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Olá futuro(a) servidor público do TRE Unificado!

Esse material é totalmente focado no certame e aborda ponto a ponto da legislação


que será prevista no edital.

Nele foi inserido títulos em cada artigo, para facilitar a sua compreensão, e
marcações das partes mais importantes.

Além disso, nos dispositivos mais importantes para a sua prova, constam alguns
esquemas e comentários com foco no concurso do TRE para facilitar a compreensão do
aluno.

A leitura da lei é fundamental para a sua aprovação, pois, em análise estatística,


verificou-se que 95% das questões de direito cobradas no concurso do TRE são resolvidas
somente com base da lei seca.

No material completo para o cargo de Analista Judiciário – Área Judiciária - você terá
acesso as seguintes disciplinas:

Língua Portuguesa (Bônus)


Normas aplicáveis aos servidores públicos federais
Estatuto da pessoa com deficiência
Constitucional
Administrativo
Eleitoral
Noções de Administração Pública
Direito Penal
Processo Penal
Processo Civil
Civil

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Língua Portuguesa (Bônus)


Normas aplicáveis aos servidores públicos federais
Estatuto da pessoa com deficiência
Constitucional
Administrativo
Eleitoral
Noções de Administração Pública
Administração financeira e orçamentária

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terá acesso as seguintes disciplinas:

Língua Portuguesa (Bônus)


Normas aplicáveis aos servidores públicos federais
Estatuto da pessoa com deficiência
Constitucional
Administrativo
Eleitoral
Noções de Administração Pública

Ah.. e já íamos nos esquecendo. Diante da grande dificuldade em estabelecer uma rotina
diária para a leitura da lei, criamos um cronograma de 45 dias de estudos por disciplina, assunto e
artigo para facilitar a sua leitura do Legislação Mapeada para o TRE Unificado. Assim você terá metas
diárias para cumprir e vencer toda a legislação cobrada no certame no tempo necessário.

E mais: como forma de demonstrar a qualidade de nosso material, apresentaremos a seguir


a amostra do: Legislação Mapeada para o TRE Unificado - 2023:

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LEI Nº 4.737/65 – CÓDIGO ELEITORAL

Institui o Código Eleitoral.

PARTE PRIMEIRA: INTRODUÇÃO

Art. 1º Este Código contém normas destinadas a assegurar a organização e o exercício de direitos
políticos precipuamente os de votar e ser votado.

Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral expedirá Instruções para sua fiel execução.

Comentário: O objetivo do direito eleitoral é a normatização de todo o processo eleitoral, que

se inicia com o alistamento do eleitor, com a posterior distribuição do corpo eleitoral, e por

fim, se encerra com a diplomação dos eleitos.

PRINCÍPIOS DO DIREITO ELEITORAL

Princípio da lisura - Esse princípio impõe a atuação ética, correta e proba dos atos que

envolvam o processo eleitoral. Baseia-se na busca da verdade real, possibilitando até mesmo

que o juiz produza provas de ofício no processo eleitoral.

Princípio do aproveitamento do voto - A atuação da Justiça Eleitoral deve preservar a

soberania popular, a apuração do voto e a diplomação dos eleitos. Esse princípio é também

conhecido como princípio do in dubio pro voto.

Princípio da celeridade eleitoral - Evita o prolongamento de decisões eleitorais após a posse

dos eleitos e após o início do exercício do mandato eletivo.

Princípio da preclusão instantânea no direito eleitoral - Impõe às partes interessadas o

dever de impugnar imediatamente a identidade do eleitor, antes de se registrar o voto, sob

pena de preclusão.

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Princípio da anualidade eleitoral - Significa que a lei que alterar o processo eleitoral não será

aplicada, se publicada um ano antes do processo eleitoral.

Art. 2º Todo poder emana do povo e será exercido em seu nome, por mandatários escolhidos, direta
e secretamente, dentre candidatos indicados por partidos políticos nacionais, ressalvada a eleição
indireta nos casos previstos na Constituição e leis específicas.

O próprio cidadão exerce


seu poder diretamente,
DIRETA
sem a presença de
representantes

O cidadão exerce o
poder indiretamente, por
DEMOCRACIA REPRESENTATIVA
intermédio de
representantes eleitos

Exerce o poder tanto


SEMI DIRETA OU
direta quanto
REPRESENTATIVA
indiretamente

Art. 3º Qualquer cidadão pode pretender investidura em cargo eletivo, respeitadas as condições
constitucionais e legais de elegibilidade e incompatibilidade.

Art. 4º São eleitores os brasileiros maiores de 18 anos que se alistarem na forma da lei. (Vide art. 14 da
Constituição Federal)

Art. 14, CF. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:

I - plebiscito;

II - referendo;

III - iniciativa popular.

Art. 5º Não podem alistar-se eleitores:

I - os analfabetos; (Vide art. 14, § 1º, II, "a", da Constituição/88)

II - os que não saibam exprimir-se na língua nacional;

III - os que estejam privados, temporária ou definitivamente dos direitos políticos.

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Parágrafo único - Os militares são alistáveis, desde que oficiais, aspirantes a oficiais, guardas-
marinha, subtenentes ou suboficiais, sargentos ou alunos das escolas militares de ensino superior
para formação de oficiais.

os analfabetos;

NÃO podem alistar-se


os que não saibam exprimir-se na língua nacional;
eleitores:

os que estejam privados, temporária ou definitivamente dos direitos

políticos.

Fique atento!

Os militares são alistáveis, desde que oficiais, aspirantes a oficiais, guardas-marinha, subtenentes

ou suboficiais, sargentos ou alunos das escolas militares de ensino superior para formação de

oficiais.

Art. 6º O alistamento e o voto são obrigatórios para os brasileiros de um e outro sexo, salvo:

I - quanto ao alistamento:

a) os inválidos;

b) os maiores de setenta anos;

c) os que se encontrem fora do país.

II - quanto ao voto:

a) os enfermos;

b) os que se encontrem fora do seu domicílio;

c) os funcionários civis e os militares, em serviço que os impossibilite de votar.

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quanto ao alistamento os inválidos;

O alistamento e o
os maiores de setenta anos
voto são

obrigatórios para os
os que se encontrem fora do país.
brasileiros de um e

outro sexo, salvo:


quanto ao voto os enfermos;

os que se encontrem fora do seu domicílio;

os funcionários civis e os militares, em serviço

que os impossibilite de votar.

Comentário: O voto representa um instrumento de exercício da cidadania.

CARACTERÍSTICAS DO VOTO

Personalíssimo - O direito ao voto deve ser exercido pessoalmente. Desse modo, não é

possível votar por meio de representante, por procuração e nem por correspondência.

Obrigatório - Todo cidadão, maior de 18 anos e menor de 70 anos, é obrigado a

votar, comparecendo ao local de votação e assinando a lista de votação.

Secreto – É um direito público subjetivo do eleitor. Por isso, não pode ser revelado

pelos órgãos da Justiça Eleitoral.

Direto - Os representantes são escolhidos diretamente pelos eleitores, sem

intermediários.

Periódico - O voto deve ser exercido em intervalos regulares de tempo, decorre do

princípio republicano que impõe uma rotatividade do exercício do poder político.

Art. 7º O eleitor que deixar de votar e não se justificar perante o juiz eleitoral até 30 (trinta) dias
após a realização da eleição, incorrerá na multa de 3 (três) a 10 (dez) por cento sobre o salário-

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mínimo da região, imposta pelo juiz eleitoral e cobrada na forma prevista no art. 367. (Redação dada
pela Lei nº 4.961, de 1966)

§ 1º Sem a prova de que votou na última eleição, pagou a respectiva multa ou de que se justificou
devidamente, não poderá o eleitor:

I - inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função pública, investir-se ou empossar-se


neles;

II - receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos de função ou emprego público,


autárquico ou para estatal, bem como fundações governamentais, empresas, institutos e sociedades
de qualquer natureza, mantidas ou subvencionadas pelo governo ou que exerçam serviço público
delegado, correspondentes ao segundo mês subsequente ao da eleição;

III - participar de concorrência pública ou administrativa da União, dos Estados, dos Territórios, do
Distrito Federal ou dos Municípios, ou das respectivas autarquias;

IV - obter empréstimos nas autarquias, sociedades de economia mista, caixas econômicas federais
ou estaduais, nos institutos e caixas de previdência social, bem como em qualquer estabelecimento
de crédito mantido pelo governo, ou de cuja administração este participe, e com essas entidades
celebrar contratos; (Vide Lei nº 14.179, de 2021)

V - obter passaporte ou carteira de identidade;

VI - renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo;

VII - praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou imposto de renda.

§ 2º Os brasileiros natos ou naturalizados, maiores de 18 anos, salvo os excetuados nos arts. 5º e


6º, nº 1, sem prova de estarem alistados não poderão praticar os atos relacionados no parágrafo
anterior.

§ 3º Realizado o alistamento eleitoral pelo processo eletrônico de dados, será cancelada a inscrição
do eleitor que não votar em 3 (três) eleições consecutivas, não pagar a multa ou não se justificar no
prazo de 6 (seis) meses, a contar da data da última eleição a que deveria ter comparecido. (Incluído pela
Lei nº 7.663, de 1988)

§ 4º O disposto no inciso V do § 1o não se aplica ao eleitor no exterior que requeira novo passaporte
para identificação e retorno ao Brasil. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)

Art. 8º O brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos ou o naturalizado que não se alistar até
um ano depois de adquirida a nacionalidade brasileira, incorrerá na multa de 3 (três) a 10 (dez)
por cento sobre o valor do salário-mínimo da região, imposta pelo juiz e cobrada no ato da
inscrição eleitoral através de selo federal inutilizado no próprio requerimento. (Vide Lei nº 7.373, de 1985)

Parágrafo único. Não se aplicará a pena ao não alistado que requerer sua inscrição eleitoral até o
centésimo primeiro dia anterior à eleição subsequente à data em que completar dezenove anos.
(Incluído pela Lei nº 9.041, de 1995)

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Art. 9º Os responsáveis pela inobservância do disposto nos arts. 7º e 8º incorrerão na multa de 1
(um) a 3 (três) salários-mínimos vigentes na zona eleitoral ou de suspensão disciplinar até 30
(trinta) dias.

Art. 10. O juiz eleitoral fornecerá aos que não votarem por motivo justificado e aos não alistados
nos termos dos artigos 5º e 6º, nº 1, documento que os isente das sanções legais.

Art. 11. O eleitor que não votar e não pagar a multa, se se encontrar fora de sua zona e necessitar
documento de quitação com a Justiça Eleitoral, poderá efetuar o pagamento perante o Juízo da zona
em que estiver.

§ 1º A multa será cobrada no máximo previsto, salvo se o eleitor quiser aguardar que o juiz da zona
em que se encontrar solicite informações sobre o arbitramento ao Juízo da inscrição.

§ 2º Em qualquer das hipóteses, efetuado o pagamento través de selos federais inutilizados no


próprio requerimento, o juiz que recolheu a multa comunicará o fato ao da zona de inscrição e
fornecerá ao requerente comprovante do pagamento.

PARTE SEGUNDA: DOS ÓRGÃOS DA JUSTIÇA ELEITORAL

Art. 12. São órgãos da Justiça Eleitoral:

I - O Tribunal Superior Eleitoral, com sede na Capital da República e jurisdição em todo o País;

II - um Tribunal Regional, na Capital de cada Estado, no Distrito Federal e, mediante proposta do


Tribunal Superior, na Capital de Território;

III - juntas eleitorais;

IV - juizes eleitorais.

TSE

TRIBUNAL
REGIONAL

JUNTAS ELEITORAIS E
JUIZES ELEITORAIS

Art. 13. O número de juizes dos Tribunais Regionais não será reduzido, mas poderá ser elevado até
nove, mediante proposta do Tribunal Superior, e na forma por ele sugerida.

Art. 14. Os juizes dos Tribunais Eleitorais, salvo motivo justificado, servirão obrigatoriamente por
dois anos, e nunca por mais de dois biênios consecutivos.

§ 1º Os biênios serão contados, ininterruptamente, sem o desconto de qualquer afastamento nem


mesmo o decorrente de licença, férias, ou licença especial, salvo no caso do § 3º. (Incluído pela Lei nº 4.961,
de 1966)

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§ 2º Os juízes afastados por motivo de licença férias e licença especial, de suas funções na Justiça
comum, ficarão automaticamente afastados da Justiça Eleitoral pelo tempo correspondente exceto
quando com períodos de férias coletivas, coincidir a realização de eleição, apuração ou encerramento
de alistamento. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 1966)

§ 3o Da homologação da respectiva convenção partidária até a diplomação e nos feitos decorrentes


do processo eleitoral, não poderão servir como juízes nos Tribunais Eleitorais, ou como juiz eleitoral,
o cônjuge ou o parente consanguíneo ou afim, até o segundo grau, de candidato a cargo eletivo
registrado na circunscrição. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)

§ 4º No caso de recondução para o segundo biênio observar-se-ão as mesmas formalidades


indispensáveis à primeira investidura. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 1966)

Art. 15. Os substitutos dos membros efetivos dos Tribunais Eleitorais serão escolhidos, na mesma
ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria.

TÍTULO I: DO TRIBUNAL SUPERIOR

Art. 16. Compõe-se o Tribunal Superior Eleitoral: (Redação dada pela Lei nº 7.191, de 1984)

I - mediante eleição, pelo voto secreto: (Redação dada pela Lei nº 7.191, de 1984)

a) de três juizes, dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal; e (Redação dada pela Lei nº 7.191, de 1984)

b) de dois juizes, dentre os membros do Tribunal Federal de Recursos; (Redação dada pela Lei nº 7.191, de
1984)

II - por nomeação do Presidente da República, de dois entre seis advogados de notável saber jurídico
e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal. (Redação dada pela Lei nº 7.191, de 1984)

de três juizes, dentre os


Ministros do STF
mediante eleição, pelo
voto secreto: de dois juizes, dentre os
membros do Tribunal
Compõe-se o Tribunal Federal de Recursos
Superior Eleitoral:
de 2 entre 6 advogados
por nomeação do de notável saber jurídico
Presidente da República: e idoneidade moral,
indicados pelo STF.

O TSE elegerá para seu presidente


um dos ministros do STF, cabendo ao
outro a vice-presidência, e para
Corregedor Geral da Justiça Eleitoral
um dos seus membros.

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REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO

1) NOTA INTRODUTÓRIA

O administrador público só pode realizar o que está na lei, enquanto que o administrador privado
pode realizar tudo o que a lei não proíba.

A Administração Pública é composta de entes políticos e entes administrativos, que, por sua vez, são
compostos por órgãos públicos.

A competência conferida à administração é irrenunciável.

As prerrogativas da administração são típicas do direito público, fato que não existe no direito
privado, no qual predomina a igualdade entre as partes.

2) SUPRAPRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO

Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, são dois os supraprincípios: a) supremacia do interesse
público sobre o privado; b) indisponibilidade do interesse público.

2.1) Supremacia do interesse público sobre o privado

Significa que os interesses da coletividade são mais importantes do que os interesses individuais,
razão pela qual a Administração Pública, como defensora dos interesses públicos, recebe da lei
poderes especiais não extensivos aos particulares.

Registro inicial: (doutrina majoritária) o princípio da supremacia pode ser encontrado expressamente
na Lei 9.784/1999, mas, na CF, acha-se implicitamente.

Trata da possibilidade de constituir obrigações para terceiros mediante atos unilaterais, sendo tais
atos imperativos como quaisquer atos do Estado.

O interesse público é indisponível.

Exemplos desse princípio: a) desapropriação; b) requisição de bens; c) possibilidade de convocação


de particulares; d) prerrogativas processuais; e) cláusulas exorbitantes nos contratos.

2.2) Indisponibilidade do interesse público

Os agentes públicos não são donos do interesse por eles defendido e, por essa razão, não se admite
que eles renunciem aos poderes legalmente conferidos ou que transacionem em juízo.

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Mazza traz dois exemplos de mitigação desse princípio: 1) possibilidade de a Fazenda transigir nos
JEFs; 2) utilização dos mecanismos privados para resolução de disputas nos contratos de concessão
e nas PPPs.

DOS PRINCÍPIOS

1) PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS

1.1) Princípio da segurança jurídica

É a estabilidade das relações jurídicas, evitando mudanças abruptas, sobressaltos e surpresas


decorrentes de ações governamentais.

Em tese, havendo conflito entre os princípios da legalidade x segurança, prevalece o princípio da


segurança jurídica.

Ex.: proibição de aplicação retroativa de novas interpretações da lei e das normas administrativas.

1.2) Princípio da confiança legítima

É basicamente a crença do administrado de que os atos administrativos serão mantidos e respeitados


pela Administração, tendo em vista a presunção de que esses atos são sempre lícitos;

Faz-se necessário, portanto, a manutenção dos atos administrativos, ainda que estes sejam
qualificados como antijurídicos, quando verificada a expectativa legítima.

1.3) Teoria do fato consumado

Atos das partes podem influenciar a aplicação da teoria, tais como: ausência de dolo e sem
contestação de ninguém, vigorando por anos com aparência de legalidade;

Não se aplica essa teoria nos seguintes casos:

Remoção ilegal de servidor (STJ);

Em tema de Direito Ambiental (súmula 613 do STJ);

Nas tutelas provisórias contra a Fazenda Pública.

Quando o assunto for concurso público e tutela provisória para nomeação, você tem que defender
que não pode haver o instituto da posse precária (quando alguém assume cargo mediante tutela
provisória), porque depende de prévia aprovação.

1.4) Princípio da continuidade dos serviços públicos

Esse princípio impede a interrupção do fornecimento de serviço prestado ao cidadão.

Tome nota!

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Exceções à continuidade do serviço público: (i) situações emergenciais; (ii) caso fortuito e força maior;
(iii) interrupção por aviso prévio, quando justificada por razões de ordem técnica; (iv) inadimplência
do usuário.

As exceções à continuidade do serviço público estão presentes em situações emergenciais, como,


por exemplo, quedas de energia elétrica em razão de tempestade, ou situações de caso fortuito e
força maior.

Outra exceção é a interrupção por aviso prévio, quando justificada por razões de ordem técnica, em
função de manutenções para segurança ou mesmo melhor funcionamento do sistema.

Cumpre frisar que o aviso prévio também é necessário quando há inadimplência do usuário, o que
se dá para priorizar a coletividade, que não pode ser prejudicada.

A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça já estabeleceu que nem sempre os serviços


prestados ao usuário inadimplente poderão ser interrompidos. É dizer: o corte no fornecimento de
energia elétrica em razão de débito irrisório é ilegítimo. Do mesmo modo, o corte pressupõe o
inadimplemento da conta relativa ao mês do consumo, sendo inviável a suspensão do abastecimento
por débitos antigos.

1.5) Princípio da autotutela

É o direito que a Administração tem de anular e revogar seus atos. Se dá por:

A anulação ocorre quando o ato é iLegal = anuLação;

A revogação ocorre quando o ato não é mais de interesse da Administração, pois passou a ser
inoportuno ou inconveniente (ou seja, não tem a ver com a legalidade).

1.6) Princípio da proporcionalidade

É a adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida
superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público.

1.7) Princípio da oficialidade

O princípio da oficialidade é um princípio que torna o impulso oficial muito mais amplo no processo
administrativo do que no judicial. Trata-se do poder-dever de instaurar, fazer andar e rever de ofício
a decisão. Está previsto no inciso XII, do art. 2º, da Lei n. 9.784/99.

1.8) Princípio da especialidade

Reflete a ideia de descentralização da administração, em que se criam entidades (por meio de lei)
para o desempenho de finalidades específicas.

2) PRINCÍPIOS EXPRESSOS

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Legalidade

Impessoalidade

Princípios expressos da Adm


Pública Moralidade

Publicidade
Mnemônico: L-I-M-P-E

Eficiência

2.1) Princípio da legalidade

A administração tem o poder-dever de só fazer o que estiver previsto em lei. Diferentemente do que
ocorre na órbita privada, onde o indivíduo pode fazer tudo o que a lei não vede.

A lei baliza toda a atuação da administração pública. Ninguém pode fazer ou deixar de fazer alguma
coisa senão em virtude de lei.

O princípio da legalidade pode ser analisado sob dois sentidos:

a) aos particulares: ninguém é obrigado a fazer algo, senão em virtude de lei.

É dizer: o particular pode fazer tudo que não for proibido pela lei (trata-se do princípio da autonomia
da vontade)

b) à Administração Pública: a Administração Pública apenas pode agir quando houver previsão
legal (princípio da legalidade estrita)

2.2) Princípio da impessoalidade

É o dever de realizar o interesse público sem a promoção do servidor público ou autoridade que
realizou o ato;

O princípio da impessoalidade possui cinco sentidos:

i) p. da finalidade (= interesse público): o ato administrativo deve seguir o fim público e a finalidade
discriminada em lei

ii) p. da igualdade (= isonomia): atender todos os administrados sem discriminação indevida.

iii) vedação à promoção pessoal

iv) impedimento e suspeição: visa evitar que as pessoas atuem com parcialidade

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v) validado dos atos dos agentes de fato: diz-se agente de fato aquele cuja investidura no cargo
ou seu exercício esteja maculada por algum vício, como, por ex., agente que não possui formação
universitária exigida em cargo público, etc.

2.3) Princípio da moralidade

Moralidade administrativa é um conceito jurídico indeterminado;

A Súmula Vinculante 13 do Supremo Tribunal Federal (nepotismo) é um exemplo da moralidade


administrativa;

Tome nota

Súmula Vinculante 13: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta,


colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor
da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o
exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na
administração pública direta e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas,
viola a Constituição Federal.

Consiste no respeito da Administração a padrões éticos, de boa-fé, decoro, lealdade, honestidade e


probidade.

O princípio da moralidade administrativa tem estreita ligação com a probidade administrativa.


Exemplo: Organizações Sociais que, apesar de não precisarem fazer concurso público para contratar
pessoal, devem adotar um processo de seleção imparcial e moral.

2.4) Princípio da publicidade

Dá início à produção de efeitos do contrato administrativo, salvo previsão de alguma condição


suspensiva, permitindo a todos os administrados o conhecimento do negócio celebrado.

A publicação resumida do contrato é condição indispensável para a eficácia e deve ser feita em até
5 dias úteis.

“A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter
caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos
ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos”.

Possibilidade de mitigação desse princípio diante de situações excepcionais e justificadas: quando o


sigilo for imprescindível à segurança do estado e da sociedade ou para intimidade dos envolvidos
(art. 5º, X, da CF).

Princípio intimamente ligado à perspectiva de transparência, dever da administração pública e direito


da sociedade.

2.5) Princípio da eficiência

O princípio da eficiência possui dois sentidos:

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a) Modo de atuação do agente público

b) Organização e funcionamento da administração pública (Administração Gerencial)

Fique atento!

O princípio da eficiência é o mais recente dos princípios constitucionais da Administração Pública


brasileira, tendo sido adotado a partir da promulgação, da Emenda Constitucional nº 19, de 1998
– Reforma Administrativa.

Quando se fala em eficiência na administração pública, significa que o gestor público deve gerir a
coisa pública com efetividade, economicidade, transparência e moralidade visando cumprir as metas
estabelecidas.

Alexandre de Moraes

O princípio da eficiência é o que impõe à administração pública direta e indireta e a seus agentes
a persecução do bem comum, por meio do exercício de suas competências de forma imparcial,
neutra, transparente, participativa, eficaz, sem burocracia e sempre em busca da qualidade,
primando pela adoção dos critérios legais e morais necessários para melhor utilização possível
dos recursos públicos, de maneira a evitarem-se desperdícios e garantir-se maior rentabilidade
social.

ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

1) CONCEITOS IMPORTANTES

Administração direta União, Estados, DF e Municípios.

Administração indireta Autarquias, fundações (públicas e governamentais), agências

reguladoras, associações públicas, empresas públicas, sociedades

de economia mista.

Pessoas jurídicas de direito U/E/DF/M, autarquias e fundações públicas, agências reguladoras


público e associações públicas.

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Pessoas jurídicas de direito Associações, sociedades, fundações privadas, organizações


privado religiosas e partidos políticos

Desconcentração É a distribuição interna de atividades dentro da mesma pessoa

jurídica. Em outras palavras, é a subdivisão da pessoa jurídica.

Descentralização É a atribuição de competências a pessoas jurídicas autônomas.

Ex. autarquias, fundações públicas, empresas públicas e

sociedades de economia mista.

São pessoas jurídicas privadas, sem fins lucrativos, que não

integram a administração pública, mas colaboram com o Estado

no desempenho de atividades de interesse público, recebendo


Entidades paraestatais dele modalidades de fomento. Ex.: os serviços sociais autônomos

(conhecido como sistema “S”), as organizações sociais, as

organizações da sociedade civil de interesse público, as

instituições comunitárias de educação superior e as denominadas

entidades de apoio.

2) ENTIDADES POLÍTICAS E ADMINISTRATIVAS

2.1) Entidades políticas

União, Estados, Distrito Federal e Municípios

Tem capacidade de (autonomia política):

a) Autoadministração

b) Auto-organização

c) Autogoverno

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LEI 8.112/90

O concurso do TRE Unificado, na parte de conhecimentos gerais, tende a exigir do candidato o


conhecimento da Lei 8.112/90. No que diz respeito à referida Lei, o edital tende a cobrar os seguintes
assuntos:

Das Disposições Preliminares; Do Provimento, Da Vacância, Da Remoção, Da Redistribuição e


Da Substituição; Dos Direitos e Vantagens: Do Vencimento e da Remuneração, Das Vantagens,
Das Férias, Das Licenças e Dos Afastamentos; Do Regime Disciplinar: Dos Deveres, Das
Proibições, Da Acumulação, Das Responsabilidades e Das Penalidades.

Em razão disso, abordaremos esse assunto nesse momento, estudando os seguintes títulos da
referida lei:

Título I - Das Disposições Preliminares

Título II - Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e Substituição

Título III - Dos Direitos e Vantagens

Título IV - Do Regime Disciplinar

TÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias,
inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais.

Art. 2º Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público.

Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura


organizacional que devem ser cometidas a um servidor.

Servidor Pessoa legalmente investida em cargo público

Cargo público Conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura

organizacional que devem ser cometidas a um servidor.

Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com
denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo
ou em comissão.

Art. 4º É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei.

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TÍTULO II – DO PROVIMENTO, VACÂNCIA, REMOÇÃO, REDISTRIBUIÇÃO E SUBSTITUIÇÃO

Capítulo I - Do Provimento

Capítulo II - Da Vacância

Capítulo III - Da Remoção e da Redistribuição

Capítulo IV - Da Substituição

Capítulo I – Das disposições gerais

Seção I - Disposições Gerais

Seção II - Da Nomeação

Seção III - Do Concurso Público

Seção IV - Da Posse e do Exercício

Seção V - Da Estabilidade

Seção VI - Da Transferência

Seção VII - Da Readaptação

Seção VIII - Da Reversão

Seção IX - Da Reintegração

Seção X - Da Recondução

Seção XI - Da Disponibilidade e do Aproveitamento

Seção I – Disposições gerais

Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público:

I - a nacionalidade brasileira;

II - o gozo dos direitos políticos;

III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;

IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

V - a idade mínima de dezoito anos;

VI - aptidão física e mental.

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nacionalidade brasileira

Requisitos gozo dos direitos políticos


básicos para
investidura em quitação com as obrigações militares e eleitorais
cargo público
nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo

idade mínima de dezoito anos

aptidão física e mental

§ 1º As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos em


lei.

§ 2º Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso


público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são
portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no
concurso.

§ 3º As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus


cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os
procedimentos desta Lei.

Art. 6º O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade competente de cada
Poder.

Art. 7º A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.

Art. 8º São formas de provimento de cargo público:

I - nomeação;

II - promoção;

V - readaptação;

VI - reversão;

VII - aproveitamento;

VIII - reintegração;

IX - recondução.

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nomeação;

promoção;

Formas de
readaptação;
provimento

reversão;

aproveitamento;

reintegração;

recondução.

Seção II – Da nomeação

Art. 9º A nomeação far-se-á:

I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira;

II - em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de confiança vagos.

NOMEAÇÃO

Caráter efetivo quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira;

Comissão Cargos de confiança

Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial poderá


ser nomeado para ter exercício, interinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das
atribuições do que atualmente ocupa, hipótese em que deverá optar pela remuneração de um
deles durante o período da interinidade.

Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo depende de
prévia habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de
classificação e o prazo de sua validade.

Parágrafo único. Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor na carreira,


mediante promoção, serão estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema de carreira na
Administração Pública Federal e seus regulamentos.

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LEI Nº 11.416/2006

A Lei 11.416/06 - Organização da Carreira dos Servidores do Poder Judiciário da


União - dispõe sobre as Carreiras dos Servidores do Poder Judiciário da União;
revoga as Leis nºs 9.421, de 24 de dezembro de 1996, 10.475, de 27 de junho de
2002, 10.417, de 5 de abril de 2002, e 10.944, de 16 de setembro de 2004; e dá outras
providências.

Art. 1º As Carreiras dos Servidores dos Quadros de Pessoal do Poder Judiciário da União passam a
ser regidas por esta Lei.

Art. 2º Os Quadros de Pessoal efetivo do Poder Judiciário são compostos pelas seguintes Carreiras,
constituídas pelos respectivos cargos de provimento efetivo:

I - Analista Judiciário;

II - Técnico Judiciário;

III - Auxiliar Judiciário.

Analista Judiciário

Carreiras Técnico Judiciário

Auxiliar Judiciário

Art. 3º Os cargos efetivos das Carreiras referidas no art. 2º desta Lei são estruturados em Classes e
Padrões, na forma do Anexo I desta Lei, de acordo com as seguintes áreas de atividade:

I - área judiciária, compreendendo os serviços realizados privativamente por bacharéis em Direito,


abrangendo processamento de feitos, execução de mandados, análise e pesquisa de legislação,
doutrina e jurisprudência nos vários ramos do Direito, bem como elaboração de pareceres jurídicos;

II - área de apoio especializado, compreendendo os serviços para a execução dos quais se exige dos
titulares o devido registro no órgão fiscalizador do exercício da profissão ou o domínio de
habilidades específicas, a critério da administração;

III - área administrativa, compreendendo os serviços relacionados com recursos humanos, material
e patrimônio, licitações e contratos, orçamento e finanças, controle interno e auditoria, segurança e
transporte e outras atividades complementares de apoio administrativo.

Parágrafo único. As áreas de que trata o caput deste artigo poderão ser classificadas em
especialidades, quando forem necessárias formação especializada, por exigência legal, ou
habilidades específicas para o exercício das atribuições do cargo.

Art. 4º As atribuições dos cargos serão descritas em regulamento, observado o seguinte:

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I - Carreira de Analista Judiciário: atividades de planejamento; organização; coordenação; supervisão
técnica; assessoramento; estudo; pesquisa; elaboração de laudos, pareceres ou informações e
execução de tarefas de elevado grau de complexidade;

II - Carreira de Técnico Judiciário: execução de tarefas de suporte técnico e administrativo;

III - Carreira de Auxiliar Judiciário: atividades básicas de apoio operacional.

Carreira de Analista atividades de planejamento; organização; coordenação; supervisão


Judiciário técnica; assessoramento; estudo; pesquisa; elaboração de laudos,

pareceres ou informações e execução de tarefas de elevado grau de

complexidade;

Carreira de Técnico execução de tarefas de suporte técnico e administrativo;


Judiciário

Carreira de Auxiliar atividades básicas de apoio operacional.


Judiciário

§ 1º Os ocupantes do cargo de Analista Judiciário - área judiciária cujas atribuições estejam


relacionadas com a execução de mandados e atos processuais de natureza externa, na forma
estabelecida pela legislação processual civil, penal, trabalhista e demais leis especiais, serão
enquadrados na especialidade de Oficial de Justiça Avaliador Federal. (Redação dada pela Lei nº 12.774, de
2012)

§ 2º Aos ocupantes do cargo da Carreira de Analista Judiciário – área administrativa e da Carreira de


Técnico Judiciário – área administrativa cujas atribuições estejam relacionadas às funções de
segurança são conferidas as denominações de Inspetor e Agente de Segurança Judiciária,
respectivamente, para fins de identificação funcional.

Art. 5º Integram os Quadros de Pessoal dos órgãos do Poder Judiciário da União as Funções
Comissionadas, escalonadas de FC-1 a FC-6, e os Cargos em Comissão, escalonados de CJ-1 a CJ-4,
para o exercício de atribuições de direção, chefia e assessoramento.

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DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Trata-se de matéria de grande incidência nos concursos do TRE.

Fundamentos da República Federativa do Brasil

Art. 1º - República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios
e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

I – a soberania;
Mnemônico: So – Ci – Di – Va - Plu
II – a cidadania;

III – a dignidade da pessoa humana;

IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; (Vide Lei nº 13.874, de 2019)

V – o pluralismo político.

Todo poder emana do povo

Art. 1º, parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes
eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

Harmonia entre os poderes

Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e
o Judiciário.

Objetivos da República Federativa do Brasil

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

I - Construir uma sociedade livre, justa e solidária;

II - Garantir o desenvolvimento nacional;

IIII - Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

IV - Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras
formas de discriminação.

Mnemônico: Con – Ga – Erra – Pro

Princípios das relações internacionais

Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios:

I - Independência nacional;

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II - Prevalência dos direitos humanos;

III - Autodeterminação dos povos;

IV - Não-intervenção;

V - Igualdade entre os Estados;

VI - Defesa da paz;

VII - Solução pacífica dos conflitos;

VIII - Repúdio ao terrorismo e ao racismo;

XI - Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;

X - Concessão de asilo político.

Integração econômica, política, social e cultural

Art. 4º, parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica,
política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade
latino-americana de nações.

MAPEANDO PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

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Capítulo III: Nacionalidade

O tema nacionalidade está previsto no capítulo III da Constituição e está inserido no art. 12 e 13. É
um assunto que possui muitos detalhes, por isso você deve ficar atento.

Brasileiros nato

Art. 12. São brasileiros:

I - natos:

a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes
NÃO estejam a serviço de seu país;

b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja
a serviço da República Federativa do Brasil;

c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados
em repartição brasileira competente OU venham a residir na República Federativa do Brasil e
optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira;

Brasileiros naturalizado

Art. 12. São brasileiros:

II - naturalizados:

a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de
língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;

b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais


de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade
brasileira.

1) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos

originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano


São brasileiros
ininterrupto e idoneidade moral.
naturalizados

2) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República

Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação

penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.

Dos portugueses (reciprocidade)

Art. 12, § 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor
de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta
Constituição.

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Distinção entre brasileiros natos e naturalizados

Art. 12, § 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos
casos previstos nesta Constituição.

Cargos privativos de brasileiro nato

Art. 12, § 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:

I - de Presidente e Vice-Presidente da República;

II - de Presidente da Câmara dos Deputados;

III - de Presidente do Senado Federal;

IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;

V - da carreira diplomática;
Mnemônico: MP3.COM
VI - de oficial das Forças Armadas.

VII - de Ministro de Estado da Defesa.

Perda da nacionalidade do brasileiro

Art. 12, § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:

I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao
interesse nacional;

II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:

a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;

b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado


estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis;

1) Tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de

atividade nociva ao interesse nacional;


Será declarada a
perda da 2) Adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
nacionalidade do
brasileiro que: de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;

de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro

residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em

seu território ou para o exercício de direitos civis;

Idioma oficial da República Federativa do Brasil: língua portuguesa

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Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.

Símbolos da República Federativa do Brasil

Art. 13, § 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo
nacionais.

Bandeira

Hino

Símbolos da RFB

Armas

Selo nacionais

Símbolos próprios: Estado, Distrito Federal e os Municípios

Art. 13, § 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios.

Capítulo IV: Direitos Políticos

O tema nacionalidade está previsto no capítulo IV da Constituição e está inserido no art. 14 a 16.
Fique atento aos detalhes que possuem nesse assunto, pois o TRE costuma fazer inúmeras
pegadinhas.

Soberania popular

Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto,
com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:

I - plebiscito;

II - referendo;

III - iniciativa popular.

Voto obrigatório

§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:

I - obrigatórios para os maiores de 18 anos;

Voto facultativo

§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:

II - facultativos para:

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a) os analfabetos;

b) os maiores de 70 anos;

c) os maiores de 16 e menores de 18 anos.

Voto obrigatório Voto facultativo


Maiores de 18 anos Analfabetos
Maiores de 70 anos
Maiores de 16 e menores de 18 anos

Sujeitos que não podem alistar como eleitores

§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar
obrigatório, os conscritos.

Condições de elegibilidade

§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:

I - a nacionalidade brasileira;

II - o pleno exercício dos direitos políticos;

III - o alistamento eleitoral;

IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;

V - a filiação partidária;

VI - a idade mínima de:

a) 35 anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;

b) 30 anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;

c) 21 anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de
paz;

d) 18 anos para Vereador.

35 anos Presidente e Vice-Presidente da República e Senador

Idade 30 anos Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal


mínima
21 anos Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-

Prefeito e juiz de paz

18 anos Vereador

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Inelegíveis: inalistáveis e analfabetos

§ 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.

Inalistáveis

Inelegíveis

Analfabetos

Reeleição do chefe do Poder Executivo

§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem


os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único
período subsequente.

Renúncia do chefe do Poder Executivo para concorrer a outros cargos

§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do


Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até 6 meses antes do
pleito.

Pessoas inelegíveis por parentesco com o chefe do Poder Executivo

§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou


afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou
Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos 6 meses
anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.

Do militar

§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:

I - se contar menos de 10 anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;

II - se contar mais de 10 anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito,
passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.

1) se contar menos de 10 anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;

Condições para o 2) se contar mais de 10 anos de serviço, será agregado pela autoridade
militar alistável ser
superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação,
elegível
para a inatividade.

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CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DAS ORGANIZAÇÕES FORMAIS MODERNAS: TIPOS DE


ESTRUTURA ORGANIZACIONAL, NATUREZA, FINALIDADES E CRITÉRIOS DE
DEPARTAMENTALIZAÇÃO.

Estrutura Organizacional

Conforme dispõe Chiavenato, a estrutura organizacional constitui uma cadeia de comando, ou seja,
uma linha de autoridade que interliga as posições da organização e define quem se subordina a
quem. A cadeia de comando - também denominada cadeia escalar - baseia-se no princípio da
unidade de comando, que significa que cada empregado deve se reportar a um só superior.

Portanto, a estrutura organizacional é a forma como a organização se articula para desenvolver suas
atividades. Assim, a estrutura organizacional é um sistema de organização ou hierarquia de uma
empresa. É pela estrutura organizacional que se pode definir o trabalho a ser exercido por cada um
dentro de determinada empresa.

Fique Atento:

Cuidado para não confundir a estrutura organizacional com organograma. O


organograma nada mais é que o desenho da estrutura organizacional de determinada
organização.

Tenha sempre em mente que a estrutura organizacional não é estática. São vários os fatores que
podem causar interferências. E estas interferências podem ser externas: a exemplo do ambiente em
que está inserida a organização e também podem ser internas: a exemplo das tecnologias ao alcance
da organização, estrutura de pessoal disponível e estratégias adotadas.

Esclarece ainda Chiavenato que não há duas organizações iguais, assim como não existem duas
pessoas idênticas. Cada organização tem seus objetivos, seu ramo de atividade, seus dirigentes e seu
pessoal, seus problemas internos e externos, seu mercado, sua situação financeira, sua tecnologia,
seus recursos básicos, sua ideologia e política de negócios etc.

Níveis de Organização

Conforme visto, cada organização possuis características próprias. Para Chiavenato, a organização
poderá ser estruturada em três níveis diferentes, quais sejam:

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É a organização que abrange a
empresa como uma totalidade. É o
chamado desenho organizacional,
Organização no
que pode assumir três tipos: a
Nível Global
organização linear, a organização
funcional e a organização do tipo
linha-staff.

É a organização que abrange cada


Organização no departamento da empresa. É o
Níveis de nível chamado desenho departamental
Organização departamental. ou simplesmente
departamentalização.

É a organização que focaliza cada


tarefa, atividade ou operação
Organização no
especificamente. É o chamado
nível das tarefas e
desenho dos cargos ou tarefas. É
operações.
feita por meio da descrição e
análise dos cargos.

Tipos de Estrutura Organizacional

Tradicionalmente as organizações foram divididas em três tipos básicos de estrutura: organização


linear, organização funcional e organização linha-staff. Vejamos cada uma delas a seguir, sendo este
um tema com grande chance de cobrança em sua prova.

Organização Linear

É o tipo mais antigo de organização e também o mais simples. Funda-se na organização dos antigos
exércitos e na organização eclesiástica do medievo.

A organização linear possui um formato piramidal, com a definição de linhas diretas e únicas de
autoridade e reponsabilidade entre superior e subordinado.

Trata-se de tipo de estrutura organizacional típica de pequenas empresas ou organizações em seu


início.

CARACTERÍSTICAS DA ORGANIZAÇÃO LINEAR

De acordo com Chiavenato, a organização linear apresenta as seguintes características:

A. Autoridade linear ou única. A principal característica da organização linear é a autoridade única e


absoluta do superior sobre seus subordinados, decorrente do princípio da unidade de comando,
típica das organizações militares. A autoridade linear é baseada no nível hierárquico e se restringe
aos subordinados. Cada subordinado reporta-se única e exclusivamente ao seu superior, recebe

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ordens exclusivamente dele e reporta-se exclusivamente a ele. A autoridade linear é uma autoridade
de comando.

B. Linhas formais de comunicação. As comunicações entre os órgãos ou cargos na organização são


feitas unicamente através das linhas existentes no organograma. Todo órgão ou cargo (com exceção
daqueles situados no topo e no rodapé do organograma) possui dois terminais de comunicação: um
orientado para cima e que o liga exclusivamente ao órgão ou cargo superior (representando sua
responsabilidade) e outro orientado para baixo e que o liga exclusivamente aos órgãos ou cargos
diretamente subordinados (representando sua autoridade). Cada gerente centraliza as comunicações
em linha ascendente dos subordinados. As comunicações são, portanto, lineares e formais, isto é,
limitadas exclusivamente às relações formais descritas no organograma.

C. Centralização das decisões. Como a linha de comunicação liga cada órgão ou cargo ao seu
superior e sucessivamente até a cúpula da organização, a autoridade linear que comanda toda a
organização centraliza-se no topo do organograma e os canais de responsabilidade são conduzidos
por meio dos níveis hierárquicos de forma convergente até ali. A organização linear desloca e
converge toda a autoridade para a cúpula da organização: existe uma autoridade máxima que
centraliza todas as decisões e o controle da organização.

D. Aspecto piramidal. Em decorrência da centralização da autoridade no topo da organização e da


autoridade linear de cada superior em relação aos subordinados, a organização linear apresenta um
formato piramidal. À medida que se sobe na escala hierárquica, diminui o número de cargos ou
órgãos. O resultado é que, à medida que aumenta o nível hierárquico, mais aumenta a generalização
e a centralização (visão global da organização), e à medida que diminui o nível hierárquico, mais
aumenta a especialização e a delimitação das responsabilidades (visão específica do cargo ou
função).

Vantagens e Desvantagens da Organização Linear

Vantagens Desvantagens

Estrutura simples e de fácil compreensão; Dificultando a inovação e a adaptação da

organização a novas situações ou


Responsabilidades bem delimitadas;
condições externas devido a constância das

Fácil implantação; relações formais;

Estabilização; Autoridade linear baseada no comando

único e direto;
Indicada para pequenas empresas.
Exagero na função de chefia e comando;

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Chefe atuando de forma geral

(generalista) sem poder se especializar em

nada;

Congestionamento das linhas formais de

comunicação com o crescimento da

empresa;

Comunicações demoradas devido a

linearidade.

Organização Funcional

A estrutura de organização funcional aplica o princípio da especialização das funções. Este princípio
separa, distingue e especializa.

CARACTERÍSTICAS DA ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL

Segundo Chiavenato, a organização funcional apresenta as seguintes características:

A. Autoridade funcional ou dividida. Na organização funcional existe a autoridade funcional ou


dividida, que é relativa e baseada na especialização. É uma autoridade do conhecimento. Nada tem
de linear, hierárquica ou de comando. Cada subordinado reporta-se a muitos superiores,
simultaneamente, porém reporta-se a cada um deles somente nos assuntos da especialidade de
cada um. Nenhum superior tem autoridade total sobre os subordinados, mas autoridade parcial e
relativa, decorrente da sua especialidade. Isso representa total negação do princípio da unidade de
comando ou supervisão única, tão importante para Fayol.

B. Linhas diretas de comunicação. As comunicações entre os órgãos ou cargos na organização são


efetuadas diretamente, sem necessidade de intermediação. A organização funcional busca a maior
rapidez possível nas comunicações entre os diferentes níveis.

C. Descentralização das decisões. As decisões são delegadas aos órgãos ou cargos especializados
que possuam conhecimento necessário para melhor implementá-las. Não é a hierarquia, mas a
especialidade quem promove as decisões. A organização funcional caracteriza-se pela
descentralização das decisões, ou seja, pelo deslocamento e distribuição das decisões para os órgãos
ou cargos adequados para sua tomada e implementação.

D. Ênfase na especialização. A organização funcional baseia-se no primado da especialização de


todos os órgãos ou cargos, em todos os níveis da organização. Há uma separação das funções de

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acordo com as especialidades envolvidas. Cada órgão ou cargo contribui com sua especialidade para
a organização. As responsabilidades são delimitadas de acordo com as especializações.

Vantagens e Desvantagens da Organização Funcional

Vantagens Desvantagens

Máximo de especialização nos diversos Diluição e consequente perda de

órgãos ou cargos da organização; autoridade de comando;

Melhor supervisão técnica possível; Subordinação múltipla;

Comunicações diretas, sem


Tendência à concorrência entre os
intermediação;
especialistas;
Separação das funções de planejamento e

de controle das funções de execução. Tendência à tensão e conflitos dentro da

organização;

Organização Linha-Staff

Trata-se de uma estrutura baseada na fusão entre os tipos de organização linear e funcional,
buscando maximizar as vantagens desses dois tipos de organização e minimizar as suas
desvantagens.

CARACTERÍSTICAS DA ORGANIZAÇÃO LINHA-STAFF

Segundo Chiavenato, esta organização apresenta as seguintes características:

A. Fusão da estrutura linear com a estrutura funcional, com predomínio da primeira. Na organização
linha-staff existem características lineares e características funcionais simultaneamente. Cada órgão
se reporta a um e apenas um órgão superior: é o princípio da autoridade única ou unidade de
comando típica da organização linear. Porém, cada órgão recebe também assessoria e serviços
especializados de diversos órgãos de staff. Existe sempre autoridade linear de um órgão (seja de
linha ou de staff) sobre seus subordinados. Existe também autoridade funcional de um órgão de staff
em relação aos demais órgãos da organização sobre assuntos de sua especialidade.

B. Coexistência entre as linhas formais de comunicação com as linhas diretas de comunicação. Na


organização linha-staff existem linhas formais de comunicação entre superiores e subordinados que
representam a hierarquia. Existem também linhas diretas de comunicação que ligam os órgãos e o
staff e representam a oferta de assessoria e serviços especializados. A rede de comunicações da

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organização linha-staff é formada de linhas formais de autoridade e responsabilidade lineares e de
linhas diretas de assessoria e prestação de serviços de staff.

C. Separação entre órgãos operacionais (executivos) e órgãos de apoio e suporte (assessores). Na


organização linha-staff há uma separação entre órgãos operacionais (linha), que são os órgãos
executivos das operações básicas da organização e os órgãos de apoio (staffJ, que são os órgãos
assessores e consultores que prestam serviços internos. Os membros do staff dedicam-se a
atividades que requerem estudo e pesquisa e concentram sua atenção sobre assuntos de
planejamento e solução de problemas do negócio ou da organização. Com isso, os chefes de linha
ficam livres para concentrar sua atenção na execução do trabalho e nos regulamentos formulados
pelo staff. A autoridade e a responsabilidade dos membros do staff são de natureza aconselhadora
e não diminuem a autoridade e a responsabilidade dos chefes de linha. No entanto, são os chefes
de linha que retêm a completa autoridade e· responsabilidade pela execução dos planos.

D. Hierarquia versus especialização. Apesar do convívio entre características lineares e funcionais, há


forte predominância dos aspectos lineares na organização linha-staff. A organização linha-staff
mantém o princípio da hierarquia (cadeia escalar), ou seja, a nivelação dos graus de autoridade linear,
sem abrir mão da especialização. A hierarquia (linha) assegura o comando e a disciplina, enquanto a
especialização (staff) fornece os serviços de consultoria e de assessoria. Reúnem-se em um só tipo
de organização a autoridade hierárquica e a autoridade do conhecimento.

Vantagens e Desvantagens da Organização Linha-Staff

Vantagens Desvantagens

Assessoria especializada e inovadora Existência de conflitos entre órgãos de

mantendo o princípio de autoridade única; linha e de staff;

Atividade conjunta e coordenada dos Dificuldade na obtenção e manutenção

órgãos de linha e órgãos de staff. do equilíbrio entre linha e staff.

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TIPOLOGIA TEXTUAL

1) TIPOS TEXTUAIS

Os tipos textuais são o conjunto de estruturas que constituem textos de diferentes gêneros textuais,
em outras palavras, é o modo como um texto se apresenta.

Eles se dividem em cinco: narrativo, descritivo, expositivo (informativo), argumentativo


(dissertativo) e injuntivo.

1.1) Narrativo

O texto narrativo retrata uma sucessão de fatos, e é composto pelos seguintes elementos:
personagens, tempo, espaço e enredo (sucessão de acontecimentos).

É o relato de uma história vivida por personagens ao longo do tempo e do espaço, trazendo consigo
sempre uma progressão temporal.

No texto narrativo, contém, ainda, trechos descritivos.

1.2) Descritivo

O texto descritivo faz menção as características ou qualidades de alguém ou de alguma coisa.


Características são atributos específicos ao ser, enquanto qualidades determinam a essência ou a
natureza de um ser ou coisa a serem descritos.

A tipologia textual na forma de descrição pode se referir, por exemplo, a uma pessoa, um ambiente,
um processo, ou uma cena, de forma simultânea.

1.3) Expositivo (informativo)

O texto expositivo apresenta um assunto sem apresentar uma opinião ou uma tese.

Esta tipologia textual se pauta numa linguagem objetiva, isto é, uma linguagem direcionada ao
objeto apresentado, e não ao sujeito em questão.

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1.4) Argumentativo (dissertativo)

No texto argumentativo o assunto é apresentado sob a perspectiva do autor, trazendo trechos


expositivos ou informativos para compor uma análise.

Neste tipo texto identifica-se os seguintes elementos: uma introdução (tese), argumentos
(desenvolvimento) e uma conclusão, a fim de consolidar os argumentos.

Diferentemente dos textos descritivos e expositivos onde há predominantemente fatos, o texto


argumentativo contém uma opinião a partir dos fatos apresentados.

1.5) Injuntivo

O texto injuntivo (ou conhecido como instrucional), que se propõe a orientar, prescrever e instruir.

Frequentemente há verbos no imperativo.

Utilizado também para apontar acontecimentos e comportamentos.

ESQUEMATIZANDO O CONTEÚDO

TIPO OBJETIVO CARACTERÍSTICAS

Narrativo Retratar uma sucessão de Apresenta uma progressão temporal


fatos

Descritivo Retratar uma realidade Apresenta fatos e ações


estática simultaneamente

Expositivo Informar Linguagem objetiva, sem opinião do


(informativo) autor

Argumentativo Desenvolver um tema a partir Apresenta fatos e argumentos a fim de


(dissertativo) da perspectiva do autor fundamentar uma tese

Injuntivo Orientar, prescrever e instruir Linguagem imperativa

2) GÊNEROS TEXTUAIS

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Os gêneros textuais são as classificações utilizadas para definir os textos de acordo com as
características comuns em relação à linguagem e ao conteúdo.

São identificados com base no objetivo, função e no contexto do texto.

Há diversos gêneros textuais, os quais estabelecem uma interação entre os interlocutores (emissor e
receptor) de determinado enunciado. Abaixo os principais exemplos:

2.1) Crônica

É um texto curto na forma de prosa que retrata acontecimentos cotidianos.

A linguagem utilizada é subjetiva (uso de primeira pessoa e juízo de valor).

Geralmente produzido para meios de comunicação (jornais, revistas, etc.).

2.2) Conto

É um texto de narrativa curta, que contém enredo, personagens, tempo e espaço.

2.3) Artigo de opinião

Texto que retrata de temas da atualidade e é veiculado geralmente nos meios de comunicação
(televisão, rádio, jornais ou revistas).

2.4) Editorial

Dispõe sobre a opinião de um jornal ou revista em relação a um relevante assunto.

2.5) Notícia

Texto que informa sobre fatos e acontecimentos da atualidade.

2.6) Reportagem

Retrata fenômenos sociais ou políticos e acontecimentos gerados no espaço público e que são de
interesse de todos.

Apresenta reiteradamente polifonia (participação de outras pessoas em entrevistas, além do autor).

As opiniões, quando apresentadas, geralmente não são do autor, mas sim dos entrevistados.

ESQUEMATIZANDO O CONTEÚDO

A seguir o tipo textual correspondente a cada gênero textual apresentado:

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Narrativo Descritivo Expositivo Argumentativo Injuntivo

Conto,
Manual de
crônica e Cardápio Texto didático Carta aberta
instrução
romance

Relato Tese, editorial


Notícia Palestra Propaganda
descritivo e crônica

Artigo de
Biografia /
Reportagem Reportagem opinião/ Receita
Autobiografia
científico

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