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LEI Nº 407, DE 30 DE AGOSTO DE 1998.

REORGANIZA O ESTATUTO DOS


SERVIDORES PÚBLICOS DO
MUNICÍPIO DE CAMAÇARI, DAS
AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES
PÚBLICAS E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.

O PREFEITO MUNICIPAL DE CAMAÇARI, no uso de suas atribuições legais e com fulcro no


que dispõe o art. 29, da Lei nº 461 de 24 de fevereiro de 2000, da Lei nº 197, de 02 de maio de
1990 c/c o art. 26, da Lei Orgânica Municipal Revisada e, em consonância com a Constituição
Federal, faço saber que a Câmara Municipal de Camaçari decreta e eu sanciono a seguinte
Lei:

TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Este Estatuto tem por finalidade regular o provimento e a vacância de cargos públicos
da Administração Direta, das Autarquias, Fundações, Câmara Municipal, assim como os
direitos, vantagens, deveres e responsabilidades dos Servidores Públicos do Município de
Camaçari.

Art. 2º Servidor Público é a pessoa legalmente investida em cargo público.

Art. 3º Para os efeitos desta Lei:

I - cargo público - é aquele criado por lei, com denominação própria e número certo,
pagamento pelos cofres públicos, com um conjunto de atribuições, deveres e
responsabilidades cometidas ao servidor, para provimento em caráter efetivo ou temporário;

II - quadro - é o conjunto de cargos de provimento permanente e de provimento


temporário, integrantes de qualquer dos Poderes, suas autarquias e fundações públicas,

III - carreira - é o conjunto de classes da mesma natureza de trabalho, escalonadas


segundo a responsabilidade e a complexidade das atribuições, para progressão privativa dos
titulares dos cargos de provimento efetivo que a integram;

IV - classe - é posição hierarquizada de cargos da mesma denominação dentro da


categoria funcional;

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V - lotação - é a fixação do número de cargos, por Secretaria, segundo as unidades


orçamentárias, podendo ser pormenorizada por unidades administrativas ou dependências;

VI - referência - é o número indicativo da posição do cargo na escala básica de


vencimentos;

VII - grau - é a letra indicativa do valor progressivo da referência,

VIII - padrão de vencimentos - é constituído pelo conjunto de referência e grau.

§ 1º Os cargos de provimento efetivo da administração municipal, das suas autarquias e


fundações, serão organizados em carreira e classes, identificadas em razão do nível de
escolaridade e habilidade exigidos para o exercício das atribuições previstas em lei.

§ 2º É vedado atribuir ao servidor encargos ou serviços diferentes dos próprios de sua


carreira ou cargo, tais definidos em lei ou regulamentos, ressalvadas as comissões legais e
designações especiais efetuadas pelo Prefeito, desde que compatíveis com a dignidade do
cargo e capacidade do servidor para exercê-lo.

§ 3º Os vencimentos dos servidores obedecerão às referências fixadas em lei,


escalonadas de acordo com as peculiaridades dos cargos, a natureza e complexidade das
atribuições e condições especiais exigidas para o provimento.

Art. 4º É proibido o exercício gratuito de cargos públicos, salvo nos casos previstos em lei.

TÍTULO II

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público:

I - a nacionalidade brasileira ou estrangeira, na forma da lei;

II - a idade mínima de dezoito anos;

III - o gozo dos direitos políticos;

IV - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;

V - a habilitação profissional para o exercício do cargo, quando for o caso;

VI - nível de escolaridade mínima exigida para o exercício do cargo;

VII - o gozo de boa saúde, física e mental.

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Art. 6º A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas
portadoras de deficiência física e definirá os critérios de sua admissão.

Art. 7º As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos


em lei.

Art. 8º Provimento é a série de atos que investe uma pessoa em cargo público.

§ 1º O provimento dos cargos far-se-á por ato da autoridade competente de cada poder,
do dirigente de autarquia ou da fundação pública.

§ 2º Em se tratando de cargo de carreira, o provimento será sempre na classe inicial.

Art. 9º São formas de provimento de cargo público:

I - nomeação;

II - ascensão funcional;

III - reintegração;

IV - reversão;

V - readaptação;

VI - recondução;

VII - promoção.

CAPÍTULO II

SEÇÃO I
DO CONCURSO PÚBLICO

A investidura em cargo público dependerá de aprovação prévia em concurso público


Art. 10.
de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou
emprego, com a observância da ordem de classificação dos candidatos.

§ 1º Prescindirá de concurso público a investidura para o cargo em comissão, declarada


em lei de livre nomeação e exoneração.

§ 2º O ingresso mediante concurso público não habilita o servidor a titularizar ou exercer


senão o cargo que disputou.

§ 3º O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão fixados em

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edital, a ser publicado no mural da Prefeitura Municipal de Camaçari.

§ 3º O Prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão fixados em


edital, a ser publicado no Diário Oficial Eletrônico da Prefeitura Municipal de Camaçari.
(Redação dada pela Lei nº 1522/2017)

Seção II
Da Nomeação

Art. 11. Nomeação é o ato pelo qual o cargo público é atribuído a uma pessoa e far-se-á:

I - em caráter efetivo, quando se tratar de provimento em cargo isolado ou da classe


inicial da carreira;

II - em caráter temporário, para cargos de comissão.

Subseção I
Da Posse e do Exercício

Art. 12. Posse é o ato pelo qual a pessoa é investida em cargo público, aceitando
expressamente as atribuições, deveres e responsabilidades inerentes ao mesmo, com o
compromisso de bem servir, formalizado com a assinatura do termo pela autoridade
competente e pelo empossando.

§ 1º A posse ocorrerá no prazo de trinta dias, contados da publicação do ato de


nomeação, prorrogável, uma única vez, por igual período.

§ 2º Em se tratando de servidor em licença, ou legalmente afastado por qualquer outra


razão, o prazo será contado do término do impedimento.

§ 3º Será tomado sem efeito o ato de provimento se a posse não ocorrer no prazo
estabelecido no § 1º deste artigo.

Art. 13. São competentes para dar posse:

I - o Prefeito, aos Secretários Municipais e titulares de cargos que lhe forem diretamente
subordinados;

II - os Secretários Municipais, aos dirigentes de órgãos que lhes sejam diretamente


subordinados ou quando formalmente solicitados pelo Prefeito;

III - o Coordenador de Recursos Humanos, aos demais servidores públicos da


administração direta do município,

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IV - o Presidente da Câmara Municipal aos seus respectivos servidores;

V - os dirigentes superiores de autarquias e fundações públicas aos servidores que lhe


são subordinados.

Parágrafo único. A autoridade que der posse deverá verificar, sob pena de
responsabilidade, se foram satisfeitas todas as condições legais para a investidura no cargo.

Art. 14. A posse em cargo público dependerá de prévio exame de saúde oficial.

Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto física e
mentalmente para o exercício do cargo, através de junta Médica Oficial.

Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo.

§ 1º Compete ao dirigente do órgão ou entidade para onde for designado o servidor, dar-
lhe exercício.

§ 2º Será exonerado o servidor empossado que não entrar em exercício no prazo de 30


(trinta) dias, a contar da data da posse.

Art. 16.O inicio, a suspensão, a interrupção e o reinicio do exercício serão registrados no


assentamento individual do servidor, que apresentará ao órgão competente os elementos
necessários para a anotação.

Art. 17. Nenhum servidor poderá ter exercício em repartição diferente daquele em que estiver
lotado, salvo nos casos previstos neste Estatuto, e com prévia autorização dos responsáveis
pelas áreas envolvidas.

Art. 18. O órgão de Administração de Recursos Humanos comunicará, obrigatoriamente, ao


Instituto Municipal de Previdência o nome do servidor nomeado, cargo, padrão de
vencimentos, número de registro, data de início do exercício e idade, para o fim de inscrição
no rol dos contribuintes obrigatórios da referida autarquia.

Parágrafo único. A comunicação de que trata este artigo será feita até quinze dias após a
data do exercício do servidor.

Art. 19. Os habilitados em concurso e nomeados, quando chamados à prestação de Serviço


Militar e incorporados à tropa, terão o prazo de posse prorrogado, mediante requerimento, até
trinta dias contados da data da desincorporação.

Subseção II
Do Horário e do Ponto

Art. 20. Ponto é o registro pelo qual se verificarão, diariamente, a entrada e saída do servidor

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em serviço.

§ 1º Nos registro de ponto deverão ser lançados todos os elementos necessários à


apuração da frequência.

§ 2º Salvo nos casos expressamente previstos neste Estatuto, é vedado dispensar o


servidor de registro de ponto e abonar faltas ao serviço.

§ 3º A infração do disposto no parágrafo anterior determinará a responsabilidade da


autoridade que tiver expedido a ordem, sem prejuízo da ação disciplinar cabível.

Art. 21.Nos casos de necessidade, devidamente comprovada, o período de trabalho poderá


ser antecipado ou prorrogado.

Art. 22.O ocupante de cargo de provimento efetivo cumprirá jornada de 40 (quarenta) horas
semanais de trabalho, observando-se o limite máximo de 8 (oito) horas diárias e, quando a
conveniência do serviço o exigir, de 6 (seis) horas diárias, salvo os casos submetidos a
regime especial, cuja carga horária é estabelecida em lei.

§ 1º O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança submeter-se-á ao regime


integral de dedicação ao serviço, podendo ser convocado sempre que houver interesse da
Administração.

§ 2º A Administração poderá estabelecer turnos e horários diferenciados de trabalho, de


acordo sua conveniência.

§ 3º O horário de trabalho e a distribuição da carga horária semanal serão fixadas pela


autoridade competente, de acordo com a natureza e necessidade do serviço.

Seção III
Do Estágio Probatório

Art. 23. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará
sujeito ao estágio probatório por período de 36 meses, durante os quais é apurada a sua
aptidão e capacidade, mediante avaliação de desempenho, que confirmará ou não a
nomeação do servidor, observado os seguintes requisitos:

I - idoneidade moral;

II - disciplina;

II - assiduidade;

IV - cumprimento dos deveres e obrigações funcionais;

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V - produtividade;

VI - iniciativa.

§ 1º O dirigente do órgão ou entidade onde o servidor estiver lotado, durante os três anos
de estágio probatório, deverá encaminhar, anualmente, ao titular da Secretaria, dirigente
maior de Fundação ou Autarquia a qual é vinculado ou subordinado, sob pena de
responsabilidade, uma avaliação funcional onde estejam contidos todos os itens deste artigo,
pontuados conforme regulamentação posterior e com o ciente do servidor.

§ 2º No término do estágio probatório, quatro meses antes, o dirigente responsável pela


avaliação deverá emitir um parecer final, baseado nas três avaliações anuais.

§ 3º O parecer final só será considerado contrário a confirmação da nomeação se o


servidor tiver obtido mais de uma avaliação negativa, cabendo ao titular da Secretaria,
dirigente maior de Fundação ou Autarquia a que estiver subordinado o servidor, notificá-lo
para que se manifeste por escrito, no prazo de quinze dias:

§ 4º Da avaliação resultará:

a) o Parecer favorável à permanência do servidor, confirmará automaticamente a sua


nomeação, independente de qualquer ato formal;
b) o Parecer favorável à exoneração do servidor, será a este imediatamente informado,
sendo exonerado, através do ato formal próprio.

Seção IV
Da Estabilidade

Art. 24. O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de provimento


efetivo, adquirirá a estabilidade, após três anos de efetivo exercício.

§ 1º O servidor estável só perderá o cargo:

I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

II - em virtude de processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;

III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, realizada de acordo


com o que dispuser lei complementar, assegurada ampla defesa.

§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, este será


reintegrado na forma do artigo 27, desta Lei.

§ 3º Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor ficará em


disponibilidade, até seu adequado aproveitamento em outro cargo, com vencimento

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proporcional ao tempo de serviço.

§ 4º Como condição para aquisição da estabilidade é obrigatória a avaliação especial de


desempenho, por comissão instituída para essa finalidade.

Seção V
Da Ascensão Profissional

Art. 25. A ascensão funcional será estabelecida na lei que tratar do Plano de Cargos e
Salários do Servidor Público Municipal.

Seção VI
Do Afastamento e Retribuição Por Estudo no Exterior

Art. 26 O servidor somente poderá participar de missão ou estudo no exterior, mediante


expressa autorização do Chefe do Poder a que esteja vinculado.
§ 1º A ausência não excederá a dois anos, prorrogáveis por igual período, findo o qual,
somente poderá ser permitida nova ausência, depois de decorridos quatro anos.
§ 2º O servidor que for beneficiado pelo disposto neste artigo:
I - antes de decorridos quatro anos, ressalvada a hipótese de ressarcimento das parcelas
recebidas durante
o afastamento, não serão concedidos:
a) pedido de exoneração;
b) licença para tratar de interesse particular;
c) suspensão de contrato.
II - deverá exercer atividade no Município por período igual ao do beneficio, utilizando-se,
inclusive, do conhecimento adquirido durante e pelo afastamento. (Revogado pela Lei
nº 1787/2023)

Seção VII
Da Reintegração

Art. 27. Reintegração é o retorno do servidor demitido ao cargo anteriormente ocupado, ou no


resultante de sua transformação, quando invalidada sua demissão por sentença transitada em
julgado, com ressarcimento dos prejuízos da remuneração.

§ 1º Se o cargo houver sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade, com


vencimentos proporcionais ao tempo de serviço.

§ 2º Se julgado incapaz por perícia médica oficial, o servidor reintegrado será


aposentado.

§ 3º Reintegrado o servidor, quem lhe houver ocupado o lugar, será reconduzido ao

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cargo de origem, ou ainda, posto em disponibilidade, sem direito a qualquer indenização.

Seção VIII
Da Reversão

Art. 28.Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado por invalidez quando, por
junta médica oficial, forem declarados insubsistentes os motivos determinantes da
aposentadoria, comprovada a capacidade para o exercício de cargo público e existência de
vaga.

Art. 29. A reversão dar-se-á à pedido ou de oficio.

§ 1º A reversão não poderá ter lugar em cargo de padrão inferior àquele em que o
servidor se aposentou.

§ 2º Não poderá reverter à atividade, o aposentado que tiver mais de setenta anos de
idade, se homem e, 65 anos, se mulher.

Art. 30. Será tornada sem efeito a reversão, cessada a disponibilidade e exonerado o
revertido, que não tomar posse ou não entrar em exercício no prazo legal.

Art. 31.Não será contado para nova aposentadoria o período de tempo em que o servidor
esteve aposentado.

Seção IX
Da Readaptação

Art. 32. Readaptação é a atribuição de encargos compatíveis com a limitação da capacidade


física ou intelectual do servidor, e dependerá de exame médico oficial, respeitada a sua
habilitação profissional.

§ 1º A readaptação não acarretará diminuição nem aumento de vencimento ou


remuneração.

§ 2º As normas inerentes ao sistema de readaptação funcional, inclusive as de


caracterização, serão objeto de regulamentação específica onde será garantida a
requalificação profissional e funcional através do treinamento e qualificação do servidor no
serviço.

Seção X
Da Recondução

Art. 33. Recondução é o retorno de servidor estável, sem direito à indenização, ao cargo

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anteriormente ocupado e decorrerá de reintegração do anterior ocupante.

Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo, o servidor:

a) será aproveitado em outro cargo, com atribuições afins, respeitada a habilitação


exigida;
b) terá prioridade em capacitações/treinamento que o habilitem para outras funções;
c) será posto em disponibilidade.

Seção XI
Da Promoção

Art. 34. Promoção é a elevação do servidor ocupante de cargo de provimento efetivo, em


exercício, mediante critérios a serem estabelecidos nas leis que instituírem planos de cargos e
salários, na administração municipal.

CAPÍTULO III
DA SUBSTITUIÇÃO, REMOÇÃO E RELOTAÇÃO

Seção I
Da Substituição

Art. 35. Somente haverá substituições remuneráveis no impedimento legal e temporário,


superiores a trinta dias dos ocupantes dos cargos em comissão, dos grupos de execução e
gerencial

§ 1º O substituto, durante o tempo que exercer a substituição, terá direito a perceber seu
vencimento calculado sobre a referência do cargo que passou a exercer.

§ 2º Nos casos de substituição cumulativa somente receberá vencimento correspondente


a um dos cargos que exercer cumulativamente.

Seção II
Da Remoção

Art. 36. A remoção, que se processará a pedido do servidor ou ex-oficio, poderá ser feita:

I - de uma unidade orçamentária para outra mediante ato do Prefeito,

II - de um departamento para outro, da mesma secretaria, por ato do Secretário.

Parágrafo único. A remoção só poderá ser feita respeitada a lotação de cada repartição.

Art. 37.

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Art. 37.O servidor removido deverá assumir o exercício na repartição para a qual foi
designado, dentro do prazo de cinco dias, salvo determinação em contrário.

Relativamente ao servidor em férias ou licença, o prazo estabelecido no artigo anterior


Art. 38.
começará a ser contado da data que se findarem as férias ou licença.

Seção III
Da Relotação

Art. 39.Relotação é a movimentação do servidor, com o respectivo cargo, para outro órgão
ou entidade do mesmo Poder, de acordo com o interesse da administração.

§ 1º A relotação dar-se-á para ajustamento de quadros de pessoal às necessidades de


serviço, inclusive nos casos de organização, extinção ou criação de órgãos ou entidades.

§ 2º Nos casos de extinção de órgãos ou entidades, os servidores estáveis serão


colocados em disponibilidade, até seu aproveitamento.

CAPÍTULO IV
DO APROVEITAMENTO E DA DISPONIBILIDADE

Art. 40.O aproveitamento do servidor em disponibilidade far-se-á de ofício ou à pedido,


respeitada sempre a habilitação profissional e remuneração compatível com o anteriormente
ocupado.

Art. 41. O aproveitamento dependerá de prova de capacidade mediante inspeção médica


oficial.

Parágrafo único. Se julgado apto, o servidor assumirá o cargo imediatamente.

Art. 42. O servidor estável será posto em disponibilidade com vencimento proporcional ao
tempo de serviço, com todas as vantagens pecuniárias permanentes e incorporadas quando o
cargo for extinto e não se tornar possível o seu aproveitamento imediato em outro equivalente.

§ 1º O servidor em disponibilidade será aproveitado em outro cargo de natureza e


vencimentos compatíveis com o que ocupava, respeitada a habilitação profissional.

§ 2º Restabelecido o cargo, ainda que modificada a sua denominação, será


obrigatoriamente aproveitado nele o servidor posto em disponibilidade quando de sua
extinção.

§ 3º O período relativo à disponibilidade será contado para efeito de aposentadoria.

Será aposentado no cargo efetivo que ocupava o servidor em disponibilidade que, em


Art. 43.
exame de saúde, for julgado incapaz para o serviço público, ressalvada a possibilidade de

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readaptação.

Art. 44. Será tornado sem efeito o aproveitamento, cassada a disponibilidade e exonerado o
aproveitado que não tomar posse ou não entrar em exercício no prazo legal, salvo por motivo
de doença, comprovada em exame médico oficial.

CAPÍTULO V
DA VACÂNCIA

Art. 45. A vacância do cargo público decorrerá de:

I - exoneração;

II - demissão;

III - ascensão funcional,

IV - aposentadoria;

V - falecimento;

VI - promoção;

VII - posse em outro cargo, inacumulável;

VIII - vacância por não cumprir o prazo e exercício.

Art. 46. A exoneração é a dispensa do servidor sem caráter sancionador.

§ 1º A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do servidor ou de oficio.

§ 2º A exoneração de oficio dar-se-á:

I - quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;

II - quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em exercício no prazo


estabelecido.

Art. 47. A exoneração de cargo em comissão dar-se-á:

I - a juízo da autoridade competente;

II - a pedido do próprio-servidor.

Art. 48. O afastamento do servidor em função de direção, chefia ou assessoramento dar-se-á:

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I - a pedido,

II - mediante dispensa, nos casos de:

a) promoção;
b) por falta de exação no exercício de suas atribuições, mediante avaliação de
desempenho, estabelecida em lei;
c) ajuízo da autoridade competente.

Art. 49. A demissão será aplicada como penalidade.

TÍTULO III
DOS DIREITOS E VANTAGENS CAPÍTULO I DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO

Art. 50. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício do cargo público, com valor
fixado em lei.

Remuneração é o vencimento do cargo público, acrescida das vantagens pecuniárias


Art. 51.
permanentes ou temporárias, estabelecidas em lei.

Art. 52. A remuneração dos servidores públicos ocupantes de cargo de caráter efetivo e de
caráter temporário, não poderá ultrapassar o teto fixado em lei específica.

Art. 53. O servidor perderá:

I - remuneração dos dias que faltar ao serviço;

II - a parcela da remuneração diária proporcional aos atrasos, ausências e saídas


antecipadas superiores a sessenta minutos,

III - a remuneração correspondente aos domingos, feriados e dias de ponto facultativo


intercalados, no caso de faltas sucessivas injustificadas, ou falta no dia imediatamente anterior
ou posterior, ao domingo, feriado ou ponto facultativo.

§ 1º As faltas ao serviços, até o máximo de seis por ano, não excedente a uma por mês,
serão abonadas no primeiro dia em que o servidor comparecer ao serviço.

§ 2º A falta poderá ser justificada mediante requerimento do interessado, apresentado, no


prazo máximo de 48 horas, acompanhado das provas que se fizerem necessárias.

Art. 54. O servidor não sofrerá quaisquer descontos do vencimento, quando o total de atrasos
verificados durante o mês não ultrapassar sessenta minutos.

Art. 55.Salvo por imposição legal ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá sobre a
remuneração.

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§ 1º Mediante autorização do servidor, poderá haver consignações em folha de


pagamento a favor de terceiros, a critério da administração.

§ 2º Não serão permitidos descontos em folha de pagamento que onerem mais de


quarenta por cento dos vencimentos do servidor.

§ 2º Os descontos em folha de pagamento dos servidores, quando realizados a título de


consignações compulsórias ou facultativas, deverão respeitar os limites total e específicos,
para cada tipo de operação, disciplinados em regulamento. (Redação dada pela Lei
nº 1677/2021)

Art. 56.As reposições devidas a Fazenda Municipal poderão ser feitas em parcelas mensais
não excedentes a décima parte do vencimento líquido do servidor.

Parágrafo único. Não caberá reposição parcelada quando o servidor solicitar exoneração,
quando for demitido ou quando abandonar o cargo.

Art. 57.Só será admitida procuração para recebimento de quaisquer importâncias dos cofres
municipais, decorrentes do exercício do cargo, quando outorgada por servidor ausente do
município ou impossibilitado de se locomover.

O vencimento, a remuneração, os proventos não serão objetos de arresto, sequestro


Art. 58.
ou penhora, exceto no caso de verba alimentar resultante de decisão judicial.

CAPÍTULO II
DAS VANTAGENS

Seção I
Disposições Gerais

Art. 59. Além do vencimento, poderão ser concedidas ao servidor as seguintes vantagens:

I - diárias,

II - salário família;

III - gratificações;

IV - adicionais;

V - estabilidade econômica.

V - auxílio reclusão. (Redação dada pela Lei nº 1643/2020)

§ 1º O servidor que receber dos cofres públicos vantagem indevida será punido, se tiver

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agindo de má fé, respondendo, em qualquer caso, pela reposição da quantia que houver
recebido, solidariamente, com quem tiver autorizado o pagamento.

§ 2º As diárias e as gratificações não se incorporam ao vencimento ou ao provento, para


quaisquer efeitos.

§ 3º As vantagens concedidas não serão computadas, nem acumuladas, para a


concessão de outras vantagens ulteriores, sob o mesmo fundamento.

Seção II
Das Diárias

Art. 60. Ao servidor que se deslocar temporariamente do município no desempenho de suas


atribuições, conceder-se-á, além do transporte, diária a título de indenização das despesas de
alimentação e pousada.

Art. 61.Não serão devidas diárias quando, em consequência do deslocamento, houver sido
concedido pela administração transporte, alimentação e pousada.

Art. 62.As diárias, de que se trata esta seção serão regulamentadas por lei ordinária e terão
seu valor fixado por decreto do Chefe do Poder Executivo

Art. 63. O servidor público que indevidamente receber diária, será obrigado a restituir, de uma
só vez, a importância recebida, ficando, ainda, sujeito à punição disciplinar, junto com quem a
tiver autorizado indevidamente.

Art. 64. Será punido com a pena de suspensão e, na reincidência, de demissão a bem do
serviço público, o servidor e quem as autorizar indevidamente, concedendo diárias com o
objetivo de remunerar outros serviços ou encargos.

Seção III
Do Salário Família

Art. 65 O salário-família será devido ao servidor, considerado constitucionalmente de baixa


renda, em exercício ou em inatividade, que tiver sob sua dependência filhos legítimos e
adotados, menores de

16 (dezesseis) anos, enteados e tutelados, que mediante autorização judicial estejam


submetidos à guarda do servidor.

Art. 65. Será concedido salário-família, mensalmente, por filho ou equiparado menor de 14
(quatorze) anos de idade ou inválido, ao servidor que tenha remuneração ou subsídio igual ou
inferior ao valor estabelecido pela legislação aplicável aos trabalhadores submetidos ao
Regime Geral da Previdência Social (RGPS).

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§ 1º O salário-família terá o mesmo valor e reajuste do mesmo benefício pago pelo


RGPS.

§ 2º Ao filho ou equiparado menor de 14 (catorze) anos ou ao inválido, corresponderá


uma cota do salário-família, respeitado o valor limite deste artigo, condicionada à
apresentação da certidão de nascimento do filho ou da documentação relativa ao equiparado
ou ao inválido.

§ 3º O pagamento do salário-família será condicionado à apresentação anual de atestado


de vacinação obrigatória, até seis anos de idade, e à comprovação semestral de frequência à
escola do filho ou equiparado, a partir dos seis anos de idade.

§ 4º Se o servidor não apresentar o atestado de vacinação obrigatória e a comprovação


de frequência escolar do filho ou equiparado nas datas definidas pelo Município, o benefício
do salário-família será suspenso até que a documentação seja apresentada.

§ 5º Não é devido salário-família no período entre a suspensão do benefício motivada


pela falta de comprovação da frequência escolar e a sua reativação, salvo se provada a
frequência escolar regular no período.

§ 6º A comprovação de frequência escolar será feita mediante apresentação de


documento emitido pela escola, na forma de legislação própria, em nome do aluno, em que
conste o registro de frequência regular ou de atestado do estabelecimento de ensino,
comprovando a regularidade da matrícula e a frequência escolar do aluno.

§ 7º O salário-família não será pago quando do afastamento por qualquer motivo do


servidor.

§ 8º O salário-família não se incorporará ao subsídio, à remuneração ou ao benefício,


para qualquer efeito.

§ 9º Nos casos de acumulação legal de cargos, o salário-família será pago somente em


relação a um deles.

§ 10 Tendo havido divórcio, separação judicial ou de fato dos pais, ou em caso de


abandono legalmente caracterizado ou perda do poder familiar, o salário-família passará a ser
pago diretamente àquele a cujo cargo ficar o sustento do menor ou a outra pessoa, se houver
determinação judicial nesse sentido.

§ 11 Para efeito de concessão e manutenção do salário-família, o servidor deve firmar


termo de responsabilidade, no qual se comprometa a comunicar ao Município qualquer fato ou
circunstância que determine a perda do direito ao benefício, ficando sujeito, em caso do não-
cumprimento, às sanções penais.

§ 12 A falta de comunicação oportuna de fato que implique cessação do salário-família,

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bem como a prática, pelo servidor, de fraude de qualquer natureza para o seu recebimento,
autoriza o Município a descontar, dos pagamentos de cotas devidas com relação a outros
filhos ou, na falta delas, do próprio salário do segurado ou da renda mensal do seu benefício, o
valor das cotas indevidamente recebidas, sem prejuízo das sanções penais cabíveis.
(Redação dada pela Lei nº 1643/2020)

Art. 66O salário-família corresponderá a 7% (sete por cento) do menor nível da escala de
vencimento do servidor público municipal, na proporção do respectivo número de
dependentes.

Art. 66. O direito ao salário-família cessa automaticamente:

I - Por morte do filho ou equiparado, a contar do mês seguinte ao do óbito;

II - Quando o filho ou equiparado completar 14 (catorze) anos de idade, salvo se inválido,


a contar do mês seguinte ao da data do aniversário;

III - pela recuperação da capacidade do filho ou equiparado inválido, a contar do mês


seguinte ao da cessação da incapacidade;

IV - Pela vacância do cargo do servidor. (Redação dada pela Lei nº 1643/2020)

Art. 67.Será suspenso o pagamento do salário-família ao servidor que, comprovadamente,


descurar da subsistência e da educação dos dependentes.

Parágrafo único. O pagamento voltará a ser feito ao servidor, se desaparecerem os


motivos determinantes da suspensão.

Quando o pai e a mãe tiverem ambos a condição de servidores da Prefeitura de


Art. 68.
Camaçari e viverem em comum, o salário-família será pago a um deles.

Parágrafo único. Se não viverem em comum, será concedido ao que tiver os


dependentes sob sua guarda.

Art. 69. Não será percebido salário-família nos casos que o servidor deixar de perceber o
vencimento ou provento.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica nos casos de suspensão nem aos
casos de licença por motivo de doença em pessoa da família. (Revogado pela Lei
nº 1643/2020)

Seção IV
Das Gratificações

Art. 70.Gratificação é a retribuição de um serviço comum prestado em condições anormais,


ou uma ajuda pessoal em face de certas situações que agravam o orçamento do servidor, que

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não se incorpora ao vencimento, nem gera direito subjetivo à continuidade de sua percepção.

Art. 71. Será concedida gratificação ao servidor:

I - natalina;

II - produtividade, ao grupo fisco, assim compreendido, os fiscais de tributos;

III - pelo gerenciamento;

III - pelo gerenciamento e assessoramento (Redação dada pela Lei nº 1522/2017)

IV - pela prestação de serviço extraordinário;

V - por condições especiais de trabalho, nos termos regulamento.

Subseção I
Da Gratificação Natalina

Art. 72. A gratificação natalina será paga no mês de dezembro de cada ano, podendo, quando
solicitado pelo servidor, até o mês de janeiro, receber uma antecipação de 50% (cinquenta por
cento) no mês em gozo de férias a critério da administração.

Parágrafo único. A gratificação de que trata este artigo será paga até o dia 20 (vinte) de
dezembro de cada ano.

Art. 73. A gratificação corresponderá a 1/12 (um doze avos) da remuneração devida ao
servidor em dezembro, por mês de serviço, do correspondente ano.

Parágrafo único. A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de trabalho será havido
como mês integral para os efeitos deste artigo.

O servidor exonerado perceberá a sua gratificação natalina, proporcionalmente aos


Art. 74.
meses de efetivo exercício, calculada sobre a remuneração do mês da exoneração.

Art. 75.A gratificação natalina não será considerada para cálculo de qualquer outra vantagem
pecuniária.

Subseção II
Da Gratificação do Grupo Fisco

Art. 76. As gratificações específicas do grupo fisco serão concedidas, exclusivamente, ao


servidor público ocupante dos cargos de fiscal de tributos e fiscal auxiliar da Secretaria da
Fazenda, que desenvolva atividade tributária.

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Parágrafo único. A apuração mensal da produtividade fiscal será efetuada mediante a


atribuição de pontos positivos e consequentemente descontos de pontos negativos, de acordo
com critérios estabelecidos em regulamento próprio.

Subseção III
Da Gratificação Por Gerenciamento

Art. 77 A gratificação por gerenciamento aplicar-se-á quando o servidor de carreira for


designado para exercer função de coordenador, gerente ou encarregado de equipe.
Parágrafo único. A gratificação integrará o provento de aposentadoria, caso seja
percebido por mais de 10 anos continuamente, no limite máximo de 50% (cinqüenta por cento)
do valor da maior importância percebida no prazo dos últimos 12(doze) meses.

Art. 77 A gratificação por gerenciamento e assessoramento poderá ser aplicada a até 5%


(cinco por cento) do quadro total de servidores, a critério da administração, quando o servidor
de carreira for designado para exercer uma função de confiança no âmbito do Poder
Executivo, não necessariamente em cargo em comissão, e corresponderá ao percentual de
até 30% (trinta por cento) sobre o vencimento básico do servidor ocupante do cargo.
§ 1º A nomeação para a função de gerenciamento e assessoramento deverá ser
realizada mediante decreto do Chefe do Poder Executivo, salvo se a Lei dispuser de forma
distinta;
§ 2º O exercício de função de confiança de gerenciamento e assessoramento exclui o
direito do servidor de receber gratificação por prestação de serviço extraordinário;
§ 3º O Chefe do Poder Executivo fixará, anualmente, o limite máximo de gastos com o
pagamento desta gratificação. (Redação dada pela Lei nº 1522/2017)

Art. 77 A gratificação por gerenciamento e assessoramento poderá ser aplicada a até 10%
(dez por cento) do quadro total de servidores, a critério da administração, quando o servidor
de carreira for designado para exercer uma função de confiança no âmbito do Poder
Executivo, não necessariamente em cargo em comissão, e corresponderá ao percentual de
até 30% (trinta por cento) a incidir sobre o vencimento básico do servidor ocupante do cargo.
§ 1º A nomeação para a função de gerenciamento e assessoramento deverá ser
realizada mediante decreto do Chefe do Poder Executivo ou da autoridade máxima da
entidade da administração indireta, salvo se a Lei dispuser deforma distinta;
§ 2º O exercício de função de confiança de gerenciamento e assessoramento exclui o
direito do servidor de receber gratificação por prestação de serviço extraordinário;
§ 3º O Chefe do Poder Executivo fixará, anualmente, o limite máximo de gastos com o
pagamento desta gratificação. (Redação dada pela Lei nº 1583/2019)

Art. 77. A gratificação por gerenciamento e assessoramento poderá ser aplicada a até 30%
(trinta por cento) do quadro total de servidores, a critério da administração, quando o servidor
de carreira for designado para exercer uma função de confiança no âmbito do Poder
Executivo, não necessariamente em cargo em comissão, e corresponderá: (Vide Lei
nº 1789/2023)

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1. ao percentual de até 120% (cento e vinte por cento) sobre o vencimento básico do
servidor ocupante do cargo, quando tal vencimento for inferior a 2 (dois) salários-mínimos;
2. ao percentual de até 60% (sessenta por cento) sobre o vencimento básico do servidor
ocupante do cargo, quando tal vencimento for igual ou superior a 2 (dois) salários-mínimos;
(Redação dada pela Lei nº 1707/2022)

Subseção IV
Da Gratificação Pela Prestação de Serviço Extraordinário

Art. 78 O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% (cinquenta por
cento) em relação à hora normal de trabalho, salvo em situações especiais definidas em
regulamento.
§ 1º Somente será permitido serviço extraordinário para atender situações excepcionais e
temporárias, respeitado o limite máximo de 2 (duas) horas diárias, podendo ser elevado este
limite nas atividades que não comportem interrupção, consoante se dispuser em regulamento.
§ 2º A pedido do servidor, e a juízo da administração, as horas créditos poderão ser
convertidas em pecúnia, nas mesmas proporções estabelecidas no parágrafo anterior.
§ 3º O serviço extraordinário realizado no horário previsto no artigo anterior será
acrescido do percentual relativo ao serviço noturno, em função de cada hora extra.
§ 4º É vedado conceder gratificações por serviço extraordinário com objetivo de
remunerar outros serviços ou encargos.
§ 5º O exercício de cargos em comissão, de direção ou gerenciamento com pagamento
de gratificação, exclui a gratificação por prestação de serviço extraordinário.
§ 6º O trabalho realizado aos domingos e feriados será pago em dobro, nos termos da
legislação específica.

Art. 78.O serviço extraordinário poderá ser remunerado com acréscimo de 50% (cinquenta
por cento) em relação à hora normal de trabalho, salvo em situações especiais definidas em
regulamento, observadas as demais regras constantes da legislação e nos parágrafos abaixo.

§ 1º Somente será permitido serviço extraordinário para atender situações excepcionais e


temporárias, respeitado o limite máximo de 2 (duas) horas diárias, podendo ser elevado este
limite nas atividades que não comportem interrupção, consoante se dispuser em regulamento.

§ 2º O excesso de horas em um dia será, obrigatoriamente, compensado pela


correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de
seis meses, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas em Lei, nem seja
ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias.

§ 3º Desde que comprovada a impossibilidade de compensação prevista no § 2º, as


horas crédito poderão ser convertidas em pecúnia, nas mesmas proporções estabelecidas no
parágrafo anterior.

§ 4º O serviço extraordinário realizado no período entre as 22:00h e as 6:00h será

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acrescido de percentual relativo ao serviço noturno, em função de cada hora extra.

§ 5º É vedado conceder gratificações por serviço extraordinário com objetivo de


remunerar outros serviços ou encargos.

§ 6º O exercício de cargos em comissão, de gerenciamento e assessoramento exclui a


gratificação por prestação de serviço extraordinário.

§ 7º O trabalho realizado aos domingos e feriados será pago em dobro, nos termos da
legislação específica. (Redação dada pela Lei nº 1522/2017)

Art. 79. O servidor que receber importância relativa ao serviço extraordinário não prestado
será obrigado a restituí-la de uma só vez, ficando sujeito a processo disciplinar.

Art. 80. Será punido com a pena de suspensão:

a) o servidor que atestar falsamente a prestação de serviço extraordinário;


b) o servidor que se recusar, sem justo motivo, a prestação de serviço extraordinário.

Seção V
Dos Adicionais

Art. 81.Adicional é a vantagem concedida aos servidores em razão do tempo de exercício ou


da natureza da função.

Art. 82. Será concedido adicional ao servidor:

I - por tempo de serviço;

II - por exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas;

III - pela prestação de serviço noturno.

Subseção I
Do Adicional Por Tempo de Serviço

Art. 83 O adicional por tempo de serviço será concedido a partir do 10º (décimo) ano de
efetivo exercício público municipal, na proporção de 1 (um) ponto percentual por cada ano
completo de trabalho, e daí por diante, anualmente e na mesma proporção, calculado sobre o
vencimento básico do cargo efetivo de que seja ocupante.
Parágrafo único. Para cálculo do adicional de que trata este artigo não se computarão
quaisquer outras vantagens pecuniárias, ainda que incorporadas ao vencimento para os
efeitos legais, exceto as vantagens pessoais.

Art. 83

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Art. 83 O adicional por tempo de serviço será concedido a partir do 10º (décimo) ano de
exercício em cargo de provimento efetivo, na proporção de 1 (um) ponto percentual por cada
ano completo de trabalho, e daí por diante, anualmente e na mesma proporção, calculado
sobre o vencimento básico do cargo efetivo de que seja ocupante.

§ 1º Não serão computados na contagem do tempo relacionado à concessão do adicional


de que trata este Art. vínculos anteriores que o servidor tenha tido com o Município,
considerando-se exclusivamente o período de tempo a partir da data em que o servidor entrou
em exercício no cargo efetivo

§ 2º Para cálculo do adicional de que trata este artigo, não serão computadas quaisquer
outras vantagens pecuniárias, ainda que incorporadas ao vencimento para os efeitos legais.
(Redação dada pela Lei nº 1522/2017)

Subseção II
Dos Adicionais Pelo Exercício de Atividades Insalubres, Perigosas ou Penosas

Art. 84.O servidor que trabalha habitualmente, em atividades insalubres ou perigosas, faz jus
a um adicional, de acordo com legislação específica.

Subseção III
Do Adicional Pela Prestação de Serviço Noturno

Art. 85.O serviço noturno, prestado no horário compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de
um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte, terá o valor/hora acrescidos de mais 25% (vinte
cinco por cento), computando-se cada hora com 52 (cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta)
segundos.

Parágrafo único. Em se tratando de serviço extraordinário, o acréscimo de que trata este


artigo incidirá sobre o valor da hora normal de trabalho, acrescido do respectivo percentual
extraordinário.

Seção VI
Da Estabilidade Econômica

Seção VI
Do Auxílio-reclusão (Redação dada pela Lei nº 1643/2020)

Art. 86 Ao servidor que tiver exercido por 10 (dez) anos contínuos ou não, cargo de
provimento temporário, é assegurada estabilidade econômica, que consiste no direito de
continuar a perceber no caso de exoneração ou dispensa, como vantagem pessoal, retribuição
equivalente a 30 (trinta por cento) do valor símbolo correspondente ao cargo de maior

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hierarquia que tenha exercido por mais de 2 (dois) anos ou a diferença entre o valor deste e o
vencimento do cargo de provimento permanente.
§ 1º O direito a estabilidade econômica se constitui com a exoneração ou dispensa do
cargo de provimento temporário, sendo o valor correspondente fixado neste momento.
§ 2º A vantagem pessoal por estabilidade econômica será reajustada sempre que houver
modificação no valor do símbolo em que for fixada, observando-se as correlações e
transformações estabelecidas em lei.
§ 3º O servidor beneficiado pela estabilidade econômica que vier ocupar outro cargo de
provimento temporário deverá optar, enquanto perdurar esta situação, entre a vantagem
pessoal adquirida e o valor da gratificação pertinente ao exercício do novo cargo.
§ 4º O servidor beneficiado pela estabilidade econômica que vier ocupar por mais de
2(dois) anos, outro cargo de provimento temporário, poderá obter a modificação do valor da
vantagem pessoal, passando esta a ser calculada com base no valor do símbolo
correspondente ao novo cargo.
§ 5º O valor da estabilidade econômica não servirá de base para calculo de qualquer
outra parcela remuneratória.
§ 6º Para os efeitos deste artigo será computado o tempo de:
a) exercício de cargo em comissão, direção chefia e assessoramento superior e
intermediário na administração direta, na autarquias e fundações;
b) exercício de funções de confiança formalmente instituídas nas empresas públicas e
nas sociedades de economia mista.
§ 7º A incorporação da vantagem pessoal, nas hipóteses do parágrafo anterior será
calculada e fixada com base no valor do símbolo correspondente ao cargo de provimento
temporário da administração direta, da autarquia e fundação onde seja o servidor lotado, que
mais se aproxime do percebido pelo mesmo, não podendo exceder o valor do símbolo
correspondente ao cargo de maior hierarquia.
§ 8º A concessão de estabilidade econômica, com a utilização de tempo de serviço
prestado na forma da alínea "b", § 6º, deste artigo, só poderá ocorrer findo o prazo do estágio
probatório.

Art. 86 Ao servidor que tiver exercido, após a posse em cargo efetivo, por 10 (dez) anos
contínuos ou não, cargo de provimento em comissão ou função de confiança por
gerenciamento e assessoramento é assegurada estabilidade econômica, nos seguintes
termos:
§ 1º A estabilidade econômica consiste no direito de continuar a receber, após a
exoneração do cargo ou função, como vantagem pessoal, a maior retribuição adicional que lhe
foi paga durante o exercício do cargo ou função, desde que percebida por mais de 2 (dois)
anos.
§ 2º Os direitos decorrentes da estabilidade econômica jamais poderão superar os
valores que o servidor receberia caso ainda estivesse em exercício no cargo ou função de
maior valor, que ocupou por mais de 2 (dois) anos.
§ 3º A vantagem pessoal por estabilidade econômica será reajustada sempre que houver
modificação no valor do símbolo em que for fixada, observando-se as correlações e
transformações estabelecidas em lei, limitando-se o seu valor à regra estabelecida no §
anterior.
§ 4º O servidor beneficiado pela estabilidade econômica que vier ocupar outro cargo em

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comissão ou função de confiança por gerenciamento e assessoramento, enquanto perdurar


esta situação, deverá optar entre a vantagem pessoal adquirida e o valor da gratificação
pertinente ao exercício do novo cargo.
§ 5º O servidor beneficiado pela estabilidade econômica que vier ocupar por mais de 2
(dois) anos, outro cargo em comissão ou função de confiança pelo gerenciamento e
assessoramento poderá obter a modificação do valor da vantagem pessoal, passando esta a
ser calculada com base no valor da sua nova remuneração adicional, nos termos do §§ 1º e 2º.
§ 6º O valor da estabilidade econômica não servirá de base para cálculo de qualquer
outra parcela remuneratória, integrando a remuneração de contribuição, para fins
previdenciários, por se tratar de vantagem pecuniária de natureza permanente.
§ 7º Para efeito deste artigo, também será computado o tempo de exercício de cargos em
comissão e funções de confiança formalmente instituídas na Administração Indireta do
Município de Camaçari, desde que atendidos os demais requisitos estabelecidos neste artigo.
§ 8º A concessão dos benefícios previstos neste artigo somente poderá ocorrer após
alcançada a estabilidade prevista no art. 24 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 1522/2017)

Art. 86. Farão jus ao benefício de auxílio-reclusão os dependentes do servidor de baixa


renda, recolhido à prisão, desde que o servidor ativo não esteja recebendo remuneração, nem
esteja em gozo de outro benefício previdenciário, obedecidas as mesmas condições da
pensão por morte.

§ 1º O auxílio-reclusão consistirá numa importância mensal igual ao valor da pensão por


morte que caberia aos dependentes do servidor, nos termos da Lei aplicável ao Regime
Próprio de Previdência Social dos servidores municipais.

§ 2º Considera-se servidor de baixa renda, para fins deste artigo, aquele que, na data do
recolhimento à prisão, receba remuneração bruta igual ou inferior ao limite fixado para o
Regime Geral de Previdência Social para o mesmo fim.

§ 3º O benefício será devido no caso de prisão provisória de qualquer espécie ou de


prisão penal decorrente de sentença condenatória transitada em julgado, independentemente
da natureza do ilícito cometido. (Redação dada pela Lei nº 1643/2020)

Art. 86-A O processo de concessão de auxílio-reclusão observará as normas previstas para a


habilitação à pensão nos termos da Lei aplicável ao Regime Próprio de Previdência Social dos
servidores municipais e será instruído com os seguintes documentos:

I - Certidão do auto de prisão em flagrante, do decreto da(s) prisão(ões) preventiva(s),


por pronúncia ou por sentença condenatória recorrível, ou do trânsito em julgado da sentença
condenatória;

II - Certidão, fornecida pelo órgão de pessoal, de que o servidor não vem recebendo
remuneração;

III - Certidão do recolhimento do segurado à prisão;

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IV - contracheque do servidor alusivo ao mês do recolhimento à prisão.

§ 1º O pagamento do benefício será devido a partir da data em que o servidor for


recolhido à prisão, quando deixará de perceber remuneração dos cofres públicos, e mantido
enquanto durar a privação de sua liberdade, fato este que será comprovado por meio de
atestados trimestrais, firmados pela autoridade competente.

§ 2º Cessará o beneficio para o dependente do servidor, demitido ou exonerado do


cargo.

§ 3º Suspender-se-á o pagamento do benefício quando da liberdade condicional, bem


como nas hipóteses de soltura ou fuga do servidor.

§ 4º Na hipótese de fuga do servidor, o benefício somente será restabelecido a partir da


data da recaptura ou da reapresentação à prisão, nada sendo devido aos seus dependentes
enquanto estiver o segurado evadido e pelo período da fuga.

§ 5º Se a pena privativa de liberdade for executada em regime aberto, ou mesmo em


regime semi-aberto, o benefício não será devido.

§ 6º Falecido o servidor na condição de detento ou recluso, o auxílio-reclusão poderá


convertido em pensão, aplicando-se, no que couber nos termos da Lei aplicável ao Regime
Próprio de Previdência Social dos servidores municipais. (Redação acrescida pela Lei
nº 1643/2020)

CAPÍTULO III
DAS FÉRIAS

Art. 87O servidor gozará por ano, obrigatoriamente, 30 (trinta) dias consecutivos de férias,
observado a escala que for organizada.

Art. 87 O servidor gozará, obrigatoriamente, 30 (trinta) dias de férias por ano, a critério da
administração e observada escala organizada pelo Órgão. (Redação dada pela Lei
nº 1522/2017)

§ 1º As férias serão reduzidas:

a) para 20 (vinte) dias quando o servidor houver faltado no período aquisitivo, mais de 10
(dez) dias;
b) para 10 (dez) dias quando o servidor houver faltado no período aquisitivo, mais de 20
(vinte) dias;
c) para 02 (dois) dias quando tiver faltado por mais de 30 (trinta) dias.

§ 2º O servidor que não optar pela época do gozo de suas férias, no prazo previsto, terá
as mesmas marcadas pela chefia imediata.

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§ 3º Não são consideradas faltas as ausências decorrentes de licença para tratamento de


saúde de 30 (trinta) dias e dentro do período aquisitivo.

§ 4º As férias serão concedidas nos 12 (doze) meses subsequentes à data em que o


servidor tiver adquirido o direito.

§ 5º Só fará jus ao gozo de férias, o servidor que completar 12 (doze) meses de


exercício.

§ 6º Desde que haja concordância do servidor e que não se caracterize a hipótese de


redução do § 1º deste artigo, as férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que
um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser
inferiores a cinco dias corridos, cada um. (Redação acrescida pela Lei nº 1522/2017)

§ 7º É vedado o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia de
repouso semanal remunerado. (Redação acrescida pela Lei nº 1522/2017)

Art. 88. Perderá o direito a férias o servidor que:

I - gozou licença sem vencimento por período igual ou superior a 6(seis) meses, dentro do
período aquisitivo;

II - estiver exercendo mandato de representação clarista;

II - estiver exercendo mandato de representação classista. (Redação dada pela Lei


nº 1522/2017)

II - for investido em mandato político incompatível com sua função.

Art. 89.A escala de que trata o artigo 87 poderá sofrer modificação a depender do interesse
da administração, ouvido a chefia imediata.

Art. 90. As férias somente poderão ser interrompidas uma única vez, por motivo de
calamidade pública, comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou por motivo de
superior interesse público.

Parágrafo único. Interrompidas as férias, na forma deste artigo, poderá o servidor gozar o
restante em outra oportunidade, observando o prazo estipulado no § 5º, do artigo 87.

Art. 91.Por motivo de promoção, transferência ou suspensão, o servidor em gozo de férias


não será obrigado a interrompê-las.

Art. 92.Ao ex-servidor exonerado que tenha adquirido o direito a férias em atividade, é
assegurado o recebimento integral em pecúnia.

Parágrafo único. É assegurado, também, ao ex-servidor exonerado o direito à

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remuneração relativa ao período incompleto de férias, na proporção de 1/12 (um doze avos)
por mês de serviço, considerando-se a fração igual ou superior a 15 (quinze) dias como mês
completo.

Art. 93. Independentemente de solicitação, será pago ao servidor, por ocasião da concessão
das férias, um adicional de 1/3 (um terço) da sua remuneração correspondente ao período de
gozo.

Art. 94.O servidor em regime de acumulação lícita de cargos perceberá o adicional de férias
calculado sobre o vencimento dos dois cargos.

CAPÍTULO IV
DAS LICENÇAS

Seção I
Disposições Gerais

Art. 95. Será concedida ao servidor licença:

I - para tratamento de saúde;

II - por motivo de doença em pessoa da família;

III - para cumprir serviços militares;

IV - para tratar de interesses particulares;

V - à gestante, à adotante e licença paternidade;

VI - prêmio;

VII - pelo exercício de mandato eletivo.

VIII - para frequentar curso de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado).


(Redação acrescida pela Lei nº 1787/2023)

§ 1º As licenças previstas nos incisos I e II serão precedidas de exame de saúde ou junta


médica oficial.

§ 2º O servidor não poderá permanecer em licença da mesma espécie por período


superior a 12 (doze) meses, salvo nos casos dos incisos I, II, III, IV e VII.

§ 2º O servidor não poderá permanecer em licença da mesma espécie por período


superior a 12 (doze) meses, salvo nos casos dos incisos I, II, III, IV, VII e VIII. (Redação dada
pela Lei nº 1787/2023)

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§ 3º É vedado o exercício de atividades remuneradas durante o período de licença


prevista nos incisos I, II, e V deste artigo, sob pena de ser cassada a licença.

§ 3º É vedado o exercício de atividades remuneradas durante o período de licença


prevista nos incisos I, II, V e VIII deste artigo, sob pena de ser cassada a licença. (Redação
dada pela Lei nº 1787/2023)

§ 4º As licenças previstas nos incisos IV, VI e VII, só poderão ser concedidas a


servidores estáveis.

§ 4º As licenças previstas nos incisos IV, VI, VII e VIII só poderão ser concedidas a
servidores estáveis. (Redação dada pela Lei nº 1787/2023)

Art. 96. A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias do término de outra da mesma
espécie será considerada prorrogação.

Art. 97. Ressalvadas a exceções previstas neste Estatuto, o servidor em gozo de licença não
contará tempo para qualquer efeito.

Art. 98. Serão consideradas como faltas injustificadas os dias em que o servidor deixar de
comparecer ao serviço, caso se recuse a submeter-se a exame de saúde, cessando o efeito
logo que se verifique o exame.

Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica no caso previsto no Parágrafo
único do artigo 160.

Seção II
Da Licença Para Tratamento de Saúde

Art. 99 A concessão de licença para tratamento de saúde, de doença profissional ou


decorrente de acidente do trabalho obedecerá o que está previsto na legislação previdenciária
do município.

Art. 99. A licença para tratamento de saúde será devida ao servidor que ficar incapacitado
para o seu trabalho por mais de quinze dias consecutivos e será concedida, a pedido ou de
ofício, sempre com base em inspeção médica realizada pela Junta Médica Oficial que definirá
o prazo de afastamento.

§ 1º Findo o prazo do benefício, o servidor será submetido à nova inspeção médica, que
concluirá pela volta ao serviço, pela prorrogação da licença, pela readaptação ou pela por
aposentadoria por incapacidade permanente para o trabalho

§ 2º É de responsabilidade do Município de Camaçari o pagamento da sua remuneração


do servidor que estiver em licença para tratamento de saúde.

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§ 3º Não será concedida licença para tratamento de saúde ao servidor que, ao ser
empossado no serviço público municipal, seja portador de doença ou de lesão já pré-existente,
salvo quando a incapacidade decorrer de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão,
devidamente comprovada por médico perito integrante da Junta Médica Oficial do Município.

§ 4º A concessão da licença para tratamento de saúde respeitará as regras de carência


estabelecidas para o Regime Geral de Previdência Social. (Redação dada pela Lei
nº 1643/2020)

Art. 100 A licença para tratamento de saúde será concedida com vencimento básico, pelo
prazo máximo de 24(vinte e quatro) meses, a critério da administração, ouvida ajunta médica
oficial.

Art. 100.A licença para tratamento de saúde será concedida com base na média aritmética
simples dos últimos 12 (doze) salários-de-contribuição do servidor, inclusive em caso de
remuneração variável, ou, se não alcançado o número de 12 (doze), a média aritmética
simples dos salários-de-contribuição existentes.

Parágrafo único. Excepcionalmente, se a licença para tratamento de saúde for concedida


nos casos de acidente de trabalho, de doença profissional ou de doença do trabalho, assim
definidos pela legislação previdenciária municipal após perícia médica pela Junta Médica
Oficial, será assegurado ao servidor a percepção da média aritmética simples das 12 (doze)
últimas remunerações ou, se não alcançado o número de 12 (doze), a média aritmética
simples das remunerações existentes. (Redação dada pela Lei nº 1643/2020)

Art. 101 O servidor que em virtude de doença, ficar incapacitado para o exercício de qualquer
cargo público, poderá licenciar-se, com vencimento básico, pelo prazo máximo de 24 (vinte e
quatro) meses, a critério da administração, ouvida ajunta médica oficial.
§ 1º Findo o prazo previsto neste artigo, e perdurando a incapacidade, o servidor será
aposentado, qualquer que seja seu tempo de serviço, após submeter-se a exame de saúde
comprobatório.
§ 2º Para comprovação de doença profissional e de acidente do trabalho, serão adotados
os critérios da legislação específica.

Art. 101. O servidor que, durante o gozo da licença para tratamento de saúde vier a exercer
atividade que lhe garanta subsistência, terá o benefício cancelado, exceto se comprovado, por
perícia médica, que a incapacidade decorrente da moléstia que gerou o benefício é
compatível com o exercício da atividade diversa daquela. (Redação dada pela Lei
nº 1643/2020)

Art. 102 Aposentado na forma prevista no § 1º, do artigo 101, o servidor, à juízo de uma junta
médica do sistema municipal de saúde, será submetido à avaliações periódicas de saúde, pelo
prazo máximo de 36 (trinta e seis) meses, revertendo ao serviço ativo, uma vez cessada a
incapacidade.

Art. 102.

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Art. 102. Caso o prazo da licença, ou somatórios de licenças decorrentes da mesma doença,
seja igual ou superior a um ano, o servidor deverá ser submetido, a cada período de 12 (doze)
meses de licença a nova avaliação pela Junta Médica Oficial, ocasião na qual poderá ser
prorrogada a licença ou indicado o retorno do mesmo ao trabalho;

Parágrafo único. O não comparecimento do servidor à avaliação da Junta Médica Oficial


implicará na cessação imediata do benefício, sem prejuízo da instauração de processo
administrativo disciplinar, somente podendo ser restabelecido o benefício após o devido
comparecimento e obtenção de parecer favorável por parte da Junta Médica Oficial. (Redação
dada pela Lei nº 1643/2020)

Art. 103 Será interrompida a licença do servidor, desde que, submetido a exame de saúde,
seja julgado apto para o exercício do cargo.

Art. 103. Observada a legislação previdenciária municipal, o servidor em licença para


tratamento de saúde que seja considerado pela Junta Médica Oficial insusceptível de
readaptação para exercício do seu cargo ou de outro de atribuições e atividades compatíveis
com a limitação que tenha sofrido, respeitada a habilitação exigida, será aposentado por
incapacidade permanente para o trabalho. (Redação dada pela Lei nº 1643/2020)

Seção III
Da Licença Por Motivo de Doença em Pessoa da Família

Art. 104. O servidor poderá obter licença por motivo de doença dos pais, do cônjuge,
companheiro (a) filho legítimo, adotivo ou enteado, com vencimento do cargo do qual é
ocupante.

§ 1º A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispensável


e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo.

§ 2º Provar-se-á a doença mediante inspeção médica realizada pelo órgão médico


competente.

§ 3º Se a doença não ficar comprovada na inspeção médica, os dias não trabalhados


serão considerados faltas justificadas.

§ 4º O serviço social emitirá laudo conclusivo sobre a presença indispensável do servidor


na assistência à pessoa doente.

A licença de que trata o artigo 104, terá vencimento nos primeiros 15 (quinze) dias e,
Art. 105.
havendo necessidade de sua prorrogação, será transformada em licença sem vencimento.

Parágrafo único. Para concessão deste beneficio serão computados os períodos


alternativos ou ininterruptos da mesma espécie, concedidos no período de 12 (doze) meses
anteriores ao seu requerimento.

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Art. 106. Se a pessoa houver adoecido fora dos limites do município, poderá a inspeção
realizar-se no posto de saúde da localidade em que se encontra, ficando o servidor obrigado a
comunicar o ocorrido ao seu chefe imediato no dia em que começar a faltar.

Seção IV
Da Licença Para Cumprir Serviços Militares

Art. 107. Ao servidor que for convocado para serviço militar ou outros encargos de segurança
nacional, será concedido licença à vista do documento oficial.

§ 1º Sendo o serviço militar prestado em Tiro de Guerra local, o servidor perceberá seus
vencimentos.

§ 2º Quando o serviço militar for prestado na qualidade de incorporado, o servidor poderá


optar pelos vencimentos do cargo ou as vantagens do serviço militar.

Art. 108.O servidor desincorporado reassumirá dentro de 5 (cinco) dias o exercício do seu
cargo, sob pena de perda dos vencimentos e, se a ausência exceder a 30 (trinta) dias, de
demissão por abandono de cargo.

Parágrafo único. Quando a desincorporação se verificar fora do Estado da Bahia ser-lhe-


á concedido um prazo de 20 (vinte) dias para que reassuma o cargo, sem prejuízo dos
vencimentos.

Art. 109. Ao servidor oficial da reserva das Forças Armadas será também concedida a
licença, com vencimentos, durante os estágios previstos pelos regulamentos militares, quando
pelo serviço militar não perceber qualquer vantagem pecuniária.

Parágrafo único. Quando o estágio for remunerado assegurar-se-lhe-á o direito de opção.

Seção V
Da Licença Para Tratar de Interesse Particular

Art. 110. A critério da Administração, poderá ser concedida ao servidor ocupante de cargo
efetivo, desde que não esteja em estágio probatório, licença para tratar de assuntos de
interesse particular, pelo prazo de até 2(dois) anos consecutivos, sem vencimento, prorrogável
uma única vez, por período não superior a esse limite.

§ 1º O servidor aguardará em exercício o despacho decisório do pedido de licença.

§ 2º A o servidor ocupante de cargo em comissão não será concedido a licença de que


trata o caput deste artigo.

Art. 111.

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Art. 111. Não se concederá nova licença antes de decorridos 2(dois) anos do término da
anterior ou, de sua prorrogação.

Art. 112. A qualquer tempo o servidor poderá ser convocado a assumir o exercício ou, à
pedido, desistir da licença.

Seção VI
Da Licença à Gestante, à Adotante e Licença Paternidade

Art. 113 À funcionária gestante será concedida, mediante exame de saúde, licença de 120
(cento e vinte) dias, sem prejuízo de sua remuneração.

Art. 113 À funcionária gestante será concedida, mediante exame de saúde, licença de 180
(cento e oitenta) dias, sem prejuízo de sua remuneração. (Redação dada pela Lei
nº 1522/2017)
§ 1º Salvo prescrição médica em contrário, a licença poderá ser concedida a partir do 8º
(oitavo) mês de gestação.
§ 2º Ocorrido e comprovado o parto, sem que tenha sido requerida a licença, a
funcionária entrará, automaticamente, em licença pelo prazo previsto neste artigo.
§ 3º Até que a criança complete 6 (seis) meses de idade, a funcionária terá direito a dois
descansos especiais de 1/2 (meia) hora cada, previamente definidos junto ao superior
imediato, para amamentação de seu filho.

Art. 113. À servidora gestante será concedida licença de 180 (cento e oitenta) dias, sem
prejuízo de sua remuneração.

§ 1º No caso de natimorto ou aborto será concedida licença de 30 (trinta) dias para


tratamento de saúde.

§ 2º A licença à gestante será concedida, compulsoriamente, a partir da 36ª (trigésima


sexta) semana gestacional, quando, por recomendação médica, a servidora tiver que se
afastar do trabalho por período superior a 3 (três) dias.

§ 3º Ocorrido e comprovado o parto mediante apresentação da certidão de nascimento


do filho(a) da servidora, sem que tenha sido requerida a licença, a funcionária entrará,
automaticamente, em licença pelo prazo previsto neste artigo.

§ 4º Até que a criança complete 6 (seis) meses de idade, a funcionária terá direito a dois
descansos especiais de 30 (trinta) minutos cada, previamente definidos junto ao superior
imediato, para amamentação de seu filho. (Redação dada pela Lei nº 1643/2020)

Art. 114 No caso de natimorto ou aborto será concedida licença de 30 (trinta) dias para
tratamento de saúde.

Art. 114. Durante a licença prevista no artigo anterior será assegurada a percepção integral da

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remuneração a que fizer jus a servidora na data de concessão de licença, inclusive parcelas
decorrentes de adicionais, gratificações, exercício de cargo de confiança ou função de
gerenciamento e assessoramento, excluindo-se apenas as parcelas de caráter indenizatório.

Parágrafo único. Quando a remuneração da servidora for integrada por parcelas


variáveis, será considerada a média dos últimos 12 (doze) meses anteriores à licença ou, se
não alcançado o número de 12 (doze), a média aritmética simples das remunerações
existentes.
(Redação dada pela Lei nº 1643/2020)

Art. 115 A funcionária que adotar ou obtiver guarda judicial de criança de 1 (um) até 7 (sete)
anos de idade será concedido 60 (sessenta) dias de licença para ajustamento do adotado ao
novo lar.

Art. 115.A servidora que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção fará jus à
licença-maternidade pelos seguintes períodos:

I - 180 (cento e oitenta) dias, se a criança tiver menos de 1 (um) ano de idade;

I - 120 (cento e vinte) dias, se a criança tiver menos de 1(um) ano de idade;

II - 90 (noventa) dias, se a criança tiver entre 1 (um) e 4 (quatro) anos de idade;

III - 30 (trinta) dias, se a criança tiver de 4 (quatro) a 8 (oito) anos de idade.

Parágrafo único. O benefício de que trata este artigo será deferido somente mediante
apresentação de termo judicial de guarda à adotante ou guardiã. (Redação dada pela Lei
nº 1643/2020)

Art. 116 Pelo nascimento do filho, o pai terá direito à licença paternidade de 5 (cinco) dias.

Pelo nascimento do filho, o pai terá direito à licença paternidade de 20 (vinte) dias.
Art. 116.
(Redação dada pela Lei nº 1643/2020)

Seção VIII
Da Licença Para Frequentar Cursos de Pós-graduação Stricto Sensu (Redação acrescida pela
Lei nº 1787/2023)

Art. 116-A Será concedida ao servidor efetivo, no interesse da Administração e desde que a
participação não possa ocorrer simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante
compensação de horário, licença, com a respectiva remuneração, para participar de programa
de pós-graduação stricto sensu (mestrado ou doutorado) em instituição de ensino superior no
País ou no Exterior.

§ 1º Para a concessão da licença prevista no caput, o programa de pós-graduação stricto

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sensu (mestrado ou doutorado) deve necessariamente guardar correlação com a formação


profissional do servidor e com as atribuições legalmente definidas para o cargo que ocupa.

§ 2º A licença somente será concedida aos servidores titulares de cargos efetivos no


respectivo órgão ou entidade há pelo menos 3 (três) anos para mestrado e 4 (quatro) anos
para doutorado, incluído o período de estágio probatório, que não tenham se afastado pelas
licenças previstas nos incisos IV, VI e VIII do art. 95 dessa Lei nos 2 (dois) anos anteriores à
data da solicitação de afastamento.

§ 3º Em se tratando de programas de pós-doutorado, poderá, mediante autorização


expressa do Chefe do Poder Executivo, ser concedida a licença prevista neste artigo, somente
em benefício de servidores titulares de cargos efetivos no respectivo órgão ou entidade há
pelo menos 4 (quatro) anos, incluído o período de estágio probatório, que não tenham se
afastado pelas licenças previstas nos incisos IV, VI e VIII do art. 95 dessa Lei, nos quatro anos
anteriores à data da solicitação de afastamento.

§ 4º Os servidores beneficiados pela licença prevista neste artigo terão que permanecer
no exercício de suas funções após o seu retorno por um período igual ao do afastamento
concedido.

§ 5º Caso o servidor venha a solicitar exoneração do cargo ou aposentadoria, antes de


cumprido o período de permanência previsto no § 4º deste artigo, deverá ressarcir o órgão ou
entidade, restituindo todos os valores recebidos em virtude da licença que lhe for concedida.

§ 6º Caso o servidor não obtenha o título ou grau que justificou seu afastamento no
período previsto, aplica-se o disposto no § 5º deste artigo, salvo na hipótese comprovada de
força maior ou de caso fortuito, a critério do dirigente máximo do órgão ou entidade.

§ 7º Em se tratando da participação em programa de pós-graduação no Exterior ou de


programa de pós-doutorado, a concessão da licença dependerá de autorização do Chefe do
Poder Executivo. (Redação acrescida pela Lei nº 1787/2023)

Art. 116-B A licença prevista no artigo anterior apenas será concedida se não for possível a
fixação de horário especial para a jornada do servidor que esteja frequentando curso de pós-
graduação stricto sensu.

§ 1º O horário especial a que se refere ao caput será fixado em favor do servidor efetivo
quando ficar devidamente comprovada a incompatibilidade entre o horário da sua jornada
acadêmica e a que esteja submetido no órgão ou entidade a que esteja vinculado, desde que
não haja prejuízo ao exercício do cargo.

§ 2º Para efeito do disposto neste artigo, será exigida a compensação de horários no


órgão ou entidade a que o servidor esteja vinculado, assim como a observância da duração da
jornada de trabalho semanal obrigatória.

§ 3º O servidor que pretender se beneficiar com o horário especial previsto neste artigo

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deverá requerer a adequação da sua carga horária obrigatória à chefia do órgão ou entidade a
que estiver vinculado.

§ 4º Em se tratando de servidor que integre o Magistério Público Municipal, o servidor


deverá requerer a adequação da sua carga horária obrigatória à Direção da Unidade Escolar,
durante o período das férias regulares ou do recesso escolar.

§ 5º Somente poderá ser concedido o horário especial com a devida comprovação da


incompatibilidade absoluta entre o horário do curso a ser realizado pelo servidor e o
determinado para o desempenho das suas atividades funcionais.

§ 6º Para ser concedido o horário especial o servidor deverá comprovar a efetivação da


matrícula no curso.

§ 7º Após a concessão do horário especial de que trata este artigo, o servidor deverá
comprovar semestralmente o cumprimento da frequência no curso. (Redação acrescida pela
Lei nº 1787/2023)

Art. 116-C Para a concessão da licença prevista no art. 116-A deverão ser atendidos os
seguintes requisitos:

I - a aprovação do servidor em processo seletivo especialmente instaurado pela


instituição em que se realizará o curso de pós-graduação em nível de mestrado ou doutorado;

II - o curso deverá ter correlação direta com a formação profissional imprescindível para o
exercício do cargo;

III - o curso deverá ter correlação com as atribuições definidas em Lei para o cargo
ocupado pelo servidor;

IV - a participação do servidor no curso deverá contribuir para a melhoria da qualidade no


desempenho das suas atribuições;

V - em se tratando de servidor que integre o Magistério Público Municipal, a liberação


não deverá interferir no cumprimento do calendário escolar da respectiva unidade onde o
servidor desenvolve as atividades educacionais;

VI - o afastamento do servidor não deverá ensejar a sua substituição por profissional


estranho ao quadro permanente do servidores públicos municipais;

VII - o afastamento do servidor deverá atender ao interesse da Administração.

§ 1º O curso de pós-graduação, em nível de mestrado ou doutorado, deve ser promovido


por instituições públicas ou privadas, nacionais, devidamente credenciadas pelo Ministério da
Educação - MEC, ou estrangeiras.

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§ 2º A comprovação da correlação direta entre o curso que o servidor pretende realizar e


a formação profissional imprescindível para o cargo que ocupa será feita mediante o cotejo
entre o curso de pós-graduação stricto sensu e a graduação plena para o exercício do cargo
que ocupa. (Redação acrescida pela Lei nº 1787/2023)

Art. 116-D A concessão da licença prevista no art. 116-A não poderá:

I - ensejar a substituição do servidor por profissional estranho ao quadro permanente de


servidores do órgão ou entidade;

II - em se tratando de servidor que integre o Magistério Público Municipal, interferir no


cumprimento do calendário escolar da unidade onde o servidor desenvolve as atividades
educacionais ou técnicas. (Redação acrescida pela Lei nº 1787/2023)

Art. 116-E O servidor que pretender obter a licença para cursar pós-graduação, em nível de
mestrado e doutorado, sem prejuízo das vantagens do cargo que ocupa, deverá firmar termo
de compromisso de permanecer por período igual àquele do afastamento, contados a partir da
conclusão da licença, no exercício das atividades educacionais no Sistema Público Municipal,
ou de ressarcir ao Município as despesas decorrentes do pagamento da remuneração durante
o período em que esteve afastado.

Parágrafo único. Ao servidor beneficiado com a licença para cursar pós-graduação stricto
sensu, sem prejuízo das vantagens do cargo que ocupa, não será concedida exoneração,
licença para tratar de interesse particular ou aposentadoria antes de decorrido período igual ao
do afastamento, ressalvada a hipótese de ressarcimento das despesas correspondentes.
(Redação acrescida pela Lei nº 1787/2023)

Art. 116-FO requerimento do servidor que tenha por objeto a concessão de licença para
cursas pós-graduação stricto sensu, em nível de mestrado ou doutorado, deverá estar
acompanhado dos seguintes documentos:

I - comprovação da classificação do servidor no processo seletivo especialmente


instaurado pela instituição em que se realizará o curso de pós-graduação em nível de
mestrado ou doutorado;

II - declaração de aceito do servidor como aluno regular no curso, emitido pelo Programa
de Pós-Graduação;

III - termo de compromisso previsto no art. 116-E desta Lei; e

IV - cópia do diploma de graduação plena do servidor.

Parágrafo único. Tratando-se de curso a ser ministrado por instituições estrangeiras ou


realizados em outros países, os documentos referidos nos incisos I e II deste artigo, que não
tiverem sido lavrados em português, deverão estar acompanhados da respectiva tradução
feita por tradutor juramentado. (Redação acrescida pela Lei nº 1787/2023)

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Art. 116-G A competência para conceder a licença para frequentar curso de pós-graduação
stricto sensu (mestrado e doutorado) é do Secretário Municipal a que esteja vinculado o órgão
ou entidade no qual o servidor esteja lotado.

§ 1º Após a concessão da licença, o servidor deverá comprovar semestralmente o


cumprimento da frequência com aproveitamento no curso, sob pena de suspensão imediata da
autorização do afastamento, com a respectiva devolução dos valores percebidos
indevidamente no período.

§ 2º O servidor apenas poderá se afastar das suas atividades após a publicação do ato
de deferimento da licença no Diário Oficial do Município.

§ 3º Para que possa ser concedida a licença, o servidor não poderá ter, em sua vida
funcional, registro de faltas injustificadas nos últimos 5 (cinco) anos ou penalidades aplicadas.
(Redação acrescida pela Lei nº 1787/2023)

Art. 116-HAo servidor que esteja no exercício de cargo comissionado não será concedida a
licença para frequentar cursos de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado).
(Redação acrescida pela Lei nº 1787/2023)

Art. 116-IA licença prevista no art. 116-A apenas será concedida ao servidor que tenha
cumprido o estágio probatório e que esteja, no máximo, a 5 (cinco) anos de atingir a idade
mínima para aposentadoria. (Redação acrescida pela Lei nº 1787/2023)

Art. 116-JA liberação do servidor para cursar pós-graduação, sem prejuízo das vantagens do
cargo, poderá ser concedida pelos seguintes prazos:

I - até 02 (dois) anos para mestrado; e

II - até 04 (quatro) anos para doutorado.

Parágrafo único. Somente depois de decorrido, no mínimo, 02 (dois) anos do retorno do


servidor às suas atividades após o afastamento para realização de curso de pós-graduação,
poderá ser permitida nova liberação do servidor para outro curso de pós-graduação. (Redação
acrescida pela Lei nº 1787/2023)

Art. 116-KA constatação de qualquer irregularidade no procedimento que der origem à licença
do servidor para frequentar curso de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado),
ensejará a apuração de responsabilidade, em processo administrativo disciplinar, e, conforme
o caso, em restituição à Fazenda Pública Municipal dos valores despendidos a qualquer título
e em devolução, pelo beneficiário, dos valores recebidos indevidamente, calculados com base
na remuneração correspondente à da data da devolução. (Redação acrescida pela Lei
nº 1787/2023)

Art. 116-L A Secretaria de Administração expedirá os atos necessários ao fiel cumprimento

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desta Lei. (Redação acrescida pela Lei nº 1787/2023)

Seção VII
Da Licença Prêmio (regulamentada Pela Lei nº 1310/2013)

Art. 117. O servidor efetivo terá direito a concessão de 3 (três) meses de licença-prêmio a
cada período de 5 (cinco) anos ininterruptos de exercício, neste município, de cargo de
provimento efetivo, desde que, não haja sofrido quaisquer das penalidades administrativas
previstas neste Estatuto.

Parágrafo único. O servidor que se encontrar à disposição de outro órgão, entidade ou


outra esfera de governo, com o seu retomo, será computado o seu tempo para efeito do
benefício de licença prêmio.

Art. 118. Não se consideram interrupção do exercício para fins de concessão da licença-
prêmio, os afastamentos enumerados no artigo 125.

Art. 119.Não se concederá licença-prêmio ao servidor no período aquisitivo, ou que afastar-


se do cargo em virtude:

I - licença por motivo de doença em pessoa da família;

II - licença para tratamento de interesses particulares;

III - desempenho de mandato eletivo e classista.

§ 1º As interrupções do exercício para efeito da licença de que trata o artigo 117 deverão
ser compensadas, em dias, em igual proporção das mesmas pelos servidores, desde que
decorrentes de:

a) licença para tratamento de saúde,


b) faltas, justificadas ou não, até 30 (trinta) dias, observado o limite de 5 (cinco) faltas
injustificadas,
c) motivo de greve, julgado ilegal.

§ 2º O período de compensação deverá ser igual ao que faltar para a complementação de


5 (cinco) anos e não será computado para a concessão de outra licença-prêmio, de novo
período aquisitivo.

§ 3º O disposto no inciso II, deste artigo, interromperá o prazo para a aquisição da


licença-prêmio, ficando, entretanto, assegurada a contagem a que fizer jus o servidor do
período imediatamente anterior.

Art. 120. Durante o gozo de licença prêmio, o servidor terá assegurado o recebimento integral
das gratificações percebidas, ininterruptamente, há mais de seis meses, salvo as relativas ao

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exercício de cargo em comissão ou função de confiança.

Art. 121. A concessão de licença-prêmio será processada e formalizada pelo órgão de


Recursos Humanos, depois de verificados se foram preenchidos todos os requisitos
legalmente exigidos e, se a respeito do pedido se manifestaram favoravelmente, quanto à
oportunidade, o chefe imediato onde o servidor exercer suas funções.

§ 1º O pedido de licença-prêmio será decidido no prazo máximo de 60 (sessenta) dias,


contados da sua autuação.

§ 2º O despacho decisório só será proferido depois de relatado no expediente todo o


tempo de serviço prestado pelo interessado ao Município de Camaçari com a menção de
todas as ausências e sua natureza.

§ 3º O servidor aguardará, em exercício, a expedição do ato de concessão da licença.

§ 4º O órgão de Recursos Humanos providenciará o imediato envio da cópia do ato de


concessão à unidade que o servidor estiver lotado.

CAPÍTULO V
DAS CONCESSÕES

Art. 122. Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço:

I - por um dia para doação de sangue;

II - por um dia para alistar-se, quando eleitor;

III - por um dia para alistamento militar;

IV - por cinco dias consecutivos em decorrência de:

a) casamento;
b) falecimento de cônjuge, companheiro (a), pais - biológicos ou adotivos - filhos
legítimos ou legitimados, menor sob a guarda ou tutela e irmãos.

Art. 123.Poderá ser concedido horário especial ao servidor estudante quando comprovado a
incompatibilidade do horário escolar com o da repartição, sem prejuízo do exercício do cargo.

Parágrafo único. Para efeito do disposto neste artigo será exigida a compensação de
horário na repartição, respeitada a duração semanal do trabalho.

CAPÍTULO VI
DO TEMPO DE SERVIÇO

Art. 124. A apuração do tempo de serviço será feita em dias.

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Parágrafo único. O número de dias será convertido em anos, considerando-se ano o


período de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias.

Art. 125. Além das ausências ao serviço previstas no artigo 95, será considerado de efetivo
exercício o período em que o servidor estiver afastado em virtude de:

I - exercício de cargo de provimento em comissão, inclusive em Autarquia ou Entidade


Municipal e Fundação;

II - férias;

III - exercício de mandatos em cargos de entidades autárquicas ou paraestatais, por


eleição ou nomeação do Prefeito ou da Câmara Municipal;

IV - convocação para a prestação de serviços obrigatórios por lei, desde que verificada a
incompatibilidade de horários;

V - licença por motivo de acidente em serviço ou doença profissional;

VI - licença à funcionária gestante ou adotante;

VII - licença paternidade,

VIII - missão ou estudo de interesse público do município noutros pontos do território


nacional ou no exterior, quando o afastamento houver sido expressamente autorizado pelo
Prefeito;

IX - participação em delegações esportivas ou culturais, pelo prazo oficial de convocação,


devidamente autorizado pelo Prefeito;

X - exercício de função de confiança ou cargo em comissão do Governo ou Administração


por nomeação do Presidente da República ou Governador do Estado,

XI - afastamento por processo disciplinar, se o servidor for declarado inocente ou se a


punição se limitar à pena de advertência;

XII - prisão, se ocorrer, ao final, soltura, por haver sido reconhecida a ilegalidade da
medida ou a improcedência da imputação;

XIII - exercício de função em sociedade de economia mista da qual o município seja o


maior acionista, desde que designado pelo Prefeito ou pela Câmara Municipal;

XIV - o tempo em que o servidor permanecer em disponibilidade remunerada;

XV - as faltas ao serviço previstas no artigo 53.

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XVI - exercício de mandato eletivo.

Art. 126. Para efeito de aposentadoria e disponibilidade, será computado integralmente.

I - o tempo de serviço público federal, estadual ou municipal, para disponibilidade;

II - o tempo de contribuição federal, estadual e municipal, para aposentadoria;

III - o período de serviço ativo nas Forças Armadas, em tempo de paz;

IV - o tempo em que o servidor esteve afastado em licença para tratamento da própria


saúde;

V - o tempo em que o servidor estiver afastado em licença para exercício de cargo


eletivo.

Art. 127 Serão contados, para todos os efeitos:


I - simplesmente:
a) o tempo de serviço prestado ao município e às suas autarquias, qualquer que tenha
sido a forma de nomeação ou admissão do servidor, desde que pago pelos cofres públicos
municipais.

Art. 127 Para efeitos de aposentadoria, será contado o tempo de serviço prestado ao
Município e as suas Autarquias, quando caracterizado vínculo direto com o Município.
(Redação dada pela Lei nº 1522/2017) (Revogado pela Lei nº 1582/2019)

Art. 128.É vedada a acumulação de tempo concorrente ou simultaneamente prestado em


dois ou mais cargos da União, Estados, Municípios e Autarquias, nos termos da Constituição
Federal.

Parágrafo único. São disciplinadas pela lei previdenciária municipal as aposentadorias e


pensões dos servidores públicos do Município e do Poder Legislativo, assim como os das
autarquias e fundações municipais, salvo as disposições previstas na legislação específica.

CAPÍTULO VII
DO DIREITO DE PETIÇÃO

É assegurado ao servidor o direito de requerer ou representar aos poderes públicos,


Art. 129.
em defesa de direito ou de interesse legítimo:

I - o requerimento será dirigido à autoridade competente para decidi-lo e encaminhado


por intermédio daquela à que estiver imediatamente subordinado o requerente,

II - cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou proferido a


primeira decisão, não podendo ser renovado.

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Art. 130. Caberá recurso:

I - do indeferimento do pedido de reconsideração;

II - das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos.

§ 1º O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver expedido o


ato ou proferido a decisão, sucessivamente, em escala ascendente, às demais autoridades.

§ 2º O recurso será encaminhado por intermédio da autoridade a que estiver


imediatamente subordinado o requerente.

Art. 131. O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou recurso é de 30 (trinta)


dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão recorrida.

Art. 132.O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, à juízo da autoridade
competente.

Parágrafo único. Em caso de provimento do pedido de reconsideração ou de recurso, os


efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado.

Art. 133. O direito de pleitear, na esfera administrativa, prescreverá:

I - em 5 (cinco) anos quanto aos atos de que decorrerem demissão, cassação de


aposentadoria ou de disponibilidade;

II - em 120 (cento e vinte) dias nos demais casos, salvo outro prazo fixado em lei.

Parágrafo único. O prazo de prescrição contar-se-á da data em que o interessado tomar


ciência, por escrito, do ato impugnado ou da data de sua publicação.

Art. 134. O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a


prescrição.

§ 1º Interrompida a prescrição, o prazo recomeçará a correr pelo restante, no dia em que


cessar a interrupção.

§ 2º É assegurado ao servidor ou a procurador por ele constituído o direito de vista de


processo administrativo em que seja parte.

Art. 135. São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste capítulo.

Parágrafo único. A administração a qualquer tempo deverá rever seus atos quando der
causa à ilegalidade.

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TÍTULO IV
DO REGIME DISCIPLINAR

CAPÍTULO I
DOS DEVERES

Art. 136.São deveres dos servidores, além dos que lhes cabem, em virtude do seu cargo e
dos que decorrerem, em geral de sua condição de servidores públicos:

I - ser assíduo e pontual;

II - executar os serviços que lhe competirem e desempenhar com zelo e dedicação os


trabalhos que lhe forem incumbidos;

III - cumprir as determinações superiores exceto quando forem manifestamente ilegais,

IV - tratar com urbanidade os colegas e as partes,

V - zelar pela economia e conservação do material que lhe for confiado;

VI - atender prontamente à expedição das certidões requeridas para a defesa do direito e


esclarecimento
de situações,

VII - atender, com preferência a qualquer outro serviço, às requisições de papeis,


informações ou providências que lhe forem feitas para defesa da Fazenda Municipal ou do
Município em juízo;

VIII - apresentar-se ao serviço em boas condições de asseio e convenientemente trajado


ou o uniforme que lhe for determinado;

IX - manter o espírito de cooperação e solidariedade com os colegas de trabalho,

X - guardar sigilo sobre assunto da administração;

XI - comunicar aos superiores sobre as irregularidades de que tiver conhecimento;

XII - frequentar curso legalmente instituído, para aperfeiçoamento e especialização,

XIII - sugerir providências tendentes à melhoria dos serviços;

XIV - providenciar para que esteja sempre em ordem no assentamento individual, a


declaração de família;

XV - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.

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Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XV será encaminhada pela via
hierárquica e obrigatoriamente apreciada pela autoridade contra a qual é formulada.

CAPÍTULO II
DAS PROIBIÇÕES

Art. 137. Ao servidor é proibido:

I - referir-se publicamente, de modo depreciativo, às autoridades constituídas ou aos atos


da Administração, podendo, todavia, em trabalho devidamente assinado, apreciá-los do ponto
de vista administrativo, com o fito de colaboração e cooperação;

II - criticar, em informação, parecer ou despacho, as autoridades e os atos administração;

III - retirar, sem prévia permissão da autoridade competente, qualquer documento ou


objeto da repartição.

IV - valer-se da sua qualidade de servidor para obter proveito pessoal, para si ou para
outrem;

V - exercer comércio entre os colegas de serviço dentro da repartição,

VI - praticar usura em qualquer de suas formas;

VII - representar, como procurador ou intermediário, os interesses de terceiros junto às


repartições pública municipais, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou
assistenciais de cônjuge, companheiro (a) ou parente até segundo grau;

VIII - cometer a pessoas estranhas a repartição e permitir, fora dos casos previstos em
lei, desempenho de encargo que lhe competir ou a seus subordinados;

IX - exercer quaisquer atividades incompatíveis com o exercício do cargo e com o horário


de trabalho;

X - empregar pessoal ou material do serviço público em atividade particulares;

XI - fazer circular ou subscrever rifas ou listas de donativos no recinto da repartição em


beneficio particular,

XII - coagir ou aliciar servidores, subordinados ou não com objetivos de natureza político-
partidária;

XIII - eximir-se do cumprimento de seus deveres por motivo de crença religiosa,


convicção filosófica ou política;

XIV - receber de terceiros, qualquer vantagem por trabalhos realizados na repartição ou

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por promessa de realizá-los;

XV - incontinência pública ou escandalosa, prática de jogos proibidos, embriaguez


habitual ou em serviço, uso e tráfico de entorpecentes,

XVI - insubordinação grave em serviço ou em repartição,

XVII - pedido de dinheiro ou quaisquer valores, por empréstimo, à pessoas que tratem de
interesse ou os tenha nas repartições municipais, ou estejam, à sua fiscalização;

XVIII - ofensas físicas ou ameaças graves, em serviço ou em razão dele, a colega ou


particulares, salvo se em legítima defesa;

XIX - revelação de assunto sigiloso de que tenha conhecimento em razão do cargo ou


função, desde que faça dolosamente ou com prejuízo para o Município ou particulares;

XX - pedir ou conceder, sem motivo justo, atendimento ou andamento prioritário a


qualquer expediente.

Art. 138. É ainda proibido ao servidor:

I - fazer contratos de natureza comercial ou industrial com o Município ou suas


Autarquias, Fundações ou Empresas Mistas, por si ou como representante de outrem;

II - exercer funções de direção ou gerência de empresas bancárias, ou outras instituições


financeiras privadas;

III - exercer, ainda que fora das horas de trabalho, emprego ou função em empresas,
estabelecimentos ou instituições que tenham relações com o Município em matéria pertinente
à finalidade da repartição ou serviço em que esteja lotado;

IV - ser titular de firma comercial individual, bem como exercer funções de direção ou
gerência de sociedades que transacionem com o Município ou sejam por ele subvencionadas.

Parágrafo único. Não está compreendida na proibição dos incisos II e III deste artigo a
participação do servidor em gerências ou direção de cooperativas ou associações e entidades
de classe.

CAPÍTULO III
DA ACUMULAÇÃO

Art. 139.Ressalvados os casos previstos na Constituição Federal, é vedada a acumulação de


cargos públicos,

§ 1º A acumulação de cargos, ainda que lícita fica condicionada á aprovação da


compatibilidade de horários e correlação de matérias.

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§ 2º A proibição de acumular se estende a cargos e funções ou empregos em Autarquias,


Empresas Públicas e Sociedade de Economia Mista.

§ 3º O servidor que exercer mais de um cargo em comissão só poderá ser remunerado


por um deles.

§ 4º O servidor não poderá ser remunerado pela participação em órgãos de deliberação


coletivas.

Art. 140. Não se compreende na proibição de acumular nem estão sujeitas a quaisquer
limites:

I - a percepção conjunta de pensões e vencimentos ou salários,

II - a percepção conjunta de pensões e soldos militares;

III - a percepção de pensões com proventos de disponibilidade, aposentadoria ou


reforma.

Art. 141.Verificada, em processo disciplinar, a acumulação proibida, e provada a boa-fé, o


servidor optará por um cargo.

Parágrafo único. Provada a má-fé, perderá todos os cargos ou funções e será obrigado a
restituir o que tiver recebido indevidamente, além de ficar inabilitado durante 5 (cinco) anos
para o exercício de qualquer cargo público do Município.

Os superiores hierárquicos que tiverem conhecimento de que seus subordinados


Art. 142.
acumulam indevidamente cargos públicos, comunicarão o fato, devendo ser devidamente
comprovado ao órgão de pessoal para os fins indicados no artigo anterior, sob pena de
responsabilidade, e as penalidades atribuídas no Parágrafo único do artigo 141.

CAPÍTULO IV
DAS RESPONSABILIDADE

Art. 143.O servidor responde administrativa, civil e penalmente pelo exercício irregular de
suas atribuições.

Art. 144.A responsabilidade civil decorre de ato omissivo, doloso ou culposo que resulte em
prejuízo ao erário ou a terceiros.

§ 1º A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário será liquidada de uma só


vez, em virtude de alcance, desfalque, remissão ou omissão em efetuar recolhimento ou
entrada nos prazos legais.

§ 2º Tratando de danos causados a terceiros responderá o servidor perante a Fazenda

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Pública, em ação regressiva.

§ 3º A obrigação de reparar os danos estende-se aos sucessores e contra eles será


executada, até o limite do valor de herança recebida.

A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados ao servidor,


Art. 145.
nessa qualidade.

A responsabilidade administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no


Art. 146.
desempenho de cargo ou função.

Art. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo


147.
independentes entre si.

Art. 148. A responsabilidade civil ou administrativa do servidor será afastada no caso de


absolvição criminal que negue a existência do fato ou a sua autoria.

CAPÍTULO V
DAS PENALIDADES

Art. 149. São penas disciplinares:

I - advertência;

II - suspensão;

III - destituição de cargo;

IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;

V - demissão;

VI - demissão à bem do serviço público.

Parágrafo único. Na aplicação das penas disciplinares considerar-se-ão a natureza e a


gravidade da infração e os danos dela resultarem o serviço público, as circunstâncias
agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais.

Art. 150. Para efeito de graduação das penas devem ser sempre consideradas as
circunstâncias em que a infração tiver sido cometida, e a responsabilidade do cargo ocupado
pelo infrator.

§ 1º São circunstâncias atenuantes, em especial:

I - o bom desempenho anterior dos deveres profissionais;

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II - a confissão espontânea da infração;

III - a prestação de serviços considerados relevantes por lei;

IV - a provocação injusta de superior hierárquico.

§ 2º São circunstanciais agravantes, em especial:

I - a premeditação;

II - a combinação com outras pessoas para a prática de falta;

III - acumulação de infrações;

IV - o fato de ser cometida durante o cumprimento de pena;

V - a reincidência.

§ 3º Dar-se-á acumulação quando duas ou mais infrações são cometidas na mesma


ocasião ou quando uma é cometida antes de ter sido punida a anterior.

§ 4º Dar-se-á reincidência quando a infração é cometida antes de decorrido um ano do


término o do cumprimento da pena imposta por infração anterior.

A pena de advertência será aplicada por escrito nos casos de indisciplina ou falta de
Art. 151.
cumprimento de deveres.

Art. 152. A pena de suspensão não excederá a 30 (trinta)dias e, será aplicada em caso de
falta grave ou de reincidência em falta já punida com a pena de advertência.

Art. 153. Enquanto estiver suspenso, o servidor perderá todos os direitos e vantagens
decorrentes do exercício do cargo.

A pena de destituição do cargo será aplicada nos casos de falta de exatidão no


Art. 154.
cumprimento do dever.

Art. 155.Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade se ficar provado que o inativo ou


o disponível, antes de adquiri-la,

I - praticou, no exercício de seu cargo, falta para a qual neste capítulo seja cominada
pena de demissão ou de demissão a bem do serviço público.

II - a obteve ilegalmente;

III - aceitou irregularmente cargo público, se aprovada a má-fé;

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IV - aceitou representação de estado sem prévia autorização legal;

V - praticou crime contra a administração pública;

VI - perdeu a nacionalidade brasileira.

§ 1º Será ainda cassada a aposentadoria ou a disponibilidade ao inativo ou disponível


que não assumir, no prazo legal, o exercício do cargo para o qual tenha sido regularmente
revertido ou aproveitado, salvo justa causa.

§ 2º Nas hipóteses previstas neste artigo, ao ato de cassação de aposentadoria ou de


disponibilidade seguir-se-á o de demissão a bem do serviço público.

Art. 156. Será aplicada ao servidor a pena de demissão nos casos de:

I - crime contra a Administração Pública,

II - abandono de cargo;

III - ausência ao serviço, intercaladamente, sem justa causa, por mais de 60 (sessenta)
dias úteis no decurso de 12 (doze) meses;

IV - transgressão de quaisquer dos incisos dos artigos 137 e 138, esgotadas todas as
sanções disciplinares.

Parágrafo único. Dar-se-á por configurado o abandono de cargo quando o servidor


interromper o exercício por 30 (trinta) dias consecutivos, salvo nos casos previstos no
presente Estatuto.

Art. 157.O ato que demitir o servidor mencionará sempre a disposição legal em que se
fundamentar.

Art. 158.A demissão à bem do serviço público será sempre aplicada quando ocorrerem as
hipóteses previstas nos incisos I e II do artigo 155, nada impedindo que o seja também dada a
gravidade da falta, nos demais casos.

Art. 159.Todas as penalidades que forem impostas ao servidor deverão constar de seu
assentamento individual

Art. 160. Uma vez submetido a processo disciplinar o servidor só poderá ser exonerado a
pedido, depois de reconhecer a sua inocência ou após o cumprimento da penalidade que lhe
houver sido imposta.

Parágrafo único. Ao servidor indiciado em inquérito nos casos do incisos II e III do artigo
155, poderá ser concedida a exoneração, desde que justificadas as faltas ao serviço.

Art. 161.

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Art. 161. Para aplicação de penalidades são competentes:

I - o Prefeito, o Presidente da Câmara e os maiores dirigentes da Autarquias, Fundações


e Empresas Municipais, nos casos dos incisos III e IV do artigo 149 e também no caso de
suspensão por mais de 15 (quinze) dias;

II - os Secretários municipais e Diretores, nos casos de suspensão até 15 (quinze) dias;

III - os Gerentes nos casos de advertência.

Parágrafo único. A competência da autoridade referidas neste artigo alcança a das que se
seguirem, na ordem estabelecida.

Art. 162.O servidor punido com pena de demissão à bem do serviço público não poderá, em
tempo algum, reingressar no serviço público do Município.

Art. 163.O servidor punido com pena de advertência ou suspensão poderá ter cancelada, em
seu assentamento individual, a anotação da penalidade desde que o requeira depois de cinco
anos de exercício, sem haver sofrido, neste período, qualquer outra penalidade disciplinar.

Parágrafo único. O cancelamento a que se refere este artigo não terá efeito patrimonial
nem repercussão no tempo de serviço e no de classe.

Art. 164. A ação disciplinar prescreverá:

I - em 180 (cento e oitenta) dias quanto à infração sujeita a pena de advertência;

II - em 1 (um) ano quanto a suspensão;

III - em 5 (cinco) anos nos demais casos.

§ 1º O prazo de prescrição inicia-se no dia em que a autoridade tomar conhecimento da


existência da falta e interrompe-se pela abertura de sindicância ou, quando for o caso, pela
instauração de processo administrativo.

§ 2º O prazo de prescrição começa a contar da data em que o fato se tornou conhecido.

Art. 165.Nenhuma penalidade poderá ser cancelada ou revogada se aplicada em razão do


processo disciplinar, exceto na hipótese no artigo 159.

Art. 166.A jurisdição administrativa é independente da criminal, e a absolvição do servidor em


processo crime não repercutirá nos efeitos da ação administrativa disciplinar.

TÍTULO V
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

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CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 167.A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a
promover a sua apuração, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar,
assegurada ao acusado ampla defesa.

Art. 168. As denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração, desde que contenham
a identificação e o endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito, confirmada a
autenticidade.

Parágrafo único. Quando o fato narrado não configurar evidente infração disciplinar ou
ilícito penal, a denúncia será arquivada por falta de objeto.

Art. 169. Da sindicância instaurada pela autoridade poderá resultar:

I - arquivamento do processo;

II - aplicação de pena de advertência ou suspensão de até 30 (trinta) dias;

III - abertura de inquérito administrativo.

Art. 170. Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de
destituição de cargo, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, demissão ou demissão a
bem do serviço público, será obrigatória a instalação de processo disciplinar.

CAPÍTULO II
DO AFASTAMENTO PREVENTIVO

Art. 171. Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha influir na apuração da
irregularidade, a autoridade instauradora de inquérito, sempre que julgar necessário, poderá
ordenar seu afastamento do cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da
remuneração.

Parágrafo único. O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual
cessarão os seus efeitos, ainda que não concluído o processo.

CAPÍTULO III
DA SUSPENSÃO PREVENTIVA

Art. 172.O Prefeito poderá suspender preventivamente todo e qualquer servidor responsável
pelos dinheiro e valores pertencentes à Fazenda Municipal ou que se acharem sob a guarda
deste, nos casos de alcance, remissão ou omissão em efetuar as entradas e no devido prazo.

§ 1º A suspensão poderá ser de até 60 (sessenta) dias, prorrogável por mais 60


(sessenta) dias, desde que seu afastamento seja necessário para a averiguação das faltas

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cometidas.

§ 2º O Prefeito providenciará, no sentido de ser iniciado com urgência e imediatamente


concluído, o processo de tomada de contas.

§ 3º Findo o prazo da suspensão, cessarão os seus efeitos, ainda que o inquérito


administrativo não seja concluído.

Art. 173.Durante o período de suspensão preventiva o servidor perderá 1/3 (um terço) do
vencimento.

Art. 174. O servidor terá direito:

I - à diferença de vencimento e à contagem do tempo de serviços relativos ao período de


suspensão, quando do processo não resultar punição ou esta se limitar à pena de
advertência;

II - à diferença de vencimento e à contagem do tempo de serviço correspondente ao


período de afastamento excedente do prazo da suspensão efetivamente aplicada.

CAPÍTULO IV
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

Art. 175. O processo administrativo disciplinar é o instrumento destinado a apurar


responsabilidade de servidor por infração praticada no exercício de suas atribuições, ou que
tenha relação imediata com as atribuições do cargo em que se encontra investido.

Art. 176. O processo administrativo disciplinar será conduzido por comissão de inquérito
composta de três servidores de condição hierárquica igual ou superior ao indiciado, designada
pela autoridade competente que indicará, dentre eles, o seu presidente.

§ 1º A comissão terá, como secretário, servidor designado pelo seu presidente, podendo
a designação recair em um dos seus membros.

§ 2º Não poderá participar de comissão de sindicância ou de inquérito parente do


acusado, consanguíneo ou afim em linha reta ou colateral, até o terceiro grau.

Art. 177. A comissão de inquérito exercerá suas atividades com independência e


imparcialidade, assegurado o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo da
Administração.

Art. 178. O processo disciplinar compreenderá 3 (três) fases, a saber:

I - instauração com uma publicação do ato que constitui à comissão;

II - inquérito administrativo que compreende instrução, defesa e relatório;

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III - julgamento do feito.

Art. 179.Sindicância é a peça preliminar e informativa do inquérito administrativo, devendo


ser promovida quando os fatos não estiverem definidos ou faltarem elementos indicativos da
autoria.

§ 1º O relatório da sindicância integrará o inquérito administrativo como peça informativa


da instrução do processo.

§ 2º Na hipótese do relatório da sindicância concluir pela prática de crime, a autoridade


competente oficiará à autoridade policial, para abertura de inquérito, independentemente da
imediata instrução de processo disciplinar.

Art. 180.O inquérito administrativo obedecerá o princípio do contraditório, assegurada ao


acusado ampla defesa, com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito.

Art. 181.O prazo para a conclusão do inquérito não excederá 60 (sessenta) dias, contados da
data da publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por igual
prazo, quando as circunstâncias o exigirem.

§ 1º Sempre que necessário, a comissão dedicará tempo integral aos seus trabalhos,
ficando, nesta hipótese, seus membros dispensados das suas tarefas normais até a entrega
do relatório final.

§ 2º As reuniões da comissão serão registradas em atas, que deverão detalhar as


deliberações adotadas.

Art. 182. Na fase de inquérito, a comissão promoverá a tomada de depoimentos, acareações,


investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, quando necessário à
técnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos fatos.

Art. 183. É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo pessoalmente ou por


intermédio de procurador, arrolar e requerer testemunhas, produzir provas e contraprovas e
formular quesitos, quando se tratar de prova pericial.

§ 1º O presidente da comissão poderá denegar pedidos considerados impertinentes,


meramente protelatórios ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.

§ 2º Será indeferido o pedido de prova pericial quando a comprovação do fato independer


de conhecimento especial do perito.

Art. 184. As testemunhas serão intimadas a depor, mediante mandado expedido pelo
presidente da comissão, devendo a segunda via, com o ciente do endereçado ser anexado
aos autos.

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Parágrafo único. Se a testemunha for servidor da Prefeitura de Camaçari, a expedição do


mandado será imediatamente comunicada ao Chefe da repartição onde serve, com indicação
do dia e hora marcados para a inquirição.

Art. 185.O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito à
testemunha trazê-lo por escrito.

§ 1º As testemunhas serão inquiridas separadamente.

§ 2º Na hipótese de depoimentos contraditórios em que se infirmem, proceder-se-á à


acareação entre os depoentes.

Art. 186.Concluída a inquirição das testemunhas, a comissão promoverá o interrogatório do


acusado, observados os procedimentos previstos nos artigos 184 e 185.

§ 1º No caso de mais de um acusado, cada um deles será ouvido separadamente e


sempre que divergirem em suas declarações sobre fatos ou circunstâncias, será promovida a
acareação entre eles.

§ 2º O procurador do acusado poderá assistir ao interrogatório, bem como à inquirição


das testemunhas, sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e respostas, facultando-lhe,
porém, reinqueri-las, por intermédio do presidente da comissão.

Art. 187. Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado, a comissão proporá à
autoridade competente que ele seja submetido a exame por junta médica oficial, da qual
participe pelo menos, um médico psiquiatra.

Parágrafo único. O incidente de sanidade mental será processado em auto apartado e


apenso ao processo principal, após a expedição do laudo pericial.

Art. 188. Tipificada a infração disciplinar será elaborada a peça de instrução do processo com
a indicação do servidor.

§ 1º O indiciado será citado por mandado expedido pelo presidente da comissão para
apresentar defesa escrita, no prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se-lhe vista do processo na
repartição.

§ 2º Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será comum e de 20 (vinte) dias.

§ 3º O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro para diligências reputadas
indispensáveis.

§ 4º No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na cópia da citação, o prazo para


defesa contar-se á da data declarada em termo próprio, pelo membro da comissão que fez a
citação.

Art. 189.

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O indiciado que mudar de residência fica obrigado a comunicar à comissão o lugar


Art. 189.
onde poderá ser encontrado.

Art. 190. Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por edital para
apresentar defesa, publicado no mural da Prefeitura municipal e em jornal de grande
circulação, na localidade do último domicílio conhecido.

Parágrafo único. Na hipótese deste artigo o prazo para defesa será de 15 (quinze) dias a
partir da última publicação do edital.

Art. 191. Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente citado, não apresentar defesa
no prazo legal.

§ 1º A revelia será declarada por termo nos autos do processo e devolverá o prazo para
a defesa.

§ 2º Para defender o indiciado revel, a autoridade instauradora do processo designará um


servidor público como defensor dativo.

Art. 192. Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório minucioso, onde resumirá as
peças principais dos autos e mencionará as provas em que se baseou para formar a sua
convicção.

§ 1º O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do


servidor.

§ 2º Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comissão indicará o dispositivo legal


ou regulamentar transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou atenuantes.

Art. 193.O processo disciplinar, com o relatório da comissão, será remetido à autoridade que
determinou a sua Instauração para julgamento.

Seção I
Do Julgamento

Art. 194. No prazo de 30 (trinta) dias, contados do recebimento do processo, a autoridade


julgadora proferirá a sua decisão.

§ 1º Se a penalidade à ser aplicada exceder à alçada da autoridade instauradora do


processo, este será encaminhado à autoridade competente, que decidirá em igual prazo.

§ 2º Havendo mais de um indiciado, diversidade de sanções, o julgamento caberá à


autoridade competente para a imposição da pena mais grave.

§ 3º Se a penalidade for de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, o

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julgamento caberá ao Prefeito, dirigente superior de Autarquia ou Fundação e Presidente da


Câmara, conforme o caso.

Art. 195. Tanto a comissão quanto o indiciado terão direito de requerer em qualquer
repartição pública municipal, os documentos que forem julgados necessários para instrução
do processo e elucidação dos fatos.

Art. 196.O julgamento acatará o relatório da comissão do inquérito, salvo quando contrário às
provas dos autos.

Parágrafo único. Quando o relatório da comissão contrariar as provas dos autos, a


autoridade julgadora poderá, motivadamente, agravaria penalidade proposta, abrandá-la ou
isentar o servidor da responsabilidade.

Art. 197. Verificada a existência de vício insanável, a autoridade julgadora declarará a


nulidade total ou parcial do processo e ordenará a constituição de outra comissão para
instauração de novo processo.

§ 1º O julgamento fora de prazo legal não implica nulidade do processo.

§ 2º A autoridade julgadora que der causa à prescrição de que trata o artigo 164, será
responsabilizada na forma do capítulo IV do Título IV desta Lei.

Art. 198. Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade julgadora determinará o registro
do fato nos assentamentos individuais do servidor.

Art. 199. Quando a infração estiver capitulada como crime, o processo disciplinar será
remetido ao Ministério Público para instauração da ação penal, ficando translado na
repartição.

Art. 200.O servidor que responde o processo disciplinar só poderá ser exonerado do cargo, a
pedido, ou aposentado voluntariamente, após a conclusão do processo e o cumprimento da
penalidade aplicada.

Seção II
Da Revisão do Processo

Art. 201.O processo disciplinar poderá ser revisto, à qualquer tempo, à pedido ou de ofício,
quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do
punido ou a inadequação da penalidade aplicada.

§ 1º Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa


da família poderá requerer a revisão do processo.

§ 2º No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão será requerida pelo

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respectivo procurador.

Art. 202. No processo revisional, o ônus da prova cabe ao requerente.

Art. 203. A simples alegação de injustiça de penalidade não constitui fundamento para a
revisão, que requer elementos novos ainda não apreciados no processo originário.

Art. 204. O requerimento de revisão do processo será dirigido à Procuradoria Jurídica que, se
autorizar a revisão encaminhará o pedido ao dirigente do órgão ou entidade onde se originou
o processo disciplinar.

Parágrafo único. Recebida a petição, o dirigente do órgão ou entidade, providenciará a


constituição de comissão, na forma prevista no artigo 177 desta lei.

Art. 205. A revisão correrá em apenso ao processo originário.

Parágrafo único. Na petição inicial, o requerente pedirá dia e horário para produção de
provas e inquirição das testemunhas que arrolar.

Art. 206. A comissão revisora terá até 30 (trinta) dias para a conclusão dos trabalhos,
prorrogável por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem.

Art. 207.Aplicam-se aos trabalhos da comissão revisora, no que couber, as normas e


procedimentos próprios da comissão do inquérito.

Art. 208. O julgamento caberá:

I - ao Prefeito, ao Presidente da Câmara ou dirigente superior de Autarquia ou Fundação,


quando do processo revisto houver resultado penalidade de demissão ou cassação de
disponibilidade;

II - ao Secretário, quando houver resultado penalidade de advertências ou suspensão;

III - à autoridade responsável pela designação, quando a penalidade for destituição de


cargo em comissão.

§ 1º O prazo para julgamento será de 30 (trinta) dias, contados do recebimento do


processo, no curso do qual a autoridade julgadora poderá determinar diligências.

§ 2º Concluídas as diligências, será renovado o prazo para julgamento por uma única
vez.

Art. 209. Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada,
restabelecendo-se todos os direitos atingidos.

Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da

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penalidade.

CAPÍTULO V
DO DESENVOLVIMENTO E TREINAMENTO DE RECURSOS HUMANOS

Art. 210.A Prefeitura, através do seu órgão de desenvolvimento de recursos humanos,


assegurará a promoção de programas de desenvolvimento e treinamento de seus servidores.

Parágrafo único. Os programas terão como objetivo qualificar os servidores através de


cursos e seminários de aperfeiçoamento, treinamento ou especialização profissional,
atualização e extensão cultural, visando um melhor desempenho de suas atribuições e,
consequentemente, a melhoria dos serviços prestados à comunidade.

TÍTULO VI

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 211.Salvo disposição expressa em contrário, os prazos previstos neste Estatuto serão
contados em dias corridos.

Parágrafo único. Na contagem dos prazos, excluir-se-á o dia inicial. Se o último dia
coincidir com sábado, o vencimento ocorrerá no primeiro dia útil subsequente.

Art. 212 Considera-se dependente do servidor, além do cônjuge ou companheiro (a),


quaisquer pessoas que vivam às suas expensas e constem de seu assentamento individual.

Art. 212. Considera-se dependente do servidor, além do cônjuge ou companheiro, os filhos


com idade de até 21 anos e parentes que vivam às suas expensas e constem de seu
assentamento individual, conforme regras da Receita Federal do Brasil. (Redação dada pela
Lei nº 1522/2017)

Art. 213. Ao servidor público é assegurado, nos termos da Constituição Federal, o direito à
livre associação sindical e os seguintes direitos, entre outros, dela decorrentes:

I - de ser representado pelo sindicato, inclusive como substituto processual;

II - da inamovibilidade do dirigente sindical ou associação de classe até um ano após o


final do mandato, exceto por solicitação do mesmo;

III - de descontar em folha, sem ônus para a entidade sindical a que for filiado, o valor da
contribuição anual definida em assembleia geral da categoria;

IV - de negociação coletiva com o estabelecimento de acordo coletivo de trabalho, que


envolva matéria econômica e jurídica.

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Parágrafo único. A lei definirá os serviços e atividades essenciais e disporá sobre o


atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.

Art. 214. Fica estabelecido o princípio da isonomia na remuneração dos servidores dos órgãos
do Executivo, Legislativo, Fundacionais e Autarquias, que ocupam os cargos com a mesma
referência e habilitação.

São isentos de taxas, emolumentos ou custas os requerimentos e outros papéis que,


Art. 215.
na ordem administrativa, interessem ao servidor público municipal, ativo ou inativo.

Art. 216. Para fins de revisão de valores de vencimento e proventos de servidor público
municipal ativo e inativo é fixada em 28 de outubro de cada ano a correspondente data base.

Parágrafo único. O dia 28 de outubro será consagrado ao servidor público municipal.

Art. 217.Os instrumentos de procuração utilizados para recebimento de direitos ou vantagens


de servidores municipais terão validade por 12 (doze) meses, devendo ser renovados após
findo esse prazo.

Art. 218. O Executivo e a Câmara Municipal, nas partes que lhe competirem, regulamentarão
esta lei, no prazo de 60 (sessenta) dias a contar de sua publicação.

Art. 219. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos financeiros a partir do
primeiro dia do mês subsequente.

Fica revogada a Lei nº 323 de 31 de maio de 1995, e respectiva legislação


Art. 220.
complementar, bem como as demais disposições em contrário.

GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE CAMAÇARI, EM 30 DE AGOSTO DE 1998.

JOSÉ TUDE
PREFEITO

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