ADMINISTRATIVO Resumo

DIREITO ADMINISTRATIVO - RESUMO PARA A PROVA DA OAB/FGV
1. CONCEITO Princípios que não são expressamente previstos na

Constituição Federal: supremacia do interesse público
O direito administrativo pode ser conceituado, com sobre o privado, indisponibilidade do interesse público,
base na doutrina de Hely Lopes Meireles, como o ramo segurança jurídica, razoabilidade e proporcionalidade.
do direito público formado por um conjunto harmônico de
regras e princípios que rege os órgãos, agentes públicos Quando houver colisão
OAB NA MEDIDA | DIREITO ADMINISTRATIVO | RESUMO PARA A PROVA DA OAB/FGV
e a atividade administrativa em qualquer esfera do de interesse privado com

poder, realizando de forma direta (independentemente interesse público, o Estado
de provocação, ao contrário da função jurisdicional, que deverá condicionar ou limitar
depende desta), concreta (possui destinatário determinado SUPREMACIA DO o direito individual para
e efeitos concretos, ao contrário da função legislativa, que INTERESSE PÚBLICO garantir a supremacia do
é abstrata) e imediata (se preocupa com a atividade jurídica SOBRE O PRIVADO interesse público. Exemplos:
do Estado, e não social), os fins desejados pelo Estado. a) poder de polícia; b)
cláusulas exorbitantes dos
contratos administrativos; c)
2. PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO desapropriação.
PÚBLICA Interesse público
primário: rigorosamente
Princípios expressamente previstos na Constituição indisponível
Federal: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade INDISPONIBILIDADE DO
e eficiência (art. 37 da CF/88). Para decorar: o famoso LIMPE. INTERESSE PÚBLICO Interesse público
secundário:
Enquanto ao particular “relativamente
permite-se fazer tudo o indisponível”
que a lei não proíbe, na Objetiva preservar os atos
LEGALIDADE
Administração Pública só é administrativos já praticados,
permitido fazer o que a lei garantindo-se a estabilização
expressamente autoriza. das relações jurídicas com
A administração está proibida a Administração Pública.
de estabelecer discriminações Exemplos: a) art. 2º da Lei
infundadas. Decorrências: nº 9.784/98, que veda a
a) Súmula Vinculante nº 13 aplicação jurídica retroativa
(veda o nepotismo); b) § 1º da nova interpretação”; e b)
IMPESSOALIDADE SEGURANÇA JURÍDICA art. 54 da Lei nº 9.784/98
do art. 37 da CF/88 que é
categórico ao proibir nomes, que estabelece que “o direito
símbolos ou imagens nas da Administração de anular
publicidades dos órgãos os atos administrativos
públicos. de que decorram efeitos
favoráveis para os
A ideia de honestidade, destinatários decai em cinco
probidade, lealdade e boa- anos, contados da data em
fé, ou seja, pressupõe-se a que foram praticados, salvo
MORALIDADE atuação de forma correta. comprovada má-fé”.
A proibição do nepotismo
também possui fundamento Razoabilidade e
na moralidade. proporcionalidade
são elementos
Os atos administrativos, complementares e,
para produzirem efeitos, RAZOABILIDADE E juntos, representam o
devem ser levados ao PROPORCIONALIDADE
denominado “juízo de
conhecimento do público, adequação”. Possuem
PUBLICIDADE
salvo nos casos de sigilo, previsão na Lei n.
quando imprescindível para a 9.784/99.
segurança da sociedade e do
Estado.
A eficiência deve ser buscada 3. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
tanto na estruturação dos
órgãos púbicos, quanto de • DESCONCENTRAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO
seus agentes públicos, de
modo que sejam obtidos os Desconcentração: representa a distribuição interna
melhores resultados, com de competência administrativa, ou seja, é a distribuição
EFICIÊNCIA
otimização de recursos e de que ocorre dentro da mesma pessoa jurídica, como
mão de obra. Exemplos: a) no caso da criação de órgãos dentro da estrutura de
escolas de governo (art. 39, um ente político, ou dentro de uma pessoa jurídica
§7º, da CF/88) e b) avaliação da administração pública indireta. Haverá relação de
especial de desempenho (art. subordinação entre a pessoa jurídica e a estrutura criada,
41 da CF/88). podendo ocorrer tanto na Administração Direta, quanto
1
na Indireta. ao regime de precatório (RE 938837).
Descentralização: execução das tarefas estatais por OAB: a OAB foi criada como autarquia especial,
meio da criação de outra pessoa jurídica. Não há relação porém, em função de sua essencialidade constitucional,
de subordinação ou hierarquia, mas tão somente controle foi declarada pelo STF não mais como autarquia especial,
ou fiscalização institucional, tendo em vista que ocorre mas sim como “ente estatal sui generis”, não equiparado
entre pessoas jurídicas distintas. a qualquer outro órgão ou pessoa jurídica estatal. Com
isso, a OAB foi autorizada a não mais licitar, nem concursar
A descentralização pode se efetivar por outorga seus agentes. O TCU, no entanto, decidiu em novembro de
ou delegação: 2018 que OAB deverá prestar contas ao Tribunal.
Outorga: a Administração transfere à nova pessoa Agências Reguladoras: são autarquias de regime
jurídica a titularidade e a execução do serviço público por especial criadas a partir da quebra dos monopólios
meio de lei. Como a titularidade do serviço não pode sair estatais possuindo como principais objetivos fiscalizar
do poder público, somente as pessoas jurídicas de direito e regular as atividades estatais privatizadas. Principais
público podem receber outorga (autarquias e fundações Peculiaridades: a) função diferenciada: controle e
públicas de direito público). normatização de uma determinada atividade; b)
investidura (ou nomeação) especial do dirigente: o
Delegação: a Administração transfere à nova pessoa Presidente da República não pode nomear de forma livre,
somente a execução do serviço público, reservando dependendo da aprovação prévia do Senado Federal; c)
para si a titularidade. A delegação é feita para pessoas mandato do dirigente com prazo fixo, perdendo o mandato
jurídicas de direito privado, podendo ser: a) por lei, às apenas em caso de renúncia, de condenação judicial
pessoas da administração pública indireta de direito transitada em julgado ou de processo administrativo
privado (empresas públicas, sociedades de economia disciplinar, d) quarentena: saindo da direção da agência
mista e fundações públicas de direito privado); b) por reguladora, o ex-dirigente não poderá atuar na iniciativa
contrato, aos particulares, por permissão ou concessão privada no mesmo ramo de atividade, por determinado
de serviço público (Ex.: telefonia e transporte coletivo); prazo. O prazo de quarentena, como regra geral, é de
c) por ato administrativo unilateral, aos particulares, por 06 meses; e) modalidade própria de Licitação: consulta;
autorização de serviço público (Ex. taxi e despachante). f) regime de pessoal: cargos públicos, com regime
estatutário, providos por concurso público.
• ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA
Agências Executivas: são autarquias ou fundações
Constituem a Administração Pública Indireta as que elaboram um plano estratégico de modernização
autarquias, fundações públicas, empresas públicas, e celebram com a administração direta um contrato de
sociedades de economia mista e consórcios públicos. gestão, para ter mais liberdade, recursos, bem como mais
privilégios na licitação. Celebrado o “contrato de gestão”,
AUTARQUIAS: pessoas jurídicas autônomas a autarquia ou a fundação ganha o status temporário de
de direito público de capacidade exclusivamente “agência executiva”.
administrativa, criadas por lei. A personalidade jurídica
da autarquia se inicia com a vigência da lei criadora, ou AGÊNCIA AGÊNCIA
seja, não há necessidade de registro. REGULADORA EXECUTIVA
Características da autarquia: a) personalidade • Autarquia
• Autarquia
jurídica de direito público, possuem patrimônio próprio e se NATUREZA comum ou
especial
sujeitam ao controle da entidade estatal a que pertencem fundação pública
por meio de supervisão ministerial (tutela); b) privilégios
• Convertida
tributários e processuais: gozam de imunidade tributária
em agência ao
recíproca relacionada à atividade fim e não a atividades • Criada como
CRIAÇÃO assinar contrato
diversas (art. 150, §2º) e privilégios processuais, “agência”
de gestão com a
como o duplo grau obrigatório); c) juízo competente:
Administração
Justiça Federal; d) responsabilidade civil: respondem
objetivamente pelos danos que seus servidores, nessa • Gerir
• Otimizar a
qualidade, causarem aos administrados. Se a Autarquia, interesses
FUNÇÃO eficiência da
acionada em responsabilidade objetiva, não tiver públicos e
execução direta
patrimônio para indenizar, o Estado pode ser chamado privatizados
à responsabilidade, subsidiariamente; e) natureza
dos bens: os bens das autarquias são públicos sendo, FUNDAÇÕES PÚBLICAS: são pessoas jurídicas
portanto, inalienáveis, impenhoráveis, imprescritíveis constituídas a partir de patrimônio público destinado a
e não podem ser objeto de oneração. Seus débitos são realização de atividade de interesse público. Não possuem
quitados pelo sistema de precatórios (art. 100, da CF/88). fins lucrativos e se destinam a atividades beneficentes ou
assistenciais.
Conselhos de Classe: o Supremo Tribunal Federal,
no julgamento da ADI n. 1717, fixou aos conselhos de Personalidade Jurídica: as fundações públicas
classe a natureza de autarquia. Como decorrência lógica, podem ser pessoas jurídicas de direito público, quando
os Conselhos são obrigados a realizar concurso público, criadas por lei específica, ou de direito privado, quando
a anuidade recebida tem natureza tributária e estão criadas por autorização legislativa.
sujeitos ao controle pelos Tribunais de Conta. Entretanto,
o STF, em decisão com repercussão geral, firmou tese no
sentido de que os conselhos de classe não se submetem
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Exploração de atividade econômica ou de prestação

FUNDAÇÃO PÚBLICA DE FUNDAÇÃO PÚBLICA DE
DIREITO PÚBLICO DIREITO PRIVADO de serviço público: as empresas públicas ou sociedades
de economia mista poderão explorar atividade
Criada por lei (não Criada por autorização econômica, hipótese em que estarão sujeitas ao mesmo
precisa de registro). legislativa. Regime híbrido, regramento jurídico das demais empresas privadas
Regime equiparado ao da semelhante àquele (encargos tributários, previdenciários, trabalhistas, etc.),
autarquia. aplicado às empresas ou desempenhar serviços públicos (metrô, correio, etc.),

públicas e sociedades de caso em que terão maior influência do regime jurídico
economia mista. púbico, justificando-se o tratamento diferenciado em
relação às demais empresas privadas.
EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA
MISTA: a Constituição Federal permite que o Estado EXPLORADORAS PRESTADORAS
explore excepcionalmente, de forma direta, a atividade DE ATIVIDADE DE SERVIÇO
econômica quando envolver questões de soberania ECONÔMICA PÚBLICO
nacional ou relevante interesse público, constituindo Poderão ter estatuto Obrigadas a licitar
empresas públicas ou sociedades de economia mista LICITAÇÃO
próprio
(empresas estatais) para atuar no mercado privado (art.
173 da CF/88). Podem ser São impenhoráveis
penhorados se estiverem
Semelhanças entre empresas públicas e sociedades BENS relacionados
de economia mista: a) pessoas jurídicas de direito diretamente ao
privado criadas a partir de autorização legislativa; b) são serviço público
constituídas por contrato ou estatuto social e sua existência Responsabilidade Responsabilidade
inicia-se a partir do registro de seus documentos sociais RESPONSA- subjetiva e não objetiva e responde
na Junta ou cartório civil; c) patrimônio de natureza BILIDADE
DO ESTADO responde subsidiariamente
privada, que poderá ser penhorado, salvo quando subsidiariamente
se tratar de bem vinculado à prestação de serviços
públicos, hipótese em que será impenhorável; d) Não Não têm privilégios Se a empresa
estão sujeitas à recuperação judicial nem à falência, não extensíveis à presta serviço
por expressa previsão do artigo 2º da Lei n. 11.101/05; iniciativa privada público com
e) trabalhadores são empregados regidos pela CLT. No exclusividade
entanto, esses empregados equiparam-se aos servidores há imunidade
REGIME
públicos em algumas situações: I) Ingressam por meio recíproca (art. 150,
TRIBUTÁRIO
de concurso público; II) Sujeitam-se às regras de não VI, “a”, da CF/88,
acumulação; III) São considerados funcionários públicos só impostos
para fins penais (art. 327 do CP); IV) Respondem por na finalidade
improbidade administrativa (Lei 8.429/92); V) Sujeitam- específica da
se aos remédios constitucionais e VI) Sujeitam-se ao teto empresa).
remuneratório, salvo quando as empresas públicas e as
sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, não CONSÓRCIO PÚBLICO: a Lei n. 11.107/2005
receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito estabelece que o consórcio público poderá assumir a
Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas forma de associação pública ou de pessoa jurídica de
de pessoal ou de custeio em geral, conforme §9º do art. direito privado, sendo que, em qualquer hipótese, não
37 da CF/88. terá fins econômicos
Estabilidade dos empregados: o Supremo Tribunal Consórcio como Pessoa Jurídica de Direito Privado:
Federal firmou entendimento de que os empregados Aplica-se ao consórcio público de direito privado o direito
públicos não fazem jus à estabilidade do art. 41 da CF/88 comum, como o regime celetista, mas também se exige
(salvo os contratados antes da EC 19/98), mas a sua respeito às normas de direito público no que concerne à
dispensa deve ser obrigatoriamente motivada. realização de licitação, celebração de contratos, prestação
de contas e realização de concurso.
Diferenças entre Empresas Públicas e Sociedades de
Economia Mista. Associação Pública: é a denominação do consórcio
público de personalidade jurídica de direito público,
SOCIEDADE DE regida pelas normas de direito público. A associação
EMPRESA PÚBLICA pública integra a administração indireta dos entes
ECONOMIA MISTA
associados simultaneamente. O pessoal regido pela CLT
Capital exclusivamente Capital misto (parte (Lei nº 13.822/2019)
público (pode ser de mais público, parte privado)
de um ente, desde que Participação da União: a União somente participará
todos sejam públicos). de consórcios públicos em que também façam parte
todos os Estados em cujos territórios estejam situados os
Qualquer modalidade Somente sociedade Municípios consorciados (art. 1º, §2º, da Lei 11.107/2005).
empresarial anônima O consórcio público será constituído por contrato cuja
celebração dependerá da prévia subscrição de protocolo
Empresa Pública Federal Sempre Justiça Estadual de intenções.
→ Justiça Federal
Empresa Pública
Estadual/Municipal → 3
Justiça Estadual
• TERCEIRO SETOR (transporte), SENAI (aprendizagem industrial) e SENAC

(aprendizagem do comércio), mas não integram a
O terceiro setor é composto por entidades privadas administração direta nem a indireta.
da sociedade civil, que prestam atividade de interesse
público, sem fins lucrativos, não estando incluídas na Financiamento: o sistema é financiado por meio das
Administração Pública. contribuições de interesse das categorias profissionais ou
econômicas (art. 149, III, da CF/88), que são repassadas

ORGANIZAÇÕES SOCIAIS a essas entidades para desempenharem as atribuições
previstas em lei. Por isso, se submetem ao controle
Conceito: organização social é um título concedido Tribunal de Contas da União.
pela Administração Pública a determinadas entidades
privadas sem fins lucrativos, após a assinatura do
contrato de gestão, transferindo-se a essas entidades 4. PODERES DA ADMINISTRAÇÃO
a possibilidade de prestarem certas atividades que PÚBLICA
normalmente são exercidas pelo Estado.
Licitação: é dispensável a licitação para a celebração PODER VINCULADO E DISCRICIONÁRIO

de contratos de prestação de serviços com as organizações
Poder Vinculado: o administrador não possui
sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de
liberdade de atuação, devendo atuar com base em uma
governo, para atividades contempladas no contrato de gestão.
única conduta prevista em lei, como no caso da concessão
Contrato de Gestão: o contrato de gestão permite da aposentadoria compulsória para o servidor que atingir
que a Organização Social tenha gestão do orçamento, 75 anos de idade.
dos agentes públicos e dos bens públicos (móveis e
Poder Discricionário: o administrador poderá
imóveis) necessários ao cumprimento das atividades
realizar juízo de conveniência e oportunidade, com
estabelecidas no contrato de gestão, mas ficará sujeita ao
liberdade para escolher a melhor conduta a ser adotada
controle do Tribunal de Contas.
dentro dos limites estabelecidos em lei. São exemplos de
ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE atos discricionários a autorização para porte de arma e a
PÚBLICO (OSCIP) exoneração de servidor em cargo de comissão. Para FGV,
o fato de a lei se encontrar insatisfatória ou ultrapassada
Conceito: podem ser qualificadas como OSCIP as não permite o uso do poder discricionário.
pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos,
que tenham sido constituídas e se encontrem em PODER REGULAMENTAR
funcionamento regular há, no mínimo, 3 (três) anos,
Conceito: trata-se de poder conferido aos chefes
desde que os respectivos objetivos sociais e normas
do Poder Executivo para a edição de decretos ou
estatutárias atendam aos requisitos instituídos pela Lei
regulamentos a fim de complementar ou detalhar a lei,
n° 9.790/99.
garantindo a sua fiel execução. Há basicamente duas
Ato vinculado: a outorga da qualificação como OSCIP modalidades de decretos:
é ato vinculado, desde que cumpridos os requisitos da Lei
n° 9.790/99. Dependem da existência de lei
anterior para serem editados.
DECRETOS OU Estão abaixo da lei, motivo pelo
Vedação: não são passíveis de qualificação como REGULAMENTOS
OSCIP as entidades previstas no art. 2° Lei n° 9.790/99, DE EXECUÇÃO qual não estão sujeitos ao controle
como as sociedades comerciais, os sindicados, direto de constitucionalidade, mas
instituições religiosas, organizações partidárias, sim ao controle de legalidade.
entidades e empresas que comercializam planos de São editados independentemente
saúde e assemelhados, instituições hospitalares privadas da existência de ato normativo
não gratuitas e suas mantenedoras, organizações sociais, anterior, possuindo a mesma
cooperativas e fundações públicas. hierarquia das leis e, por esse
motivo, estão sujeitos ao controle
Termo de Parceria: a entidade qualificada como OSCIP
vertical de constitucionalidade.
poderá firmar Termo de Parceria com o Poder Público,
Com base no art. 84, VI, da CF/88,
passando a atuar em áreas típicas de interesse social, como
o decreto autônomo poderá dispor
assistência, cultura e proteção ao meio ambiente, recebendo,
apenas sobre a organização e o
para tanto, incentivos da Administração Pública.
funcionamento da Administração
Bens imóveis: se a organização adquirir bem Pública, desde que não implique
imóvel com recursos provenientes da celebração do DECRETOS OU aumento de despesas ou criação
Termo de Parceria, este será gravado com cláusula de REGULAMENTOS e extinção de órgãos públicos (o
inalienabilidade, ou seja, não poderá ser vendido (art.15 AUTÔNOMOS que apenas se dá por meio de
Lei n° 9.790/99). lei, de iniciativa do Presidente da
República) e a extinção de cargos
• SISTEMA “S” vagos. Os decretos autônomos
são de competência privativa do
Conceito: entende-se por Sistema “S” (serviços Presidente da República, mas
sociais autônomos) o conjunto que abrange diversas podem ser delegados aos Ministros
instituições de interesse de categorias profissionais, de Estado, ao Procurador-Geral
como SESC (comerciários), SESI (industriários), SEST da República ou ao Advogado-
Geral da União, que observarão os 4
limites traçados nas respectivas
delegações.
Controle: além do controle pelo Poder Judiciário no COERCIBILI- o Estado pode impor sua decisão,
que tange à sua legalidade e à sua legitimidade, o Decreto DADE respeitando a razoabilidade e a
submete-se, também, ao controle pelo Poder Legislativo, proporcionalidade, independentemente
conforme art. 49, inciso V, da CF/88, que dispõe ser da da concordância do cidadão.
competência exclusiva do Congresso Nacional sustar
os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem
do poder regulamentar ou dos limites da delegação

legislativa.
5. ATOS ADMINISTRATIVOS
PODER DISCIPLINAR VALIDADE: Para a validade do ato administrativo,
exige-se o preenchimento de 5 pressupostos (elementos)
Diz respeito à faculdade que possui o poder público de específicos: 1) Competência, 2) Finalidade, 3) Forma, 4)
punir as infrações funcionais cometidas pelos servidores Motivo e 5) Objeto.
e demais pessoas sujeitas à disciplina da Administração
por meio de processo administrativo disciplinar (PAD). COMPETÊNCIA Elemento vinculado. É irrenunciável,
mas pode ser objeto de delegação e
PODER HIERÁRQUICO avocação.
É com fundamento no poder hierárquico que Não podem ser objeto de delegação: I -
a Administração Pública realiza a sua organização Edição de atos de caráter normativo; II
estrutural, escalonando seus órgãos e repartindo - Decisão de recursos administrativos;
suas funções, definindo, na forma da lei, os limites de III - Matérias de competência exclusiva
competência de cada um. Surgem, durante esse processo, do órgão ou autoridade.
algumas prerrogativas, tais como, delegar e avocar
atribuições, dar ordens, fiscalizar e rever atividades de O vício mais comum que atinge o
órgãos inferiores. elemento competência é o excesso
de poder (umas das formas de
PODER DE POLÍCIA abuso de poder), onde o agente
é incompetente para a prática de
Conceito: representa o poder da Administração determinado ato, mas mesmo assim
Pública em limitar a liberdade e a propriedade dos o pratica.
particulares para a preservação dos interesses da
coletividade. O exercício do poder de polícia é realizado por FORMA Elemento vinculado.
meio de atos normativos e punitivos, permitindo-se ainda
a cobrança de taxa quando houver uma contraprestação São requisitos da forma a
estatal, conforme art. 145, II, da CF/88. exteriorização da vontade, que em
regra é por escrito (podendo ser de
Modalidades: o poder de polícia pode ser preventivo outra forma quando a lei autorizar) e
(licença ou autorização), fiscalizador ou repressivo a motivação, considerada o raciocínio
(aplicação de multa, embargo ou demolição, por exemplo). lógico entre os elementos do ato
e a lei. A motivação é obrigatória,
Delegação: de acordo com a jurisprudência dominante devendo acontecer antes ou, no
do Supremo Tribunal Federal, não é possível delegar o máximo, durante a prática do ato.
poder de polícia, em nome da segurança jurídica (ADI MOTIVO Pode ser um elemento vinculado ou
1717). Entretanto, permite-se a delegação dos chamados discricionário, conforme dispuser a
atos materiais, preparatórios ou instrumentais do lei.
exercício do poder de polícia, como no caso da contratação
de empresa privada para a instalação de redares para Teoria dos motivos determinantes:
controle da velocidade no trânsito. um ato administrativo cuja motivação
foi externada (ainda que não fosse
Atributos do Poder de Polícia: obrigatória a motivação) só é válido
se os motivos que o fundamentaram
DISCRICIO- Em regra, o agente público poderá forem verdadeiros
NARIEDADE decidir qual é a melhor solução a
fim de atender ao interesse público. OBJETO É o resultado prático do ato
É possível, no entanto, o exercício administrativo, o ato considerado
vinculado do poder de polícia, como no em si mesmo, o seu efeito jurídico
caso da licença para dirigir. imediato. Pode ser um elemento
vinculado ou discricionário.
AUTOEXECU- Administração executa as suas
TORIEDADE decisões por meios diretos, sem FINALIDADE Elemento vinculado, pois todo o ato
precisar de ordem judicial, como no administrativo tem uma finalidade
caso da determinação de interdição prevista em lei. Se o administrador
de um estabelecimento, desde que público buscar finalidade diversa
o faça observando os princípios da daquela prevista em lei, praticará
razoabilidade e da proporcionalidade. desvio de finalidade.
Exceção: cobrança de multa, em que
há necessidade de intervenção judicial
para sua execução
5
ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO Portarias conjuntas ou instruções normativas conjuntas

da Secretaria da Receita Federal e da Procuradoria da
Fazenda Nacional).
PRESUNÇÃO DE Até que se prove em contrário,
LEGITIMIDADE o ato administrativo é legítimo e Ato composto: é aquele que resulta da manifestação
emanou de agente regularmente de um só órgão, mas a sua edição ou a produção de seus
investido. Portanto, o ônus da
efeitos depende de um outro ato que o aprove, que tem

prova da existência de vício no ato função meramente instrumental (Exemplo: nomeação do
administrativo é de quem alega. PGR).
IMPERATIVIDADE Podem ser imediatamente
impostos aos particulares a ATO VÁLIDO, NULO, ANULÁVEL E INEXISTENTE
partir de sua edição, mesmo
que estejam sendo questionados Ato válido: é aquele que está em conformidade com o
administrativa ou judicialmente ordenamento jurídico porque observou integralmente as
quanto à sua validade, salvo exigências legais.
na hipótese de impugnação ou Ato nulo: é aquele que possui vício insanável, ou
recurso com efeito suspensivo. seja, não é passível de convalidação. Como todo ato
AUTOEXECUTO- Podem ser materialmente administrativo goza de presunção de legitimidade, os
RIEDADE implementados pela administração, efeitos da anulação, que são ex tunc, aplicam-se às
diretamente, inclusive mediante partes diretamente envolvidas, mas deve-se preservar
o uso da força, sem necessidade os efeitos já produzidos em relação a terceiros de boa-fé.
de autorização judicial prévia.
Utilizada normalmente quando a Ato inexistente: é aquele que possui aparência de
lei expressamente a prevê ou em um ato administrativo, mas, em verdade, se origina de
situações de urgência, como no alguém que não é um agente público, como o usurpador
caso de retirada da população de de função. Não produz nenhum efeito, inclusive perante
um prédio que ameaça desabar. terceiros de boa-fé.
Exemplo de ato não revestido de Ato anulável: é o que possui defeito sanável (passível
autoexecutoriedade é a cobrança de convalidação), desde que não seja lesivo ao interesse
de multa, já que a execução da público nem cause prejuízos a terceiros.
quantia correspondente de ser
realizada judicialmente. Anulação dos Atos Administrativos: o direito da
Administração de anular os atos administrativos de que
TIPICIDADE É o atributo pelo qual o ato decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai
administrativo deve corresponder em 5 anos, contados da data em que foram praticados,
a figuras definidas previamente salvo comprovada má-fé (art. 54, caput, da Lei nº
pela lei como aptas a produzir 9.784/1999). No entanto, qualquer medida adotada pela
determinados resultados. Administração voltada à impugnação do ato impede
a ocorrência da decadência (art. 54, § 2º, da Lei nº
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS 9.784/1999).
ATOS DISCRICIONÁRIOS E VINCULADOS ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS
Ato vinculado: a lei previamente determina o ATOS NEGOCIAIS: são editados em situações nas
único comportamento possível a ser obrigatoriamente quais o ordenamento jurídico exige que o particular
adotado pelo administrador (Exemplo: licença para obtenha anuência prévia da administração para
dirigir e concessão de aposentadoria). Não há juízo de realizar determinada atividade de interesse dele, ou
conveniência/oportunidade. exercer determinado direito. Podem ser vinculados ou
discricionários e definitivos ou precários.
Ato discricionário: o administrador tem liberdade, faz
juízo de valor, análise de conveniência/oportunidade, nos LICENÇA Ato administrativo vinculado e
limites da lei. No ato discricionário, o motivo e o objeto definitivo referente a um direito
são elementos discricionários, que formam o chamado subjetivo do particular (Exemplo:
mérito do ato administrativo. Entretanto, mesmo se alvará para a realização de uma obra).
tratando de ato discricionário, o Poder Judiciário poderá
fazer o controle judicial do ato no que concerne a seus AUTORIZAÇÃO Ato discricionário e precário para
demais elementos (competência, forma e finalidade), autorizar a realização de atividade
já que a Constituição Federal garante o amplo acesso à predominantemente de interesse do
Justiça (art. 5º, XXXV, CF/88). particular, ou de utilização de bem
público (Exemplo: autorização para
ATOS SIMPLES COMPOSTOS E COMPLEXOS porte de arma)
Ato simples: é o que decorre de uma manifestação PERMISSÃO Ato discricionário e precário
única de vontade do órgão, podendo ser unipessoal (atos mediante o qual é consentida ao
simples singular) ou colegiado (atos simples colegiado). particular alguma conduta em que
exista interesse predominante da
Ato complexo: é o que depende da manifestação de coletividade (Exemplo: Permissão
vontade de dois ou mais órgãos ou autoridade (Exemplo: de uso de bem público para a
realização de um show). 6
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS Revogação da Lei n. 8.666/93 - A Lei n. 14.133/2021

não revogou imediatamente a Lei n. 8.666/93, já que
ANULAÇÃO ambas as leis vão coexistir pelo prazo de 2 anos, ou seja,
nos dois primeiros anos de vigência da Lei n. 14.133/201
Conceito: extinção do ato administrativo em o administrador poderá escolher o regime antigo ou o
virtude de ilegalidade. Um vício de legalidade pode ser novo para os procedimentos licitatórios.
sanável ou insanável. Se for sanável, pode ser anulado
ou convalidado. Se for insanável, deve ser anulado. A Aplicação combinada dos dois regimes: é vedada a
anulação pode ser feita pela administração (autotutela), aplicação combinada da Lei n. 14.133/2021 e da Lei n.
de ofício ou mediante provocação, ou pelo Poder 8.666/93. Assim, ou o procedimento vai seguir as regras
Judiciário, mediante provocação. do regime antigo, ou do regime novo, não podendo haver
combinação das regras das duas leis.
Efeitos: A anulação retroage seus efeitos ao momento
da prática do ato (ex tunc), mas devem ser resguardados PRINCIPAIS PRINCÍPIOS:
os efeitos já produzidos em relação aos terceiros de boa-fé.
Princípio da segregação de funções: a licitação é
Prazo: O art. 54 da Lei 9.784/99 estabelece o prazo um procedimento complexo, que deve ter a participação
de 5 (cinco) anos para a anulação de atos administrativos. de vários agentes públicos, separando as funções de
autorização, controle e execução, durante o trâmite do
REVOGAÇÃO procedimento, evitando-se a concentração das funções
em um único servidor.
Conceito: é a extinção do ato administrativo
discricionário por uma questão de mérito, ou seja, Princípio da Celeridade: tem como principal objetivo
de conveniência/oportunidade. São insuscetíveis de otimizar o trâmite dos certames licitatórios. A nova Lei de
revogação: a) atos consumados (já exauriram seus Licitação, ao estipular, como regra geral, a inversão da
efeitos), b) atos vinculados, porque no ato vinculado não fase de julgamento e de habilitação, vai ao encontro do
há mérito e c) atos que já geraram direitos adquiridos. princípio da celeridade.
Somente a Administração Pública faz controle de Princípio da Transparência: objetiva não somente a
mérito, por meio de seu poder de autotutela. publicidade dos atos da licitação, mas sobretudo facilitar a
compreensão dos atos, o que pode ser feito, por exemplo,
Efeitos: a revogação não possui eficácia retroativa, por meio de gráficos, tabelas, etc.
produzindo efeitos “ex nunc”.
Princípio do Desenvolvimento Nacional Sustentável:
CASSAÇÃO determinada a necessidade de observância, por exemplo,
Conceito: é a extinção do ato administrativo em das normas sociais e ambientais nas contratações
virtude do descumprimento de obrigação pelo beneficiário decorrentes de procedimentos licitatórios, como, por
do ato, ou seja, representa sanção para aquele particular exemplo, a utilização de critérios visando recursos com
que deixou de cumprir as condições exigidas para a baixo impacto sobre a flora, a fauna, o ar, o solo e a água;
manutenção de um determinado ato administrativo. AGENTES DE LICITAÇÃO: os servidores que vão
CADUCIDADE participar do procedimento licitatório devem:
Conceito: ocorre quando uma nova legislação impede I - ser, preferencialmente, servidor efetivo ou
a permanência do ato administrativo. empregado público dos quadros permanentes da
Administração Pública;
CONTRAPOSIÇÃO
II - ter atribuições relacionadas a licitações
Conceito: o ato anterior será extinto em razão da e contratos ou possuam formação compatível ou
superveniência de ato posterior cujos efeitos são a qualificação atestada por certificação profissional emitida
ele contrapostos (Exemplo: a exoneração extingue a por escola de governo criada e mantida pelo poder
nomeação de servidor público). público; e
III - não ser cônjuge ou companheiro de licitantes ou

6. LICITAÇÃO (LEI N. 14.133/21) contratados habituais da Administração nem tenham com
eles vínculo de parentesco, colateral ou por afinidade,
APLICAÇÃO: a nova lei de licitações (Lei n. até o terceiro grau, ou de natureza técnica, comercial,
14.133/21) se aplica à Administração Pública Direta, econômica, financeira, trabalhista e civil.
autárquica e fundacional (Direito Púbico ou Privado), em
relação a todos os entes da Federação, ou seja, União, AGENTE DE CONTRATAÇÃO: servidor com maior
Estados, distrito Federal e Municípios. responsabilidade, encarregado de conduzir a licitação.
Tem o dever de tomar decisões, acompanhar o trâmite
Exceções: a Lei n. 14.133/21 não se aplica às da licitação, dar impulso ao procedimento licitatório e
empresas estatais (empresas públicas e sociedades de executar quaisquer outras atividades necessárias ao bom
economia mista), porque elas são regidas pela Lei n. andamento do certame até a homologação.
13.303/2016, salvo em relação às disposições penais.
ATENÇÃO: o agente de contratação, diferentemente
VIGÊNCIA: A nova Lei de Licitação entrou em vigor dos demais servidores, deve ser obrigatoriamente
na data da sua publicação (01/04/21). servidor público efetivo ou empregado púbico do quadro
efetivo da administração pública..
7
Atuação: O agente de contratação atuará nas III) CONCURSO

modalidades de licitação concorrência e leilão. Em se
tratando de pregão, o agente responsável pela condução Hipóteses: escolha de trabalho técnico, científico ou
do certame será designado pregoeiro. artístico, para concessão de prêmio ou remuneração ao
vencedor.
Diálogo Competitivo: a licitação será conduzida
Obs: Administração Pública que define o valor que
por uma comissão de contratação composta de pelo

menos 3 (três) servidores efetivos ou empregados será pago ao vencedor, mediante o pagamento de preço
públicos pertencentes aos quadros permanentes da ou remuneração. Assim, não interessa as ofertas de preço
Administração, admitida a contratação de profissionais feito pelos licitantes.
para assessoramento técnico da comissão.
Critérios de Julgamento: melhor técnica ou conteúdo
Bens e serviços especiais: permite-se que seja artístico.
designada comissão de contratação para licitação que
envolva bens ou serviços especiais. Os servidores Obs: Na Lei n. 8.666/93 não existe critério de
responderão solidariamente por todos os atos praticados julgamento para o concurso. A Lei n. 14.133/2021 passou
pela comissão, ressalvado o membro que expressar a prever expressamente os critérios de melhor técnica ou
posição individual divergente fundamentada e registrada conteúdo artístico..
em ata lavrada na reunião em que houver sido tomada a
decisão Procedimento: rito especial (diferente do rito comum,
previsto no art. 17), sendo que as regras serão definidas
MODALIDADES DE LICITAÇÃO: no próprio edital.
I) PREGÃO IV) LEILÃO
Hipóteses: obrigatória para aquisição de bens e Hipóteses: alienação de bens imóveis ou de bens
serviços comuns. móveis inservíveis ou legalmente apreendidos.
Serviços comuns de engenharia: o pregão poderá Obs: O leilão pode ser realizado por leiloeiro oficial ou
(não é obrigatório) ser utilizado nos serviços comuns por servidor designado pelo agente público competente.
de engenharia (art. 29, parágrafo único, da Lei n. No caso de optar pelo leiloeiro oficial.
14.133/2021) .
Critério de Julgamento: maior lance.
Obs: serviços comuns são aqueles cujos padrões
de desempenho e qualidade podem ser objetivamente Procedimento: o rito adotado é o especial, composto
definidos pelo edital, por meio de especificações usuais das seguintes fases: fase de lances, fase recursal,
de mercado. pagamento pelo vencedor e homologação, conforme
estipulado em edital.
Critérios de Julgamento: a) menor preço ou b) maior
desconto. ATENÇÃO: o leilão não exigirá registro cadastral
prévio e não terá fase de habilitação (§ 4º do artigo 31).
Procedimento: observará o procedimento comum
(art. 17 da Lei n. 14.133/2021). V - DIÁLOGO COMPETITIVO
Meio eletrônico: o pregão deve ser realizado Hipóteses: I - vise a contratar objeto que envolva
preferencialmente por meio eletrônico. as seguintes condições: a) inovação tecnológica ou
técnica; b) impossibilidade de o órgão ou entidade ter
sua necessidade satisfeita sem a adaptação de soluções
II) CONCORRÊNCIA disponíveis no mercado; e c) impossibilidade de as
Hipóteses: utilizada para contratação de bens e especificações técnicas serem definidas com precisão
serviços especiais, obras e serviços comuns e especiais suficiente pela Administração; II - verifique a necessidade
de engenharia, de definir e identificar os meios e as alternativas que
possam satisfazer suas necessidades, com destaque para
Obs: bens e serviços especiais são aqueles que, por os seguintes aspectos: a) a solução técnica mais adequada;
sua alta heterogeneidade ou complexidade, não podem b) os requisitos técnicos aptos a concretizar a solução já
ser descritos de forma objetiva, exigido-se justificativa definida; c) a estrutura jurídica ou financeira do contrato;
prévia do contratante.
Procedimento: observará o procedimento especial (§
Critérios de Julgamento: a) menor preço; b) melhor 1º do art. 32 da Lei n. 14.133/2021).
técnica ou conteúdo artístico; c) técnica e preço; d) maior
retorno econômico; e) maior desconto.” (Só não pode usar Três fases:
o critério “maior lance”). 1) Publicação do edital e pré-seleção dos licitantes,
Procedimento: observará o procedimento comum 2) Diálogo com os licitantes pré-selecionados
(art. 17 da Lei n. 14.133/2021).
3) Fase competitiva.
8
PROCEDIMENTO COMUM (FASES DE LICITAÇÃO) CREDENCIAMENTO: licitantes previamente

cadastrados após chamamento público, que prevê
O procedimento licitatório comum, previsto no art. 17 condições padronizadas para a contratação. Três
da Lei n. 14.133/21, é divido em 7 (sete) fases, conforme hipóteses: I- paralela e não excludente, II - com seleção a
abaixo estudado. critérios de terceiros, III- em mercados fluidos.
1) Fase Preparatória: especifica os critérios e
PRÉ-QUALIFICAÇÃO: a Administração Pública

condições no edital da licitação. pode pré-selecionar licitantes que reúnam condições de
habilitação para participar de futuras licitações, sendo
2) Divulgação do Edital de Convocação: divulgação que a licitação poderá ser restrita aos licitantes pré-
e manutenção do inteiro teor do ato convocatório e de qualificados.
seus anexos no Portal Nacional de Contratações Públicas
(PNCP). PMI: a administração vai convocar a iniciativa
privada para fazer estudos e propor uma solução pra
3) Apresentação de Propostas e Lancesm quando for alguma situação específica. Nessa fase, a administração
o ocaso: após a divulgação do edital, inicia-se a fase de não paga nada, mas quem apresentar o projeto vencedor
apresentação de propostas e lances, cujos prazos variam pode ser pago pela empresa que vencer a licitação,
de acordo com a natureza do bem ou serviço e os critérios
de julgamento, conforme previsto no art. 55 da Lei n. SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO: utilizado para
14.133/2021. formalizar e registrar os interesses de certos particulares
em oferecer certos bens e serviços para a Administração
4) Julgamento: a Administração Pública poderá Pública, viabilizando diversas contratações simultâneas
adotar os critérios de julgamento, que variam de acordo ou sucessivas, sem a realização de um específico
com a modalidade de licitação. procedimento licitatório para cada uma delas.
5) Habilitação: fase em que se verifica o conjunto de REGISTRO CADASTRAL – tem como objetivo unificar
informações e documentos necessários e suficientes para as informações sobre todos os licitantes. Os órgãos e
demonstrar a capacidade do licitante de realizar o objeto entidades da Administração Pública deverão utilizar
da licitação, dividindo-se em: I - jurídica; II - técnica; III - o sistema de registro cadastral unificado disponível
fiscal, social e trabalhista; IV - econômico-financeira. no Portal Nacional de Contratações Públicas (PNCP)
para efeito de cadastro unificado de licitantes, na forma
6) Fase Recursal: existe somente uma fase recursal. disposta em regulamento (artigo 87).
O recurso terá o prazo de 3 (três) dias úteis, conforme art.
165 da Lei n. 14.133/21.
7) Homologação: julgadas as propostas, habilitados CRITÉRIOS DE JULGAMENTO

os licitantes e analisados os recursos, cabe ao agente
de contratação tão somente encaminhar o processo MENOR PREÇO – significa que o vencedor da
licitatório para a autoridade superior, que, dentre as licitação deverá apresentar o menor dispêndio para a
possibilidades previstas no art. 71 da Lei n. 14.133/21, Administração (concorrência e pregão)
poderá adjudicar o objeto e homologar a licitação.
MAIOR DESCONTO – também parte da ideia do
menor dispêndio para Administração Pública, que parte
de um preço tabelado e verifica quem fornece o maior
PROCEDIMENTOS AUXILIARES desconto (concorrência e pregão).
Além das modalidades de licitação, a Administração MELHOR TÉCNICA OU CONTEÚDO ARTÍSTICO –
pode servir-se dos procedimentos auxiliares previstos no O preço que a Administração Pública vai pagar já vem
art. 78 da Lei n. 14.133/2021, a saber: Credenciamento; previamente estipulado no Edital. Esse critério de
Pré-qualificação; Procedimento de Manifestação de julgamento serve para projetos arquitetônicos e para
Interesse (PMI); Sistema de Registro de Preços; e trabalhos técnicos, artísticos ou científicos. Pode ser
Registro Cadastral. utilizado na concorrência ou no concurso.
CREDENCIAMENTO: licitantes previamente TÉCNICA OU PREÇO – existe uma ponderação entre
cadastrados após chamamento público, que prevê o preço e a técnica apresentados. Deve existir um fator
condições padronizadas para a contratação. Três de ponderação, sendo que o fator de ponderação máximo
hipóteses: I- paralela e não excludente, II - com seleção a para a técnica é de até 70%. Apenas na modalidade
critérios de terceiros, III- em mercados fluidos. concorrência.
PRÉ-QUALIFICAÇÃO: a Administração Pública MAIOR RETORNO ECONÔMICO – critério especifico
pode pré-selecionar licitantes que reúnam condições de para os denominados contratos de eficiência. O objetivo
habilitação para participar de futuras licitações, sendo é gerar a maior economia para a Administração Pública.
que a licitação poderá ser restrita aos licitantes pré- Pode ser utilizada na concorrência.
qualificados.
MAIOR LANCE – a melhor proposta é aquela que
PMI: a administração vai convocar a iniciativa ofertar o maior valor, sendo o critério exclusivo do Leilão.
privada para fazer estudos e propor uma solução pra
alguma situação específica. Nessa fase, a administração
não paga nada, mas quem apresentar o projeto vencedor
pode ser pago pela empresa que vencer a licitação
9
CONTRATAÇÃO DIRETA 7. CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

Ocorre quando houver uma FORMALIZAÇÃO: Após a realização do procedimento
inviabilidade objetiva de disputa. licitatório, a Administração convocará o licitante vencedor
Exemplos: a) fornecedor exclusivo; para assinar o contrato, conforme prazos e condições
INEXIGIBILIDADE b) profissional de notória estabelecidas no edital.
especialização, salvo serviços

de publicidade; e c) artistas Contrato verbal: É nulo o contrato verbal, salvo no
consagrados. caso de pequenas compras ou o de prestação de serviços
de pronto pagamento, assim entendidos aqueles de valor
quando a disputa, embora viável, não superior a R$ 10.000,00 (dez mil reais)
revela-se prejudicial ao interesse
público, podendo ser dispensável Forma eletrônica - O § 3º do art. 91 da Lei n. 14.133/21
DISPENSA
(Faculdade do administrador) ou permite a utilização da forma eletrônica na celebração de
dispensada (obrigatoriamente contratos e de termos aditivos, atendidas as exigências
não será realizada). previstas em regulamento.
Hipóteses de dispensa de licitação: PNCP - outra formalidade importante trazida pela
nova lei de licitação é a necessidade de divulgação no
a) Dispensa em razão do valor do contrato: a) R$ Portal Nacional de Contratações Públicas (PNCP) do
100.000 para obras, serviços de engenharia e serviços de contrato e de seus aditamentos, o que deverá ocorrer,
manutenção de veículos automotores (novidade da nova como condição de eficácia, nos seguintes prazos, contados
lei) e b) R$ 50.000 para os demais serviços e compras em da data de sua assinatura: I - 20 (vinte) dias úteis, no
geral. Valores em dobro, quando se tratar de consórcio caso de licitação; e II - 10 (dez) dias úteis, no caso de
público e agencia executiva; contratação direta.
b) Licitação deserta e fracassada – A Licitação deserta
ou fracassadas serão hipótese de licitação dispensável
quando ocorrer os seguintes requisitos: a) a Licitação DURAÇÃO DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
deve ter sido realizada há menos de 1 ano, b) Manutenção
de todas as condições (o administrador não pode alterar De acordo com o artigo 105 da Lei n. 14.133/21, há
as condições da licitação deserta ou fracassada), c) deve três requisitos em relação ao prazo do contrato: (I) o prazo
ter sido uma licitação deserta ou fracassada por ausência deve ser fixado já no edital; (II) disponibilidade prévia de
de propostas válidas, ou porque os preços são superiores créditos orçamentários no início do contrato e em cada
ao de mercado ou dos órgãos oficiais (fracassada por exercício e (III) previsão no plano plurianual, quando a
validade das propostas ou preços); contratação for ultrapassar um exercício orçamentário.
C ) Dispensa de licitação em razão de emergência – De Regra geral: Como regra geral, o prazo dos contratos
acordo com o art. 75, VIII, ocorre nos casos de emergência administrativos é de 12 meses. A Lei n. 14.133/21,
ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência entretanto, prevê algumas exceções:
de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo
ou comprometer a continuidade dos serviços públicos ou Prazo de 5 anos: a) Contratos de serviços e
a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos fornecimentos contínuos, b) Contratos de aluguel
e outros bens, públicos ou particulares, e somente para de equipamentos e de utilização de programas de
aquisição dos bens necessários ao atendimento da informática.
situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas
de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo Prazo de 10 anos: a) objeto envolva, cumulativamente,
máximo de1 (um) ano. alta complexidade tecnológica e defesa nacional, b)
Materiais de forças armadas (exceção de uso pessoal), c)
D) Dispensa de Licitação de virtude de situações contratos de incentivo à pesquisa científica e tecnológica,
graves - De acordo com o inciso VII do art. 75 da Lei d) -contratos que possam acarretar comprometimento
n. 14.133/2021, permite-se a dispensa de licitação nos da segurança nacional, conforme estabelecido pelo
casos de: a) guerra, b) estado de defesa, c) estado de sítio, Ministro de Estado da Defesa, e) Contratos em que
d) intervenção federal, e) grave perturbação da ordem houver transferência de tecnologia ao SUS, f) aquisição
pública. de insumos estratégicos para a saúde produzidos por
fundação que tenha por finalidade apoiar a Administração
FORMALIDADES PARA A CONTRATAÇÃO DIRETA: 1) Pública.
Deve haver uma formalização, ou seja, a apresentação da
documentação para o inicio do processo; 2) Estimativa Prazo de 15 anos: o contrato que previr a operação
da despesa e indicação dos recursos orçamentários; 3) continuada de sistemas estruturantes de tecnologia da
Parecer Jurídico e Parecer Técnico; 4) Verificar requisitos informação.
mínimos de habilitação e qualificação; 5) Razão da
escolha do fornecedor; 6) Justificativa do preço pago; 7)
Autorização da autoridade competente
10
Prazo Indeterminado: É possível a assinatura de de risco estabelecida no contrato. Também deve ser
contrato por prazo indeterminado nos contratos em que observado o equilíbrio econômico financeiro.
a Administrção seja usuária de serviço público oferecido
em regime de monopólio, desde que comprovada, Manutenção do equilíbrio financeiro do contrato
a cada exercício financeiro, a existência de créditos - ao mesmo tempo que garante a impossibilidade de
orçamentários vinculados à contratação. alteração unilateral das cláusulas econômico-financeiras
por parte da Administração, impõe, com base na Teoria da

Serviços de fornecimento contínuos: o artigo 106 Imprevisão, que se baseia na cláusula rebus sic stantibus,
da Lei n. 14.133/21 permite que a Administração Pública aplicada diante de fatos supervenientes, imprevistos e
firme contrato com prazo de vigência de 5 anos, não imprevisíveis que provoquem o desequilíbrio contratual
havendo mais a necessidade, como ocorria na Lei n. (fato do príncipe, fato da administração, interferências
8.666/93, que a vigência do contrato fosse limitada ao imprevistas, caso fortuito e força maior), a alteração do
fim do exercício corrente para depois prorrogá-lo, em contrato para a revisão dos preços.
cada ano orçamentário, até o limite de 60 meses (ou 72,
no caso das prorrogações excepcionais prevista na Lei n. Reparticipação objetiva de risco (matriz de risco) - A
8.666/1993 matriz de risco poderá ser prevista no próprio edital (art.
22) e definirá o equilíbrio econômico-financeiro inicial do
ALTERAÇÃO DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS contrato em relação a eventos supervenientes, devendo
ser observada na solução de eventuais pleitos das partes
CLÁUSULAS EXORBITANTES: são cláusulas (§ 4º do artigo 103 da Lei n. 14.133/21).
especiais que irão conferir poderes contratuais
extraordinários à Administração que não são aceitos no
regime privado, como, por exemplo, a possiblidade de
alteração unilateral do contrato. EXTINÇÃO DO CONTRATO
Alteração contratual: a alteração do contrato RESCISÃO DO CONTRATO ADMINISTRATIVO:

administrativo, formalizada mediante termo aditivo, pode o contrato administrativo poderá ser extinto por ato
ocorrer tanto por meio de alteração unilateral levada a unilateral da Administração Pública, por acordo entre as
efeito pela Administração Pública sem prévia anuência do partes ou, ainda, por decisão do Poder Judiciário ou de
contratado, quanto de forma bilateral por acordo entre Tribunal Arbitral, em havendo convenção de arbitragem.
as partes. As causas de rescisão do contrato administrativo
possuem previsão no art. 137 da Lei n. 14.133/21.
Alteração unilateral: o art. 124, I, da Lei n. 14.133/21
prevê dois tipos de cláusulas que a Administração Culpa Exclusiva: se a rescisão decorrer de culpa
pode alterar unilateralmente, independentemente exclusiva da Administração, o contratado será ressarcido
da concordância do contratado e sem prejudicar as pelos prejuízos regularmente comprovados que houver
demais cláusulas contratuais, a saber: a) quando sofrido e terá direito a: I - devolução da garantia; II -
houver modificação do projeto ou das especificações, pagamentos devidos pela execução do contrato até a data
para melhor adequação técnica aos seus objetivos e b) de extinção; III - pagamento do custo da desmobilização.
quando necessária a modificação do valor contratual em
decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de Autorização por escrito: a rescisão determinada por
seu objeto, nos limites permitidos pela lei. ato unilateral da Administração e a rescisão consensual
deverão ser precedidas de autorização escrita e
Limites: o artigo 125 da Lei n. 14.133/2021 (§ 1º do fundamentada da autoridade competente e reduzidas a
artigo 65 da Lei n.8.666/1993), por sua vez, estabelece termo no respectivo processo.
como limite de acréscimos ou supressões decorrentes
das alterações unilaterais promovidas pela Administração ANULAÇÃO DO CONTRATO: ilegalidade na
o percentual de 25% sobre o valor inicial atualizado do formalização ou em cláusula essencial do contrato,
contrato para contratos de obras, serviços ou compras podendo ser declarada pelo Poder Judiciário ou pela
e de 50% para acréscimo em reforma de edifício ou própria Administração Pública, com efeitos “ex tunc”.
equipamento. Dever de indenizar o contratado pelo que efetivamente
executou e por outros prejuízos regularmente
Reequilíbrio econômico-financeiro do contrato: a comprovados, desde que a nulidade não lhe seja
alteração unilateral dos encargos do particular enseja o imputável (art. 149 da Lei n. 14.133/21).
reequilíbrio econômico-financeiro do contrato mediante a
formalização de termo aditivo. CONCLUSÃO DO OBJETO: ocorre quando as partes
cumprem totalmente as prestações contratuais devidas.
Alteração bilateral: a) quando conveniente a
substituição da garantia de execução; b) quando TÉRMINO DO PRAZO: ocorre quando expirado o
necessária a modificação do regime de execução da obra prazo do contrato administrativo.
ou do serviço ou do modo de fornecimento, c) modificação
da forma de pagamento por imposição de circunstâncias SANÇÕES
supervenientes, mantido o valor inicial atualizado, d) para
reestabelecer o equilíbrio econômico-financeiro inicial do I - advertência - inexecução parcial do contrato
contrato em caso de força maior, caso fortuito ou fato
do príncipe ou em decorrência de fatos imprevisíveis II - multa - (0,5% até 30% do valor do contrato)
ou previsíveis de consequências incalculáveis, que
inviabilizem a execução do contrato tal como pactuado, III - impedimento de licitar e contratar - hipóteses
respeitada, em qualquer caso, a repartição objetiva dos incisos II, III, IV, V, VI e VII do caput do art. 155).
11
Impedimento de licitar ou contratar pelo prazo de até 3 fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento e instalação
anos. de equipamentos ou a execução de obra pública.
IV - declaração de inidoneidade para licitar ou EXTINÇÃO DA CONCESSÃO

contratar - hipóteses dos incisos II, III, IV, V, VI e VII do
caput do art. 155 ou quando as hipóteses do “impedimento São causas de extinção da concessão: a) advento do
termo contratual; b) encampação (resgate): Interesse
de licitar e contratar” justificarem sanção mais grave.

Impossibilidade de liictar pelo prazo de 3 a 6 anos. público. Autorização legislativa e indenização prévia c)
caducidade (decadência): inexecução total ou parcial do
DIFERENÇAS ENTRE PERMISSÃO E CONCESSÃO DE concessionário. Indenização posterior pelo investimento
SERVIÇO PÚBLICO realizado e não amortizado pela tarifa cobrada e se exige
processo no qual se garanta ampla defesa e contraditório.
Ambos são contratos administrativos, em que a Principais Hipóteses: I - o serviço estiver sendo prestado
Administração Púbica delega a prestação de serviço de forma inadequada ou deficiente, II – descumprimento
público a particulares, que serão remunerados mediante de cláusulas contratuais, disposições legais ou
taxa dos usuários. regulamentares; III - a concessionária paralisar o serviço
ou concorrer para tanto, ressalvadas as hipóteses
CONCESSÃO PERMISSÃO decorrentes de caso fortuito ou força maior; IV - a
concessionária perder as condições econômicas, técnicas
Obras e/ou serviços Apenas serviços ou operacionais para manter a adequada prestação do
públicos serviço concedido; d) rescisão (judicial): o desinteresse
parte da concessionária. Há direito a indenização por
Não admite pessoas físicas Admite pessoas físicas quebra do equilíbrio econômico financeiro. (art. 39 da
(PJs ou consórcios) (PJ ou PF) Lei n. 8.987/95); e) anulação: ilegalidade durante a
licitação ou no contrato; f) falência do concessionário
Exige concorrência ou Pode ser qualquer ou falecimento, quando empresário individual: ocorre a
diálogo competitivo (no modalidade de licitação REVERSÃO DOS BENS, que passam a pertencer ao Estado
caso da Lei n. 14.133/21) para que haja a continuidade da prestação do serviço.
Depende de autorização Não depende de INTERVENÇÃO NA CONCESSÃO: representa a
legislativa específica autorização legal ingerência direta do concedente na prestação do serviço
delegado, objetivando manter o serviço adequado
Não tem caráter precário Caráter precário (pode a suas finalidades e garantir o fiel cumprimento da
ser extinta a qualquer concessão. Feita por decreto e é autoexecutável. Após
momento, sem direito à o decreto de intervenção, o concedente deve instaurar
indenização). Essa é a procedimento administrativo, no prazo de 30 dias. O
literalidade da lei, mas o procedimento terá duração máxima de 180 dias e deverá
conceito é contraditório, observar o princípio do contraditório e da ampla defesa.
já que o contrato A inobservância desse prazo implica a invalidade da
administrativo não é intervenção, retornando o concessionário à gestão do
precário. serviço. Apurada a inadequação do concessionário para
prestar o serviço, a concessão será extinta. Caso não seja
PARCERIA PÚBLICO PRIVADO hipótese de extinção, a administração do serviço será
devolvida à concessionária.
Conceito: é uma concessão de serviço público especial,
uma vez que o Estado patrocina o contrato de concessão,
ou seja, a remuneração não é apenas do usuário. Se não 8. BENS PÚBLICOS
houver contraprestação da ADM não é PPP.
EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE
A ADM paga um valor além ECONOMIA MISTA: para a FGV, os bens são de natureza
das tarifas dos usuários. O privada, independentemente se a entidade presta serviço
CONCESSÃO máximo que a ADM pode pagar público ou explora atividade econômica.
PATROCINADA é 70% do valor da remuneração
CLASSIFICAÇÃO
da concessionária, salvo
autorização legal específica.
BENS DE USO São aqueles que estão à disposição
A Administração Pública é a COMUM da coletividade (praças, rios, etc.).
usuária direta ou indireta dos Uso pode ser gratuito ou oneroso.
CONCESSÃO serviços públicos e remunera
ADMINISTRATIVA BENS DE USO Apresentam uma destinação
totalmente a concessionária. ESPECIAL específica, ou seja, são utilizados
para a execução ou prestação dos
serviços públicos (aeroportos,
Prazo: máximo de 35 anos e mínimo de 5 anos. bibliotecas, etc.). Uso gratuito ou
oneroso.
Valor: o valor do contrato na PPP não pode ser BENS Aqueles que não estão ligados a
inferior a 10 milhões de reais. Não há vedação quanto ao DOMINICAIS nenhuma finalidade pública, ou seja,
valor máximo do contrato. não são de uso comum nem de uso
Vedação: é vedada PPP que tenha como objeto único o especial. Não são afetados, por isso,
podem ser alienados. 12
CARACTERÍSTICAS remunerados por taxa ou por tarifa.
INALIENABILIDADE Bens públicos não podem FORMAS DE PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS:
ser alienados, salvo os a forma de prestação dos serviços pode se centralizada,
bens dominicais e os em que a administração pública presta os serviços por
demais bens públicos seus próprios órgãos (ex: União por seus ministérios) ou
desafetados. Para serem descentralizada, em que o Estado transfere a prestação

vendidos, são necessários: do serviço a outra pessoa, por outorga (criação de
a) configuração interesse nova pessoa jurídica para prestação dos serviços) OU
público, b) pesquisa prévia Delegação (concessão ou permissão de serviço público).
de preços, c) Licitação (
apenas leilão, no caso da Lei
n. 14.133/21), salvo no caso
10.
REGIME GERAL DOS
de licitação dispensada, d) SERVIDORES PÚBLICOS
Autorização legal no caso
de bem imóvel. CONCURSO PÚBLICO
IMPENHORABILIDADE Bens públicos não ser Regra geral: para acesso a cargo ou emprego público,
penhorados. a regra é a realização de concurso.
IMPRESCRITIBILIDADE Nenhum bem público pode
ser adquirido por usucapião Exceções: a) mandato eletivo; b) cargo em comissão
(utilizado para direção, chefia e assessoramento); c)
IMPOSSIBILIDADE DE Não podem ser objeto contrato temporário (art. 37, IX, da CF/88) – para os
ONERAÇÃO de penhor, hipoteca ou casos de excepcional interesse público (processo seletivo
anticrese. simplificado), conforme as hipóteses previstas na Lei n.
8.745/93, d) hipóteses constitucionais: Ministros do STF,
USO DOS BENS PÚBLICOS Ministros e Conselheiros dos Tribunais de Conta e acesso
pelo quinto constitucional e e) agentes de combate a
Autorização: ato administrativo unilateral, discricionário endemias e agentes comunitários de saúde, conforme art.
e precário no interesse do particular (Exemplo: fechamento 198 da CF/88.
de avenida para realização de uma festa).
Súmula nº 685 Do STF: “É inconstitucional toda
Permissão: ato administrativo unilateral, discricionário modalidade de provimento que propicie ao servidor
e precário, sendo o interesse predominante da coletividade investir-se, sem prévia aprovação em concurso público
(Exemplos: permissão de uso para instalação de bancas de destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a
jornal em calçadas). carreira na qual anteriormente investido.”
Concessão: possui natureza de contrato administrativo. Validade: até 02 anos, admitindo-se uma única
Pode ser onerosa ou gratuita, por tempo certo ou prorrogação, por igual período (até 20% das vagas
indeterminado. (Exemplo: concessão de uso de edifício oferecidas em um concurso deverão ser reservadas para
público para abrigar um bar ou restaurante). as pessoas com deficiência).
Direito subjetivo: se o candidato for aprovado dentro

9. SERVIÇOS PÚBLICOS do número de vagas previsto no edital, ele terá direito
subjetivo à nomeação.
Princípio da continuidade do serviço público: o
serviço público deve ser prestado sem interrupção ou Súmula Vinculante 43: “É inconstitucional toda
suspensão indevidas. Decorrências: a) os bens vinculados modalidade de provimento que propicie ao servidor
à prestação de serviços públicos, mesmo que pertencentes investir-se, sem prévia aprovação em concurso público
a particulares, não podem sofrer penhora nem alienação destinado ao seu provimento, em cargo que não integra
judicial, b) nos contratos administrativos celebrados com a carreira na qual anteriormente investido”. Portanto, é
os particulares a regra é de que o contratado não pode vedado reenquadramento de servidor público em cargo
invocar a exceção de contrato não cumprido, além do que para o qual não prestou concurso público.
extinta a concessão de serviço público, haverá o retorno ao
poder concedente dos bens reversíveis. ESTABILIDADE
Serviços universais (uti universi): são prestados à Conceito: possui previsão no art. 41 da CF/88. É
coletividade em geral, sem que seja possível medir quanto atingida após três anos de efetivo exercício e representa
cada um usa do serviço (iluminação pública, segurança, a garantia que o servidor público tem de permanecer
etc.). São remunerados por impostos, ressalvando-se no serviço, salvo nas hipóteses expressamente
que, no caso da iluminação pública, o art. 149 – A da previstas pela própria CF (sentença judicial, processo
CF/88 possibilita aos municípios e ao Distrito Federal administrativo, procedimento de avaliação periódica de
instituírem contribuição na forma das respectivas leis desempenho e corte de despesas).
para o custeio do serviço.
ACUMULAÇÃO DE CARGOS
Serviços singulares (uti singuli) ou individuais: são
os prestados a usuários certos ou determinados, podendo Regra geral: vedada a acumulação de cargos públicos.
ser mensurado quanto cada um usa, como nos casos dos
Exceções: a) a de dois cargos de professor; b) a de
serviços de gás encanado, energia elétrica e água. São
13
um cargo de professor com outro técnico ou científico; c) a

de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de Apenas pode ser reconduzido
saúde, com profissões regulamentadas. Além disso, para o servidor estável. Ocorre em
a acumulação deverá haver compatibilidade de horários duas situações: a) retorno ao
e a observância do teto. cargo que o servidor estável
ocupava, em virtude de
RECONDUÇÃO
inabilitação em outro estágio
REMUNERAÇÃO
probatório; e b) retorno ao
Teto: subsídio mensal dos Ministros do STF cargo anteriormente ocupado
em virtude de reintegração do
ESTADOS MUNICÍPIOS anterior ocupante.
EXECUTIVO: Subsídio Subsídio do Prefeito VACÂNCIA

do Governador.
Hipóteses: a) exoneração: não tem caráter punitivo e
LEGISLATIVO: Subsídio pode ocorrer quando o servidor toma posse e não entra
dos Deputados Estaduais. em exercício; quando não preenche os requisitos do
estágio probatório e a pedido do servidor; b) demissão:
JUDICIÁRIO: subsídio tem natureza punitiva, ou seja, o servidor cometeu falta
dos Desembargadores grave); c) promoção; d) ascensão e transferência; e)
do Tribunal de Justiça readaptação; f) aposentadoria; g) posse em outro cargo
(95% dos Ministros inacumulável e h) Falecimento.
do Supremo Tribunal
Federal). Observação: promoção e readaptação são as
únicas hipóteses que geram provimento e vacância
FORMAS DE PROVIMENTO DO CARGO PÚBLICO simultaneamente.
REGIME DISCIPLINAR
Única forma de provimento
originário de cargo público. É o
Aplicada por escrito, nos casos de
provimento inicial na carreira.
inobservância de dever funcional,
O provimento no cargo se dá
que não justifique imposição de
pela nomeação, e a investidura,
penalidade mais grave, bem como
pela posse. A posse ocorrerá ADVERTÊNCIA
nos casos de violação de proibição
NOMEAÇÃO no prazo de trinta dias
constante do art. 117, incisos I a VIII
contados da publicação do ato
e XIX da Lei n. 8.112/90. Prescrição:
de provimento. É de quinze
180 dias.
dias o prazo para o servidor
empossado em cargo público A suspensão será aplicada em
entrar em exercício, contados caso de reincidência das faltas
da data da posse. punidas com advertência e de
violação das demais proibições
Mudança de cargo dentro SUSPENSÃO
que não tipifiquem infração sujeita
da mesma carreira. Pode a penalidade de demissão, não
ocorrer por antiguidade ou podendo exceder de 90 (noventa)
PROMOÇÃO
merecimento. Também é caso dias. Prescrição: 2 anos.
de vacância, conforme art. 33,
da lei 8112/90. Pena mais grave aplicada ao
servidor efetivo, representando
Mudança de cargo público para a sua expulsão dos quadros da
READAPTAÇÃO uma outra carreira, em virtude administração pública. Principais
de uma limitação física ou mental hipóteses: abandono de cargo
(ausência por mais de 30 dias
DEMISSÃO
Retorno à atividade do servidor consecutivos), inassiduidade
REVERSÃO
que estava aposentado. habitual (ausência por 60 dias
interpoladamente em 12 meses),
Quando extinto o cargo ou improbidade administrativa, ofensa
declarado desnecessário o física em serviço, etc. Prescrição:
APROVEITAMENTO
cargo do servidor estável e este 180 dias.
é realocado em outro cargo.
RESPONSABILIDADE DO SERVIDOR PÚBLICO
Retorno ao cargo público
do servidor estável que foi O servidor público pode responder administrativa,
REINTEGRAÇÃO injustamente demitido, em civil e penalmente pela infração cometida. A regra é
razão de decisão judicial ou a independência das responsabilidades nas esferas
administrativa citadas. Entretanto, como exceção, haverá a isenção da
responsabilidade administrativa quando houver absolvição
criminal por inexistência do fato ou não autoria. São casos
em que a esfera penal vinculará à administrativa. Portanto,
se a absolvição for por insuficiência de provas, não há
14
vinculação na esfera administrativa.
11. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que

por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio
Conceito: é a expressão técnica da corrupção majoritário, pelo prazo não superior a 14 (catorze) anos; .
administrativa.
Fundamento (art. 37, § 4º, da CF/88) - os atos de ATO DE IMPROBIDADE QUE GERA PREJUÍZO AO ERÁRIO
improbidade administrativa importarão a suspensão

dos direitos políticos, a perda da função pública, a Conceito: qualquer ação ou omissão dolosa, que
indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, enseje, efetiva e comprovadamente, perda patrimonial,
na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos
ação penal cabível. bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º da Lei,
(Lesão ao cofre público por ato doloso).
Cassação dos Direitos Políticos: a cassação é
vedada pela Constituição. O que se permite é a perda ou Sanções: a) perda dos bens ou valores acrescidos
suspensão dos direitos políticos. ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta
circunstância, b) perda da função pública, c) suspensão
Sujeito passivo: é a vítima do ato, aquele que sofreu dos direitos políticos até 12 (doze) anos, d) pagamento de
o ilícito, podendo ser a Administração Pública direta, multa civil equivalente ao valor do dano e e) proibição de
indireta ou fundacional no âmbito da União, dos Estados, contratar com o poder público ou de receber benefícios ou
dos Municípios e do Distrito Federal, bem como entidade incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente,
privada que receba subvenção, benefício ou incentivo, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja
fiscal ou creditício, de entes públicos ou governamentais, sócio majoritário, pelo prazo não superior a 12 (doze)
ou ainda entidade privada para cuja criação ou custeio o anos
erário haja concorrido ou concorra no seu patrimônio ou
receita atual, limitado, neste último caso, o ressarcimento
de prejuízos à repercussão do ilícito sobre a contribuição
ATO DE IMPROBIDADE QUE ATENTAM CONTRA
dos cofres públicos (art. 1º da Lei n. 8.429/92)
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Sujeito Ativo: qualquer agente público. Além disso,
Conceito: ação ou omissão dolosa que viole
conforme art. 3° da Lei nº 8.429/1992, as disposições da
os deveres de honestidade, de imparcialidade e de
lei de improbidade são aplicáveis, no que couber, àquele
legalidade, caracterizada pelas condutas previstas no art.
que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra
11 da Lei n. 8.429/92.
para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie
sob qualquer forma direta ou indireta. Dolo: a Lei n. 14. 230/2021 acrescentou os § §s
1º e 2º ao art. 11 da Lei n. 8.429/92, dispondo que
Foro Privilegiado: não existe foro privilegiado
somente haverá improbidade administrativa quando for
por prerrogativa de função em ações de improbidade
comprovado na conduta funcional do agente público o fim
administrativa.
de obter proveito ou benefício indevido para si ou para
Afastamento cautelar: É possível o afastamento outra pessoa ou entidade.
cautelar do agente político por determinação judicial,
Nomeação e indicação política: o § 5º do art. 11 da Lei
conforme § 1º do art. 20 da Lei nº 8.429/1992: “A autoridade
n. 8.429/92 passou a consignar que não se configurará
judicial competente poderá determinar o afastamento do
improbidade a mera nomeação ou indicação política
agente público do exercício do cargo, do emprego ou da
por parte dos detentores de mandatos eletivos, sendo
função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida
necessária a aferição de dolo com finalidade ilícita por
for necessária à instrução processual ou para evitar a
parte do agente.
iminente prática de novos ilícitos”. Esse afastamento
poderá ser de até 90 (noventa) dias, prorrogáveis uma Lesividade Relevante: os atos de improbidade do art.
única vez por igual prazo, mediante decisão motivada. 11 exigem lesividade relevante ao bem jurídico tutelado
para serem passíveis de sancionamento e independem
do reconhecimento da produção de danos ao erário e de
MODALIDADES enriquecimento ilícito dos agentes públicos.
Sanções: a) pagamento de multa civil de até 24 (vinte

ATO DE IMPROBIDADE QUE GERA ENRIQUECIMENTO e quatro) vezes o valor da remuneração percebida pelo
ILÍCITO agente, b) proibição de contratar com o poder público ou
de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios,
Conceito: são atos dolosos que permitem ao agente direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de
auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo
em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego não superior a 4 (quatro) anos;
ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° da LIA.
Vejamos agora um resumo das sanções aplicadas
Sanções: a) perda dos bens ou valores acrescidos para cada modalidade de improbidade administrativa.
ilicitamente ao patrimônio, b) perda da função pública,
c) suspensão dos direitos políticos até 14 (catorze) anos,
d) pagamento de multa civil equivalente ao valor do
acréscimo patrimonial e e) proibição de contratar com
o poder público ou de receber benefícios ou incentivos
15
ENRIQUECIMENTO LESÃO AO ERÁRIO PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO

ILÍCITO
PERDA DA FUNÇÃO Sim Sim Não
PERDA DOS BENS Sim Sim Não
SUSPENSÃO
DOS DIREITOS Até 14 anos Até 12 anos Não
POLÍTICOS
PROIBIÇÃO DE
CONTRATAR COM O Até 14 anos Até 12 anos Até 4 anos
PODER PÚBLICO
MULTA Equivalente ao acréscimo Equivalente ao valor do
patrimonial dano Até 24x a remuneração
(pode ser aplicada em (pode ser aplicada em (pode ser aplicada em dobro)
dobro) dobro)
Perda da Função Pública: o § 1º do art. 12 da Lei n. improbidade, devendo o réu ser citado diretamente para
8.429/92, acrescido pela Lei n. 14.230/21, passou a dispor contestar a ação em 30 dias (§ 7º do art. 17).
que a sanção de perda da função pública atinge apenas
o vínculo de mesma qualidade e natureza que o agente Vedações: não se aplicam na ação de improbidade o
público ou político detinha com o poder público na época efeito da revelia da presunção de veracidade dos fatos,
do cometimento da infração, podendo o magistrado, na inversão do ônus da prova ao réu e o reexame obrigatório
hipótese de ato de improbidade de enriquecimento ilícito, da sentença de improcedência ou de extinção sem
e em caráter excepcional, estendê-la aos demais vínculos, resolução do mérito.
consideradas as circunstâncias do caso e a gravidade da
infração. Acordo de não Persecução Civil: nos termos do
art. 17-B da Lei n. 8.429/92, pode ser celebrado entre o
Pena de Multa: o § 2º da Lei n. 8.429/92, também Ministério Público e o Réu, no curso da investigação de
acrescido pela Lei n. 14.230/21, passou a dispor que a apuração do ilícito, durante a ação de improbidade ou no
pena de multa pode ser aumentada até o dobro, se o momento da execução da sentença condenatória, desde
juiz considerar que, em virtude da situação econômica que dele advenham, ao menos, os seguintes resultados:
do réu, o valor calculado originalmente é ineficaz para I - o integral ressarcimento do dano e II - a reversão à
reprovação e prevenção do ato de improbidade pessoa jurídica lesada da vantagem indevida obtida,
ainda que oriunda de agentes privados.
Contagem do prazo da suspensão dos direitos
políticos: o § 10 do art. 12 da Lei n. 8.429/92 passou Requisitos: a celebração do acordo ade não
a dispor que, para efeitos de contagem do prazo da persecução civil depende, cumulativamente: I - da oitiva
sanção de suspensão dos direitos políticos, computar- do ente federativo lesado, em momento anterior ou
se-á retroativamente o intervalo de tempo entre a posterior à propositura da ação; II - de aprovação, no prazo
decisão colegiada e o trânsito em julgado da sentença de até 60 (sessenta) dias, pelo órgão do Ministério Público
condenatória. competente para apreciar as promoções de arquivamento
de inquéritos civis, se anterior ao ajuizamento da ação;
PROCESSO JUDICIAL E ADMINISTRATIVO III - de homologação judicial, independentemente de o
acordo ocorrer antes ou depois do ajuizamento da ação
Indisponibilidade de Bens: o pedido pode ser de improbidade administrativa.
formulado, em caráter antecedente ou incidente, a fim
de garantir a integral recomposição do erário ou do PRESCRIÇÃO
acréscimo patrimonial resultante de enriquecimento
ilícito, que apenas será deferido mediante a demonstração Novo prazo (8 anos): o prazo prescricional para
no caso concreto de perigo de dano irreparável ou o ajuizamento da ação de improbidade administrativa
de risco ao resultado útil do processo, desde que o passou a ser de 8 anos (art. 23 da Lei n. 8.429/92),
juiz se convença da probabilidade da ocorrência dos contados a partir da ocorrência do fato ou, no caso
atos descritos na petição inicial com fundamento nos de infrações permanentes, do dia em que cessou a
respectivos elementos de instrução, após a oitiva do réu permanência.
em 5 (cinco) dias.
Prescrição Intercorrente (4 anos): Havendo
Objeto da Indisponibilidade: De acordo com o § 10. interrupção do prazo prescricional, o prazo recomeça
do art. 16 da Lei n. 8.429/21, a indisponibilidade recairá a correr do dia da interrupção, pela metade, ou seja,
sobre bens que assegurem exclusivamente o integral recomeça a correr pelo prazo de 4 anos (metade de 8
ressarcimento do dano ao erário, sem incidir sobre os anos). Trata-se, portanto, de prescrição intercorrente, que
valores a serem eventualmente aplicados a título de até então não era admitida no processo de improbidade
multa civil ou sobre acréscimo patrimonial decorrente de administrativa
atividade lícita.
Notificação prévia do Réu antes da citação: não há

mais a etapa de notificação previa do réu na ação de
16
12. INTERVENÇÃO DO ESTADO NA (preserva o interesse público) ou ilícita (não preserva o

interesse público).
PROPRIEDADE PRIVADA
Na tredestinação ilícita, o expropriado pode pleitear
DESAPROPRIAÇÃO no Poder Judiciário a nulidade do ato e a retrocessão, que
é o retorno do bem, com base no art. 519 do CC.
Conceito: procedimento pelo qual o Poder Público
realiza intervenção na propriedade alheia transferindo-a Modalidades de Desapropriação

compulsoriamente ao patrimônio público. Pode ser de
natureza ordinária ou sancionatória. art. 4º, caput, do Decreto-
lei nº 3.365/41, in verbis:
Ordinária: razões de necessidade pública (urgência),
“ A desapropriação poderá
utilidade pública (conveniência) ou interesse social
abranger a área contígua
(assentamento de pessoas, por exemplo), mediante
necessária ao desenvolvimento
pagamento de indenização justa, prévia e em dinheiro,
da obra a que se destina, e as
conforme art. 5º, XXIV, da CF/88.
zonas que se valorizarem
Sancionatória: ocorre nos casos em que a DESAPROPRIAÇÃO extraordinariamente, em
propriedade é desapropriada por não respeitar a sua POR ZONA consequência da realização
função social, podendo ocorrer no meio urbano (art. 182, do serviço. Em qualquer caso,
§ 4º, III, da CF/88) ou rural (art. 184 da CF/88). a declaração de utilidade
pública deverá compreendê-
Desapropriação de bens públicos: a desapropriação las, mencionando-se quais as
pode recair sobre bens públicos, mas somente a União indispensáveis à continuação
pode desapropriar bens dos Estados e dos Municípios e da obra e as que se destinam
os Estados podem desapropriar bens dos Municípios. à revenda”.
Desapropriação por particular: É possível ainda a A desapropriação é efetuada

desapropriação feita pelas concessionárias de serviço sem a declaração do bem
público (desapropriação por particular), desde que em como de interesse público
casos previstos em lei e autorizado pela Administração, ou sem o pagamento da
conforme previsto no art. 3º Decreto-Lei n. 3.365/41. indenização devida. Se a
Administração Pública der a
Fases da desapropriação: destinação ao bem, ocorre
o “fato consumado”, não
DESAPROPRIAÇÃO
Declaração do bem como sendo podendo mais o proprietário
INDIRETA
objeto de desapropriação, por reivindica-lo, conforme art.
meio de declaração de utilidade 35 do Decreto 3.365/1941:
pública, feita por decreto “os bens expropriados, uma
do Presidente da República, vez incorporados à Fazenda
Governador, Interventor ou Pública, não podem ser
Prefeito (não pode, portanto, a objeto de reivindicação, ainda
declaração de utilidade pública ser que fundada em nulidade do
feita diretamente pelas autarquias processo de desapropriação”.
ou empresas estatais), e produz
os seguintes efeitos: 1) permissão Direito de Extensão: configura a possibilidade
FASE do expropriado, comprovando que, em razão da
às autoridades competentes
DECLARATÓRIA
para penetrar no prédio objeto desapropriação parcial, parte do imóvel ficou imprestável
da declaração, sendo possível o ou de difícil utilização, exigir do Poder Público que a
recurso à força policial no caso de desapropriação recaia também sobre a parte restante
resistência (art. 7º, do Decreto Lei (art. 4º da Lei Complementar nº 76/93).
nº 3.365/41); 2) início da contagem
do prazo para a caducidade do CONFISCO (DESAPROPRIAÇÃO CONFISCATÓRIA)
ato (art. 10º, do Decreto-Lei nº
3.365/41); 3) indicação do estado Conceito: a desapropriação confiscatória acarreta a
em que se encontra o bem objeto transferência compulsória da propriedade para o poder
da declaração para efeito de fixar a público sem o pagamento de indenização, nos casos
futura indenização. “ de plantação ilegal de psicotrópicos ou exploração de
trabalho escravo, conforme art. 243 da CF/88.
Tem como objeto único fixar
o valor que será pago a título SERVIDÃO ADMINISTRATIVA
FASE de indenização, podendo
EXECUTIVA ser desenvolvida no âmbito Conceito: representa um direito real de uso sobre
administrativo, quando houver coisa alheia, em que o Poder Público usa a propriedade de
acordo entre as partes, ou judicial. imóvel particular, com o objetivo de garantir a execução
de obras e serviços de interesse coletivo. Exemplo:
instalação de redes elétricas e telefônicas, colocação de
Tredestinação: ocorre na hipótese de o bem placas de identificação da rua e passagem de saneamento
desapropriado ter destinação diversa daquela básico em propriedade particular.
inicialmente declarada. A tredestinação pode ser lícita
17
Indenização: na servidão administrativa, o possui Responsabilidade Civil Objetiva quando pessoas

proprietário será determinado e não haverá perda da ou coisas que estão sob sua custódia forem prejudicadas,
propriedade, mas apenas sua utilização, razão pela qual porque o poder público tem o dever jurídico de proteger
eventual indenização será sempre prévia e condicionada as pessoas submetidas à custódia de seus agentes e
a existência de dano efetivo, ou seja, limitando-se aos estabelecimentos (paciente em hospital público, detento
prejuízos que o uso da propriedade causar ao imóvel. em presídio, aluno em escola púbica, etc.).
REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA Responsabilidade subjetiva: ocorre quando houver

omissão do Estado, devendo-se comprovar a existência
Conceito: é a modalidade de intervenção na de dolo ou culpa.
propriedade privada no caso de iminente perigo público,
podendo a autoridade competente usar de propriedade Responsabilidade pelos atos de seus agentes: o
particular de bem móvel ou imóvel para execução das Estado responde por atos comissivos lícitos ou ilícitos que
atividades necessárias até a solução do problema, seu agente tenha causado a terceiro, mas só responde
assegurando-se ao proprietário indenização ulterior, se pelas omissões quando estas forem ilícitas, e desde que
houver dano (art. 5º, inciso XXV, da CF/88). tenha havido o descumprimento pelo agente de seu dever
legal de agir (culpa). Nesse caso, o Estado poderá ajuizar
Indenização: depois do uso do bem, se houver dano. ação regressiva contra o agente causador do dano,
desde que tenha havido dolo ou culpa (responsabilidade
subjetiva do agente).
13. INTERVENÇÃO DO ESTADO NA
ORDEM ECONÔMICA Observação: o Supremo Tribunal Federal firmou
entendimento pela impossibilidade de o particular optar
As principais ações interventivas do Estado na ordem por acionar o Estado ou o servidor, devendo sempre
econômica são monopólio, repressão ao abuso econômico, propor a ação apenas contra o Estado, cabendo a este
controle de abastecimento e tabelamento de preços. propor eventual ação regressiva contra o agente público
causador do dano
Exclusividade do Estado na
prestação de determinada atividade Prescrição das ações contra a Fazenda Pública:
MONOPÓLIO ou fornecimento de determinado de acordo com o Decreto n. 20.910/1932, o prazo
bem, em benefício do interesse prescricional das ações contra a Fazenda Pública federal,
coletivo (Ler art. 177 da CF/88) estadual ou municipal, seja qual for a sua natureza, é de
5 anos, não se aplicando, de acordo com a jurisprudência
Vedar dominação dos mercados, majoritária do STJ, os prazos previstos no código civil.
REPRESSÃO à eliminação da concorrência e ao
AO ABUSO
ECONÔMICO aumento arbitrário dos lucros (§4º do
art. 173 da CF/88). Criação do CADE 15. PROCESSO ADMINISTRATIVO
A Lei Delegada nº 4/62 estabelece
Conceito: o processo administrativo é uma sucessão de
a competência da União para
atos que devem ser realizados para fundamentar e legitimar
intervir no domínio econômico
CONTROLE DE a resolução de controvérsia no âmbito administrativo.
ABASTECIMENTO para assegurar a livre distribuição
de mercadorias e serviços Contraditório e ampla defesa: a não observância do
essenciais ao consumo e uso do contraditório e ampla defesa gera nulidade da penalidade
povo a preços compatíveis. aplicada. Não há, entretanto, necessidade de defesa
Representa a possibilidade de o técnica - Súmula Vinculante n. 5 dispõe: “A falta de
Poder Público fixar e controlar defesa técnica por advogado no processo administrativo
os preços no mercado privado, disciplinar não ofende a Constituição”.
TABELAMENTO permitindo aos consumidores
DE PREÇOS Processo administrativo federal: regulamentado
adquirir os bens e serviços por
valores mais compatíveis com à pela Lei nº 9.784/99
realidade econômica.
PODE INICIAR-SE DE OFÍCIO OU A
INSTAURAÇÃO PEDIDO DE INTERESSADO.
14. RESPONSABILIDADE CIVIL DO Cabe ao interessado a prova dos
ESTADO fatos que tenha alegado, mas
quando declarar que fatos e dados
Regra geral: responsabilidade objetiva pela teoria estão registrados em documentos
do risco administrativo, (não precisa a comprovação de existentes na própria Administração
culpa, mas são admitidas excludentes de ilicitude). INSTRUÇÃO responsável pelo processo ou
em outro órgão administrativo, o
Exceção: teoria do risco integral (responsabilidade órgão competente para a instrução
objetiva e não se admite excludente de ilicitude), que se proverá, de ofício, à obtenção dos
aplica excepcionalmente no caso de dano ambiental e documentos ou das respectivas
decorrente de material bélico e substância nuclear. cópias (art. 5º)
Relação de custódia: a jurisprudência majoritária

dos Tribunais Superiores é no sentido de que o Estado
18
Encerrada a instrução, o interessado 16. CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO

terá o direito de manifestar-se no PÚBLICA
prazo máximo de dez dias, salvo
se outro prazo for legalmente QUANTO À AMPLITUDE
fixado. Entretanto, em caso de risco
DEFESA
iminente, a Administração Pública Controle Hierárquico: é o controle decorrente do
poderá motivadamente adotar escalonamento vertical dos órgãos da Administração

providências acauteladoras sem a Direta ou das unidades integrantes das entidades da
prévia manifestação do interessado Administração Indireta. Deste controle decorrem as
(art. 44). faculdades de supervisão, coordenação, orientação,
O órgão de instrução que não for fiscalização, aprovação, revisão e avocação das atividades
competente para emitir a decisão administrativas.
final elaborará relatório indicando
Controle Finalístico: exercido pela Administração
o pedido inicial, o conteúdo das
Direta sobre as pessoas jurídicas integrantes da
RELATÓRIO fases do procedimento e formulará
Administração Indireta, que apesar de não serem
proposta de decisão, objetivamente
subordinadas, são vinculadas ao Ministério relacionado
justificada, encaminhando o
às atividades desenvolvidas pela pessoa jurídica
processo à autoridade competente
(supervisão Ministerial).
(art. 47).
Concluída a instrução de processo QUANTO AO ÓRGÃO CONTROLADOR
administrativo, a Administração
tem o prazo de até trinta dias para Controle Administrativo: é exercido pelo Poder
DECISÃO Executivo e pelos órgãos administrativos do Legislativo
decidir, salvo prorrogação por igual
período expressamente motivada e do Judiciário sobre suas próprias condutas, tendo em
(art. 49). vista aspectos de legalidade ou de conveniência. Pode ser
de ofício ou por provocação.
Recurso: das decisões administrativas cabe recurso Controle Legislativo: pode ser político (convocação
em face de razões de legalidade e de mérito. O recurso para prestar esclarecimentos e CPI) ou financeiro
será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a (realizado pelos Tribunais de Contas). O Tribunal de
qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco dias, o Contas fiscaliza qualquer ente que gerencie verba pública,
encaminhará à autoridade superior, sendo que, salvo pessoa física ou jurídica, salvo no caso do Presidente da
exigência legal, a interposição de recurso administrativo República, uma vez que suas contas são julgadas pelo
independe de caução. Prazo do recurso: 10 dias. Congresso Nacional (Tribunal de Contas apenas realiza
Prazo máximo para a decisão: 30 dias, salvo previsão parecer prévio).
em sentido diverso. Súmula Vinculante nº 3: “Nos processos perante
Tramitação: o recurso administrativo tramitará o Tribunal de Contas da União asseguram-se o
no máximo por três instâncias administrativas, salvo contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder
disposição legal diversa. resultar anulação ou revogação de ato administrativo
que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da
Efeito: salvo disposição legal em contrário, o legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria,
recurso não tem efeito suspensivo. No entanto, havendo reforma e pensão”.
justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação
decorrente da execução, a autoridade recorrida ou a Controle Judiciário: será exercido sobre os atos
imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar administrativos praticados pelo Poder Executivo,
efeito suspensivo ao recurso. Legislativo e pelo próprio Judiciário, quando este
realizar atividades administrativas. Mediante o exercício
Súmula 429 do STF: “a existência de recurso do controle judicial, pode-se decretar anulação do ato
administrativo com efeito suspensivo não impede o uso administrativo com efeitos ex tunc sempre que constatada
do mandado de segurança contra omissão da autoridade”. ilegalidade ou ilegitimidade. QUANTO À AMPLITUDE
Recurso próprio e impróprio: o recurso hierárquico Controle Hierárquico: é o controle decorrente do

próprio é aquele cuja autoridade julgadora pertence à escalonamento vertical dos órgãos da Administração
mesma estrutura da autoridade que proferiu a decisão. Direta ou das unidades integrantes das entidades da
Por outro lado, se a autoridade julgadora for de outra Administração Indireta. Deste controle decorrem as
estrutura, o recurso será hierárquico impróprio (exemplo: faculdades de supervisão, coordenação, orientação,
recurso contra decisão de autarquia, enviado a ministro fiscalização, aprovação, revisão e avocação das atividades
de Estado). administrativas.
Revisão de ofício: o não conhecimento do recurso Controle Finalístico: exercido pela Administração
não impede a Administração de rever de ofício o ato Direta sobre as pessoas jurídicas integrantes da
ilegal, desde que não ocorrida preclusão administrativa. Administração Indireta, que apesar de não serem
subordinadas, são vinculadas ao Ministério relacionado
às atividades desenvolvidas pela pessoa jurídica
(supervisão Ministerial).
19

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DIREITO ADMINISTRATIVO - RESUMO PARA A PROVA DA OAB/FGV

1. CONCEITO Princípios que não são expressamente previstos na

e a atividade administrativa em qualquer esfera do de interesse privado com

na Indireta. ao regime de precatório (RE 938837).

Exploração de atividade econômica ou de prestação

autarquia. aplicado às empresas ou desempenhar serviços públicos (metrô, correio, etc.),

• TERCEIRO SETOR (transporte), SENAI (aprendizagem industrial) e SENAC

econômicas (art. 149, III, da CF/88), que são repassadas

Licitação: é dispensável a licitação para a celebração PODER VINCULADO E DISCRICIONÁRIO

do poder regulamentar ou dos limites da delegação

ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO Portarias conjuntas ou instruções normativas conjuntas

efeitos depende de um outro ato que o aprove, que tem

ATOS DISCRICIONÁRIOS E VINCULADOS ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS

EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS Revogação da Lei n. 8.666/93 - A Lei n. 14.133/2021

III - não ser cônjuge ou companheiro de licitantes ou

Atuação: O agente de contratação atuará nas III) CONCURSO

por uma comissão de contratação composta de pelo

I) PREGÃO IV) LEILÃO

PROCEDIMENTO COMUM (FASES DE LICITAÇÃO) CREDENCIAMENTO: licitantes previamente

PRÉ-QUALIFICAÇÃO: a Administração Pública

7) Homologação: julgadas as propostas, habilitados CRITÉRIOS DE JULGAMENTO

CONTRATAÇÃO DIRETA 7. CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

especialização, salvo serviços

por parte da Administração, impõe, com base na Teoria da

Alteração contratual: a alteração do contrato RESCISÃO DO CONTRATO ADMINISTRATIVO:

IV - declaração de inidoneidade para licitar ou EXTINÇÃO DA CONCESSÃO

de licitar e contratar” justificarem sanção mais grave.

CARACTERÍSTICAS remunerados por taxa ou por tarifa.

desafetados. Para serem descentralizada, em que o Estado transfere a prestação

Direito subjetivo: se o candidato for aprovado dentro

um cargo de professor com outro técnico ou científico; c) a

EXECUTIVO: Subsídio Subsídio do Prefeito VACÂNCIA

11. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que

improbidade administrativa importarão a suspensão

Sanções: a) pagamento de multa civil de até 24 (vinte

ENRIQUECIMENTO LESÃO AO ERÁRIO PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO

Notificação prévia do Réu antes da citação: não há

12. INTERVENÇÃO DO ESTADO NA (preserva o interesse público) ou ilícita (não preserva o

realiza intervenção na propriedade alheia transferindo-a Modalidades de Desapropriação

Desapropriação por particular: É possível ainda a A desapropriação é efetuada

Indenização: na servidão administrativa, o possui Responsabilidade Civil Objetiva quando pessoas

REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA Responsabilidade subjetiva: ocorre quando houver

Relação de custódia: a jurisprudência majoritária

Encerrada a instrução, o interessado 16. CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO

poderá motivadamente adotar escalonamento vertical dos órgãos da Administração

Recurso próprio e impróprio: o recurso hierárquico Controle Hierárquico: é o controle decorrente do

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