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[ADI 4.451 MC-REF, rel. min. Ayres Britto, j. 2-9-2010, P, DJE de 24-8-2012.

IV - suspensão da liberdade de reunião;


V - busca e apreensão em domicílio;
VI - intervenção nas empresas de serviços públicos;
VII - requisição de bens.
Parágrafo único. Não se inclui nas restrições do inciso III a difusão de pronunciamentos
de parlamentares efetuados em suas Casas Legislativas, desde que liberada pela
respectiva Mesa.

Seção III - DISPOSIÇÕES GERAIS


Art. 140. A Mesa do Congresso Nacional, ouvidos os líderes partidários,
designará Comissão composta de cinco de seus membros para acompanhar e
fiscalizar a execução das medidas referentes ao estado de defesa e ao estado de
sítio.
Art. 141. Cessado o estado de defesa ou o estado de sítio, cessarão também
seus efeitos, sem prejuízo da responsabilidade pelos ilícitos cometidos por seus
executores ou agentes.
Parágrafo único. Logo que cesse o estado de defesa ou o estado de sítio, as medidas
aplicadas em sua vigência serão relatadas pelo Presidente da República, em mensagem
ao Congresso Nacional, com especificação e justificação das providências adotadas,
com relação nominal dos atingidos e indicação das restrições aplicadas.

CAPÍTULO II - DAS FORÇAS ARMADAS


Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela
Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas
com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente
da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes
constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
 Os militares, indivíduos que são, não foram excluídos da garantia constitucional da
individualização da pena. Digo isso porque, de ordinário, a CF de 1988, quando quis
tratar por modo diferenciado os servidores militares, o fez explicitamente. Por ilustração,
é o que se contém no inciso LXI do art. 5º do Magno Texto, a saber: "ninguém será
preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade
judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente
militar, definidos em lei". Nova amostragem está no preceito de que "não caberá habeas
corpus em relação a punições disciplinares militares" (§ 2º do art. 142). Isso sem contar
que são proibidas a sindicalização e a greve por parte do militar em serviço ativo, bem
como a filiação partidária (incisos IV e V do § 3º do art. 142). De se ver que esse
tratamento particularizado decorre do fato de que as Forças Armadas são instituições
nacionais regulares e permanentes, organizadas com base na hierarquia e disciplina,
destinadas à defesa da Pátria, garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de
qualquer destes, da lei e da ordem (cabeça do art. 142). Regramento singular, esse, que
toma em linha de conta as ‗peculiaridades de suas atividades, inclusive aquelas
cumpridas por força de compromissos internacionais e de guerra‘ (inciso X do art. 142).
É de se entender, desse modo, contrária ao texto constitucional a exigência do
cumprimento de pena privativa de liberdade sob regime integralmente fechado em
estabelecimento militar, seja pelo invocado fundamento da falta de previsão legal na lei
especial, seja pela necessidade do resguardo da segurança ou do respeito à hierarquia
e à disciplina no âmbito castrense. Ordem parcialmente concedida para determinar ao
Juízo da execução penal que promova a avaliação das condições objetivas e subjetivas
para progressão de regime prisional, na concreta situação do paciente, e que aplique,
para tanto, o CP e a Lei 7.210/1984 naquilo que for omissa a lei castrense.
[HC 104.174, rel. min. Ayres Britto, j. 29-3-2011, 2ª T, DJE de 18-5-2011.]

 O cometimento do delito militar por agente civil em tempo de paz se dá em caráter


excepcional. Tal cometimento se traduz em ofensa àqueles bens jurídicos tipicamente
associados à função de natureza militar: defesa da Pátria, garantia dos poderes
constitucionais, da lei e da ordem (art. 142 da CF). No caso, a despeito de as vítimas
estarem em serviço no momento da colisão dos veículos, nada há na denúncia que
revele a vontade do paciente de se voltar contra as Forças Armadas, tampouco a de
impedir a continuidade de eventual operação militar ou atividade genuinamente
castrense.
[HC 86.216, rel. min. Ayres Britto, j. 19-2-2008, 1ª T, DJE de 24-10-2008.]= HC
106.171, rel. min. Celso de Mello, j. 1º-3-2011, 2ª T, DJE de 14-4-2011

§ 1º - Lei complementar estabelecerá as normas gerais a serem adotadas na


organização, no preparo e no emprego das Forças Armadas.
§ 2º - Não caberá "habeas-corpus" em relação a punições disciplinares militares.

 Estando em jogo acórdão de tribunal alusivo a procedimento inominado que tenha


implicado a declaração de perda de posto e patente e consequente demissão de policial
militar, o habeas corpus mostra-se inadequado.
[HC 70.852, rel. min. Marco Aurélio, j. 14-12-1993, 2ª T, DJ de 6-5-1994.]

 O sentido da restrição dele quanto às punições disciplinares militares (art. 142, § 2º,
da CF). (...) O entendimento relativo ao § 2º do art. 153 da EC 1/1969, segundo o qual o
princípio de que nas transgressões disciplinares não cabia habeas corpus, não impedia
que se examinasse, nele, a ocorrência dos quatro pressupostos de legalidade dessas
transgressões (a hierarquia, o poder disciplinar, o ato ligado à função e a pena
susceptível de ser aplicada disciplinarmente), continua válido para o disposto no § 2º do
art. 142 da atual Constituição que é apenas mais restritivo quanto ao âmbito dessas
transgressões disciplinares, pois a limita às de natureza militar.
[HC 70.648, rel. min. Moreira Alves, j. 9-11-1993, 1ª T, DJ de 4-3-1994.]
= RHC 88.543, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 3-4-2007, 1ª T, DJ de 27-4-2007
= RE 338.840, rel. min. Ellen Gracie, j. 19-8-2003, 2ª T, DJ de 12-9-2003

§ 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes,


além das que vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições: (Incluído pela EC
18/1998)

I - as patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, são conferidas


pelo Presidente da República e asseguradas em plenitude aos oficiais da ativa, da
reserva ou reformados, sendo-lhes privativos os títulos e postos militares e, juntamente
com os demais membros, o uso dos uniformes das Forças Armadas; (Incluído pela EC
18/1998)

II - o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público civil


permanente, ressalvada a hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, alínea c, será
transferido para a reserva, nos termos da lei; (Redação da EC 77/2014)

 Ação direta de inconstitucionalidade. Parte final do art. 117 da Lei 6.880/1980


(Estatuto dos Militares da União), na redação dada pela Lei 9.297/1996. Dever do oficial
militar com menos de cinco anos de corporação de indenizar os custos decorrentes de
sua formação, no caso de assunção de cargo ou emprego civil. (...) Ação que se julga
improcedente. O desembolso pelo erário de custos adicionais, destinados a preparação
e a manutenção de seus servidores, em especial dos militares, com a finalidade de
aprimoramento do Corpo das Forças Armadas, não poder ser negligenciado, em razão
da própria configuração constitucional da supremacia do interesse público e da
integridade do erário. A norma questionada é similar a outras previstas na legislação do
servidor civil, que preveem a necessidade de devolução pelo servidor dos valores gastos
pela União com sua formação profissional. Ausente ainda ofensa ao princípio da
proporcionalidade, na medida em que a norma é adequada para o fim que se destina,
sem agressão ou nulificação do direito de liberdade profissional.
[ADI 1.626, rel. min. Dias Toffoli, j. 15-12-2016, P, DJE de 3-3-2017.]

 A jurisprudência consolidada desta Corte já assentou que a transferência para a


reserva remunerada de militar aprovado em concurso público, subordina-se à
autorização do presidente da República ou à do respectivo ministro.
[AI 453.424 AgR, rel. min. Ellen Gracie, j. 29-11-2005, 2ª T, DJ de 10-2-2006.]
= RE 601.148 AgR, rel. min. Eros Grau, j. 29-9-2009, 2ª T, DJE de 23-10-2009

 Cabe exclusivamente ao presidente da República, dentro do princípio da


discricionariedade que a lei lhe outorga para avaliar e decidir segundo seus próprios
critérios de conveniência e oportunidade, autorizar ou não a nomeação ou admissão de
oficial militar para cargo ou emprego público. A autorização do presidente da República
é requisito essencial à passagem de oficial das Forças Armadas para a reserva
remunerada.
[MS 22.431, rel. min. Maurício Corrêa, j. 2-10-1996, P, DJ de 22-11-1996.]
= MS 22.530, rel. min. Sydney Sanches, j. 18-2-98, P, DJ de 4-5-2001

III - o militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em cargo, emprego ou
função pública civil temporária, não eletiva, ainda que da administração indireta,
ressalvada a hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, alínea c, ficará agregado ao
respectivo quadro e somente poderá, enquanto permanecer nessa situação, ser
promovido por antiguidade, contando-se-lhe o tempo de serviço apenas para aquela
promoção e transferência para a reserva, sendo depois de dois anos de afastamento,
contínuos ou não, transferido para a reserva, nos termos da lei; (Redação da EC 77/2014)

 Ato do comandante da aeronáutica. Não incluso na agravante no quadro de acesso


por merecimento para ser promovida ao posto de Tenente-coronel. Aplicação das regras
gerais para as promoções no corpo feminino da aeronáutica. Necessidade de
observância do critério de merecimento para promoção ao último posto. A
regulamentação específica, na forma estabelecida nos artigos 20 da Lei 6.924/1981 e 29
e 30 do Decreto 86.325/1981, preceitua que, para as promoções do Corpo Feminino da
Aeronáutica, devem ser observadas as mesmas condições estabelecidas para as
promoções dos oficiais da ativa, que foram disciplinadas pela Lei 5.821/1972. O Decreto
1.319/1984, que regulamenta a Lei 5.821/1972, estabelece que "art. 42. Quando o último
posto de um quadro for de oficial superior, para promoção a este posto somente será
organizado QAM, tendo por base a relação de oficiais selecionados para composição
deste quadro". In casu, a agravante não integrava a lista de acesso por merecimento,
isto é, não detinha condição necessária para a promoção ao posto de tenente-coronel, o
último posto do quadro de oficiais do Corpo Feminino de Reserva da Aeronáutica.
[RMS 30.941 AgR, rel. min. Luiz Fux, j. 24-11-2015, 1ª T, DJE de 10-2-2016.]

IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve; (Incluído pela EC 18/1998)

 Os servidores públicos são, seguramente, titulares do direito de greve. Essa é a regra.


Ocorre, contudo, que entre os serviços públicos há alguns que a coesão social impõe
sejam prestados plenamente, em sua totalidade. Atividades das quais dependam a
manutenção da ordem pública e a segurança pública, a administração da Justiça – onde
as carreiras de Estado, cujos membros exercem atividades indelegáveis, inclusive as de
exação tributária – e a saúde pública não estão inseridos no elenco dos servidores
alcançados por esse direito. Serviços públicos desenvolvidos por grupos armados: as
atividades desenvolvidas pela polícia civil são análogas, para esse efeito, às dos
militares, em relação aos quais a Constituição expressamente proíbe a greve (art. 142, §
3º, IV).
[Rcl 6.568, rel. min. Eros Grau, j. 21-5-2009, P, DJE de 25-9-2009.]
= Rcl 11.246 AgR, rel. min. Dias Toffoli, j. 27-2-2014, P, DJE de 2-4-2014

V - o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos;
(Incluído pela EC 18/1998)

 Se o militar da ativa é alistável, é ele elegível (CF, art. 14, § 8º). Porque não pode ele
filiar-se a partido político (...), a filiação partidária não lhe é exigível como condição de
elegibilidade, certo que somente a partir do registro da candidatura é que será agregado
(CF, art. 14, § 8º, II; Cód. Eleitoral, art. 5º, parágrafo único; Lei 6.880, de 1980, art. 82,
XIV, § 4º).
[AI 135.452, rel. min. Carlos Velloso, j. 20-9-1990, P, DJ de 14-6-1991.]

VI - o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou com


ele incompatível, por decisão de tribunal militar de caráter permanente, em tempo de
paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra; (Incluído pela EC 18/1998)

 Também os oficiais das polícias militares só perdem o posto e a patente se forem


julgados indignos do oficialato ou com ele incompatíveis por decisão do tribunal
competente em tempo de paz. Esse processo não tem natureza de procedimento "para-
jurisdicional", mas, sim, natureza de processo judicial, caracterizando, assim, causa que
pode dar margem à interposição de recurso extraordinário.
[RE 186.116, rel. min. Moreira Alves, j. 25-8-1998, 1ª T, DJ de 3-9-1999.]

VII - o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade


superior a dois anos, por sentença transitada em julgado, será submetido ao julgamento
previsto no inciso anterior; (Incluído pela EC 18/1998)

 A EC 18/1998, ao cuidar exclusivamente da perda do posto e da patente do oficial


(CF, art. 142, VII), não revogou o art. 125, § 4º, do texto constitucional originário, regra
especial nela atinente à situação das praças.
[RE 358.961, rel. min. Sepúlveda Pertence, j. 10-2-2004, 1ª T, DJ de 12-3-2004.]

VIII - aplica-se aos militares o disposto no art. 7º, incisos VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV, e
no art. 37, incisos XI, XIII, XIV e XV, bem como, na forma da lei e com prevalência da
atividade militar, no art. 37, inciso XVI, alínea c; (Redação da EC 77/2014)

 Não viola a Constituição o estabelecimento de remuneração inferior ao salário-mínimo


para as praças prestadoras de serviço militar inicial.
[Súmula Vinculante 6.]

 A estabilidade provisória advinda de licença-maternidade decorre de proteção


constitucional às trabalhadoras em geral. O direito amparado pelo art. 7º, XVIII, da CF,
nos termos do art. 142, VIII, da CF/1988, alcança as militares.
[RE 523.572 AgR, rel. min. Ellen Gracie, j. 6-10-2009, 2ª T, DJE de 29-10-2009.]
= AI 811.376 AgR, rel. min. Gilmar Mendes, j. 1º-3-2011, 2ª T, DJE de 23-3-2011
IX - (Revogado pela EC 41/2003).

X - a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os limites de idade, a estabilidade
e outras condições de transferência do militar para a inatividade, os direitos, os deveres,
a remuneração, as prerrogativas e outras situações especiais dos militares,
consideradas as peculiaridades de suas atividades, inclusive aquelas cumpridas por
força de compromissos internacionais e de guerra. (Incluído pela EC 18/1998)

 Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como
indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem
ser substituído por decisão judicial.
[Súmula Vinculante 4.]

 Embargos de declaração acolhidos para deixar expresso que a modulação da


declaração de não recepção da expressão "nos regulamentos da Marinha, do Exército e
da Aeronáutica" do art. 10 da Lei 6.880/1980 não alcança os candidatos com ações
ajuizadas nas quais se discute o mesmo objeto deste recurso extraordinário.
Prorrogação da modulação dos efeitos da declaração de não recepção até 31-12-2012.
[RE 600.885 ED, rel. min. Cármen Lúcia, j. 29-6-2012, P, DJE de 12-12-2012, com
repercussão geral.]
Vide RE 600.885, rel. min. Cármen Lúcia, j. 9-2-2011, P, DJE de 1º-7-2011, com
repercussão geral

 O art. 142, § 3º, inciso X, da Constituição da República é expresso ao atribuir


exclusivamente à lei a definição dos requisitos para o ingresso nas Forças Armadas. A
Constituição brasileira determina, expressamente, os requisitos para o ingresso nas
Forças Armadas, previstos em lei: referência constitucional taxativa ao critério de idade.
Descabimento de regulamentação por outra espécie normativa, ainda que por delegação
legal. Não foi recepcionada pela Constituição da República de 1988 a expressão "nos
regulamentos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica" do art. 10 da Lei 6.880/1980. O
princípio da segurança jurídica impõe que, mais de vinte e dois anos de vigência da
Constituição, nos quais dezenas de concursos foram realizados se observando aquela
regra legal, modulem-se os efeitos da não recepção: manutenção da validade dos
limites de idade fixados em editais e regulamentos fundados no art. 10 da Lei
6.880/1980 até 31 de dezembro de 2011.
[RE 600.885, rel. min. Cármen Lúcia, j. 9-2-2011, P, DJE de 1º-7-2011, com
repercussão geral.]
Vide RE 600.885 ED, rel. min. Cármen Lúcia, j. 29-6-2012, P, DJE de 12-12-2012, com
repercussão geral

 Cabe à lei estadual, nos termos da norma constitucional do art. 142, § 3º, X, regular as
disposições do art. 42, § 1º, da CF e estabelecer as condições de transferência do militar
para a inatividade.
[RE 495.341 AgR, rel. min. Ellen Gracie, j. 14-9-2010, 2ª T, DJE de 1º-10-2010.]
= AI 562.165 AgR, rel. min. Eros Grau, j. 16-52006, 2ª T, DJE de 9-6-2006

 Contribuição previdenciária. Proventos. Militar. Incidência. EC 41/2003. O Supremo,


por ocasião do julgamento da ADI 3.105, rel. min. Ellen Gracie, DJ de 18-8-2004,
registrou inexistir "norma de imunidade tributária absoluta". A Corte afirmou que, após o
advento da EC 41/2003, os servidores públicos passariam a contribuir para a
previdência social em "obediência aos princípios da solidariedade e do equilíbrio
financeiro e atuarial, bem como aos objetivos constitucionais de universalidade,
equidade na forma de participação no custeio e diversidade da base de financiamento".
Os servidores públicos militares não foram excepcionados da incidência da norma,
razão pela qual não subsiste a pretensa imunidade tributária relativamente à categoria.
[RE 475.076 AgR, rel. min. Eros Grau, j. 25-11-2008, 2ª T, DJE de 19-12-2008.]
= AI 594.104 AgR, rel. min. Ellen Gracie, j. 4-5-2010, 2ª T, DJE de 21-5-2010
Vide ADI 3.105, rel. p/ o ac. min. Cezar Peluso, j. 18-8-2004, P, DJ de 18-2-2005

 O acórdão recorrido está em sintonia com a jurisprudência deste Tribunal no sentido


de que, tratando-se de militares do quadro de temporários, admitidos por prazo limitado,
não há que se falar em direito de permanência ou em estabilidade após cumprido o
prazo de incorporação.
[RE 383.879 AgR, rel. min. Eros Grau, j. 17-6-2008, 2ª T, DJE de 1º-8-2008.]
= RE 523.317 ED, rel. min. Cármen Lúcia, j. 1º-2-2011, 1ª T, DJE de 3-3-2011

 Princípio isonômico – CP e CPM – O tratamento diferenciado decorrente dos referidos


códigos tem justificativa constitucionalmente aceitável em face das circunstâncias
peculiares relativas aos agentes e objetos jurídicos protegidos.
[RE 115.770, rel. min. Marco Aurélio, j. 29-10-1991, 2ª T, DJ de 21-2-1992.]

Art. 143. O serviço militar é obrigatório nos termos da lei.


 Não viola a Constituição o estabelecimento de remuneração inferior ao salário mínimo
para as praças prestadoras de serviço militar inicial.
[Súmula Vinculante 6.]

 A norma que se extrai do art. 187 do CP castrense está a serviço da própria


obrigatoriedade constitucional da prestação do serviço militar (cabeça do art. 143 da CF
de 1988). Esse o motivo pelo qual o STF assentou a natureza permanente do crime de
deserção. Delito permanente, esse, que somente cessa com a recaptura do infrator ou,
então, com a sua apresentação voluntária.
[HC 107.275, rel. min. Ayres Britto, j. 28-2-2012, 2ª T, DJE de 18-6-2012.]
Vide HC 94.367, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 21-10-2008, 2ª T, DJE de 6-2-2009

 É inviável a desincorporação de praça não estável, que esteja sub judice, o que
justifica o prolongamento extraordinário do tempo de serviço militar.
[HC 99.445, rel. min. Cármen Lúcia, j. 28-9-2010, 1ª T, DJE de 24-5-2011.]

 Os princípios gerais regentes da administração pública, previstos no art. 37, caput, da


Constituição, são invocáveis de referência à administração de pessoal militar federal ou
estadual, salvo no que tenha explícita disciplina em atenção às peculiaridades do
serviço militar.
[ADI 1.694 MC, rel. min. Néri da Silveira, j. 30-10-1997, P, DJ de 15-12-2000.]

§ 1º - Às Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir serviço alternativo aos que,
em tempo de paz, após alistados, alegarem imperativo de consciência, entendendo-se
como tal o decorrente de crença religiosa e de convicção filosófica ou política, para se
eximirem de atividades de caráter essencialmente militar.
§ 2º - As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do serviço militar obrigatório em
tempo de paz, sujeitos, porém, a outros encargos que a lei lhes atribuir.

CAPÍTULO III - DA SEGURANÇA PÚBLICA


Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de
todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
 Investigação criminal instaurada contra pessoa detentora de prerrogativa de foro

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