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Com carinho,
Equipe 1ª Fase Ceisc ♥
@prof.frankuhl
@prof.mvalentina_moraes
@prof.matheusdegre
1. Organização da Administração Pública
Particulares que
Administração direta Administração indireta
prestam serviço público
Permissionárias União Autarquias
Concessionárias Estados Fundações públicas
Autorizatários Distrito Federal Sociedade de
Municípios economia mista
Órgãos Empresa Pública
Associação Pública
DESCENTRALIZAÇÃO DESCONCENTRAÇÃO
Ato unilateral (no caso de Criação de órgão DESCENTRALIZAÇÃO
autorização) e contrato Novo ente
administrativo (no caso de
Especialização interna
Criada ou autorizada por lei
concessão e permissão) Não tem personalidade
Tem personalidade jurídica
Tem personalidade jurídica jurídica
* Para todos verem: esquema
Autarquia e Fundação
Lei específica
Pública de Direito Público
Criação
Atenção: Como já foi cobrado diversas vezes pela banca, é muito importante o estudo da lei
das Estatais, dos consórcios públicos e das principais características das Agências
Reguladoras, então vou indicar alguns artigos para leitura:
• Lei 13.303/2016: artigos 2º, 3º, 4º, 5º, 11, 12, 13, 17, 29, 30, 38, 47, 49, 51, 54, 59 e 83.
• Lei 9.986/2000: artigos 3º, 4º, 5º, 6º, 8º, 8º-A, 8º-B, 9º e art. 2º da Lei 13.848/19.
• Lei 11.107/2005: artigos 1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 6º e 11.
2. Entidades Paraestatais
FORMA DE OBSERVAÇÃO
PRINCIPAL
ENTIDADE E LEI CONVÊNIO OU COMUM A
OBSERVAÇÃO
PARCERIA TODOS
OS (Organização Entidades de iniciativa
Social) Contrato de gestão privada; sem fins Sem fins
Lei 9.637/98 lucrativos e que prestam lucrativos;
serviço de interesse
público.
Não faz parte da
A grande diferença é
OSCIP (Organização Administração
que as OS absorveram
da Sociedade Civil de serviços do Estado e as Pública direta ou
Termo de parceria
Interesse Público) OSCIP são entidades indireta;
Lei 9.790/99 que buscam fomento e
se enquadram nos Recebe fomento
requisitos da lei.
(incentivo) do
São instituídas por Estado;
servidores públicos sob
forma de fundação,
EA (Entidades de
Convênio, contrato, associação ou Presta atividade
apoio)
acordo; cooperativa; com a de interesse
Lei 8.958/94
finalidade de apoiar social;
projetos de ensino,
pesquisa, extensão, etc.
SSA (Serviços Sujeito a
Lei específica para Entidades como: do controle da
Sociais Autônomos)
cada Sesi, Senai, Senac, Administração
Lei específica para
entidade. Sesc, etc.
cada entidade. Pública;
Termo de
OSC (Organizações colaboração ou São as demais Serviço não
da Sociedade Civil) termo entidades que buscam
exclusivo do
Lei 13.019/2014 e de fomento ou parceria com o Estado
13.243/16. acordo de para conseguir fomento. Estado;
cooperação;
3. Responsabilidade Civil do Estado
Excludentes
3.2 Teoria do Risco Integral: Dano ambiental, atividade nuclear, queda de aeronave por ato
de guerra ou ato terrorista.
● Não há excludentes.
Estado
Ação de regresso:
responsabilidade
subjetiva
Vítima Agente
Art. 37 da CF
A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
§ 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda
da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação
previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
Atos de improbidade
Art. 9º Constitui ato de Art. 10. Constitui ato de
improbidade administrativa improbidade administrativa que
Art. 11. Constitui ato de
importando em enriquecimento causa lesão ao erário qualquer
improbidade administrativa que
ilícito auferir, mediante a prática ação ou omissão dolosa, que
atenta contra os princípios da
de ato doloso, qualquer tipo de enseje, efetiva e
administração pública a ação ou
vantagem patrimonial indevida comprovadamente, perda
omissão dolosa que viole os
em razão do exercício de cargo, patrimonial, desvio,
deveres de honestidade, de
de mandato, de função, de apropriação, malbaratamento
imparcialidade e de legalidade
emprego ou de atividade nas ou dilapidação dos bens ou
[...]
entidades referidas no art. 1º haveres das entidades referidas
desta Lei [...] no art. 1º desta Lei [...]
Perda dos bens ou valores Perda dos bens ou valores
acrescidos ilicitamente ao acrescidos ilicitamente ao
patrimônio, perda da função patrimônio, se concorrer esta
Pagamento de multa civil de até
pública, suspensão dos direitos circunstância, perda da função
24 (vinte e quatro) vezes o valor
políticos até 14 (catorze) anos, pública, suspensão dos direitos
da remuneração percebida pelo
pagamento de multa civil políticos até 12 (doze) anos,
agente e proibição de contratar
equivalente ao valor do pagamento de multa civil
com o poder público ou de
acréscimo patrimonial e equivalente ao valor do dano e
receber benefícios ou incentivos
proibição de contratar com o proibição de contratar com o
fiscais ou creditícios, direta ou
poder público ou de receber poder público ou de receber
indiretamente, ainda que por
benefícios ou incentivos fiscais benefícios ou incentivos fiscais
intermédio de pessoa jurídica
ou creditícios, direta ou ou creditícios, direta ou
da qual seja sócio majoritário,
indiretamente, ainda que por indiretamente, ainda que por
pelo prazo não superior a 4
intermédio de pessoa jurídica intermédio de pessoa jurídica
(quatro) anos;
da qual seja sócio majoritário, da qual seja sócio majoritário,
pelo prazo não superior a 14 pelo prazo não superior a 12
(catorze) anos; (doze) anos;
Prescrição: Tema sensível e que sofreu diversas alterações com as Lei nº 14.230/2021. Se
antes o prazo de prescrição era (basicamente) de cinco anos, agora o prazo é de 8 anos para
prescrição. O objetivo da prescrição é dar estabilidade às relações jurídicas.
5. Compliance
5.2 Responsabilidade
Responsabilidade
Objetiva Subjetiva
Dirigentes ou
Pessoas jurídicas
administradores
Ou de qualquer pessoa
natural que participe como
autora, coautora ou partícipe
5.3 Sanções
Esfera administrativa
Art. 6º
Esfera judicial
Art. 19
Em razão da prática de atos previstos no art. 5º desta Lei, a União, os Estados, o Distrito Federal
e os Municípios, por meio das respectivas Advocacias Públicas ou órgãos de representação judicial,
ou equivalentes, e o Ministério Público, poderão ajuizar ação com vistas à aplicação das seguintes
sanções às pessoas jurídicas infratoras:
I - perdimento dos bens, direitos ou valores que representem vantagem ou proveito direta ou
indiretamente obtidos da infração, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé;
II - suspensão ou interdição parcial de suas atividades;
III - dissolução compulsória da pessoa jurídica;
IV - proibição de receber incentivos, subsídios, subvenções, doações ou empréstimos de órgãos
ou entidades públicas e de instituições financeiras públicas ou controladas pelo poder público, pelo
prazo mínimo de 1 (um) e máximo de 5 (cinco) anos.
6. Controle da Administração Pública
Atos eivados de
Poder-dever Anular
vício/ilegais
Administração
Atos legais, por
Pode Revogar conveniência ou
oportunidade
O processo administrativo não depende de forma determinado, a não ser que esteja
expressamente previsto em lei, isso se dá em razão do princípio da informalismo aplicado aos
processos administrativos (art. 22). O processo administrativo é composto pelas seguintes fases:
a) Instauração: de ofício ou a pedido; com observância aos requisitos do artigo 6º, motivação,
possibilidade de vários pedidos em um único requerimento (art. 8º);
b) Instrução: princípio da oficialidade, que não afasta as iniciativas dos interessados (art. 29);
vedada as provas obtidas ilicitamente (art. 30), sendo admissível prova emprestada (591 do
STJ); com possibilidade de juntar documentos, pareceres, requerer diligências (art. 38);
possibilidade de medida acautelatória (art. 45); relatório feito pelo órgão processante.
c) Decisão: dever de decidir (art. 48) no prazo de 30 dias, salvo prorrogação motivada (art. 49).
Recurso - 3ª instância
administrativa
Recurso - 2ª instância
administrativa
Decisão recorrida
8. Bens Públicos
8.1 Classificação
* Para todos verem: quadro
8.2 Características
Inalienabilidade:
Significa que bens públicos não podem ser vendidos livremente, mas essa regra não é
absoluta! Os bens de uso especial e os bens de uso comum são inalienáveis (são bens fora do
comércio), essa é a regra.
Impenhorabilidade:
Os bens públicos não podem ser objeto de uma constrição judicial, de uma execução. Não
poder ser objeto de garantia;
Imprescritibilidade:
Trata-se da prescrição aquisitivas (usucapião). Nesse sentido, os bens públicos não
podem ser adquiridos pela posse mansa e pacífica por determinado espaço de tempo
continuado, nos moldes da legislação civil.
Importante salientar que a imprescritibilidade atinge inclusive os bens não afetados, não
sendo estes, também, passíveis de usucapião (art. 183, §3º e 191, parágrafo único, ambos da
Constituição Federal).
Não onerabilidade:
Os bens públicos não podem ser objetos de direito real de garantia, ou seja, não fica
sujeito à instituição de penhor, anticrese ou hipoteca para garantir débitos do ente estatal.
9. Agentes Públicos
9.1 Provimento
Ato pelo qual o particular vincula-se à Administração Pública ou a um novo cargo desta;
Formas:
9.2 Nomeação
Forma originária de provimento, podendo ser em comissão (CC) ou em caráter efetivo
(com aprovação em concurso público)
* Para todos verem: esquema
Nomeação Exercício
(estágio
probatório)
§ 2o Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior
com prazo de validade não expirado.
ATENÇÃO
• Se não aprovado no estágio probatório será exonerado; se estável (por conta de outro
cargo) será reconduzido ao cargo anteriormente ocupado.
9.4 Estabilidade
• A partir de 3 anos de exercício, cumpridos os demais requisitos;
• Estabilidade de 2 anos do estatuto é INCONSTITUCIONAL.
9.5 Readaptação e Reversão
* Para todos verem: esquema
Readaptação Reversão
Reintegração Recondução
Aproveitamento Promoção:
Retorno do servidor em disponibilidade Progresso do servidor, dentro da mesma
Súmula 39/STF: À falta de lei, carreira
funcionário em disponibilidade não pode Só poderá ocorrer em cargos com
exigir, judicialmente, o plano de carreira;
seu aproveitamento, que fica Critérios: merecimento e a
subordinado ao critério de conveniência antiguidade;
da administração.
10. Poderes Administrativos
Vinculado
Polícia Discricionário
Poderes
Disciplinar Regulamentar
Hierárquico
Discricionariedade
Oportunidade/conveniência ao aplicar
Auto-executoriedade
Coercibilidade
Abuso de poder:
* Para todos verem: esquema
Concessão Permissão
Concessão ocorre apenas para pessoa Permissão ocorre para pessoa física ou
jurídica ou consórcio de empresas jurídica (autorização também)
Prazo máximo de 35 anos, sendo vedada a Sem prazo (doutrina aceita), caso haja e
renovação automática tenha rescisão anterior, cabe indenização
ATOS ATOS
VINCULADOS DISCRICIONÁRIOS
competência competência
(vinculado) (vinculado)
finalidade finalidade
(vinculado) (vinculado)
forma forma
(vinculado) (vinculado)
MOTIVO
motivo Essa margem de liberdade
(discricionário
(vinculado) ) é chamada de
MÉRITO ADMINISTRATIVO.
OBJETO
objeto
(discricionário
(vinculado)
)
Discricionariedade: margem de liberdade, conferida pelo legislador, para que o agente público
avalie a conveniência e a oportunidade para prática do ato.
• Lei autoriza = ato discricionário.
• Lei determina = ato vinculado.
• não se decidirá com base em valores jurídicos abstratos sem que sejam consideradas
as consequências práticas da decisão;
• motivação deve demonstrar necessidade e a adequação da medida imposta ou da
invalidação de ato, contrato, etc., inclusive em face das possíveis alternativas;
• decisão que decretar a invalidação de ato deve indicar de modo expresso
consequências jurídicas e administrativas;
• decisão sobre regularidade de conduta ou validade de ato, contrato, etc., serão
consideradas as circunstâncias práticas que houverem imposto, limitado ou
condicionado a ação do agente;
• Revisão de ato, contrato etc. cuja produção já se houver completado levará em conta
as orientações gerais da época: vedada invalidação com base em mudança posterior
de orientação geral.
1. A Nova Lei nº 14.133/21 está em vacacio legis? Não. Vigente desde a publicação.
1. A lei nº 8.666/93 já está revogada? Não. Vigente até 01 de abril de 2023.
2. ADM pode escolher.
3. Não pode misturar.
4. Lei escolhida rege o contrato respectivo.
5. Cuidado com o enunciado.
Art. 28 Modalidades:
i - pregão;
ii - concorrência;
iii - concurso;
iv - leilão;
v - diálogo competitivo.
VEDADA a criação de outras modalidades de licitação ou combinação.
Inexigibilidade Dispensa
- Inviabilidade de - É possível licitar
competição - Lei autoriza não licitar
- Licitação é "impossível" - Discricionária
- Rol exemplificativo - Rol tatxativo
art. 74. é inexigível a licitação quando inviável a competição, em especial nos casos de:
i - aquisição de materiais, de equipamentos ou de gêneros ou contratação de serviços com
[fornecedor] exclusivo;
ii - contratação de profissional do setor artístico, diretamente ou por meio de empresário
exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública;
iii - contratação dos seguintes serviços técnicos especializados de natureza
predominantemente intelectual com profissionais ou empresas de notória especialização,
vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação:
Revogação Anulação
- Fato Superveninete; - Vício insanável;
- Interesse público; - Ilegalidade;
- Total apenas; - Total ou parcial;
- Vedada após assinatura do contrato. - Possível mesmo após contrato.
17.1 Modalidades
17.1.1 Supressiva:
Desapropriação
● Desapropriação ordinária (CF/88, art. 5º, XXIV)
● Desapropriação Urbanística (CF/88, art. 182, § 4º)
● Desapropriação Rural - reforma agrária (CF/88, art. 184)
● Desapropriação “Confiscatória” (CF/88, art. 243)
Procedimento
1. Fase declaratória: decreto expropriatório; início do prazo caducidade (2 ou 5);
direito de penetrar no bem;
Fase executória:
1. Processo administrativo (se houver acordo = FIM); ou
2. Ação de desapropriação: discussão (mérito) sobre o valor da indenização apenas;
Imissão provisória na posse: urgência + depósito de valor arbitrado pelo Juiz;
17.1.2 Restritiva:
1.Servidão Administrativa;
2.Requisição;
3.Ocupação Temporária;
4.Limitações Administrativas;
5.Tombamento.
Retrocessão;
Direito de extensão;
Desapropriação indireta.
Caderno de Questões – Direito Administrativo
Franciele Kühl, Maria Valentina de Moraes e Matheus DeGregori
1
Caderno de Questões – Direito Administrativo
Franciele Kühl, Maria Valentina de Moraes e Matheus DeGregori
XXXII Exame
1) FGV – 2021 - OAB - XXXII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q31
A União, diante da necessidade de utilização do imóvel produtivo de Astrobaldo para fazer passar importante
oleoduto, fez editar Decreto que declarou a utilidade pública do bem para tal finalidade e determinou que a
concessionária do setor levasse a efeito a mencionada intervenção, na forma do contrato de concessão, de modo a
instituir o respectivo direito real de gozo para a Administração Pública. Astrobaldo recusou-se a permitir o ingresso
de prepostos da referida sociedade no bem para realizar as respectivas obras, o que levou a concessionária a
ajuizar ação específica, com pedido liminar de imissão provisória na posse, para a implementação do estabelecido
no Decreto. Diante dessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta.
A) A concessionária não poderia levar a efeito a intervenção do Estado na propriedade pretendida pela União,
porque não pode exercer poder de polícia.
C) O pedido de imissão provisória na posse foi equivocado, porque não é cabível o procedimento da ação de
desapropriação na intervenção em comento, cuja modalidade é a servidão.
D) O eventual deferimento da imissão provisória na posse importará no dever de acrescer juros compensatórios
sobre a indenização que venha a ser determinada no processo.
XXX Exame
2) FGV – 2019 - OAB - XXX Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q32
Após comprar um terreno, Roberto iniciou a construção de sua casa, sem prévia licença, avançando para além dos
limites de sua propriedade e ocupando parcialmente a via pública, inclusive com possibilidade de desabamento de
parte da obra e risco à integridade dos pedestres. No regular exercício da fiscalização da ocupação do solo urbano,
o poder público municipal, observadas as formalidades legais, valendo-se da prerrogativa de direito público que,
calcada na lei, autoriza-o a restringir o uso e o gozo da liberdade e da propriedade privada em favor do interesse da
coletividade, determinou que Roberto demolisse a parte irregular da obra. O poder administrativo que fundamentou
a determinação do Município é o poder
A) de hierarquia, e, pelo seu atributo da coercibilidade, o particular é obrigado a obedecer às ordens emanadas
pelos agentes públicos, que estão em nível de superioridade hierárquica e podem usar meios indiretos de coerção
para fazer valer a supremacia do interesse público sobre o privado.
B) disciplinar, e o particular está sujeito às sanções impostas pela Administração Pública, em razão do atributo da
imperatividade, desde que haja a prévia e imprescindível chancela por parte do Poder Judiciário.
C) regulamentar, e os agentes públicos estão autorizados a realizar atos concretos para aplicar a lei, ainda que
tenham que se valer do atributo da autoexecutoriedade, a fim de concretizar suas determinações,
independentemente de prévia ordem judicial.
D) de polícia, e a fiscalização apresenta duplo aspecto: um preventivo, por meio do qual os agentes públicos
procuram impedir um dano social, e um repressivo, que, face à transgressão da norma de polícia, redunda na
aplicação de uma sanção.
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Caderno de Questões – Direito Administrativo
Franciele Kühl, Maria Valentina de Moraes e Matheus DeGregori
XXIX Exame
3) FGV – 2019 - OAB - XXIX Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q27
Luciana, imbuída de má-fé, falsificou documentos com a finalidade de se passar por filha de Astolfo (recentemente
falecido, com quem ela não tinha qualquer parentesco), movida pela intenção de obter pensão por morte do pretenso
pai, que era servidor público federal. Para tanto, apresentou os aludidos documentos forjados e logrou a concessão
do benefício junto ao órgão de origem, em março de 2011, com registro no Tribunal de Contas da União, em julho
de 2014. Contudo, em setembro de 2018, a administração verificou a fraude, por meio de processo administrativo
em que ficou comprovada a má-fé de Luciana, após o devido processo legal.
Sobre essa situação hipotética, no que concerne ao exercício da autotutela, assinale a afirmativa correta.
A) A administração tem o poder-dever de anular a concessão do benefício diante da má-fé de Luciana, pois não
ocorreu a decadência.
B) O transcurso do prazo de mais de cinco anos da concessão da pensão junto ao órgão de origem importa na
decadência do poder-dever da administração de anular a concessão do benefício.
C) O controle realizado pelo Tribunal de Contas por meio do registro sana o vício do ato administrativo, de modo
que a administração não mais pode exercer a autotutela.
4) FGV – 2019 - OAB - XXIX Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q31
O Município Alfa planeja estabelecer uma parceria público-privada para a construção e operação do metrô, cujo
contrato terá vigência de trinta e cinco anos. Como a receita com a venda das passagens é inferior ao custo de
implantação/operação do serviço, o ente local aportará recursos como complementação da remuneração do parceiro
privado. Sobre a questão, assinale a afirmativa correta.
A) Como o parceiro privado será remunerado pela tarifa do serviço de transporte e por uma contrapartida do poder
público, a concessão será celebrada na modalidade administrativa.
B) A contrapartida do parceiro público somente pode se dar em dinheiro, não sendo permitido qualquer outro
mecanismo, a exemplo da outorga de direitos em face da Administração Pública.
C) A vigência do futuro contrato é adequada, mas, por se tratar de negócio com duração de trinta e cinco anos, não
poderá haver prorrogação contratual.
D) Independentemente da proporção da contrapartida do parceiro público frente ao total da receita auferida pelo
parceiro privado, não haverá necessidade de autorização legislativa específica.
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Caderno de Questões – Direito Administrativo
Franciele Kühl, Maria Valentina de Moraes e Matheus DeGregori
XXVIII Exame
5) FGV – 2019 - OAB - XXVIII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q30
A União celebrou convênio com o Município Alfa para a implantação de um sistema de esgotamento sanitário. O
Governo Federal repassou recursos ao ente local, ficando o município encarregado da licitação e da contratação da
sociedade empresária responsável pelas obras. Após um certame conturbado, cercado de denúncias de
favorecimento e conduzido sob a estreita supervisão do prefeito, sagrou-se vencedora a sociedade empresária Vale
Tudo Ltda. Em escutas telefônicas, devidamente autorizadas pelo Poder Judiciário, comprovou-se o direcionamento
da licitação para favorecer a sociedade empresária Vale Tudo Ltda., que tem, como sócios, os filhos do prefeito do
Município Alfa. Tendo sido feita perícia no orçamento, identificou-se superfaturamento no preço contratado.
A) Não compete ao Tribunal de Contas da União fiscalizar o emprego dos recursos em questão, pois, a partir do
momento em que ocorre a transferência de titularidade dos valores, encerra-se a jurisdição da Corte de Contas
Federal.
C) Apenas os agentes públicos estão sujeitos às ações de improbidade, de forma que terceiros, como é o caso da
sociedade empresária Vale Tudo Ltda., não podem ser réus da ação judicial e, por consequência, imunes à eventual
condenação ao ressarcimento do erário causado pelo superfaturamento.
D) Por se tratar de ato de improbidade administrativa que causou prejuízo ao erário, os agentes públicos envolvidos
e a sociedade empresária Vale Tudo Ltda. estão sujeitos ao integral ressarcimento do dano, sem prejuízo de outras
medidas, como a proibição de contratar com o Poder Público ou receber incentivos fiscais por um prazo determinado.
XXVII Exame
6) FGV – 2018 - OAB - XXVII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q31
No ano corrente, a União decidiu criar uma nova empresa pública, para a realização de atividades de relevante
interesse econômico. Para tanto, fez editar a respectiva lei autorizativa e promoveu a inscrição dos respectivos atos
constitutivos no registro competente. Após a devida estruturação, tal entidade administrativa está em vias de iniciar
suas atividades.
A) A participação de outras pessoas de direito público interno, na constituição do capital social da entidade
administrativa, é permitida, desde que a maioria do capital votante permaneça em propriedade da União.
B) A União não poderia ter promovido a inscrição dos atos constitutivos no registro competente, na medida em que
a criação de tal entidade administrativa decorre diretamente da lei.
C) A entidade administrativa em análise constitui uma pessoa jurídica de direito público, que não poderá contar com
privilégios fiscais e trabalhistas.
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Caderno de Questões – Direito Administrativo
Franciele Kühl, Maria Valentina de Moraes e Matheus DeGregori
D) Os contratos com terceiros destinados à prestação de serviços para a entidade administrativa, em regra, não
precisam ser precedidos de licitação.
7) FGV – 2018 - OAB - XXVII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q32
Após a contratação, sob o regime de empreitada por preço unitário, da sociedade empresária Faz de Tudo Ltda.
para a construção do novo edifício-sede de uma agência reguladora, a Administração verifica que os quantitativos
constantes da planilha orçamentária da licitação – e replicados pela contratada – são insuficientes para executar o
empreendimento tal como projetado. Por isso, será necessário aumentar as quantidades de alguns serviços. Em
termos financeiros, o acréscimo será de 20% – que corresponde a R$ 2.000.000,00 – em relação ao valor inicial
atualizado do contrato.
A) O acréscimo de serviços poderá ser combinado apenas verbalmente, não sendo necessária sua redução a termo.
B) Por se tratar de cláusula exorbitante, mesmo que a sociedade empresária Faz de Tudo Ltda. não concorde com
o acréscimo, a alteração poderá ser determinada unilateralmente pela Administração.
C) O contratado só está obrigado a aceitar os acréscimos de até 15% (quinze por cento) em relação ao valor inicial
atualizado do contrato; superado esse limite, a alteração só pode ocorrer com o consentimento da sociedade
empresária Faz de Tudo Ltda.
D) Diante da deficiência do projeto básico, a Administração deve obrigatoriamente anular o contrato após serem
oportunizados o contraditório e a ampla defesa à sociedade empresária Faz de Tudo Ltda.
XXVI Exame
8) FGV – 2018 - OAB - XXVI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q28
Em uma movimentada rodovia concedida pela União a uma empresa privada, um veículo particular colidiu com
outro, deixando diversos destroços espalhados pela faixa de rolamento. Um dos objetos deixados sobre a pista
cortou o pneu de um terceiro automóvel, causando a colisão deste em uma mureta de proteção.
A) A concessionária deve responder objetivamente pelos danos causados, com fundamento na teoria do risco
administrativo.
C) A concessionária responde pelos danos materiais causados ao terceiro veículo, com fundamento na teoria do
risco integral, isto é, ficou comprovado que o dano foi causado por culpa exclusiva de terceiro ou por força maior.
D) O proprietário do terceiro automóvel só será reparado pelos danos materiais caso demonstre a culpa da
concessionária, caracterizada, por exemplo, pela demora excessiva em promover a limpeza da rodovia.
9) FGV – 2018 - OAB - XXVI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q32
Maria foi aprovada em concurso para o cargo de analista judiciário do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, mas,
após ter adquirido a estabilidade, foi demitida sem a observância das normas relativas ao processo administrativo
disciplinar. Em razão disso, Maria ajuizou ação anulatória do ato demissional, na qual obteve êxito por meio de
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Caderno de Questões – Direito Administrativo
Franciele Kühl, Maria Valentina de Moraes e Matheus DeGregori
decisão jurisdicional transitada em julgado. Nesse interregno, contudo, Alfredo, também regularmente aprovado em
concurso e estável, foi promovido e passou a ocupar o cargo que era de Maria.
A) A invalidação do ato demissional de Maria não poderá importar na sua reintegração ao cargo anterior,
considerando que está ocupado por Alfredo.
B) Maria, em razão de ter adquirido a estabilidade, independentemente da existência e necessidade do cargo que
ocupava, deverá ser posta em disponibilidade.
C) Maria deverá ser readaptada em cargo superior ao que ocupava anteriormente, diante da ilicitude de seu ato
demissional.
D) Em decorrência da invalidade do ato demissional, Maria deve ser reintegrada ao cargo que ocupava e Alfredo
deverá ser reconduzido para o cargo de origem.
XIII Exame
10) FGV – 2014 - OAB - XIII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q29
A União licitou, mediante concorrência, uma obra de engenharia para construir um hospital público. Depois de
realizadas todas as etapas previstas na Lei n. 8.666/93, sagrou- se vencedora a Companhia X. No entanto, antes
de se outorgar o contrato para a Companhia X, a Administração Pública resolveu revogar a licitação. Acerca do
tema, assinale a afirmativa correta.
A) A Administração Pública pode revogar a licitação, por qualquer motivo, principalmente por ilegalidade, não
havendo direito subjetivo da Companhia X ao contrato.
B) A revogação depende da constatação de ilegalidade no curso do procedimento e, nesse caso, não pode ser
decretada em prejuízo da Companhia X, que já se sagrou vencedora.
C) A revogação, fundada na conveniência e na oportunidade da Administração Pública, deverá sempre ser motivada
e baseada em fato superveniente ao início da licitação.
D) Quando a Administração lança um edital e a ele se vincula, somente será possível a anulação do certame em
caso de ilegalidade, sendo-lhe vedado, pois, revogar a licitação.
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