Você está na página 1de 71

TCU

Administração Pública
Comunicação na Gestão Pública e
Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

SUMÁRIO
1. Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais...............3
1.1. Conceito e Importância..........................................................................3
1.2. Fluxos de Direção..................................................................................4
1.3. Componentes do Processo de Comunicação..............................................6
1.4. Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.............9
2. Governabilidade e Governança................................................................. 15
2.1. Introdução......................................................................................... 15
2.2. Governabilidade.................................................................................. 16
2.3. Governança........................................................................................ 19
3. Intermediação de Interesses................................................................... 31
Resumo.................................................................................................... 35
Questões de Concurso................................................................................ 40
Gabarito................................................................................................... 49
Gabarito Comentado.................................................................................. 50

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 2 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

1. C o m un ic a ç ã o n a Ge stã o Públic a e G e stã o de R ed es


Organi za c ion a is

1.1. Conceito e Importância

Os conflitos interpessoais, segundo pesquisas, possuem como fontes mais eviden-

tes as falhas de comunicação. A boa comunicação é essencial para minimizar esse qua-

dro e aumentar a eficácia de qualquer organização ou grupo. Portanto, a comunicação

é mais do que simplesmente transmitir um significado: ela precisa ser compreendida.

O conceito mais amplo para comunicação considera um processo que envolve

as habilidades humanas relacionadas ao envio e ao recebimento de informações,

pensamentos, sentimentos e atitudes.

Desse conceito inicial, podemos constatar, de forma sintética, dois tipos de es-

truturas de comunicação: a formal e a informal.

• A comunicação formal é aquela que ocorre nas organizações em caráter ofi-

cial, respeitando-se os trâmites burocráticos pertinentes e utilizando-se dos

canais instituídos pelas autoridades superiores.

• A comunicação informal ocorre em paralelo à formal, envolvendo as conver-

sas entre líderes e liderados ou entre colegas em caráter não oficial, não sis-

temático. Pelo caráter da informalidade, esse canal, muitas vezes, pode ficar

contaminado por boatos e fofocas. Se a comunicação informal é todo tipo de

relação social entre as pessoas da organização, não deixa de ser uma fonte

alternativa de comunicação. Cabe ao administrador conciliar a gestão da co-

municação informal, e não a evitar ou desprezá-la!

Ainda, Paludo (2016)1 apresenta duas perspectivas principais da comunicação:

a instrumental e a participativa.

1
PALUDO, A. V. Administração Pública. 5ª ed. rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2016.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 3 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

Na perspectiva instrumental, a comunicação possui foco no meio, deixando

em um segundo plano os atores envolvidos. Assim, essa perspectiva considera a

comunicação um instrumento para gerar obediência e conformidade às regras e

procedimentos estabelecidos. Sua finalidade, portanto, é informar e divulgar.

Na perspectiva participativa (ou de interação), a comunicação reconhece a

importância de cada ator. O seu significado, portanto, resulta da interação entre

atores, seus meios e suas particularidades. Há diálogos, argumentações, divergên-

cias, propostas e opiniões.

1.2. Fluxos de Direção

A comunicação pode fluir em sentido vertical, horizontal (lateral ou colateral),

transversal (multidirecional) e circular.

O fluxo vertical pode ser dividido em descendente e ascendente. É o fluxo de

comunicação mais utilizado em unidades de trabalho rotineiras.

A comunicação descendente ocorre dos níveis mais altos para os mais baixos.

Esse tipo de fluxo não precisa ser oral nem face a face. Ou seja, se a organização

envia um e-mail para o funcionário, ela está usando a comunicação descendente.

A comunicação ascendente é aquela dos níveis mais baixos para os mais altos.

É exemplo desse tipo de direção os relatórios de desempenho, as caixas de suges-

tões, as pesquisas sobre clima organizacional, entre outros.

O fluxo horizontal, também chamado de lateral ou colateral, ocorre quando a

comunicação se dá entre os membros de um mesmo grupo ou de grupos do mesmo

nível. Essa direção de comunicação economiza tempo e facilita a coordenação. É o

fluxo de comunicação mais utilizado em unidades de trabalho não rotineiras.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 4 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

Indo mais fundo!


É importante destacar que o fluxo horizontal pode criar conflitos quando os canais
formais verticais são violados – por exemplo, quando os membros atropelam ou
ultrapassam seus superiores hierárquicos para fazer com que as coisas sejam reali-
zadas ou quando os chefes descobrem que foram iniciadas ações ou tomadas deci-
sões sem o seu conhecimento.

Como dito, esse fluxo alcança a comunicação entre colegas da mesma equipe ou
de equipes diferentes, mas sempre do mesmo nível hierárquico. E é nesse contexto
que os rumores ou boatos se iniciam. Daí se dizer que a gestão adequada para
evitar a difusão de boatos que distorcem as mensagens deve focar, prioritariamen-
te, sobre esse fluxo de informação.

Indo mais fundo!


Destacaram-se os termos “rumores ou boatos” para trazer à tona o fato de que, apesar
de as redes de rumores possuírem caracteres informais, isso não significa que não seja
uma importante fonte de informações. Possui três principais características:
– não é controlada pela direção da empresa;
– é tida pela maioria dos funcionários como mais confiável e fidedigna do que os
comunicados formais vindos da cúpula da organização;
– ela é largamente utilizada para servir aos interesses pessoais dos que a integram.
Portanto, a rede de rumores é uma parte importante do sis­tema de comunicação de
qualquer grupo ou organização e merece ser bem compreendida.

Comparando-se as características dos fluxos vertical e horizontal, podemos concluir


que a direção da comunicação é, notadamente, horizontal nas unidades de trabalho
não rotineiras, e vertical naquelas unidades rotineiras.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 5 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

O fluxo transversal (multidirecional) é a comunicação que acontece em to-

das as direções. Esse tipo de fluxo é mais adequado em organizações mais fle-

xíveis, que procuram criar condições para que as pessoas passem a interagir e

intervir em diferentes áreas.

Por isso, em sistemas de direção contemporâneos, orientados pelo forte compro-

metimento dos colaboradores com trabalho em equipe, inovação e realização de metas

coletivas, a comunicação nesse fluxo é ponto central para o sucesso da organização.

O fluxo circular é mais adequado nas organizações informais e favorece a efe-

tividade no trabalho. O fluxo circular abarca todos os níveis, sem se ajustar às di-

reções tradicionais, e seu conteúdo pode ser tanto mais amplo quanto maior for o

grau de aproximação das relações interpessoais.

1.3. Componentes do Processo de Comunicação

O modelo de processo de comunicação pode ser resumido às seguintes partes

(CHIAVENATO, 20042; KOTLER E ARMSTRONG, 19933; ROBBINS, 20054).

• Emissor ou fonte5: é aquele que transmite a mensagem para a outra parte.

Significa a pessoa, coisa ou processo que emite ou fornece as mensagens por

intermédio do sistema.

• Canal ou transmissor: é o espaço intermediário situado entre o transmissor

e o receptor, que geralmente constituem dois pontos distantes.

2
CHIAVENATO, I. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de
Janeiro: Campus, 2004.
3
KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de Marketing. Rio de Janeiro: Prentice-Hall do Brasil, 1993.
4
ROBBINS, S. P. Comportamento organizacional. São Paulo: Prentice Hall, 2005.
5
Se imaginarmos o processo de comunicação como uma via de mão dupla, não há como negar que
tanto o emissor quanto o receptor são fontes do processo de comunicação. Ou seja, se eu redijo
uma mensagem de e-mail a um destinatário, a fonte, nesse momento, sou eu; no entanto, ao
responder à mensagem, aquele que era o receptor torna-se, agora, o emissor.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 6 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

• Codificação: é o processo de transformar o pensamento em forma simbólica.


• Mensagem: é o conjunto de símbolos que o emissor transmite.
• Meio: são os canais de comunicação por meio dos quais a mensagem passa
do transmissor para o receptor.
• Decodificação: processo pelo qual o receptor confere significado aos símbo-
los transferidos pelo emissor.
• Receptor: é aquele que recebe a mensagem transferida pelo emissor.
• Resposta: conjunto de reações do receptor após a mensagem.
• Feedback ou Retroação: é a parte da resposta do receptor que retorna ao
emissor. É a reação ao ato de comunicação, possibilitando que o emissor sai-
ba se a mensagem foi aprovada, desaprovada, compreendida ou não.
• Ruído: distorção não planejada durante o processo de comunicação. Pode-
mos ter como exemplos um emissor ou receptor fora de sintonia, a falta de
empatia ou habilidade, a falta de atenção do receptor etc., ou, como nos
exemplos da questão, o excesso de mensagens, a linguagem inadequada uti-
lizada pelo emissor, a desatenção ou falta de preparo do receptor.

Indo mais fundo!


São formas de compensar os problemas resultantes de ruídos nos processos de comunicação:
– a redundância: é todo o elemento da mensagem que não traz nenhuma infor-
mação nova. É um recurso utilizado para chamar a atenção e eliminar possíveis
ruídos. Nesse sentido, deve-se repetir frases e informações julgadas essenciais à
compreensão do receptor;
– o feedback: é o conjunto de sinais perceptíveis que permitem conhecer o resul-
tado da mensagem; é o processo de se dizer a uma pessoa como você se sente em
função do que ela fez ou disse. Para isso, fazer perguntas e obter as respostas, a
fim de verificar se a mensagem foi recebida ou não.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 7 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

Se fôssemos esquematizar essas partes em etapas – algo do tipo “o que vem

antes e o que vem depois”, poderíamos chegar ao seguinte desenho:

Esquematizando!

É interessante destacar que Robbins et al. (2011)6 relata que, para que uma

mensagem seja decodificada corretamente pelo receptor, é preciso avaliar a rique-

za do canal escolhido para disseminação da mensagem.

O fator preponderante para a escolha do canal é a assiduidade do tipo de infor-

mação que será mencionada. Segundo o autor, se a mensagem fizer parte do co-

tidiano dos receptores, elas podem ser transmitidas por canais fracos. Entretanto,

se for algo inédito, é ideal a utilização de um canal rico. O autor, assim, elenca a

riqueza do canal para cada tipo de mensagem:

6
ROBBINS, S. P.; JUDGE, T. A.; SOBRAL, F. Comportamento Organizacional: teoria e prática no contexto brasileiro.
São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 8 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

Esquematizando!

1.4. Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes


Organizacionais

Contexto da Comunicação no Ambiente Público

Uma sociedade verdadeiramente democrática deve incluir, necessariamente, o acesso

dos cidadãos à informação e à participação popular (princípios inerentes à democracia),

garantindo aos indivíduos, grupos e associações, o direito não apenas à representação

política, mas também à informação e à defesa de seus interesses, possibilitando-lhes,

ainda, a atuação e a efetiva interferência na gestão dos bens e serviços públicos.

A democracia representativa refere-se à incorporação plena dos indivíduos no

processo de desenvolvimento nacional, por meio do fortalecimento dos mecanis-

mos democráticos para formulação e implementação representativa e participativa

das políticas públicas em escala nacional e global.

De acordo com Constituição Federal, § 1º, art. 37,

A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos
deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo
constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autorida-
des ou servidores públicos.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 9 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

Dessa forma, busca-se evitar que os gestores públicos utilizem a máquina pública

para promoção pessoal, o que caracterizaria desvio de finalidade, além de ferir diversos

princípios administrativos, tais como legalidade, moralidade e impessoalidade.

A comunicação no setor público, como se percebe, é mais que uma necessida-

de mercadológica; é um direito do cidadão em muitos casos. A relação hierárquica

já não se resume a transmitir e direcionar o uso de dados, mas inclui a constante

negociação sobre sua busca, processamento e uso. Dessa forma, dirigentes tra-

tam com subordinados possuidores de informações suficientes para formar novas

perspectivas e novo sentido de direção para a organização. Novos limites ao desen-

volvimento da iniciativa são criados para que até os menores conflitos ou decisões

sejam direcionadas às ações coletivas e, assim, as manifestações individuais e gru-

pais para novas propostas sobre gestão são mais livres e aceitas.

Classificação da Comunicação Pública

A comunicação voltada para o cidadão pode ser diferenciada conceitualmente

em três esferas distintas: comunicação pública, comunicação governamental e co-

municação política.

O conceito de comunicação pública diz respeito ao aparato estatal e às ações

governamentais. A comunicação pública se destina a ser um espaço de debate e

publicação de decisões referentes à gestão, fiscalização, controle e solução de con-

flitos em um Estado soberano.

Para Heloiza Dias (2005)7, a comunicação pública se situa, necessariamente, no

espaço público, sob o olhar do cidadão. As informações veiculadas nesse espaço, salvo

raras exceções, são de domínio público, pois assegurar o interesse geral implica a trans-

parência. A comunicação pública ocupa, assim, na comunicação exercida no âmbito da

7
DIAS, H. Comunicação Integrada e Organizações Públicas Federais. São Bernardo do Campo: Umesp, 2005.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 10 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

sociedade, um lugar privilegiado, relacionado aos papéis do poder público de regulação,

de proteção ou de antecipação (preparação do futuro). Suas finalidades, portanto, não

devem estar dissociadas das finalidades das instituições públicas.

A comunicação governamental busca difundir junto à opinião pública questões

ou temas significativos que ocorrem na esfera do governo visando ao conhecimento

e à participação do cidadão. Nesse sentido, a comunicação governamental se difere

da pública pelo fato de aquela ser mais pontual em divulgar as ações de governo

com finalidade propagandística, ou seja, de promover tais ações com o objetivo de

atingir a opinião pública.

A comunicação governamental compreende todas as atividades e ações de-

senvolvidas pelo Governo Federal, pelos Governos Estaduais e Municipais e pelos

seus órgãos (secretarias, ministérios e empresas), no sentido de colocar-se junto à

opinião pública, democratizando as informações de interesse da sociedade e pres-

tando contas de seus atos. (BUENO apud DIAS, 2005)

Já a comunicação política (marketing político) envolve formadores de opinião e

o mundo político. Sua finalidade é acompanhar as modificações dos comportamen-

tos sociais, as mudanças políticas e econômicas como um todo, relacionando-se

com interlocutores de todas as esferas governamentais e com a mídia, transmitindo

uma imagem coerente de poder público, de atividade ligada ao interesse público.

Redes Organizacionais

Uma rede nada mais é que um conjunto de pessoas, organizações etc. ligado

por meio de um conjunto de relações sociais de um tipo específico (amizade,

transferência de fundos etc.). Assim, segundo Nohria (1992)8, a estrutura de


8
NOHRIA, N. ls a network perspective a useful way of studying organizations? In: Nohria, Nitin & Eccles, Robert G.
(ed.). Networks and organizations: structure, fonn, and action. Boston, Harvard Business School Press, 1992.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 11 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

qualquer organização deve ser entendida e analisada em termos de múltiplas

redes de relações, incluindo-se fornecedores, distribuidores, agências regula-

doras e outras organizações.

Na opinião de Lipnack e Stamps (1994)9, três ondas dividem a humanidade em qua-

tro grandes épocas, denominadas: era nômade, agrícola, industrial e de informação.

Cada nova época de civilização traz em si a sua forma principal de organização.

O pequeno grupo caracterizava a era nômade, a hierarquia cresceu com a

agricultura, a burocracia nasceu na era industrial e a era de informação está

trazendo à rede “(...) uma forma de organização, como a hierarquia e a buro-

cracia, um dos desenhos básicos que nós usamos para construir o nosso mundo

social” (LIPNACK; STAMPS, 1994).

No entanto, cada forma organizacional constitui-se sobre as outras, incluindo o

passado. Particularmente, as redes são inclusivas pela própria natureza. Ou seja,

na era das redes, continuarão a existir hierarquias e burocracias, assim como con-

tinuam a existir fazendas e fazendeiros nos dias de hoje.

Para os autores Armand Mattelart e Michèle Mattelart10, a multiplicação das

formas de comunicação, acionadas pelas organizações não governamentais ou por

outras associações da sociedade civil, constitui realidade inédita do processo de

mundialização; essas novas redes sociais passam a fazer parte do debate sobre a

possibilidade de um espaço público em escala planetária. Em todas as latitudes, a

problemática da transformação do espaço público, nacional e internacional, tende,

aliás, a ocupar lugar de destaque nas abordagens críticas inspiradas pela sociolo-

gia, pela ciência política e pela economia política.


9
LIPNACK, J; STAMPS, J. The age of network: organizing principles for the 21st Century. New York: J. Wiley, 1994.
10
MATTELART, A.; MATTELART, M. Histórias das Teorias da Comunicação. São Paulo: Loyola, 2004.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 12 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

Indo mais fundo!

Espaço público, no contexto descrito pelos autores, refere-se às formas de comunica-

ção entre as organizações não governamentais como forma de influenciar as decisões

políticas dos governantes. Eles exploram a tendência de expandir esses espaços de

debate para além das fronteiras dos países, atingindo um público multinacional.

De acordo com Paludo (2016)11, a comunicação pública compreende não somente

a comunicação praticada pelos entes públicos, mas principalmente a que ocorre em

espaços públicos comuns, envolvendo governos, seus órgãos, entidades paraesta-

tais e não governamentais, a sociedade em geral e que de alguma forma envolve

o interesse público.

Podemos elencar como características principais das redes organizacionais:

• descentralização organizacional;

• ausência de controle hierárquico entre atores;

• relações mais horizontalizadas, complementares e abertas;

• pluralismo e diversidade cultural;

• forma democrática e participativa, em torno de causas afins;

• estruturas flexíveis e estabelecidas horizontalmente;

• atuações colaborativas que se sustentam pela vontade e afinidade de

seus integrantes;

• objetivos específicos em comum;

• participantes definidos;

• pessoas interligadas com ampla utilização da tecnologia da informação;

• multiplicação de lideranças;

• livre trânsito entre os níveis hierárquicos da organização;

11
PALUDO, A. V. Administração pública. 5.ed. rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2016.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 13 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

• inovação;

• rapidez de resposta às demandas ambientais;

• estimula o desenvolvimento e a competitividade.

Mas nem tudo são flores! Sobral e Peci (2008)12 destacam alguns pontos fracos

da estrutura em rede:

• dificuldade para apurar responsáveis por alguma situação ou problema;

• inexistência de um sistema de controle ativo por causa da dispersão de uni-

dades, tornando a organização dependente de contratos, coordenação, nego-

ciações e conexões eletrônicas;

• possibilidade de perda de uma parte importante da estrutura (por exemplo,

falência de um parceiro), com impactos imprevisíveis para a organização;

• dificuldade de desenvolvimento de uma cultura organizacional forte, o que

diminui a lealdade dos membros à organização (podem ser substituídos por

uma parceria a qualquer momento).

Fica fácil inferir que a opção por esse tipo de gestão requer abrir mão de ques-

tões sobre poder. No caso da Administração Pública, a escolha dessa relação envol-

ve um caráter mais político, uma atuação mais cooperativa.

Surge daí o conceito de Estado-rede. Segundo Manuel Castells (1999)13, o Esta-

do-rede combina vários princípios de atuação administrativa:

• subsidiariedade – o Estado deve ser substituído pela sociedade em tudo o

que não seja essencial;

• adoção de tecnologias – modernizar a gestão pública mediante investimen-

tos em equipamentos, softwares e treinamento de pessoal;


12
SOBRAL, F.; PECI, A. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2008.
13
CASTELLS, M. A sociedade em Rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 14 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

• transparência – tornar públicas as ações/decisões como medida para com-

bater a corrupção e o nepotismo (atuação conjunta dos órgãos de controle e

da sociedade);

• participação dos cidadãos – fomento à participação dos cidadãos com vis-

tas ao fortalecimento da democracia, aumento da legitimação dos governos e

formação de novos canais de comunicação;

• novos agentes da administração – capacitar os servidores públicos

e remunerá-los melhor do que a iniciativa privada, a fim de atrair os

melhores profissionais;

• flexibilidade – estrutura administrativa flexível para adaptação às constan-

tes e diversas mutações nacionais e globais;

• coordenação – estabelecer meios de cooperação entre as instituições públi-

cas e os demais atores;

• aprendizado – aprender com os erros constatados e utilizá-los para aper-

feiçoar a gestão.

2. Governabilidade e Governança

2.1. Introdução

Os conceitos de governabilidade e governança surgiram nos Estados moder-

nos do século XIX (democracia liberal burguesa), não apresentando uma definição

muito clara e precisa, além de possuírem variáveis conforme o autor e sua nacio-

nalidade, orientação ideológica e a ênfase dada a cada elemento que os compõem.

No entanto, é importante destacar que governabilidade e governança são

temas indissociáveis e que se complementam entre si. Assim, estudar um con-

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 15 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

ceito sem conhecer o outro é praticamente impossível. Além disso, as provas

insistem nas comparações entre os termos justamente por causa desse vínculo

forte existente entre ambos.

É por isso que as cobranças em concursos públicos, muitas vezes, causam con-

fusões e mexem com a “cabeça” dos candidatos. O que queremos apresentar não é

uma discussão doutrinária aprofundada, mas “caminhos” que permitam fazê-lo(a)

gabaritar as questões de provas.

Assim, apenas para fins didáticos e uma análise mais pormenorizada, vamos

estudá-los de forma destacada, mas, sempre que necessário, faremos remissões

de um ao outro.

2.2. Governabilidade

A governabilidade das democracias teve iniciada sua discussão sobre a causa

dos problemas de governabilidade e não governabilidade na Europa ocidental, no

Japão e nos Estados Unidos, considerando o aumento das demandas sociais e a

falta de recursos (financeiros e humanos) e de capacidade de gestão.

De forma direta, podemos entender a governabilidade como o próprio poder po-

lítico, legitimado e contando com o apoio da sociedade e de seus representantes.

No entanto, outros conceitos se ramificam dessa definição inicial. Vejamos:

• condições substantivas, sistêmicas, materiais e institucionais de exercício do

poder e de legitimidade do Estado;

• capacidade política de decidir e governar;

• capacidade para agregar múltiplos interesses da sociedade e apresentar-lhes

um objetivo comum;

• definição de atuação do espaço público;

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 16 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

• envolve o sistema de intermediação de interesses, as características do siste-


ma político, a forma de governo e as relações entre os Poderes;
• termo que possui como fonte ou origem os cidadãos, além dos partidos polí-
ticos, as associações e demais grupos representativos da sociedade.
Na prática, um governo tem governabilidade na medida em que seus dirigentes
contem com os necessários apoios políticos para governar. Portanto, a governabi-
lidade, ou seja, capacidade política de governar decorre do relacionamento do
Estado e do seu governo com a sociedade.

Ingovernabilidade ou Não Governabilidade


Se a governabilidade decorre do relacionamento do Estado e do seu governo
com a sociedade, a ingovernabilidade é a negação desse relacionamento, ou seja,
é a relação de conflito do Estado e do seu governo com a sociedade.
Para Bobbio (2000)14, a ingovernabilidade ou a não governabilidade pode estar as-
sociada à sobrecarga fiscal, excesso de demandas e à crise de legitimidade do Estado.
• A sobrecarga fiscal se refere à sobrecarga de problemas aos quais o Estado
deve responder com a expansão de seus serviços e intervenção.
• O excesso de demandas se refere ao desequilíbrio entre as demandas da po-
pulação e a capacidade estatal em atendê-las.
• A crise de legitimidade se origina quando a sociedade não aceita a legitimida-
de dos atos administrativos e políticos do Estado, considerando o problema de
acumulação, distribuição e redistribuição de recursos, bens e serviços.
Ainda, segundo o modelo de governabilidade proposto por Ferreira Filho (2001)15, a crise
de governabilidade, em regra, abrange três crises que estão interligadas: crise de sobrecar-

ga, crise político-institucional ou agenciamento e crise da democracia representativa.


14
BOBBIO, N. Dicionário de Política. Brasília: Universidade de Brasília. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado
de São Paulo, 2000.
15
FERREIRA FILHO, M. G. A Democracia no Limiar no Século XXI. São Paulo: Saraiva, 2001.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 17 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

• A crise de sobrecarga consiste na incapacidade de o Estado dar conta de to-

das as tarefas assumidas e que lhe são atribuídas pela Constituição e leis,

sendo que essas tarefas aumentam de forma ilimitada e abrangem todos os

setores da sociedade. Para solucionar essa crise, o Estado precisa definir sua

finalidade quanto governo. É necessário utilizar uma política racional, em que

o Estado somente oriente, incentive, fiscalize e ampare e realize as funções

que apenas ele pode desempenhar.

• A crise político-institucional ou agenciamento resulta da base de organiza-

ção governamental inadequada para um Estado intervencionista, adotada

por muitos países, que é a separação dos poderes seguindo o modelo de

Montesquieu (separação em três poderes: Executivo, Legislativo e Judici-

ário, independentes e autônomos entre si). Um exemplo da crise é que,

para o Executivo poder atuar de forma eficiente, ele precisa de leis e no

momento que são necessárias, mas não é isso que ocorre, já que a própria

estrutura do Legislativo dificulta muitas decisões. E, também, por serem

poderes autônomos, o que interessa para em determinada ocasião pode

não interessar para o outro.

• A crise da democracia representativa decorre em função de a vontade real do

povo não ser transmitida aos órgãos da administração pública. Ocorre quando

os governantes, depois de eleitos, agem seguindo a própria pretensão, para

o seu proveito e não de acordo com os interesses das pessoas que os elege-

ram. Soma-se a isso o fato de o processo de escolha dos políticos ser feito

por intermédio dos partidos políticos, que influenciam na formação da opinião

da população, resultando na escolha equivocada e aleatória de desconhecidos

ou aproveitadores.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 18 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

2.3. Governança

Origem do Conceito de Governança

Governança corporativa é o sistema pelo qual as empresas e demais organi-

zações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos

entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle

e demais partes interessadas.

No Brasil, o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), uma

organização sem fins lucrativos, é a principal referência para o desenvolvimento

das melhores práticas sobre o tema.

O instituto atualiza, periodicamente, o Código das Melhores Práticas de Go-

vernança Corporativa. Esse Código foi desenvolvido, primariamente, com foco

em empresas privadas. Entretanto, nas edições mais recentes é feita a opção pela

palavra “organização”, a fim de tornar o documento mais abrangente e adaptável a

outros tipos de organização, como, por exemplo, as do terceiro setor, cooperativas,

estatais (empresas públicas e sociedades de economia mista), órgãos governa-

mentais, entre outras. Isso porque cada tipo de organização tem suas peculiarida-

des em termos de governança.

Segundo Andrade e Rosseti (2006)16, há diferentes definições de governança

corporativa. Elas podem ser classificadas em quatro grupos, que enxergam a

governança como:

• guardiã de direitos das partes com interesses em jogo nas empresas;

• sistema de relações pelo qual as sociedades são dirigidas e monitoradas;

• estrutura de poder que se observa no interior das corporações;

• sistema normativo que rege as relações internas e externas das empresas.

16
ANDRADE, A.; ROSSETI, J. P. Governança Corporativa: fundamentos, desenvolvimento e tendên-
cias. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2006.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 19 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

Esquematizando!

Princípios Básicos de Governança Corporativa

Segundo o Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa, os princí-

pios básicos de governança corporativa devem permear, em maior ou menor grau,

todas as práticas da organização, e sua adequada adoção resulta em um clima de

confiança tanto internamente quanto nas relações com terceiros. São eles:

• Transparência (disclosure): consiste no desejo de disponibilizar para as par-

tes interessadas as informações que sejam de seu interesse e não apenas

aquelas impostas por disposições de leis ou regulamentos. Não deve res-

tringir-se ao desempenho econômico-financeiro, contemplando também os

demais fatores (inclusive intangíveis) que norteiam a ação gerencial e que

conduzem à preservação e à otimização do valor da organização.

• Equidade (fairness): caracteriza-se pelo tratamento justo e isonômico de

todos os sócios e demais partes interessadas (stakeholders), levando em

consideração seus direitos, deveres, necessidades, interesses e expectativas.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 20 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

• Prestação de contas (accountability): os agentes de governança devem

prestar contas de sua atuação de modo claro, conciso, compreensível e tem-

pestivo, assumindo integralmente as consequências de seus atos e omissões

e atuando com diligência e responsabilidade no âmbito dos seus papéis.

• Responsabilidade corporativa (compliance): os agentes de governança de-

vem zelar pela viabilidade econômico-financeira das organizações, reduzir as

externalidades negativas de seus negócios e suas operações e aumentar as

positivas, levando em consideração, no seu modelo de negócios, os diversos

capitais (financeiro, manufaturado, intelectual, humano, social, ambiental,

reputacional etc.) no curto, médio e longo prazos.

Metodologia dos 8 P’s

Segundo Andrade e Rossetti (2014)17, a criação de um ambiente de governança

corporativa passa, geralmente, pelas seguintes oito dimensões dos “P’s”.

• Propriedade: a propriedade é o atributo fundamental e diferenciador das

organizações, definindo as relações com as razões de ser e com as diretrizes

da governança.

• Princípios: os princípios são derivados do processo ético que deve prevale-

cer no mundo dos negócios: transparência (disclosure), equidade (fairness),

prestação responsável de contas (accountability) e responsabilidade corpora-

tiva (compliance).

• Propósitos: os propósitos convergem para o máximo retorno total de

longo prazo dos acionistas, além da harmonização de interesses com

outras partes interessadas.


17
ANDRADE, A.; ROSSETTI, J. P. Governança Corporativa: fundamentos, desenvolvimento e tendên-
cias. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2014.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 21 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

• Papéis: a segregação dos papéis resulta das diferentes atribuições de pro-


prietários, conselheiros e gestores e precisam ser claramente definidos entre
os níveis organizacionais.
• Poder: o poder, emanado dos acionistas ou proprietários, será exercido pelos
administradores escolhidos, responsáveis pelo direcionamento da organiza-
ção e pela geração de resultados.
• Práticas: as práticas ou processos visam ao estabelecimento de canais flu-
ídos de informação e de consensual sistema para a tomada de decisões e
acompanhamento das ações decorrentes.
• Pessoas: na sustentação de todo os “P’s”, estão as pessoas condutoras
do conjunto de legados e dos objetivos que dão vida e continuidade às
operações organizacionais.
• Perenidade: a perenidade ou perpetuidade da organização é fortemente de-
pendente dos sete princípios precedentes e define-se como objetivo síntese
das organizações, sustentada por bons resultados econômicos, financeiros,
sociais e ambientais.

Governança Pública
No setor público, é importante você compreender a governança como um con-
junto de arranjos formais e informais que determinam como são tomadas as deci-
sões públicas e como são implementadas as ações públicas.
Mas, professor, esse conceito é muito semelhante ao de governabilidade! Ver-
dade, mas aí vai a primeira dica de prova.
• Governabilidade é processo, é a análise da situação geral, é a análise de ce-
nário do governo (favorável ou desfavorável). Em suma, é a teoria!
• Governança é estruturar, é a prática das ações, é a capacidade técnica do
governo. Em suma, é a prática!

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 22 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

Um governo pode possuir uma governabilidade (apoios políticos e da socieda-

de); ainda assim, poderá governar mal se lhe faltar a capacidade de governança

(capacidade técnica). Ou seja, a governança pode se apresentar deficiente em con-

dições satisfatórias de governabilidade.

Imagine você e sua família na plateia de uma apresentação da Orquestra Real

do Concertgebouw (Holanda), uma das melhores sinfônicas do mundo. De repente,

o maestro passa mal e precisa ser conduzido ao hospital. Você, que, naquela se-

mana havia iniciado um curso básico de violão, grita algo do tipo “deixa comigo!”,

achando-se capaz de assumir o lugar do maestro; sua família coloca-se em pé em

manifesto de apoio total à sua decisão “maluca” e toda a plateia, desconhecendo

suas capacidades, também começa a apoiá-lo. Pergunta-se: mesmo com o apoio

total de sua família e da plateia, teria você condições de conduzir a sinfônica pelo

restante do espetáculo? Não!

Pois é, você possui apoio de sua família e da plateia (governabilidade), mas não tem

condições técnicas e prática necessária para conduzir a orquestra (governança).

Vamos, então, comparar os conceitos de governabilidade aos de governança,

para que tudo fique mais claro!

GOVERNABILIDADE GOVERNANÇA

Condições substantivas, sistêmicas, materiais e Capacidade que um determinado governo tem


institucionais de exercício do poder e de legiti- para formular e implementar as suas políticas
midade do Estado. – regulação de transações e operacionalização
de soluções.
Capacidade política de decidir e governar. Capacidade técnica de gerir os recursos públicos.
Capacidade para agregar múltiplos inte- Surgem e se desenvolvem as condições acorda-
resses da sociedade e apresentar-lhes um das com a sociedade – capacidade de represen-
objetivo comum. tar os interesses da sociedade.
Definição de atuação do espaço público. Atuação no espaço público.1

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 23 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

Envolve o sistema de intermediação de interes- Mecanismos formais e informais para operacio-


ses, as características do sistema político, a forma nalizar as políticas públicas.2
de governo e as relações entre os Poderes.
Termo que possui como fonte ou origem os cida- Termo que possui como fonte ou origem os próprios
dãos, além dos partidos políticos, as associações agentes públicos ou servidores do Estado que possi-
e demais grupos representativos da sociedade. bilitam a implementação das políticas públicas.
Relaciona-se com processo. Relaciona-se com estrutura.
Conceito mais simples e restrito. Conceito mais complexo e amplo.

Governança e o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (1995)

A governança, como já vimos, pode ser entendida como a capacidade de o Es-

tado implementar, forma eficiente, políticas públicas.

Segundo o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE), a reforma ge-

rencial de 1995 pretendia reforçar a governança – a capacidade de governo do Estado

– por meio da transição programada de um tipo de administração pública burocrática,

rígida e ineficiente, voltada para si própria e para o controle interno, para uma adminis-

tração pública gerencial, flexível e eficiente, voltada para o atendimento do cidadão.

Nesse sentido, destaca o documento que o governo brasileiro não carecia

de “governabilidade”, ou seja, de poder para governar, dada sua legitimidade

democrática e o apoio com que contava na sociedade civil. Enfrentava, entretanto,

um problema de governança, na medida em que sua capacidade de implementar as

políticas públicas era limitada pela rigidez e ineficiência da máquina administrativa.

Afirmava-se que a administração pública deveria reduzir o seu tamanho, ou

seja, reduzindo seu papel de executor ou prestador direto de serviços, mantendo-

-se, entretanto, no papel de regulador e provedor ou promotor desses serviços.

Assim, a administração pública deveria ser permeável à maior participação dos

agentes privados e das organizações da sociedade civil (pluralismo), des-

locando a ênfase dos procedimentos (meios) para os resultados (fins).

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 24 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

Pelo contexto apresentado no PDRAE, temos a governança pública como uma

consequência do movimento da Administração Pública Gerencial, com uma visão de

mudança do papel do Estado (menos hierárquico e menos monopolista) na solução

de problemas públicos. Por isso, a governança pública significa um resgate da polí-

tica dentro da administração pública, diminuindo a importância de critérios técnicos

nos processos de decisão e um reforço de mecanismos participativos de delibera-

ção na esfera pública – modelo horizontal de relação entre atores públicos e

privados no processo de elaboração de políticas públicas.

Indo mais fundo!

A Diferença entre “Reforma do Aparelho do Estado” e “Reforma do Estado”

Por aparelho do Estado, o PDRAE conceitua-o como a estrutura organizacional do

Estado, em três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e três níveis (União,

Estados-membros e municípios). Assim, o aparelho do Estado é constituído pelo

governo, isto é, pela cúpula dirigente nos três poderes, por um corpo de funcioná-

rios e pela força militar.

O Estado, por sua vez, é mais abrangente que o aparelho, porque compreen-

de adicionalmente o sistema constitucional legal, que regula a população nos

limites de um território.

O PDRAE focaliza-se na reforma do aparelho do Estado. Essa reforma visava a esta-

belecer as condições para tornar a administração pública mais eficiente, ou seja,

capaz de implementar políticas públicas. Logo, a Reforma do Aparelho do Estado

volta-se para a estrutura: governança!

Já a reforma do Estado seria um projeto mais amplo, que diria respeito às várias

áreas do governo e, ainda, ao conjunto da sociedade brasileira. Logo, a Reforma do

Estado volta-se para o processo: governabilidade!

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 25 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

Princípios Básicos da Governança para o Setor Público

Vimos que a governança está ligada à democratização do processo decisório, à

inserção do Estado na sociedade e à participação da sociedade civil organizada na

formulação e na gestão de políticas públicas.

De acordo com o TCU18, especificamente no que se refere ao setor público, a

crise fiscal dos anos 1980 exigiu novo arranjo econômico e político internacional,

com a intenção de tornar o Estado mais eficiente. Esse contexto propiciou discutir a

governança na esfera pública e resultou no estabelecimento dos princípios básicos

que norteiam as boas práticas de governança nas organizações públicas: transpa-

rência, integridade e prestação de contas.

Um dos estudos que se destacou foi o estudo n. 13 – boa governança no setor

público –, da International Federation of Accountants (IFAC), publicado em 200119,

que definiu os princípios e recomendações da governança corporativa para o setor

público, com o objetivo de contribuir para a melhoria da transparência e do controle

sobre o desempenho da gestão: transparência, integridade e accountability.

Essa mesma publicação também fez constar quatro pilares ou dimensões para

a governança no setor público.

1. Padrões de Comportamento: relacionados ao exercício de liderança para a

determinação de valores, padrões de comportamento e cultura da organização.

2. Estruturas e Processos Organizacionais: relacionados à forma como a alta ges-

tão é indicada, as responsabilidades são definidas e a organização se torna confiável.

3. Controle de Risco: relacionados à instituição dos controles de forma a

subsidiar o alcance dos objetivos da entidade, a eficiência, a efetividade das

18 Referencial Básico de Governança – aplicável a órgãos e entidades da administração pública. Brasília: TCU, 2014.
19 INTERNATIONAL FEDERATION OF ACCOUNTANTS – PSC/IFAC. Study 13. Governance in the Public Sector:
A Governing Body Perspective. 2001.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 26 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

operações, a confiabilidade dos relatórios e a conformidade com relação à

aplicação de leis e regulamentos.

4. Relatórios Externos: relacionados à forma como a alta gestão da organização

demonstra sua responsabilização pela administração das finanças públicas e de-

sempenho no uso dos recursos.

Adotando como referência essas quatro dimensões, a IFAC estabeleceu os ele-

mentos-chave para a definição das melhores práticas de governança, com foco na

responsabilidade da gestão:

DIMENSÕES DA GOVERNANÇA NO SETOR PÚBLICO


• Liderança.
Padrões de
• Código de conduta: probidade e propriedade, objetividade, integri-
Comportamento
dade, honestidade e relacionamento.
• Responsabilidade de prestar conta estatutária.
• Responsabilidade de prestar contas pelo uso do dinheiro público.
Estruturas e Pro-
• Comunicação com as partes interessadas.
cessos
• Papéis e responsabilidades: equilíbrio de poder e autoridade, o grupo
Organizacionais
governante, o presidente do grupo de governo, o grupo governante
não executivo e política de remuneração.
• Gestão de risco.
Controle de Risco • Auditoria interna: comitês de auditoria, controle interno, orçamento,
administração financeira e treinamento.
• Relatórios anuais.
Relatórios Exter- • Normas contábeis apropriadas.
nos • Medidas de desempenho.
• Auditores externos.

Com o passar do tempo, novos princípios foram agregados à governança públi-

ca. Segundo a publicação do TCU, a governança pública, para ser efetiva, pressu-

põe a existência de um Estado de Direito; de uma sociedade civil participativa no

que tange aos assuntos públicos; de uma burocracia imbuída de ética profissional;

de políticas planejadas de forma previsível, aberta e transparente; e de um braço

executivo que se responsabilize por suas ações.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 27 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

Enfim, falar em princípios da governança pública não envolve uma lista exausti-

va, mas uma lista exemplificativa. Resoluções de questões de provas devem consi-

derar a análise das características do próprio conceito de governança. Ainda assim,

vamos analisar alguns postulados doutrinários.

Por exemplo, conforme sugerido pelo Banco Mundial, atualmente, podemos

considerar como princípios da boa governança: a legitimidade, a equidade, a

responsabilidade, a eficiência, a probidade, a transparência e a accountability.

• Legitimidade: princípio jurídico fundamental do Estado Democrático de Di-

reito e critério informativo do controle externo da administração pública que

amplia a incidência do controle para além da aplicação isolada do critério da

legalidade. Não basta verificar se a lei foi cumprida, mas se o interesse públi-

co, o bem comum, foi alcançado. Admite o ceticismo profissional de que nem

sempre o que é legal é legítimo.

• Equidade: promover a equidade é garantir as condições para que todos te-

nham acesso ao exercício de seus direitos civis – liberdade de expressão, de

acesso à informação, de associação, de voto, igualdade entre gêneros –, po-

líticos e sociais – saúde, educação, moradia, segurança.

• Responsabilidade: diz respeito ao zelo que os agentes de governança de-

vem ter pela sustentabilidade das organizações, visando à sua longevida-

de, incorporando considerações de ordem social e ambiental na definição

dos negócios e operações.

• Eficiência: é fazer o que é preciso ser feito com qualidade adequada ao menor

custo possível. Não se trata de redução de custo de qualquer maneira, mas

de buscar a melhor relação entre qualidade do serviço e qualidade do gasto.

• Probidade: trata-se do dever dos servidores públicos de demonstrar probidade,

zelo, economia e observância às regras e aos procedimentos do órgão ao utilizar,

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 28 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

arrecadar, gerenciar e administrar bens e valores públicos. Enfim, refere-se à

obrigação que têm os servidores de demonstrar serem dignos de confiança.

• Transparência: caracteriza-se pela possibilidade de acesso a todas as in-

formações relativas à organização pública, sendo um dos requisitos de

controle do Estado pela sociedade civil. A adequada transparência resulta

em um clima de confiança, tanto internamente quanto nas relações de

órgãos e entidades com terceiros.

• Accountability: as normas de auditoria da INTOSAI conceituam accountability

como a obrigação que têm as pessoas ou entidades às quais se tenham confiado

recursos, incluídas as empresas e organizações públicas, de assumir as respon-

sabilidades de ordem fiscal, gerencial e programática que lhes foram conferidas,

e de informar a quem lhes delegou essas responsabilidades. Espera-se que os

agentes de governança prestem contas de sua atuação de forma voluntária, as-

sumindo integralmente as consequências de seus atos e omissões.

Já o autor Barrett (2005)20 assim elenca os principais princípios a que as en-

tidades do setor público devem aderir para efetivamente aplicar os elementos de

governança corporativa.

• Liderança: a governança do setor público requer liderança no governo e/

ou do órgão executivo da organização. Um quadro efetivo requer a clara

identificação e articulação da responsabilidade, bem como a compreensão

real e apreciação das várias relações entre os stakeholders da organiza-

ção e aqueles que são responsáveis pela gestão dos recursos e obtenção

dos desejados resultados (outcomes).

20
BARRET, P. Achieving Better Practice Corporate Governance in the Public Sector. AM Auditor General for Australia.
Disponível em: <http://www.anao.gov.au/uploads/documents/>. Acesso em 17 de dezembro de 2013.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 29 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

• Integridade: a integridade tem a ver com honestidade e probidade na admi-

nistração dos fundos públicos. Ela é dependente da eficácia do controle esta-

belecido e dos padrões pessoais e profissionalismo dos indivíduos dentro da

organização. A integridade reflete-se nas práticas e nos processos de tomada

de decisão e na qualidade e na credibilidade do relatório de performance.

• Compromisso: as melhores práticas de governança pública requerem um for-

te compromisso de todos os participantes, para serem implementados os ele-

mentos fundamentais da governança corporativa. Isso exige boa orientação

das pessoas; melhoria na comunicação; uma grande ênfase nos valores da

entidade e conduta ética; gestão do risco; relacionamento com os cidadãos e

os clientes e prestação de serviço de qualidade.

• Responsabilidade/prestação de contas (accountability): os envolvidos de-

vem identificar quem é responsável por que, perante quem, e quando. Re-

quer, também, uma compreensão clara e apreciação dos papéis e responsa-

bilidades dos participantes no quadro da governança, no qual os Ministros, a

Administração da entidade e o CEO (executivo principal) são componentes-

-chave de uma responsabilidade saudável.

• Transparência: a abertura, ou a equivalente transparência, consiste em pro-

videnciar aos stakeholders a confiança no processo de tomada de decisão e

nas ações de gestão das entidades públicas durante a sua atividade. Comu-

nicações completas e informação segura e transparente geram ações mais

efetivas. A transparência é essencial para ajudar a assegurar que os corpos

dirigentes são verdadeiramente responsáveis. A informação deve ser exibida

e não detida por qualquer entidade particular – ela é um recurso público, as-

sim como o dinheiro público ou os ativos.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 30 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

• Integração: os vários elementos da governança devem estar holisticamente

integrados no programa organizacional, bem compreendida e aplicada pelos

funcionários dentro das entidades. Se estiver corretamente implementada, a

governança pode providenciar a integração do quadro de gestão estratégica,

necessária para obter os padrões de performance necessários para atingir as

suas metas e objetivos.

Para o autor Matias-Pereira (2008)21, a governança pública está apoiada em

quatro princípios.

• Relações éticas: dizem respeito a permissões de ações, cujo parâmetro limi-

tador é a não nocividade social.

• Conformidade: refere-se à compatibilidade dos procedimentos com as leis

e regulamentos.

• Transparência: visa a disponibilizar às partes interessadas as informações

que sejam de seu interesse, e não apenas aquelas impostas por disposições

de leis ou regulamentos.

• Prestação de contas (accountability): é o dever dos agentes de governança

nas justificativas de suas atuações, assumindo integralmente as consequên-

cias de seus atos e omissões.

3. Intermediação de Interesses

O estudo de temas relativos à governabilidade e à governança passa, entre ou-

tras coisas, pela reflexão sobre os mecanismos de intermediação de interesses.

Podemos dizer que tanto nas sociedades tradicionais como nas sociedades mo-

dernas, a construção da governabilidade e de governança envolve a administração

21
MATIAS-PEREIRA, J. Administração Pública Comparada: uma avaliação das reformas administrati-
vas do Brasil, EUA e União Europeia. Revista de Administração Pública, vol. 42, n. 1, 2008.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 31 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

de redes de lealdades marcadas ora pela simetria, ora pela assimetria, e, ainda,

pela horizontalidade e pela verticalidade, ou seja, uma rede baseada em trocas de

todo tipo de recursos públicos por legitimação e apoio.

Vejamos alguns desses mecanismos!

• Clientelismo – o Dicionário Aurélio (2016) conceitua clientelismo como a ma-

neira de agir que consiste numa troca de favores, benefícios ou serviços polí-

ticos ou relacionados com a vida política.

Nesse mecanismo, temos uma relação do tipo assimétrica (ação entre de-

siguais), na qual políticos e Governo trocam serviços e empregos por votos, com

setores pobres da população.

O clientelismo na política brasileira tem sua origem no período colonial. É possível

vislumbrá-lo nas relações estabelecidas entre os grandes senhores de engenho e seus

colonos livres, seus agregados e os agricultores pobres que rodeavam os latifúndios.

No entanto, essa prática acaba sendo enfraquecida à medida que o Estado dis-

ponibiliza serviços de caráter universal a toda a população.

• Fisiologismo – o fisiologismo é a prática que se caracteriza pela ação de gru-

pos que buscam vantagens pessoais em detrimento do interesse público.

É um tipo de relação em que ações políticas e decisões são tomadas em troca

de favores, favorecimentos e outros benefícios de interesses individuais, desconsi-

derando-se o bem comum.

• Corporativismo – o corporativismo surgiu na Idade Média como uma for-

ma de organização da sociedade; foi, também, utilizado pelo Estado. O

corporativismo privado era uma prática em que artesãos e comercian-

tes promoviam a regulamentação de suas atividades. Dessa forma, pre-

tendiam ordenar as margens de lucro, baratear os custos de produção e

evitar o predomínio da concorrência.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 32 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

No âmbito público, temos o chamado corporativismo estatal, uma prática

que se baseia em entidades representativas de interesses. Em suma, é uma ação

sindical ou política, em que prevalece a defesa dos interesses ou privilégios de um

setor organizado da sociedade (Dicionário Aurélio, 2003).

Segundo Schmitter (1974)22, corporativismo

é um sistema de representação de interesses cujas unidades constituintes são organi-


zadas em um número limitado de entidades singulares, compulsórias, não competitivas,
hierarquicamente ordenadas e funcionalmente diferenciadas, reconhecidas ou licencia-
das (quando não criadas) pelo Estado, às quais é concedido monopólio de representa-
ção dentro de sua respectiva categoria em troca da observância de certos controles na
seleção de seus líderes e na articulação de demandas e suporte.

No Brasil, o corporativismo estatal emerge a partir dos anos 1930, du-

rante o governo de Getúlio Vargas, caracterizando-se pela exclusão da gran-

de maioria dos trabalhadores.

• Neocorporativismo – no neocorporativismo, também chamado de corpora-

tivismo societal, as entidades privadas conquistaram o direito de participar

do processo decisório. Diferentemente do corporativismo estatal, o corpora-

tivismo societal agrega grupos de interesse da sociedade que condicionam o

poder estatal, deixando-o mais dependente de sua força e organização.

• Presidencialismo de coalizão – o presidencialismo de coalizão foi um termo

criado pelo cientista político Sérgio Abranches. Segundo ele, o termo designa

a realidade de um país presidencialista em que a fragmentação do poder par-

lamentar entre vários partidos obriga o Executivo a uma prática que costuma

ser mais associada ao parlamentarismo. Para governar, o Executivo precisa

“costurar” uma ampla maioria, frequentemente contraditória em relação ao

programa do partido no poder, difusa do ponto de vista ideológico e proble-

22
SCHMITTER, P. Still a Century of Corporatism? Review of Politics, n. 36, v. 1, p. 85-131, 1974.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 33 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

mática no dia a dia, em razão do potencial de conflitos trazido por uma alian-

ça formada por forças políticas muito distintas entre si e que, com frequência,

travam violenta competição interna.

Em suma, representa o conhecido padrão brasileiro de governança, em que os

partidos políticos firmam “coalizões” para formar a chamada “base aliada” e, com

isso, fazer com que o Presidente da República tenha a maioria no Congresso.

• Anéis burocráticos – anéis burocráticos é uma terminologia cunhada por Fernan-

do Henrique Cardoso, ao se referir à aliança política entre a alta tecnoburocracia

estatal, civil e militar, e a classe empresarial durante o período militar.

• Neoliberalismo – o neoliberalismo é uma doutrina que retoma os antigos

ideais do liberalismo clássico, preconizando a mínima intervenção do Es-

tado na economia.

Nesse modelo socioeconômico, temos a máxima desregulamentação da for-

ça de trabalho, com a diminuição da renda e a flexibilização do processo produ-

tivo. Outra premissa básica do neoliberalismo é o desaparelhamento do Estado,

ou seja, as privatizações.

Nesse sentido, a função do Estado é apenas garantir a infraestrutura básica para

o bom funcionamento e escoamento da produção de mercadorias, bem como a in-

tervenção na economia em tempos de eventuais crises.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 34 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

RESUMO

• A comunicação é um processo que envolve as habilidades humanas relacionadas

ao envio e recebimento de informações, pensamentos, sentimentos e atitudes.

• A comunicação formal é aquela que ocorre nas organizações em caráter ofi-

cial, respeitando-se os trâmites burocráticos pertinentes e utilizando-se dos

canais instituídos pelas autoridades superiores.

• A comunicação informal ocorre em paralelo à formal, envolvendo as conversas

entre líderes e liderados ou entre colegas em caráter não oficial, não sistemático.

• O fluxo vertical pode ser dividido em descendente e ascendente. É o fluxo

de comunicação mais utilizado em unidades de trabalho rotineiras.

• A comunicação descendente ocorre dos níveis mais altos para os mais baixos.

• A comunicação ascendente é aquela dos níveis mais baixos para os mais altos.

• O fluxo horizontal, também chamado de lateral ou colateral, ocorre quando

a comunicação se dá entre os membros de um mesmo grupo ou de grupos

do mesmo nível.

• O fluxo transversal (multidirecional) é a comunicação que acontece em todas

as direções.

• O fluxo circular é mais adequado nas organizações informais e favorece a efe-

tividade no trabalho. O fluxo circular abarca todos os níveis, sem se ajustar

às direções tradicionais.

• Emissor ou fonte: é aquele que transmite a mensagem para a outra parte.

• Canal ou transmissor: é o espaço intermediário situado entre o transmissor

e o receptor, que geralmente constituem dois pontos distantes.

• Codificação: é o processo de transformar o pensamento em forma simbólica.

• Mensagem: é o conjunto de símbolos que o emissor transmite.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 35 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

• Meio: são os canais de comunicação por meio dos quais a mensagem passa

do transmissor para o receptor.

• Decodificação: processo pelo qual o receptor confere significado aos símbo-

los transferidos pelo emissor.

• Receptor: é aquele que recebe a mensagem transferida pelo emissor.

• Resposta: conjunto de reações do receptor após a mensagem.

• Feedback ou Retroação: é a parte da resposta do receptor que retorna ao emissor.

• Ruído: distorção não planejada durante o processo de comunicação.

• A comunicação no setor público é mais que uma necessidade mercadoló-

gica; é um direito do cidadão em muitos casos.

• O conceito de comunicação pública diz respeito ao aparato estatal e às

ações governamentais.

• A comunicação governamental busca difundir junto à opinião pública ques-

tões ou temas significativos que ocorrem na esfera do governo visando ao

conhecimento e à participação do cidadão.

• A comunicação política (marketing político) envolve formadores de opinião e

o mundo político.

• Uma rede nada mais é que um conjunto de pessoas, organizações etc. ligado

por meio de um conjunto de relações sociais de um tipo específico (amizade,

transferência de fundos etc.).

• Principais características das redes organizacionais:

− descentralização organizacional;

− ausência de controle hierárquico entre atores;

− relações mais horizontalizadas, complementares e abertas;

− pluralismo e diversidade cultural;

− forma democrática e participativa, em torno de causas afins;

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 36 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

− estruturas flexíveis e estabelecidas horizontalmente;

− atuações colaborativas que se sustentam pela vontade e afinidade de seus

integrantes;

− objetivos específicos em comum;

− participantes definidos;

− pessoas interligadas com ampla utilização da tecnologia da informação;

− multiplicação de lideranças;

− livre trânsito entre os níveis hierárquicos da organização;

− inovação;

− rapidez de resposta às demandas ambientais;

− estimula o desenvolvimento e a competitividade.

• Princípios do conceito de Estado-rede:

− subsidiariedade – o Estado deve ser substituído pela sociedade em tudo

o que não seja essencial;

− adoção de tecnologias – modernizar a gestão pública mediante investi-

mentos em equipamentos, softwares e treinamento de pessoal;

− transparência – tornar públicas as ações/decisões como medida para

combater a corrupção e o nepotismo (atuação conjunta dos órgãos de con-

trole e da sociedade);

− participação dos cidadãos – fomento à participação dos cidadãos com

vistas ao fortalecimento da democracia, aumento da legitimação dos go-

vernos e formação de novos canais de comunicação;

− novos agentes da administração – capacitar os servidores públicos

e remunerá-los melhor do que a iniciativa privada, a fim de atrair os

melhores profissionais;

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 37 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

− flexibilidade – estrutura administrativa flexível para adaptação às cons-

tantes e diversas mutações nacionais e globais;

− coordenação – estabelecer meios de cooperação entre as instituições pú-

blicas e os demais atores;

− aprendizado – aprender com os erros constatados e utilizá-los para aper-

feiçoar a gestão.

• A governabilidade está relacionada ao próprio poder político, legitimado e

contando com o apoio da sociedade e de seus representantes.

• A ingovernabilidade ou a não governabilidade pode estar associada à

sobrecarga fiscal, excesso de demandas e à crise de legitimidade do Estado.

• Governança corporativa é o sistema pelo qual as empresas e demais or-

ganizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os rela-

cionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de

fiscalização e controle e demais partes interessadas.

• Princípios básicos de governança corporativa: transparência (disclosu-

re), equidade (fairness), prestação de contas (accountability), responsabili-

dade corporativa (compliance).

GOVERNABILIDADE GOVERNANÇA

Capacidade que um determinado governo tem


Condições substantivas, sistêmicas, materiais
para formular e implementar as suas políticas
e institucionais de exercício do poder e de legi-
– regulação de transações e operacionalização
timidade do Estado.
de soluções.
Capacidade política de decidir e governar. Capacidade técnica de gerir os recursos públicos.
Capacidade para agregar múltiplos interesses Surgem e se desenvolvem as condições acor-
da sociedade e apresentar-lhes um objetivo dadas com a sociedade – capacidade de repre-
comum. sentar os interesses da sociedade.
Definição de atuação do espaço público. Atuação no espaço público.3

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 38 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

Envolve o sistema de intermediação de interesses,


Mecanismos formais e informais para opera-
as características do sistema político, a forma de
cionalizar as políticas públicas.4
governo e as relações entre os Poderes.
Termo que possui como fonte ou origem os Termo que possui como fonte ou origem os
cidadãos, além dos partidos políticos, as próprios agentes públicos ou servidores do
associações e demais grupos representativos Estado que possibilitam a implementação das
da sociedade. políticas públicas.
Relaciona-se com processo. Relaciona-se com estrutura.
Conceito mais simples e restrito. Conceito mais complexo e amplo.

• Princípios da boa governança (Banco Mundial): a legitimidade, a equi-

dade, a responsabilidade, a eficiência, a probidade, a transparência e a ac-

countability.

• Princípios da governança pública (Matias-Pereira): relações éticas,

conformidade, transparência e prestação de contas (accountability).

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 39 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

QUESTÕES DE CONCURSO

1. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-ES/APOIO ESPECIALIZADO/RELAÇÕES PÚ-

BLICAS/2011) Acerca de comunicação interna e cultura organizacional, julgue o

próximo item.

A comunicação administrativa viabiliza todo o sistema organizacional por meio de

fluxos e redes.

2. (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TCE-PA/ADMINISTRATIVA/ADMI-

NISTRAÇÃO/2016) No que se refere a liderança, comunicação e controle, julgue o

item subsequente.

Nos ambientes organizacionais, a comunicação é realizada de maneira padronizada e,

por isso, a abordagem para alcançar determinado objetivo será sempre uniforme.

3. (CESPE/TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO/ADMINISTRATIVO/2010) Paulo,

novo diretor de uma organização pública, pretende desenvolver um sistema de controle ca-

paz de apontar erros cometidos durante a execução dos serviços. Para a consecução de seu

objetivo, definiu novas formas de controle com base em informações que coletou pessoal-

mente, ao interagir com colaboradores de todos os setores da instituição, sem se restringir

aos métodos tradicionais de obtenção de dados.

Considerando essa situação hipotética, julgue o seguinte item, que diz respeito ao

processo organizacional.

Ao coletar as informações para definir as novas formas de controle, Paulo privile-

giou o fluxo comunicativo circular.

4. (CESPE/TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO/ADMINISTRATIVO/2010) Paulo,

novo diretor de uma organização pública, pretende desenvolver um sistema de controle ca-

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 40 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

paz de apontar erros cometidos durante a execução dos serviços. Para a consecução de seu

objetivo, definiu novas formas de controle com base em informações que coletou pessoal-

mente, ao interagir com colaboradores de todos os setores da instituição, sem se restringir

aos métodos tradicionais de obtenção de dados.

Considerando essa situação hipotética, julgue o seguinte item, que diz respeito ao

processo organizacional.

Para atender às demandas mais instáveis e urgentes da organização, Paulo deve

utilizar a rede formal de comunicação.

5. (CESPE/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO/ADMINISTRATIVO/2010)

Com relação ao processo organizacional, julgue o seguinte item.

A ordem é um exemplo típico de comunicação colateral no processo organizacional.

6. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ-CE/TÉCNICO-ADMINISTRATIVA/ADMINISTRA-

ÇÃO/2014) A resolução de problemas intradepartamentais, a coordenação interdeparta-

mental e as iniciativas de melhoria e mudança ensejam comunicação organizacional do tipo

a) vertical de cima para baixo.

b) horizontal e vertical de baixo para cima.

c) vertical de baixo para cima.

d) vertical de cima para baixo e horizontal.

e) horizontal ou lateral.

7. (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TCE-PA/FISCALIZAÇÃO/ADMINIS-

TRAÇÃO/2016) No que se refere aos fundamentos de motivação, comunicação e

controle, julgue o próximo item.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 41 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

Os emitentes das comunicações organizacionais devem zelar pela coerência entre


o discurso e a prática, porque a forma mais persuasiva de se comunicar está nas
atitudes apresentadas.

8. (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TJ-CE/TÉCNICO-ADMINISTRATIVA/SEM ESPE-


CIALIDADE/2014) A respeito do processo de comunicação em organização e dos
seus componentes, assinale a opção correta.
a) A comunicação efetiva-se por completo mediante a emissão de uma mensagem
pelo emissor.
b) Em ambiente de trabalho organizacional, há mensagens verbais e não verbais.
c) No âmbito da administração, o e-mail institucional deve ser empregado para
comunicações pessoais e de conteúdo emocional.
d) O canal de comunicação refere-se aos símbolos utilizados para a composição
da mensagem.
e) O veículo de comunicação utilizado corresponde ao decodificador da mensagem.

9. (CESPE/ANALISTA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA/TC-DF/SERVIÇOS TÉCNICOS


E ADMINISTRATIVOS/ORGANIZAÇÕES/2014) Acerca das boas práticas de gestão
da mudança, julgue o item.
Para manter canais de comunicação ativos e permitir que a criatividade dos colabo-
radores reflita no desenvolvimento de novos produtos ou serviços, as organizações
mobilizam os gatekeepers, que são indivíduos preparados para ouvir novas ideias.

10. (CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/GERAL/2014) Jul-


gue o item subsequente, relativo à gestão pública.
Os atores de uma rede social agem como unidades autônomas e independentes,
não havendo transferências de informações ou materiais entre eles.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 42 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

11. (CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/CADE/2014) Julgue o item seguin-


te, acerca da comunicação na gestão pública e da gestão de redes organizacionais.
A gestão de redes organizacionais pressupõe a existência de uma autoridade cen-
tral e a definição de um único objetivo organizacional.

12. (CESPE/OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA/PLANEJAMENTO ESTRATÉGI-


CO/2010) Considerando a importância do processo de comunicação na gestão pú-
blica e na gestão de redes organizacionais, julgue o item que se segue.
A conversão de dados em informações demonstra a necessidade de se centrar o
processo de comunicação no emissor.

13. (CESPE/OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA/PLANEJAMENTO ESTRATÉGI-


CO/2010) Considerando a importância do processo de comunicação na gestão pú-
blica e na gestão de redes organizacionais, julgue o item que se segue.
A publicidade de utilidade pública deve vincular-se a objetivos sociais de inquestionável
interesse público e assumir caráter educativo, informativo ou de orientação social.

14. (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/APOIO TÉCNICO E AD-


MINISTRATIVO/PLANEJAMENTO E GESTÃO/2008) Com referência aos conceitos e
situações aplicáveis à administração pública, bem como à experiência e à legislação
brasileira nesse setor, julgue o item.
A governabilidade diz respeito às condições sistêmicas e institucionais sob as quais se
dá o exercício do poder, tais como as características do sistema político, a forma de go-
verno, as relações entre os poderes e o sistema de intermediação de interesses.

15. (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/1998) A reforma do Es-


tado é um tema prioritário nas agendas política e acadêmica da maioria das socie-

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 43 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

dades contemporâneas. Com efeito, dezenas de países, de diferentes inclinações


culturais, contextos políticos e em diferentes graus de inserção internacional, têm
realizado reformas institucionais em seus sistemas políticos, econômicos e admi-
nistrativos, com uma marcante repercussão na forma de atuação do Estado. Rela-
tivamente a esse tema, julgue o item a seguir.
A ideia de ingovernabilidade está fortemente associada à sobrecarga fiscal, ao ex-
cesso de demandas e à crise de legitimidade do Estado.

16. (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/1998) A reforma do Es-


tado é um tema prioritário nas agendas política e acadêmica da maioria das socie-
dades contemporâneas. Com efeito, dezenas de países, de diferentes inclinações
culturais, contextos políticos e em diferentes graus de inserção internacional, têm
realizado reformas institucionais em seus sistemas políticos, econômicos e admi-
nistrativos, com uma marcante repercussão na forma de atuação do Estado. Rela-
tivamente a esse tema, julgue os itens a seguir.
A ideia de governança está associada à capacidade de o Estado exercer uma or-
questração entre o Estado e os agentes econômicos e sociais.

17. (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/CONTROLE EXTERNO/


AUDITORIA GOVERNAMENTAL/2011) Julgue o item que se segue, acerca de gover-
nabilidade, governança e mudanças institucionais.
Governança trata do aperfeiçoamento dos conflitos de interesses presentes em de-
terminada sociedade quando se trata de defender interesses.

18. (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/CONTROLE EXTERNO/


AUDITORIA GOVERNAMENTAL/2011) Julgue o item que se segue, acerca de gover-
nabilidade, governança e mudanças institucionais.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 44 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

Entre outros aspectos, a governança trata das condições sistêmicas sob as quais se

dá o exercício de poder em determinada sociedade.

19. (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TC-DF/2012) Julgue o próximo

item, acerca das novas modalidades de gestão.

O fato de o governador de uma unidade federativa, incluso o DF, perder sua legiti-

midade democrática lhe acarreta a perda da governança.

20. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-ES/ADMINISTRATIVA/SEM ESPECIALIDA-

DE/2011) No que se refere aos fundamentos da administração pública no Brasil nos

últimos 30 anos, julgue o seguinte item.

No modelo gerencial, a governança constitui importante ação governamental,

visto que propõe a ampliação do papel da sociedade civil organizada e a dimi-

nuição do tamanho do Estado.

21. (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/CONTROLE EXTERNO/AUDI-

TORIA GOVERNAMENTAL/2013) Com relação à governança, julgue o item abaixo.

Resultante da relação de legitimidade do Estado e do seu governo com a socie-

dade, a governança implica a capacidade governamental de realizar políticas e

a promoção da accountability.

22. (CESPE/ASSISTENTE TÉCNICO DE INFORMÁTICA E ADMINISTRAÇÃO/TCE-

-PE/2004) Quanto à administração pública e à reforma do Estado contemporâneo

brasileiro, julgue o item seguinte.

O termo governança refere-se às condições políticas de gestão do Estado.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 45 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

23. (CESPE/ANALISTA/FUNPRESP/INVESTIMENTOS/2016) Com relação aos princí-

pios fundamentais de governança corporativa, julgue o item a seguir.

A equidade, entendida como tratamento justo e igualitário a todas as partes inte-

ressadas, faz parte dos princípios de governança corporativa.

24. (CESPE/ANALISTA/FUNPRESP/INVESTIMENTOS/2016) Com relação aos princí-

pios fundamentais de governança corporativa, julgue o item a seguir.

O princípio de accountability estabelece que os agentes de governança devem pres-

tar contas de sua atuação e responder integralmente por todos os atos praticados

no exercício de suas funções.

25. (CESPE/ANALISTA/FUNPRESP/INVESTIMENTOS/2016) Com relação aos princí-

pios fundamentais de governança corporativa, julgue o item a seguir.

Para o cumprimento do princípio da transparência, é suficiente que o agente limi-

te-se a informar suas diretrizes estratégicas.

26. (CESPE/TÉCNICO MUNICIPAL DE CONTROLE INTERNO/CGM JOÃO PES-

SOA/2018) Julgue o item, referente à governança no setor público.

Governança no setor público é um tema inovador que foi introduzido no Brasil, a

partir de 2007, após a harmonização internacional contábil.

27. (CESPE/TÉCNICO MUNICIPAL DE CONTROLE INTERNO/CGM JOÃO PES-

SOA/2018) Julgue o item, referente à governança no setor público.

Entre os tipos de estruturas compreendidas pela governança incluem-se as estru-

turas administrativa, política, econômica, social, ambiental, legal, as quais servem

para garantir que as partes interessadas definam objetivos e alcancem resultados.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 46 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

28. (CESPE/TÉCNICO MUNICIPAL DE CONTROLE INTERNO/CGM JOÃO PESSOA/2018)

Julgue o item, referente à governança no setor público.

Estruturas de governança servem para maximizar conflitos, alinhar ações e trazer

mais segurança à instituição.

29. (CESPE/TÉCNICO MUNICIPAL DE CONTROLE INTERNO/CGM JOÃO PES-

SOA/2018) Julgue o item, referente à governança no setor público.

Entre os objetivos da boa governança no setor público incluem-se garantir que a

organização seja responsável com os cidadãos, mantendo-os, por meio da transpa-

rência, informados sobre decisões e riscos.

30. (CESPE/AUDITOR GOVERNAMENTAL/CGE-PI/GERAL/2015) Julgue o item a se-

guir, relativo à evolução da administração pública.

Para a administração pública, governabilidade e governança são sinônimos e se refe-

rem, como conceito, às condições e à legitimidade do governo perante a sociedade.

31. (CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/GERAL/2014) Jul-

gue o item subsequente, relativo à gestão pública.

Relações éticas, conformidade com suas dimensões, transparência e prestação res-

ponsável de contas são princípios associados à governança pública.

32. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-PE/ADMINISTRATIVA/SEM ESPECIALIDA-

DE/2017) Em uma relação colaborativa entre organizações privadas e o Estado,

na qual as organizações participam do processo decisório e recebem uma série de

atribuições referentes às políticas públicas, predomina o

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 47 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

a) neoliberalismo.

b) neocorporativismo.

c) clientelismo.

d) corporativismo privado.

e) corporativismo estatal.

33. (CESPE/CONSULTOR LEGISLATIVO/SEN/ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA/2002) As

instituições políticas brasileiras conformam um modelo de federalismo, forma e

sistema de governo.

Com relação a esse assunto, julgue o seguinte item.

O fisiologismo é um grande risco do presidencialismo de coalisão, uma vez que as

lealdades podem depender de favores, cargos e privilégios.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 48 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

GABARITO

1. C 25. E

2. E 26. E

3. C 27. C

4. E 28. E

5. E 29. C

6. e 30. E

7. C 31. C

8. b 32. b

9. C 33. C

10. E

11. E

12. E

13. C

14. C

15. C

16. C

17. E

18. E

19. *

20. C

21. E

22. E

23. C

24. C

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 49 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

GABARITO COMENTADO

1. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-ES/APOIO ESPECIALIZADO/RELAÇÕES PÚBLI-


CAS/2011) Acerca de comunicação interna e cultura organizacional, julgue o próximo item.
A comunicação administrativa viabiliza todo o sistema organizacional por meio
de fluxos e redes.

Certo.
A comunicação administrativa tem a finalidade de orientar, atualizar, ordenar e re-
ordenar o fluxo das atividades funcionais; ela também ajuda a informar regras e
normas da organização. Em suma, é a comunicação que viabiliza a integração das
4 (quatro) funções administrativas: planejar, organizar, dirigir e controlar.
Algumas características dessa comunicação são: caráter prioritariamente informa-
tivo, conversação em prol da boa execução de tarefas, instruções, diretrizes, infor-
mações técnicas ou acontecimentos administrativos e operacionais.

2. (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TCE-PA/ADMINISTRATIVA/ADMI-


NISTRAÇÃO/2016) No que se refere a liderança, comunicação e controle, julgue
o item subsequente.
Nos ambientes organizacionais, a comunicação é realizada de maneira padronizada e,
por isso, a abordagem para alcançar determinado objetivo será sempre uniforme.

Errado.
Faço daquele comercial de TV minhas palavras: “Nem a pau, Juvenal”.
Sabemos que a abordagem de comunicação é multiforme, ou seja, pode ocorrer
por diversos fluxos, formas, instrumentos etc.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 50 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

3. (CESPE/TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO/ADMINISTRATIVO/2010)


Paulo, novo diretor de uma organização pública, pretende desenvolver um sistema de
controle capaz de apontar erros cometidos durante a execução dos serviços. Para a
consecução de seu objetivo, definiu novas formas de controle com base em informa-
ções que coletou pessoalmente, ao interagir com colaboradores de todos os setores da
instituição, sem se restringir aos métodos tradicionais de obtenção de dados.
Considerando essa situação hipotética, julgue o seguinte item, que diz respeito ao
processo organizacional.
Ao coletar as informações para definir as novas formas de controle, Paulo privile-
giou o fluxo comunicativo circular.

Certo.
A questão trata dos fluxos de direção da comunicação. Vamos relembrar!
A comunicação pode fluir em sentido vertical, horizontal (lateral ou colateral),
transversal (multidirecional) e circular.
O fluxo vertical pode ser dividido em descendente e ascendente. É o fluxo de
comunicação mais utilizado em unidades de trabalho rotineiras.
A comunicação descendente ocorre dos níveis mais altos para os mais baixos.
Esse tipo de fluxo não precisa ser oral nem face a face. Ou seja, se a organização
envia um e-mail para o funcionário, ela está usando a comunicação descendente.
A comunicação ascendente é aquela dos níveis mais baixos para os mais altos. É
exemplo desse tipo de direção os relatórios de desempenho, as caixas de suges-
tões, as pesquisas sobre clima organizacional entre outros.
O fluxo horizontal, também chamado de lateral ou colateral, ocorre quando a co-
municação se dá entre os membros de um mesmo grupo ou de grupos do mesmo
nível. Essa direção de comunicação economiza tempo e facilita a coordenação. É o
fluxo de comunicação mais utilizado em unidades de trabalho não rotineiras.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 51 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

O fluxo transversal (multidirecional) é a comunicação que acontece em todas as dire-


ções. Esse tipo de fluxo é mais adequado em organizações mais flexíveis, que procuram
criar condições para que as pessoas passem a interagir e intervir em diferentes áreas.
O fluxo circular é mais adequado nas organizações informais e favorece a efetivida-
de no trabalho. O fluxo circular abarca todos os níveis, sem se ajustar às direções
tradicionais, e seu conteúdo pode ser tanto mais amplo quanto maior for o grau de
aproximação das relações interpessoais.
Voltando à questão, perceba que Paulo, ao interagir com colaboradores de todos os
setores da instituição, fez isso de forma informal, sem se restringir aos métodos tra-
dicionais de obtenção de dados, ou seja, utilizou-se da forma de comunicação circular.

4. (CESPE/TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO/ADMINISTRATIVO/2010)


Paulo, novo diretor de uma organização pública, pretende desenvolver um sistema de
controle capaz de apontar erros cometidos durante a execução dos serviços. Para a
consecução de seu objetivo, definiu novas formas de controle com base em informa-
ções que coletou pessoalmente, ao interagir com colaboradores de todos os setores da
instituição, sem se restringir aos métodos tradicionais de obtenção de dados.
Considerando essa situação hipotética, julgue o seguinte item, que diz respeito ao
processo organizacional.
Para atender às demandas mais instáveis e urgentes da organização, Paulo deve
utilizar a rede formal de comunicação.

Errado.
A comunicação informal é todo tipo de relação social entre as pessoas da organi-
zação. É uma forma de os funcionários terem mais informações, que muitas vezes
não são disponibilizados nos canais formais. Assim, ao me utilizar da comunicação

informal, posso dizer que estou à procura de fontes alternativas.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 52 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

A comunicação informal é uma solução rápida quando o objetivo é atender

às demandas mais urgentes e instáveis da organização.

Já a comunicação formal vem da alta administração, ou seja, é uma comunicação

dirigida e estrategicamente elaborada para os seus públicos, transmitindo informa-

ções, medidas, ordens etc., por diferentes veículos, como, por exemplo, impressos,

visuais e eletrônicos. Por isso, comumente, é a comunicação que exige planeja-

mento, estruturação, daí mais demorada em situações instáveis e urgentes.

5. (CESPE/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO/ADMINISTRATIVO/2010)

Com relação ao processo organizacional, julgue o seguinte item.

A ordem é um exemplo típico de comunicação colateral no processo organizacional.

Errado.

A comunicação colateral, também chamada de comunicação horizontal ou lateral, ocorre

quando a comunicação se dá entre os membros de um mesmo grupo ou de grupos do

mesmo nível. Essa direção de comunicação economiza tempo e facilita a coordenação.

Perceba que, se a comunicação é entre membros ou grupos de um mesmo nível,

não há relação de subordinação; logo, não há ordens hierárquicas envolvidas!

Assim, corrigindo o item, temos:

A ordem é um exemplo típico de comunicação colateral (vertical, descendente) no

processo organizacional.

6. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ-CE/TÉCNICO-ADMINISTRATIVA/ADMINISTRAÇÃO/2014)

A resolução de problemas intradepartamentais, a coordenação interdepartamental e as iniciati-

vas de melhoria e mudança ensejam comunicação organizacional do tipo

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 53 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

a) vertical de cima para baixo.


b) horizontal e vertical de baixo para cima.
c) vertical de baixo para cima.
d) vertical de cima para baixo e horizontal.
e) horizontal ou lateral.

Letra e.
O enunciado destaca a resolução de problemas entre departamentos e dentro de
departamentos, focalizando iniciativas de melhorias e mudanças. Note que não te-
mos evidência de relação hierárquica, ensejando, portanto, uma comunicação no
sentido horizontal ou lateral, pois essa direção de comunicação economiza tempo
e facilita a coordenação.

7. (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TCE-PA/FISCALIZAÇÃO/ADMINIS-


TRAÇÃO/2016) No que se refere aos fundamentos de motivação, comunicação e
controle, julgue o próximo item.
Os emitentes das comunicações organizacionais devem zelar pela coerência entre
o discurso e a prática, porque a forma mais persuasiva de se comunicar está nas
atitudes apresentadas.

Certo.
A questão aborda a relação entre a comunicação teórica e a comunicação prática,
ou, em uma linguagem mais popular, contrariando a máxima do “faça o que eu
digo, mas não faça o que eu faço”.
Para Tania Casado23, um dos fatores que determinam a fidelidade da comunicação
é a atitude. Para a autora, as atitudes afetam os meios pelos quais a fonte se co-

munica, possuindo três formas:


23
CASADO, T. A Motivação e o Trabalho. In: FLEURY, M. T. L. (coord.) As Pessoas na Organização. 4ª
ed. São Paulo: Editora Gente, 2002.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 54 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

a) atitude para consigo – é o complexo de variáveis que se reúnem para formar a

personalidade do indivíduo. Exemplo: insegurança, autoestima;

b) atitude para com o assunto – é a crença e/ou opinião de um determinado assun-

to. Exemplo: os professores involuntariamente deixam transparecer suas tendên-

cias em um assunto qualquer;

c) atitude para com o recebedor – é um julgamento favorável ou não do emissor

em relação ao recebedor.

Assim, de fato, a forma mais persuasiva de se comunicar está presente nas pró-

prias atitudes apresentadas.

8. (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TJ-CE/TÉCNICO-ADMINISTRATIVA/SEM ESPE-

CIALIDADE/2014) A respeito do processo de comunicação em organização e dos

seus componentes, assinale a opção correta.

a) A comunicação efetiva-se por completo mediante a emissão de uma mensagem

pelo emissor.

b) Em ambiente de trabalho organizacional, há mensagens verbais e não verbais.

c) No âmbito da administração, o e-mail institucional deve ser empregado para

comunicações pessoais e de conteúdo emocional.

d) O canal de comunicação refere-se aos símbolos utilizados para a composição

da mensagem.

e) O veículo de comunicação utilizado corresponde ao decodificador da mensagem.

Letra b.

A comunicação oral ou verbal é o principal meio de transmitir mensagens. Isso

ocorre pelo simples fato de que essa forma possui como vantagens a rapidez e

o retorno (feedback) instantâneo.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 55 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

Também temos a comunicação não verbal ou não oral, que é, de regra, acompa-

nhante da mensagem verbal. Quando falamos, geralmente incluímos movimentos

do corpo, entona­ção, entre outros.

Análise das demais alternativas.

a) Errado. A comunicação efetiva-se por completo mediante a emissão de uma

mensagem pelo emissor.

O modelo de processo de comunicação é muito mais amplo. O emissor e a mensa-

gem são apenas dois dos elementos de um processo de comunicação efetiva.

c) Errado. No âmbito da administração, o e-mail institucional deve ser empregado

para comunicações pessoais e de conteúdo emocional.

O e-mail institucional, como o próprio nome dispõe, deve veicular informação de

caráter institucional.

d) Errado. O canal de comunicação refere-se aos símbolos utilizados para a com-

posição da mensagem.

Como apresentamos, é a codificação, e não o canal, o processo de transformar

o pensamento em forma simbólica.

e) Errado. O veículo de comunicação utilizado corresponde ao decodificador

da mensagem.

Como apresentado, o veículo de comunicação utilizado corresponde ao canal da mensagem.

9. (CESPE/ANALISTA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA/TC-DF/SERVIÇOS TÉCNICOS

E ADMINISTRATIVOS/ORGANIZAÇÕES/2014) Acerca das boas práticas de gestão

da mudança, julgue o item.

Para manter canais de comunicação ativos e permitir que a criatividade dos colabo-

radores reflita no desenvolvimento de novos produtos ou serviços, as organizações

mobilizam os gatekeepers, que são indivíduos preparados para ouvir novas ideias.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 56 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

Certo.

O conceito do termo “gatekeeper” sintetiza um “selecionador de ideias”. Bingo!

A expressão é muito utilizada na área de Comunicação, em especial, no jornalismo.

Assim, funciona como um porteiro da notícia (gatekeeper), que seleciona o que

será publicado ou não (com os critérios de noticiabilidade e regras organizacionais).

Aplicado aos ambientes organizacionais, o gatekeeper monitora a sequência de

uma informação, dada por meio de canais comunicativos em um determinado gru-

po, por meio de filtros. Ou seja, o gatekeeper é um indivíduo ou um grupo que tem

o poder de decidir se deixa passar a ideia ou se a bloqueia.

10. (CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/GERAL/2014) Julgue o

item subsequente, relativo à gestão pública.

Os atores de uma rede social agem como unidades autônomas e independentes,

não havendo transferências de informações ou materiais entre eles.

Errado.

De pronto, já vamos corrigir o item:

Os atores de uma rede social agem como unidades autônomas e independentes,

não havendo transferências de informações ou materiais entre eles.

A teoria de redes surge a partir do entendimento de que as organizações se situam

em um contexto de relações sociais seja com fornecedores, distribuidores, agên-

cias reguladoras e usuários. A ênfase no estudo de redes surge da necessidade de

cooperação entre governo, empresas privadas, organizações não governamentais e

representantes da sociedade civil para fazer face às exigências da sociedade.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 57 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

11. (CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/CADE/2014) Julgue o item se-


guinte, acerca da comunicação na gestão pública e da gestão de redes organizacionais.
A gestão de redes organizacionais pressupõe a existência de uma autoridade cen-
tral e a definição de um único objetivo organizacional.

Errado.
Nada disso!
Redes são estruturas abertas capazes de expandir de forma ilimitada, de forma
integrada, desde que consigam comunicar-se dentro da rede, ou seja, desde que
compartilhem os mesmos códigos de comunicação (por exemplo, valores ou obje-
tivos de desempenho).
Logo, é incorreta a afirmação de que o conceito de redes exige uma autori-
dade central; tampouco é correta a afirmação de que a gestão de redes pres-
supõe apenas um único objetivo.

12. (CESPE/OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA/PLANEJAMENTO ESTRATÉGI-


CO/2010) Considerando a importância do processo de comunicação na gestão pú-
blica e na gestão de redes organizacionais, julgue o item que se segue.
A conversão de dados em informações demonstra a necessidade de se centrar o
processo de comunicação no emissor.

Errado.
Sabemos que o processo de comunicação compreende a troca de informações en-
tre indivíduos. Nesse contexto, quem emite os dados é o emissor e quem interpreta
os dados é o receptor. Daí o erro em se afirmar que o processo de comunica-

ção está centrado em um ou em outro elemento.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 58 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

13. (CESPE/OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA/PLANEJAMENTO ESTRATÉGI-

CO/2010) Considerando a importância do processo de comunicação na gestão pú-

blica e na gestão de redes organizacionais, julgue o item que se segue.

A publicidade de utilidade pública deve vincular-se a objetivos sociais de inquestionável

interesse público e assumir caráter educativo, informativo ou de orientação social.

Certo.

A questão está embasada na Constituição Federal, § 1º do art. 37:

§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públi-
cos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo
constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autorida-
des ou servidores públicos.

Dessa forma, busca-se evitar que os gestores públicos utilizem a máquina pública

para promoção pessoal, o que caracterizaria desvio de finalidade, além de ferir al-

guns princípios administrativos, tais como legalidade, moralidade e impessoalidade.

14. (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/APOIO TÉCNICO E AD-

MINISTRATIVO/PLANEJAMENTO E GESTÃO/2008) Com referência aos conceitos e

situações aplicáveis à administração pública, bem como à experiência e à legislação

brasileira nesse setor, julgue o item.

A governabilidade diz respeito às condições sistêmicas e institucionais sob as quais se

dá o exercício do poder, tais como as características do sistema político, a forma de go-

verno, as relações entre os poderes e o sistema de intermediação de interesses.

Certo.

De forma direta, podemos entender a governabilidade como o próprio poder polí-

tico, legitimado e contando com o apoio da sociedade e de seus representantes.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 59 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

No entanto, vimos na aula outros conceitos que se ramificam dessa defini-


ção inicial. Vejamos:
• condições substantivas, sistêmicas, materiais e institucionais de exercício do
poder e de legitimidade do Estado;
• capacidade política de governar;
• capacidade para agregar múltiplos interesses da sociedade e apresentar-lhes
um objetivo comum;
• definição de atuação do espaço público;
• envolve o sistema de intermediação de interesses, as características do siste-
ma político, a forma de governo e as relações entre os Poderes;
• termo que possui como fonte ou origem principal os cidadãos.
Portanto, a descrição do termo governabilidade no item da questão está correta.

15. (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/1998) A reforma do Es-


tado é um tema prioritário nas agendas política e acadêmica da maioria das socie-
dades contemporâneas. Com efeito, dezenas de países, de diferentes inclinações
culturais, contextos políticos e em diferentes graus de inserção internacional, têm
realizado reformas institucionais em seus sistemas políticos, econômicos e admi-
nistrativos, com uma marcante repercussão na forma de atuação do Estado. Rela-
tivamente a esse tema, julgue o item a seguir.
A ideia de ingovernabilidade está fortemente associada à sobrecarga fiscal, ao ex-
cesso de demandas e à crise de legitimidade do Estado.

Certo.
Perceba que uma situação de altos impostos, uma sociedade altamente demandante
e a própria sociedade não reconhecendo o governo como capaz de atender e resolver

todo esse quadro é uma questão de crise de governabilidade (ingovernabilidade).

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 60 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

16. (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/1998) A reforma do Es-

tado é um tema prioritário nas agendas política e acadêmica da maioria das socie-

dades contemporâneas. Com efeito, dezenas de países, de diferentes inclinações

culturais, contextos políticos e em diferentes graus de inserção internacional, têm

realizado reformas institucionais em seus sistemas políticos, econômicos e admi-

nistrativos, com uma marcante repercussão na forma de atuação do Estado. Rela-

tivamente a esse tema, julgue os itens a seguir.

A ideia de governança está associada à capacidade de o Estado exercer uma or-

questração entre o Estado e os agentes econômicos e sociais.

Certo.

• Governabilidade é processo, é a análise da situação geral, é a análise de cená-

rio do governo (favorável ou desfavorável). Em suma, é a teoria (viabilidade)!

• Governança é estruturar, é a prática das ações, é a capacidade técnica do

governo. Em suma, é a prática (execução)!

Veja que a questão não está se referindo ao apoio que o Estado tem ou não tem.

Ou seja, não estamos falando de uma análise de cenário (viabilidade), mas sim de

uma capacidade de orquestrar (execução).

17. (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/CONTROLE EXTERNO/

AUDITORIA GOVERNAMENTAL/2011) Julgue o item que se segue, acerca de gover-

nabilidade, governança e mudanças institucionais.

Governança trata do aperfeiçoamento dos conflitos de interesses presentes em de-

terminada sociedade quando se trata de defender interesses.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 61 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

Errado.

Uma das definições de governabilidade, e não governança, refere-se à capacidade

para agregar múltiplos interesses da sociedade e apresentar-lhes um objetivo comum.

18. (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/CONTROLE EXTERNO/

AUDITORIA GOVERNAMENTAL/2011) Julgue o item que se segue, acerca de gover-

nabilidade, governança e mudanças institucionais.

Entre outros aspectos, a governança trata das condições sistêmicas sob as quais se

dá o exercício de poder em determinada sociedade.

Errado.

O item trata de condições sistêmicas, ou seja, da análise de contexto. Logo, esta-

mos a tratar de governabilidade, e não governança.

• Governabilidade: condições substantivas, sistêmicas, materiais e institucio-

nais de exercício do poder e de legitimidade do Estado.

• Governança: capacidade que um determinado governo tem para formular e imple-

mentar as suas políticas – regulação de transações e operacionalização de soluções.

19. (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TC-DF/2012) Julgue o próximo

item, acerca das novas modalidades de gestão.

O fato de o governador de uma unidade federativa, incluso o DF, perder sua legiti-

midade democrática lhe acarreta a perda da governança.

Anulado.

A banca anulou o item sob a justificativa das divergências encontradas na litera-

tura. De qualquer forma, é importante destacar que há um consenso majoritário

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 62 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

entre os autores de que a legitimação do poder é atributo relacionado à go-

vernabilidade, não à governança.

20. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-ES/ADMINISTRATIVA/SEM ESPECIALIDA-

DE/2011) No que se refere aos fundamentos da administração pública no Brasil nos

últimos 30 anos, julgue o seguinte item.

No modelo gerencial, a governança constitui importante ação governamental,

visto que propõe a ampliação do papel da sociedade civil organizada e a dimi-

nuição do tamanho do Estado.

Certo.

Segundo o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE), o governo

brasileiro não carecia de “governabilidade”, ou seja, de poder para governar,

dada sua legitimidade democrática e o apoio com que contava na sociedade civil.

Enfrentava, entretanto, um problema de governança, na medida em que sua

capacidade de implementar as políticas públicas era limitada pela rigidez e inefici-

ência da máquina administrativa.

Nesse contexto, afirmava-se que a administração pública deveria reduzir o seu

tamanho, ou seja, reduzindo seu papel de executor ou prestador direto de ser-

viços, mantendo-se, entretanto, no papel de regulador e provedor ou promotor

desses serviços. Assim, a administração pública deveria ser permeável à maior

participação dos agentes privados e das organizações da sociedade civil,

deslocando a ênfase dos procedimentos (meios) para os resultados (fins).

21. (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/CONTROLE EXTERNO/AUDI-

TORIA GOVERNAMENTAL/2013) Com relação à governança, julgue o item abaixo.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 63 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

Resultante da relação de legitimidade do Estado e do seu governo com a socie-

dade, a governança implica a capacidade governamental de realizar políticas e

a promoção da accountability.

Errado.

O que resulta da relação de legitimidade do Estado e do seu governo com

a sociedade é a governabilidade, e não a governança. Logo, o trecho inicial

torna a afirmação incorreta.

A última parte da afirmativa está correta. De fato, a governança implica a capa-

cidade governamental de realizar políticas e a promoção da accountability, pois,

enquanto a governabilidade dá condições de implementação, a governança é a

própria capacidade de implementar.

22. (CESPE/ASSISTENTE TÉCNICO DE INFORMÁTICA E ADMINISTRAÇÃO/TCE-

-PE/2004) Quanto à administração pública e à reforma do Estado contemporâ-

neo brasileiro, julgue o item seguinte.

O termo governança refere-se às condições políticas de gestão do Estado.

Errado.

Condições é análise de contexto; logo, é governabilidade.

23. (CESPE/ANALISTA/FUNPRESP/INVESTIMENTOS/2016) Com relação aos princí-

pios fundamentais de governança corporativa, julgue o item a seguir.

A equidade, entendida como tratamento justo e igualitário a todas as partes inte-

ressadas, faz parte dos princípios de governança corporativa.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 64 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

Certo.
Entre os princípios básicos ou valores básicos de Governança Corporativa defi-
nidos pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), está a equi-
dade, entendida como o tratamento justo de todos os sócios e demais partes
interessadas (stakeholders). Atitudes ou políticas discriminatórias, sob qual-
quer pretexto, são totalmente inaceitáveis.

24. (CESPE/ANALISTA/FUNPRESP/INVESTIMENTOS/2016) Com relação aos princí-


pios fundamentais de governança corporativa, julgue o item a seguir.
O princípio de accountability estabelece que os agentes de governança devem pres-
tar contas de sua atuação e responder integralmente por todos os atos praticados
no exercício de suas funções.

Certo.
Mais uma vez, de acordo com o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa
(IBGC), o princípio da prestação de contas (accountability) requer que os agentes
de governança prestem contas de sua atuação, assumindo integralmente as
consequências de seus atos e omissões.

25. (CESPE/ANALISTA/FUNPRESP/INVESTIMENTOS/2016) Com relação aos princí-


pios fundamentais de governança corporativa, julgue o item a seguir.
Para o cumprimento do princípio da transparência, é suficiente que o agente limi-
te-se a informar suas diretrizes estratégicas.

Errado.
O princípio da transparência consiste no desejo de disponibilizar para as partes
interessadas as informações que sejam de seu interesse e não apenas aquelas

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 65 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

impostas por disposições de leis ou regulamentos.


Portanto, o princípio da transparência é amplo, não se limitando apenas na infor-
mação de diretrizes estratégicas adotadas pelo agente de governança.

26. (CESPE/TÉCNICO MUNICIPAL DE CONTROLE INTERNO/CGM JOÃO PESSOA/2018)

Julgue o item, referente à governança no setor público.

Governança no setor público é um tema inovador que foi introduzido no Brasil, a

partir de 2007, após a harmonização internacional contábil.

Errado.

Pelo contexto apresentado no PDRAE, temos a governança pública como uma con-

sequência do movimento da Administração Pública Gerencial, com uma visão de

mudança do papel do Estado (menos hierárquico e menos monopolista) na solução

de problemas públicos. Logo, o conceito é introduzido no Brasil por meio da refor-

ma gerencial de 1995.

27. (CESPE/TÉCNICO MUNICIPAL DE CONTROLE INTERNO/CGM JOÃO PESSOA/2018)

Julgue o item, referente à governança no setor público.

Entre os tipos de estruturas compreendidas pela governança incluem-se as estru-

turas administrativa, política, econômica, social, ambiental, legal, as quais servem

para garantir que as partes interessadas definam objetivos e alcancem resultados.

Certo.

A questão é extraída do Referencial Básico de Governança do TCU, aplicável a

órgãos e entidades da Administração Pública.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 66 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

Segundo a IFAC (International Federation of Accountants), governança compre-

ende a estrutura (administrativa, política, econômica, social, ambiental, legal e

outras) posta em prática para garantir que os resultados pretendidos pelas partes

interessadas sejam definidos e alcançados.

28. (CESPE/TÉCNICO MUNICIPAL DE CONTROLE INTERNO/CGM JOÃO PESSOA/2018)

Julgue o item, referente à governança no setor público.

Estruturas de governança servem para maximizar conflitos, alinhar ações e trazer

mais segurança à instituição.

Errado.

Mais uma questão extraída do Referencial Básico de Governança do TCU, apli-

cável a órgãos e entidades da Administração Pública.

A origem da governança está associada ao momento em que organizações deixa-

ram de ser geridas diretamente por seus proprietários (p. ex. donos do capital) e

passaram à administração de terceiros, a quem foram delegados autoridade e po-

der para administrar recursos pertencentes àqueles.

Em muitos casos, há divergência de interesses entre proprietários e administrado-

res, o que, em decorrência do desequilíbrio de informação, poder e autoridade, leva

a um potencial conflito de interesse entre eles, na medida em que ambos tentam

maximizar seus próprios benefícios.

Assim, para melhorar o desempenho organizacional, reduzir conflitos (e não

maximizar), alinhar ações e trazer mais segurança para proprietários, foram

realizados estudos e desenvolvidas múltiplas estruturas de governança.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 67 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

29. (CESPE/TÉCNICO MUNICIPAL DE CONTROLE INTERNO/CGM JOÃO PESSOA/2018)

Julgue o item, referente à governança no setor público.

Entre os objetivos da boa governança no setor público incluem-se garantir que a

organização seja responsável com os cidadãos, mantendo-os, por meio da transpa-

rência, informados sobre decisões e riscos.

Certo.

Conforme sugerido pelo Banco Mundial, atualmente, podemos considerar como

princípio da boa governança, entre outros, a responsabilidade, que respeito ao

zelo que os agentes de governança devem ter pela sustentabilidade das organi-

zações, visando à sua longevidade, incorporando considerações de ordem social e

ambiental na definição dos negócios e operações.

30. (CESPE/AUDITOR GOVERNAMENTAL/CGE-PI/GERAL/2015) Julgue o item a seguir,

relativo à evolução da administração pública.

Para a administração pública, governabilidade e governança são sinônimos e se refe-

rem, como conceito, às condições e à legitimidade do governo perante a sociedade.

Errado.

Longe disso! Estamos cansados de saber que as expressões governabilidade e

governança possuem várias distinções.

Portanto, corrigindo o item temos:

Para a administração pública, governabilidade e governança são sinônimos

e se referem, como conceito, às condições e à legitimidade do governo

perante a sociedade.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 68 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

31. (CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/GERAL/2014) Julgue o

item subsequente, relativo à gestão pública.

Relações éticas, conformidade com suas dimensões, transparência e prestação res-

ponsável de contas são princípios associados à governança pública.

Certo.

Esses são os princípios da governança pública elencados pelo autor Matias-Pereira.

32. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-PE/ADMINISTRATIVA/SEM ESPECIALIDA-

DE/2017) Em uma relação colaborativa entre organizações privadas e o Estado,

na qual as organizações participam do processo decisório e recebem uma série de

atribuições referentes às políticas públicas, predomina o

a) neoliberalismo.

b) neocorporativismo.

c) clientelismo.

d) corporativismo privado.

e) corporativismo estatal.

Letra b.

No neocorporativismo, também chamado de corporativismo societal, as entidades

privadas conquistaram o direito de participar do processo decisório. O cor-

porativismo societal agrega grupos de interesse da sociedade que condicionam o

poder estatal, deixando-o mais dependente de sua força e organização.

a) Errado. Vimos que o neoliberalismo é uma doutrina que preconiza a mínima

intervenção do Estado na economia. Outra premissa básica do neoliberalismo é o

desaparelhamento do Estado, ou seja, as privatizações.

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 69 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

c) Errado. Clientelismo consiste em uma troca de favores, benefícios ou serviços

políticos ou relacionados com a vida política.

d) Errado. O corporativismo privado surge como uma prática de promover a regu-

lamentação de atividades, evitando o predomínio da concorrência.

e) Errado. O chamado corporativismo estatal é uma prática que se baseia em en-

tidades representativas de interesses.

33. (CESPE/CONSULTOR LEGISLATIVO/SEN/ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA/2002) As

instituições políticas brasileiras conformam um modelo de federalismo, forma e

sistema de governo.

Com relação a esse assunto, julgue o seguinte item.

O fisiologismo é um grande risco do presidencialismo de coalisão, uma vez que as

lealdades podem depender de favores, cargos e privilégios.

Certo.

Fisiologismo é um tipo de relação de poder político em que ações políticas e deci-

sões são tomadas em troca de favores, favorecimentos e outros benefícios a inte-

resses individuais, em detrimento do bem comum.

O presidencialismo de coalizão, por outro lado, representa um padrão de governan-

ça brasileira em que os partidos políticos firmam “coalizões” para formar a “base

aliada” e, com isso, fazer com que o presidente tenha a maioria no Congresso. Para

tanto, são necessários dois elementos: (1) sistema político presidencialista e (2)

existência de coalizões partidárias.

Dessa forma, o fisiologismo pode ser visto como um risco ao presidencialismo de co-

alizão, pois faz as lealdades dependerem de favores, cargos e privilégios. Com a difi-

O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para WESLEY HENRIQUE DE ALBUQUERQUE - 02409124119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 70 de 71
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais.
Governabilidade e Governança
Prof. Adriel Sá

culdade de atender aos interesses dos partidos unidos ao presidente, a coalizão acaba

ficando enfraquecida. Entretanto, percebemos que, em diversas vezes, o fisiologismo

e as coalizões caminham juntos, pois é por meio das trocas de favores que se formam

as coalizões. Nesse contexto, o fisiologismo pode tanto ser um risco como uma

forma de fortalecer as coalizões. Assim, fica a ressalva para o gabarito.

(Footnotes)

1 Em relação ao espaço público de atuação, a definição desse espaço se refere

ao conceito de governabilidade, enquanto que a atuação propriamente dita se vin-

cula ao conceito de governança.

2 Os mecanismos formais abrangem as próprias instituições governamentais;

já os mecanismos informais, de caráter não governamental, como associações e

organizações, impõem uma conduta determinada dentro da sua área de atuação,

satisfazendo as necessidades e demandas da sociedade.

3 Em relação ao espaço público de atuação, a definição desse espaço se refere

ao conceito de governabilidade, enquanto que a atuação propriamente dita se vin-

cula ao conceito de governança.

4 Os mecanismos formais abrangem as próprias instituições governamentais;

já os mecanismos informais, de caráter não governamental, como associações e

organizações, impõem uma conduta determinada dentro da sua área de atuação,

satisfazendo as necessidades e demandas da sociedade.

www.grancursosonline.com.br 71 de 71

Você também pode gostar