados da Parte Permanente com as funções da Parte Especial, de mesma
denominação, for inferior ao número de vagas previstas para o referido cargo na Parte Permanente.
Art. 27. O dia da Guarda Municipal será comemorado a 10 de julho, e nesta data, far-se-á a outorga do título de
Guarda Padrão Municipal.
Art. 28. Os integrantes do Corpo da Guarda Municipal estão dispensados da "assinatura do ponto", sendo seu
controle estabelecido pela Administração da Guarda, através de escalas.
Art. 29. A Guarda feminina passa a integrar o Quadro do Corpo da Guarda Municipal (VETADO)
Art. 30. As despesas decorrentes de execução desta Lei correrão por conta das dotações orçamentárias da Guar-
da Municipal de Fortaleza, as quais serão suplementadas, se insuficientes.
Art. 31. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

PAÇO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZA, EM 16 DE JULHO DE 1991.


JURACI VIEIRA DE MAGALHÃES
PREFEITO MUNICIPAL

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Câmara Municipal de Fortaleza
Sistema de Apoio ao Processo Legislativo
Lei Complementar nº 38, de 10 de julho de 2007
Vigência a partir de 12 de Agosto de 2021.
Dada por Lei Complementar nº 303, de 12 de agosto de 2021
Aprova o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) dos Servidores da Guarda Municipal e Defesa Civil de For-
taleza e dá outras providências.
FAÇO SABER QUE A CÂMARA MUNICIPAL DE FORTALEZA APROVOU E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI COMPLE-
MENTAR:

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º. Fica aprovado o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) dos Servidores da Guarda Municipal e Defesa
Civil de Fortaleza, estruturado na forma do Anexo I, obedecendo às diretrizes contidas nesta Lei.
§ 1º O Plano de Cargos, Carreiras e Salários e a que se refere o caput deste artigo abrange apenas os servidores
ocupantes dos cargos/ funções de:
I – Inspetor, Subinspetor e Guarda Municipal;
II – Agente de Defesa Civil;
III – Agente de Segurança Institucional.
§ 2º Aos aposentados e pensionistas da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza são estendidos os benefí-
cios deste Plano, no que se refere ao vencimento básico, diferencial de hierarquia e vantagem pecuniária fixa,
criadas nesta Lei, nos termos do § 8º, do art. 40, da Constituição Federal.
Art. 2º. O Plano de Cargos, Carreiras e Salários resultante da aplicação das diretrizes estabelecidas nesta Lei será
composto por:
I – estrutura do plano: carreiras, classes e cargos/funções - Anexo I;
II – tabela de conversão de cargos - Anexo II;
III – quadro de pessoal - Anexo III;
IV – descrição dos níveis de capacitação - Anexo IV;
V – matrizes hierárquicas salariais - Anexo V e V-A;
VI – tabela de conversão de tempo de serviço - Anexo VI;
VII – descrição das atribuições dos cargos/funções - Anexo VII;
VIII – Manual de Avaliação de Desempenho;
IX – Quadro Discriminativo de Enquadramento.
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Parágrafo único. O Manual de Avaliação de Desempenho e o Quadro Discriminativo de Enquadramento serão
regulamentados por decreto do chefe do Poder Executivo.
Art. 3º. Para os efeitos desta Lei, considera-se:
I – Plano de Cargos, Carreiras e Salários: conjunto de princípios, diretrizes e normas que regulam o desenvolvi-
mento profissional dos servidores ocupantes de cargos/funções que integram determinada carreira, constituindo-
se em instrumento de gestão do órgão;
II – Cargo Público: é o lugar inserido no sistema administrativo municipal caracterizando-se, cada um, por deter-
minado conjunto de atribuições e responsabilidades de natureza permanente, com denominação própria, núme-
ro certo, pagamento pelo erário municipal, criação por lei, e sua investidura depende de aprovação prévia em
concurso público de provas ou de provas e títulos;
III – Função: é o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um servidor, extinta quando vagar;
IV – Padrão de Vencimento: é a posição do servidor na escala de vencimento, em função do cargo/função, do
nível de capacitação e da classe;
V – Referência: posição do servidor no padrão de vencimento em função do tempo de serviço;
VI – Nível de Capacitação: posição do servidor na matriz hierárquica dos padrões de vencimento em decorrência
da capacitação profissional para o exercício das atividades do cargo/função ocupado;
VII – Classe: é a divisão básica da carreira, agrupando os cargos/funções da mesma denominação, segundo o
nível de responsabilidade e complexidade;
VIII – Carreira: é o conjunto de cargos de mesma natureza, na qual o servidor se desloca nos níveis de capacita-
ção e nos padrões de vencimento.

CAPÍTULO II
DO QUADRO DE PESSOAL
Art. 4º. Ficam transferidos para este Plano de Cargos, Carreiras e Salários da Guarda Municipal e Defesa Civil os
cargos especificados na Lei Complementar nº 0034, de 18 de dezembro de 2006, organizados nos termos do Ane-
xo II, assim redenominados:
I – inspetor;
II – subinspetores de 1ª e 2ª classes passam a ser denominados Subinspetor;
III – guardas de 1ª e 2ª classes passam a ser denominados Guarda Municipal;
IV – agente municipal de serviços públicos e cidadania passa a ser denominado Agente de Defesa Civil;
V – agente especial de serviços públicos passa a ser denominado Agente de Segurança Institucional.
Art. 5º. O quadro de pessoal da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza fica organizado em carreiras, na
forma do Anexo III desta Lei, estruturado em 2 (duas) partes:
I – parte permanente: composta de cargos de carreira;
II – parte especial: composta por funções, a serem extintas quando vagarem.
CAPÍTULO III
DO INGRESSO NA CARREIRA

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Art. 6º. O ingresso na carreira dar-se-á mediante concurso público, para padrão de vencimento inicial do primeiro
nível de capacitação, com nível de escolaridade mínima de ensino médio, na forma disciplinada pelo Estatuto dos
Servidores Públicos do Município de Fortaleza (Lei nº 6.794, de 27 de dezembro de 1990) e na Lei Orgânica da
Guarda Municipal.
Parágrafo único. Os requisitos para o preenchimento do cargo serão publicados através de edital para concurso
público, ressalvando- se que não haverá concurso público para subinspetor e inspetor.
Art. 7º. As carreiras são organizadas em classes de cargos/funções dispostos de acordo com o nível de responsa-
bilidade e complexidade.
Art. 8º. Os servidores não poderão ser disponibilizados ou cedidos para outros órgãos municipais, estaduais ou
federais, para executar funções diferentes daquelas previstas nas atribuições do seu respectivo cargo, salvo para
exercer mandato em entidades de representação sindical, para assumir cargo em comissão, mandato eletivo e as
demais exceções previstas em lei.
CAPÍTULO IV
DO DESENVOLVIMENTO DO SERVIDOR NA CARREIRA
Art. 9º. O desenvolvimento do servidor na carreira ocorrerá da seguinte forma:
I – promoção por capacitação;
II – progressão por tempo de serviço.
§ 1º As formas de desenvolvimento, disciplinadas nesta Lei, dependem de disponibilidade orçamentária e da
existência de vaga, conforme os quantitativos estabelecidos no Anexo III, além dos critérios e requisitos que lhes
são peculiares, na forma da legislação vigente.
§ 2º Regulamento disporá sobre os critérios a serem observados para as formas de desenvolvimento profissional.
Art. 10. Não participarão dos processos de promoção por capacitação e progressão por tempo de serviço os ocu-
pantes dos cargos/ funções que, embora implementadas todas as condições, incorrerem em 1 (uma) das seguin-
tes hipóteses:
I – tiverem punição disciplinar que importe suspensão ou 2 (duas) advertências no período entre uma progres-
são/promoção e outra;
II – tiverem cometido mais de 5 (cinco) faltas não justificadas, a cada ano, nos últimos 24 (vinte e quatro) meses;
III – terem sido condenados em processo criminal no período entre uma progressão/ promoção e outra.
Art. 11. Será criada uma comissão setorial, definida em regulamento, não remunerada, que coordenará e enca-
minhará os processos de promoção à Secretaria de Administração do Município (SAM).
Parágrafo único. A comissão referida no caput deste artigo, funcionalmente subordinada à comissão permanente
da Secretaria de Administração do Município, será renovada ou revalidada a cada 3 (três) anos.
SEÇÃO I
DA PROMOÇÃO POR CAPACITAÇÃO
Art. 12. O processo de promoção por capacitação é a passagem do servidor ocupante de um dos cargos/ funções
definidos nesta Lei, de um nível de capacitação para outro imediatamente subseqüente, através da obtenção de
certificados em cursos compatíveis com o cargo/função ocupado e cargas horárias definidas no Anexo IV.
Art. 13. A promoção ocorrerá no interstício de 36 (trinta e seis) meses, a partir do segundo enquadramento.

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§ 1º Somente serão considerados cursos técnicos de segurança pública e defesa civil aqueles promovidos por
entidades previamente credenciadas pelo Município de Fortaleza.
§ 2º Respeitada a carga horária definida no Anexo IV, será permitida a soma das horas em cursos correlatos, des-
de que estes tenham, no mínimo, 20 (vinte) horas/aula para os oferecidos pela Prefeitura Municipal de Fortaleza
ou 40 (quarenta) horas/aula nos demais casos, e que tenham sido concluídos posteriormente a janeiro de 2005.
Art. 14. Também será promovido por capacitação o servidor da carreira de segurança pública que estiver no úl-
timo nível de sua classe (de guarda para subinspetor e de subinspetor para inspetor), atendidos os seguintes re-
quisitos:
I – existência de disponibilidade orçamentária;
II – existência de cargos vagos nas classes subsequentes, observada, como critério de desempate, a antiguidade
no cargo (no cargo de guarda quando a promoção se der para o cargo de Subinspetor, no cargo de Subinspetor
quando a promoção se der para o cargo de Inspetor).
III – aprovação em cursos de formação específicos na carreira de segurança pública;
IV – existência de necessidade de profissionais nas classes, determinada pela Direção da Guarda.
§ 1º Quando o servidor se deslocar para outra classe, após a promoção, este ocupará o nível de capacitação I na
nova posição hierárquica, permanecendo no padrão de vencimento relativo ao que ocupava anteriormente.
§ 2º A antiguidade mencionada no inciso II do caput refere-se ao tempo de serviço no cargo que o servidor ocu-
pa; persistindo o empate, será promovido o servidor, na seguinte ordem: Alteração feita pelo Art. 1º. - Lei Com-
plementar nº 303, de 12 de agosto de 2021.
I – que tiver mais tempo de serviço prestado à GMF;
II – que tiver precedência na escala de números funcionais da instituição.
§ 3º Não serão considerados, para fins da contagem de tempo de serviço, as faltas não justificadas e os afasta-
mentos não remunerados.
SEÇÃO II
DA PROGRESSÃO POR TEMPO DE SERVIÇO
Art. 15. A progressão por tempo de serviço é a passagem do servidor, ocupante de um cargo/função definido
nesta Lei, de um padrão de vencimento para o imediatamente superior, dentro da mesma classe e do mesmo
nível de capacitação a que pertence.
§ 1º Haverá progressão por tempo de serviço a cada 24 (vinte e quatro) meses de efetivo exercício, contados a
partir da primeira fase do enquadramento.
§ 2º Para efeitos desta progressão, será levado em consideração o tempo de serviço prestado ao Município de
Fortaleza, como também o tempo de serviço disponibilizado à União, Estados e Municípios, com ônus para ori-
gem.
CAPÍTULO V
DA REMUNERAÇÃO
Art. 16. A composição da remuneração dos servidores contemplados por este PCCS dar-se-á da seguinte forma:
I – vencimento básico;
II – gratificação de risco de vida;
III – gratificação de desempenho específica de segurança e defesa civil;
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IV – diferencial de hierarquia, para os subinspetores e inspetores;
V – incentivo à titulação;
VI – vantagens pecuniárias previstas em legislação específica.
Art. 17. O vencimento básico corresponde ao valor estabelecido para o padrão de vencimento da classe e do
nível de capacitação ocupado pelo servidor.
Art. 18. A tabela de valores dos padrões de vencimento encontram-se definidas nos Anexos V e V-A deste plano.
Parágrafo único. Os reajustes concedidos a título de revisão geral da remuneração dos servidores municipais
somente incidirão sobre o vencimento básico.
Art. 19. O Incentivo à Titulação de que trata a presente Lei será calculado sobre o vencimento básico de referên-
cia do servidor.
Art. 20. As vantagens pecuniárias são aquelas previstas no Estatuto do Servidor do Município (Lei nº 6.794, de 27
de dezembro de 1990) e legislação específica do Município de Fortaleza.
SEÇÃO I
DAS GRATIFICAÇÕES
Art. 21. Fica instituída a Gratificação de Desempenho Específica de Segurança e Defesa Civil (GDESD), de percen-
tual variável de 50 (cinqüenta) a 100 (cem), calculada sobre o vencimento básico, devida mensalmente aos servi-
dores referidos nesta Lei, em efetivo exercício no cargo, visando ao melhor desempenho das atribuições por eles
realizadas.
§ 1º A gratificação referida no caput deste artigo será atribuída com base em avaliação de aferição mensal, cujos
critérios objetivos serão estabelecidos em decreto do chefe do Poder Executivo.
§ 2º A GDESD é incorporável aos proventos, dos servidores, atendidos os seguintes requisitos:
a) no caso dos servidores admitidos até 15 de dezembro de 1998, desde que a tenham percebido por um período
superior a 36 (trinta e seis) meses ininterruptos;
b) no caso dos servidores admitidos após 15 de dezembro de 1998, desde que a tenham percebido por um perí-
odo superior a 60 (sessenta) meses ininterruptos ou 84 (oitenta e quatro) meses intercalados;
c) para os servidores enquadrados nos cargos de agente de defesa civil e agente de segurança institucional ante-
riormente à publicação desta Lei, desde que percebida por um período superior a 24 (vinte e quatro) meses inin-
terruptos.
§ 3º Para efeito do cálculo do valor a ser incorporado aos proventos, tomar-se-á como base a média dos valores
percebidos de acordo com os períodos estabelecidos pelo § 2º deste artigo.
§ 4º Para aqueles servidores que, na data da publicação desta Lei, tiverem 67 (sessenta e sete) anos ou mais de
idade, fica garantida a incorporação da GDESD para fins de aposentadoria compulsória.
Art. 22. Os servidores contemplados nas carreiras deste PCCS, quando em efetivo exercício, farão jus à Gratifica-
ção por Atividade de Risco à Vida (GARV), equivalente a 40% (quarenta por cento), calculado sobre o vencimento
básico.
§ 1º Não será paga a gratificação mencionada no caput deste artigo àqueles que estiverem à disposição de ou-
tros órgãos que não a Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, executados os casos dos representantes sin-
dicais pertencentes às carreiras abrangidas por este Plano, mandatos eletivos e os demais casos previstos em lei.

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§ 2º A gratificação de que trata o caput deste artigo é incorporável aos proventos para fins de aposentadoria,
desde que o servidor a tenha percebido por um período superior a 60 (sessenta) meses ininterruptos ou 84 (oi-
tenta e quatro) meses intercalados, ressalvados os servidores que, na data da publicação desta Lei, já haviam
implementado o tempo mínimo de percepção de 24 (vinte e quatro) meses ininterruptos da referida gratificação,
prevista na Lei Orgânica da Guarda Municipal.
§ 3º Os servidores que estiverem à disposição da Câmara Municipal de Fortaleza não serão enquadrados na res-
trição do § 1º deste artigo, desde que estejam no exercício das suas funções.
Art. 23. Fica instituído o Diferencial de Hierarquia (DH) para os servidores da carreira de segurança pública, calcu-
lado sobre o vencimento básico, nos seguintes percentuais:
I – classe B, 10% (dez por cento), calculados sobre o vencimento básico, para servidores ocupantes do car-
go/função de Subinspetor;
II – classe C, 15% (quinze por cento), calculados sobre o vencimento básico, para servidores ocupantes do cargo/
função de Inspetor.
Parágrafo único. O diferencial de que trata o caput deste artigo constitui vantagem incorporável aos proventos
para fins de aposentadoria, para os servidores admitidos até 15 de dezembro de 1998, desde que o tenham per-
cebido por um período superior a 36 (trinta e seis) meses ininterruptos; e os demais servidores, 60 (sessenta)
meses ininterruptos ou 84 (oitenta e quatro) meses intercalados.
Art. 24. Fica instituído o Incentivo à Titulação, calculado sobre o vencimento básico, aos servidores que adquiri-
rem os seguintes títulos:
I – título de graduação, 10% (dez por cento);
II – título de pós-graduação, 15% (quinze por cento).
§ 1º Na aplicação do disposto do caput deste artigo, caso seja o servidor portador de mais de 1 (um) título, preva-
lecerá o correspondente ao de maior percentual, desprezando-se os demais, não sendo admitida a percepção
cumulativa.
§ 2º O incentivo será incorporado aos respectivos proventos, desde que os servidores admitidos até 15 de de-
zembro de 1998 o tenham percebido por um período superior a 36 (trinta e seis) meses ininterruptos; e os de-
mais servidores, o tenham percebido por um período superior a 60 (sessenta) meses ininterruptos ou 84 (oitenta
e quatro) meses intercalados.
§ 3º Os cursos de graduação e pósgraduação, para fins de concessão do incentivo, deverão ser reconhecidos pelo
Ministério da Educação, bem como guardar correlação com a área de segurança e defesa civil, nos termos do
regulamento a ser editado pelo chefe do Executivo.
CAPÍTULO VI
DA JORNADA DE TRABALHO
Art. 25. A jornada de trabalho dos servidores integrantes do Plano de Cargos, Carreiras e Salários – PCCS da
Guarda Municipal e Defesa Civil fica estabelecida em: Alteração feita pelo Art. 1º. - Lei Complementar nº 154, de
13 de dezembro de 2013.
I – 180 (cento e oitenta) horas mensais, sendo 30 (trinta) horas semanais efetivamente trabalhadas, cujos venci-
mentos básicos são os estabelecidos no Anexo V.
II – 240 (duzentas e quarenta) horas mensais, sendo 40 (quarenta) horas semanais efetivamente trabalhadas,
cujos vencimentos básicos são os estabelecidos no Anexo V-A.

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§ 1º Para fins de cumprimento da jornada de trabalho, poderá ser estabelecido sistema de escalas de serviço e
aferição de frequência, visando atender ao interesse público.
§ 2º O diretor da Guarda Municipal de Fortaleza poderá regulamentar, por portaria, o sistema de escalas previsto
no § 1º, adequando-o às instituições e à necessidade do serviço, desde que observada a jornada semanal de tra-
balho definida nos incisos I e II deste artigo.
CAPÍTULO VII
DA ESTRUTURA DO PLANO DE CARGOS, CARREIRAS E SALÁRIOS
SEÇÃO I
DAS CARREIRAS, CLASSES E NÍVEIS DE CAPACITAÇÃO
Art. 26. Ficam criadas 3 (três) carreiras:
I – carreira de segurança pública: formada por inspetores, subinspetores e guardas municipais;
II – carreira de segurança institucional: formada por agentes de segurança institucional;
III – carreira de defesa civil: formada por agentes de defesa civil.
§ 1º A carreira de segurança pública é composta por 3 (três) classes:
I – classe A: guarda municipal;
II – classe B: subinspetor; III
III – classe C: inspetor.
§ 2º As carreiras de segurança institucional e defesa civil são compostas por classe única.
§ 3º Cada classe definida nesta Lei compreende 4 (quatro) níveis de capacitação.
§ 4º Cada nível de capacitação contém 20 (vinte) padrões de vencimento estruturados na forma do Anexo V,
parte integrante desta Lei.
SEÇÃO II
DA MATRIZ HIERÁRQUICA SALARIAL
Art. 27. As matrizes hierárquicas salariais das carreiras definidas nesta Lei são as previstas nos Anexos V e V-A.
CAPÍTULO VIII
DO ENQUADRAMENTO NA MATRIZ HIERÁQUICA
Art. 28. O enquadramento do servidor na matriz hierárquica dar-se-á na carreira, classe, cargo/função e padrão
de vencimento correspondente à situação funcional quando da vigência desta Lei, considerando ainda a Tabela de
Conversão de Tempo de Serviço, na forma do Anexo VI.
Parágrafo único. Para efeito da contagem de tempo de serviço de que trata o caput deste artigo serão arredon-
dadas para 1 (um) ano as frações de tempo iguais ou superiores a 11 (onze) meses.
Art. 29. período para a apuração de tempo de serviço para o enquadramento será da data de efetivação do ser-
vidor no Município de Fortaleza até a data da publicação desta Lei.
Parágrafo único. Não serão contados na apuração de tempo de serviço para efeito de enquadramento o período
probatório, período referente a afastamentos não remunerados, férias e licença-prêmio não gozadas e contadas
em dobro ou qualquer outro tipo de averbação

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Art. 30. O servidor que não possuir a escolaridade exigida para o exercício do cargo/função e já o estiver exer-
cendo, na data da vigência desta Lei, ficará enquadrado em cargo correlato, ficando dispensado do pré-requisito
de escolaridade.
SEÇÃO I
DAS FASES DO ENQUADRAMENTO
Art. 31. O enquadramento será realizado em 2 (duas) fases:
I – fase I, a partir de maio de 2007, sendo:
a) enquadramento na classe, tendo em vista o cargo/função em exercício;
b) enquadramento no nível de capacitação inicial da classe;
c) enquadramento no padrão de vencimento conforme tabela de conversão do tempo de serviço.
II – fase II, 12 (doze) meses após a primeira fase, sendo o servidor enquadrado definitivamente no nível de capa-
citação.
Art. 32. Após a primeira fase do enquadramento, o servidor deverá informar os cursos de capacitação na área de
segurança e defesa civil, devidamente reconhecidos e/ou credenciados pelo Município de Fortaleza, que porven-
tura tenha concluído a partir de janeiro de 2005.
Art. 33. O enquadramento dos servidores neste PCCS será automático, mas estes podem se manifestar formal-
mente pela opção do não enquadramento, permanecendo, portanto, no sistema de remuneração da legislação
anterior.
Parágrafo único. A manifestação de que trata o caput deste artigo deverá ser efetivada no prazo de até 90 (no-
venta) dias contados da data de publicação desta Lei.
CAPÍTULO IX
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 34. O servidor que se julgar prejudicado, quando do seu enquadramento neste Plano de Cargos, Carreiras e
Salários, poderá requerer a reavaliação junto à Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, até 90 (noventa) dias
após a publicação do Quadro Discriminativo de Enquadramento no Diário Oficial do Município (DOM).
Parágrafo único. Fica assegurado àqueles que não optarem pelo enquadramento de que trata esta Lei o reajuste
de seus vencimentos básicos nos mesmos percentuais e datas em que se verificar o reajuste geral dos servidores
do Poder Executivo Municipal.
Art. 35. As atribuições relativas aos cargos/funções descritos neste Plano de Cargos, Carreiras e Salários são as
constantes do Anexo VII.
Art. 36. O Plano de Cargos, Carreiras e Salários obedecerá, exclusivamente, às normas estabelecidas nesta Lei,
não prevalecendo para nenhum efeito planos, reclassificações e enquadramentos anteriores.
Parágrafo único. Os servidores contemplados neste PCCS farão jus a uma vantagem pecuniária fixa de R$ 110,00
(cento e dez reais), reajustável nos mesmos índices aplicados ao vencimento básico, a qual não se incorpora a
este para qualquer finalidade, garantida, porém, a sua incorporação aos proventos, atendidas as seguintes condi-
ções:
I – no caso dos servidores admitidos até 15 de dezembro de 1998, que a tenham percebido por um período supe-
rior a 36 (trinta e seis) meses ininterruptos;

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II – nos demais casos, que a tenham percebido pelo período de 60 (sessenta) meses ininterruptos ou 84 (oitenta
e quatro) meses intercalados.
Art. 37. Os Agentes de Defesa Civil e de Segurança Institucional, ao serem enquadrados neste PCCS, deixarão de
perceber a gratificação de aumento de produtividade variável prevista na Lei nº 8.419, de 31 de março de 2000,
regulamentada pelo Decreto n. 10.850, de 15 de agosto de 2000.
§ 1º Os servidores referidos no caput deste artigo, além da vantagem prevista no parágrafo único do art. 36 desta
Lei, farão jus a uma vantagem pecuniária pessoal fixa de R$ 35,09 (trinta e cinco reais e nove centavos), reajustá-
vel nos mesmos índices aplicados ao vencimento básico, a qual não se incorpora a este para qualquer finalidade,
garantida, porém, a sua incorporação aos proventos, desde que percebida por um período mínimo de 60 (sessen-
ta) meses ininterruptos ou 84 (oitenta e quatro) meses intercalados.
§ 2º Os servidores acima mencionados, antes submetidos a uma carga horária de 8 (oito) horas diárias, nos ter-
mos do Edital 001, de 28 de abril de 2000, deixarão de perceber a complementação salarial de 60 (sessenta) ho-
ras; conforme o art. 25 desta Lei passarão a ter carga horária de 180 (cento e oitenta) horas mensais.
Art. 38. Os inspetores, além da vantagem prevista no parágrafo único do art. 36 desta Lei, farão jus a uma vanta-
gem pessoal fixa de R$ 366,08 (trezentos e sessenta e seis reais e oito centavos), reajustável nos mesmos índices
aplicados ao vencimento básico, a qual não se incorpora a este para qualquer finalidade, garantida, porém, a sua
incorporação aos proventos, desde que os servidores admitidos até 15 de dezembro de 1998 a tenham percebido
por um período superior a 36 (trinta e seis) meses ininterruptos; e os demais servidores, 60 (sessenta) meses inin-
terruptos ou 84 (oitenta e quatro) meses intercalados.
Art. 39. Os atos regulamentares do Poder Executivo vinculados a esta Lei deverão ser aprovados por decretos,
dentro de 90 (noventa) dias contados da publicação desta Lei.
Art. 40. As despesas decorrentes da implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários de que trata esta Lei
correrão à conta das dotações orçamentárias próprias da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, que serão
suplementadas em caso de insuficiência de recursos.
Art. 41. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação, exceto quanto aos seus efeitos finan-
ceiros que retroagirão a 1º de maio de 2007, ficando revogadas as disposições em contrário.
PAÇO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZA, em 10 de julho de 2007.

Luizianne de Oliveira Lins


PREFEITA MUNICIPAL DE FORTALEZA

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Câmara Municipal de Fortaleza
Sistema de Apoio ao Processo Legislativo
Lei Complementar nº 37, de 10 de julho de 2007
Institui o Regulamento Disciplinar Interno da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza e dá outras provi-
dências
FAÇO SABER QUE A CÂMARA MUNICIPAL DE FORTALEZA APROVOU E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI COMPLE-
MENTAR:
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º. O Regulamento Disciplinar dos Servidores da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, instituído por
esta Lei Complementar, tem a finalidade de definir os deveres, tipificar as infrações disciplinares, regular as san-
ções administrativas, os procedimentos processuais correspondentes, os recursos, o comportamento e as recom-
pensas aos referidos servidores.
Art. 2º. Este regulamento aplica-se aos servidores pertencentes ao efetivo da Guarda Municipal e Defesa Civil de
Fortaleza, incluindo-se, ainda, os ocupantes exclusivamente de cargos em comissão, os servidores de atividades
administrativas e os de nível superior.
TÍTULO II
DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO I
DA HIERARQUIA E DA DISCIPLINA
Art. 3º. A hierarquia e a disciplina são a base institucional da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, sendo
a hierarquia a ordenação de autoridade, em níveis diferentes de uma escala existindo superiores e subordinados;
e a disciplina a rigorosa observância e acatamento das leis, regulamentos, decretos e as demais disposições legais,
traduzindo-se pelo voluntário e adequado cumprimento ao dever funcional.
Art. 4º. São princípios norteadores da disciplina e da hierarquia da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza:
I – o respeito à dignidade humana;
II – o respeito à cidadania;
III – o respeito à justiça;
IV – o respeito à legalidade democrática;
V – o respeito à coisa pública.
Art. 5º. São superiores em razão do cargo, ainda que não pertencentes às carreiras do Corpo da Guarda Munici-
pal e Defesa Civil de Fortaleza:
I – chefe do Poder Executivo Municipal;
II – diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza.
Art. 6º. As ordens legais devem ser prontamente executadas, cabendo responsabilidade à autoridade que as de-
terminar.

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§ 1º A hierarquia confere ao superior o poder de transmitir ordens, de fiscalizar e de rever decisões em relação
ao subordinado.
§ 2º Os integrantes do Corpo da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza serão subordinados à disciplina
básica da mesma, onde quer que exerçam suas atividades, sujeitando-se também às normas dos órgãos onde
desenvolvam suas atividades, desde que estas não conflitem com as da instituição, que são soberanas.
§ 3º No caso de dúvida acerca dos procedimentos a serem adotados nas ações práticas, será assegurado o escla-
recimento ao subordinado.
Art. 7º. Todo servidor da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza que se deparar com ato contrário à disci-
plina da instituição deverá adotar medida saneadora.
Parágrafo único. Se detentor de hierárquica sobre o infrator, o servidor da Guarda Municipal e Defesa Civil de
Fortaleza deverá adotar as providências cabíveis pessoalmente; se subordinado, deverá comunicar às autoridades
competentes.
Art. 8º. O ordenamento hierárquico da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza compreende 3 (três) carrei-
ras, sendo:
I – Carreira de Segurança Pública;
II – Carreira de Defesa Civil;
III – Carreira de Segurança Institucional.
Art. 9º. A precedência hierárquica, salvo nos casos a que se refere o art. 5º desta Lei, é regulada pelos cargos.
Art. 10. Na igualdade de cargos, terá precedência hierárquica:
I – o servidor mais antigo no cargo;
II – o servidor mais antigo na Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza;
III – pela posição nas escalas numéricas, número funcional ou registros similares.
Art. 11. São deveres do servidor da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, além dos demais elencados
neste regulamento:
I – ser assíduo e pontual;
II – cumprir as ordens superiores, representando quando forem manifestamente ilegais;
III – desempenhar com zelo e presteza os trabalhos de que for incumbido;
IV – guardar sigilo sobre os assuntos da administração;
V – tratar com urbanidade os companheiros de trabalho e o público em geral;
VI – manter sempre atualizada sua declaração de família, de residência e de domicílio;
VII – zelar pela economia do material do Município e pela conservação do que for confiado à sua guarda e utiliza-
ção;
VIII – proceder, pública e particularmente, de forma que dignifique a função pública;
IX – cooperar e manter o espírito de solidariedade, afeição e camaradagem com os companheiros de trabalho;
X – estar em dia com as leis, regimentos, regulamentos, instruções e ordens de serviço que digam respeito as
suas funções;
XI – prestar continência a seu superior hierárquico;
XII – comparecer convenientemente trajado em serviço e com o uniforme determinado para a ocasião;
XIII – zelar pela boa apresentação individual.

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Parágrafo único. Fazem parte da boa apresentação individual a barba e cabelos cortados, unhas aparadas e, para
o efetivo feminino, os cabelos curtos ou presos segundo os tipos prescritos, sendo permitido o uso de brincos
discretos e maquiagem leve, segundo as demais disposições deste regulamento.
CAPÍTULO II
DO USO DO UNIFORME
Art. 12. O uso correto dos uniformes é fator primordial na boa apresentação individual e coletiva do quadro de
pessoal da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, contribuindo para o fortalecimento da disciplina e da
imagem da instituição perante a opinião pública
§ 1º É obrigatório o uso do uniforme limpo e completo pelo Corpo da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortale-
za, quando em efetivo serviço, salvo por exigência do serviço prestado com a devida autorização da Direção-
Geral.
§ 2º Os servidores de carreira pertencentes ao Corpo da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, quando
investidos em cargos de comissão poderão usar o uniforme, dentro da conveniência de suas atividades ou por
determinação da Direção-Geral.
Art. 13. É vedado ao Corpo da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza o uso do uniforme quando:
I – não mais pertencer ao Corpo da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza;
II – passar para a inatividade;
III – praticar atos de incontinência pública e escandalosa de vícios, jogos proibidos ou embriaguez habitual;
IV – estiver disciplinarmente afastado do cargo;
V – estiver à disposição, com ou sem ônus para a origem, excetuados os casos previstos em convênios com ou-
tros órgãos públicos;
VI – estiver em gozo de férias ou licenças médicas;
VII – estiver afastado de suas funções para trato de interesse particular, para concorrer ou desempenhar manda-
to eletivo ou de representação sindical;
VIII – participar de manifestações de caráter político-partidárias.
CAPÍTULO III
DA CONTINÊNCIA
Art. 14. Os servidores ocupantes de cargo efetivo dentro da Carreira de Segurança Pública da Guarda Municipal e
Defesa Civil de Fortaleza manifestarão respeito e apreço aos seus superiores, pares e subordinados através da
continência:
I – dirigindo-se a eles ou atendendo-os, de modo disciplinado;
II – observando a hierárquica;
III – observando que a continência é impessoal e que visa à autoridade e não à pessoa.
IV – verificando que a continência parte sempre do servidor de menor precedência hierárquica;
V – reconhecendo que todo servidor deve, obrigatoriamente, retribuir a continência que lhe é prestada; se uni-
formizado, prestará a continência individual; se à paisana, responderá com um movimento de cabeça e com um
cumprimento verbal.
Art. 15. Têm direito à continência:
I – a Bandeira Nacional:
a) ao ser hasteada ou arriada diariamente em cerimônia militar ou cívica;
b) por ocasião da cerimônia de incorporação ou desincorporação, nas formaturas;

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c) quando conduzida em marcha, desfile ou cortejo, acompanhada por guarda ou por organização civil, em ceri-
mônia cívica;
II – o Hino Nacional, quando executado em solenidade militar ou cívica;
III – o chefe do Poder Executivo Municipal;
IV – os superiores hierárquicos.
CAPÍTULO IV
DO COMPORTAMENTO DO SERVIDOR
Art. 16. Ao ingressar no Corpo da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, o servidor será classificado no
comportamento bom.
Art. 17. Para fins disciplinares e para os demais efeitos legais, o comportamento do servidor da Guarda Municipal
e Defesa Civil de Fortaleza será considerado:
I – excelente, quando no período de 4 (quatro) anos não tiver sofrido qualquer punição;
II – bom, quando no período de 3 (três) anos não tiver sofrido pena de suspensão;
III – insuficiente, quando no período de 2 (dois) anos tiver sofrido até 2 (duas) suspensões ou equivalentes (§ 1º);
IV – ruim, quando no período de 1 (um) ano tiver sofrido o somatório de mais de 15 (quinze) dias de suspensão.
§ 1º Para a classificação de comportamento, 2 (duas) advertências equivalerão a 1 (uma) suspensão.
§ 2º A avaliação do comportamento dar-se-á anualmente através de portaria do diretor-geral da Guarda Munici-
pal e Defesa Civil de Fortaleza, de acordo com os critérios estabelecidos neste artigo.
§ 3º A contagem de tempo para a melhoria de comportamento começará a partir da data em que se encerrar o
cumprimento da punição.
§ 4º O conceito atribuído ao comportamento do servidor, nos termos do disposto neste artigo, será considerado
para:
I – indicação para participação em cursos de aperfeiçoamento;
II – submissão à participação em programa educativo, nas hipóteses dos incisos III e IV do caput deste artigo, se a
soma das penas de suspensão aplicadas for superior a 30 (trinta) dias.
Art. 18. Anualmente será elaborado pela Corregedoria da Guarda Municipal o relatório de avaliação disciplinar do
efetivo da Guarda Municipal, o qual será submetido à apreciação da Assessoria Jurídica e do diretor-geral.
§ 1º A Corregedoria da Guarda Municipal convidará 1 (um) servidor de cada categoria profissional do Corpo da
Guarda Municipal e Defesa Civil para acompanhar os trabalhos de formação do relatório citado no caput deste
artigo.
§ 2º Os critérios de avaliação terão por base a aplicação desta Lei Complementar.
§ 3º A avaliação deverá considerar a totalidade das infrações punidas, a tipificação e as sanções correspondentes
e o cargo do infrator.
Art. 19. Do ato do diretor-geral que classificar os integrantes da instituição caberá recurso, dirigido à própria di-
reção da instituição, devendo conter a justificativa para o recebimento deste.
Parágrafo único. O recurso previsto neste artigo deverá ser interposto no prazo de 15 (quinze) dias, contados da
data da publicação oficial do ato impugnável e terá efeito suspensivo.
CAPÍTULO V
DAS RECOMPENSAS
Art. 20. As recompensas constituem-se em reconhecimento aos bons serviços, atos meritórios e trabalhos rele-
vantes prestados pelo servidor.

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Art. 21. São recompensas da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza:
I – condecorações por serviços prestados;
II – elogios.
§ 1º Condecorações constituem-se em referências honrosas e insígnias conferidas aos integrantes da Guarda
Municipal e Defesa Civil de Fortaleza por sua atuação em ocorrências de relevo na preservação da vida, da inte-
gridade física e do patrimônio municipal, podendo ser formalizadas independentemente da classificação de com-
portamento, com a devida publicidade no Diário Oficial do Município e registro em pasta funcional.
§ 2º Elogio é o reconhecimento formal da administração às qualidade morais e profissionais daqueles que com-
põem a Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, com a devida publicidade no Diário Oficial do Município e
registro em pasta funcional.
§ 3º As recompensas previstas neste artigo serão conferidas por determinação do diretor-geral da Guarda Muni-
cipal e Defesa Civil de Fortaleza.
CAPÍTULO VI
DO DIREITO DE PETIÇÃO
Art. 22. É assegurado ao servidor da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza o direito de requerer ou repre-
sentar, quando se julgar prejudicado por ato ilegal praticado por superior hierárquico, desde que o faça dentro
das normas de urbanidade.
Parágrafo único. Os requerimentos deverão ser endereçados à Ouvidoria da instituição, que se encarregará de
adotar as providências que julgar necessárias para o andamento dos pedidos.
TÍTULO III
DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARES
CAPÍTULO I
DA DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DAS INFRAÇÕES DISCIPLINARES
Art. 23. Infração disciplinar é toda qualquer violação aos deveres funcionais, aos princípios éticos e norteadores
da conduta dos integrantes da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, podendo esta transgressão se mani-
festar através de ação ou omissão, desde que contrarie os preceitos estabelecidos nesta Lei Complementar, no
Estatuto dos Servidores Públicos Municipais e as demais leis, regulamentos, normas e disposições legais, sem
prejuízo da aplicação de sanções de natureza penal.
Art. 24. As infrações, quanto à sua natureza, classificam-se em:
I – leves;
II – médias;
III – graves.
Art. 25. São infrações disciplinares de natureza leve:
I – chegar atrasado, sem justo motivo, a ato ou ao posto de serviço;
II – permutar serviço sem permissão da autoridade competente;
III – deixar de usar uniforme, ou usá-lo incompleto, contrariando as normas respectivas ou trajar vestuário in-
compatível com a função;
IV – suprimir a identificação do uniforme ou utilizar-se de meios ilícitos para dificultar a identificação;
V – descurar-se do asseio pessoal ou coletivo, conforme o art. 11, parágrafo único, desta Lei Complementar;
VI – negar-se a receber uniforme, equipamentos ou outros objetos que lhe sejam destinados ou que devam ficar
em seu poder;
VII – conduzir veículo da instituição sem autorização da unidade competente;
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VIII – fumar, estando de serviço, nos locais em que tal procedimento seja vedado;
IX – deixar de encaminhar documentos no prazo legal;
X – negar-se a prestar continência a seus superiores, de acordo com Capítulo III deste regulamento.
Art. 26. São transgressões disciplinares de natureza média:
I – faltar ou ausentar-se do serviço sem motivo justificável;
II – deixar de comunicar ao superior imediato ou, na sua ausência, a outro superior, informação sobre perturba-
ção da ordem pública, logo que dela tenha conhecimento;
III – encaminhar documentos ao superior hierárquico comunicando infração disciplinar inexistente ou sem indí-
cios de fundamentação fática;
IV – desempenhar inadequadamente suas funções por falta de atenção;
V – afastar-se, momentaneamente, sem justo motivo, do local em que deva encontrar-se por força de ordens ou
disposições legais;
VI – deixar de apresentar-se, nos prazos estabelecidos, sem motivo justificado, nos locais em que deva compare-
cer;
VII – representar a instituição em qualquer ato sem estar autorizado pela Direção-Geral;
VIII – deixar de se apresentar à instituição, mesmo estando de folga, após ato convocatório do diretor da Guarda
Municipal e Defesa Civil de Fortaleza;
IX – sobrepor ao uniforme insígnias de sociedades particulares, entidades religiosas ou políticas ou, ainda, usar
indevidamente medalhas desportivas, distintivos ou condecorações, sem motivo justificado;
X – dirigir veículo da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza em desobediência às determinações contidas
no Código de Trânsito Brasileiro, salvo se em caso de emergência e no estrito cumprimento do dever;
XI – deixar de preencher relatório de atividades ou omitir informações decorrentes da operação realizada, salvo
por motivo justificável;
XII – ofender a moral e os bons costumes, por meio de atos, palavras ou gestos;
XIII – responder por qualquer modo desrespeitoso a servidor da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza,
com função superior, igual ou inferior, ou a qualquer munícipe;
XIV – deixar de zelar pela economia do material do Município e pela conservação do que for confiado à sua guar-
da ou utilização;
XV – designar ou manter sob sua chefia imediata cônjuge, companheiro ou companheira ou parente até 2º grau;
XVI – coagir ou aliciar subordinados com objetivos de natureza político-partidária;
XVII – retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição;
XVIII – recusar fé a documentos públicos;
XIX – valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função públi-
ca;
XX – deixar de manter em dia a escrituração do setor onde trabalha, no que for da sua competência;
XXI – permitir a presença de pessoas estranhas ao serviço, em local em que seja proibida;
XXII – permitir que o subordinado exerça função incompatível com suas atribuições ou proibidas por lei ou regu-
lamento.
Art. 27. As transgressões disciplinares de natureza grave classificam-se em 4 (quatro) grupos.
§ 1º São transgressões disciplinares do primeiro grupo:

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I – deixar de assumir a responsabilidade por seus atos ou pelos atos praticados por servidor da Guarda Municipal
e Defesa Civil de Fortaleza em função subordinada que agir em cumprimento de sua ordem;
II – permanecer uniformizado, não estando em serviço, em boates, casas de prostituição, bares suspeitos, clubes
de carteados, salões de bilhar, bingos ou semelhantes, locais em que se realizem corridas de cavalo ou quaisquer
outros locais em que pela localização, freqüência ou prática habitual, possam comprometer a Guarda Municipal e
Defesa Civil de Fortaleza e a administração pública municipal;
III – deixar de comunicar a seu chefe imediato faltas graves ou crimes de que tenha conhecimento em razão da
função;
IV – deixar, quando solicitado, de prestar auxílio na manutenção ou restabelecimento da ordem pública, quando
ao seu alcance;
V – ingerir bebida alcoólica estando uniformizado;
VI – introduzir ou tentar introduzir bebidas alcoólicas em dependências da instituição ou postos de serviço;
VII – solicitar a interferência de pessoas estranhas à instituição, a fim de obter para si ou para outrem qualquer
vantagem ou benefício;
VIII – fornecer à imprensa informações que ultrapassem a sua competência ou que sejam de caráter sigiloso;
IX – divulgar decisão, despacho, ordem ou informação, antes de oficialmente publicada;
X – exercer atividade incompatível com a função de guarda, subinspetor, agente de segurança institucional e
agente de defesa civil;
XI – assinar documentos que importem ordem ou determinação a superior;
XII – apresentar-se uniformizado quando proibido;
XIII – praticar quaisquer atos que ponham em dúvida a sua honestidade funcional;
XIV – espalhar notícias falsas em prejuízo da ordem e da disciplina da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortale-
za e do serviço público municipal como um todo
XV – apresentar-se publicamente em situação que denigra a imagem da instituição, em decorrência do consumo
de bebidas alcoólicas, estando em serviço ou no uso do fardamento;
XVI – fazer propaganda político-partidária nas dependências da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza ou
em qualquer outro local estando fardado, vinculando a imagem do serviço público municipal a qualquer partido
político ou candidato;
XVII – entrar ou permanecer em comitê político ou participar de comícios estando uniformizado, salvo quando
em serviço;
XVIII – utilizar-se do anonimato para macular ou ferir pares, superiores ou subordinados;
XIX – deixar com pessoas estranhas à Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza sua carteira de identificação
funcional ou simulacros;
XX – faltar com a verdade junto a depoimentos em relatórios e declarações, por ocasião de ocorrências de qual-
quer natureza;
XXI – desempenhar inadequadamente suas funções de modo intencional;
XXII – alegar doença para esquivar-se ao cumprimento do dever, sem apresentar atestados ou laudos médico-
periciais, dentro dos prazos legais, que comprovem sua situação;
XXIII – vender, ceder, doar ou emprestar peças de uniforme e/ou equipamento ou quaisquer materiais perten-
centes à instituição;
XXIV – abandonar o serviço para o qual tenha sido designado, sem a devida justificativa e autorização do chefe
imediato;
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XXV – retirar ou tentar retirar de local sob a administração da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza objeto
ou viatura, sem ordem dos respectivos responsáveis;
XXVI – usar expressões jocosas ou pejorativas que atentem contra a raça, a religião, o credo ou orientação sexual
e cultural;
XXVII – participar da gerência ou administração de empresas privadas, em especial aquelas da área de segurança;
XXVIII – omitir, em qualquer documento, dados indispensáveis ao esclarecimento dos fatos;
XXIX – transportar na viatura, que esteja sob seu comando ou responsabilidade, pessoa ou material, sem autori-
zação da autoridade competente.
§ 2º São transgressões disciplinares do segundo grupo:
I – ofender colegas com gestos, palavras ou escritos;
II – introduzir, distribuir ou tentar fazer, nas dependências da instituição ou em lugar público, estampas e publi-
cações que atentem contra a disciplina ou a moral;
III – introduzir ou tentar introduzir em dependências da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza ou outra
repartição pública, material inflamável ou explosivo sem permissão do superior hierárquico;
IV – dificultar ao servidor da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza em função subordinada a apresentação
de reclamação, recurso ou exercício do direito de petição;
V – praticar violência, em serviço ou em razão dele, contra servidores ou particulares, salvo se em legítima defesa
e no estrito cumprimento do dever;
VI – deixar de providenciar para que seja garantida a integridade física de pessoas detidas ou sob sua guarda ou
responsabilidade;
VII – publicar ou contribuir para que sejam publicados fatos ou documentos privativos da Direção da Guarda Mu-
nicipal e Defesa Civil de Fortaleza;
VIII – recusar-se a auxiliar as autoridades públicas ou seus agentes que estejam no exercício de suas funções e
que, em virtude destas, necessitem do auxílio imediato, desde que esteja dentro de suas atribuições;
IX – contribuir para que pessoas detidas ou sob guarda ou responsabilidade conservem em seu poder objetos
não permitidos;
X – abrir ou tentar abrir setor da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, sem autorização, salvo se em caso
de urgência ou emergência;
XI – ofender, provocar ou desafiar autoridade ou servidor da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza que
exerça função superior, igual ou subordinada, com palavras, gestos ou ações;
XII – deixar de cumprir escala ou retardar serviço ou ordem legal, sem motivo escusável;
XIII – descumprir preceitos legais durante a custódia de pessoas detidas sob sua guarda ou responsabilidade;
XIV – aconselhar ou concorrer para o descumprimento de ordem legal de autoridade competente;
XV – referir-se depreciativamente às ordens legais em informações, pareceres, despachos, pela imprensa ou por
qualquer meio de divulgação;
XVI – publicar ou contribuir para que sejam publicados fatos ou documentos afetos à Guarda Municipal e Defesa
Civil de Fortaleza que possam concorrer para ferir a disciplina ou a hierarquia ou comprometer a segurança insti-
tucional.
§ 3º São transgressões disciplinares do terceiro grupo:
I – dar ordem ilegal ou claramente inexeqüível;
II – violar ou deixar de preservar local de crime;

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III – ameaçar, induzir ou instigar alguém a prestar declarações falsas no procedimento penal, civil ou administra-
tivo;
IV – deixar de comunicar ato ou fato irregular que presenciar, de qualquer servidor integrante da Guarda Munici-
pal e Defesa Civil de Fortaleza, mesmo quando não lhe couber intervir;
V – deixar de auxiliar o companheiro de serviço envolvido em ocorrência;
VI – trabalhar em estado de embriaguez ou sob efeito de substância entorpecente;
VII – praticar atos obscenos em lugar público ou acessível ao público.
§ 4º São transgressões disciplinares do quarto grupo:
I – extraviar, danificar ou subtrair, em benefício próprio ou de outrem, documentos de interesse da administra-
ção;
II – valer-se ou fazer uso de cargo ou função pública para praticar assédio sexual ou moral;
III – procurar a parte interessada em ocorrência para obtenção de vantagem indevida;
IV – acumular ilicitamente seu cargo público no Município de Fortaleza, com qualquer outro, nas esferas munici-
pal, estadual ou federal, nos termos da Constituição Federal;
V – não acatamento de ordem superior que importe prejuízos graves à administração pública ou a terceiros.
§ 5º Verificada em processo administrativo a acumulação ilícita, desde que seja comprovada a boa fé, o servidor
optará por 1 (um) dos cargos e, se não o fizer dentro de 15 (quinze) dias, será exonerado de qualquer deles, a
critério da administração.
CAPÍTULO II
DAS SANÇÕES DISCIPLINARES
Art. 28. As sanções disciplinares aplicáveis aos servidores da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, nos
termos dos artigos precedentes, são:
I – ressarcimento ao erário público municipal;
II – advertência;
III – suspensão;
IV – destituição de cargo em comissão;
V – demissão;
VI – demissão a bem do serviço público.
SEÇÃO I
DO RESSARCIMENTO AO ERÁRIO, DA ADVERTÊNCIA E DA SUSPENSÃO
Art. 29. O ressarcimento ao erário, é a forma que o Poder Público Municipal tem de reaver, financeiramente, o
gasto que foi obrigado a suportar em decorrência do procedimento negligente, imprudente ou imperito de seus
agentes, nos moldes dos arts. 99, 100 e 170 da Lei Municipal n° 6.794, de 27 de dezembro de 1990, e ocorrerá
quando:
I – o agente público cometer infrações de trânsito, comprovadas por meio de notificações dos órgãos de trânsito;
II – o agente público causar danos a terceiros, comprovados por meio de orçamentos próprios;
III – houver a perda do material de trabalho, no que importar prejuízos ao desempenho das atividades laborais.
Parágrafo único. O ressarcimento ao erário será precedido do competente processo administrativo disciplinar, o
qual garantirá a ampla defesa e o contraditório ao servidor envolvido, nos moldes da legislação vigente.

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Art. 30. A advertência será aplicada às faltas de natureza leve, terá publicidade no Diário Oficial do Município, e
constará da pasta funcional individual do infrator, não sendo levada em consideração para os efeitos do disposto
no art. 17 deste regulamento.
Parágrafo único. Para a primeira transgressão disciplinar de natureza leve, aplica-se a pena de advertência; para a
primeira reincidência, aplica-se a pena de suspensão por 1 (um) dia; para a segunda reincidência, aplica-se a pena
de suspensão de 2 (dois) dias; para a terceira, aplica-se a pena de suspensão de 4 (quatro) dias, seguindo-se a
contagem com múltiplos de 2 (dois) até o limite de 30 (trinta) dias, respeitando sempre as circunstâncias atenu-
antes e agravantes.
Art. 31. A pena de suspensão, que não excederá de 90 (noventa) dias, será aplicada ao servidor que reincidir na
prática de infrações de natureza leve e infringir as transgressões de natureza média e grave, tendo publicidade no
Diário Oficial do Município, devendo, igualmente, ser averbada na pasta funcional individual do infrator, para os
efeitos do disposto no art. 17 deste regulamento.
§ 1º Para a primeira transgressão disciplinar de natureza média, aplica-se a pena de suspensão de 1 (um) dia;
para a primeira reincidência, aplica-se a pena de suspensão de 3 (três) dias; para a segunda reincidência, aplica-se
a pena de 6 (seis) dias, seguindo-se a contagem com múltiplos de 3 (três) até o limite de 30 (trinta) dias, respei-
tando sempre as circunstâncias atenuantes e agravantes
§ 2º Às transgressões disciplinares de natureza grave, do primeiro grupo, comina-se a pena de suspensão de 3
(três) dias; para a primeira reincidência, a pena cominada será de 5 (cinco) dias; para a segunda, a pena cominada
será de 10 (dez) dias, seguindo-se a contagem com múltiplos de 5 (cinco) até o limite de 90 (noventa) dias.
§ 3º Às transgressões disciplinares de natureza grave, do segundo grupo, comina-se a pena de suspensão de 5
(cinco) dias; para a primeira reincidência a pena cominada, será de 10 (dez) dias; para a segunda, a pena comina-
da será de 20 (vinte) dias, seguindo-se a contagem com múltiplos de 10 (dez) até o limite de 90 (noventa) dias.
§ 4º Às transgressões disciplinares de natureza grave, do terceiro grupo, comina-se a pena de suspensão de 10
(dez) dias; para a primeira reincidência, a pena cominada será de 15 (quinze) dias; para a segunda, a pena comi-
nada será de 30 (trinta) dias, seguindo-se a contagem com múltiplos de 15 (quinze) até o limite de 90 (noventa)
dias.
§ 5º Às transgressões disciplinares de natureza grave, do quarto grupo, cominase a pena de suspensão de 21
(vinte e um) a 30 (trinta) dias; para a primeira reincidência, a pena cominada será de até 60 (sessenta) dias, não
inferior à pena de transgressão; para a segunda, a pena cominada será de 90 (noventa) dias.
Art. 32. Durante o período de cumprimento da suspensão, o servidor perderá todas as vantagens e direitos de-
correntes do exercício do cargo, exceto quando houver conveniência para o serviço quando a pena de suspensão
poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinqüenta por cento) por dia da remuneração, sendo o servi-
dor, nesse caso, obrigado a permanecer em exercício.
SEÇÃO II
DA DEMISSÃO
Art. 33. Será aplicada a pena de demissão, conforme determina o art. 211, § 3º, da Lei Municipal nº 6.794, de 27
de dezembro de 1990, nos casos de:
I – crime contra a administração pública;
II – abandono de cargo, quando o servidor faltar, sem justa causa, ao serviço por mais de 30 (trinta) dias consecu-
tivos;
III – faltas ao serviço, sem justa causa, por mais de 60 (sessenta) dias interpolados durante o período de 12 (doze)
meses;
IV – improbidade administrativa;
V – infringência ao disposto no art. 27, § 4º, inciso V, deste regulamento;

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VI – ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo se em legítima defesa própria de outrem e/ou em
defesa do patrimônio público municipal;
VII – aplicação irregular de dinheiro público;
VIII – revelação de segredo apropriado em razão do cargo;
IX – lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio municipal;
X – acumulação ilegal de cargos públicos, ressalvado o disposto no art. 27, § 5º, desta Lei Complementar;
XI – transgressões ao art. 168, incisos X a XV, da Lei Municipal nº 6.794, de 27 de dezembro de 1990.
Art. 34. As penalidades poderão ser abrandadas pela autoridade que as tiver de aplicar, levadas em conta a gra-
vidade da infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias atenuantes e
o anterior comportamento do servidor.
Art. 35. Uma vez submetido a inquérito administrativo, o servidor só poderá ser exonerado a pedido, depois de
ocorrida a absolvição ou após o cumprimento da penalidade que lhe houver sido imposta.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica, a juízo da autoridade competente, para impor a penalida-
de, aos casos previstos nos incisos II e III do art. 33 desta Lei.
SEÇÃO III
DA DEMISSÃO A BEM DO SERVIÇO PÚBLICO
Art. 36. Será aplicada a pena de demissão a bem do serviço público ao servidor, de conformidade com o art. 211,
§ 3º, da Lei Municipal nº 6.794, de 27 de dezembro de 1990:
I – praticar, em serviço ou em razão dele, atos atentatórios à vida e à integridade física de qualquer pessoa, salvo
se em legítima defesa própria ou de outrem e/ou em defesa do patrimônio público municipal;
II – praticar crimes hediondos previstos na Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, alterada pela Lei Federal nº
8.930, de 06 de setembro de 1994, crimes contra a administração pública, a fé pública, a ordem tributária e a
segurança nacional, bem como de crimes contra a vida, salvo se em legítima defesa, mesmo que fora de serviço;
III – lesar o patrimônio ou os cofres públicos;
IV – conceder vantagens ilícitas, valendo-se da função pública;
V – praticar insubordinação grave;
VI – receber ou solicitar propinas, comissões ou vantagens de qualquer espécie, diretamente ou por intermédio
de outrem, ainda que fora de suas funções, mas em razão delas;
VII – exercer a advocacia administrativa;
VIII – praticar ato de incontinência pública e escandalosa ou dar-se ao vício de jogos proibidos, quando em servi-
ço;
IX – revelar segredos de que tenha conhecimento em razão do cargo ou função, desde que o faça dolosamente,
com prejuízo para o Município ou para qualquer particular.
TÍTULO IV
DA OUVIDORIA E DA CORREGEDORIA DA GUARDA MUNICIPAL E DEFESA CIVIL DE FORTALEZA
CAPÍTULO I
DA OUVIDORIA DA GUARDA MUNICIPAL E DEFESA CIVIL DE FORTALEZA
Art. 37. Fica criada a Ouvidoria da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, como setor vinculado diretamen-
te à Diretoria-Geral da Guarda Municipal e que terá a seguinte composição:
I – 1 (um) ouvidor, simbologia DAS-1;
II – 2 (dois) auxiliares de Ouvidoria, simbologia DNI-1.

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Art. 38. Os cargos de ouvidor e de auxiliar de Ouvidoria são cargos em comissão integrantes da estrutura admi-
nistrativa da Prefeitura Municipal de Fortaleza, de livre nomeação e exoneração pelo chefe do Poder Executivo
Municipal.
Parágrafo único. O chefe do Poder Executivo Municipal, através de decreto, regulamentará os cargos de ouvidor
e de auxiliar de Ouvidoria, bem como indicará suas respectivas gratificações.
Art. 39. A Ouvidoria da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza tem as seguintes competências:
I – receber e encaminhar à Direção-Geral as denúncias, reclamações e representações sobre atos considerados
ilegais, arbitrários, desonestos ou que contrariem o interesse público, praticado por servidores públicos, em todos
os seus níveis, da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza;
II – realizar diligências nas unidades da administração, sempre que necessário, para o desenvolvimento dos seus
trabalhos;
III – manter sempre o sigilo sobre denúncias e reclamações, bem como sobre sua fonte, providenciando junto aos
órgãos competentes proteção aos denunciantes, de acordo com as disponibilidades de cada órgão;
IV – manter serviço telefônico gratuito, quando possível, destinado exclusivamente a receber denúncias e/ou
reclamações;
V – manter atualizado arquivo de documentação relativa às denúncias, reclamações e representações recebidas;
VI – elaborar e publicar, trimestralmente, relatório de suas atividades e, anualmente, a consolidação dos 4 (qua-
tro) relatórios trimestrais.
Art. 40. O ouvidor da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza tem como atribuições:
I – propor ao diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza a instauração de sindicâncias, inquéri-
tos e outras medidas destinadas à apuração de responsabilidade administrativa, civil e criminal, fazendo à Polícia
Civil, ao Ministério Público ou ainda ao Poder Judiciário as devidas comunicações, quando houver indícios ou sus-
peita de crime;
II – requisitar, diretamente e sem qualquer ônus de qualquer órgão municipal, informações, certidões, cópia de
documentos ou volumes de autos relacionados com a investigação em curso;
III – recomendar a adoção de providências que entender pertinentes, necessárias ao aperfeiçoamento dos servi-
ços prestados à população pela Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza;
IV – recomendar aos órgãos da administração a adoção de mecanismos que dificultem e impeçam a violação do
patrimônio público e outras irregularidades comprovadas;
V – monitorar o andamento de procedimentos administrativos enviados ao diretor-geral da Guarda Municipal e
Defesa Civil de Fortaleza ou à CorregedoriaGeral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, a fim de que
sejam cumpridas as sugestões propostas;
VI – imputar responsabilidades aos membros da Corregedoria da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza ou
aos membros da Comissão Processante, no caso de paternalismo, protecionismo ou qualquer outra forma viola-
dora do Direito, que possa ensejar ou levar à impunidade.
Art. 41. No que se refere exclusivamente a infrações envolvendo servidores do Quadro dos Profissionais da
Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, é atribuída ao diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de
Fortaleza competência para:
I – determinar a instauração:
a) das sindicâncias em geral;
b) dos procedimentos especiais de exoneração em estágio probatório;
c) dos inquéritos administrativos;
II – decidir, por despacho, os processos de inquérito administrativo, nos casos de:
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a) absolvição;
b) suspensão resultante de desclassificação da infração ou de abrandamento da penalidade;
c) suspensão ou demissão, nas hipóteses de: abandono do cargo; faltas ao serviço, sem justa causa, por mais de
60 (sessenta) dias interpolados durante o ano; ou ineficiência no serviço, nos termos da legislação específica.
Parágrafo único. A competência estabelecida neste artigo abrange as atribuições para decidir os pedidos de re-
consideração, apreciar e encaminhar os recursos e os pedidos de revisão de inquérito ao chefe do Poder Executi-
vo Municipal.
Art. 42. Os auxiliares de Ouvidoria serão responsáveis pelo atendimento direto das denúncias, dessa maneira,
poderão executar as mesmas atribuições do ouvidor, quando na ausência deste.
Art. 43. Para a consecução de seus objetivos a Ouvidoria da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza atuará:
I – por iniciativa própria, em decorrência de denúncias, reclamações e representações de qualquer do povo ou de
entidades representativas da sociedade;
II – por solicitação do diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza.
CAPÍTULO II
DA CORREGEDORIA DA GUARDA MUNICIPAL E DEFESA CIVIL DE FORTALEZA
Art. 44. Fica criada a Corregedoria no âmbito da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, sendo um setor
autônomo e independente, responsável pela apuração das infrações disciplinares atribuídas aos integrantes da
Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, às correições em seus diversos setores e à apreciação das represen-
tações relativas à atuação irregular de seus membros.
Art. 45. À Corregedoria da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, compete:
I – apurar as infrações disciplinares atribuídas aos servidores integrantes do Quadro dos Profissionais da Guarda
Municipal e Defesa Civil de Fortaleza;
II – realizar visitas de inspeção e correições extraordinárias em qualquer unidade da Guarda Municipal e Defesa
Civil de Fortaleza;
III – apreciar as representações que lhe forem dirigidas relativamente à atuação irregular de servidores integran-
tes do Quadro dos Profissionais da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza;
IV – promover investigação sobre o comportamento ético, social e funcional dos candidatos a cargos na Guarda
Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, bem como dos ocupantes desses cargos em estágio probatório e dos indi-
cados para o exercício de chefias, observadas as normas legais e regulamentares aplicáveis.
Art. 46. A Corregedoria será composta de 1 (uma) Comissão Processante e 1 (uma) Comissão de Sindicância, for-
madas cada uma por 3 (três) servidores municipais e terá a seguinte estrutura:
I – 1 (um) corregedor, simbologia DNS-2;
II – 2 (dois) auxiliares de Corregedoria, simbologia DAS-3;
III – 1 (um) presidente de Comissão de Sindicância, simbologia DAS-1;
IV – 2 (dois) secretários, simbologia DNI-1.
Art. 47. Os componentes da Comissão Processante e da Comissão de Sindicância da Guarda Municipal e Defesa
Civil de Fortaleza deverão ser servidores de carreira, estáveis no serviço público municipal, ter preferencialmente
formação acadêmica em Direito, ter conhecimento da Legislação Municipal e, ainda, gozarem de comportamento
funcional excelente.
Parágrafo único. O cargo de corregedor será preenchido por indicação do chefe do Poder Executivo Municipal e
recairá em um servidor da Prefeitura de Fortaleza, que se enquadre nas condições expostas no caput deste artigo,
e que tenha experiência profissional em sindicâncias e processos administrativos disciplinares.

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Art. 48. O diretor-geral encaminhará ao chefe do Poder Executivo os nomes dos servidores que se encontrarem
habilitados para ocupar os cargos descritos no art. 45 desta Lei Complementar, para análise e posterior nomea-
ção.
Parágrafo único. O chefe do Poder Executivo Municipal, através de decreto, disporá sobre a regulamentação dos
cargos de corregedor, de auxiliar de Corregedoria, de presidente da Comissão de Sindicância e de secretários,
bem como indicará suas respectivas gratificações.
Art. 49. O corregedor tem como atribuições:
I – assistir o diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza nos assuntos disciplinares;
II – manifestar-se sobre assuntos de natureza disciplinar que devam ser submetidos à apreciação do diretor-geral
da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, bem como indicar a composição da Comissão Processante;
III – dirigir, planejar, coordenar e supervisionar as atividades, assim como distribuir os serviços da Corregedoria
da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza;
IV – apreciar e encaminhar as representações que lhe forem dirigidas relativamente à atuação irregular de servi-
dores integrantes do Quadro dos Profissionais da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, bem como propor
ao diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza a instauração de sindicâncias administrativas e de
procedimentos disciplinares, para a apuração de infrações administrativas atribuídas aos referidos servidores;
V – avocar, excepcional e fundamentadamente, processos administrativos disciplinares e sindicâncias administra-
tivas instauradas para a apuração de infrações administrativas atribuídas a servidores integrantes do Quadro dos
Profissionais da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza;
VI – responder às consultas formuladas pelos setores da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza sobre as-
suntos de sua competência;
VII – determinar a realização de correições extraordinárias nas unidades da Guarda Municipal e Defesa Civil de
Fortaleza, remetendo sempre relatório reservado ao diretor-geral da Guarda;
VIII – elaborar e encaminhar à Assessoria Jurídica e ao diretor-geral a lista de classificação anual dos servidores
pertencentes ao efetivo da Guarda Municipal;
IX – remeter ao diretor-geral da Guarda Municipal relatório circunstanciado sobre a atuação pessoal e funcional
dos servidores integrantes do Quadro dos Profissionais da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza em está-
gio probatório, propondo, se for o caso, a instauração de procedimento especial, observada a legislação pertinen-
te.
Art. 50. São atribuições dos auxiliares de Corregedoria:
I – preparar o local onde serão instalados os trabalhos da Comissão Processante;
II – assistir e assessorar o corregedor no que for solicitado ou se fizer necessário;
III – guardar sigilo sobre os fatos e assuntos tratados na Corregedoria;
IV – evitar a comunicação entre as testemunhas processuais durante as audiências;
V – propor medidas no interesse dos trabalhos da Comissão Processante;
VI – assinar atas e termos;
VII – participar da elaboração do relatório conclusivo.
Art. 51. São atribuições do presidente da Comissão de Sindicância:
I – instalar os trabalhos da Comissão Sindicante;
II – exercer a presidência e a representação dos trabalhos da Comissão Sindicante, dirigindo todas as ações ne-
cessárias ao bom desempenho daquela;
III – efetuar a designação dos demais membros para exercerem as funções de secretariado aos trabalhos;
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IV – determinar as notificações das pessoas que forem parte da Sindicância;
V – determinar a lavratura dos termos dos atos praticados pela Comissão Sindicante;
VI – estipular os locais, horários e prazos a serem cumpridos pelos membros e partes da Sindicância;
VII – assinar todo e qualquer documento necessário ao desenvolvimento dos trabalhos;
VIII – laborar no sentido de que os direitos legais do sindicado sejam rigorosamente obedecidos;
IX – providenciar as qualificações das partes e reduzir a termo as declarações prestadas;
X – determinar diligências e os demais atos processuais, juntadas de documentos, desde que de interesse da
Comissão de Sindicância;
XI – manter informados o corregedor e o diretor-geral da Guarda Municipal acerca do andamento dos trabalhos
de Sindicância;
XII – determinar o encerramento dos trabalhos de apuração;
XIII – emitir o relatório final, juntamente com o encaminhamento dos autos ao corregedor da Guarda Municipal e
Defesa Civil de Fortaleza.
Art. 52. Os secretários da Comissão de Sindicância têm como atribuições:
I – atender às determinações do presidente da Comissão;
II – preparar o local de trabalho e todo o material necessário e imprescindível às apurações dos fatos em análise;
III – ter cautela nos seus escritos;
IV – montar o Processo de Sindicância;
V – rubricar os documentos que produzir ou atuar;
VI – receber e expedir papéis e documentos atinentes à apuração dos fatos;
VII – juntar aos autos as vias das notificações;
VIII – organizar o arquivo de processos e peças processuais;
IX – guardar sigilo e comportar-se com discrição e prudência.
TÍTULO V
DAS NORMAS GERAIS SOBRE O PROCEDIMENTO DISCIPLINAR
CAPÍTULO I
DAS MODALIDADES DE PROCEDIMENTOS DISCIPLINARES
Art. 53. São procedimentos disciplinares:
I – de preparação e investigação:
a) o relatório circunstanciado e conclusivo sobre os fatos;
b) a sindicância;
II – do exercício da pretensão punitiva:
a) inquérito administrativo;
III – a exoneração em período probatório.
CAPÍTULO II
DA PARTE E DE SEUS PROCURADORES
Art. 54. São considerados parte, nos procedimentos disciplinares de exercício da pretensão punitiva, o servidor
da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza e o titular de cargo em comissão.

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Art. 55. Os servidores incapazes temporária ou permanentemente, em razão de doença física ou mental, serão
representados ou assistidos por seus pais, tutores ou curadores, na forma da lei civil.
Parágrafo único. Inexistindo representantes legalmente investidos, ou na impossibilidade comprovada de trazê-
los ao procedimento disciplinar, ou, ainda, se houver pendências sobre a capacidade do servidor, serão convoca-
dos como seus representantes os pais, o cônjuge ou companheiro, os filhos ou parentes até segundo grau, obser-
vada a ordem aqui estabelecida.
Art. 56. A parte poderá constituir advogado legalmente habilitado para acompanhar os termos dos procedimen-
tos disciplinares de seu interesse.
§ 1º Nos procedimentos de exercício da pretensão punitiva, se a parte não constituir advogado ou for declarada
revel, ser-lhe-á dado defensor, na pessoa de procurador municipal, que não terá poderes para receber citação e
confessar.
§ 2º A parte poderá, a qualquer tempo, constituir advogado, hipótese em que se encerrará, de imediato, a repre-
sentação do defensor dativo.
§ 3º Ser-lhe-á dado também defensor dativo quando, notificada de que seu advogado constituído não praticou
atos necessários, a parte não tomar qualquer providência no prazo de 3 (três) dias.
CAPÍTULO III
DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS
SEÇÃO I
DAS CITAÇÕES
Art. 57. Todo servidor que for parte em procedimento disciplinar de exercício da pretensão punitiva será citado,
sob pena de nulidade do procedimento, para dele participar e se defender.
Parágrafo único. O comparecimento espontâneo da parte ou qualquer outro ato que implique ciência inequívoca
a respeito da instauração do procedimento administrativo suprem a necessidade de realização de citação.
Art. 58. A citação far-se-á, no mínimo, 48 (quarenta e oito) horas antes da data do interrogatório designado, da
seguinte forma:
I – por entrega pessoal do mandado ou por meio do setor ou Departamento de Recursos Humanos da respectiva
pasta;
II – por correspondência;
III – por edital.
Art. 59. A citação por entrega pessoal far-se-á sempre que o servidor estiver em exercício.
Art. 60. Far-se-á a citação por correspondência quando o servidor não estiver em exercício ou residir fora do mu-
nicípio, devendo o mandado ser encaminhado, com aviso de recebimento, para o endereço residencial constante
do cadastro de sua lotação.
Art. 61. Estando o servidor em local incerto e não sabido, ou não sendo encontrado, por 2 (duas) vezes, no ende-
reço residencial constante do cadastro de sua lotação, promover- se-á sua citação por editais, com prazo de 15
(quinze) dias, publicados no Diário Oficial do Município de Fortaleza durante 3 (três) edições consecutivas.
Art. 62. O mandado de citação conterá a designação de dia, hora e local para interrogatório e será acompanhado
da cópia da denúncia administrativa, que dele fará parte integrante e complementar.
SEÇÃO II
DAS INTIMAÇÕES
Art. 63. A intimação de servidor em efetivo exercício será feita por publicação impressa no Diário Oficial do Mu-
nicípio de Fortaleza, que também é acessível em versão digital, disponibilizada no sítio eletrônico:
www.fortaleza.ce.gov.br/serv/diom.asp.

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Parágrafo único. O chefe da Unidade de Pessoal deverá diligenciar para que o servidor tome ciência da publica-
ção.
Art. 64. O servidor que, sem justa causa, deixar de atender à intimação com prazo marcado poderá ser apenado
com as sanções administrativas cabíveis, por decisão do diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Forta-
leza.
Art. 65. A intimação dos advogados e do defensor dativo será feita por intermédio de publicação no Diário Oficial
do Município de Fortaleza, devendo dela constar o número do processo, o nome dos advogados e da parte.
§ 1º Dos atos realizados em audiência reputam-se intimados, desde logo, a parte, o advogado e o defensor dati-
vo.
§ 2º Quando houver somente um defensor dativo designado no processo, a Corregedoria encaminhar-lhe-á os
autos por carga, diretamente, independentemente de intimação ou publicação, devendo ser observado, na sua
devolução, o prazo legal cominado para a prática do ato.
CAPÍTULO IV
DOS PRAZOS
Art. 66. Os prazos são contínuos, não se interrompendo nos feriados e serão computados excluindo-se o dia do
começo e incluindo-se o dia do vencimento.
Parágrafo único. Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil, se o vencimento cair em fim de semana,
feriado, ponto facultativo municipal ou se o expediente administrativo for encerrado antes do horário normal.
Art. 67. Decorrido o prazo, extingue-se para a parte, automaticamente, o direito de praticar o ato, salvo se esta
provar que não o realizou por evento imprevisto, alheio à sua vontade ou à de seu procurador, hipótese em que o
corregedor permitirá a prática do ato, assinalando prazo para tanto.
Art. 68. Não havendo disposição expressa nesta Lei e nem assinalação de prazo pelo corregedor, o prazo para a
prática dos atos no procedimento disciplinar, a cargo da parte, será de 5 (cinco) dias.
Parágrafo único. A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente a seu favor.
Art. 69. Quando, no mesmo procedimento disciplinar, houver mais de 1 (uma) parte, os prazos serão comuns,
exceto para as razões finais, quando será contado em dobro, se houver diferentes advogados.
§ 1º Havendo no processo até 2 (dois) defensores, cada um apresentará alegações finais, sucessivamente, no
prazo de 10 (dez) dias cada um.
§ 2º Havendo mais de 2 (dois) defensores, caberá ao corregedor conceder, mediante despacho nos autos, prazo
para vista fora da repartição, designando data única para apresentação dos memoriais de defesa na repartição.
CAPÍTULO V
DAS PROVAS
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 70. Todos os meios de prova admitidos em Direito e moralmente legítimos são hábeis para demonstrar a
veracidade dos fatos.
Art. 71. O corregedor poderá limitar e excluir, mediante despacho fundamentado, as provas que considerar ex-
cessivas, impertinentes ou protelatórias.
SEÇÃO II
DA PROVA FUNDAMENTAL
Art. 72. Fazem a mesma prova que o original as certidões de processos judiciais e as reproduções de documentos
autenticadas por oficial público, ou conferidas e autenticadas por servidor público para tanto competente.

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Art. 73. Admitem-se como prova as declarações constantes de documento particular, escrito e assinado pelo
declarante com firma devidamente reconhecida em cartório, bem como depoimentos constantes de sindicâncias,
que não puderem, comprovadamente, ser reproduzidos verbalmente em audiência.
Art. 74. Servem também à prova dos fatos o telegrama, o radiograma, a fotografia, a fonografia, a fita de vídeo e
outros meios lícitos, inclusive os eletrônicos.
Art. 75. Caberá à parte que impugnar a prova produzir a perícia necessária à comprovação do alegado.
SEÇÃO III
DA PROVA TESTEMUNHAL
Art. 76. A prova testemunhal é sempre admissível, podendo ser indeferida pelo corregedor:
I – se os fatos sobre os quais serão inquiridas as testemunhas já foram provados por documentos ou confissão da
parte;
II – quando os fatos só puderem ser aprovados por documentos ou perícia.
Art. 77. Compete à parte entregar na repartição, no tríduo probatório, o rol das testemunhas de defesa, indican-
do seu nome completo, endereço e respectivo código de endereçamento postal (CEP).
§ 1º Se a testemunha for servidor municipal, deverá a parte indicar o nome completo, unidade de lotação e o
número de sua matrícula.
§ 2º Depois de apresentado o rol de testemunhas, a parte poderá substituí-las até a data da audiência designada,
com a condição de ficar sob sua responsabilidade, levá-las à audiência.
§ 3º O não comparecimento da testemunha substituída implicará desistência de sua oitiva pela parte.
Art. 78. Cada parte poderá arrolar, no máximo, 3 (três) testemunhas.
Art. 79. As testemunhas serão ouvidas, de preferência, primeiramente as da Corregedoria e, após, as da parte.
Art. 80. As testemunhas deporão em audiência perante o corregedor, os auxiliares de Corregedoria e o defensor
constituído e, na sua ausência, o defensor dativo.
§ 1º de comparecer à audiência, mas não de prestar depoimento, o corregedor poderá designar dia, hora e local
para inquiri-la.
§ 2º Sendo necessária a oitiva de servidor que estiver cumprindo pena privativa de liberdade, o corregedor solici-
tará à autoridade competente a permissão para ter acesso ao local para inquirir o servidor.
Art. 81. Incumbirá à parte levar à audiência, independentemente de intimação, as testemunhas por ela indicadas
que sejam servidores municipais, decaindo o direito de ouvi-las, caso não compareçam.
Parágrafo único. As chefias imediatas diligenciarão para que sejam dispensados os servidores no momento das
audiências, devendo para tanto serem informadas a respeito da designação da audiência com 24 (vinte e quatro)
horas de antecedência.
Art. 82. Antes de depor, a testemunha será qualificada, indicando nome, idade e profissão, local e função de tra-
balho, número da cédula de identidade, residência e estado civil, bem como se tem parentesco com a parte e, se
for servidor municipal, o número de sua matrícula.
Art. 83. A parte cujo advogado não comparecer à audiência de oitiva de testemunha será assistida por um defen-
sor designado para o ato pelo corregedor.
Art. 84. O corregedor interrogará a testemunha, cabendo, primeiro aos comissários e depois à defesa formular
perguntas tendentes a esclarecer ou complementar depoimento.
Parágrafo único. O corregedor poderá indeferir as reperguntas, mediante justificativa expressa, no termo de au-
diência.

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Art. 85. O depoimento, depois de lavrado, será rubricado e assinado pelos membros da Comissão Processante,
pelo depoente e defensor constituído ou dativo.
Art. 86. O corregedor poderá determinar, de ofício ou a requerimento:
I – a oitiva de testemunhas referidas nos depoimentos;
II – a acareação de 2 (duas) ou mais testemunhas, ou de alguma delas com a parte, quando houver divergência
essencial entre as declarações sobre fato que possa ser determinante na conclusão do procedimento.
SEÇÃO IV
DA PROVA PERICIAL
Art. 87. A prova pericial consistirá em exames, vistorias e avaliações e será indeferida pelo corregedor, quando
dela não depender a prova do fato.
Art. 88. Se o exame tiver por objeto a autenticidade ou falsidade de documento, ou for de natureza médico-legal,
a Comissão Processante requisitará, preferencialmente, elementos junto às autoridades policiais ou judiciais,
quando em curso investigação criminal ou processo judicial.
Art. 89. Quando o exame tiver por objeto a autenticidade de letra ou firma, o corregedor, se necessário ou con-
veniente, poderá determinar à pessoa à qual se atribui a autoria do documento que copie ou escreva, sob ditado,
em folha de papel, dizeres diferentes, para fins de comparação e posterior perícia.
Art. 90. Ocorrendo necessidade de perícia médica do servidor denunciado administrativamente, o órgão pericial
da Municipalidade dará à solicitação da Comissão Processante caráter urgente e preferencial.
Art. 91. Quando não houver possibilidade de obtenção de elementos junto às autoridades policiais ou judiciais e
a perícia for indispensável para a conclusão do processo, o corregedor solicitará ao diretor-geral da Guarda Muni-
cipal e Defesa Civil de Fortaleza a contratação de perito para esse fim.
CAPÍTULO VI
DAS AUDIÊNCIAS E DO INTERROGATÓRIO DA PARTE
Art. 92. A parte será interrogada na forma prevista para a inquirição de testemunhas, vedada a presença de ter-
ceiros, exceto seu advogado.
Art. 93. O termo de audiência será lavrado, rubricado e assinado pelos membros da Comissão, pela parte e, se for
o caso, por seu defensor.
CAPÍTULO VII
DA REVELIA E DE SUAS CONSEQÜÊNCIAS
Art. 94. O corregedor decretará a revelia da parte que, regularmente citada, não comparecer perante a Comissão
no dia e hora designados.
§ 1º A regular citação será comprovada mediante juntada aos autos:
I – da contrafé do respectivo mandato, no caso de citação pessoal;
II – das cópias dos 3 (três) editais publicados no Diário Oficial do Município de Fortaleza, no caso de citação por
edital;
III – do Aviso de Recebimento (AR), no caso de citação pelos Correios.
§ 2º Não sendo possível realizar a citação, o intimador certificará os motivos nos autos.
Art. 95. revelia deixará de ser decretada ou, se decretada, será revogada quando verificado, a qualquer tempo,
que, na data designada para o interrogatório:
I – a parte estava legalmente afastada de suas funções por licençamaternidade ou paternidade, em gozo de fé-
rias, presa, provisoriamente ou em cumprimento de pena, ou em licença-médica se impossibilitada de prestar
depoimento, podendo a Comissão realizar audiência em domicílio ou no lugar onde se encontre o servidor.

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II – a parte comprovar motivo de força maior que tenha impossibilitado seu comparecimento tempestivo.
Parágrafo único. Revogada a revelia, será realizado o interrogatório, reiniciando-se a instrução, com aproveita-
mento dos atos instrutórios já realizados, desde que ratificados pela parte, por termo lançado nos autos.
Art. 96. Decretada a revelia, dar-se-á prosseguimento ao procedimento disciplinar, designando-se defensor dati-
vo para atuar em defesa da parte.
Parágrafo único. É assegurado ao revel o direito de constituir advogado em substituição ao defensor dativo que
lhe tenha sido designado.
Art. 97. A decretação da revelia acarretará a preclusão das provas que deveriam ser requeridas, especificadas
e/ou produzidas pela parte em seu interrogatório, assegurada a faculdade de juntada de documentos com as
razões finais.
Parágrafo único. Ocorrendo a revelia, a defesa poderá requerer provas no tríduo probatório.
Art. 98. A parte revel não será intimada pela Comissão Processante para a prática de qualquer ato, constituindo
ônus da defesa comunicar-se com o servidor, se assim entender necessário.
§ 1º Desde que compareça perante a Comissão Processante ou intervenha no processo, pessoalmente ou por
meio de advogado com procuração nos autos, o revel passará a ser intimado pela Comissão, para a prática de
atos processuais.
§ 2º O disposto no § 1º deste artigo não implica revogação da revelia nem elide os demais efeitos desta.
CAPÍTULO VIII
DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO
Art. 99. É defeso aos membros da Comissão Processante exercer suas funções em procedimentos disciplinares
I – de que for parte;
II – em que interveio como mandatário da parte, defensor dativo ou testemunha;
III – quando a parte for seu cônjuge, parente consangüíneo ou afim, em linha reta ou na colateral, até segundo
grau, amigo íntimo ou inimigo capital;
IV – quando em procedimento estiver postulando como advogado da parte seu cônjuge ou parentes consangüí-
neos ou afins, em linha reta ou na colateral, até segundo grau;
V – quando houver atuado na sindicância que precedeu o procedimento do exercício de pretensão punitiva;
VI – na etapa da revisão, quando tenha atuado anteriormente.
Art. 100. A argüição de suspeição de parcialidade de alguns ou de todos os membros da Comissão Processante e
do defensor dativo precederá qualquer outra, salvo quando fundada em motivo superveniente.
§ 1º A argüição deverá ser alegada pelos citados no caput deste artigo ou pela parte, em declaração escrita e
motivada, que suspenderá o andamento do processo.
§ 2º Sobre a suspeição argüida, o diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza:
I – se a acolher, tomará as medidas cabíveis necessárias à substituição do suspeito ou dos suspeitos;
II – se a rejeitar, motivará a decisão e devolverá o processo ao corregedor, para prosseguimento.
CAPÍTULO IX
DA COMPETÊNCIA
Art. 101. A decisão nos procedimentos disciplinares será proferida por despacho devidamente fundamentado da
autoridade competente, no qual será mencionada a disposição legal em que se baseia o ato.
Art. 102. O diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, em se tratando de inquérito administra-
tivo, tem como atribuições:

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I – determinar a instauração:
a) das sindicâncias em geral;
b) dos procedimentos de exoneração em estágio probatório;
c) dos inquéritos administrativos;
II – decidir, por despacho, os processos de inquérito administrativo, nos casos de:
a) absolvição;
b) desclassificação da infração ou abrandamento de penalidade de que resulte a imposição de pena de repreen-
são ou de suspensão;
c) aplicação da pena de suspensão;
d) envio dos autos ao chefe do Poder Executivo Municipal para aplicação de pena de demissão nas hipóteses
desta Lei.
§ 1º A competência estabelecida neste artigo abrange as atribuições para decidir os pedidos de reconsideração,
apreciar e encaminhar os recursos e os pedidos de revisão de inquérito ao chefe do Poder Executivo Municipal.
§ 2º Poderá ser delegada ao corregedor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza a competência
prevista nos incisos I, alínea a, e II, deste artigo.
Art. 103. O diretor-geral poderá acompanhar o processo disciplinar, bem como requisitar cópia de peças proces-
suais que julgar relevantes.
Art. 104. Na ocorrência de infração disciplinar envolvendo servidores da Guarda Municipal e Defesa Civil de For-
taleza, de mais de 1 (um) setor da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, caberá às chefias imediatas com
responsabilidade sobre os servidores infratores elaborar relatório circunstanciado sobre a irregularidade, e reme-
tê-lo à Corregedoria da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza para o respectivo processamento.
CAPÍTULO X
DA EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE E DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR
Art. 105. Extingue-se a punibilidade:
I – pela morte da parte;
II – pela prescrição;
III – pela anistia.
Art. 106. O procedimento disciplinar extingue-se com a publicação do despacho decisório pela autoridade admi-
nistrativa competente.
Parágrafo único. O processo, após sua extinção, será enviado à Unidade de Pessoal para as necessárias anotações
na pasta funcional e arquivamento, se não interposto recurso.
Art. 107. Extingue-se o procedimento sem julgamento de mérito, quando a autoridade administrativa competen-
te para proferir a decisão acolher proposta da Comissão Processante, nos seguintes casos:
I – morte da parte;
II – ilegitimidade da parte;
III – quando a parte já tiver sido demitida, dispensada ou exonerada do serviço público, casos em que se farão as
necessárias anotações na pasta funcional para fins de registro de antecedentes;
IV – quando o procedimento disciplinar versar sobre a mesma infração de outro, em curso ou já decidido.
Art. 108. Extingue-se o procedimento com julgamento de mérito, quando a autoridade administrativa proferir
decisão:
I – pelo arquivamento do processo disciplinar;
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II – pela absolvição ou imposição de penalidade;
III – pelo reconhecimento da prescrição.
TÍTULO VI
DOS PROCEDIMENTOS DISCIPLINARES
CAPÍTULO I
DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR DE PREPARAÇÃO E INVESTIGAÇÃO DO RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO E CON-
CLUSIVO SOBRE OS FATOS
Art. 109. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a tomar providências
objetivando a apuração dos fatos e responsabilidades.
§ 1º As providências de apuração terão início imediato após o conhecimento dos fatos e serão adotadas na uni-
dade onde estes ocorreram, consistindo na elaboração de relatório circunstanciado e conclusivo sobre os fatos e
encaminhado à Corregedoria da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza para a instrução, com a oitiva dos
envolvidos e das testemunhas, além de outras provas indispensáveis ao seu esclarecimento.
§ 2º A apuração será cometida aos auxiliares de Corregedoria.
§ 3º A apuração deverá ser concluída no prazo de 20 (vinte) dias, findo o qual os autos serão enviados ao diretor-
geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, que determinará:
I – a instauração do procedimento disciplinar cabível e a remessa dos autos ao corregedor da Guarda Municipal e
Defesa Civil de Fortaleza, para a respectiva instrução quando:
a) a autoria do fato irregular estiver comprovada;
b) encontrar-se perfeitamente definida a responsabilidade subjetiva do servidor pelo evento irregular;
c) existirem fortes indícios de ocorrência de responsabilidade funcional, que exijam a complementação das inves-
tigações mediante sindicância;
II – o arquivamento do feito, quando comprovada a inexistência de responsabilidade funcional pela ocorrência
irregular investigada;
III – a aplicação de penalidade, nos termos do art. 30, quando a responsabilidade subjetiva pela ocorrência en-
contrar-se definida, porém a natureza da falta cometida não for grave, não houver dano ao patrimônio público ou
se este for de valor irrisório.
SEÇÃO I
DA SINDICÂNCIA
Art. 110. A sindicância é o procedimento disciplinar de preparação e investigação, instaurada por determinação
do diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, quando os fatos não estiverem definidos ou
faltarem elementos indicativos da autoria.
Parágrafo único. O corregedor, quando houver notícia de fato tipificado como crime, enviará a devida comunica-
ção à autoridade competente, se a medida ainda não tiver sido providenciada.
Art. 111. Na sindicância serão ouvidos todos os envolvidos nos fatos.
Parágrafo único. Os depoentes poderão fazer-se acompanhar de advogado.
Art. 112. Se o interesse público o exigir, o diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza decretará,
no despacho instaurador, o sigilo da sindicância, facultado o acesso aos autos exclusivamente às partes e seus
patronos.
Art. 113. É assegurada vista dos autos da sindicância, nos termos do art. 5º, inciso XXXIII, da Constituição Federal,
e da legislação municipal em vigor.
Art. 114. Quanto recomendar a abertura de procedimento disciplinar de exercício da pretensão punitiva, o rela-
tório da sindicância deverá apontar os dispositivos legais infringidos e a autoria apurada.
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Art. 115. A sindicância deverá ser concluída no prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por mais 15 (quinze) dias, a
critério do diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, mediante justificativa fundamentada.
CAPÍTULO II
DO INQUÉRITO ADMINISTRATIVO
Art. 116. Instaurar-se-á inquérito administrativo quando a falta disciplinar, por sua natureza, puder determinar a
suspensão, a dispensa dos servidores admitidos, estáveis ou não, a demissão e a demissão a bem do serviço pú-
blico.
Parágrafo único. No inquérito administrativo é assegurado o exercício do direito ao contraditório e à ampla defe-
sa.
Art. 117. São fases do inquérito administrativo:
I – instauração e denúncia administrativa;
II – citação;
III – instrução, que compreende o interrogatório, a prova da Comissão Processante e o tríduo probatório;
IV – razões finais;
V – relatório final conclusivo;
VI – encaminhamento para decisão;
VII – decisão.
Art. 118. O inquérito administrativo será conduzido pela Comissão Processante.
Art. 119. O inquérito administrativo, uma vez determinado pelo diretor-geral, será instaurado pelo corregedor,
com a ciência dos demais membros da Comissão Processante.
Art. 120. A denúncia administrativa deverá conter obrigatoriamente:
I – a indicação da autoria;
II – os dispositivos legais violados e aqueles que prevêem a penalidade aplicável;
III – o resumo dos fatos;
IV – a ciência de que a parte poderá fazer todas as provas admitidas em Direito e pertinentes à espécie;
V – a ciência de que é facultado à parte constituir advogado para acompanhar o processo e defendê-la, e de que,
não o fazendo, ser-lhe- á nomeado defensor dativo;
VI – designação de dia, hora e local para o interrogatório, ao qual a parte deverá comparecer, sob pena de reve-
lia;
VII – nomes completos e registro funcional dos membros da Comissão Processante.
Art. 121. O servidor acusado da prática de infração disciplinar será citado para participar do processo e se defen-
der.
§ 1º A citação será feita conforme as disposições do Título V, Capítulo III, Seção I, desta Lei Complementar, e de-
verá conter a transcrição da denúncia administrativa.
§ 2º A citação deverá ser feita com antecedência de, no mínimo, 72 (setenta e duas) horas da data designada
para o interrogatório.
§ 3º O não comparecimento da parte ensejará as providências determinadas nos arts. 95 a 98, com a designação
de defensor dativo.
Art. 122. É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo pessoalmente, desde que o faça com ur-
banidade, e de intervir, por seu defensor, nas provas e diligências que se realizarem.

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Art. 123. Regularizada a representação processual do denunciado, a Comissão Processante promoverá a tomada
de depoimentos, acareações, investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova e, quando neces-
sário, recorrerá a técnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos fatos.
Parágrafo único. A defesa será intimada de todas as provas e diligências determinadas, com antecedência mínima
de 48 (quarenta e oito) horas, sendo-lhe facultada a formulação de quesitos, quando se tratar de prova pericial,
hipótese em que o prazo de intimação será ampliado para 5 (cinco) dias.
Art. 124. Realizadas as provas da Comissão Processante, a defesa será intimada para indicar, em 3 (três) dias, as
provas que pretende produzir.
Art. 125. Encerrada a instrução, dar-se-á vista ao defensor para apresentação, por escrito, e no prazo de 8 (oito)
dias úteis, das razões de defesa do denunciado.
Art. 126. Apresentadas as razões finais de defesa, a Comissão Processante elaborará o parecer conclusivo, que
deverá conter:
I – a indicação sucinta e objetiva dos principais atos processuais;
II – análise das provas produzidas e das alegações da defesa;
III – conclusão, com proposta justificada e, em caso de punição, deverá ser indicada a pena cabível e sua funda-
mentação legal.
§ 1º Havendo consenso, será elaborado parecer conclusivo unânime e, havendo divergência, será proferido voto
em separado, com as razões nas quais se funda a divergência.
§ 2º A Comissão deverá propor, se for o caso:
I – a desclassificação da infração prevista na denúncia administrativa;
II – o abrandamento da penalidade, levando em conta fatos e provas contidos no procedimento, a circunstância
da infração disciplinar e o anterior comportamento do servidor;
III – outras medidas que se fizerem necessárias ou forem do interesse público.
Art. 127. O inquérito administrativo deverá ser concluído no prazo de até 90 (noventa) dias, a critério do corre-
gedor da Guarda Municipal, mediante justificativa fundamentada.
Parágrafo único. Nos casos de prática das infrações previstas no art. 27 desta Lei, ou quando o servidor for preso
em flagrante delito ou preventivamente, o inquérito administrativo deverá ser concluído no prazo de 60 (sessen-
ta) dias, contados da citação válida do indiciado, podendo ser prorrogado, a juízo da autoridade que determinou a
instauração, mediante justificação, pelo prazo máximo de 60 (sessenta) dias.
Art. 128. Com o parecer conclusivo os autos serão encaminhados ao diretor-geral da Guarda Municipal para deci-
são ou manifestação e encaminhamento ao chefe do Poder Executivo Municipal, quando for o caso.
SUBSEÇÃOI
DO JULGAMENTO
Art. 129. A autoridade competente, para decidir, não fica vinculada ao parecer conclusivo da Comissão Proces-
sante, podendo, ainda, converter o julgamento em diligência para os esclarecimentos que entender necessário.
Art. 130. Recebidos os autos, o diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, quando for o caso,
julgará o inquérito administrativo em até 30 (trinta) dias, prorrogáveis, justificadamente, por mais 15 (quinze)
dias.
Parágrafo único. A autoridade competente julgará o inquérito administrativo, decidindo, fundamentadamente:
I – pela absolvição do acusado;
II – pela punição do acusado;
III – pelo arquivamento, quando extinta a punibilidade.

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Art. 131. O acusado será absolvido, quando reconhecido:
I – estar provada a inexistência do fato;
II – não haver prova da existência do fato;
III – não constituir o fato infração disciplinar;
IV – não existir prova de ter o acusado concorrido para a infração disciplinar;
V – não existir prova suficiente para a condenação;
VI – a existência de qualquer das seguintes causas de justificação:
a) motivo de força maior ou caso fortuito;
b) legítima defesa própria ou de outrem;
c) estado de necessidade;
d) estrito cumprimento do dever legal;
e) coação irresistível.
SUBSEÇÃOII
DA APLICAÇÃO DAS SANÇÕES DISCIPLINARES
Art. 132. Na aplicação da sanção disciplinar serão considerados os motivos, circunstâncias e conseqüências da
infração, os antecedentes e a personalidade do infrator, assim como a intensidade do dolo ou o grau da culpa.
Art. 133. São circunstâncias atenuantes:
I – estar classificado, no mínimo, na categoria de bom comportamento, conforme disposição prevista no art. 17,
inciso II, desta Lei;
II – ter prestado relevantes serviços para a Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza;
III – ter cometido a infração para preservação da ordem ou do interesse público.
Art. 134. São circunstâncias agravantes:
I – mau comportamento, conforme disposição prevista no art. 17, inciso IV, desta Lei;
II – prática simultânea ou conexão de 2 (duas) ou mais infrações;
III – reincidência;
IV – conluio de 2 (duas) ou mais pessoas;
V – falta praticada com abuso de autoridade.
§ 1º Verifica-se a reincidência quando o servidor cometer nova infração depois de transitar em julgado a decisão
administrativa que o tenha condenado por infração anterior.
§ 2º Dá-se o trânsito em julgado administrativo quando a decisão não comportar mais recursos.
Art. 135. Em caso de reincidência, as faltas leves serão puníveis com advertência; e as médias, com suspensão
superior a 15 (quinze) dias, de acordo com os arts. 30 e 31 desta Lei.
Parágrafo único. As punições canceladas ou anuladas não serão consideradas para fins de reincidência.
Art. 136. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições, sen-
do responsável por todos os prejuízos que, nessa qualidade, causar à Fazenda Municipal, por dolo ou culpa, devi-
damente apurados.
Parágrafo único. As cominações civis, penais e disciplinares poderão cumular-se, sendo independentes entre si,
assim como as instâncias civil, penal e administrativa.

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Art. 137. Na ocorrência de mais de 1 (uma) infração, sem conexão entre si, serão aplicadas as sanções corres-
pondentes isoladamente.
SUBSEÇÃOIII
DO CUMPRIMENTO DAS SANÇÕES DISCIPLINARES
Art. 138. A autoridade responsável pela execução da sanção imposta a subordinado que esteja a serviço ou à
disposição de outra unidade fará a devida comunicação para que a medida seja cumprida.
CAPÍTULO III
DA EXONERAÇÃO NO ESTÁGIO PROBATÓRIO
Art. 139. Instaurar-se-á procedimento especial de exoneração em estágio probatório, nos seguintes casos:
I – inassiduidade;
II – ineficiência;
III – indisciplina;
IV – insubordinação;
V – desídia;
VI – conduta moral ou profissional que se revele incompatível com suas atribuições;
VII – por irregularidade administrativa grave;
VIII – pela prática de delito doloso, relacionado ou não com suas atribuições.
Art. 140. O chefe mediato ou imediato do servidor formulará representação, preferencialmente, pelo menos 4
(quatro) meses antes do término do período probatório, contendo os elementos essenciais, acompanhados de
possíveis provas que possam configurar os casos indicados no art. 139 desta Lei, e o encaminhará ao diretor-geral
da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza que apreciará o seu conteúdo, determinando, se for o caso, a
instauração do procedimento de exoneração.
Parágrafo único. Sendo inviável a conclusão do procedimento de exoneração antes de findo o estágio probatório,
o diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza poderá convertê-lo em inquérito administrativo,
prosseguindo-se até final decisão.
Art. 141. O procedimento disciplinar de exoneração de servidor em estágio probatório será instaurado pelo cor-
regedor, com a ciência dos demais membros da Comissão Processante, e deverá ter toda a instrução concentrada
em audiência.
Art. 142. O termo de instauração e intimação conterá, obrigatoriamente:
I – a descrição articulada da falta atribuída ao servidor;
II – os dispositivos legais violados e aqueles que prevêem a tipificação legal;
III – a designação cautelar de defensor dativo para assistir o servidor, se necessário, na audiência concentrada de
instrução;
IV – a designação da data, hora e local para interrogatório, ao qual deverá o servidor comparecer, sob pena de
revelia;
V – a ciência ao servidor de que poderá comparecer à audiência acompanhado de defensor de sua livre escolha,
regularmente constituído;
VI – a intimação para que o servidor apresente, na audiência concentrada de instrução, toda prova documental
que possuir, bem como suas testemunhas de defesa, que não poderão exceder a 3 (três);
VII – a notificação de que, na mesma audiência, serão produzidas as provas da Comissão Processante, devida-
mente especificadas;
VIII – os nomes completos e registros funcionais dos membros da Comissão Processante.
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Parágrafo único. No caso comprovado de não ter o servidor tomado ciência do inteiro teor do termo de instaura-
ção e intimação, ser-lhe-á facultado apresentar suas testemunhas de defesa no prazo determinado pela presidên-
cia, sob pena de decadência.
Art. 143. Encerrada a instrução, dar-se-á vista à defesa para apresentação de razões finais, no prazo de 5 (cinco)
dias.
Art. 144. Após a defesa, a Comissão Processante elaborará relatório conclusivo, encaminhando-se o processo
para decisão da autoridade administrativa competente.
TÍTULO VII
DOS RECURSOS E DA REVISÃO DAS DECISÕES EM PROCEDIMENTOS DISCIPLINARES
Art. 145. Das decisões nos procedimentos disciplinares caberão:
I – pedido de reconsideração;
II – recurso hierárquico;
III – revisão.
Art. 146. As decisões em grau de recurso e revisão não autorizam a agravação da punição do recorrente.
Parágrafo único. Os recursos de cada espécie previstos no art. 145 desta Lei, poderão ser interpostos apenas uma
única vez, individualmente, e cingir-se-ão aos fatos, argumentos e provas, cujo ônus incumbirá ao recorrente.
Art. 147. O prazo para interposição do pedido de reconsideração e do recurso hierárquico é de 15 (quinze) dias,
contados da data da publicação oficial do ato impugnado.
Parágrafo único. Os recursos serão processados em apartado, devendo o processo originário segui-los para ins-
trução.
Art. 148. As decisões proferidas em pedido de reconsideração, recurso hierárquico e revisão serão sempre moti-
vadas e indicarão, no caso de provimento, as retificações necessárias e as providências quanto ao passado, dis-
pondo sobre os efeitos retroativos à data do ato ou decisão impugnada.
CAPÍTULO I
DO PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO
Art. 149. O pedido de reconsideração deverá ser à mesma autoridade que houver expedido o ato ou proferido a
decisão e sobrestará o prazo para a interposição de recurso hierárquico.
Art. 150. Concluída a instrução ou a produção de provas, quando pertinentes, os autos serão encaminhados à
autoridade para decisão no prazo de até 30 (trinta) dias.
CAPÍTULO II
DO RECURSO HIERÁRQUICO
Art. 151. O recurso hierárquico deverá ser dirigido à autoridade imediatamente superior àquela que tiver expedi-
do o ato ou proferido a decisão e, em última instância, ao chefe do Poder Executivo Municipal.
Parágrafo único. Não constitui fundamento para o recurso a simples alegação de injustiça da decisão, cabendo ao
recorrente o ônus da prova de suas alegações.

TÍTULO VIII
DA REVISÃO
Art. 152. A revisão será recebida e processada mediante requerimento quando:
I – a decisão for manifestadamente contrária a dispositivo legal ou à evidência dos autos;
II – a decisão se fundamentar em depoimentos, exames periciais, vistorias ou documentos comprovadamente
falsos ou eivados de erros;
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III – surgirem, após a decisão, provas da inocência do punido.
Parágrafo único. Não constitui fundamento para a revisão a simples alegação de injustiça da penalidade.
Art. 153. A revisão, que poderá verificar-se a qualquer tempo, de acordo com os requisitos do art. 217 da Lei nº
6.794, de 27 de dezembro de 1990, será sempre dirigida ao diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de
Fortaleza, que decidirá quanto ao seu processamento.
Art. 154. Ocorrendo o falecimento do punido, o pedido de revisão poderá ser formulado pelo cônjuge, compa-
nheiro ou parente até segundo grau.
Art. 155. No processo revisional, o ônus da prova incumbirá ao requerente e sua inércia no feito, por mais de 60
(sessenta) dias, implicará o arquivamento do feito.
Art. 156. Instaurada a revisão, a Comissão Processante deverá intimar o recorrente a comparecer para interroga-
tório e indicação das provas que pretende produzir.
Parágrafo único. Se o recorrente for ex-servidor, fica vedada a designação de defensor dativo pela Corregedoria
da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza.
Art. 157. Julgada procedente a revisão, a autoridade competente determinará a redução, o cancelamento ou a
anulação da pena.
Parágrafo único. As decisões proferidas em grau de revisão serão sempre motivadas e indicarão, no caso de pro-
vimento, as retificações necessárias e as providências quanto ao passado, dispondo sobre os efeitos retroativos à
data do ato ou da decisão impugnada e não autorizam a agravação da pena.
TÍTULO IX
DO CANCELAMENTO DA PUNIÇÃO
Art. 158. O cancelamento de sanção disciplinar consiste na eliminação da respectiva anotação na pasta funcional
do servidor da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, sendo concedido de ofício ou mediante requerimen-
to do interessado, quando este completar, sem qualquer punição:
I – 5 (cinco) anos de efetivo serviço, quando a punição a cancelar for de suspensão;
II – 3 (três) anos de efetivo serviço, quando a punição a cancelar for de advertência.
Art. 159. O cancelamento das anotações na pasta funcional do infrator e no banco de dados da Corregedoria da
Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza dar-se-á por determinação do corregedor, em 15 (quinze) dias, a
contar da data do seu pedido, registrando-se apenas o número e a data do ato administrativo que formalizou o
cancelamento.
Art. 160. O cancelamento da punição disciplinar não será prejudicado pela superveniência de outra sanção, ocor-
rida após o decurso dos prazos previstos no art. 162 desta Lei Complementar.
Art. 161. Concedido o cancelamento, o conceito do servidor da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza será
considerado tecnicamente primário, podendo ser reclassificado, desde que observados os demais requisitos esta-
belecidos no art. 17 desta Lei.
Art. 162. Prescreverá:
I – em 6 (seis) meses, a falta que sujeite à pena de advertência;
II – em 2 (dois) anos, a falta que sujeite à pena de suspensão;
III – em 5 (cinco) anos, a falta que sujeite à pena de demissão a bem do serviço público, demissão ou destituição
de cargo em comissão.
Parágrafo único. A infração também prevista como crime na lei penal prescreverá juntamente com este, aplican-
do-se ao procedimento disciplinar, neste caso, os prazos prescricionais estabelecidos no Código Penal Brasileiro
ou em leis especiais que tipifiquem o fato como infração penal, quando superiores a 5 (cinco) anos.

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Art. 163. A prescrição começará a correr da data em que a autoridade tomar conhecimento da existência do fato,
ato ou conduta que possa ser caracterizada como infração disciplinar.
Art. 164. Interromperá o curso da prescrição o despacho que determinar a instauração de procedimento de exer-
cício da pretensão punitiva.
Parágrafo único. Na hipótese do caput deste artigo, todo o prazo começa a correr novamente por inteiro da data
do ato que a interrompeu.
Art. 165. Se, após instaurado o procedimento disciplinar houver necessidade de se aguardar o julgamento na
esfera criminal, o feito poderá ser sobrestado e suspenso o curso da prescrição até o trânsito em julgado da sen-
tença penal, a critério do diretor- geral da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza.
TÍTULO XI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 166. Após o julgamento do inquérito administrativo, é vedado à autoridade julgadora avocá-lo para modifi-
car a sanção aplicada ou agravá-la.
Art. 167. Durante a tramitação do procedimento disciplinar, fica vedada aos órgãos da administração municipal a
requisição dos respectivos autos, para consulta ou qualquer outro fim, exceto àqueles que tiverem competência
legal para tanto.
Art. 168. Os procedimentos disciplinados nesta Lei Complementar terão sempre tramitação em autos próprios,
sendo vedada sua instauração ou processamento em expedientes que cuidem de assuntos diversos da infração a
ser apurada ou punida.
§ 1º Os processos acompanhantes ou requisitados para subsidiar a instrução de procedimentos disciplinares se-
rão devolvidos à unidade competente para prosseguimento, assim que extraídos os elementos necessários, por
determinação do corregedor.
§ 2º Os processos acompanhantes ou requisitados para subsidiar a instrução de procedimentos disciplinares se-
rão devolvidos à unidade competente para prosseguimento, assim que extraídos os elementos necessários, por
determinação do corregedor.
Art. 169. O pedido de vista de autos em tramitação, por quem não seja parte ou defensor, dependerá de reque-
rimento, por escrito, e será cabível para a defesa de direitos e esclarecimentos de situações de interesse pessoal.
Parágrafo único. Poderá ser vedada a vista dos autos até a publicação da decisão final, inclusive para as partes e
seus defensores, quando o processo se encontrar relatado.
Art. 170. Fica atribuída ao corregedor da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza competência para apreciar
e decidir os pedidos de certidões e fornecimento de cópias reprográficas, referentes a processos administrativos
que estejam em andamento na Corregedoria da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza.
Art. 171. A Lei Municipal nº 6.794, de 27 de dezembro de 1990, e o Decreto-Lei nº 3.689/41 (Código de Processo
Penal Brasileiro), quando não incompatíveis com esta Lei Complementar, poderão ser usados subsidiariamente
para fundamentação dos casos disciplinares.
Art. 172. Os processos administrativos disciplinares já instaurados na Procuradoria-Geral do Município, através
da Comissão de Processo Administrativo Disciplinar, serão analisados pelos membros da CPAD-PGM e empós
encaminhados ao diretorgeral para tomar as providências legais cabíveis.
Art. 173. O diretor-geral da Guarda Municipal, naquilo que não confrontar à Legislação Vigente, poderá emitir de
portarias disciplinadoras sobre assuntos relacionados à aplicação das normas de hierarquia, composição de pelo-
tões, postos de serviço e setores administrativos, como também regime e escalas de trabalho dos servidores da
Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza.
Art. 174. O chefe do Poder Executivo regulamentará por decreto o funcionamento e as respectivas Comissões
Integrantes da Corregedoria e da Ouvidoria da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza.

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Art. 175. As despesas decorrentes desta Lei correrão por conta das dotações orçamentárias próprias.
Art. 176. Esta Lei Complementar entra em vigor 30 (trinta) dias após a data de sua publicação, revogadas as dis-
posições em contrário.
PAÇO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZA, em 10 de julho de 2007.

Luizianne de Oliveira Lins


PREFEITA MUNICIPAL DE FORTALEZA

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EXERCÍCIO

01. Analise as seguintes afirmativas segundo a Lei n. 13.022/2014.


I. Esta Lei institui normas específicas para as guardas municipais, ficando as normas gerais a cargo da Constitui-
ção Federal.
II. Apesar de não se constituírem como instituições de caráter militar, as Guardas Municipais são uniformizadas e
armadas conforme previsto em lei.
III. Incumbe às guardas municipais a função de proteção municipal ostensiva, ressalvadas as competências da
União, dos Estados e do Distrito Federal.
Segundo o que prevê o Estatuto Geral das Guardas Municipais, está(ão) incorreta(s) a(s) afirmativa(s):
a) II, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e III, apenas.

02. As Guardas Municipais devem ser constituídas com observância de uma série de exigências e características
estabelecidas na lei federal que trata da matéria. Considerando o que prevê essa disciplina legal, é correto afirmar
sobre as Guardas Municipais:
a) A criação pelo município de sua Guarda Municipal se dá por meio de Decreto do Chefe do Poder Executi-
vo Municipal.
b) A Guarda Municipal é subordinada ao chefe do Poder Executivo Federal.
c) A Guarda Municipal é formada por servidores integrantes de carreira única e plano de cargos e salários,
conforme disposto em lei municipal.
d) Municípios não limítrofes podem, mediante consórcio público, utilizar, reciprocamente, os serviços da
guarda municipal de maneira compartilhada.
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03. De acordo com a Lei Federal n° 13.022/2014 (Estatuto Geral das Guardas Municipais), que estabelece os
requisitos básicos para investidura em cargo público da guarda municipal, estará impedida de ingressar na carrei-
ra, a pessoa que
I. tiver mais de 35 anos;
II. não tiver nacionalidade brasileira nata;
III. não tiver nível médio completo;
IV. tiver débitos cobrados na Justiça;
V. for filiada a algum partido político.

Dos itens acima quantos estão INCORRETOS:


a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.

04. Nos termos da Lei no 13.022/2014 (Estatuto Geral das Guardas Municipais), é um princípio mínimo de atuação
das guardas municipais
a) o patrulhamento repressivo.
b) o direito ao uso de armas letais e não letais.
c) a função de assistência social à população carente.
d) o compromisso com a evolução social da comunidade.
e) comprometimento com a função de segurança pública.

05. Analise as seguintes afirmativas a respeito da capacitação das Guardas Municipais.


I. O exercício das atribuições dos cargos da guarda municipal requer capacitação específica, com matriz curricular
compatível com suas atividades, podendo o Município adaptar a matriz curricular nacional para formação em se-
gurança pública, elaborada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Defesa.
II. Fica obrigada, ao Município, a criação de órgão de formação, treinamento e aperfeiçoamento dos integrantes da
guarda municipal.
III. O Estado poderá, mediante convênio com os Municípios interessados, manter órgão de formação e aperfeiço-
amento centralizado, em cujo conselho gestor seja assegurada a participação dos Municípios conveniados, não
podendo ser o mesmo destinado à formação, treinamento ou aperfeiçoamento de forças militares.
Segundo o que prevê o Estatuto Geral das Guardas Municipais, está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):
a) III, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e III, apenas.

06. Nos termos da Lei no 13.022/2014, assinale a alternativa que indica uma prerrogativa da guarda municipal.
a) Equiparação salarial aos vencimentos dos integrantes das forças armadas, observada a hierarquia.
b) Recolhimento à cela, isoladamente dos demais presos, quando sujeito à prisão após condenação definiti-
va.
c) Utilização de denominações hierárquicas idênticas às das forças armadas, quanto aos postos e gradua-
ções.
d) Reserva de 50% (cinquenta por cento) do total de cargos para ocupação pelo sexo feminino.
e) Destinação de linha telefônica de número 153, pela Anatel, para utilização exclusiva pela guarda munici-
pal.

07. 05. Analise as seguintes afirmativas a respeito do controle das Guardas Municipais.
I. O município que criar Guarda Municipal fica obrigado a criar Ouvidoria para controle externo.
II. As guardas municipais não podem ficar sujeitas a regulamentos disciplinares de natureza militar.
III. Os corregedores e ouvidores terão mandato cuja perda será decidida chefe do Poder Executivo Municipal,
fundada em razão relevante e específica prevista em lei municipal.
Segundo o que prevê o Estatuto Geral das Guardas Municipais, está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):
a) III, apenas.
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b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e III, apenas.

08. O Estatuto Geral das Guardas Municipais diz que


a) aos guardas municipais é autorizado o porte de arma de fogo, suspendendo-se esse direito somente por
meio de decisão judicial.
b) as guardas municipais, nos termos da legislação específica, estão sujeitas a regulamentos disciplinares de
natureza militar.
c) é competência específica das guardas municipais a proteção de bens, serviços e logradouros públicos mu-
nicipais.
d) A estrutura hierárquica da guarda municipal não pode utilizar denominação idêntica à das forças militares,
quanto aos postos e graduações, títulos, uniformes, distintivos e condecorações .

09. De acordo com a LC n. 004/1991, analise as afirmativas sobre a Guarda Municipal de Fortaleza (GMF).
I. Trata-se de um órgão da administração indireta do Poder Executivo Municipal.
II. Subordina-se à Secretaria Municipal de Segurança Cidadã.
III. Tem, como finalidade, a proteção preventiva e ostensiva dos bens e instalações, a garantia dos serviços
públicos municipais e a defesa civil do Município.

Segundo o que prevê o Estatuto Geral das Guardas Municipais, está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):
a) I, apenas.
b) II e III, apenas.
c) II apenas.
d) I, II e III.

10. Segundo a LC n. 004/1991, são competências da Guarda Municipal de Fortaleza, exceto


a) executar o serviço de orientação e salvamento de banhistas no município, atuando em parceria com o
Corpo de Bombeiros Militar do Estado.
b) realizar a segurança do Prefeito, do Vice-Prefeito e, em caráter eventual, de outras autoridades indicadas
pelo Diretor-Geral.
c) apoiar as promoções de incentivo ao turismo local.
d) atuar como corpo voluntário de combate a incêndios, em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar do
Estado.
e) executar a vigilância e promover a preservação dos bens, serviços, instalações e logradouros públicos do
Município, realizando rondas diurnas e noturnas.

11. Segundo a LC n. 004/1991, marque a alternativa que completa corretamente a afirmativa:


“O dia da Guarda Municipal será comemorado a ___________________, e nesta data, far-se-á a outorga do título
de _________________________.”
a) 15 de novembro / Guarda Exemplo Municipal
b) 10 de julho / Guarda Exemplo Municipal
c) 10 de julho / Guarda Padrão Municipal
d) 21 de abril / Guarda Exemplo Municipal
e) 21 de abril / Guarda Padrão Municipal

12. Conforme a Lei Complementar nº 38, de 10 de julho de 2007, que aprova Plano de Cargos, Carreiras e Salá-
rios (PCCS) dos Servidores da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, marque a afirmativa verdadeira
a) Em nenhuma hipótese os servidores poderão ser disponibilizados ou cedidos para outros órgãos munici-
pais, estaduais ou federais, para executar funções diferentes daquelas previstas nas atribuições do seu
respectivo cargo.
b) O desenvolvimento do servidor na carreira ocorrerá exclusivamente por promoção por tempo de serviço.

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c) O desenvolvimento do servidor na carreira depende de disponibilidade orçamentária e da existência de
vaga.
d) As carreiras de segurança institucional, de defesa civil e de segurança pública são compostas por classe
única.

13. O processo de promoção por capacitação é a passagem do servidor ocupante de um dos cargos/funções,
definidos na Lei Complementar nº 38, de 10 de julho de 2007, de um nível de capacitação para outro imediata-
mente subsequente, através da obtenção de certificados em cursos compatíveis com o cargo/função ocupado e
cargas horárias definidas. promoção ocorrerá no interstício de
a) 12 (doze) meses
b) 24 (vinte e quatro) meses
c) 36 (trinta e seis) meses
d) 48 (quarenta e oito) meses

14. Marcos é Guarda Municipal de Fortaleza e se encontra no último nível de sua classe. Conforme Lei Comple-
mentar nº 38, de 10 de julho de 2007, são requisitos exigidos para que Marcos possa ser promovido por capacita-
ção a subinspetor,
I. existência de disponibilidade orçamentária;
II. existência de cargos vagos na classe subsequente, observada, como critério de desempate, a antiguidade
no cargo.
III. aprovação em cursos de formação específicos na carreira de segurança institucional;
IV. existência de necessidade de profissionais nas classes, determinada pela Direção da Guarda.
Dos itens acima quantos estão CORRETOS:
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.

15. Conforme Lei Complementar nº 38, de 10 de julho de 2007, sobre a Gratificação por Atividade de Risco à Vida
(GARV), marque a afirmativa correta
a) Equivale a 50% (cinquenta por cento), calculado sobre o vencimento básico.
b) Não será paga àqueles que estiverem à disposição de outros órgãos, inclusive os casos de afasta-
mentos para representações sindicais e mandatos eletivos.
c) Devido somente quando em efetivo exercício.
d) Incorporável aos proventos somente ao servidor a tenha percebido por um período superior a 84 (oi-
tenta e quatro) meses ininterruptos
16. A Lei Complementar nº 38, de 10 de julho de 2007 instituiu o Incentivo à Titulação, calculado sobre o venci-
mento básico. A respeito dessa gratificação, analise as afirmativas
I. Equivale a 10% (dez por cento) para aqueles que possuírem título de graduação;
II. Equivale a 20% (vinte por cento) para aqueles que possuírem título de pós-graduação.
III. Admite-se a percepção cumulativa quando portador de mais de uma titulação;
IV. Os cursos de graduação e pós-graduação, para fins de concessão do incentivo, deverão ser reconhecidos
pelo Ministério da Educação, bem como guardar correlação com a área de segurança e defesa civil, nos
termos do regulamento a ser editado pelo chefe do Executivo.
Dos itens acima quantos estão CORRETOS:
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
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17. Os servidores ocupantes de cargo efetivo dentro da Carreira de Segurança Pública da Guarda Municipal e
Defesa Civil de Fortaleza manifestarão respeito e apreço aos seus superiores, pares e subordinados através da
continência. Conforme a LC n. 37/2007, tem direito à continência, exceto:
a) a Bandeira Nacional, ao ser hasteada ou arriada diariamente em cerimônia militar ou cívica.
b) o Hino Nacional, quando executado em solenidade militar ou cívica.
c) os superiores hierárquicos.
d) o chefe do Poder Legislativo Municipal.

18. A respeito do COMPORTAMENTO DO SERVIDOR, previsto na LC n. 37/2007, marque a alternativa verdadei-


ra:
a) Ao ingressar no Corpo da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, o servidor será classificado no
comportamento ótimo.
b) O comportamento do servidor é composto por 05 (cinco) classificações.
c) Para fins disciplinares e para os demais efeitos legais, o comportamento será considerado INSUFICIENTE
quando, no período de 1 (um) ano, tiver sofrido o somatório de mais de 15 (quinze) dias de suspensão.
d) Para a classificação de comportamento, 2 (duas) repreensões equivalerão a 1 (uma) suspensão.
e) A contagem de tempo para a melhoria de comportamento começará a partir da data em que se encerrar o
cumprimento da punição.

19. De acordo com a LC n. 37/2007, que dispõe sobre o Regulamento Disciplinar dos Servidores da Guarda Muni-
cipal e Defesa Civil de Fortaleza, são sanções disciplinares
I – ressarcimento ao erário público municipal;
II – cassação;
III – suspensão;
IV – repreensão;
V – demissão;
VI – exoneração.
Dos itens acima quantos estão CORRETOS:
a) 2.
b) 3.
c) 4.
d) 5.
e) 6.

20. Ticyano, Guarda Municipal de Fortaleza, cometeu transgressão disciplinar de natureza grave, do primeiro gru-
po. Levando em consideração que é sua primeira falta funcional, a sanção disciplinar prevista na LC n. 37/2007, é
a de
a) Suspensão de 01 (um) dia.
b) Suspensão de 03 (três) dias.
c) Suspensão de 05 (cinco) dias.
d) Suspensão de 10 (dez) dias.
e) Suspensão de 15 (quinze) dias.

21. A respeito da sanção disciplinar de SUSPENSÃO, conforme dispõe o Regulamento Disciplinar dos Servidores
da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, marque a afirmativa incorreta
a) Não excederá de 90 (noventa) dias.
b) Somente podendo ser aplicada em caso de faltas de natureza GRAVE.
c) Durante o período de cumprimento da suspensão, o servidor perderá todas as vantagens e direitos decor-
rentes do exercício do cargo.

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d) Poderá, por conveniência do serviço, ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por
dia da remuneração, não sendo o servidor, nesse caso, obrigado a permanecer em exercício.

22. Conforme a LC n. 37/2007, analise as afirmativas


I. A morte da parte é causa de extinção de punibilidade.
II. Considera-se como circunstância agravante a prática simultânea ou com conexão de 2 (duas) ou mais in-
frações.
III. As decisões em grau de recurso e revisão autorizam a agravação da punição do recorrente.
IV. O prazo para interposição do pedido de reconsideração e do recurso hierárquico é de 15 (quinze) dias,
contados da data da publicação oficial do ato impugnado.
Dos itens acima quantos estão CORRETOS:
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.

23. Após devido processo, motivado ter chegado atrasado ao serviço, sem justo motivo, o Guarda Municipal
Robzu recebeu uma ADVERTÊNCA como sanção disciplinar. Segundo a LC n. 37/2007, tal sanção será cancela-
da após
a) 6 (seis) meses de efetivo serviço
b) 2 (dois) anos de efetivo serviço
c) 3 (três) anos de efetivo serviço
d) 5 (cinco) anos de efetivo serviço
24. Segundo o Estatuto dos Funcionários do Município de Fortaleza - Lei nº 6.794, de 27 de dezembro de 1990,
marque o item CORRETO.
a) A Nomeação é a investidura no cargo, com aceitação expressa das atribuições, condições e responsabili-
dades a ele inerentes, formalizada em assinatura do termo respectivo pela autoridade competente e pelo
empossado.
b) É de 30 (trinta) dias improrrogáveis o prazo para o servidor entrar em exercício, contados da data da pos-
se.
c) Os cargos comissionados são de livre provimento e exoneração, respeitados a especificação e os pré-
requisitos exigidos para o seu exercício, devendo ser providos por somente por servidores municipais.
d) Promoção é a passagem do servidor de cargo de carreira para outro de igual denominação, classe e refe-
rência, pertencentes a Quadro de Pessoal diverso.

25. Conforme a Lei nº 6.794/90, são formas de provimento dos cargos, exceto
a) Reversão
b) Aproveitamento
c) Remoção
d) Nomeação

26. Levando em consideração o Estatuto dos Funcionários do Município de Fortaleza, acerca da POSSE, julgue
I. A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias, contados da publicação do ato de nomeação prorrogável por
mais 30 (trinta) dias, a requerimento do interessado ou por quem o represente legalmente.
II. A posse é ato personalíssimo, não podendo se dar mediante procuração.
III. No ato da posse, o servidor apresentará, obrigatoriamente, declaração dos bens e valores que constituem
seu patrimônio e declaração sobre o exercício de outro cargo, emprego ou função pública.

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Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):
a) I, apenas.
b) I e III, apenas.
c) II apenas.
d) II e III.

27. Trata-se da reinvestidura do servidor no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua trans-
formação, quando invalidada a sua demissão ou readaptação, por decisão administrativa ou judicial, com ressar-
cimento de todas as vantagens. Conforme a Lei nº 6.794/90, esse é o conceito de
a) Reversão
b) Reintegração
c) Recondução
d) Aproveitamento

28. Conforme a Lei nº 6.794/90, são motivos de vacância do cargo, exceto


a) Exoneração
b) Disponibilidade
c) Promoção
d) Falecimento
29. Serão considerados de efetivo exercício os afastamentos em virtude de
I. casamento, até oito dias corridos
II. licença prêmio
III. luto, até cinco dias corridos, por falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madastra, padastro, filhos, en-
teados, irmãos, genros, noras, avós, sogro e sogra
IV. trato de interesse particular

Dos itens acima quantos estão CORRETOS:


a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.

30. Segundo o Estatuto dos Funcionários do Município de Fortaleza - Lei nº 6.794/90, a respeito da LICENÇA
PRÊMIO, marque o item INCORRETO.
a) Afastamento por 03 (três) meses ao servidor, a título de prêmio por assiduidade, após cada quinquênio de
efetivo exercício.
b) É facultado ao servidor contar em dobro o tempo de licença-prêmio não gozada, para efeito de aposenta-
doria e disponibilidade.
c) Sem prejuízo de sua remuneração.
d) Poderá ser interrompida, de ofício, quando o exigir interesse público, ou a pedido do servidor, preservado,
em qualquer caso, o direito ao gozo do período restante da licença.

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