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Memorex TRE – AJAJ – Rodada 02

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Memorex TRE – AJAJ – Rodada 04

Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua
aprovação.

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na sua área de membros conforme o cronograma abaixo:

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Rodada 05 02/01/2023
Rodada 06 09/01/2023

Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS
RODADAS já disponíveis, independente da data de compra.

Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no
resultado final.

Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO.

Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.

Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: atendimento@pensarconcursos.com

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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA .................................................................... 4


INFORMÁTICA .............................................................................. 12
REGIMENTO INTERNO DO TSE ...................................................... 15
NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES FEDERAIS ....................... 17
DIREITO ELEITORAL..................................................................... 21
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ........................................................... 37
DIREITO CONSTITUCIONAL .......................................................... 40
DIREITO ADMINISTRATIVO .......................................................... 49
DIREITO CIVIL ............................................................................. 54
DIREITO PROCESSUAL CIVIL ........................................................ 60
DIREITO TRIBUTÁRIO .................................................................. 66
DIREITO PENAL............................................................................ 71
PROCESSO PENAL......................................................................... 76

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LÍNGUA PORTUGUESA

DICA 01
ACENTUAÇÃO GRÁFICA

PALAVRAS QUE NÃO SÃO MAIS ASSINALADAS COM O ACENTO GRÁFICO

PARA (verbo) PARA (preposição)

PELA (verbo e sustantivo) PELA (a união da preposição com o artigo)

PELO (verbo) PELO (substantivo)

POLO (extremidade) POLO (filhote de gavião ou a união antiga e


popular de “por” e “lo”)

PERA (substantivo) PERA (preposição arcaica que significa


“para”)

Para Facilitar: Só lembrar que não são mais acentuadas conforme o novo acordo
ortográfico!
DICA 02
EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS - MORFOLOGIA
Em se tratando de estudos de Língua Portuguesa, esse tópico é um dos mais
importantes. Através da morfologia é que se dá o estudo do emprego das classes de
palavras. Para tanto, é importante saber quais são essas classes.

Existem as classes:

VARIÁVEIS: essas admitem flexão, ou seja, podem variar em gênero, número e


grau.

Ex.: substantivo, artigo, adjetivo, pronome, numeral e verbo.

INVARIÁVEIS: não admitem flexão, ou seja, não variam em gênero, número ou


grau.

Ex.: palavra denotativa, preposição, conjunção, interjeição.

SUBSTANTIVO, ARTIGO E PRONOME

SUBSTANTIVO

Dá nome aos objetos, aos seres, aos lugares, às ações, entre outros.

O substantivo pode ser flexionado em número (singular ou plural), em gênero


(feminino ou masculino) e em grau (diminutivo ou aumentativo).

Exemplos: caderno, fadas, cidade.

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ARTIGO

Particulariza o sentido do substantivo.


Os artigos são: O, A, OS, AS, UM, UNS, UMA, UMAS.

PRONOME

O pronome possui a função de substituir ou de retomar alguma coisa.


Exemplos: lhe, cujo.

DICA 03
SUBSTANTIVO
É a classe gramatical de palavras variáveis que nomeia todas as coisas reais e irreais.

O substantivo possui as classificações seguintes:

Primitivo: é o substantivo que dá origem a novas palavras.

Ex.: carta, pedra.

Derivado: é o substantivo formado a partir de outro.

Ex.: carteiro, pedreiro.

Concreto: é o substantivo que nomeia seres animados (com vida) e inanimados (sem
vida).

Ex.: cobra, fada.

Abstrato: é o substantivo que nomeia conceitos abstratos, os quais não podem ser
vistos, definidos ou desenhados sozinhos.

Ex.: viagem, saudade, amor. Tente imaginar a palavra “amor”. Você não consegue
imaginá-la sozinha. Provavelmente, você imaginou um casal se abraçando ou se beijando.
Por isso, ela é abstrata.

Simples: quando existe um termo um uma só palavra.

Ex.: telefone, livro.


Composto: quando existem mais de um termo ou mais de uma palavra.

Ex.: beija-flor, abelha-rainha.

Comum: não atribui uma qualidade especial aos objetos, lugares ou seres.

Ex.: cidade, menino.

Próprio: Dá nome a um ser único, específico, diferenciando ele do restante do grupo.

Ex.: Joana, Brasil.

Coletivo: é a palavra que dá nome a uma coleção ou grupo.

Ex.: alcateia, cardume.


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DICA 04
SUBSTANTIVO
Os substantivos são classes de palavras que nomeiam os seres, fenômenos, lugares,
objetos, qualidades, ações, entre outros.

Substantivo comum: Os substantivos comuns indicam os seres da mesma espécie


(casa, cachorro...). Ainda, podem ser coletivos (matilha, manada...).

Substantivo próprio: O substantivo próprio é grafado em letra maiúscula e


particulariza alguém pertencente a determinado conjunto ou espécie, como: Maria;
Brasil.

Substantivo simples: Os substantivos simples são formados somente por uma


palavra: apartamento; veículo.

Substantivo composto: O substantivo composto é formado por mais de um radical, ou


seja, mais de uma palavra: beija-flor; couve-flor.

Substantivo concreto: O substantivo concreto designa as palavras reais, concretas.


Ex.: garoto, mulher, flor.

Substantivo abstrato: é aquele que está relacionado aos sentimentos, estados,


qualidades e ações (realidade e elementos imateriais). Apenas existem em função de
outros.
Ex.: amor; inveja.

Substantivo primitivo: Os substantivos primitivos, como o próprio nome indica, são


aqueles que dão origem a outras palavras: carta, folha.

Substantivo derivado: Os substantivos derivados são aquelas palavras que derivam


de outras, ou seja, são formados a partir dos substantivos primitivos: carteiro (derivado
de carta), folhagem (derivado de folha).

ATENÇÃO!

Palavras de outras classes gramaticais podem ser substantivadas:


“O morrer não pertence a mim.” “Morrer” é verbo, mas neste exemplo, ele é um
substantivo.

DICA 05
PLURAL DOS SUBSTANTIVOS SIMPLES

Em regra, acrescentar “s” ao final da palavra no singular: amigo – amigos; degrau –


degraus; sofá – sofás.

Substantivos terminados em “r”, “z”, “s”, acrescenta-se “es” ao final da palavra


no singular: voz – vozes; mulher – mulheres; gravidez – gravidezes; país – países.

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ATENÇÃO!

EXCEÇÃO: Substantivos terminados em “s” que são paroxítonos, o plural fica invariável:
lápis – lápis; vírus – vírus.

Substantivos terminados em “ão”, poderão ficar no plural com a terminação “ões”,


“ãos”, “ães”: opinião – opiniões; cidadão – cidadãos; capitão – capitães.

ATENÇÃO!

Existem substantivos terminados em “ão” que admitem mais de 1 forma no plural: ancião
– anciões, anciãos, anciães; vilão -> também tem 3 formas no plural; guardião –
guardiões, guardiães.

Substantivos singulares terminados em al, el, ol, ul, no plural têm a terminação ais,
éis, óis, uis: aluguel – aluguéis; lençol – lençóis.
DICA 06
PLURAL DOS SUBSTANTIVOS SIMPLES
CUIDADO:

Substantivos singulares terminados em “x” ficam com a mesma terminação no plural:


tórax – tórax; ônix – ônix.

Substantivo singular terminado em il, no plural termina em is, eis: fuzil – fuzis; fóssil
– fósseis.

Substantivo no singular terminado em m, no plural termina em ns: jardim – jardins.

Substantivo no singular terminado em n, o plural termina em “ns” ou “nes”: abdômen


– abdomens, abdômenes; hífen – hifens; hífenes.
DICA 07
PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS

Regra geral: O substantivo, o adjetivo e o numeral são VARIÁVEIS. O verbo e o


advérbio são INVARIÁVEIS: Segundas-feiras (numeral + subst.); Guarda-roupas (verbo
+ subst.).

Palavras repetidas e onomatopeias, só o último elemento ficará no plural: bem-te-


vis; reco-recos.
CUIDADO:
Caso as palavras repetidas sejam verbos, pode-se escolher entre colocar todos os
elementos no plural ou apenas o último no plural.

Ex.: piscas-piscas ou pisca-piscas.


Estruturas ligadas por preposição, somente o 1º elemento ficará no plural: pores do sol;
canas-de-açúcar.

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DICA 08
PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS

Substantivo + substantivo em que o segundo termo limita o sentido do primeiro


termo, o 1º elemento ficará no plural: decreto-lei = decretos-lei; elemento-chave =
elementos-chave; banana-maçã = bananas-maçãs.
OBS: Nesses substantivos pode haver plural nos dois elementos: decretos-leis;
elementos-chaves; bananas-maçãs.

Substantivos compostos formados com grão, grã, bel, o último elemento ficará no
plural: grão-duque = grão-duques; grã-fino = grã-finos; bel-prazer = bel-prazeres.

DICA 09
ADVÉRBIO, NUMERAL E CONJUNÇÃO

ADVÉRBIO

Modificam um verbo, um adjetivo ou outro advérbio.


Os advérbios podem ser de: MODO, LUGAR, TEMPO, INTENSIDADE...
Ex.: hoje, ontem, rapidamente, não.

NUMERAL

Termo que indica posição, multiplicação, quantidade ou fração.


Ex.: três, terço.

CONJUNÇÃO

A conjunção conecta orações ou palavras de igual valor gramatical,


criando uma relação entre eles.
Ex.: embora, mas, e.

QUESTÃO, 2021.
“Um homem de 44 anos foi preso na noite desta quinta-feira (16), após tentar furtar uma
residência, localizada na rua Duque de Caxias entre Rafael Vaz e Silva e Guanabara, em
Porto Velho. A Polícia Militar foi informada que o criminoso, usando um alicate grande,
teria cortado o cadeado do portão da residência, porém, o cachorro da casa começou a
latir e o homem fugiu. Populares seguiram o criminoso, acionaram a Polícia Militar, ele
recebeu voz de prisão e foi encaminhado para a Central de Flagrantes.” (Rondoniagora,
17/09/2021)
Na frase “o cachorro da casa começou a latir e o homem fugiu”, a conjunção E mostra o
mesmo valor em:
a) O ladrão chegou perto da casa e observou o cenário;
b) O bandido usou o alicate e cortou o cadeado;
c) A Polícia Militar chegou e o bandido ficou com medo;
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d) O meliante foi preso e encaminhado para a delegacia;
e) Os assaltos e furtos são comuns nas grandes cidades.
Gabarito: Letra c.
Comentário: Alternativa correta, pois há uma relação de causa e consequência, assim
como na frase do enunciado.

DICA 10
ADVÉRBIO
O advérbio é uma palavra invariável que pode se referir a um verbo, a um advérbio ou a
um adjetivo. Expressa uma circunstância.

Ex.: As crianças falavam calmamente (advérbio de modo).

QUESTÃO, 2017.
Na frase “e torcer para eles sumirem logo”, o termo ‘logo’ funciona como:
A) advérbio de lugar.
B) advérbio de tempo.
C) conjunção conclusiva.
D) conjunção explicativa.
Gabarito: Letra b.
Comentário: CERTO, pois “logo” expressa um valor temporal.

DICA 11

CIRCUNSTÂNCIAS DO ADVÉRBIO
Lugar: Atrás, embaixo, ali, lá, aqui, longe, perto.

Tempo: Amanhã, hoje, outrora, breve, cedo, logo, ainda (até agora).

Ordem: Primeiramente, depois, ultimamente.

Intensidade: Tão, pouco, muito, mais, menos.

Modo: Bem, mal, melhor, pior, rapidamente, devagar.

Afirmação: Sim, realmente, certamente.

Negação: Não, nunca, nem, tampouco.

Dúvida: Provavelmente, talvez, possivelmente.

Inclusão: Ainda, também, mesmo.

Exclusão: Salvo, apenas, senão, só, unicamente.

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Um exemplo das circunstâncias do advérbio:

Maria dormiu.

→ ONDE ela dormiu? (no quarto) → lugar


→ QUANDO ela dormiu? (ontem) → tempo

→ COMO ela dormiu? (sentada) → modo


OBS.: As circunstâncias adverbiais são infinitas.
OBS.: “Dormir” é VI (verbo intransitivo). Então, tudo o que for adicionado após o
verbo é apenas um acréscimo de circunstância.

DICA 12
CIRCUNSTÂNCIAS DO ADVÉRBIO

LUGAR Atrás, embaixo, ali, lá, aqui, longe, perto.

TEMPO Amanhã, hoje, outrora, breve, cedo, ainda (até agora).

ORDEM Primeiramente, depois, ultimamente.

INTENSIDADE Tão, pouco, muito, mais, menos.

MODO Bem, mal, melhor, pior, rapidamente, devagar.

AFIRMAÇÃO Sim, realmente, certamente.

NEGAÇÃO Não, nunca, nem, tampouco.

DÚVIDA Provavelmente, talvez, possivelmente.

INCLUSÃO Ainda, também, mesmo.

EXCLUSÃO Salvo, apenas, senão, só, unicamente.

DICA 13
NUMERAL

Numeral é responsável por ordem, quantidade e fração. Desse modo, os numerais


podem apresentar valor de substantivo ou adjetivo:

Numerais substantivos: caracterizados pelos numerais multiplicativos.

Ex.: A inflação subiu o dobro no ano passado.

Numerais adjetivos: são os numerais cardinais, ordinais, coletivos e fracionários,


indicando valor adjetivo. Exemplo: A carne que eu comprei é de segunda (indica a
qualidade da carne).

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DICA 14
ARTIGO
Artigo é a palavra que se antepõe ao substantivo e indica se ele está sendo empregado
de forma indefinida ou definida.

ARTIGOS DEFINIDOS ARTIGOS INDEFINIDOS

O, A, OS, AS. UM, UMA, UNS, UMAS.


Ex.: Comprei o vestido vermelho. Ex.: Comprei um vestido vermelho.
Exprime a ideia de um vestido Exprime a ideia de um vestido vermelho
vermelho específico. qualquer.

DICA 15
ADJETIVO
Palavra que expressa qualidade ou característica do ser.

Classificação do adjetivo:

Restritivo: Denota qualidade que pode ser retirada do substantivo. Por exemplo, nem
todo o homem é inteligente. “Inteligente” é um adjetivo restritivo que diz respeito ao
homem.

Explicativo: Denota qualidade que não pode ser retirada do substantivo. Por exemplo,
todo o fogo é quente, não existe fogo frio. “Quente” é um adjetivo explicativo que diz
respeito ao fogo.
DICA BÔNUS

ADJETIVO

Quanto a sua formação, o adjetivo pode ser:

Simples: formado por um só radical.

Ex.: magro, verde.

Composto: formado por mais de um radical.

Ex.: castanho-escuro.

Primitivo: dá origem a outros adjetivos.

Ex.: bom, feliz.

Derivado: deriva de substantivos, verbos e até de outro adjetivo.

Ex.: magrelo, bondoso.

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INFORMÁTICA
DICA 16
CONCEITOS E TECNOLOGIAS RELACIONADOS À INTERNET - CONCEITOS DE URL

URL: Uniform Resource Locator é o endereço que digitamos na barra do navegador para
acessar algo. Segue um padrão: https://pensarconcursos.com

HTTPS: é o protocolo que é utilizado para acessar a página. Pode ser HTTP ou HTTPS,
neste último caso, significa que a comunicação entre quem está acessando e o site é
criptografada.

CAMINHO: é o endereço que deseja acessar, neste caso, pensarconcursos (dizemos que
pensarconcursos é o nome do domínio) por fim o TLD, que é o nome de domínio de
alto nível. pode ser .com .org .net. No nosso caso, é .com

NOME DE DOMÍNIO: deve ser observado para evitarmos problemas com criminosos,
por exemplo, um site falso poderia ser https://penssarconcursos.com parece verdadeiro,
mas o SS torna o site falso.
Muitos endereços de sites maliciosos podem se aproveitar dos encurtadores de URL. Para
evitar URL longa, é comum utilizarmos encurtadores, porém, esses encurtadores podem
esconder um site malicioso.

Por exemplo, no caso acima, o encurtador esconderia o erro do SS.


DICA 17
INTRANET E EXTRANET
A intranet é uma rede privada que só permite acesso a pessoas autorizadas.
Desta forma, tem principalmente caráter corporativo. É através da Intranet que se tem
acesso aos sistemas corporativos. Sistemas esses que, geralmente, não ficam públicos e só
podem ser acessados dentro da organização. Utiliza os mesmos protocolos e padrões que a
internet, sua grande distinção é o fato de ser exclusiva e restrita, razão pela qual, para
acessar a Intranet o usuário deve se autenticar.
Já a Extranet trata-se da conexão à rede da intranet por meio externo, tendo se tornado
bastante comum devido ao Home Office (Teletrabalho). É também chamada como uma
extensão da intranet, que também terá seu acesso controlado.
Destaca-se que é bastante comum o uso de VPN para acessar de fora da rede da
organização.
DICA 18
SÍTIOS DE BUSCA E PESQUISA NA INTERNET - BUSCAS AVANÇADAS

Ao realizar buscas é possível colocar elementos que nos auxiliem a encontrar mais
rapidamente o que queremos. Alguns destes elementos são:

Colocar o termo entre aspas: “CONCURSO” o buscador irá entender para buscar
exatamente essa sequência de palavras nos links que encontrar;

Utilizar o asterisco (*) como palavra incompleta, isto é, Bolo de * trará resultados como
Bolo de Chocolate, Bolo de Milho etc;

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Quando queremos que uma palavra não apareça na lista de resultados utilizamos o traço
(-).

Ex.: exemplos de -sucesso irá buscar links que tenham exemplos de porém sem nenhuma
associação a sucesso.
Destaca-se que esses elementos podem ser combinados.

Há alguns outros elementos que valem a nossa atenção, segue abaixo:

intitle: Buscar por palavras no título;

allintitle: Garantir que todas as palavras da busca estejam no título;

allinurl: buscar por palavras na URL;

allintext: irá restringir a exibição apenas para páginas onde os textos tenham todos os
termos escolhidos;

allinanchor: Para buscar determinada palavra nos links das páginas;

location: Pesquisar por páginas em uma localidade específica;

@: direciona para redes sociais.


DICA 19
NAVEGAÇÃO ANÔNIMA
É uma forma de navegar sem deixar muitos rastros no computador utilizado. Durante
a navegação anônima os arquivos temporários, cookies e histórico não serão mantidos.
Porém, downloads e favoritos serão mantidos. O atalho para abrir uma janela anônima no
Google Chrome é CTRL + SHIFT + N.

ATENÇÃO!!

Veja-se que apenas os arquivos temporários, cookies e histórico não são mantidos,
ao passo que os downloads e favoritos são mantidos no navegador, ainda que nesse
tipo de navegação. Isso, inclusive, pode ser objeto de questionamento na sua prova,
portanto, não caia em pegadinhas!

QUESTÃO, 2018.
Recurso do navegador Google Chrome 63.0, versão português, que permite abrir uma
nova janela para navegar com privacidade sem salvar seu histórico de navegação, cookies
e dados de sites:
a) Nova janela anônima.
b) Nova janela privada.
c) Nova janela secreta.
d) Nova janela segura.
Gabarito: Letra a.

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DICA 20

NAVEGADORES DE INTERNET - GOOGLE CHROME


Ao se clicar com o botão direito do mouse sobre uma guia do programa de navegação
Google Chrome opção “Fixar Guia”, ao ser escolhida, coloca a guia no canto superior
esquerdo da janela. Essa função serve para manter a guia aberta sempre que você abrir
o Chrome (acesso direto). Essa é uma boa função para e-mail e outros sites importantes
que necessitam de uma checagem contínua.
Essa opção pode ser acessada clicando-se com o botão direito na guia desejada.

Na linha de endereço do Chrome podemos digitar diretamente alguns caminhos para


acessar alguns recursos como em:

chrome://history/ Acessa o histórico de navegação

chrome://downloads/ Acessa o gerenciador de downloads.

chrome://settings/ Acessa as configurações do navegador.

chrome://bookmarks/ Acessa os favoritos.

chrome://extensions/ Acessa as extensões.

DICA BÔNUS
GOOGLE CHROME

ATALHOS

Abrir uma nova aba CTRL + T

Fechar uma aba CTRL + W

Abrir janela anônima CTRL + SHIFT + N

Atualizar página F5

Tela Cheia F11

Fechar Janela ALT + F4

Selecionar todo o texto CTRL + A

Abrir Downloads CTRL + J

Buscar na Página CTRL + F

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REGIMENTO INTERNO DO TSE
DICA 21
TSE: DAS SESSÕES- ATAS DAS SESSÕES
As atas das sessões, nas quais se resumirá com clareza tudo quanto nelas houver ocorrido,
serão datilografadas em folhas soltas para sua encadernação oportuna e, após assinadas
pelo Presidente, serão publicadas no "Diário da Justiça".
Ata de sessão é o mesmo que Ata de convenção partidária?
Não, a ata de convenção partidária é o registro feito pelos partidos políticos no qual consta
formalmente tudo o que for decidido na convenção da legenda. Isso porque, segundo o
artigo 87 do Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965), só podem concorrer às eleições as
candidatas e candidatos que estiverem filiados a um partido político.
DICA 22
TSE: DA DECLARAÇÃO DE INVALIDADE DE LEI OU ATO CONTRÁRIO À
CONSTITUIÇÃO
O Tribunal, ao conhecer de qualquer feito, se verificar que é imprescindível decidir-se sobre
a validade, ou não, de lei ou ato em face da Constituição, suspenderá a decisão para
deliberar, na sessão seguinte, preliminarmente, sobre a argüida invalidade. Na sessão
seguinte será a questionada invalidade submetida a julgamento, como preliminar, e, em
seguida, consoante a solução adotada, decidir-se-á o caso concreto que haja dado lugar
àquela questão.
IMPORTANTE:
Somente pela maioria absoluta dos juízes do Tribunal poderá ser declarada a invalidade da
lei ou ato contrário à Constituição.
DICA 23
TSE: DO HABEAS-CORPUS
Se dará o habeas-corpus sempre que, por ilegalidade ou abuso de poder, alguém sofrer ou
se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, de que
dependa o exercício de direitos ou deveres eleitorais.
No processo e julgamento, quer dos pedidos de competência originária do Tribunal (art. 8°,
letra l), quer dos recursos das decisões dos Tribunais Regionais, denegatórias da ordem,
observar-se-ão, no que lhes forem aplicáveis, o disposto no Código de Processo Penal (Liv.
VI Cap. X) e as regras complementares estabelecidas no Regimento Interno do Supremo
Tribunal Federal.
DICA 24
TSE: DO MANDADO DE SEGURANÇA
Para proteger direito líquido e certo fundado na legislação eleitoral, e não amparado por
habeas-corpus, conceder-se-á mandado de segurança. No processo e julgamento do
mandado de segurança, quer nos pedidos de competência do Tribunal, (art. 8, letra l), quer
nos recursos das decisões denegatórias dos Tribunais Regionais, observar-se-ão, no que
forem aplicáveis, as disposições da Lei n. º 1.533, de 31 de dezembro de 1951 e do
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

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Mandado de segurança pode ser proposto em situações emergenciais na Justiça Eleitoral?
Sim, tanto o mandado de segurança e quanto as ações cautelares poderão ser propostas
em situações emergenciais na Justiça Eleitoral, pois o uso dos instrumentos jurídicos tem
como objetivo assegurar direitos.
DICA 25
TSE: DOS RECURSOS ELEITORAIS - CONHECIMENTO

O Tribunal conhecerá dos recursos interpostos das decisões dos Tribunais Regionais:

Quando proferidas com ofensa à letra expressa da lei;

Quando derem à mesma lei interpretação diversa da que tiver sido adotada por outro
Tribunal Eleitoral;

Quando versarem sobre expedição de diplomas nas eleições federais e estaduais.

ATENÇÃO!

Sobre esta matéria: Por ser um material pré-edital, estamos trabalhando aqui com
o Regimento Interno do Tribunal Superior Eleitoral. Conforme saia o edital, faremos
atualizações nesta disciplina, de acordo com o TRE de cada estado aderente ao concurso
unificado.
Atenciosamente
Equipe Pensar Concursos

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NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES FEDERAIS
DICA 26
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990 - SERVIDOR
FEDERAL INATIVO QUE NÃO GOZOU LICENÇA-PRÊMIO POR QUALQUER MOTIVO
DEVE RECEBER EM DINHEIRO
A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) fixou, sob o rito dos recursos
repetitivos, a tese de que o servidor federal inativo, independentemente de prévio
requerimento administrativo, tem direito à conversão em dinheiro da licença-prêmio não
usufruída durante a atividade funcional nem contada em dobro para a aposentadoria, sob
pena de enriquecimento ilícito do ente público.
Baseado na redação original do artigo 87, parágrafo 2º, da Lei 8.112/1990 e no artigo 7º
da Lei 9.527/1997, o colegiado definiu, também, que não é necessário comprovar que a
licença não tenha sido tirada por necessidade do serviço.
DICA 27
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990 - PLANO DE
SEGURIDADE SOCIAL

O Plano de Seguridade Social visa a dar cobertura aos riscos a que estão sujeitos o
servidor e sua família, e compreende um conjunto de benefícios e ações que atendam às
seguintes finalidades:

garantir meios de subsistência nos eventos de doença, invalidez, velhice, acidente em


serviço, inatividade, falecimento e reclusão;

proteção à maternidade, à adoção e à paternidade;

assistência à saúde.
DICA 28
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990 - PLANO DE
SEGURIDADE SOCIAL

Os benefícios do Plano de Seguridade Social do servidor compreendem:

Quanto ao servidor:

aposentadoria;

auxílio-natalidade;

salário-família;

licença para tratamento de saúde;

licença à gestante, à adotante e licença-paternidade;

licença por acidente em serviço;

assistência à saúde;

garantia de condições individuais e ambientais de trabalho satisfatórias;

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Quanto ao dependente:

pensão vitalícia e temporária;

auxílio-funeral;

auxílio-reclusão;
assistência à saúde.

DICA 29
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS - LEI 8.112/1990 –
APOSENTADORIA

O servidor será aposentado:

por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando decorrente de acidente


em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificada
em lei, e proporcionais nos demais casos;

compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo


de serviço;

voluntariamente:

→ aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e aos 30 (trinta) se mulher, com
proventos integrais;

→ aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em funções de magistério se professor, e 25


(vinte e cinco) se professora, com proventos integrais;

→ aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25 (vinte e cinco) se mulher, com
proventos proporcionais a esse tempo;

→ aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e aos 60 (sessenta) se mulher,


com proventos proporcionais ao tempo de serviço.

DICA 30
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990 - DA
APOSENTADORIA COMPULSÓRIA E VOLUNTÁRIA
A aposentadoria compulsória será automática, e declarada por ato, com vigência a partir
do dia imediato àquele em que o servidor atingir a idade-limite de permanência no serviço
ativo.
Já a aposentadoria voluntária ou por invalidez vigorará a partir da data da publicação do
respectivo ato.

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DICA 31
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990 - DOENÇAS
GRAVES, CONTAGIOSAS OU INCURÁVEIS
Consideram-se doenças graves, contagiosas ou incuráveis, a que se refere o inciso I do
artigo 186 desta lei, tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia
maligna, cegueira posterior ao ingresso no serviço público, hanseníase, cardiopatia grave,
doença de Parkinson, paralisia irreversível e incapacitante, espondiloartrose anquilosante,
nefropatia grave, estados avançados do mal de Paget (osteíte deformante), Síndrome de
Imunodeficiência Adquirida - AIDS, e outras que a lei indicar, com base na medicina
especializada.
DICA 32
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS - LEI 8.112/1990 - AUXÍLIO-
NATALIDADE
O auxílio-natalidade é devido à servidora por motivo de nascimento de filho, em quantia
equivalente ao menor vencimento do serviço público, inclusive no caso de natimorto. Na
hipótese de parto múltiplo, o valor será acrescido de 50% (cinquenta por cento), por
nascituro.
O auxílio será pago ao cônjuge ou companheiro servidor público, quando a parturiente não
for servidora.
DICA 33
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990- DOS
BENEFÍCIOS – DO SALÁRIO-FAMÍLIA

Renda Inicial no salário-família será:

De equivalente a uma cota para cada filho de até 14 anos de idade, se inválido,
independerá da idade.

Pago ao trabalhador com remuneração de até R$ 1.503,25.

Valor vigente em 2021: R$ 51,27 por cota.

Pode ser inferior a 1 salário-mínimo.


(É pago somente aos trabalhadores de baixa renda).

ATENÇÃO!

O salário-família é pago de forma proporcional aos dias trabalhados no mês em que


foi admitido ou demitido.
Em caso de trabalhador avulso, o pagamento deverá ser feito de forma integral
(mês inteiro).

TOME NOTA: O salário-família não terá a sua cota incorporada ao salário ou ao


benefício.

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DICA 34
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990 - DOS
BENEFÍCIOS – DO SALÁRIO-FAMÍLIA

O salário-família deve ser pago:

a partir da data de apresentação da certidão de nascimento do filho ou equiparado;

Obrigatória apresentação do cartão de vacinação (com vacinas em dia) para filhos de até
6 anos de idade;

Obrigatória comprovação semestral de frequência escolar para crianças a partir de 4


anos de idade. Antes, a idade era de 7 anos, atualmente, conforme Decreto 10.410/2020,
passou a ser 4 anos de idade.

TOME NOTA: A falta de apresentação dos referidos documentos, no prazo definido


pelo INSS, o pagamento do benefício será suspenso.

ATENÇÃO!

É possível o recebimento de dois salários-família pelo mesmo filho, desde que ambos
os pais sejam responsáveis pela criança, e sejam individualmente de baixa renda.
Após a suspensão do benefício, caso o segurado comprove a vacinação ou frequência
escolar da criança, será devido pagamento da cota relativa do período suspenso.

DICA 35
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990 - PAI E MÃE
SERVIDORES PÚBLICOS
Quando o pai e mãe forem servidores públicos e viverem em comum, o salário-família será
pago a um deles; quando separados, será pago a um e outro, de acordo com a distribuição
dos dependentes.
IMPORTANTE:
Ao pai e à mãe equiparam-se o padrasto, a madrasta e, na falta destes, os representantes
legais dos incapazes.

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DIREITO ELEITORAL

DICA 36

FASES DO PROCESSO ELEITORAL


A sequência de atos que levam à escolha dos representantes por meio das eleições,
finalizando com a diplomação dos candidatos e o julgamento das ações eleitorais.

Os principais autores apontam as seguintes etapas do processo eleitoral: 1) convenções


partidárias; 2) registro de candidaturas; 3) propaganda eleitoral; 4) preparação das
eleições; 5) votação; 6) apuração; 7) diplomação.

ATENÇÃO!

Há duas fases no processo eleitoral – uma pré-eleitoral que se inicia com a realização
das convenções partidárias e a escolha das candidaturas, prolongando-se até a
propaganda eleitoral. A fase pós-eleitoral começa com a apuração e contagem dos votos
e termina com a diplomação dos candidatos eleitos (bem como seus suplentes).

CUIDADO!
Quando o STF julgou a constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa, ampliou o conceito de
processo eleitoral, alcançando atos anteriores às convenções partidárias, praticados
em ano eleitoral (HC 104286).
DICA 37
CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS
Segundo a Lei das Eleições (artigo 8º, caput, da Lei n.º 9.504/97) a escolha dos candidatos
pelos partidos e a deliberação sobre coligações deverão ser feitas no período de 20 de julho
a 5 de agosto do ano em que se realizarem as eleições.

ATENÇÃO!

cada partido poderá registrar candidatos para a Câmara dos Deputados, Câmara e
Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais no total de até 100% do número de lugares
a preencher mais um (artigo 10, caput, da Lei n.º 9.504/97).

CUIDADO!
Cada partido ou coligação preencherá o mínimo de 30% (trinta por cento) e o máximo de
70% (setenta por cento) para candidaturas de cada sexo (artigo 10, parágrafo terceiro, da
Lei n.º 9.504/97).
DICA 38
COLIGAÇÕES PARTIDÁRIAS
É na convenção que o partido resolve se vai disputar eleições isoladamente ou se fará
coligações.

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ATENÇÃO!
A Emenda Constitucional n.º 97, da 2017 proibiu a coligação para as eleições
proporcionais. Apenas nas eleições majoritárias são admitidas coligações.

CUIDADO!
Em 21/6/22, o TSE julgou a consulta 0600591-69.2021.6.00.0000, definindo que os
partidos políticos que formarem coligação para a disputa de governo estadual em 2022
deveriam respeitar esse acordo na definição das candidaturas para o Senado Federal.
Embora eles possam lançar candidatos independentes, não podem se coligar a legendas
diferentes com vista ao mandato parlamentar.
DICA 39
FEDERAÇÕES PARTIDÁRIAS
Dois ou mais partidos políticos podem se reunir em federação, registrada perante o TSE, a
qual atuará como se fosse uma única agremiação partidária (artigo 11-A, Lei n.º 9.096/95).

ATENÇÃO!

Os partidos reunidos em federação deverão permanecer filiados por no mínimo quatro


anos (artigo 11-A, inciso II, Lei n.º 9.096/95).

Se o partido sair da federação ficará proibido de ingressar em outra federação, de celebrar


coligação nas duas eleições seguintes e até completar o prazo mínimo remanescente da
federação, de utilizar o fundo partidário (artigo 11-A, parágrafo quarto, Lei n.º 9.096/95).
CUIDADO!
Se houver desligamento de um ou mais partidos, a federação prosseguirá em
funcionamento até a eleição seguinte, desde que nela permaneçam dois ou mais
partidos (artigo 11-A, parágrafo quinto, Lei n.º 9.096/95).

O partido que se desligar da federação poderá participar da eleição isoladamente se


a ruptura ocorrer até seis meses antes do pleito. Caso a extinção da federação seja
motivada pela fusão ou incorporação entre os partidos, nenhuma das penalidades será
aplicada.

A Resolução TSE n.º 23.670, de 14 de dezembro de 2021 regulamenta as federações de


partidos políticos.
DICA 40
REGISTRO DE CANDIDATURAS
É um processo complexo instaurado para que o partido formalize na Justiça Eleitoral pedido
ou requerimento de registro de candidatura de seus filiados escolhidos em convenção que
concordaram em disputar as eleições.
CUIDADO!
No Recurso Especial Eleitoral n° 0600938-72.2022.6.25.0000/SE (julgado em 03/11/2022),
o Tribunal Superior Eleitoral, por unanimidade, reafirmou o caráter jurisdicional dos
processos de registro de candidatura, mesmo quando não impugnados.

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Memorex TRE – AJAJ – Rodada 04
Ou seja, esgotados os prazos recursais das decisões proferidas nestes processos, sem que
haja recurso, configurar-se-á coisa julgada, não podendo ser proferida outra decisão que
modifique a anteriormente prolatada.

ATENÇÃO!

Até 20 dias antes das eleições TODOS os pedidos de registro de candidaturas deverão
estar JULGADOS pelas instâncias ordinárias, com as decisões devidamente publicadas
(artigo 16, parágrafo primeiro, da Lei n.º 9.504/97).

Os processos de registro de candidaturas terão PRIORIDADE sobre quaisquer outros (artigo


16, parágrafo segundo, da Lei n.º 9.504/97).
DICA 41
CANDIDATURA NATA
O artigo 8º, parágrafo primeiro, da Lei n.º 9.504/97 prevê que aos detentores de mandato
de Deputado Federal, Estadual ou Distrital, ou de Vereador, e aos que tenham exercido
esses cargos em qualquer período da legislatura que estiver em curso, é assegurado o
registro de candidatura para o mesmo cargo pelo partido a que estejam filiados.
CUIDADO!
O dispositivo acima, conhecido como “CANDIDATURA NATA” foi objeto da Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI) 2530 e no dia 18/08/2021, o Supremo Tribunal Federal (STF)
declarou por UNANIMIDADE a inconstitucionalidade do dispositivo.

ATENÇÃO!

O STF entendeu que o dispositivo viola a isonomia entre os pretendentes a cargos


legislativos e a autonomia partidária.

DICA 42
SUBSTITUIÇÃO DE CANDIDATOS
Os partidos ou coligações podem substituir candidato que for considerado inelegível,
renunciar ou falecer após o termo final do prazo do registro ou, ainda, tiver seu registro
indeferido ou cancelado.
PRAZO: Segundo o parágrafo terceiro do artigo 13, da Lei n.º 9.504/97, até vinte dias
antes das eleições (exceto em caso de falecimento, quando a substituição poderá
ultrapassar esse prazo).
CUIDADO!
O registro do substituto deverá ser requerido até dez dias contados do fato ou da
notificação do partido da decisão judicial que deu origem à substituição (artigo 13,
parágrafo primeiro, da Lei n.º 9.504/97).

PERGUNTA: E se o falecimento ocorrer às vésperas das eleições, como fica a


substituição?
Na consulta n.º 1204, de 08/06/2006, o TSE decidiu que se o evento morte ocorrer após a
convenção partidária e até o dia do primeiro turno da eleição, a substituição poderá ser

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requerida até vinte e quatro horas antes da eleição, desde que observado o prazo de dez
dias, contados do fato.

DICA 43
MORTE DE CANDIDATO DO PROPORCIONAL NÃO SUBSTITUÍDO
Se o candidato a deputado (ou vereador) falece antes das eleições e não é substituído, seus
votos são considerados nulos para todos os efeitos e NÃO integram o quociente partidário.

ATENÇÃO!

Embora o sistema adotado no Brasil seja o proporcional de lista aberta, no qual os votos
de todos os candidatos do partidos são computados para o cálculo do quociente partidário,
os votos dados ao candidato falecido (o mesmo vale para os casos de indeferimento do
registro ou renúncia) não são considerados votos válidos.

JURISPRUDÊNCIA

O TSE já se pronunciou nesse sentido:


“Recurso contra a expedição de diploma. Art. 262, III, do CE. Art. 175, § 3º, do Código
Eleitoral. Candidato a deputado falecido quatro dias antes da eleição. Votos nulos para
todos os efeitos. O falecimento do candidato antes do pleito importa considerar nulos os
votos a ele conferidos, conforme preceitua o art. 175, § 3º, do Código Eleitoral. [...]” (Ac.
nº 578, de 11.5.99, rel. Min. Eduardo Alckmin.)

DICA 44
SUBSTITUIÇÃO DE CANDIDATO MAJORITÁRIO - COLIGAÇÕES

ATENÇÃO!

Nas eleições majoritárias, se o candidato for de coligação, a substituição deverá fazer-


se por decisão da maioria absoluta dos órgãos executivos de direção dos partidos
coligados, podendo o substituto ser filiado a qualquer partido dela integrante, desde
que o partido ao qual pertencia o substituído renuncie ao direito de preferência.

Ou seja, a substituição precisa ser decidida por metade mais um dos dirigentes partidários
integrantes da coligação. O filiado ao mesmo partido do substituído tem preferência para
exercer a substituição. Caso renuncie a este direito, o substituto poderá ser filiado a
qualquer partido integrante da coligação (artigo 13, parágrafo terceiro, da Lei n.º 9.504/97).
CUIDADO!
A escolha do substituto é feita na forma estabelecida pelo estatuto do partido ao qual
pertence o substituído (artigo 13, parágrafo 1º, da Lei n.º 9.504/97).
Ou seja, se o Candidato X, do Partido A falecer, a forma de escolha e os critérios adotados
serão aqueles presentes no estatuto do Partido A, mesmo que seja decidido que o
substituto será o Candidato Y, do Partido B.

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Se a substituição ocorrer após a preparação das urnas, o substituto concorrerá com o
nome, o número e a fotografia do substituído, cabendo-lhe os votos a este atribuídos.
DICA 45
SUBSTITUIÇÃO E UNICIDADE DA CHAPA
No segundo turno das eleições, por determinação constitucional expressa, não é possível
a substituição de candidato (artigo 77, parágrafo quarto, da Constituição Federal).
A norma é reproduzida no artigo 2º, parágrafo segundo, da Lei n.º 9.504/97: “(...)§2º Se,
antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de
candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação”.
COMO ACONTECE? Convoca-se o terceiro colocado, desfazendo-se a chapa vitoriosa no
primeiro turno, mas que, para o segundo, ficou desfalcada de um de seus integrantes. Se
houver empate no terceiro lugar, prevalecerá o mais idoso.
CUIDADO!
No caso de o candidato a “vice” ser o substituído, o TSE já entendeu não haver impedimento
à substituição.
“Consulta. Candidato a vice-governador de estado. Substituição anterior ao segundo turno
por morte, desistência ou impedimento legal. Hipótese de aplicação do art. 13, § 2o, da Lei
no 9.504/97 [...]” (TSE – Ac. no 20.141, de 26-3-1998 – JURISTSE 7:243).
Desta forma, a chapa só seria desfeita se o substituído fosse o titular.

ATENÇÃO!

Isso configura uma exceção ao Princípio da Unidade ou Unicidade da Chapa visto


anteriormente.

DICA 46
FINANCIAMENTO DE CAMPANHA

As fontes de arrecadação de recursos de campanha podem ser: a) recursos próprios; b)


doações de pessoas físicas; c) doações de outros candidatos ou partidos políticos; d)
recursos do fundo partidário; e) comercialização de bens ou realização de eventos.
IMPORTANTE! não é admitida a entrega de dinheiro em espécie diretamente aos
candidatos.
As doações somente podem ser realizadas por meio de cheque cruzado e nominal,
transferência bancária ou depósito bancário devidamente identificado. É admitida, ainda, a
doação por pagamento de boleto bancário, cartão de crédito e débito.

ATENÇÃO!

O artigo 22-A, parágrafo terceiro da Lei n.º 9.504/97 permite que desde 15 de maio do
ano eleitoral os pré-candidatos realizem arrecadação prévia de recursos através de
instituições que promovam técnicas e serviços de financiamento coletivo por meio de sítios
na internet, aplicativos eletrônicos e outros recursos similares (crowdfunding, as
chamadas “vaquinhas virtuais”).

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Memorex TRE – AJAJ – Rodada 04

CUIDADO!

A liberação dos recursos é condicionada ao registro da candidatura, com a realização


despesas de campanha dentro do calendário eleitoral.
DICA 47
DOAÇÕES DE PESSOAS FÍSICAS - ESTIMÁVEIS
Pessoas físicas poderão fazer doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro para
campanhas eleitorais, desde que as contribuições e doações não ultrapassem 10% dos
rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano anterior à eleição (artigo 23, parágrafo
primeiro, da Lei n.º 9.504/97.
Doação estimável é aquela que envolve serviços ou bens do doador que devem ser
valorados em dinheiro.

CUIDADO!
Para doações estimáveis em dinheiro nas quais sejam utilizados bens móveis ou imóveis de
propriedade do doador, não se aplica o limite de 10% dos rendimentos brutos.
Porém, o valor estimado não pode ultrapassar R$40.000,00 (quarenta mil reais) por
doador (artigo 23, parágrafo sétimo, da Lei n.º 9.504/97).

Exemplo: um doador pode ceder imóveis para que o candidato instale comitês de
campanha, porém, o valor relativo aos alugueres que deveriam ser pagos (estimados em
dinheiro) não pode ultrapassar R$40.000,00.
DICA 48
DOAÇÕES DE PESSOAS FÍSICAS – FINANCEIRAS
As doações financeiras de valor igual ou superior a R$1.064,10 (mil e sessenta e
quatro reais e dez centavos) só poderão ser realizadas mediante transferência
eletrônica entre as contas bancárias do doador e do beneficiário ou por meio de cheque
cruzado e nominal (artigo 21, parágrafo primeiro, da Resolução TSE n.º 23.607/2019).
CUIDADO!
Ainda que o doador faça diversas doações no mesmo dia de valor inferior a R$ 1.064,10,
elas serão somadas e, se alcançarem R$ 1.064,10 ou valor superior, TODAS deverão ser
feitas por transferência eletrônica (artigo 21, parágrafo segundo, da Resolução TSE n.º
23.607/2019).

ATENÇÃO!

Doações realizadas em desacordo com a legislação devem ser recolhidas ao Tesouro


Nacional, pois configuram Recursos de Origem Não Identificada (RONI), na forma do
artigo 32, da Resolução TSE n.º 23.607/2019 e artigo 24, parágrafo quarto, da Lei n.º
9.504/97.

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DICA 49
DOAÇÕES DE PESSOAS FÍSICAS – COMISSIONADOS

Partidos (e candidatos) não podem receber doações (nem mesmo estimáveis em dinheiro)
de pessoas físicas que exerçam função ou cargo público de livre nomeação e exoneração,
ou cargo ou emprego público temporário, com exceção dos filiados ao partido político
(artigo 31, inciso V, da Lei n.º 9.096/95).

Cargos em comissão estão previstos no artigo 37, inciso II, da Constituição Federal e são
aqueles declarados em lei, de livre nomeação e exoneração.
CUIDADO!
Se o servidor for filiado a partido político poderá realizar a doação, desde que respeitando
os limites previstos em Lei.
DICA 50
DOAÇÕES DE SERVIÇOS

Pessoas físicas que exerçam atividade que depende de permissão pública não podem
realizar doações a partidos e candidatos (artigo 24, inciso III, da Lei n.º 9.504/97).

CUIDADO!
Os gastos advocatícios e de contabilidade referentes a consultoria, assessoria e honorários,
relacionados à prestação de serviços em campanhas eleitorais e em favor destas, bem como
em processo judicial decorrente de defesa de interesses de candidato ou partido político,
não estão sujeitos a limites de gastos ou a limites que possam impor dificuldade ao
exercício da ampla defesa.
Desta forma, doações de serviços advocatícios ou de contabilidade estimáveis em dinheiro
não estão submetidos aos limites legais.
DICA 51
RECURSOS PRÓPRIOS

O candidato poderá utilizar recursos próprios em sua campanha até o total de 10% (dez
por cento) dos limites previstos para gastos de campanha no cargo em que concorrer
(artigo 23, parágrafo 2º-A, da Lei n.º 9.504/97).

ATENÇÃO!

A portaria n.º 647, de 12 de julho de 2022, do TSE disciplinou os limites para gastos de
campanha nas Eleições de 2022. Para Presidente da República, por exemplo, o limite de
gastos no Primeiro Turno foi de 70 milhões de reais. Assim, um candidato a presidente
que desejasse alocar recursos próprios em sua campanha poderia fazê-lo até o limite de
7 milhões de reais.

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DICA 52
GASTOS DE CAMPANHA

São considerados gastos eleitorais (artigo 26, da Lei n.º 9.504/97):

1. confecção de material impresso de qualquer natureza e tamanho;

2. propaganda e publicidade direta ou indireta, por qualquer meio de divulgação,


destinada a conquistar votos;

3. aluguel de locais para a promoção de atos de campanha eleitoral;

4. despesas com transporte ou deslocamento de candidato e de pessoal a serviço


das candidaturas;

5. correspondência e despesas postais;

6. despesas de instalação, organização e funcionamento de Comitês e serviços


necessários às eleições;

7. remuneração ou gratificação de qualquer espécie a pessoal que preste serviços às


candidaturas ou aos comitês eleitorais;

8. montagem e operação de carros de som, de propaganda e assemelhados;

9. a realização de comícios ou eventos destinados à promoção de candidatura;

10. produção de programas de rádio, televisão ou vídeo, inclusive os destinados à


propaganda gratuita;

11. realização de pesquisas ou testes pré-eleitorais;

12. custos com a criação e inclusão de sítios na internet e com o impulsionamento de


conteúdos contratados diretamente com provedor da aplicação de internet com sede e
foro no País.

ATENÇÃO!

Os adesivos de propaganda poderão ter a dimensão máxima de 50cm por 40cm (artigo
38, parágrafo terceiro, da Lei n.º 9.504/97).

CUIDADO!
Há um limite de 20% do total do gasto de campanha com aluguel de veículos automotores.
Obs.: As despesas com consultoria, assessoria e pagamento de honorários realizadas
em decorrência da prestação de serviços advocatícios e de contabilidade no curso das
campanhas eleitorais serão consideradas gastos eleitorais, mas serão excluídas do
limite de gastos de campanha (artigo 26, parágrafo quarto, da Lei n.º 9.504/97).

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DICA 53
DÍVIDAS DE CAMPANHA
Os gastos de campanha são de responsabilidade dos candidatos, não havendo
responsabilidade solidária entre estes e o partido ao qual estejam vinculados.

ATENÇÃO!

Existe a possibilidade de o partido assumir a dívida de campanha de candidatos (artigo


29, parágrafo terceiro, da Lei n.º 9.504/97).

Neste caso, é necessário que o órgão de direção nacional do partido autorize o diretório da
circunscrição em que ocorreram as eleições a assumir a dívida. O partido assumirá a
condição de devedor solidário.
LEMBRANDO: há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um
credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda (artigo
264, do Código Civil). Ou seja, havendo assunção da dívida pelo partido, o candidato
prosseguirá devedor solidário.
DICA 54
FUNDO PARTIDÁRIO E FINANCIAMENTO DE CANDIDATURAS FEMININAS E
NEGRAS

Para o financiamento de candidaturas femininas e de pessoas negras, a representação


do partido político na circunscrição das eleições deverá destinar percentuais relativos aos
seus gastos contratados com recursos do Fundo Partidário, da seguinte forma (artigo 19,
da Resolução TSE n.º 23.607/2019):

1) para as candidaturas femininas o percentual corresponderá a proporção dessas


candidaturas em relação a soma das candidaturas masculinas e femininas do partido, não
podendo ser inferior a 30% (trinta por cento);

Lembrando que cada partido ou coligação deverá registrar o mínimo de 30% e o máximo
de 70% para candidaturas de cada sexo. Ou seja, pode ser formada uma chapa com 70%
de mulheres e 30% de homens, ou o inverso (artigo 10, parágrafo terceiro, da Lei n.º
9.504/97).

2) para as candidaturas de pessoas negras o percentual corresponderá à proporção de: a)


mulheres negras e não negras do gênero feminino do partido; e b) homens negros e não
negros do gênero masculino do partido.

3) os percentuais de candidaturas femininas e de pessoas negras será obtido


pela razão dessas candidaturas em relação ao total de candidaturas da
representação do partido político na circunscrição.

ATENÇÃO!

A verba do Fundo Partidário destinada ao custeio das campanhas femininas e de pessoas


negras deve ser aplicada exclusivamente nestas campanhas, sendo ilícito o seuemprego
no financiamento de outras campanhas não contempladas nas cotas a que se destinam.

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CUIDADO!

É permitido o pagamento de despesas comuns com candidatos do gênero masculino e de


pessoas não negras, desde que haja benefício para campanhas femininas e de pessoas
negras (artigo 19, parágrafo sexto, da Resolução TSE n.º 23.607/2019).
Ou seja, o dinheiro do fundo partidário destinado a candidaturas femininas ou de pessoas
negras pode ser utilizado para o pagamento de despesas comuns com candidatos do gênero
masculino e de pessoas não negras, desde que comprovado que houve benefício às
campanhas dos titulares da reserva de valores (mulheres e pessoas negras).

As mesmas regras são aplicáveis quanto à distribuição do Fundo Especial de


Financiamento de Campanha (FEFC) – artigo 17, da Resolução TSE n.º 23.607/2019.

DICA 55
FUNDO ESPECIAL DE FINANCIAMENTO DE CAMPANHA (FEFC)
LEMBRANDO: O Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) é um fundo
público destinado ao financiamento das campanhas eleitorais dos candidatos (artigos 16-C
e 16-D, da Lei nº 9.504/1997). As regras de gestão e distribuição dos recursos do FEFC são
regidas pela Resolução TSE n.º 23.504/2019.

Para a eleição de 2022 o valor do FEFC foi de: R$4.961.519.777,00.


CUIDADO!
Não havendo candidatura própria ou em coligação na circunscrição das eleições, fica
vedado o repasse dos recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC)
para outros partidos políticos ou candidaturas desses mesmos partidos (artigo 17, parágrafo
primeiro, da Resolução TSE n.º 23.607/2019).

ATENÇÃO!

A regra acima foi questionada pelos Partidos União Brasil, Partido Liberal, Republicanos e
Progressistas, na ADI 7214, a qual foi julgada IMPROCEDENTE por UNANIMIDADE,
em 03/10/2022. Para o STF, a vedação a coligação em eleições proporcionais do artigo
17, parágrafo primeiro, da Constituição Federal não permite o repasse de recursos a
partidos políticos e candidatos não pertencentes à mesma coligação ou não coligados.

DICA 56
PROPAGANDA ELEITORAL

O conceito de propaganda eleitoral é bastante consolidado no âmbito do Tribunal Superior


Eleitoral: (...) o ato que leva ao conhecimento geral, ainda que de forma dissimulada, a
candidatura, mesmo que apenas postulada, a ação política que se pretende desenvolver ou
razões que induzam a concluir que o beneficiário é o mais apto ao exercício de função
pública(...) – (AgRgREspe n.º 18667).

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ATENÇÃO!

A propaganda só é permitida após o dia 15 de agosto do ano das eleições (artigo 36,
caput, da Lei n.º 9.504/97).

Multa por propaganda eleitoral antecipada vai de cinco a vinte e cinco mil reais ou o
equivalente ao custo da propaganda, se este for maior (artigo 36, parágrafo terceiro, da
Lei n.º 9.504/97).

CUIDADO!
Segundo o artigo 36-A, da Lei n.º 9.504/97, não configuram propaganda eleitoral
antecipada, desde que não envolvam pedido explícito de voto, a menção à pretensa
candidatura, a exaltação das qualidades pessoais dos pré-candidatos.

Além disso, não configuram propaganda eleitoral antecipada:

a participação de filiados a partidos políticos ou de pré-candidatos em entrevistas,


programas, encontros ou debates no rádio, na televisão e na internet, inclusive com a
exposição de plataformas e projetos políticos, observado pelas emissoras de rádio e de
televisão o dever de conferir tratamento isonômico;

a realização de encontros, seminários ou congressos, em ambiente fechado e a expensas


dos partidos políticos, para tratar da organização dos processos eleitorais, discussão de
políticas públicas, planos de governo ou alianças partidárias visando às eleições, podendo
tais atividades ser divulgadas pelos instrumentos de comunicação intrapartidária;

a realização de prévias partidárias e a respectiva distribuição de material informativo, a


divulgação dos nomes dos filiados que participarão da disputa e a realização de debates
entre os pré-candidatos;

a divulgação de atos de parlamentares e debates legislativos, desde que não se faça


pedido de votos;

a divulgação de posicionamento pessoal sobre questões políticas, inclusive nas redes


sociais;

a realização, a expensas de partido político, de reuniões de iniciativa da sociedade civil,


de veículo ou meio de comunicação ou do próprio partido, em qualquer localidade, para
divulgar ideias, objetivos e propostas partidárias;

campanha de arrecadação prévia de recursos (vaquinhas virtuais).

ATENÇÃO!

É proibida a confecção, utilização, distribuição por comitê, candidato, ou com a sua


autorização, de camisetas, chaveiros, bonés, canetas, brindes, cestas básicas ou
quaisquer outros bens ou materiais que possam proporcionar vantagem ao eleitor.

E TAMBÉM: é proibida a realização de showmício e de evento assemelhado para


promoção de candidatos, bem como a apresentação, remunerada ou não, de artistas com
a finalidade de animar comício e reunião eleitoral.

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DICA 57
PROPAGANDA INTRAPARTIDÁRIA
Permite-se a realização na quinzena anterior à escolha pelo partido político, de
propaganda intrapartidária visando à indicação de seu nome, inclusive por meio de afixação
de faixas e cartazes em local próximo da convenção, com mensagem aos convencionados,
vedado o uso do rádio, televisão e outdoor (artigo 36, parágrafo primeiro, da Lei n.º
9.504/97).
CUIDADO!
Se a propaganda se estender a pessoas indeterminadas, configurará propaganda eleitoral
antecipada.

ATENÇÃO!

Partidos poderão utilizar gratuitamente prédios públicos para a convenção de escolha


de candidatos (artigo 8º, parágrafo segundo, da Lei n.º 9.504/97).

DICA 58
PROPAGANDA EM BENS PÚBLICOS
A lei impede a realização de atos de propaganda em bens públicos ou abertos ao público e
de uso comum, tais como postes de iluminação pública, sinalização de tráfego, viadutos,
passarelas, pontes, paradas de ônibus. Não são permitidas pichações, inscrição a tinta e a
afixação de placas, estandartes, faixas, cavaletes, bonecos e assemelhados (artigo 37,
caput, da Lei n.º 9.504/97).
RELEMBRANDO: bens públicos de uso comum do povo (artigo 99, inciso I, do Código
Civil) são bens do Estado, mas destinados ao uso da população, tais como como rios, mares,
estradas, ruas e praças.

ATENÇÃO!

A lei equiparou bens privados de abertos ao público aos bens públicos quanto à
vedação de veiculação de propaganda eleitoral. Sendo assim, no interior de
estabelecimentos comerciais é vedada a veiculação de propaganda eleitoral (artigo 37,
parágrafo quarto, da Lei n.º 9.504/97).

JURISPRUDÊNCIA

O TSE já se manifestou nesse sentido no AgR-Respe n.º 060503530:


[...] são suficientes para demonstrar a materialidade da conduta ilícita, pois demonstram,
de forma inequívoca, os representados cumprimentando eleitores e distribuindo panfletos
no interior de diversos estabelecimentos comerciais (mercearia, loja de sapatos, loja de
presentes, lanchonete, drogaria, cafeteria e padaria), em patente violação da norma
proibitiva’”.

CUIDADO: embora os táxis sejam bens particulares, são considerados pelo TSE bens
de uso comum, sendo vedada sua utilização para afixação de propaganda eleitoral (Respe
n.º 76996 e Ag. n.º 2890)
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LEMBRE-SE: É vedada a propaganda eleitoral mediante outdoors, inclusive eletrônicos.
Os partidos, coligações e candidatos, bem como a empresa responsável ficam sujeitos à
imediata retirada da propaganda irregular e ao pagamento de multa no valor de R$
5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 15.000,00 (quinze mil reais), conforme determina o
artigo 39, parágrafo oitavo, da Lei n.º 9.504/97.
DICA 59
PROPANGANDA ELEITORAL PERMITIDA
São permitidas a utilização de bandeiras ao longo de vias públicas, desde que móveis e que
não dificultem o bom andamento do trânsito de pessoas e veículos; bem como a fixação de
adesivo plástico em automóveis, caminhões, bicicletas, motocicletas e janelas residenciais,
desde que não exceda a 0,5 m² (meio metro quadrado).

ATENÇÃO!

O candidato pode instalar mesas para distribuição de material de campanha, bem como
utilizar bandeiras ao longo das vias públicas, desde que móveis e que não dificultem o
bom andamento do trânsito de pessoas e veículos (artigo 37, parágrafo sexto, da Lei n.º
9.504/97).

CUIDADO!
A aferição da mobilidade fica caracterizada com a colocação e a retirada dos meios de
propaganda entre as seis horas e as vinte e duas horas (artigo 37, parágrafo sétimo, da
Lei n.º 9.504/97).
LEMBRE-SE: é proibido colar propaganda eleitoral em veículos, salvo adesivos
microperfurados até a extensão total do para-brisa traseiro e, em outras posições,
adesivos até a dimensão máxima de 50 (cinquenta) centímetros por 40 (quarenta)
centímetros.

DICA 60
MATERIAL IMPRESSO DE PROPAGANDA ELEITORAL
Não é necessária licença municipal ou autorização da Justiça Eleitoral para veiculação de
propaganda eleitoral pela distribuição de folhetos, adesivos, volantes e outros impressos,
os quais devem ser editados sob responsabilidade do partido, coligação ou candidato (artigo
38, caput, da Lei n.º 9.504/97).

ATENÇÃO!

Todo material impresso de campanha eleitoral deverá conter o número de inscrição no


Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ ou o número de inscrição no
Cadastro de Pessoas Físicas - CPF do responsável pela confecção, bem como de
quem a contratou, e a respectiva tiragem (artigo 38, parágrafo primeiro, da Lei n.º
9.504/97).

CUIDADO:
O material impresso tem que obedecer a limitação máxima de 50 (cinquenta) centímetros
por 40 (quarenta) centímetros (artigo 38, parágrafo terceiro, da Lei n.º 9.504/97).

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LEMBRE-SE: os candidatos são obrigados a se inscrever no Cadastro Nacional da Pessoa
Jurídica – CNPJ. Após o recebimento do pedido de registro de candidatura, a Justiça Eleitoral
deverá fornecer em até 3 (três) dias úteis o número de registro de CNPJ (artigo 22-A, caput
e parágrafo primeiro, da Lei n.º 9.504/97).
Após a apresentação do registro de candidatura à Justiça Eleitoral, a Receita Federal do
Brasil atribui, automaticamente, um número de CNPJ ao candidato.
DICA 61
USO DE ALTO-FALANTES E AMPLIFICADORES DE SOM

Somente é permitido de alto-falantes ou amplificadores de som entre as oito e as vinte


e duas horas, sendo vedados a instalação e o uso destes equipamentos em distância inferior
a duzentos metros: 1) das sedes dos Poderes Executivo e Legislativo da União, dosEstados,
do Distrito Federal e dos Municípios, das sedes dos Tribunais Judiciais, e dos quartéis e
outros estabelecimentos militares; 2) dos hospitais e casas de saúde; 3) das escolas,
bibliotecas públicas, igrejas e teatros, quando em funcionamento (artigo 39, parágrafo
terceiro, da Lei n.º 9.504/97).
LEMBRE-SE: a violação da norma anterior gera providência administrativa para fazer
cessá-la (poder de polícia), porém, não há incidência de multa, por ausência de previsão
legal (Respe n.º 35724, TSE).

ATENÇÃO!

A realização de comícios e a utilização de aparelhagens de sonorização fixas são


permitidas no horário compreendido entre as 8 (oito) e as 24 (vinte e quatro) horas.

CUIDADO!
O comício de encerramento da campanha poderá ser prorrogado por mais 2 (duas) horas
(parágrafo quarto, do artigo 39, da Lei n.º 9.504/97).

DICA 62
PODER DE POLÍCIA – FISCALIZAÇÃO DE PROPAGANDA ELEITORAL

JURISPRUDÊNCIA

Compete ao Juiz Eleitoral, no regular exercício do poder de polícia, decretar medidas que
visem coibir a prática de propaganda ilícita (RO n.º 3558 – TSE).

ATENÇÃO!

O Código Tributário Nacional conceitua o que é poder de polícia em seu art. 78:
“Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou
disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou
abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene,
à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades
econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade
pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.”

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LEMBRE-SE: o poder de polícia no Direito Eleitoral constitui atividade exercida pelo Juiz
Eleitoral no sentido de disciplinar direito, interesse ou liberdade, regulando a prática de
abstenção de atos em razão do interesse público manifestado em Lei.
O artigo 249 do Código Eleitoral prevê que “o direito de propaganda não importa restrição
ao poder de polícia quando este deva ser exercido em benefício da ordem pública”.
O poder de polícia restringe-se às providências necessárias para inibir práticas
ilegais (artigo 41, parágrafo segundo, da Lei n.º 9.504/97).
DICA 63
CARROS DE SOM
Até às vinte e duas horas do dia que antecede às eleições são permitidas a distribuição
de material gráfico, a realização de caminhadas, carretas, passeatas e a utilização de carros
de som que transitem pela cidade divulgando jingles ou mensagens dos candidatos (artigo
39, parágrafo nono, da Lei n.º 9.504/97).

ATENÇÃO!

É proibida a utilização de trios elétricos em campanhas, exceto para comícios (artigo


39, parágrafo décimo, da Lei n.º 9.504/97).

CUIDADO!
A circulação de carros de som ou minitrios com propaganda eleitoral é permitida em
carreatas, caminhadas, passeatas ou durante reuniões e comícios, desde que
observado o limite de oitenta decibéis de nível de pressão sonora, medido a sete metros de
distância do veículo (artigo 39, parágrafo onze, da Lei n.º 9.504/97).
LEMBRE-SE: a utilização alto-falantes, amplificadores de som ou a promoção de
comícios ou carreatas no dia das eleições constitui crime, punível com detenção de seis
meses a um ano (com alternativa de prestação de serviços à comunidade) e multa no valor
de cinco mil a quinze mil UFIR.
DICA 64
PROPAGANDA NO DIA DAS ELEIÇÕES

O artigo 39-A, caput, da Lei n.º 9.504/97 prevê que é permitida, no dia das eleições, a
manifestação individual e silenciosa da preferência do eleitor por partido político, coligação
ou candidato, revelada exclusivamente pelo uso de bandeiras, broches, dísticos eadesivos.

Ou seja, o eleitor pode entrar na seção para votar enrolado em uma bandeira de seu partido
e cheio de broches e adesivos. Só não pode manifestar-se de forma a incomodar aos demais
eleitores.

ATENÇÃO!

No dia das eleições, até o término do horário da votação, fica proibida a aglomeração
de pessoas portando vestuário padronizado, bem como os instrumentos de
propaganda (bandeiras, broches, dísticos e adesivos), de modo a caracterizar

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manifestação coletiva, com ou sem utilização de veículos (artigo 39-A, parágrafo
primeiro, da Lei n.º 9.504/97).

CUIDADO!
Fiscais partidários nos trabalhos de votação só podem utilizar crachás nos quais constem o
nome e a sigla do partido político ou coligação a que sirvam, sendo proibida a padronização
do vestuário (o artigo 39-A, parágrafo terceiro, da Lei n.º 9.504/97).
Fiscais não podem ostentar no crachá o número do partido pois isto configura propaganda
irregular.
DICA 65
PROPAGANDA ELEITORAL NA IMPRENSA
São permitidas até a antevéspera das eleições, a divulgação paga, na imprensa escrita e a
reprodução na internet do jornal impresso, de até 10 (dez) anúncios de propaganda
eleitoral, por veículo, em datas diversas, para cada candidato, no espaço máximo,
por edição, de 1/8 (um oitavo) de página de jornal padrão e de 1/4 (um quarto) de
página de revista ou tabloide.

ATENÇÃO!

No anúncio deverá constar, de forma visível, o valor pago pela inserção.

Em caso de descumprimento das regras anteriores, os responsáveis pelos veículos de


divulgação e os partidos políticos, coligações ou candidatos beneficiados ficarão sujeitos a
multa no valor de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 10.000,00 (dez mil reais) ou equivalente
ao da divulgação da propaganda paga, se este for maior.
CUIDADO: mesmo que o candidato beneficiado não tenha sido o responsável pela
veiculação da propaganda paga, poderá sofrer a condenação em multa (AgR-AI n.º 27205
– TSE).

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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
DICA 66
ORGANIZAÇÃO, SISTEMAS E MÉTODOS
Trata-se de realizar atividades de levantamento de dados, bem como por analisar, elaborar
e implementar sistemas administrativos na empresa, capazes de aperfeiçoar metodologias
utilizadas no trabalho, dar maior agilidade à realização das atividades, verificar a ocorrência
de atividades em duplicidade, com o objetivo de eliminá-las, criar padrão, implementar
melhorias contínuas, gerenciar projetos e processos e encontrar soluções para os problemas
enfrentados pela empresa, que são as chamadas patologias organizacionais.

A metodologia O&M é composta por etapas:

A identificação do problema;

A coleta de dados e informações;

A análise aprofundada do problema e do cenário geral;

Sugestões de melhoria para os processos ou a implementação de um novo sistema;

Treinamento e implementação.

Veja como foi cobrado em prova!

QUESTÃO FCC, 2004.


A implementação da função de Método em O&M deve estar alicerçada
Alternativas
A - no mapeamento de processos, diagnóstico de problemas nos fluxos de informações e
propostas de soluções corretivas.
B - na definição do organograma funcional da empresa.
C - no controle dos registros das informações, envolvendo formulários, relatórios e meios
eletrônicos.
D - na implantação de rede informatizada de dados, pois o tratamento sistêmico
proporciona a regularização dos métodos.
E - nos requisitos de programas de qualidade, como os definidos pela NBR ISO
9001:2000.

Gabarito: Letra A.

DICA 67
ORGANIZAÇÃO, SISTEMAS E MÉTODOS

São etapas da melhoria de um processo:

Mapeamento do processo – determinar a sequência de atividades do processo e pode


ser feita por formulário específico, brainstorming.

Elaboração do fluxograma – representar graficamente o processo.

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Monitoramento do processo – estabelecer a forma proativa de acompanhamento do
processo.

Identificando problemas – analisar o processo e identificar falhas na operação

Priorizando problemas – selecionar os problemas mais graves


Identificando as causas dos problemas – determinar os pontos a serem enfrentados.
Pode ser feita com o diagrama de Ishikawa, análise do 5W2H.

Priorizando as causas dos problemas – selecionar causas mais relevantes. Pode ser
feita com a matriz GUT, diagrama de Pareto, folha de verificação.

Identificando alternativas de solução – Elaborar planos de ação com as soluções


encontradas.

Normatização do processo – elaboram-se as normas e fluxos bem como a


documentação de apoio.

ENTRADAS(INPUTS) → PROCESSO (THROUGHPUT) → SAÍDAS (OUTPUTS).

Veja como foi cobrado em prova!

QUESTÃO FCC, 2020.


Determinada organização que esteja implementando ações para melhoria de seus
processos, ao ingressar na etapa de normatização, estará
Alternativas
A - na fase de monitoramento dos processos, com utilização de indicadores de
desempenho que permitem identificar o atingimento das metas de aprimoramento
estabelecidas.
B - iniciando o mapeamento de tais processos, com a elaboração de fluxogramas que
identificam todas as entradas (inputs) e saídas (outputs), bem como os agentes
envolvidos no processo.
C - na etapa de identificação das falhas do processo, aplicando ações corretivas que
permitirão uma maior aproximação com o paradigma do processo ideal (normatizado)
para aquele objetivo.
D - na etapa final dessa melhoria, na qual a definição das normas, a descrição da
rotina e a elaboração dos fluxos e demais documentos de apoio propiciarão a
operacionalidade dos processos.
E - aprovando o plano de trabalho para planejamento, desenvolvimento, controle e
aplicação de ações corretivas dos principais processos da organização, que compõem
o denominado Ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Action).
Gabarito: Letra D.

DICA 68
GESTÃO POR PROCESSOS - ETAPAS DO CICLO DE PROCESSOS

Segundo o Gestão pública, o Ciclo de Gerenciamento de Processos – SDPS é composto


pelas seguintes etapas:

Modelagem: identificar os valores que o processo em estudo deverá gerar.


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Simulação: incorporar dados estatísticos aos modelos de processos desenhados na
etapa anterior, visando à minimização dos riscos de efeitos indesejáveis quando de sua
implantação.

Emulação: incluir dados da realidade junto aos dados estimados identificados na fase
de simulação.

Encenação: representa a “vida real” dos processos modelados, simulados e emulados.

Veja como foi cobrado em prova!

QUESTÃO FCC, 2017.


Segundo o Gespública (2011), a gestão de processos é um mecanismo utilizado para
identificar, representar, minimizar riscos e implementar processos de negócios, dentro e
entre organizações. O modelo preconizado pela Society for Design and Process Science –
SDPS, considera, como etapas do ciclo do processo:
Alternativas
A - mapeamento, desenho, execução e monitoramento.
B - desenho, implementação, monitoramento e otimização.C
- identificação, conceituação, execução e refinamento.
D - modelagem, simulação, emulação e encenação.
E - mapeamento, modelagem, implementação e monitoramento.
Gabarito: Letra D.

DICA 69
GESTÃO POR PROJETOS - GERENCIAMENTO DE PROJETOS
Sabendo que processos se referem às atividades que não têm um prazo específico, porém
o projeto sim, os projetos costumam ter um tempo específico.
Portanto, o gerenciamento de projetos é o processo de liderar o trabalho de uma equipe
para atingir todos os objetivos do projeto dentro das restrições especificadas. Essas
informações geralmente são descritas na documentação do projeto, criada no início do
processo de desenvolvimento.
DICA! Os processos e projetos são ações que constroem a rotina e o funcionamento da
organização. Os projetos são limitados no tempo.
DICA 70
CICLO DE VIDA DE UM PROJETO

O ciclo de vida do projeto é dividido em cinco fases de gestão de projeto:

Iniciação;

Planejamento;

Execução;

Monitoramento;

Encerramento.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
DICA 71
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS - REMÉDIOS
CONSTITUCIONAIS

Mandado de Injunção: cabível em caso de omissão total ou parcial de norma


regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania, ex. art. 37, VII, CF/88.

Ação Popular: qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a
anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural.

Objetivo: tutela do patrimônio público ou entidade de que o Estado participe; moralidade


administrativa; o meio ambiente e o patrimônio histórico e cultural.
Isenção de custas judiciais e sucumbenciais, salvo em caso de litigância de má-
fé, e é necessária assistência de advogado.
Não é necessário a ocorrência de efetivo dano patrimonial para que a ação seja proposta;
isto é; a lesão à moralidade não pressupõe a lesão material.
Como isto pode cair na minha prova?

QUESTÃO, 2020.
É cabível a impetração de habeas corpus
a) pelo condenado, ainda quando já extinta a pena privativa de liberdade.
b) ainda quando apenas pessoa jurídica figurar como paciente na ação.
c) por pessoa jurídica em favor de pessoa física.
d) cujo objeto seja resolver sobre o ônus das custas.
e) pelo condenado relativo a processo em curso, ainda que por infração penal a que a
pena pecuniária seja a única cominada.
Gabarito: C.

DICA 72
HABEAS CORPUS, MANDANDO DE SEGURANÇA, HABEAS DATA E MANDADO DE
INJUNÇÃO
Para sua prova do é de sua importância que você saiba sobre cada um dos remédios
constitucionais cobrados no Edital. Isso porque, eles possuem grandes chances de cair em
sua prova, portanto, decore o cabimento, bem como peculiaridades de cada um deles.

HABEAS CORPUS:

Sua principal finalidade é a proteção à liberdade de locomoção contra abuso de poder e


ilegalidades; ao passo que sua principal característica é a informalidade.

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HABEAS CORPUS:

Preventivo: não é necessária a efetiva lesão, mas apenas a ameaça à lesão ao direito de
locomoção do indivíduo.
Repressivo: já houve a lesão ao direito do indivíduo, logo a medida é utilizada para
reprimir a ofensa e cessá-la.
Suspensivo: o pedido será um contramando da prisão, pois será cabível quando a ordem
de prisão tenha sido expedida, mas ainda não cumprida.

Não é cabível em caso de punições militares disciplinares, salvo para discutir a


legalidade da medida ou a competência da autoridade responsável pela expedição da
ordem.

MANDADO DE SEGURANÇA:

Tem por objetivo resguardar direito líquido e certo contra abuso de poder ou ilegalidade
praticado por autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições
do Poder Público;

Caráter subsidiário, uma vez que será utilizado quando não couber impetração de
habeas corpus ou habeas data.
Direito líquido e certo é aquele que possui prova documental pré-constituída.

MS Coletivo: poderá ser impetrado por partido político com representação no


Congresso; entidade de classe, organização sindical ou associação constituída a mais de
1 ano e com pertinência temática.

HABEAS DATA:

Será concedido habeas data com o objetivo de assegurar o conhecimento de


informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de
dados de entidades governamentais ou de caráter público; ou ainda para a retificação
de dados, quando não se prefira fazê-lo ou processo sigiloso, judicial ou administrativo.

NÃO pode ser impetrada em favor de terceiro, apenas em prol do próprio impetrante.
Só pode ser impetrado após o esgotamento da via administrativa: a inicial deverá ser
proposta acompanhada da recusa ao acesso às informações ou do decurso de mais de 10
dias sem decisão.

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Memorex TRE – AJAJ – Rodada 04

MANDADO DE INJUÇÃO

Cabível em caso de omissão total ou parcial de norma regulamentadora torne inviável o


exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania, ex. art. 37, VII, CF/88.

DICA 73
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS - QUADRO ESQUEMÁTICO

REMÉDIO FINALIDADE GRATUIDADE ADVOGADO

Habeas Corpus Liberdade de SIM NÃO


locomoção

Habeas Data Direito de SIM SIM


informação
pessoal e
retificação.

Mandado de Proteger direito NÃO SIM


Segurança líquido e certo,
não amparado por
HC ou HD.

Mandado de Sanar omissões NÃO SIM


Injunção legislativas

Ação Popular ANULAR ATO SIM SIM


LESIVO

DICA 74
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES NO ESTADO - DO PODER LEGISLATIVO -
DISPOSIÇÕES GERAIS
O tema sobre o Poder Legislativo corresponde aos artigos 44 ao 58, da Constituição Federal.
O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, o qual é composto pela Câmara
dos Deputados e Senado Federal.

A legislatura é o período de trabalhos das Casas Legislativas (Congresso, Câmara e


Senado) e tem duração de 4 anos.

CÂMARA DOS DEPUTADOS SENADO FEDERAL

Composta pelos Deputados Federais Composto pelos Senadores

Representantes do povo Representantes dos Estados e do Distrito


Federal

A escolha dos deputados federais A escolha dos senadores respeita o sistema


respeita o sistema proporcional majoritário
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CÂMARA DOS DEPUTADOS SENADO FEDERAL

O número de deputados varia de acordo Cada um deles elegerá o número fixo de 3


com a população, devendo respeitar o (três) senadores.
número mínimo de 8 (oito) e o máximo
Cada senador é eleito com 2 (dois)
de 70 (setenta).
suplentes.

Os Territórios elegerão 4 (quatro)


deputados.

Mandato de 8 anos, sendo renovado de


quatro em quatro anos, alternadamente
Mandato de 4 (quatro) anos.
por um e dois terços (ou seja, em uma
eleição escolhe-se 1 senador, em outra são
escolhidos 2).

IMPORTANTE!
A função do Poder Legislativo é a de controle externo da administração pública, que
compreende a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial
da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade,
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, que será
exercida com auxílio do tribunal de contas.
DICA 75
COMISSÃO PARLAMENTARES DE INQUÉRITO
Outro assunto que ganhou bastante visibilidade no cenário nacional nos últimos meses foi
a CPI da COVID. Por isso, é um assunto que pode ser cobrado na sua prova, pois é uma
importante ferramenta do Poder Legislativo de fiscalização e apuração.

Por esta razão, vale conferir o que a Constituição Federal dispõe sobre o tema:

Art. 58, §3º - As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de


investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos
das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal,
em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros,
para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o
caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou
criminal dos infratores.

Do dispositivo constitucional, vale ressaltar:


CPI detém poderes de investigação próprios das autoridades judiciais;
Criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, conjunta ou
separadamente;
Requerimento de 1/3 no mínimo de seus membros;
Apuração de fato determinado e por prazo certo;

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Memorex TRE – AJAJ – Rodada 04
As conclusões serão encaminhadas ao Ministério Público para que promova as
responsabilidades civil e/ou criminal dos infratores.

A composição dos integrantes da CPI deve respeitar o princípio da representação


proporcional de partidos e blocos partidários.

CPI

PODE NÃO PODE

→Quebrar sigilo bancário, fiscal, de →Determinar de indisponibilidade de


dados e telefônico (não confundir com bens do investigado.
interceptação telefônica);
→Decretar a prisão preventiva (pode
→Requisitar informações e decretar somente prisão em flagrante);
documentos sigilosos diretamente às
instituições financeiras ou através do
→Determinar o afastamento de cargo ou
função pública durante a investigação; e
BACEN ou CVM, desde que previamente
aprovadas pelo Plenário da CD, do →Decretar busca e apreensão domiciliar
Senado ou de suas respectivas CPIs de documentos.
(Artigo 4º, § 1º, da LC 105);
→Decretar interceptação telefônica
→Ouvir testemunhas, sob pena de
condução coercitiva;

→ Ouvir investigados ou indiciados.

As regras acima são válidas para CPIs instauradas em âmbito federal e estadual.

As CPIs instauradas nos municípios apresentam poderes mais restritos.

ATENÇÃO!!

A CPI municipal não poderá ter poderes próprios de autoridade judiciária, pois
isto seria atribuir ao município uma competência que não lhe foi dada pela constituição,
em razão de não ter Poder Judiciário Municipal.
O STF já decidiu que CPI municipal não pode determinar condução coercitiva de
testemunha.

DICA 76
PRERROGATIVAS PARLAMENTARES - IMUNIDADES DOS CONGRESSISTAS
Os membros do Poder Legislativo possuem algumas prerrogativas. Atenção para o fato de
que as prerrogativas estão vinculadas ao cargo e não ao indivíduo que o exerce!
Tais garantias são irrenunciáveis justamente porque se vinculam ao cargo e não à pessoa
do congressista.

Foro por prerrogativa de função: essa prerrogativa garante ao parlamentar o


julgamento perante órgão específico do Poder Judiciário, e é aplicada para casos de
infrações penais comuns, não se aplica a toda demanda judicial.

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Memorex TRE – AJAJ – Rodada 04
Os Deputados Federais e Senadores serão julgados no STF.

Imunidade Material: Os deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente,


por quaisquer de suas opiniões palavras e votos.

Imunidade Formal: essa imunidade se refere à prisão e ao processo por crime


praticado pelo parlamentar.
As seguintes prerrogativas (foro por prerrogativa de função, imunidade material e
imunidade formal) começam após a diplomação do parlamentar.
DICA 77
IMUNIDADE MATERIAL E FORMAL

Em se tratando de prerrogativa dos parlamentares, há dois tipos de imunidade: a


material e a formal. Vejamos cada uma:

A imunidade material está relacionada ao conteúdo das manifestações dos


parlamentares.
É importante definir se a manifestação do parlamentar ocorreu dentro ou fora do
Congresso Nacional (entenda-se Câmara dos Deputados e Senado Federal também);

→ Manifestação fora do Congresso Nacional: só estarão protegidas as declarações se


guardarem conexão com o exercício da função de parlamentar.

→ Manifestação dentro do Congresso Nacional: a manifestação não precisa guardar


relação com o exercício da função parlamentar.

Já, a imunidade formal relacionada à prisão significa que os parlamentares não


poderão ser presos, salvo em caso de flagrante de crime inafiançável.
TODAVIA, os parlamentares poderão ser presos caso tenha sentença penal condenatória
transitada em julgado. Portanto, o que se veda é a prisão cautelar, exceto o flagrante de
crime inafiançável.
A imunidade formal relacionada ao processo significa que, quando o STF recebe a denúncia
contra o parlamentar, deve dar ciência à Casa que o parlamentar integra, e por iniciativa
do partido político nela representado, e pelo voto da maioria dos membros, poderá sustar
o andamento da ação penal.
Caso a Casa decida pela sustação da ação penal, também estará suspensa a prescrição
do crime, com o objetivo de não gerar a impunidade.

RESUMINDO

O parlamentar NÃO pode ser preso, salvo em caso de flagrante delito inafiançável; e o
processo por crime cometido após a diplomação pode ser SUSTADO.

DICA 78
IMUNIDADES DOS DEPUTADOS, SENADORES E VEREADORES
Os Deputados Federais, Estaduais e Distritais (DF) e os Senadores gozam de prerrogativa
de foro, imunidade material e imunidade formal.

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45
Memorex TRE – AJAJ – Rodada 04
O foro por prerrogativa de função depende do cargo exercido:

Deputados Federais e Senadores – STF.

Deputados Estatuais e Distritais – o foro depende do crime praticado e do bem jurídico


atingido, podendo ser o Tribunal de Justiça do Estado ou do Distrito Federal; TRF ou TRE.
Em relação aos vereadores é importante destacar que esses integrantes do Poder
Legislativo Municipal e, possuem apenas imunidade material, a qual é restrita aos
limites do município onde exercem a função (art. 29, VIII, da CF).

SÚMULA VINCULANTE Nº 25:

“A competência constitucional do tribunal do júri prevalece sobre o foro por prerrogativa


de função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual.”

Assim, se um vereador praticar um crime da competência do Tribunal do Júri e tiver


foro por prerrogativa de função estabelecido na Constituição Estadual, deverá ser julgado
no juízo do tribunal do júri.
SINTETIZANDO:

IMUNIDADES PARLAMENTARES

Deputados Senadores Deputados Vereadores


Federais Estaduais e
Distritais

Foro por Fixado na


prerrogativa de SIM SIM SIM Constituição
função Estadual

Imunidade SIM, mas nos


material SIM SIM SIM limites do
município

Imunidade formal SIM SIM SIM NÃO

DICA 79
FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

Conceito (Ministro Alexandre de Moraes): “conjunto ordenado de disposições que


disciplinam o procedimento a ser obedecido pelos órgãos competentes na produção de leis
e atos normativos que derivam diretamente da própria constituição”.

O processo legislativo compreende a elaboração de:

emendas à Constituição;

leis complementares;

leis ordinárias;

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Memorex TRE – AJAJ – Rodada 04

O processo legislativo compreende a elaboração de:

leis delegadas;

medidas provisórias;

decretos legislativos;

resoluções.

ATENÇÃO!!
As medidas provisórias, teoricamente, não deveriam estar elencadas no art. 59 da
CF/88, pois, trata-se de atos do Poder Executivo, uma vez que são criadas pelo Presidente
da República e não pelo processo legislativo.

Lei complementar disporá sobre a:

elaboração;

redação;

alteração; e

consolidação das leis.


DICA 80
PODER EXECUTIVO - NOÇÕES GERAIS
O Poder Executivo do Brasil adota o sistema Presidencialista, sendo que o Presidente
da República exerce as funções de CHEFE DE ESTADO e CHEFE DE GOVERNO.
Ao contrário do que ocorre no Parlamentarismo, na situação em que o Chefe de Estado é o
presidente/monarca e o Chefe de Governo é o Primeiro-Ministro.
Nesses casos, o Primeiro-Ministro é vinculado ao programa de governo aprovado pelo
Parlamento e a ligação entre o Executivo e o Parlamento é mais íntima que no
Presidencialismo.
O Presidente da República, como o nome diz, segue a Forma de Governo REPÚBLICA, na
qual há a responsabilização do Presidente pelos seus atos e há eleições periódicas
para a sua escolha, não predominando a hereditariedade.
DICA 81

ELEIÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA E VICE


A eleição do Presidente da República implica, automaticamente, na eleição do Vice-
Presidente. Essa situação, apesar de hoje em dia ser lógica, é uma inovação da atual
Constituição.
O Presidente da República e o Vice são eleitos segundo o critério majoritário, o que significa
que será eleito o candidato com a maioria absoluta dos votos válidos, ou seja, não se
computam votos em branco e os nulos.
A eleição ocorrerá no primeiro domingo de outubro e, se não houver candidato que obtenha
a maioria absoluta, o segundo turno ocorrerá no último domingo de outubro.

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Memorex TRE – AJAJ – Rodada 04
Serão votados no segundo turno os dois candidatos mais votados. No segundo turno, não
será necessário a obtenção da maioria absoluta dos votos, basta a maioria simples.
DICA 82
POSSE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA E VICE
O Presidente da República e o Vice tomarão posse em sessão conjunta do Congresso
Nacional.
Se decorridos 10 dias da data fixada para a posse, o Presidente e o Vice não tiverem
assumido o cargo, salvo motivo de forca maior, o cargo será declarado VAGO.
Caso o Presidente ou o Vice não tenham tomado posse, serão convocadas novas eleições
no prazo de 90 dias da vacância.
É importante destacar que é o Congresso Nacional que possui a competência para
declarar os cargos vagos, não é o TSE e nem o STF.

DICA BÔNUS
SUBSTITUIÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
A Substituição do Presidente da República ocorre nos casos de impedimento, que são causas
temporárias (viagens, férias etc.).

São substitutos do Presidente, nesta ordem:

Vice-Presidente;

Presidente da Câmara;
Presidente do Senado;

Presidente do STF.
ESSA ORDEM É DE OBSERVÂNCIA OBRIGATÓRIA.

ATENÇÃO!

O Presidente da Câmara vem antes do Presidente do Senado na ordem de


substituição, tendo em vista que a Câmara dos Deputados é a Casa representante do
povo, e o Senado a Casa que representa os estados e DF.

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Memorex TRE – AJAJ – Rodada 04
DIREITO ADMINISTRATIVO
DICA 83
VACÂNCIA DO CARGO PÚBLICO
A vacância do cargo público é o ato que torna o cargo vago, podendo ser ocupado por
outro servidor.

O cargo público pode se tornar vago em sete hipóteses, conforme mnemônico:

PARE PDF:

P Promoção

A Aposentadoria

R Readaptação

E Exoneração

P Posse em cargo inacumulável

D Demissão

F Falecimento

DICA 84
LEI Nº 9.784/99 - PROCESSO ADMINISTRATIVO NO ÂMBITO DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA FEDERAL
A lei n. 9.784/99 estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito
da Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos
dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração.
Fique atento!
Os preceitos da referida lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e
Judiciário da União, quando no desempenho de função administrativa.
DICA 85
ÓRGÃO, ENTIDADE E AUTORIDADE

Segundo a lei n. 9.784/99, consideram-se:

Órgão: a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da


estrutura da Administração indireta;

Entidade: a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica;

Autoridade: o servidor ou agente público dotado de poder de decisão.

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Memorex TRE – AJAJ – Rodada 04
DICA 86
CRITÉRIOS A SEREM OBSERVADOS NOS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS
A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade,
finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa,
contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.

Nos processos administrativos serão observados, entre outros (rol exemplificativo), os


critérios de:

Atuação conforme a lei e o Direito (princípio da juridicidade);

Atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes


ou competências, salvo autorização em lei;

Objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de


agentes ou autoridades;

Atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé;

Divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas


na Constituição;

Adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções


em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse
público;

Indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão;

Observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados;

Adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza,


segurança e respeito aos direitos dos administrados;

Garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de


provas e à interposição de recursos, nos processos de que possam resultar sanções e nas
situações de litígio;

Proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei;

Impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos


interessados;

Interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do


fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.

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DICA 87
DO INÍCIO DO PROCESSO
O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido de interessado.

Início do processo - Ofício


Administrativo - Pedido de interessado

Tome nota: A regra é que o requerimento inicial do interessado seja formulado por
escrito. Admite-se, no entanto, a solicitação de forma oral nos casos permitidos.

O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitida solicitação


oral, deve ser formulado por escrito e conter os seguintes dados:

Órgão ou autoridade administrativa a que se dirige;

Identificação do interessado ou de quem o represente;

Domicílio do requerente ou local para recebimento de comunicações;

Formulação do pedido, com exposição dos fatos e de seus fundamentos;

Data e assinatura do requerente ou de seu representante.


FIQUE ATENTO!
É vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento de documentos,
devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas.

DICA 88
PRETENSÕES EQUIVALENTES E PEDIDOS COM CONTEÚDO IDÊNTICO
Os órgãos e entidades administrativas deverão elaborar modelos ou formulários
padronizados para assuntos que importem pretensões equivalentes.
quando os pedidos de uma pluralidade de interessados tiverem conteúdo e fundamentos
idênticos, poderão ser formulados em um único requerimento, salvo disposição legal
em contrário.
DICA 89
DA FORMA DOS ATOS DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
Os atos do processo administrativo dependem de forma determinada?
Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando
a lei expressamente a exigir.

Atos do Salvo quando a lei


Não dependem de
processo expressamente a exigir
forma determinada
administrativo

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Os atos do processo devem ser produzidos por:

Escrito;

Em vernáculo (nome que se dá ao idioma próprio de um país);

Com a data e o local de sua realização e a assinatura da autoridade responsável.


DICA 90
DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS ATOS DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
O reconhecimento de firma é exigido do processo administrativo?

REGRA: o reconhecimento de firma somente será exigido quando houver dúvida de


autenticidade.

EXCEÇÃO: Imposição legal.


FIQUE ATENTO!
A autenticação de documentos exigidos em cópia poderá ser feita pelo órgão administrativo.
O processo deverá ter suas páginas numeradas sequencialmente e rubricadas.
DICA 91
DO TEMPO DOS ATOS DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
Os atos do processo devem realizar-se em dias úteis, no horário normal de
funcionamento da repartição na qual tramitar o processo.
FIQUE ATENTO!

Serão concluídos depois do horário normal os atos já iniciados, cujo adiamento


prejudique:

O curso regular do procedimento; OU

Cause dano ao interessado ou à Administração.


DICA 92
INGRESSO SEM CONCURSO PÚBLICO
Pode haver ingresso em cargo público sem concurso? Sim! Nas hipóteses de cargos em
comissão.
Contudo, é importante não confundir o cargo em comissão com a função de confiança:
O cargo em comissão pode ser ocupado por qualquer pessoa e não depende de concurso,
pois é de livre nomeação e exoneração;
A função de confiança também não depende de concurso público, todavia, devem ser
exercidas apenas por servidores ocupantes de cargo efetivo;
Importante saber também que parte dos cargos em comissão devem ser preenchidos por
servidores de carreira, em percentual definido em lei.

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Vamos à esquematização:

CARGO EM COMISSÃO FUNÇÃO DE CONFIANÇA

Prescinde de concurso público Prescinde de concurso público

Podem ser ocupados por qualquer


pessoa, MAS parte dos cargos será Exercidas exclusivamente por ocupantes de
reservado a servidores de carreira cargo efetivo
(cargo efetivo)

Atribuições de direção, chefia e Atribuições de direção, chefia e


assessoramento assessoramento

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Memorex TRE – AJAJ – Rodada 04
DIREITO CIVIL
DICA 93
DA PRESCRIÇÃO E DA DECADÊNCIA - CARACTERÍSTICAS GERAIS

PRESCRIÇÃO

inércia do titular de um direito, que gera, como consequência, a perda da pretensão,


mas não do direito;
eventual pagamento pelo devedor será válido;
cabível suspensão e interrupção do prazo;
prazos são legais e não podem ser alterados pelas partes.

DECADÊNCIA

na decadência há a perda do próprio direito;


eventual pagamento não será válido (será indevido);
não se sujeita a impedimento, suspensão e interrupção, salvo disposição legal em
contrário.
prazos podem ser convencionais ou legais.

Veja como já foi cobrado esse tema:

QUESTÃO, 2018.

Em um contrato de prestação de serviços, Jorge (pintor) e Renata (contratante)


dispuseram que o pagamento do serviço somente poderia ser judicialmente exigido em
até um ano após o vencimento da dívida.

Essa disposição contratual é considerada:

a) válida, visto que se trata de um prazo decadencial, que pode ser alterado pelos
contratantes;

b) nula, pois um prazo prescricional não pode ser alterado pelos contratantes;

c) válida, desde que o prazo prescricional dessa espécie de obrigação seja inferior ao
acordado;

d) nula, porque o prazo decadencial não pode ser alterado pelos contratantes;

válida, pois o prazo prescricional pode ser alterado pelos contratantes.


Gabarito: Letra b.

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Memorex TRE – AJAJ – Rodada 04
DICA 94
PRESCRIÇÃO
ISSO “DESPENCA” EM PROVA!

Prazos especiais de prescrição: artigo 206 do CC e na legislação esparsa. Quando


não houver de previsão específica → prazo geral de 10 anos.

Art. 206, CC: A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo
menor.

REGRA: A contagem do prazo inicia na data da violação do direito e surgimento da


pretensão.
A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem
prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se
presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição (art. 191, CC).
Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra os seus assistentes
ou representantes legais, que derem causa à prescrição, ou não a alegarem
oportunamente (art. 195, CC).

DICA 95
PRESCRIÇÃO
Há diferentes prazos de prescrição e as Bancas gostam muito de cobrá-los. Por isso, fique
atento (a)!

Abaixo, os principais prazos:

1 ANO

Hospedagem;
Pretensão do segurado contra o segurador (ou a deste contra aquele);Custas
judiciais no geral;
Tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos;
Pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas.

2 ANOS

Prestações alimentares, a partir da data em que se vencerem.

3 ANOS

Pretensão de reparação civil por ato ilícito;


Pretensão para haver o pagamento de título de crédito, a contar do vencimento;
Pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos.

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55
Memorex TRE – AJAJ – Rodada 04

4 ANOS

A pretensão relativa à tutela, a contar da data da aprovação das contas.

5 ANOS

A pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou


particular;

A pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais,


curadores e professores pelos seus honorários, contado o prazo da conclusão dos
serviços, da cessação dos respectivos contratos ou mandato;

A pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo.

Quando não houver de previsão específica → prazo geral de 10 anos.


DICA 96
PRESCRIÇÃO

NÃO CORRE A PRESCRIÇÃO:

entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal;

entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;

entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou


curatela.

contra os incapazes de que trata o art. 3 do Código Civil;

contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos


Municípios;

contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra.

pendendo condição suspensiva;

não estando vencido o prazo;

pendendo ação de evicção.

DICA 97
INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO

A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer 1 vez, dar-se-á:

por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado


a promover no prazo e na forma da lei processual;

por protesto, nas condições do inciso antecedente;

por protesto cambial;

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56
Memorex TRE – AJAJ – Rodada 04
pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de
credores;

por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;

por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento
do direito pelo devedor.
DICA 98
INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO - ART. 202
É importante destacar que a prescrição interrompida recomeça a correr da data do
ato que a interrompeu, ou do último ato do processo para a interromper.
Todas as hipóteses do art. 202 interrompem a prescrição por ato do titular. A única exceção
é o inc. VI, no qual é o próprio sujeito passivo a interromper a prescrição contra si,
curiosamente, como nos casos de confissão de dívida ou pagamento parcial;
Os casos de interrupção da prescrição são justificados pela ausência de inércia do
titular, ou seja, o titular se movimenta, mas “forças alheias” a ele fazem com que a fluência
do tempo continue a ocorrer.
Já os casos de suspensão da prescrição são justificados por circunstâncias pessoais do
titular. A pessoa fica, efetivamente, inerte, é inegável. Mas não podemos culpá-la por isso,
já que uma circunstância subjetiva razoável se aplica àquela situação.
DICA 99
EFEITOS DA PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
A prescrição encobre os efeitos potenciais da pretensão, ao passo que a decadência extingue
a própria pretensão.
Somado a isso, veja-se que a prescrição atinge a pretensão material, a possibilidade ainda
que somente potencial de exigir. Por isso, somente nos direitos em que há prestação se
pode falar em prescrição, nos direitos potestativos, que não trazem em si uma prestação,
não há prescrição. Portanto, todas as ações condenatórias – e somente elas – estão
sujeitas à prescrição.

Sujeitam-se à prescrição:

todas as ações condenatórias e somente elas;

todas as ações mandamentais e;

todas as ações executivas.

Sujeitam-se à decadência:

todas as ações constitutivas com prazo fixado em lei e somente elas e;

os efeitos constitutivos das ações declaratórias.


A prescrição e a decadência, de maneira ultra simplista, terão o mesmo efeito principal,
que é “fazer perder o prazo para alguma coisa”.

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Memorex TRE – AJAJ – Rodada 04
DICA 100
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
Na Suspensão, o prazo para e recomeça de onde se parou, já na Interrupção o prazo
para e recomeça do zero novamente.

Art. 205. A prescrição ocorre em 10 anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo
menor;

Assim, se não houver a lei fixado prazo menor, a prescrição ocorre em 10 anos.

Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as normas
que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição.

Importante destacar que a decadência:

→ não se impede (não evita o termo inicial do fluxo do tempo);


→ não se interrompe (rompe o fluxo, mas não se reinicia);
→ não se suspende (não se detém temporariamente o fluxo de tempo) e;
→ nem se renúncia (o fluxo temporal não pode ser “adiantado” e terminar por escolha).
DICA 101
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA

Vejamos o que estabelece o art. 208 do Código Civil:

Art. 208. Aplica-se à decadência o disposto nos arts. 195 e 198, inciso I;

É nula a renúncia à decadência fixada em lei. Deve o juiz, de ofício, conhecer da


decadência, quando estabelecida por lei.
Veja-se que, caso a decadência seja convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la
em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação;
Logo, a Decadência não pode ser renunciada, não pode ser alegável por quem a
aproveita e o MP, não deve ser alegada de ofício pelo juiz e não se impede, suspende ou
interrompe o prazo.
Já a Prescrição pode ser renunciada, pode ser alegável apenas por quem a aproveita,
pode ser conhecida de ofício pelo juiz e se impede, suspende ou interrompe.
DICA 102
DECADÊNCIA
É nula a renúncia à decadência fixada em lei (Art. 209, CC).

DECADÊNCIA IRRENUNCIABILIDADE

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58
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PRESCRIÇÃO DECADÊNCIA

O prazo prescricional, todavia, só se Já na decadência, no mesmo instante em que


inicia a partir do momento em que este o sujeito adquire o direito já começa a correr
tem o seu direito violado. o prazo decadencial.

Resulta exclusivamente da lei (ope legis) Pode resultar da lei (legal), do testamento e
do contrato (convencional).

Nas ações rescisórias fundadas na obtenção de prova nova, o termo inicial do prazo
decadencial é diferenciado, qual seja, a data da descoberta da prova nova, observado
o prazo máximo de 5 anos, contado do trânsito em julgado da última decisão proferida
no processo (STJ RECURSO ESPECIAL Nº 1.770.123 - SP 2018/0219451-6 -Relator: Ministro
Ricardo Villas Bôas Cueva).

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59
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
DICA 103
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
Para compreender as intervenções de terceiros, devemos compreender que o processo
surge para produzir efeitos endoprocessuais. Vale dizer, a decisão é voltada para atingir e
alcançar exclusivamente as partes, contudo, devido à complexidade das relações jurídicas,
por vezes, temos situações nas quais os efeitos da sentença atingem pessoas que
estão fora da relação jurídica processual demandada. Se isso acontecer, temos a
intervenção de terceiros;
Assim, toda vez que o terceiro for atingido direta ou reflexamente pela decisão proferida
em processo alheio, ele se tornará parte legítima para ingressar no processo, trata-se,
portanto, de um fato jurídico processual que implica a modificação de processo que já
existe;

A intervenção de terceiro típica é aquela que é prevista em lei como modalidade de


intervenção de terceiros. São elas: assistência, denunciação da lide, chamamento ao
processo, amicus curie e incidente de desconsideração da personalidade jurídica;

Para além dessas situações, temos as hipóteses atípicas de intervenção que, embora
não nominadas como tal, são efetivamente hipóteses de intervenção. Por exemplo, os
embargos de terceiro (previsto no art. 674 do CPC). Nesse caso, o terceiro que sofreu
constrição em seu bem, em razão de execução na qual não figura como parte, terá interesse
jurídico na ação;
DICA 104
ASSISTÊNCIA
A assistência é uma forma de intervenção de terceiro por intermédio da qual um terceiro
passa a atuar para auxiliar (assistir, ajudar) a parte no processo;
A assistência é modalidade de intervenção de terceiro ad coadjuvandum, pela qual um
terceiro ingressa em processo alheio para auxiliar uma das partes. Pode ocorrer a
qualquer tempo e grau de jurisdição, assumindo o terceiro o processo no estado em que se
encontre. A assistência é admissível em qualquer procedimento;

A assistência simples é a hipótese tradicional que estudamos acima. Envolve as


situações nas quais um terceiro ingressa em juízo para auxiliar uma das partes por possuir
interesse jurídico no deslinde da demanda;
O artigo 124, do CPC aduz que: Considera-se litisconsorte da parte principal o assistente
sempre que a sentença influir na relação jurídica entre ele e o adversário do assistido;
A regra na assistência é que a relação jurídica processual se estabelece apenas entre a
parte assistida e o assistente. No caso que estudamos da sublocação, foi dito que o
assistente possui relação jurídica com o locatário, não tendo qualquer relação com o locador.
DICA 105
DENUNCIAÇÃO DA LIDE
A denunciação da lide é uma forma de intervenção forçada de terceiro em um
processo já pendente que tem cabimento à vista da afirmação, pelo denunciante, da
existência de um dever legal ou contratual de garantia do denunciado de sua posição
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jurídica. Com a litisdenunciação convoca-se o terceiro para participar do processo auxiliando
e denunciante ao mesmo tempo em que contra esse mesmo terceiro se propõe uma
demanda de regresso para a eventualidade de o denunciante sucumbir na causa;
A denunciação à lide é modalidade de intervenção de terceiros forçada, fundada em direito
de regresso, por meio da qual se gera cumulação de ações judiciais. Se o denunciante for
o réu, essa modalidade de intervenção deverá ser apresentada no prazo para contestar;
DICA 106
CHAMAMENTO AO PROCESSO
O chamamento ao processo é hipótese de intervenção forçada de terceiro que tem por
objetivo chamar ao processo todos os possíveis devedores de determinada obrigação
comum, a fim de que se forme título executivo que a todos apanhe;

O chamamento será requerido pelo réu em três hipóteses:

Admite-se o chamamento do afiançado quando o fiador for demandado;

Admite-se o chamamento ao processo dos demais fiadores quando a ação for proposta
apenas contra um deles;

Admite-se o chamamento ao processo dos demais devedores solidários quando o credor


ingressar apenas contra um deles.
DICA 107
INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA - MODELO DE
AÇÃO E MODELO DE INCIDENTE

Existem dois modelos do procedimento de desconsideração da personalidade jurídica:


Modelo de Ação e Modelo Incidente;
O primeiro modelo trata-se do ajuizamento da ação pelo autor contra a empresa e contra
os sócios em litisconsórcio facultativo. Nesse caso, o autor pretenderá a condenação de
ambos (da pessoa natural e jurídica), mas, se não for possível, pretenderá a condenação
de um deles;
Destaca o artigo 134, §2º, que dispensa-se a instauração do incidente se a desconsideração
da personalidade jurídica for requerida na petição inicial, hipótese em que será citado o
sócio ou a pessoa jurídica;
O Modelo Incidente terá vez em processos que estejam em trâmite, se a parte, em
algum momento do curso do processo, requerer a desconsideração da personalidade
jurídica, dá-se lugar a essa hipótese de intervenção de terceiros;
A instauração do incidente, de acordo com o art. 134, §3º, do CPC, implica a suspensão do
processo. § 3º A instauração do incidente suspenderá o processo, salvo na hipótese do §
2º;

Art. 133, do CPC. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será


instaurado a pedido da parte ou do Ministério Público, quando lhe couber intervir no
processo;

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O incidente de desconsideração da personalidade jurídica somente poderá ser instaurado
mediante provocação, a pedido da parte ou do Ministério Público, quando lhe couber
intervir no processo;
§ 2º Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipótese de desconsideração inversa da
personalidade jurídica;
O incidente de desconsideração de personalidade jurídica é cabível em todas as fases do
processo.
DICA 108
AMICUS CURIAE
O amicus curiae atua no processo para a defesa de determinado ponto de vista, poderá ser
utilizado para ampliar a legitimidade democrática da decisão judicial com a pluralização do
debate.
O amicus curiae é o terceiro que, espontaneamente, a pedido da parte ou por provocação
do órgão jurisdicional, intervém no processo para fornecer subsídios que possam aprimorar
a qualidade da decisão.

Art. 138, do CPC. O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a


especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da controvérsia,
poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a requerimento das partes ou de quem
pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a participação de pessoa natural ou jurídica,
órgão ou entidade especializada, com representatividade adequada, no prazo de 15 dias
de sua intimação.

Autoriza-se o amicus curiae quando envolver: matéria relevante, tema específico e


repercussão social da controvérsia.

É importante destacar que o amicus curiae não se confunde com a atuação do Ministério
Público como fiscal da ordem jurídica, pois a figura interventiva não tem qualquer interesse
no julgamento da ação, o amicus curiae atua como um órgão meramente opinativo e não
tem tantos poderes quanto o MP.
O amicus curiae, também, não se confunde com o assistente, pois o assistente tem
interesse no resultado do julgamento, tendo poderes mais amplos que a figura interventiva;
É irrecorrível a decisão denegatória de ingresso no feito como amicus curiae, assim, tanto
a decisão do Relator que admite como a que inadmite o ingresso do amicus curiae é
irrecorrível.

DICA 109
SUJEITOS DA RELAÇÃO JURÍDICA – JUIZ
O juiz está no mesmo nível das partes na condução da causa, tendo ele mesmo de observar
o contraditório como regra de conduta, alocando-se em uma posição acima das partes
apenas quando impõe a sua decisão. O juiz do processo civil contemporâneo é paritário do
diálogo assimétrico na decisão da causa, ele tem sua atuação pautada pela regra da
cooperação;

Garantias dos Juízes: Vitaliciedade (impossibilidade de perda do cargo a não ser por
sentença judicial), Inamovibilidade (impossibilidade de remoção compulsória, exceto por

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Memorex TRE – AJAJ – Rodada 04
motivo de interesse público a ser reconhecido pela maioria absoluta do tribunal respectivo
ou do CNJ) e Irredutibilidade de subsídio;

Aos Juízes é vedado:

exercer outro cargo ou função, salvo uma de magistério;

receber custas ou participação em processo;

dedicar-se à atividade político-partidária;

receber auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas;

exercer a advocacia no juízo ou no tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três


anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração;
DICA 110
DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO

São 04 (quatro) as situações de suspeição do juiz:

Amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados;

Que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de
iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que
subministrar meios para atender às despesas do litígio;

Quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou
companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive;

Interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes.

ATENÇÃO!

Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade
de declarar suas razões.

Será ilegítima a alegação de suspeição quando:

Houver sido provocada por quem a alega;

A parte que a alega houver praticado ato que signifique manifesta aceitação do arguido.
DICA 111
DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO

Arguição de impedimento ou suspeição:

Trata-se da forma estabelecida em lei para afastar o juiz da causa, por lhe faltar
imparcialidade, que é pressuposto processual de validade subjetivo referente ao juiz.

É importante relembrar que, especificamente no incidente de arguição de impedimento


ou suspeição, o magistrado passa a ser parte no processo, NÃO sendo incorreto
afirmar, inclusive, que ele seria o réu.

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Memorex TRE – AJAJ – Rodada 04
É indispensável à boa-fé e à moralidade das decisões judiciais a inexistência de
quaisquer dúvidas sobre motivos de ordem pessoal que possam influenciar no
convencimento do magistrado. NÃO sendo suficiente, também, que o juiz, em sua
consciência, sinta-se apropriado de praticar a sua ocupação com a habitual
imparcialidade.
Bem como, é imprescindível que inexista quaisquer dúvidas de que, por motivações
pessoais, o magistrado possa ter seu convencimento influenciado.
DICA 112
DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO
Se o juiz for arrolado como testemunha, precisará, antes de qualquer coisa, ter plena
convicção de que possui conhecimento sobre o fato existente na lide, caso contrário, o
magistrado deverá se recusar a atuar como testemunha no processo submetido à sua
competência.
Entrementes, caso o juiz possua conhecimento pessoal sobre os fatos que ensejaram na
ação, restar-se-á a incompatibilidade (impedimento) entre o exercício do juízo e o
dever de testemunha, ficando, portanto, o magistrado, impedido de atuar como juiz do
processo.

ATENÇÃO!

Além desta situação, existe o entendimento doutrinário majoritário, de que caso o


magistrado tenha conhecimento pessoal dos fatos, tendo-os presenciado, mesmo
que NÃO seja arrolado como testemunha, ele NÃO teria condição de dirigir o feito.
Entende-se, que, o juiz estaria influenciado, mesmo que inconscientemente, sob fatores
NÃO exclusivos dos autos.

DICA BÔNUS
DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO
No prazo de 15 (quinze) dias, a contar do conhecimento do fato, a parte alegará o
impedimento ou a suspeição, em petição específica dirigida ao juiz do processo, na qual
INDICARÁ o fundamento da recusa, podendo instruí-la com documentos em que se fundar
a alegação e com rol de testemunhas.

Se reconhecer o impedimento ou a suspeição ao receber a petição o juiz:


Ordenará imediatamente a remessa dos autos a seu substituto legal,

Caso contrário, determinará a autuação em apartado da petição e, no prazo de 15


(quinze) dias, apresentará suas razões, acompanhadas de documentos e de rol de
testemunhas, se houver, ordenando a remessa do incidente ao tribunal.

Distribuído o incidente, o relator deverá declarar os seus efeitos, sendo que, se o


incidente for recebido:

Sem efeito suspensivo, o processo voltará a correr;

Com efeito suspensivo, o processo permanecerá suspenso até o julgamento do


incidente
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Enquanto não for declarado o efeito em que é recebido o incidente ou quando este for
recebido com efeito suspensivo, a tutela de urgência será requerida ao substituto legal.
Verificando que a alegação de impedimento ou de suspeição é improcedente, o tribunal
rejeitá-la-á.
Acolhida a alegação, tratando-se de impedimento ou de manifesta suspeição, otribunal
condenará o juiz nas custas e remeterá os autos ao seu substituto legal, podendo o juiz
recorrer da decisão.

ATENÇÃO!

(Apenas para fins didáticos)


O Ministro Gilmar Mendes ao reconhecer a manifesta suspeição do ex-juiz Sérgio Moro,
no caso intitulado como “triplex do Guarujá”, prolatou voto condenando o ex-juiz ao
pagamento das custas.

Reconhecido o impedimento ou a suspeição, o tribunal fixará o momento a partir do qual


o juiz NÃO poderia ter atuado.
O tribunal decretará a nulidade dos atos do juiz, se praticados quando já presente o
motivo de impedimento ou de suspeição.
DICA BÔNUS
DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA

São auxiliares da justiça (14 – catorze), além de outros cujas atribuições sejam
determinadas pelas normas de organização judiciária:

Escrivão Chefe de secretaria Oficial de justiça Perito

Administrador Intérprete Tradutor Mediador

Partidor Distribuidor Contabilista Regulador de avarias

Depositário, Conciliador judicial

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DIREITO TRIBUTÁRIO
DICA 113
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE E EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Créditos abrangidos pela moratória: salvo regulamento em lei em contrário, a


moratória se aplica aos créditos tributários definitivamente constituídos e lançados.

Art. 154, CTN. Salvo disposição de lei em contrário, a moratória somente abrange os
créditos definitivamente constituídos à data da lei ou do despacho que a conceder, ou cujo
lançamento já tenha sido iniciado àquela data por ato regularmente notificado ao sujeito
passivo. Parágrafo único. A moratória não aproveita aos casos de dolo, fraude ou
simulação do sujeito passivo ou do terceiro em benefício daquele.

A moratória nunca se aproveita em casos de dolo/fraude ou simulação.


DICA 114
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE E EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Consequências da moratória concedida em caráter individual:


A moratória individual não gera direito adquirido, sendo passível de anulação ou cassação
sempre que se verificar que o sujeito passivo tenha sido beneficiado indevidamente. Se
beneficiário estava de boa-fé (estava em erro) pagará somente o tributo acrescido de
correção e juros de mora. Se de má-fé (fraude/dolo/simulação) pagará, além disso, uma
multa e terá a prescrição suspensa durante o tempo que o benefício foi concedido e sua
revogação.
DICA 115
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE E EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Depósito do montante integral: Causa de suspensão do crédito tributário. O


contribuinte para discutir o crédito deposita o valor devido, ficando livre do pagamento de
correção e juros. pode ser realizado no âmbito judicial ou administrativo. O depósito
é sempre faculdade do agente, não sendo obrigatório porque no Brasil não existe mais a
cláusula “solve et repet” (exigência de pagamento para posterior discussão do débito),
porque compromete direito de acesso à justiça. É também direito subjetivo do sujeito
passivo, não precisa requerer autorização do juízo. Mas caso a pessoa escolha realizar o
depósito tem que ser integral e em dinheiro.

Súmula 112 STJ:

O depósito somente suspende a exigibilidade do crédito tributário se for integral e em


dinheiro.

Integral: valor exigido pelo fisco.

Em dinheiro: não basta fiança bancária/ seguro-garantia/ garantia antecipada, pois


esses instrumentos não são equiparáveis.

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DICA 116
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE E EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Reclamações e recursos: causas de suspensão do crédito tributário. Enquanto


perdurar julgamento do processo administrativo que discuta a exigibilidade do crédito (se
discute qualquer outra coisa não suspende), a exigibilidade do crédito tributário fica
sobrestada.
Leis reguladoras do processo tributário administrativo podem regular a forma com que
ocorrerá a suspensão (prazos, condições, etc.), porém, não podem afastá-la, já que a
suspensão deriva do CTN. Assim, pode-se afirmar que toda relação e todo recurso no âmbito
do processo administrativo fiscal possuem efeito suspensivo e impedem que a Fazenda
Pública exija o crédito tributário do contribuinte, até que sobrevenha a decisão definitiva no
processo.
DICA 117
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE E EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Apresentação de recurso intempestivo não enseja a suspensão da exigibilidade do crédito e
do prazo prescricional (STJ, AgRg no EDcl no REsp 1313765). Nesse procedimento
administrativo Fazenda não pode exigir depósito prévio ou arrolamento de dinheiro ou bens.
Esse depósito era “condição da ação”, o que é vedado (era percentual do débito).

SÚMULA VINCULANTE 21:

É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens


para admissibilidade de recurso administrativo.

SÚMULA 373 STJ:

É ilegítima a exigência de depósito prévio para admissibilidade de recurso


administrativo.

DICA 118
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE E EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Concessão de Liminar em MS, tutelas de urgência ou de evidência: causa de


suspensão do crédito tributário.

Art. 151, CTN. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:


IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.

Mandado de segurança: é impetrado na hipótese em que há DIREITO LÍQUIDO E


CERTO VIOLADO ou AMEAÇADO, desde que exista prova pré-constituída desse direito.

Tutela de urgência ou evidência: visa assegurar resultado útil ao processo ou


antecipar gozo de direito inequívoco/ extremamente provável.

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DICA 119
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE E EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Parcelamento: causa de suspensão do crédito tributário.

Art. 151, CTN. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:


VI – o parcelamento.

O parcelamento possui dois principais efeitos:


Requerimento de adesão parcelamento interrompe o prazo prescricional. (Art. 174 CTN
Parágrafo único. A prescrição se interrompe: IV - por qualquer ato inequívoco ainda que
extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor);
O deferimento do parcelamento suspende o prazo prescricional e a exigibilidade do
pagamento por quanto tempo ele perdurar.
DICA 120

SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE E EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO


O parcelamento somente pode ser concedido por meio de lei específica do ente que
detém competência tributária, porque atividade de cobrança é vinculada, assim a
autoridade não pode parcelar para cada contribuinte de um jeito.
Lei deve estabelecer requisitos para o parcelamento (quem, qual tributo, quais condições
do parcelamento, número máximo de parcelas, e valor mínimo da parcela).
DICA 121
EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
O artigo 156 do CTN estabelece formas de extinção do crédito tributário.
O crédito, assim, pode ser extinto quando for satisfeito (pagamento, dação de bens
imóveis, etc.), quando for desconstituído (decisão administrativa ou judicial), quando
perdoado (remissão) ou ainda quando precluso o direito do fisco lançar ou cobrar o
crédito (prescrição e decadência).
A extinção do crédito tributário faz extinguir a obrigação correspondente. Já́ para as
obrigações acessórias temos o art. 113 CTN, que esclarece que essas se extinguirão com o
simples adimplemento das prestações positivas ou negativas ali elencadas, ou seja, fazer,
não fazer ou tolerar que se faça.

DICA 122
EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Pagamento: causa de extinção do crédito tributário. O pagamento é a primeira e


principal causa da exclusão do crédito tributário.

Pagamento deve ser feito em dinheiro, sendo vedado o pagamento em trabalho (princípio
da dignidade da pessoa humana) ou em natura (realizado com o próprio bem que é objeto
da tributação, viola princípio da vedação ao confisco).
Os efeitos da mora (multa pelo atraso + juros + correção) são automáticos, não sendo
requerido qualquer atuação do credor para constituir o devedor em mora.
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É possível também que a fiscalização aplique multas de ofício quando apuradas infrações
(tributos não pagos e não declarados, ou pagos a menor), ou multas isoladas (infração a
obrigação acessórias).
DICA 123

EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO


No âmbito tributário, ao pagar uma parcela, não se presumem pagas as anteriores.
Igualmente, ao se pagar um tributo de um exercício inteiro, não se presumem pagos os
demais exercícios.
O pagamento de um tributo não faz presumir o pagamento de outros.
CUIDADO!

Note-se que o fato de inexistir tal presunção relativa não significa que a Fazenda Pública
deva negar-se a receber um pagamento parcial de crédito tributário, pelo contrário, é esse
mesmo dispositivo (art. 158, do CTN) que autoriza recebimento de qualquer valor pago pelo
contribuinte.

Art. 158, CTN. O pagamento de um crédito não importa em presunção de pagamento:


I - quando parcial, das prestações em que se decomponha;
II - quando total, de outros créditos referentes ao mesmo ou a outros tributos

DICA 124

EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

REGRAS PARA O PAGAMENTO DO TRIBUTO:

Quem paga (devedor): sujeito passivo da relação jurídico tributária (contribuinte ou


responsável).

A quem se paga (credor): sujeito ativo (ente competente ou quem possui a capacidade
tributária ativa).

Local de pagamento: se lei tributária não dispuser de modo contrário, o local do


pagamento é na repartição pública competente no domicílio do DEVEDOR. Dívida
tributária é portável. Art. 159. CTN Quando a legislação tributária não dispuser a respeito,
o pagamento é efetuado na repartição [na repartição pública] competente do domicílio do
sujeito passivo.

Meio de pagamento: dinheiro (moeda nacional, cheque, vale postal). Lei pode exigir
garantia para pagamento em cheque/postal, desde que não torne obrigação mais onerosa
do que em moeda. Pagamento pode ser feito em estampilha, papel selado ou processo
mecânico, quando previsto em lei. Como se prova o pagamento: recibo, autenticação
bancária, certidão negativa expedida pela Fazenda.

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DICA 125

DENÚNCIA ESPONTÂNEA
A denúncia espontânea tem como objetivo incentivar sujeito passivo que está irregular
voltar a sua situação de regularidade. Seria a “Ponte de Ouro” que conduziria a situação
de regularidade.

Regra, visa excluir a responsabilidade por infrações (multa, etc.), quando o agente
confessa a irregularidade e realiza o pagamento integral do tributo (com juros e correção).

Art. 138, CTN. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração,


acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do
depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do
tributo dependa de apuração.

O STJ pacificou entendimento que denúncia afasta tanto a multa moratória quanto a
multa punitiva, pois o art. 138 não faz distinção entre as duas (AgRg nos EDcl no Ag
755.008/SC).

DICA 126
DENÚNCIA ESPONTÂNEA
O depósito em dinheiro só é admitido para fins de denúncia espontânea se a apuração
depende de atuação da administração. Caso não (como ocorre na maioria dos tributos) o
depósito, para além de configurar a assunção do crédito (o que já inviabiliza a denúncia,
pois para ter denúncia o Fisco não pode conhecer essa situação), ainda não se confunde
com o pagamento (ou seja, falta o requisito do pagamento integral para configurar
denúncia).
DICA 127
DENÚNCIA ESPONTÂNEA

Não caberá a denúncia espontânea:


Parcelamento, o depósito integral e a compensação: não são considerados
pagamentos para fins de denúncia espontânea. Pessoa inadimplente se dirige a
administração e confessa e dívida, entrando com pedido de parcelamento, antes de iniciado
qualquer procedimento administrativo pelo Fisco, terá direito a denúncia espontânea? NÃO.
Logo, havendo parcelamento do pagamento do tributo, contribuinte não conseguirá afastar
a multa pelo benefício da denúncia espontânea, devendo a multa ser parcelada
juntamente ao tributo.
Descumprimento de obrigação acessória: se houvesse essa possibilidade, o fisco
iria ter que isentar a pessoa da multa, ficando sem sanção o descumprimento da obrigação
principal.

Art. 113, CTN. A obrigação tributária é principal ou acessória. § 3º A obrigação acessória,


pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente
à penalidade pecuniária.

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70
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DIREITO PENAL
DICA 128
ERRO DE TIPO ESSENCIAL

Recai sobre as circunstâncias do fato;


Art. 20 e §1º, §2º e §3º, CP;

Causa excludente de tipicidade.


DOLO

INVENCÍVEL
EXCLUSÃO
(inevitável)

CULPA
EFEITOS
EXCLUSÃO DO
DOLO

VENCÍVEL
(evitável)
RESPONDE POR CRIME
CULPOSO, SE PREVISTO
EM LEI

DICA 129
ERRO DE PROIBIÇÃO

Recai sobre a ILICITUDE do fato;

Art. 21 e Parágrafo único, CP;

Causa de DIMINUIÇÃO DE PENA.

DIRETO

ESPÉCIES INDIRETO

MANDAMENTAL

ISENTO DE
INEVITÁVEL
PENA

EFEITOS
CAUSA DE
EVITÁVEL DIMINUIÇÃO DE
PENA

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DICA 130
DOLO GERAL E ERRO ACIDENTAL – ESQUEMATIZANDO

1ª conduta Acha que atingiu o


resultado
DOLO
GERAL
2ª conduta Resultado atingido

SOBRE O OBJETO

ERRO
SOBRE A PESSOA
ACIDENTAL

NA EXECUÇÃO
Resultado diverso do
pretendido (art. 74,
CP)

DICA 131
CONCURSO DE PESSOAS

Requisitos:

Pluralidade de agentes: Duas ou mais pessoas realizando a conduta típica ou


concorrendo de algum modo para que outro a realize.

Relevância causal das condutas: Relação de causa e efeito entre cada conduta
com o resultado que é utilizado na teoria da equivalência dos antecedentes causais.

Liame subjetivo entre os agentes: Vontade de colaborar para o mesmo crime.


Não é necessário o acordo prévio entre os agentes, bastando que um venha a aderir
a vontade do outro.

Identidade de fato: Todos os concorrentes devem responder pelo mesmo crime.


DICA 132
TEORIA UNITÁRIA MONISTA
Utilizada para aplicação de pena no concurso de pessoas em que todos os autores,
coautores e partícipes respondem pelo mesmo crime.

Coautores: Conduta típica é praticada por mais de uma pessoa, pode ser caracterizada
pelo princípio da divisão do trabalho.

Partícipes: Não realiza a conduta típica, não pratica diretamente os atos de


execução. A participação é, pois, necessariamente, acessória e secundária.

Autoria colateral: Duas ou mais pessoas, ignorando uma ação de outra, realizam
condutas convergentes, objetivando a execução do mesmo crime.

Ex.: ambos atiram na vítima sem saber um do outro.


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DICA 133
CONCURSO DE CRIMES
Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes.

Crimes são
idênticos, ou seja,
HOMOGÊNIO previstos no
mesmo tipo
penal.
CONCURSO
MATERIAL / REAL
Crimes são
distintos, ou seja,
não estão
HETEROGÊNEO
previstos no
mesmo tipo
penal.

DICA 134
CONCURSO DE CRIMES
Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes,
idênticos ou não.

O agente não
atua com
PERFEITO desígnios
CONCURSO autônomos.
FORMAL /
IDEAL O agente atua
IMPERFEITO com desígnios
autônomos.

O crime continuado se dá quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão,


pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar,
maneira de execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como
continuação do primeiro.

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73
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O agente não
PLURALIDADE atua com
DE CRIMES desígnios
autônomos.
Ritmo entre as
ações, a
jurisprudência
estabelece um
prazo máximo de
30 dias entre uma
CRIME TEMPO ação e outra.
CONTINUADO

Jurisprudência
considera os
crimes praticados
na mesma região
CONDIÇÕES metropolitana ou
OBJETIVAS em municípios
LUGAR
limítrofes.

Modo de praticar os
MANEIRA DE
crimes tem que ser
EXECUÇÃO
parecidas.

DICA 135
CONCURSO DE CRIMES

ESPÉCIES:

Concurso Material (Art. 69, CP)

Concurso Formal (Art.70, CP)

Crime Continuado.

REQUISITOS:

PLURALIDADE de condutas;

Crimes da MESMA ESPÉCIE;

Condições de lugar;

Maneira de execução.
CUIDADO!
Não confundir conduta com ato, pois dentro de uma mesma conduta pode haver vários
atos.

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DICA 136
CONCURSO MATERIAL / REAL

Mais de uma ação ou omissão, dois ou mais crimes, idênticos ou não (art. 69, CP);

Pluralidade de condutas + pluralidade de crimes;

Sistema de cúmulo material (as penas são somadas);

Homogêneo ou heterogêneo.

CONCURSO FORMAL / IDEAL

Uma ação ou omissão de dois ou mais crimes, idênticos ou não (art. 70, CP);

PRÓPRIO OU PERFEITO

Produz dois ou mais resultados, sem agir com desígnios autônomos;

1 crime doloso + outros culposos ou todos os crimes culposos;

Adota-se o sistema de exasperação, onde aplica-se mais grave das penas cabíveis,
se forem iguais, somente uma delas, aumentada de 1/6 até a metade em qualquer
caso.

IMPRÓPRIO OU IMPERFEITO

A ação ou omissão é DOLOSA;

Os CRIMES CONCORRENTES resultam de DESÍGNIOS AUTÔNOMOS;

SISTEMA DE CÚMULO MATERIAL (as penas são cumulativas);

Trata-se do CONCURSO MATERIAL BENÉFICO (art. 70, § único, CP);

Caso exceda, o juiz aplicará o critério cumulativo.


DICA 137

CRIME CONTINUADO

Pluralidade de condutas e resultados (art. 71, CP);

Os crimes são da mesma espécie, com as mesmas condições de tempo, local e modo de
execução;

Os subsequentes devem ser tratados como continuação do primeiro crime;

Adota-se o sistema de exasperação, onde aplica-se mais grave das penas cabíveis,
se forem diversos, aumenta-se de 1/6 a 2/3.

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PROCESSO PENAL

DICA 138
INTERROGATÓRIO
O interrogatório judicial é o ato por meio do qual o juiz ouve o acusado sobre sua pessoa
e sobre a imputação que lhe é feita.

Natureza jurídica do interrogatório:

Prevalece o entendimento de que o interrogatório possui natureza mista, na medida


em que funciona como de meio de defesa, sendo um desdobramento do princípio da
autodefesa; mas, eventualmente, quando o acusado decidir responder as perguntas do juiz,
pode funcionar como meio de prova.
Veja a importância do interrogatório: é a oportunidade que o acusado tem de,
pessoalmente, exercer o seu direito de autodefesa, dando a sua versão ao juiz da causa.

Momento do interrogatório: o interrogatório é sempre o último ato do


procedimento. O interrogatório ocorre depois da oitiva das testemunhas, da vítima. É
sempre o último ato!
Há alguns procedimentos (ex.: lei de drogas) em que a lei prevê que o interrogatório seja
o primeiro ato do procedimento. Todavia, o STF (HC 127.900) já decidiu que o
interrogatório deve ser o último ato do procedimento, interpretação compatível com o
exercício da ampla defesa, devendo ser dada a oportunidade do acusado se manifestar
pessoalmente sobre todas as provas produzidas no processo.

Condução coercitiva:
O art. 260 do CPP prevê a possibilidade de condução coercitiva do acusado que, intimado,
não comparecer ao interrogatório. Todavia, o STF, na ADPF 444, decidiu pela não recepção
desse artigo pela Constituição Federal, proibindo expressamente a condução coercitiva
de investigados para o interrogatório. Isso porque existe o direito de não produzir prova
contra si mesmo. A partir do momento em que o interrogatório é uma manifestação do
direito de autodefesa, o réu pode não comparecer ao interrogatório, ou ainda comparecer e
permanecer calado.

CURIOSIDADE QUE FIXA: Independente de qualquer juízo de valor sobre os méritos


ou deméritos da operação, essa é uma das críticas feitas por parte da doutrina ao ex-juiz
Sérgio Moro, na condução da Operação Lava-Jato. Isso porque ele determinou diversas
vezes, em atos transmitidos ao vivo pela televisão, a condução coercitiva de diversos
investigados (Lula foi um deles, p. ex.) para o interrogatório, o que seria vedado, consoante
decisão do STF.
DICA 139
INTERROGATÓRIO POR VIDEOCONFERÊNCIA

INTERROGATÓRIO POR VIDEOCONFERÊNCIA

CABIMENTO: É possível o interrogatório por videoconferência de forma excepcional.


Exige-se decisão judicial fundamentada, podendo ser determinada de ofício ou a
requerimento da parte.

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HIPÓTESES: É cabível para:


Prevenir risco à segurança pública, quando existir suspeita de que o preso integre
organização criminosa ou que, por outra razão, possa fugir durante o deslocamento;
Viabilizar a participação do réu no referido ato processual, quando houver
dificuldade do seu comparecimento em juízo, por doença, enfermidade, etc.;
Impedir a influência do réu sobre a testemunha ou a vítima, desde que não seja
possível colher o depoimento delas por videoconferência. Ou seja, primeiro deve haver
tentativa de colher o depoimento da vítima ou da testemunha por videoconferência.
Apenas na impossibilidade é que se toma o depoimento do interrogado por meio de
recursos tecnológicos.
Em razão de gravíssimas questões de ordem pública.

INTIMAÇÃO DAS PARTES: As partes devem ser intimadas acerca da decisão que
determinar o interrogatório por videoconferência, com no mínimo 10 dias de
antecedência.

DICA 140
CONFISSÃO
A confissão é a admissão feita pelo acusado acerca da materialidade e autoria do crime.

Classificação:

Confissão judicial: feita no âmbito do processo penal, na presença do juiz.

Confissão extrajudicial: feita na fase investigatória, na delegacia. Não pode, por si


só, embasar uma condenação, conforme art. 155 do CP.

Confissão simples: o réu confessa a prática do crime e não invoca nenhuma


excludente da ilicitude ou da culpabilidade.

Confissão qualificada: o réu confessa a prática do crime, mas alega que o praticou
sob a proteção de alguma excludente da ilicitude ou culpabilidade.
DICA 141
NÚMERO DE TESTEMUNHAS
IMPORTANTE!

As testemunhas devem ser apresentadas pela acusação no momento do oferecimento


da peça acusatória (denúncia ou queixa-crime). Já a defesa deve apresentar o rol de
testemunhas na resposta à acusação.

A quantidade de testemunhas varia de acordo com o procedimento a ser adotado. No


rito dos Juizados, por exemplo, a quantidade de testemunhas é menor, dada a maior
simplicidade e celeridade do procedimento. Abaixo, elaborei um quadro-resumo com a
quantidade de testemunhas para facilitar o seu estudo e revisão:

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PROCEDIMENTO QUANTIDADE DE TESTEMUNHAS

Ordinário 8 testemunhas

Sumário 5 testemunhas

Sumaríssimo 3 testemunhas

1ª fase: 8 testemunhas
Tribunal do Júri
2ª fase: 5 testemunhas

Lei de Drogas 5 testemunhas

DICA 142
ACAREAÇÃO
Acarear significa colocar em presença uma da outra, cara a cara, pessoas cujas declarações
são diferentes.

Por força do art. 229 do CPP, a acareação é admitida entre acusados, entre acusado e
testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou testemunha e a pessoa ofendida, e entre
pessoas ofendidas, sempre que suas declarações divergirem. Os acareados são
reperguntados para que expliquem pontos de divergência.
Veja que há previsão inclusive da possibilidade de acarear o acusado x vítima, pessoas
que não estão obrigadas a prestar compromisso de dizer a verdade.
O art. 230 do CPP traz uma previsão um tanto quanto curiosa: a acareação por carta
precatória. A intenção do legislador é possibilitar a acareação de uma testemunha que
resida em outra comarca.
DICA 143
PROVA DOCUMENTAL
As partes podem apresentar documentos em qualquer fase do processo, salvo, as
limitações da própria lei. São considerados documentos quaisquer escritos, papéis,
instrumentos, sejam eles públicos ou particulares.

No Júri, não será permitida a leitura de documento durante o julgamento que não tiver
sido juntado aos autos com a antecedência mínima de 3 dias úteis.

A produção da prova documental pode ser espontânea (quando há juntada pelas


partes), ou provocada (quando o juiz determina, independente de requerimento das
partes, a sua juntada aos autos, nos termos do art. 234).

CARTAS - as cartas são invioláveis, nos termos do art. 5º, inciso XII. É por isso que o
art. 233 do CPP prevê que as cartas particulares, interceptadas ou obtidas por meios
criminosos, não são admitidas em juízo. Isso, porém, não impede a juntada de cartas por
parte de um dos destinatários, nos termos do art. 233, p. único.

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DICA 144
BUSCA E APREENSÃO

CONCEITO: A busca é o ato de procurar algo ou alguém. A apreensão é a medida de


constrição, que guarda algo ou alguém. Pode haver busca sem apreensão, ou vice-versa.

INICIATIVA E DECRETAÇÃO: O art. 242 do CPP prevê que “a busca pode ser
determinada de ofício ou a requerimento de qualquer das partes”. Todavia, acerca
da iniciativa, é necessário distinguir a busca pessoal da busca domiciliar, pois o tratamento
é distinto.
DICA 145
PRISÃO

Há duas espécies de pena que interessam ao direito processual penal:

a prisão penal;

a prisão processual, ou prisão cautelar, ou provisória.


DICA 146
PRISÃO

Na PRISÃO PENAL, o criminoso já foi processado, condenado, havendo trânsito em


julgado da pena. Ele está lá cumprindo a sua pena devidamente imposta pelo juiz.

Já na PRISÃO PROCESSUAL, também chamada de prisão cautelar ou prisão


provisória, isso não acontece. não há trânsito em julgado e muitas vezes sequer há
processo instaurado. Os motivos da prisão aqui são outros, que não a decisão condenatória
do juiz.

Nesse sentido, há 3 espécies de prisões cautelares:

prisão em flagrante;

prisão preventiva;

prisão temporária.
As prisões processuais, não possuem a finalidade punir o réu. A finalidade de cada uma
varia de acordo com sua espécie.
DICA 147
PRISÃO EM FLAGRANTE
A prisão em flagrante é muito conhecida.

Ex.: Você está dormindo, percebe uma movimentação estranha em sua casa. Acorda e
decide ligar no 190. A polícia chega e realmente pega o bandido em flagrante, no interior
de sua casa, armado, prestes a roubá-la.
Qualquer pessoa do povo PODE decretar a prisão em flagrante (art. 301, CPP), sendo
que a autoridade policial DEVE decretá-la.

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A prisão em flagrante é aquela imposta quando o crime está queimando, quando a infração
está prestes a acontecer. É por isso mesmo que ela independe de mandado judicial.
A autoridade policial pode decretá-la independente de mandado.

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