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Direito Administrativo

Profª. Franciele Kühl


Profª. Maria Valentina de Moraes
Prof. Matheus De Gregori
Querido aluno,

Cada material da Revisão Turbo foi preparado com muito


carinho para que você possa absorver, de forma rápida,
conteúdos de qualidade!
Lembre-se: o seu sonho também é o nosso!
Esperamos você durante as aulas da Revisão Turbo!

Com carinho,
Equipe 1ª Fase Ceisc ♥

@prof.frankuhl

@prof.mvalentina_moraes

@prof.matheusdegre
1. Organização da Administração Pública

* Para todos verem: esquema

Particulares que
Administração direta Administração indireta
prestam serviço público
Permissionárias União Autarquias
Concessionárias Estados Fundações públicas
Autorizatários Distrito Federal Sociedade de
Municípios economia mista
Órgãos Empresa Pública
Associação Pública

DESCENTRALIZAÇÃO DESCONCENTRAÇÃO
Ato unilateral (no caso de Criação de órgão DESCENTRALIZAÇÃO
autorização) e contrato Novo ente
administrativo (no caso de
Especialização interna
Criada ou autorizada por lei
concessão e permissão) Não tem personalidade
Tem personalidade jurídica
Tem personalidade jurídica jurídica
* Para todos verem: esquema

Pessoa jurídica de direito


público

Autarquia e Fundação
Lei específica
Pública de Direito Público
Criação

A própria lei é o ato


constitutivo

Pessoa jurídica de direito


privado

Fundação Pública de Lei específica apenas


Direito Privado/ S.E.M/ E.P autoriza

Deve o Poder Executivo


providenciar a sua criação
no registro público.

Atenção: Como já foi cobrado diversas vezes pela banca, é muito importante o estudo da lei
das Estatais, dos consórcios públicos e das principais características das Agências
Reguladoras, então vou indicar alguns artigos para leitura:

• Lei 13.303/2016: artigos 2º, 3º, 4º, 5º, 11, 12, 13, 17, 29, 30, 38, 47, 49, 51, 54, 59 e 83.
• Lei 9.986/2000: artigos 3º, 4º, 5º, 6º, 8º, 8º-A, 8º-B, 9º e art. 2º da Lei 13.848/19.
• Lei 11.107/2005: artigos 1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 6º e 11.
2. Entidades Paraestatais

* Para todos verem: quadro comparativo

FORMA DE OBSERVAÇÃO
PRINCIPAL
ENTIDADE E LEI CONVÊNIO OU COMUM A
OBSERVAÇÃO
PARCERIA TODOS
OS (Organização Entidades de iniciativa
Social) Contrato de gestão privada; sem fins Sem fins
Lei 9.637/98 lucrativos e que prestam lucrativos;
serviço de interesse
público.
Não faz parte da
A grande diferença é
OSCIP (Organização Administração
que as OS absorveram
da Sociedade Civil de serviços do Estado e as Pública direta ou
Termo de parceria
Interesse Público) OSCIP são entidades indireta;
Lei 9.790/99 que buscam fomento e
se enquadram nos Recebe fomento
requisitos da lei.
(incentivo) do
São instituídas por Estado;
servidores públicos sob
forma de fundação,
EA (Entidades de
Convênio, contrato, associação ou Presta atividade
apoio)
acordo; cooperativa; com a de interesse
Lei 8.958/94
finalidade de apoiar social;
projetos de ensino,
pesquisa, extensão, etc.
SSA (Serviços Sujeito a
Lei específica para Entidades como: do controle da
Sociais Autônomos)
cada Sesi, Senai, Senac, Administração
Lei específica para
entidade. Sesc, etc.
cada entidade. Pública;
Termo de
OSC (Organizações colaboração ou São as demais Serviço não
da Sociedade Civil) termo entidades que buscam
exclusivo do
Lei 13.019/2014 e de fomento ou parceria com o Estado
13.243/16. acordo de para conseguir fomento. Estado;
cooperação;
3. Responsabilidade Civil do Estado

3.1 Teoria do Risco Administrativo: Responsabilidade objetiva


* Para todos verem: esquema

Excludentes

Caso fortuito (imprevisível)


Força maior (natureza)
Culpa exclusiva da vítima (se a vítima concorre com o dano, o ônus é repartido)

3.2 Teoria do Risco Integral: Dano ambiental, atividade nuclear, queda de aeronave por ato
de guerra ou ato terrorista.

● Não há excludentes.

* Para todos verem: pirâmide entre Estado, Vítima e Agente

Estado

Ação de regresso:
responsabilidade
subjetiva

Vítima Agente

3.3 Responsabilidade Subjetiva: aquela que exige a comprovação do dolo ou culpa.


• Omissão genérica
• Estatais que exploram atividade econômica
4. Improbidade Administrativa

Art. 37 da CF

A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
§ 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda
da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação
previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

* Para todos verem: esquema

Atos de improbidade
Art. 9º Constitui ato de Art. 10. Constitui ato de
improbidade administrativa improbidade administrativa que
Art. 11. Constitui ato de
importando em enriquecimento causa lesão ao erário qualquer
improbidade administrativa que
ilícito auferir, mediante a prática ação ou omissão dolosa, que
atenta contra os princípios da
de ato doloso, qualquer tipo de enseje, efetiva e
administração pública a ação ou
vantagem patrimonial indevida comprovadamente, perda
omissão dolosa que viole os
em razão do exercício de cargo, patrimonial, desvio,
deveres de honestidade, de
de mandato, de função, de apropriação, malbaratamento
imparcialidade e de legalidade
emprego ou de atividade nas ou dilapidação dos bens ou
[...]
entidades referidas no art. 1º haveres das entidades referidas
desta Lei [...] no art. 1º desta Lei [...]
Perda dos bens ou valores Perda dos bens ou valores
acrescidos ilicitamente ao acrescidos ilicitamente ao
patrimônio, perda da função patrimônio, se concorrer esta
Pagamento de multa civil de até
pública, suspensão dos direitos circunstância, perda da função
24 (vinte e quatro) vezes o valor
políticos até 14 (catorze) anos, pública, suspensão dos direitos
da remuneração percebida pelo
pagamento de multa civil políticos até 12 (doze) anos,
agente e proibição de contratar
equivalente ao valor do pagamento de multa civil
com o poder público ou de
acréscimo patrimonial e equivalente ao valor do dano e
receber benefícios ou incentivos
proibição de contratar com o proibição de contratar com o
fiscais ou creditícios, direta ou
poder público ou de receber poder público ou de receber
indiretamente, ainda que por
benefícios ou incentivos fiscais benefícios ou incentivos fiscais
intermédio de pessoa jurídica
ou creditícios, direta ou ou creditícios, direta ou
da qual seja sócio majoritário,
indiretamente, ainda que por indiretamente, ainda que por
pelo prazo não superior a 4
intermédio de pessoa jurídica intermédio de pessoa jurídica
(quatro) anos;
da qual seja sócio majoritário, da qual seja sócio majoritário,
pelo prazo não superior a 14 pelo prazo não superior a 12
(catorze) anos; (doze) anos;
Prescrição: Tema sensível e que sofreu diversas alterações com as Lei nº 14.230/2021. Se
antes o prazo de prescrição era (basicamente) de cinco anos, agora o prazo é de 8 anos para
prescrição. O objetivo da prescrição é dar estabilidade às relações jurídicas.

Nos parágrafos do artigo 23 da LIA há previsões de suspensão e interrupção de prazo


prescricional. Uma novidade na nova redação da LIA é que, agora, haverá possibilidade da
chamada prescrição intercorrente no prazo de 4 anos, ou seja, prescrição que ocorre no
decorrer do processo judicial: “§ 5º Interrompida a prescrição, o prazo recomeça a correr do dia
da interrupção, pela metade do prazo previsto no caput deste artigo”.

5. Compliance

5.1 Atos lesivos

Atos que atentem contra:

• Patrimônio público nacional ou estrangeiro


• Contra princípios da administração
• Compromissos internacionais assumidos pelo Brasil

5.2 Responsabilidade

* Para todos verem: esquema

Responsabilidade

Objetiva Subjetiva

Dirigentes ou
Pessoas jurídicas
administradores

Ou de qualquer pessoa
natural que participe como
autora, coautora ou partícipe
5.3 Sanções

Esfera administrativa

Art. 6º

Na esfera administrativa, serão aplicadas às pessoas jurídicas consideradas responsáveis pelos


atos lesivos previstos nesta Lei as seguintes sanções:
I - multa, no valor de 0,1% (um décimo por cento) a 20% (vinte por cento) do faturamento bruto do
último exercício anterior ao da instauração do processo administrativo, excluídos os tributos, a qual
nunca será inferior à vantagem auferida, quando for possível sua estimação; e
II - publicação extraordinária da decisão condenatória.

Esfera judicial

Art. 19

Em razão da prática de atos previstos no art. 5º desta Lei, a União, os Estados, o Distrito Federal
e os Municípios, por meio das respectivas Advocacias Públicas ou órgãos de representação judicial,
ou equivalentes, e o Ministério Público, poderão ajuizar ação com vistas à aplicação das seguintes
sanções às pessoas jurídicas infratoras:
I - perdimento dos bens, direitos ou valores que representem vantagem ou proveito direta ou
indiretamente obtidos da infração, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé;
II - suspensão ou interdição parcial de suas atividades;
III - dissolução compulsória da pessoa jurídica;
IV - proibição de receber incentivos, subsídios, subvenções, doações ou empréstimos de órgãos
ou entidades públicas e de instituições financeiras públicas ou controladas pelo poder público, pelo
prazo mínimo de 1 (um) e máximo de 5 (cinco) anos.
6. Controle da Administração Pública

O controle é o instrumento jurídico de fiscalização sobre a atuação dos agentes, órgãos e


entidades da Administração Pública.

* Para todos verem: esquema

Atos eivados de
Poder-dever Anular
vício/ilegais
Administração
Atos legais, por
Pode Revogar conveniência ou
oportunidade

* Para todos verem: esquema

Mandado de Segurança, Habeas Corpus, Ação Civil Pública, Ação


Ações de
Popular, Mandado de Injunção, Habeas Data, Ação de Improbidade
controle Administrativa, Ação Direta de Inconstitucionalidade
Prescrição Regra é de 5 anos - prazo DECADENCIAL
Hierárquico
Obs: No Brasil não é
Hierárquico próprio: impróprio: para outra
exigido esgotamento
para a autoridade autoridade não é
da via administrativa
Recurso superior àquela que superior àquela que
para acesso ao
praticou o ato praticou o ato
Poder Judiciário (art
recorrido recorrido. Exige
5º, XXXV, da CF)
previsão legal.
7. Processo Administrativo Federal

O processo administrativo não depende de forma determinado, a não ser que esteja
expressamente previsto em lei, isso se dá em razão do princípio da informalismo aplicado aos
processos administrativos (art. 22). O processo administrativo é composto pelas seguintes fases:

a) Instauração: de ofício ou a pedido; com observância aos requisitos do artigo 6º, motivação,
possibilidade de vários pedidos em um único requerimento (art. 8º);
b) Instrução: princípio da oficialidade, que não afasta as iniciativas dos interessados (art. 29);
vedada as provas obtidas ilicitamente (art. 30), sendo admissível prova emprestada (591 do
STJ); com possibilidade de juntar documentos, pareceres, requerer diligências (art. 38);
possibilidade de medida acautelatória (art. 45); relatório feito pelo órgão processante.
c) Decisão: dever de decidir (art. 48) no prazo de 30 dias, salvo prorrogação motivada (art. 49).

Pareceres em processos administrativos:


Quando for obrigatório um órgão consultivo ser ouvido (art. 41), o parecer deverá ser
emitido no prazo máximo de 15 dias, salvo norma especial ou comprovada necessidade
de maior prazo. Se o parecer é obrigatório e vinculante, o processo NÃO terá
seguimento até a respectiva apresentação, sendo responsabilizado quem deu causa ao
atraso por descumprimento do prazo. Entretanto, se o parecer é obrigatório, mas NÃO
é vinculante, e deixar de ser emitido no prazo, o processo PODERÁ prosseguir e ser
decidido, sem prejuízo das responsabilidades de quem se omitiu.

A todo momento, em razão do princípio da autotutela (ou poder da autotutela) a


Administração Pública pode ANULAR seus atos eivados de vício de legalidade ou REVOGAR,
por motivo de conveniência e oportunidade, respeitados os direitos adquiridos. Entretanto, a
Administração Pública está sujeita ao prazo DECADENCIAL de 5 anos para anular atos
viciados, quando oriundos de boa-fé (art. 54). Podendo, ainda, quando não acarretarem lesão
ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis
poderão ser convalidados.
Das decisões administrativas cabe recurso, podemos aqui dizer que há segunda
instância administrativa. Os recursos na Lei nº 9.784/99 são possíveis nos casos de legalidade
ou mérito. Trata-se de recurso hierárquico, isso porque ele dirigido a autoridade que proferiu a
decisão e, se não reconsiderar no prazo de cinco dias, deve encaminhá-lo para autoridade
superior (art. 56, §1º).

O artigo 57 estabelece o limite de três instâncias administrativas aos recursos:

Recurso - 3ª instância
administrativa
Recurso - 2ª instância
administrativa

Decisão recorrida

8. Bens Públicos

8.1 Classificação
* Para todos verem: quadro

Bens de uso comum do


Bens de uso especial Bens dominicais
povo

São os bens que São destinados às São os que


todos podem usar, instalações e aos pertencem ao acervo
como as ruas e praças. serviços públicos, do poder público, sem
como os prédios das destinação especial.
repartições ou escolas
públicas.

8.2 Características

Inalienabilidade:
Significa que bens públicos não podem ser vendidos livremente, mas essa regra não é
absoluta! Os bens de uso especial e os bens de uso comum são inalienáveis (são bens fora do
comércio), essa é a regra.
Impenhorabilidade:
Os bens públicos não podem ser objeto de uma constrição judicial, de uma execução. Não
poder ser objeto de garantia;

Imprescritibilidade:
Trata-se da prescrição aquisitivas (usucapião). Nesse sentido, os bens públicos não
podem ser adquiridos pela posse mansa e pacífica por determinado espaço de tempo
continuado, nos moldes da legislação civil.
Importante salientar que a imprescritibilidade atinge inclusive os bens não afetados, não
sendo estes, também, passíveis de usucapião (art. 183, §3º e 191, parágrafo único, ambos da
Constituição Federal).

Não onerabilidade:
Os bens públicos não podem ser objetos de direito real de garantia, ou seja, não fica
sujeito à instituição de penhor, anticrese ou hipoteca para garantir débitos do ente estatal.
9. Agentes Públicos

9.1 Provimento
Ato pelo qual o particular vincula-se à Administração Pública ou a um novo cargo desta;

Formas:

* Para todos verem: esquema

NOMEAÇÃO PROMOÇÃO APROVEITAMENTO READAPTAÇÃO

REVERSÃO REINTEGRAÇÃO RECONDUÇÃO

• Ascenção e transferência não existem mais;


• Remoção não é forma de provimento;

9.2 Nomeação
Forma originária de provimento, podendo ser em comissão (CC) ou em caráter efetivo
(com aprovação em concurso público)
* Para todos verem: esquema

Concurso Posse Estabilidade

Nomeação Exercício
(estágio
probatório)
§ 2o Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior
com prazo de validade não expirado.

9.3 Posse, exercício e estágio probatório

Posse: art. 13 e Súmula 16/STF (direito à posse)


Investidura ocorre com a posse e não com a nomeação;
Exercício: efetivo desempenho das atribuições – art. 15 e ss.
Estágio probatório: art. 20

ATENÇÃO

Prazo do artigo foi declarado INCONSTITUCIONAL: é de 3 anos, conforme o art. 41/CF

• Se não aprovado no estágio probatório será exonerado; se estável (por conta de outro
cargo) será reconduzido ao cargo anteriormente ocupado.

9.4 Estabilidade
• A partir de 3 anos de exercício, cumpridos os demais requisitos;
• Estabilidade de 2 anos do estatuto é INCONSTITUCIONAL.
9.5 Readaptação e Reversão
* Para todos verem: esquema

Readaptação Reversão

Servidor passa a ter alguma O retorno (a volta) do servidos


limitação, verificada em inspeção aposentado à atividade.
médica, que impede que o mesmo I – De ofício, no caso de
cumpra as atividades e atribuições do aposentadoria por invalidez quando
cargo que ocupava; não existirem mais os motivos da
Caso não haja vaga, exerce as aposentadoria;
atribuições como excedente até o II – a pedido, no interesse da
surgimento da vaga; Administração
Caso seja julgado incapaz, será
aposentado por incapacidade
permanente;

9.6 Reintegração e Recondução


* Para todos verem: esquema

Reintegração Recondução

Servidor foi demitido ilegalmente e há a Retorno do servidor estável ao cargo


anulação do ato de demissão; anteriormente ocupado, quando há
Ressarcido de todas as vantagens do
inabilitação em estágio probatório ou
período afastado;
Se o cargo tiver sido extinto, ficará em reintegração do ocupante anterior;
disponibilidade (art. 41, §3º,CF);

9.7 Aproveitamento e Promoção


* Para todos verem: esquema

Aproveitamento Promoção:
Retorno do servidor em disponibilidade Progresso do servidor, dentro da mesma
Súmula 39/STF: À falta de lei, carreira
funcionário em disponibilidade não pode Só poderá ocorrer em cargos com
exigir, judicialmente, o plano de carreira;
seu aproveitamento, que fica Critérios: merecimento e a
subordinado ao critério de conveniência antiguidade;
da administração.
10. Poderes Administrativos

* Para todos verem: esquema

Vinculado

Polícia Discricionário

Poderes

Disciplinar Regulamentar

Hierárquico

10.1 Poder de Polícia

Art. 78, CTN

Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando


direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse
público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do
mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do
Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou
coletivos.
Características/atributos
* Para todos verem: esquema

Discricionariedade

Oportunidade/conveniência ao aplicar

Auto-executoriedade

Execução direta de suas decisões

Coercibilidade

Imposição das medidas

Poder de Polícia é delegável?

Em regra, não, a exceção é no que se refere a atos materiais:


Normatizar e sancionar: não cabe.
Consentir (licença, alvará, autorização) e fiscalizar: cabe.

Tese de repercussão geral STF: É constitucional a delegação do poder de polícia, por


meio de lei, a pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública
indireta de capital social majoritariamente público que prestem exclusivamente serviço
público de atuação própria do Estado e em regime não concorrencial.

Abuso de poder:
* Para todos verem: esquema

Excesso de poder (fora dos Desvio de poder (finalidade


limites) diversa)
11. Serviços Públicos

* Para todos verem: esquema

Concessão Permissão

A título não precário - Mais segura, podendo


A título precário (administração pública pode
ser na modalidade comum ou especial
terminar o contrato a qualquer tempo)
(patrocinada ou administrativa)

Licitação apenas nas modalidades


Licitação em qualquer modalidade
concorrência ou diálogo competitivo

Concessão ocorre apenas para pessoa Permissão ocorre para pessoa física ou
jurídica ou consórcio de empresas jurídica (autorização também)

Prazo máximo de 35 anos, sendo vedada a Sem prazo (doutrina aceita), caso haja e
renovação automática tenha rescisão anterior, cabe indenização

Pode envolver obra pública Não pode envolver obra pública


12. Atos Administrativos

ATOS ATOS
VINCULADOS DISCRICIONÁRIOS

competência competência
(vinculado) (vinculado)

finalidade finalidade
(vinculado) (vinculado)

forma forma
(vinculado) (vinculado)

MOTIVO
motivo Essa margem de liberdade
(discricionário
(vinculado) ) é chamada de

MÉRITO ADMINISTRATIVO.
OBJETO
objeto
(discricionário
(vinculado)
)

Discricionariedade: margem de liberdade, conferida pelo legislador, para que o agente público
avalie a conveniência e a oportunidade para prática do ato.
• Lei autoriza = ato discricionário.
• Lei determina = ato vinculado.

Teoria dos Motivos Determinantes


Controle administrativo e judicial (de legalidade) relativo à existência e à pertinência ou
adequação dos motivos – fático e legal – que ela declarou como causa determinante da prática
de um ato.

13. Atos Administrativos e LINDB (arts. 20-30)

• não se decidirá com base em valores jurídicos abstratos sem que sejam consideradas
as consequências práticas da decisão;
• motivação deve demonstrar necessidade e a adequação da medida imposta ou da
invalidação de ato, contrato, etc., inclusive em face das possíveis alternativas;
• decisão que decretar a invalidação de ato deve indicar de modo expresso
consequências jurídicas e administrativas;
• decisão sobre regularidade de conduta ou validade de ato, contrato, etc., serão
consideradas as circunstâncias práticas que houverem imposto, limitado ou
condicionado a ação do agente;
• Revisão de ato, contrato etc. cuja produção já se houver completado levará em conta
as orientações gerais da época: vedada invalidação com base em mudança posterior
de orientação geral.

14. Extinção dos Atos Administrativos

ANULAÇÃO REVOGAÇÃO CASSAÇÃO CADUCIDADE


Controle de Controle de mérito Beneficiário deixa de Ato perde
legalidade (conveniência e cumprir requisitos fundamento legal
oportunidade) atos
discricionários
administração ou APENAS Mudança nos fatos mudança na
judiciário (5 anos, administração legislação
salvo má-fé) (ilegalidade
superveniente)
ato inválido ato válido Causa superveniente Causa superveniente
(nulo ou
anulável)
Retroage Não retroage Não ocorre Precisa ser declarada
(ex tunc) (ex nunc) automaticamente
15. Licitações e Contratos Administrativos

1. A Nova Lei nº 14.133/21 está em vacacio legis? Não. Vigente desde a publicação.
1. A lei nº 8.666/93 já está revogada? Não. Vigente até 01 de abril de 2023.
2. ADM pode escolher.
3. Não pode misturar.
4. Lei escolhida rege o contrato respectivo.
5. Cuidado com o enunciado.

Art. 17. O processo de licitação observará as seguintes FASES, em sequência:


I - preparatória;
II - de divulgação do edital de licitação;
III - de apresentação de propostas e lances, quando for o caso;
IV - de julgamento;
V - de habilitação;
VI - recursal;
VII - de homologação.

Art. 28 Modalidades:
i - pregão;
ii - concorrência;
iii - concurso;
iv - leilão;
v - diálogo competitivo.
VEDADA a criação de outras modalidades de licitação ou combinação.

• Pregão: obrigatória para aquisição de bens e serviços comuns, cujo critério de


julgamento poderá ser o de menor preço ou o de maior desconto;
• Concorrência: contratação de bens e serviços especiais e de obras e serviços
comuns e especiais de engenharia, cujo critério de julgamento poderá ser: a) menor
preço; b) melhor técnica ou conteúdo artístico; c) técnica e preço; d) maior retorno
econômico; e) maior desconto;
• Concurso: escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, cujo critério de
julgamento será o de melhor técnica ou conteúdo artístico, e para concessão de
prêmio ou remuneração ao vencedor;
• Leilão: alienação de bens imóveis ou de bens móveis inservíveis ou legalmente
apreendidos a quem oferecer o maior lance;
• Diálogo Competitivo: modalidade de licitação para contratação de obras, serviços e
compras em que a Administração Pública realiza diálogos com licitantes previamente
selecionados mediante critérios objetivos, com o intuito de desenvolver uma ou mais
alternativas capazes de atender às suas necessidades, devendo os licitantes apresentar
proposta final após o encerramento dos diálogos;

Inexigibilidade Dispensa
- Inviabilidade de - É possível licitar
competição - Lei autoriza não licitar
- Licitação é "impossível" - Discricionária
- Rol exemplificativo - Rol tatxativo

art. 74. é inexigível a licitação quando inviável a competição, em especial nos casos de:
i - aquisição de materiais, de equipamentos ou de gêneros ou contratação de serviços com
[fornecedor] exclusivo;
ii - contratação de profissional do setor artístico, diretamente ou por meio de empresário
exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública;
iii - contratação dos seguintes serviços técnicos especializados de natureza
predominantemente intelectual com profissionais ou empresas de notória especialização,
vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação:

• pareceres, perícias, projetos básicos ou executivos;


• consultorias técnicas e auditorias fiscalização,
• supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços;
• defesa de causas judiciais, etc.

iv - objetos que devam ou possam ser contratados por meio de credenciamento;


v - aquisição ou locação de imóvel cujas características de instalações e de localização tornem
necessária sua escolha.
art. 75. é dispensável a licitação (rol taxativo)
R$ 108.040,82 - obras e serviços de engenharia;
R$ 54.020,41 - outros serviços e compras;
Licitação “DESERTA” ou “FRACASSADA”, mantendo condições definidas em edital de licitação
realizada há menos de 1 (um) ano;
CASOS DE EMERGÊNCIA OU DE CALAMIDADE PÚBLICA, situação que possa ocasionar
prejuízo ou comprometer a continuidade dos serviços públicos ou a segurança de pessoas,
PRAZO MÁXIMO DE 1 (UM) ANO.

Revogação Anulação
- Fato Superveninete; - Vício insanável;
- Interesse público; - Ilegalidade;
- Total apenas; - Total ou parcial;
- Vedada após assinatura do contrato. - Possível mesmo após contrato.

2. Lei nº 14.133/21 – Alteração e Extinção dos Contratos

16.1 Teoria Da Imprevisão

Para restabelecer o equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato em caso de


força maior, caso fortuito ou fato do príncipe ou em decorrência de fatos imprevisíveis ou
previsíveis de consequências incalculáveis, que inviabilizem a execução do contrato tal como
pactuado, respeitada, em qualquer caso, a repartição objetiva de risco estabelecida no
contrato.

Contratado terá direito à extinção:


● Supressão além do limite do art. 124;
● Suspensão de execução acima de 3 meses;
● Repetidas suspensões que totalizem 90 dias úteis;
● Atraso superior a 2 meses no pagamento;
● Não liberação de área, local ou objeto, para execução de obra, serviço ou fornecimento,
etc.
Adm pode usar
1.conciliação, 2.mediação, 3.comitê de resolução de disputas e 4.arbitragem
controvérsias relacionadas a direitos patrimoniais disponíveis. a arbitragem será sempre de
direito (não de equidade) e com publicidade.

3. Intervenção do Estado na Propriedade Privada

17.1 Modalidades

17.1.1 Supressiva:

Desapropriação
● Desapropriação ordinária (CF/88, art. 5º, XXIV)
● Desapropriação Urbanística (CF/88, art. 182, § 4º)
● Desapropriação Rural - reforma agrária (CF/88, art. 184)
● Desapropriação “Confiscatória” (CF/88, art. 243)

Procedimento
1. Fase declaratória: decreto expropriatório; início do prazo caducidade (2 ou 5);
direito de penetrar no bem;

Fase executória:
1. Processo administrativo (se houver acordo = FIM); ou
2. Ação de desapropriação: discussão (mérito) sobre o valor da indenização apenas;
Imissão provisória na posse: urgência + depósito de valor arbitrado pelo Juiz;

17.1.2 Restritiva:
1.Servidão Administrativa;
2.Requisição;
3.Ocupação Temporária;
4.Limitações Administrativas;
5.Tombamento.

17.1.3 Conceitos complementares:


Tredestinação;

Retrocessão;

Direito de extensão;

Desapropriação indireta.
Caderno de Questões – Direito Administrativo
Franciele Kühl, Maria Valentina de Moraes e Matheus DeGregori

1
Caderno de Questões – Direito Administrativo
Franciele Kühl, Maria Valentina de Moraes e Matheus DeGregori

XXXII Exame
1) FGV – 2021 - OAB - XXXII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q31
A União, diante da necessidade de utilização do imóvel produtivo de Astrobaldo para fazer passar importante
oleoduto, fez editar Decreto que declarou a utilidade pública do bem para tal finalidade e determinou que a
concessionária do setor levasse a efeito a mencionada intervenção, na forma do contrato de concessão, de modo a
instituir o respectivo direito real de gozo para a Administração Pública. Astrobaldo recusou-se a permitir o ingresso
de prepostos da referida sociedade no bem para realizar as respectivas obras, o que levou a concessionária a
ajuizar ação específica, com pedido liminar de imissão provisória na posse, para a implementação do estabelecido
no Decreto. Diante dessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta.

A) A concessionária não poderia levar a efeito a intervenção do Estado na propriedade pretendida pela União,
porque não pode exercer poder de polícia.

B) A intervenção do Estado na propriedade pretendida é a requisição, considerando a necessidade do bem de


Astrobaldo para a realização de serviço público.

C) O pedido de imissão provisória na posse foi equivocado, porque não é cabível o procedimento da ação de
desapropriação na intervenção em comento, cuja modalidade é a servidão.

D) O eventual deferimento da imissão provisória na posse importará no dever de acrescer juros compensatórios
sobre a indenização que venha a ser determinada no processo.

XXX Exame
2) FGV – 2019 - OAB - XXX Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q32
Após comprar um terreno, Roberto iniciou a construção de sua casa, sem prévia licença, avançando para além dos
limites de sua propriedade e ocupando parcialmente a via pública, inclusive com possibilidade de desabamento de
parte da obra e risco à integridade dos pedestres. No regular exercício da fiscalização da ocupação do solo urbano,
o poder público municipal, observadas as formalidades legais, valendo-se da prerrogativa de direito público que,
calcada na lei, autoriza-o a restringir o uso e o gozo da liberdade e da propriedade privada em favor do interesse da
coletividade, determinou que Roberto demolisse a parte irregular da obra. O poder administrativo que fundamentou
a determinação do Município é o poder

A) de hierarquia, e, pelo seu atributo da coercibilidade, o particular é obrigado a obedecer às ordens emanadas
pelos agentes públicos, que estão em nível de superioridade hierárquica e podem usar meios indiretos de coerção
para fazer valer a supremacia do interesse público sobre o privado.

B) disciplinar, e o particular está sujeito às sanções impostas pela Administração Pública, em razão do atributo da
imperatividade, desde que haja a prévia e imprescindível chancela por parte do Poder Judiciário.

C) regulamentar, e os agentes públicos estão autorizados a realizar atos concretos para aplicar a lei, ainda que
tenham que se valer do atributo da autoexecutoriedade, a fim de concretizar suas determinações,
independentemente de prévia ordem judicial.

D) de polícia, e a fiscalização apresenta duplo aspecto: um preventivo, por meio do qual os agentes públicos
procuram impedir um dano social, e um repressivo, que, face à transgressão da norma de polícia, redunda na
aplicação de uma sanção.

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XXIX Exame
3) FGV – 2019 - OAB - XXIX Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q27
Luciana, imbuída de má-fé, falsificou documentos com a finalidade de se passar por filha de Astolfo (recentemente
falecido, com quem ela não tinha qualquer parentesco), movida pela intenção de obter pensão por morte do pretenso
pai, que era servidor público federal. Para tanto, apresentou os aludidos documentos forjados e logrou a concessão
do benefício junto ao órgão de origem, em março de 2011, com registro no Tribunal de Contas da União, em julho
de 2014. Contudo, em setembro de 2018, a administração verificou a fraude, por meio de processo administrativo
em que ficou comprovada a má-fé de Luciana, após o devido processo legal.

Sobre essa situação hipotética, no que concerne ao exercício da autotutela, assinale a afirmativa correta.

A) A administração tem o poder-dever de anular a concessão do benefício diante da má-fé de Luciana, pois não
ocorreu a decadência.

B) O transcurso do prazo de mais de cinco anos da concessão da pensão junto ao órgão de origem importa na
decadência do poder-dever da administração de anular a concessão do benefício.

C) O controle realizado pelo Tribunal de Contas por meio do registro sana o vício do ato administrativo, de modo
que a administração não mais pode exercer a autotutela.

D) Ocorreu a prescrição do poder-dever da administração de anular a concessão do benefício, na medida em que


transcorrido o prazo de três anos do registro perante o Tribunal de Contas.

4) FGV – 2019 - OAB - XXIX Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q31
O Município Alfa planeja estabelecer uma parceria público-privada para a construção e operação do metrô, cujo
contrato terá vigência de trinta e cinco anos. Como a receita com a venda das passagens é inferior ao custo de
implantação/operação do serviço, o ente local aportará recursos como complementação da remuneração do parceiro
privado. Sobre a questão, assinale a afirmativa correta.

A) Como o parceiro privado será remunerado pela tarifa do serviço de transporte e por uma contrapartida do poder
público, a concessão será celebrada na modalidade administrativa.

B) A contrapartida do parceiro público somente pode se dar em dinheiro, não sendo permitido qualquer outro
mecanismo, a exemplo da outorga de direitos em face da Administração Pública.

C) A vigência do futuro contrato é adequada, mas, por se tratar de negócio com duração de trinta e cinco anos, não
poderá haver prorrogação contratual.

D) Independentemente da proporção da contrapartida do parceiro público frente ao total da receita auferida pelo
parceiro privado, não haverá necessidade de autorização legislativa específica.

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XXVIII Exame
5) FGV – 2019 - OAB - XXVIII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q30
A União celebrou convênio com o Município Alfa para a implantação de um sistema de esgotamento sanitário. O
Governo Federal repassou recursos ao ente local, ficando o município encarregado da licitação e da contratação da
sociedade empresária responsável pelas obras. Após um certame conturbado, cercado de denúncias de
favorecimento e conduzido sob a estreita supervisão do prefeito, sagrou-se vencedora a sociedade empresária Vale
Tudo Ltda. Em escutas telefônicas, devidamente autorizadas pelo Poder Judiciário, comprovou-se o direcionamento
da licitação para favorecer a sociedade empresária Vale Tudo Ltda., que tem, como sócios, os filhos do prefeito do
Município Alfa. Tendo sido feita perícia no orçamento, identificou-se superfaturamento no preço contratado.

Com base na situação narrada, assinale a afirmativa correta.

A) Não compete ao Tribunal de Contas da União fiscalizar o emprego dos recursos em questão, pois, a partir do
momento em que ocorre a transferência de titularidade dos valores, encerra-se a jurisdição da Corte de Contas
Federal.

B) O direcionamento da licitação constitui hipótese de frustração da licitude do certame, configurando ato de


improbidade administrativa que atenta contra os princípios da Administração Pública e, por isso, sujeita os agentes
públicos somente à perda da função pública e ao pagamento de multa civil.

C) Apenas os agentes públicos estão sujeitos às ações de improbidade, de forma que terceiros, como é o caso da
sociedade empresária Vale Tudo Ltda., não podem ser réus da ação judicial e, por consequência, imunes à eventual
condenação ao ressarcimento do erário causado pelo superfaturamento.

D) Por se tratar de ato de improbidade administrativa que causou prejuízo ao erário, os agentes públicos envolvidos
e a sociedade empresária Vale Tudo Ltda. estão sujeitos ao integral ressarcimento do dano, sem prejuízo de outras
medidas, como a proibição de contratar com o Poder Público ou receber incentivos fiscais por um prazo determinado.

XXVII Exame
6) FGV – 2018 - OAB - XXVII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q31
No ano corrente, a União decidiu criar uma nova empresa pública, para a realização de atividades de relevante
interesse econômico. Para tanto, fez editar a respectiva lei autorizativa e promoveu a inscrição dos respectivos atos
constitutivos no registro competente. Após a devida estruturação, tal entidade administrativa está em vias de iniciar
suas atividades.

Acerca dessa situação hipotética, na qualidade de advogado(a), assinale a afirmativa correta.

A) A participação de outras pessoas de direito público interno, na constituição do capital social da entidade
administrativa, é permitida, desde que a maioria do capital votante permaneça em propriedade da União.

B) A União não poderia ter promovido a inscrição dos atos constitutivos no registro competente, na medida em que
a criação de tal entidade administrativa decorre diretamente da lei.

C) A entidade administrativa em análise constitui uma pessoa jurídica de direito público, que não poderá contar com
privilégios fiscais e trabalhistas.

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D) Os contratos com terceiros destinados à prestação de serviços para a entidade administrativa, em regra, não
precisam ser precedidos de licitação.

7) FGV – 2018 - OAB - XXVII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q32
Após a contratação, sob o regime de empreitada por preço unitário, da sociedade empresária Faz de Tudo Ltda.
para a construção do novo edifício-sede de uma agência reguladora, a Administração verifica que os quantitativos
constantes da planilha orçamentária da licitação – e replicados pela contratada – são insuficientes para executar o
empreendimento tal como projetado. Por isso, será necessário aumentar as quantidades de alguns serviços. Em
termos financeiros, o acréscimo será de 20% – que corresponde a R$ 2.000.000,00 – em relação ao valor inicial
atualizado do contrato.

Com base na situação narrada, assinale a afirmativa correta.

A) O acréscimo de serviços poderá ser combinado apenas verbalmente, não sendo necessária sua redução a termo.

B) Por se tratar de cláusula exorbitante, mesmo que a sociedade empresária Faz de Tudo Ltda. não concorde com
o acréscimo, a alteração poderá ser determinada unilateralmente pela Administração.

C) O contratado só está obrigado a aceitar os acréscimos de até 15% (quinze por cento) em relação ao valor inicial
atualizado do contrato; superado esse limite, a alteração só pode ocorrer com o consentimento da sociedade
empresária Faz de Tudo Ltda.

D) Diante da deficiência do projeto básico, a Administração deve obrigatoriamente anular o contrato após serem
oportunizados o contraditório e a ampla defesa à sociedade empresária Faz de Tudo Ltda.

XXVI Exame
8) FGV – 2018 - OAB - XXVI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q28
Em uma movimentada rodovia concedida pela União a uma empresa privada, um veículo particular colidiu com
outro, deixando diversos destroços espalhados pela faixa de rolamento. Um dos objetos deixados sobre a pista
cortou o pneu de um terceiro automóvel, causando a colisão deste em uma mureta de proteção.

Com base no fragmento acima, assinale a afirmativa correta.

A) A concessionária deve responder objetivamente pelos danos causados, com fundamento na teoria do risco
administrativo.

B) Em nenhuma hipótese a concessionária poderá ser responsabilizada pelo evento danoso.

C) A concessionária responde pelos danos materiais causados ao terceiro veículo, com fundamento na teoria do
risco integral, isto é, ficou comprovado que o dano foi causado por culpa exclusiva de terceiro ou por força maior.

D) O proprietário do terceiro automóvel só será reparado pelos danos materiais caso demonstre a culpa da
concessionária, caracterizada, por exemplo, pela demora excessiva em promover a limpeza da rodovia.

9) FGV – 2018 - OAB - XXVI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q32
Maria foi aprovada em concurso para o cargo de analista judiciário do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, mas,
após ter adquirido a estabilidade, foi demitida sem a observância das normas relativas ao processo administrativo
disciplinar. Em razão disso, Maria ajuizou ação anulatória do ato demissional, na qual obteve êxito por meio de

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decisão jurisdicional transitada em julgado. Nesse interregno, contudo, Alfredo, também regularmente aprovado em
concurso e estável, foi promovido e passou a ocupar o cargo que era de Maria.

Sobre a hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta.

A) A invalidação do ato demissional de Maria não poderá importar na sua reintegração ao cargo anterior,
considerando que está ocupado por Alfredo.

B) Maria, em razão de ter adquirido a estabilidade, independentemente da existência e necessidade do cargo que
ocupava, deverá ser posta em disponibilidade.

C) Maria deverá ser readaptada em cargo superior ao que ocupava anteriormente, diante da ilicitude de seu ato
demissional.

D) Em decorrência da invalidade do ato demissional, Maria deve ser reintegrada ao cargo que ocupava e Alfredo
deverá ser reconduzido para o cargo de origem.

XIII Exame
10) FGV – 2014 - OAB - XIII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q29
A União licitou, mediante concorrência, uma obra de engenharia para construir um hospital público. Depois de
realizadas todas as etapas previstas na Lei n. 8.666/93, sagrou- se vencedora a Companhia X. No entanto, antes
de se outorgar o contrato para a Companhia X, a Administração Pública resolveu revogar a licitação. Acerca do
tema, assinale a afirmativa correta.

A) A Administração Pública pode revogar a licitação, por qualquer motivo, principalmente por ilegalidade, não
havendo direito subjetivo da Companhia X ao contrato.

B) A revogação depende da constatação de ilegalidade no curso do procedimento e, nesse caso, não pode ser
decretada em prejuízo da Companhia X, que já se sagrou vencedora.

C) A revogação, fundada na conveniência e na oportunidade da Administração Pública, deverá sempre ser motivada
e baseada em fato superveniente ao início da licitação.

D) Quando a Administração lança um edital e a ele se vincula, somente será possível a anulação do certame em
caso de ilegalidade, sendo-lhe vedado, pois, revogar a licitação.

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GABARITOS DAS QUESTÕES:

1-D 2-D 3-A 4-C 5-D 6-A 7-B 8-A 9-D 10 - C

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