Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios
e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
(...)
II – A cidadania;
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos
ou diretamente, nos termos desta Constituição.
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Direitos Políticos – Aspectos Gerais
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
forma indireta. Neste caso, as decisões serão exaradas pelos seus representantes popula-
res eleitos.
Um dos exemplos da manifestação direta da vontade do povo no passado recente ocor-
reu em 2005, quando o povo foi chamado a concordar ou discordar sobre uma decisão polí-
tica tomada pelo Congresso Nacional. Nas deliberações do Estatuto do Desarmamento (Lei
n. 10.826/2003), o Congresso definiu que, atendidas as condições legais, é possível que os
cidadãos possuam armas e, em certas circunstâncias, portem armas de fogo. Dada a impor-
tância e repercussão dessa decisão, o Congresso decidiu submeter a sua opção a um refe-
rendo popular. Em 2005, o povo foi chamado a dizer sim ou não ao desarmamento. Ao final, o
povo decidiu pela manutenção do Estatuto, ou seja, atendidas as condições legais, ter direito
a adquirir armas de fogo.
A interferência do povo de forma direta ocorre por meio de plebiscito, referendo, iniciativa
popular de leis e propositura de ação popular. De forma indireta, o povo participa por meio de
representantes eleitos.
10m
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com
valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
Em outras palavras, a forma de exercício da soberania popular ocorre por meio dos direi-
tos políticos.
15m
Os direitos políticos são tratados nos arts. 14 a 16 da Constituição Federal.
Os direitos fundamentais são um dos elementos da tríade do Direito Constitucional, ao lado
da organização do Estado e da organização dos poderes. As constituições modernas tratam
dos direitos fundamentais dentro do próprio texto, pois se trata de uma forma de limitação do
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Direitos Políticos – Aspectos Gerais
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
poder do Estado e de previsão de deveres estatais que devem ser cumpridos para que exista o
respeito à dignidade da pessoa humana. O tratamento dos direitos fundamentais está no Título
II da Constituição Federal, e compõe-se dos arts. 5º ao 17.
A Constituição Federal adotou uma classificação das espécies de direitos fundamentais,
adotada pelo próprio legislador constituinte. São elas:
Assim, os direitos políticos são uma das espécies de direitos fundamentais. Diante de
normas restritivas de direitos políticos, o art. 15 da Constituição elenca as hipóteses de perda
ou suspensão dos direitos políticos.
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
I – cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
II – incapacidade civil absoluta;
III – condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
IV – recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
V – improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
Como se está diante de normas restritivas dos direitos fundamentais, isso significa que
essas normas recebem uma interpretação restritiva. Não é possível atribuir interpretação
ampliativa ou extensiva a essas normas. Exemplo de aplicação da interpretação restritiva:
art. 71 do Código Eleitoral, que trata das hipóteses de cancelamento da inscrição eleitoral.
Por outro lado, diante de normas que atribuem ou reconhecem direitos políticos, essas normas
receberão interpretação extensiva ou ampliativa. Essa é uma das razões pelas quais se conclui
que o rol de direitos políticos previstos no art. 14 da Constituição é meramente exemplificativo.
25m
Assim, qualquer outro meio que permita ao povo manifestar a sua vontade e interferir na
tomada das decisões (exemplos: tuitaços, manifestações em redes sociais e manifestações popu-
lares a partir do exercício do direito de reunião, previsto no art 5º, inciso XVI) serão consideradas
formas legítimas de exercício da cidadania, ainda que não previstas expressamente no art. 14.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula pre-
parada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
www.grancursosonline.com.br 3
DIREITO ELEITORAL
Direitos Políticos – Aspectos Gerais II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
RELEMBRANDO
Os direitos políticos constituem instrumentos para o exercício da soberania popular. O
povo exerce a sua soberania popular de duas formas, segundo o art. 1º, parágrafo único
da Constituição:
DIREITOS POLÍTICOS
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Direitos Políticos – Aspectos Gerais II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
participar das escolhas e interferir na tomada das decisões. Contudo, o sufrágio universal
não significa que qualquer pessoa será titular de direitos políticos. Na verdade, qualquer
pessoa que preencher os requisitos mínimos será titular de direitos políticos. Os dois requisi-
tos são nacionalidade e idade.
O sufrágio universal é uma contraposição ao sufrágio restritivo. Como espécies de sufrá-
gio restritivo havia o sufrágio censitário (baseado na capacidade financeira ou formação aca-
dêmica) e o sufrágio capacitário. O sufrágio universal é gênero, e como espécies há o voto,
o plebiscito, o referendo e a iniciativa popular de leis.
O voto tem algumas características. É direto e sem intermediação (para efeito de compa-
ração, o sistema eleitoral dos Estados Unidos, em que o povo escolhe os delegados que vão
votar). Em regra, as eleições no Brasil são diretas, mas nas hipóteses previstas na Consti-
tuição ou em lei, é possível a realização de eleições indiretas (exemplo: dupla vacância no
segundo biênio do mandato de presidente e vice-presidente, por motivo de morte, renúncia
ou cassação).
10m
Os presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e o presidente do STF
não viram presidentes da República automaticamente em caso de vacância. O Congresso
Nacional deve convocar novas eleições em 30 dias, que serão indiretas se a dupla vacância
ocorrer no segundo biênio do mandato. Neste caso, o Congresso irá escolher o novo presi-
dente e o vice-presidente da República.
No art. 224, §§ 3º e 4º do Código Eleitoral, existe a previsão de realização de eleições
indiretas em caso de indeferimento do registro, cassação do registro, decretação de perda
do diploma e decretação de perda de mandato pela Justiça Eleitoral de quem tem cargo de
chefe do Poder Executivo estadual e municipal. Essa eleição será indireta se a decretação
de perda de mandato ocorrer nos últimos seis meses do mandato.
Outra característica do voto é a sua pessoalidade. Isso significa que não se admite voto
por procuração, ainda que haja uma justa razão. Para efeito de comparação, no Brasil é pos-
sível dar entrada no pedido de casamento por procuração.
15m
Devido ao fato de o voto ser secreto, adota-se uma série de mecanismos para garantir a sua
sigilosidade. Quando o eleitor vai votar, o voto ocorre em uma cabine indevassável. A urna ele-
trônica é dotada de mecanismos de criptografia para evitar revelar em quem cada eleitor votou.
Com base na sigilosidade do voto, o STF declarou a inconstitucionalidade do voto impresso
no Brasil. Por duas vezes, na Lei n. 10.408/2002 e na Lei n. 13.165/2015, o Congresso adotou
o voto híbrido no Brasil, em que o eleitor poderia comparecer à urna eletrônica e digitar o seu
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Direitos Políticos – Aspectos Gerais II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
voto; após a confirmação, a descrição deste voto seria impressa e o papel depositado em um
receptáculo. Nas duas vezes, o STF declarou a inconstitucionalidade do modelo. No entanto,
o voto impresso não é inconstitucional, pois de acordo com o próprio STF cabe ao Congresso
prever o modelo de voto a ser adotado no Brasil. O que a Corte decidiu é que os modelos pre-
vistos pelas Leis n. 10.408/2002 e n. 13.165/2015 fragilizam a sigilosidade do voto.
Outra característica do voto é que ele tem valor igual para todos, com base no princípio
da isonomia formal. Não importa se é um analfabeto ou alguém com pós-doutorado, se é um
milionário ou alguém que esteja na categoria da miséria: para cada cidadão brasileiro, o voto
tem o mesmo valor. Vale a máxima “um homem, um voto”.
20m
O art. 14, inciso I prevê que o plebiscito é outra forma de exercício da soberania popular.
O plebiscito nada mais é do que uma consulta popular. Para a criação de novos entes fede-
rativos e territórios federais, o art. 18, § 3º da Constituição prevê, dentre outros requisitos,
a realização de um plebiscito com a população diretamente interessada. Em 2011, surgiu
na pauta brasileira a discussão para a criação de dois novos entes federativos: o estado de
Tapajós e o estado de Carajás, a partir do desmembramento do estado do Pará. A popula-
ção do estado do Pará votou pelo não desmembramento do estado, decisão que vinculou o
Congresso Nacional, que sequer pôde discutir a pauta. Assim, o plebiscito é uma espécie de
consulta popular na qual o povo se manifesta antes da edição do ato legislativo ou adminis-
trativo (exemplo: a edição de um decreto). O tema plebiscito, referendo e iniciativa popular
de leis é tratado pela Lei n. 9.709/1998.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula pre-
parada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 3
DIREITO ELEITORAL
Direitos Políticos – Aspectos Gerais III
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
RELEMBRANDO
Na última aula, tratamos sobre as espécies de sufrágio, voto e suas características e
plebiscito.
O plebiscito, regulado pela Lei n. 9.709/1998, se constitui como uma consulta popular
realizada antes da edição de um ato legislativo ou administrativo. O plebiscito é exigido
expressamente na Constituição para os processos de criação de novos entes federativos.
Temos como espécie de direitos políticos, espécie de sufrágio, o referendo, que também
se caracteriza como uma consulta popular. Diferentemente do plebiscito, o referendo se
dá após a edição do ato legislativo, ato administrativo, podendo o povo ratificar ou rejeitar
esse ato. Referendo é uma das formas de manifestação dos direitos políticos, uma das
formas de exercício da soberania popular.
• Art. 14 da CF
• Referendo
• Iniciativa popular de leis
• Ação popular
Obs.: Além do referendo, tem-se como uma das formas da soberania popular, a iniciativa
popular de leis, que nada mais é do que a possibilidade de apresentação de um pro-
jeto de lei pelo povo ao Poder Legislativo.
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Direitos Políticos – Aspectos Gerais III
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Ao cumprir os requisitos, esse projeto de lei de iniciativa popular deverá ser apresentado
à Câmara dos Deputados (casa iniciadora do projeto de lei). Caso aprovado na Câmara dos
Deputados, o projeto será encaminhado ao Senado Federal, que atuará, no âmbito do projeto
de lei, como casa revisora.
10m
Dentre as formas estabelecidas para os exercícios dos direitos políticos, há a ação popu-
lar, prevista no art. 5º, inciso LXXIII, da Constituição Federal.
A Constituição prevê a ação popular enquanto forma de o povo fiscalizar e buscar a anu-
lação de atos lesivos, forma de o povo interferir na tomada de decisões.
ATENÇÃO
A ação popular, conforme previsto na Constituição Federal, só poderá ser proposta por
cidadão. Ou seja, a CF dispõe que qualquer cidadão poderá propor ação popular, não é
qualquer pessoa (diferentemente do manejo do habeas corpus). A ação popular só poderá
ser manejada por um titular da cidadania, por um titular de direitos políticos; apenas as pes-
soas inscritas perante a Justiça Eleitoral e integrantes do rol de eleitores brasileiros estarão
aptos ao ajuizamento da ação popular, conforme se vê na CF.
Obs.: Como as demais formas de exercício da cidadania, a ação popular não tem custas:
os atos são gratuitos. A propositura de uma ação popular é uma manifestação da
cidadania, logo é gratuita. Salvo se houver má-fé.
15m
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Direitos Políticos – Aspectos Gerais III
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Obs.: Na Constituição Federal há a previsão para que exista a sigilosidade do voto, o escru-
tínio (forma de fazer uma eleição) é secreto.
• A inovação legislativa trazida pelo art. 91-A da Lei n. 9.504/1997, com redação dada
pela Lei n. 12.034/2009, a partir da qual exigida a apresentação concomitante do título
eleitoral e de documento oficial com foto para identificação do eleitor no dia da vota-
ção, embora pensada para combater a fraude no processo eleitoral, instituiu óbice
desnecessário ao exercício do voto pelo eleitor. Questão equacionada sob o viés do
princípio da proporcionalidade, ante a suficiência de documento oficial com foto para
identificação do eleitor, revelando-se medida adequada e necessária para garantir a
autenticidade do voto. [ADI 4.467, rel. min. Rosa Weber, j. 20-10-2020, P, DJE de
29-10-2020.]
25m
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 3
DIREITO ELEITORAL
Direitos Políticos – Aspectos Gerais III
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
• A cláusula tutelar inscrita no art. 14, caput, da Constituição tem por destinatário espe-
cífico e exclusivo o eleitor comum, no exercício das prerrogativas inerentes ao status
activae civitatis. Essa norma de garantia não se aplica, contudo, ao membro do Poder
Legislativo nos procedimentos de votação parlamentar, em cujo âmbito prevalece, como
regra, o postulado da deliberação ostensiva ou aberta. As deliberações parlamentares
regem-se, ordinariamente, pelo princípio da publicidade, que traduz dogma do regime
constitucional democrático. A votação pública e ostensiva nas Casas Legislativas cons-
titui um dos instrumentos mais significativos de controle do poder estatal pela socie-
dade civil. [ADI 1.057 MC, rel. min. Celso de Mello, j. 20-4-1994, P, DJ de 6-4-2001.]
ATENÇÃO
Em regra, nas votações parlamentares, o escrutínio deve se dar de forma aberta, deve ser
voto aberto, voto ostensivo. Isso porque o parlamentar tem o dever de prestação de con-
tas à sociedade. Excepcionalmente, é possível que exista, quando assim a CF o prever,
voto secreto.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula pre-
parada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 4
DIREITO ELEITORAL
Alistamento Eleitoral
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
ALISTAMENTO ELEITORAL
Alistamento eleitoral → ato por meio do qual alguém se credencia perante a Justiça
Eleitoral para se tornar um eleitor. Nesse caso, a Justiça Eleitoral, por meio de sua função
administrativa (de gerir os eleitores e o cadastro eleitoral) habilitará aqueles cidadãos que
preencherem os requisitos constitucionais para que então possam exercê-los. A partir do alis-
tamento eleitoral, temos a inclusão desse cidadão no hall de eleitores brasileiros. Quem não
se registrou não pode votar, pois não consta como eleitor, automaticamente, seus dados não
são inseridos na urna eletrônica. No Brasil, para participar das eleições ou concorrer à cargos
eletivos, é indispensável o alistamento eleitoral.
Obs.: Antes do alistamento eleitoral temos uma pessoa, após o alistamento eleitoral, te-
mos um cidadão.
Obs.: Na primeira etapa (qualificação do eleitor), identifica-se o eleitor, seus dados pes-
soais, para que então possamos aferir se ele preenche os requisitos constitucionais.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Alistamento Eleitoral
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
ATENÇÃO
No Brasil, não existe alistamento eleitoral de ofício. Apenas se o eleitor procurar a Justiça
Eleitoral e apresentar um pedido de alistamento eleitoral, será possível que tenhamos o alis-
tamento. Ainda que o alistamento seja obrigatório, sempre será exigido que o eleitor compa-
reça à Justiça Eleitoral e, então, teremos a observância dessa primeira etapa de qualificação.
Obs.: Se o eleitor preencher todos os requisitos, teremos a segunda etapa que é a inscrição.
Nacionalidade Brasileira
• Brasileiro nato
• Brasileiro naturalizado
Obs.: A Constituição Federal, no art. 19, prevê que nós não podemos admitir a existência
ou a concessão de tratamento diferenciado entre brasileiros. A distinção entre brasi-
leiros natos e naturalizados não é admitida (em caso de alistamento eleitoral), salvo
se aparecer na própria Constituição.
• Português
A previsão que está no art. 12, § 1º, da CF dispõe que aos portugueses com residência
permanente no Brasil e se houver reciprocidade, em favor de brasileiros em Portugal, garan-
te-se os mesmos direitos inerentes ao brasileiro.
15m
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Alistamento Eleitoral
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 3
DIREITO ELEITORAL
Alistamento Eleitoral II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
ALISTAMENTO ELEITORAL II
Espécies de alistamento
• Alistamento obrigatório:
– Brasileiro maior de 18 anos e menor de 70 anos.
ATENÇÃO
Se o examinador reproduzir esse quesito em sua prova, afirmando que o alistamento elei-
toral e o voto são obrigatórios para os maiores de 18 (dezoito) anos, é preciso considerar
como fato verdadeiro. Se houver a reprodução da literalidade dessa disposição constitucio-
nal, estará correto. Entretanto, é preciso entender que não basta ser maior de 18 (dezoito)
anos para que o alistamento e o voto sejam obrigatórios. É preciso estar diante de alguém
que seja maior de 18 (dezoito) anos, menor de 70 (setenta) anos e alfabetizado (já que
para o analfabeto de qualquer idade, o alistamento é facultativo). Preenchidos esses requi-
sitos, estaremos diante de uma obrigação constitucional.
5m
Alfabetizado
Obs.: O não exercício de direito ao voto ou o não alistamento eleitoral de quem se amolda a essa
situação gerará uma multa eleitoral, além de uma série de outras consequências como:
• Não poder retirar o passaporte;
• Não poder tirar a carteira de identidade (RG);
• Não poder fazer empréstimos em Caixas Econômicas Federais;
• Não poder ser empossado em cargos públicos;
• Não poder receber remuneração, soldo, subsídio (decorrente do exercício de função
pública); e
• Não poder se inscrever ou se matricular em estabelecimentos oficiais de ensino.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Alistamento Eleitoral II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
• Alistamento facultativo:
– Maior de 16 anos e menor de 18 anos;
– Maiores de 70 anos;
– Analfabetos.
Obs.: Até a Constituição Federal, havia uma proibição para o alistamento dos analfabetos.
No entanto, veio a Constituição com a finalidade de ampliar a participação do povo
no exercício do poder, com a finalidade de amplificar o exercício da cidadania pelo
povo brasileiro. A Constituição informa que o analfabeto poderá votar, ainda que ele
se aliste, o voto é facultativo. Para fins eleitorais, analfabeto é aquele que não sabe
ler nem escrever minimamente.
10m
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Alistamento Eleitoral II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Art. 15. Não estará sujeita às sanções legais decorrentes da ausência de alistamento e do não
exercício do voto a pessoa com deficiência para quem seja impossível ou demasiadamente onero-
so o cumprimento daquelas obrigações eleitorais.
25m § 1º A pessoa nas condições do caput deste artigo poderá, pessoalmente ou por meio de curador
/curadora, apoiador/apoiadora ou procurador/procuradora devidamente constituído(a) por instru-
mento público ou particular, requerer:
a) a expedição da certidão prevista no inciso VII do art. 3º desta Resolução, com prazo de validade
indeterminado, se ainda não houver se alistado eleitora; ou
b) caso já possua inscrição eleitoral, o lançamento da informação no Cadastro Eleitoral, mediante
comando próprio que a isentará da sanção por ausência às urnas ou aos trabalhos eleitorais.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 3
DIREITO ELEITORAL
Alistamento Eleitoral II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Espécies de Alistamento
• Alistamento proibido
• Estrangeiros
• Conscritos
• CF – art. 14, § 2º – Fim!
Obs.: Para o estrangeiro, não se admite o alistamento eleitoral, pois a nacionalidade brasi-
leira é o pressuposto para a cidadania brasileira. Salvo o caso do português. Para os
outros estrangeiros, o alistamento é proibido.
Ele não sofre suspensão dos direitos políticos, ficando apenas impedido de votar e de ser
votado, mas os demais deveres políticos poderão ser por ele exercidos, conforme entendi-
mento firmado pelo TSE desde 1989.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula pre-
parada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 4
DIREITO ELEITORAL
Elegibilidade
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
ELEGIBILIDADE
REQUISITOS
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Elegibilidade
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
• Nacionalidade brasileira;
• Pleno gozo dos direitos políticos;
• Alistamento eleitoral;
• Domicílio eleitoral na circunscrição;
• Filiação partidária; e
• Idade mínima.
Conforme disposto, para que alguém possa exercer o seu direito à elegibilidade, a pessoa
deve preencher todas as condições de elegibilidade e não incidir em nenhuma das hipóteses
de inelegibilidade.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Elegibilidade
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula pre-
parada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 3
DIREITO ELEITORAL
Elegibilidade II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
ELEGIBILIDADE II
NACIONALIDADE BRASILEIRA
Para que o cidadão possa participar das eleições, ele deve ter nacionalidade brasi-
leira. Isso significa que somente brasileiros poderão participar das eleições e concorrer a
cargos eletivos, porque a nacionalidade brasileira é um pressuposto da cidadania brasileira.
Estrangeiros não podem participar das eleições, porque não são titulares de direitos políticos
brasileiros.
Para fins de exercício do direito de elegibilidade, a Constituição, em seu art. 12, § 3º,
estabelece distinção entre brasileiros natos e brasileiros naturalizados, dispondo de cargos
privativos de brasileiros natos. Os cargos privativos de brasileiros natos são: Presidente da
República; Vice-Presidente da República; Presidente da Câmara dos Deputados; Presidente
do Senado Federal; Ministro do Supremo Tribunal Federal; integrantes das carreiras diplo-
máticas; oficiais das Forças Armadas; e Ministro de Estado da Defesa. Dentre esses cargos,
dois deles são eletivos: Presidente e Vice-Presidente da República, e somente brasileiros
natos podem concorrer a esses cargos.
5m
Ainda que brasileiros naturalizados possam concorrer aos cargos de Deputado Federal e
de Senador da República, se eleitos, não poderão integrar a Mesa Diretora na qualidade de
presidente de uma das Casas Legislativas.
Nos termos do art. 12, § 1º, da Constituição Federal, aos portugueses com residência
permanente no Brasil, se houver reciprocidade, são garantidos os mesmos direitos ineren-
tes aos brasileiros. Desse modo, portugueses podem participar das eleições, nos termos
dispostos.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Elegibilidade II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
A plenitude do exercício da cidadania implica que somente podem participar das eleições
aqueles cidadãos que não incidirem em uma das hipóteses de perda ou de suspensão dos
direitos políticos.
As hipóteses de perda ou de suspensão dos direitos políticos, por decorrente perda de
cidadania brasileira, são: cancelamento da naturalização por sentença judicial transitada em
julgado; incapacidade civil absoluta; condenação criminal transitada em julgado enquanto
durarem seus efeitos; recusa do cumprimento da obrigação legal a todos imposta ou da pres-
tação alternativa, observado o art. 15, VIII, da Constituição; improbidade administrativa, nos
termos do art. 37, § 4º, da Constituição.
Há outra forma de restrição da cidadania brasileira: quem incide nas hipóteses de inele-
gibilidade fica impedido de exercer o direito à legibilidade. Convém observar, no entanto, que
o inelegível não perde o pleno gozo dos direitos políticos. Ele pode votar, pode participar de
referendo, de plebiscito, de iniciativa popular de leis e pode propor ação popular. Isso signi-
fica que o inelegível não participa das eleições por causa da inelegibilidade, mas não por que
deixou de atender à condição de elegibilidade.
10m
ALISTAMENTO ELEITORAL
Somente pode participar das eleições o cidadão que estiver previamente inscrito perante
a Justiça Eleitoral. Então, deve alistar-se, inscrever-se como eleitor e integrar o rol de eleito-
res para que possa participar das eleições. Por isso, no momento do pedido de registro de
candidatura, o eleitor deve comprovar que é eleitor.
DOMICÍLIO ELEITORAL
Quanto aos cargos eletivos, há três circunscrições: município, circunscrição dos cargos
eletivo de Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador; estados e Distrito Federal, circunscrição dos
cargos de Deputado Federal, Senador da República, Deputado Estadual, Deputado Distri-
tal, Governador e Vice-Governador; país, circunscrição dos cargos eletivos de Presidente e
Vice-Presidente.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Elegibilidade II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Para que possa participar das eleições e concorrer aos cargos de Prefeito, Vice-Prefeito
e Vereador, o cidadão deve ter domicílio eleitoral no município do cargo. Por exemplo, se
alguém deseja participar das eleições para Prefeito do município de Crato, Ceará, a pessoa
deve ter domicílio eleitoral na zona eleitoral correspondente ao município de Crato, sob pena
de não poder participar das eleições.
Por outro lado, para participar das eleições para Deputado Federal, Senador da Repú-
blica, Deputado Estadual, Deputado Distrital, Governador e Vice-Governador, o cidadão deve
ter como domicílio eleitoral uma das zonas eleitorais do respectivo estado ou do Distrito
Federal. Por exemplo, se alguém deseja participar das eleições para Deputado Federal no
estado de Pernambuco, a pessoa deve ter domicílio eleitoral em qualquer uma das zonas
eleitorais do estado de Pernambuco, e não necessariamente em Recife. Isso porque não é
exigível que o cidadão, para participar das eleições estaduais e distritais, tenha domicílio elei-
toral na capital; ele pode ter em qualquer uma das zonas eleitorais daquele respectivo estado
ou do Distrito Federal.
Para participar das eleições para Presidente ou Vice-Presidente da República, o cidadão
deve ter domicílio eleitoral em qualquer zona eleitoral do país.
15m
A Constituição Federal exige o domicílio eleitoral na circunscrição do cargo como forma
de fazer com que aqueles que participarão das eleições tenham vínculos com a comunidade
que desejem representar. É necessário ressaltar que o eleito para um cargo eletivo deve
representar uma determinada parcela da população. Por isso, pressupõe-se que o represen-
tante conheça as necessidades, os anseios e os valores da parcela do povo que representam.
É importante notar: domicílio eleitoral por si só não é suficiente para a elegibilidade. O
art. 9º da Lei n. 9.504/1997 estabelece que, para participar das eleições, o cidadão deve ter
domicílio eleitoral na circunscrição do cargo há pelo menos seis meses antes da data das
eleições. A disposição surge das alterações promovidas pela Lei n. 13.487/2017 e pela Lei
n. 13.488/2017.
Quanto aos conceitos de domicílio, há dois: o conceito legal (art. 43, Parágrafo único,
Código Eleitoral) e o conceito jurisprudencial.
O Código Eleitoral, ao tratar do conceito de domicílio eleitoral, dispõe que é considerado
domicílio eleitoral o local onde o eleitor tem residência ou moradia. O conceito de residência
é estabelecido pelo art. 70 do Código Civil: domicílio local é o local onde a pessoa tem a sua
residência com ânimo de permanecer naquela determinada residência. Em outros termos,
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 3
DIREITO ELEITORAL
Elegibilidade II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
residência é onde uma pessoa permanece de forma habitual. Por outro lado, moradia é onde
alguém está por um determinado tempo.
20m
Isto posto, segundo o Código Eleitoral, moradia é suficiente para configuração de domi-
cílio eleitoral. Além disso, caso o cidadão tenha mais de uma moradia, considerar-se-á domi-
cílio eleitoral qualquer uma delas, e não todas elas. Isto é, observa-se que não existe plurali-
dade de domicílio eleitoral: cada eleitor somente pode optar por um único domicílio eleitoral.
Para alterar o domicílio eleitoral, é exigível o procedimento da transferência eleitoral.
Não há que confundir domicílio eleitoral com domicílio civil. O domicílio civil poderá ou
não ser equivalente ao domicílio eleitoral. Diante da fluidez do conceito de moradia, a juris-
prudência do TSE construiu o conceito de domicílio eleitoral. Estabelece que domicílio eleito-
ral é o local onde o eleitor tem vínculos políticos, sociais, patrimoniais ou familiares. É impres-
cindível observar que os vínculos não precisam ser todos preenchidos na mesma feita.
Domicílio Eleitoral
É o lugar em que a pessoa mantém vínculos políticos, sociais e econômicos. A residência é a ma-
terialização desses atributos. (Ac. n. 4.769, TSE)
(...) I – O conceito de domicílio eleitoral não se confunde com o de domicílio do direito comum,
regido pelo Direito Civil. Mais flexível e elástico, identifica-se com a residência e o lugar onde o
interessado tem vínculos políticos e sociais. (Ac. n. 16.397, TSE)
25m
Além disso, o TSE dispõe que a residência é uma mera materialização dos atributos vin-
culativos (Ac. n. 4.769, TSE). Ainda, dispõe que o conceito de domicílio eleitoral não se con-
funde com o conceito de domicílio civil. Isso se dá porque o conceito de domicílio eleitoral é
mais flexível – a ver, até mesmo a moradia pode ser utilizada como parâmetro para fixação
do domicílio eleitoral – e é mais elástico (Ac. n. 16.397, TSE).
Exemplo: foi levado a julgamento, perante o TSE, o caso de uma filha que mantinha uma
relação conflituosa com seu pai e morava no interior. Ao adquirir a maioridade, ela foi para
a capital estudar e lá desenvolveu sua carreira profissional. Por mais de 30 anos, ela nunca
voltou para visitar sua família. Ou seja, houve um rompimento sentimental e de contato, e
então ela manteve o seu domicílio civil na capital do estado. Trinta anos depois, o seu pai,
que havia exercido cargo eletivo nesse município do interior, faleceu. A filha então decidiu
voltar para o município do interior para continuar a vida política de seu pai, e pretendia par-
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 4
DIREITO ELEITORAL
Elegibilidade II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
ticipar das eleições para o cargo de vereadora. Ela então promoveu a transferência eleitoral
no prazo, tendo fixado domicílio eleitoral 6 meses antes da data das eleições. O Ministério
Público então propôs uma ação de impugnação ao registro de candidatura, afirmando que
ela não tinha vínculos com o município, pois por mais de 30 anos teve o seu domicílio na
capital. O caso então chegou ao TSE, que entendeu que para que alguém participe das elei-
ções, basta que tenha vínculos políticos, sociais, patrimoniais ou familiares. Quando o pai
faleceu, a filha se tornou sucessora dele, pois o pai tinha imóveis nesse município do interior.
Então ela tinha vínculos patrimoniais, bem como vínculos sociais com o município. O registro
de candidatura foi então deferido para que ela pudesse participar das eleições.
30m
Filiação Partidária
Para concorrer a cargo eletivo, o eleitor deverá estar filiado ao respectivo partido pelo
menos seis meses antes da data fixada para as eleições.
Candidatura avulsa?
O nacional, no gozo dos seus direitos políticos, poderá filiar-se a partido político.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula pre-
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 5
DIREITO ELEITORAL
Elegibilidade III
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
ELEGIBILIDADE III
FILIAÇÃO PARTIDÁRIA
O art. 14, § 3º, da Constituição Federal de 1988 dispõe que, para participar das eleições,
o cidadão deve ser filiado a um partido político. Desse modo, não há que se falar em candi-
datura avulsa no Brasil.
Filiação partidária é um vínculo jurídico existente entre o cidadão e um partido político.
De acordo com o entendimento do TSE, firmado no julgamento da Consulta n. 755-35, para
configurar filiação partidária, devem compor as partes um cidadão e um partido político regis-
trado no TSE. Logo, o vínculo jurídico entre um partido político em formação e um cidadão
reflete associação civil, e não filiação partidária.
5m
Ademais, convém ressaltar que o cidadão, neste contexto, deve estar em pleno gozo
de seus direitos políticos. O art. 16 da Lei n. 9.906 (Lei dos Partidos Políticos) dispõe que
somente o cidadão que esteja no pleno gozo de seus direitos políticos poderá se filiar a par-
tido político. Em outras palavras, em interpretação a contrario sensu, cidadão que incidir em
uma das hipóteses de perda ou de suspensão dos direitos políticos, estabelecidas no art. 15
da Constituição, não pode se filiar a partido político.
A filiação partidária, requisito constitucional, por si só não é suficiente para que alguém
participe das eleições. O art. 9º da Lei n. 9.504 estabeleceu como condição de elegibilidade
que o cidadão esteja filiado a um partido político há pelo menos seis meses antes da data
das eleições.
Apesar dessa previsão, é possível que o partido político, em seu estatuto, estabeleça
prazo de filiação partidária diverso. Todo partido político, no exercício da sua autonomia par-
tidária, tem o direito de tratar de prazo de filiação partidária de forma diferente. O prazo deve
estar estabelecido no estatuto do partido e deve ser superior ao prazo legal de filiação parti-
dária. Por fim, não pode ocorrer alteração no estatuto quanto à previsão de prazo de filiação
partidária diverso do previsto em lei em ano eleitoral.
10m
Convém observar, ainda, que a Constituição Federal proíbe ao militar da ativa a filiação
partidária. O art. 142, § 3º, inciso V, dispõe que militares não pode se filiar a um partido polí-
tico. Isso não significa que militares não possam participar das eleições. O art. 14, § 8º, da
Constituição estabelece que o militar alistável é elegível. Em oposição, o militar conscrito é
considerado inelegível. Então, do militar da ativa não é exigível filiação partidária; basta que
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Elegibilidade III
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
seja escolhido em convenção partidária. Assim, dentre outros cidadãos aquele que pode par-
ticipar das eleições sem prévia filiação partidária é o militar.
No que se refere à necessidade da avaliação da elegibilidade do militar, a Constituição
estabelece duas situações fáticas: ao militar que tem menos de dez anos de serviço e ao
militar que tem mais de dez anos de serviço. O militar que tenha menos de dez anos de ser-
viço, para que possa participar das eleições, deve se afastar de suas atividades – isto é, deve
deixar a carreira militar. Caso ele não seja eleito, o candidato poderá reintegrar a corporação
militar mediante realização de novo concurso, nos termos do concurso. Por outro lado, o mili-
tar que tenha mais de dez anos de serviço, para participar das eleições, deve ser agregado
à autoridade superior. Nesse contexto, se eleito, ao ser diplomado pela Justiça Eleitoral, o
militar passará à inatividade (art. 14, § 8º, II, CF/88).
15m
IDADE MÍNIMA
A idade mínima é exigência estabelecida pela Constituição para que o cidadão participe
das eleições. Há quatro idades mínimas idades mínimas constitucionais: 18 anos; 21 anos;
30 anos; e 35 anos. Aos 35 anos de idade, todo cidadão adquire a capacidade eleitoral. Mais
especificamente,
Para que alguém possa participar das eleições, uma primeira corrente dispôs que a pessoa
deve ter a idade mínima estabelecida na data do registro de candidatura; uma segunda, que
a pessoa deve ter a idade mínima estabelecida no dia da eleição; e, ainda, uma terceira
corrente dispôs que a pessoa deve ter a idade mínima estabelecida no dia de sua posse. O
art. 11, § 2º, da Lei n. 9.504 pôs fim à divergência: a idade mínima deve ser preenchida na
data da posse, salvo para os cargos cuja idade mínima é 18 anos. No contexto da ressalva,
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Elegibilidade III
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
a idade mínima deverá ser preenchida até o dia do registro de candidatura, sob pena de
ocorrer quebra de igualdade e de oportunidades; mais especificamente, caso o eleito cometa
crime eleitoral e seja menor de 18 anos de idade, ele não poderá ser eventualmente preso, o
que não corresponde ao cenário daquele que possui mais de 18 anos. A disposição foi intro-
duzida pela Reforma Eleitoral de 2017, por força da Lei n. 13.165/2015, que alterou a reda-
ção do art. 11, § 2º, da Lei n. 9.504.
25m
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 3
DIREITO ELEITORAL
Inelegibilidade
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
INELEGIBILIDADE
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Inelegibilidade
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Inelegibilidade é uma causa impeditiva para que alguém participe das eleições e concorra
a cargo eletivo. O inelegível, ainda que preencha todas as condições de elegibilidade, não
pode participar das eleições, porque está impedido.
Inelegibilidade nem sempre decorre de um fato ilícito. Por exemplo, o art. 14, § 4º, da
Constituição dispõe que são inelegíveis os analfabetos. Quem é analfabeto não pode con-
correr às eleições. Analfabetismo não é uma característica ilícita, mas um problema social.
Outra hipótese de inelegibilidade é a seguinte: são inelegíveis, no território de jurisdição
do titular, o cônjuge, bem como os parentes consanguíneos ou afins do Presidente da Repú-
blica, dos Governadores dos estados e do Distrito Federal e dos Prefeitos e de quem os
houver substituído nos seis meses antes da data das eleições (art. 14, § 7º, CF/88). Consiste
em outra hipótese em que não há que se falar em ilicitude.
15m
As inelegibilidades objetivam: resguardar a igualdade de oportunidades nas eleições;
exigir um conhecimento mínimo para o exercício do cargo eletivo; garantir a normalidade e a
legitimidade das eleições; e garantir a moralidade.
Inelegibilidades não decorrem, necessariamente, de fatos ilícitos, ainda que alguns fatos
ilícitos acarretem inelegibilidade.
Para o TSE, inelegibilidade é um impedimento temporário para que alguém possa exer-
cer a sua capacidade eleitoral passiva; ou seja, o inelegível não pode exercer o direito à ele-
gibilidade, mas pode votar, participar de referendo e participar de manifestações populares,
por exemplo (Ac. n. 4.598, TSE).
A pessoa inelegível pode se filiar a um partido político, porque mantém o pleno gozo de
seus direitos políticos. Para ser filiada a um partido político, a pessoa não pode ter sofrido
limitação na plenitude dos direitos políticos. Os dois institutos que geram a restrição da ple-
nitude dos direitos políticos são: a suspensão dos direitos políticos e a perda dos direitos
políticos.
As normas que instituem hipóteses de inelegibilidade devem ser interpretadas restritiva-
mente. Quanto à sua extensão, as inelegibilidades podem ser classificadas em absolutas e
20m
em relativas.
As inelegibilidades absolutas impedem o cidadão de participar das eleições, indepen-
dentemente do cargo a que pretenda concorrer. De outro lado, as inelegibilidades relativas
impedem o cidadão de concorrer a alguns cargos eletivos.
Analfabetos e militares inalistáveis não podem participar das eleições; são exemplos de
inelegibilidade absoluta.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Inelegibilidade
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Inelegibilidade reflexa – parente do chefe do Poder Executivo não pode participar das
eleições no território em que o chefe exerce seu mandato – é um exemplo de inelegibilidade
relativa. Outro caso de inelegibilidade relativa é a reeleição em terceiro mandato consecutivo
do chefe do Poder Executivo para o mesmo cargo que exerceu por dois mandatos consecu-
tivos. Ainda, a incompatibilidade é uma inelegibilidade relativa: o chefe do Poder Executivo,
enquanto chefe do Executivo, não pode participar das eleições para outros cargos eletivos,
mas pode participar da reeleição (art. 14, § 6º, CF/88).
Quanto à norma instituidora, as inelegibilidades podem ser classificadas em constitucio-
nais e infraconstitucionais.
As inelegibilidades constitucionais são aquelas estabelecidas na Constituição Federal. As
hipóteses de inelegibilidade estão listadas no art. 14, nos §§ 4º (analfabetismo e inalistabili-
dade), 5º (reeleição para o terceiro mandato consecutivo do chefe do Executivo), 6º (incom-
patibilidade) e 7º (inelegibilidade reflexa).
25m
Por outro lado, é possível a criação de inelegibilidade por norma infraconstitucional (art.
14, § 9º, CF/88). Há, portanto, uma exigência para tanto: somente pode ser criada inelegibi-
lidade por meio de lei complementar. A autorização para a criação de inelegibilidades infra-
constitucionais consta do art. 14, 9º, da Constituição. Esse dispositivo estabelece que lei
complementar irá dispor sobre outros casos de inelegibilidade e de prazos de sua cessação.
Atualmente, as inelegibilidades infraconstitucionais estão estabelecidas na Lei Comple-
mentar n. 64/1990 (Lei das Inelegibilidades). Essa lei foi alterada pela Lei da Ficha Limpa e
pela Lei n. 184/2021.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula pre-
parada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 3
DIREITO ELEITORAL
Inelegibilidade II – Inalistabilidade e Analfabetismo
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
INELEGIBILIDADES
INELEGIBILIDADES CONSTITUCIONAIS
O art. 14, § 4º, da Constituição Federal de 1988 dispõe que são inelegíveis os analfabe-
tos e os inalistáveis.
INALISTABILIDADE
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Inelegibilidade II – Inalistabilidade e Analfabetismo
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
ANALFABETISMO
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Inelegibilidade II – Inalistabilidade e Analfabetismo
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
consegue minimamente compreender o que está escrito). Trata de uma definição em que se
exige maior rigor para que se possa considerar alguém alfabetizado ou analfabeto.
A definição decorrente da primeira tentativa consiste em uma disposição problemática,
uma vez que sua aplicação implicaria uma elitização da política: somente quem integrasse
a elite de determinada comunidade local conseguiria participar das eleições. Há diversos
municípios brasileiros em que grande parte dos eleitores são analfabetos, em especial nas
regiões Norte e Nordeste. Haveria, portanto, prejuízo ao exercício do direito à elegibilidade.
Por conta disso, o Tribunal Superior Eleitoral constatou que a definição era inadequada.
15m
Então, pensou-se em um segundo conceito, que quis permitir a exigência de maior grau
de alfabetização naquelas localidades em que há maior grau e a exigência de menor rigor
na análise da alfabetização naquelas localidades em que há maior grau de analfabetismo.
Porém, essa forma de interpretação conflita com a disposição da Constituição de que não se
admite tratamento normativo diferente entre brasileiros (art. 19). Além disso, a Constituição
Federal, em seu art. 12, estabelece que tratamento diferenciado a brasileiros só é possível
quando o tratamento normativo diferenciado estiver especificado na própria Constituição. Por
isso, a Justiça Eleitoral julgou o conceito inadequado.
Por fim, chegou-se a um conceito para a aferição da alfabetização em que há menor
rigor, de que se extraiu a seguinte definição: para que se considere alguém alfabetizado para
fins eleitorais, basta que a pessoa saiba ler e escrever razoavelmente (disposição oriunda
do julgamento do RO n. 060247518, TSE). Dessa forma, ao alfabetizado, para fins eleitorais,
não é exigível correção ortográfica nem atendimento a regras gramaticais. Em termos práti-
cos, para que alguém seja considerado alfabetizado para fins eleitorais, basta que a pessoa
compareça perante um cartório eleitoral e escreva na presença de um servidor eleitoral a
seguinte sentença: “Eu declaro que, para fins eleitorais, sei ler e escrever”.
A declaração de próprio punho surge da observação do fato de que muitos brasileiros não
foram submetidos a processos formais de alfabetização; foram alfabetizados por suas famí-
lias, por comunidades religiosas ou por projetos sociais que atuam no interior do Brasil, por
exemplo. Como não foram educados por instituições de ensino formais, não têm como com-
provar por meio de documentos formais sua alfabetização. Para contemplar essa expressiva
parcela da população, a Justiça Eleitoral passou a admitir uma declaração de próprio punho
(disposição oriunda do julgamento do PA n. 5371, TSE).
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 3
DIREITO ELEITORAL
Inelegibilidade II – Inalistabilidade e Analfabetismo
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
“[...] Analfabetismo. Aferição. Teste coletivo. Aplicação. Juiz eleitoral. Impossibilidade. Comprovan-
te de escolaridade. Art. 28, VII, da Res.-TSE n. 21.608. Exigência. Atendimento. 1. Consoante
decidido por esta Corte Superior, não é facultada a aplicação de teste coletivo para aferir a alfabe-
tização de candidato.” (Ac. 22.884, TSE)
25m
Convém observar que o fato de o candidato estar no exercício, ter exercido cargo eletivo
ou ter participado das eleições não o desobriga da demonstração da alfabetização. O Tribu-
nal Superior Eleitoral, a fim de evitar evasão dos testes sob o argumento de que outrora a
Justiça Eleitoral havia aprovado determinada candidatura, dispôs o seguinte:
“[...] o fato de o pré-candidato estar no exercício de mandato eletivo, ou tê-lo exercido, não com-
prova a condição de alfabetizado. [...]” (Ac. 22.436, TSE)
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 4
DIREITO ELEITORAL
Inelegibilidade II – Inalistabilidade e Analfabetismo
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Súmula do TSE n. 15: “O exercício de cargo eletivo não é circunstância suficiente para em re-
curso especial. determinar-se a reforma da decisão mediante a qual o candidato foi considerado
analfabeto”.
Então, todas as vezes que alguém quiser participar das eleições, terá de juntar uma
das formas de comprovação da alfabetização – comprovante de escolaridade, declaração
de próprio punho ou teste de alfabetização – sob pena de indeferimento do seu registro de
candidatura.
Dispõe a Justiça Eleitoral o seguinte:
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula pre-
parada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 5
DIREITO ELEITORAL
Inelegibilidade III – Reeleição e Reflexa
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Art. 14, § 5º, CF/88: O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal,
os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser ree-
leitos para um único período subsequente.
5m
Convém ressaltar que o dispositivo não trata de ocupantes de cargos eletivos do Poder
Legislativo. Portanto, não há proibição para que Deputado Federal, Deputado Estadual,
Deputado Distrital e Vereador se reelejam por vários mandatos consecutivos.
A limitação da Constituição quanto à reeleição para um único mandato subsequente
dá-se por força da adoção da forma republicana de governo. A palavra “república” é originá-
ria da combinação “res” e “pública”, que significa “coisa pública”, “coisa do povo”. Da signifi-
cação extrai-se que o poder não é do governante, mas é do povo. Logo, a forma de gestão
da máquina administrativa deve levar em consideração que a coisa é pública; o interesse
público deve ser buscado e o Chefe do Poder Executivo poderá ser responsabilizado.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Inelegibilidade III – Reeleição e Reflexa
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Em uma república, o mandato é periódico. Dessa forma, ninguém é eleito para o exer-
cício de um cargo de forma vitalícia. Os cargos de juiz e de promotor não são eletivos; por
isso, a vitaliciedade é possível. Assim, quem é eleito para um cargo eletivo não é eleito para
o exercício do cargo de forma vitalícia. O art. 60, § 4º, II, da Constituição prevê como cláusula
pétrea o voto periódico.
10m
Outra característica de uma república é a alternância de poder. Há a necessidade de
mudança do titular do cargo de Chefe do Poder Executivo para evitar uma pessoalização
da coisa pública; para evitar que haja confusão entre aquele que exerce o cargo público e o
cargo exercido. Isto é, a admissão da perpetuação de uma mesma pessoa no poder poderia
afrontar o princípio da impessoalidade.
O Supremo Tribunal Federal, ao analisar a compatibilidade do art. 14, § 5º, da Constitui-
ção com a forma republicana de governo, entendeu que não há violação do princípio republi-
cano em razão da autorização de reeleição para um único mandato.
A Lei Complementar n. 64/1990 – Lei das Inelegibilidades – previu que alguns ocupantes
de cargos ou funções, para participar das eleições, precisariam se afastar de seus cargos ou
de suas funções a fim de evitar o uso da máquina pública ou do poder econômico em favor
de campanhas eleitorais, evitando assim a quebra da igualdade de oportunidade. Em har-
monia, o art. 14, § 6º, da Constituição dispõe que o Presidente, os Governadores dos esta-
dos e do Distrito Federal e os Prefeitos, para participarem das eleições para outros cargos
eletivos, devem renunciar aos seus mandatos até seis meses antes da data das eleições.
Em razão desse dispositivo, do Chefe do Executivo, se quiser participar das eleições para
outros cargos eletivos, é exigida a desincompatibilização (renúncia) no prazo de até seis
meses antes da data das eleições. O Chefe de Estado que não renunciar ao seu mandato
nos termos dispostos será considerado inelegível.
15m
É importante destacar que a definição do conceito de reeleição é o seguinte: reeleição
é uma eleição para o mesmo cargo eletivo. Assim, quem concorre à reeleição está concor-
rendo a uma nova eleição para o mesmo cargo. Em exemplo concreto, considera-se que um
Governador está no fim do seu mandato. Caso ele deseje concorrer a outros cargos eletivos,
será exigível a desincompatibilização. Nesse caso, ele pode concorrer, mediante renúncia,
ao cargo de Presidente, Vice-Presidente, Deputado Federal, Senador da República etc. No
entanto, se ele desejar concorrer à reeleição – isto é, concorrer a um segundo mandato –,
não é exigível a desincompatibilização.
20m
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Inelegibilidade III – Reeleição e Reflexa
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula pre-
parada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 3
DIREITO ELEITORAL
Inelegibilidade IV – Reeleição e Reflexa II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
O art. 14, § 5º, da Constituição Federal de 1988 dispõe que o Presidente, os Governado-
res dos estados e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido ou substituído
no curso do mandato poderão ser reeleitos para um único mandato subsequente. Consiste
em um dispositivo introduzido à Constituição por força da Emenda Constitucional n. 16/1997.
A título de exemplificação, um candidato é eleito ao cargo de Presidente da República
para exercer o mandato pelo período de 2019-2022. Em 2022, ele pretende concorrer à ree-
leição, usando do direito constitucional. Encerrado o seu mandato, portanto, ele concorre à
reeleição e é reeleito. Exerce, então, novo mandato de 2023 até 2026. Encerrado o segundo
mandato, ele não pode mais participar das eleições; ele está inelegível para participar da
eleição para o cargo por ele ocupado no mandato imediatamente subsequente. Depois do
transcurso do prazo de quatro anos, ele poderá ser novamente eleito Presidente da Repú-
blica. Em seguida, se eleito Presidente da República, ele pode ser reeleito para o segundo
mandato consecutivo. Convém ressaltar que a Constituição não proíbe o exercício de mais
de dois mandatos; o que a Constituição proíbe é mais de dois mandatos consecutivos.
5m
Essa norma é aplicável ao chefe do Executivo e a quem o suceder. Em regra, a sucessão
do chefe do Executivo é feita pelo Vice. Sucessão é uma alteração definitiva na chefia do
Executivo. A sucessão ocorre quando há uma perda de mandato, seja por morte, por renún-
cia ou por cassação. Alguém sai do mandato e o sucessor é convocado para manutenção do
exercício do mandato. O sucessor natural do Presidente da República é o Vice-Presidente da
República e o do Governador é o Vice-Governador, e assim adiante. Quando o Vice sucede,
ele se torna titular do cargo eletivo.
A título de exemplificar a regra acima, o Governador faleceu no meio de seu segundo
mandato subsequente. O Vice-Governador o sucede, para exercer um período de mandato
de um ano e seis meses, o que é chamado de mandato tampão. Ao término dessa legislatura,
o sucessor tem o direito de concorrer à reeleição. Se for reeleito, poderá exercer seu man-
dato de quatro anos. Ele não poderá, no entanto, concorrer a novo mandato de quatro anos
ao término de seu mandato anterior. Isso porque o mandato-tampão tem status de mandato;
logo, nessa situação, o período máximo que o sucessor poderá exercer o cargo de chefe
do Executivo é de cinco anos e seis meses (um ano e seis meses do mandato-tampão mais
quatro anos do mandato de reeleição).
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Inelegibilidade IV – Reeleição e Reflexa II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Inelegibilidade IV – Reeleição e Reflexa II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Mais uma vez, convém observar que a inelegibilidade decorrente da reeleição é aplicável
a chefes do Poder Executivo; não é aplicável a membros do Poder Legislativo. É possível,
portanto, um Deputado Federal exercer diversos mandatos consecutivos. Vale a nota de que,
nessa matéria, é aplicável a regra da interpretação restritiva. Então, se a Constituição lista
Presidente, Governador e Prefeito, não é possível estender a aplicação dessa norma para
outros titulares de mandatos eletivos, sob pena de uma interpretação extensiva proibida em
matéria de restrição de direitos fundamentais.
15m
O mero fato de alguém estar no seu primeiro mandato não gera direito incondicional de
concorrer à reeleição. Para que exerça o direito, o candidato deve preencher todas as condi-
ções de elegibilidade. Por exemplo, o Presidente da República está em seu primeiro mandato
e quer concorrer à reeleição para o seu segundo mandato consecutivo. Ele somente poderá
participar das eleições para o segundo mandato consecutivo se preencher todas as condi-
ções de elegibilidade, o que inclui ser escolhido em convenção partidária. Isto é, ele somente
poderá participar da reeleição se o partido ao qual ele é filiado o escolher como candidato.
Logo, o direito a concorrer à reeleição não é absoluto.
O motivo da criação da reelegibilidade deu-se para garantir a observância do princípio
da continuidade político-administrativa. De um lado, há a harmonização entre o princípio da
continuidade político-administrativa e o princípio republicano. Uma das marcas da república
é a alternância de Poder; por isso, há eleições periódicas. No entanto, o princípio republicano
não é incompatível com o princípio da continuidade político-administrativa; é entendida como
constitucional a possibilidade de reeleição do chefe do Poder Executivo para um único man-
dato subsequente.
Dentre os entendimentos jurisprudenciais está a relação entre a inelegibilidade e a ree-
leição de grupos familiares. Considera-se, a título de exemplificação, que um Governador,
ao término de seu primeiro mandato, não deseje concorrer à reeleição; deseja concorrer, em
vez disso, ao cargo de Presidente da República. No entanto, sua esposa deseja concorrer
em seu lugar à reeleição para o cargo de Governadora. Nesse caso, deve haver a compati-
bilização entre o princípio da continuidade político-administrativa e o princípio republicano.
Não é compatível com uma república a patrimonialização de um cargo público eletivo. Assim,
um cargo eletivo não pertence a uma família, mas ao público. Logo, grupos familiares não
podem se perpetuar no poder.
20m
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 3
DIREITO ELEITORAL
Inelegibilidade IV – Reeleição e Reflexa II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula pre-
parada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 4
DIREITO ELEITORAL
Inelegibilidade V – Reeleição e Reflexa III
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
RELEMBRANDO
Nas aulas anteriores, foram vistas as inelegibilidades decorrentes de:
• Inalistabilidade;
• Analfabetismo;
• Eleição para o terceiro mandato consecutivo.
Situação hipotética:
“A” foi eleito e durante o seu mandato praticou abuso de poder e corrupção e, como
consequência, teve o mandato cassado no segundo ano. O candidato B, então, é eleito no
mesmo município para exercer um mandato tampão.
5m
Na eleição para o período subsequente, o candidato C (filho do candidato A que havia
sido cassado) é eleito como prefeito do município A.
Encerrado o mandato de C, ele não poderá se candidatar à reeleição, pois o primeiro
mandato do pai, ainda que cassado, é considerado para fins de reeleição.
Aplica-se ao vice?
O vice será regido pela regra da reeleição quando ele substituir o Chefe do Executivo
dentro dos 6 meses que antecedem as eleições.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Inelegibilidade V – Reeleição e Reflexa III
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Profissão Prefeito
No Brasil, no início dos anos 2000, alguns prefeitos, após ocuparem dois mandatos con-
secutivos, alteravam o seu domicílio eleitoral para o município vizinho para concorrerem
novamente ao cargo de prefeito nesse novo município.
Situação hipotética:
“A” foi eleito no município X por dois mandatos consecutivos. Após o término do segundo
mandato, “A” muda o seu domicílio eleitoral objetivando concorrer ao cargo de prefeito do
município Y. Nessa situação, a regra da reeleição leva em consideração o cargo ou o território?
15m
Para o TSE e o STF, o que importa é o cargo ocupado. O prefeito tem o direito de con-
correr à reeleição para um único mandato subsequente como prefeito. Quando ele estiver no
seu segundo mandato, ainda que altere o seu município eleitoral, ele não poderá disputar o
cargo de prefeito. A mesma regra vale para os governadores.
Na linha da atual jurisprudência desta Corte, o exercício de dois mandatos subsequentes
como prefeito de determinado município torna o agente político inelegível para o cargo da
mesma natureza.
Consoante já decidiu este Tribunal Superior, é vedado ao prefeito, no exercício do segundo
mandato, se candidatar ao cargo de vice-prefeito, ainda que haja renunciado anteriormente
ao cargo, tendo em vista a possibilidade de assunção da titularidade do cargo nas hipóteses
de sucessão ou substituição. (CTA 3951-51.2017, Dje de 23.5.2018)
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Inelegibilidade V – Reeleição e Reflexa III
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Situação hipotética:
“A” é eleito prefeito do município X e foi reeleito prefeito do mesmo município, no entanto,
antes dos 6 meses do término do mandato, “A” renuncia ao cargo. Nessa situação, ele não
poderá disputar as próximas eleições como prefeito, nem mesmo como vice-prefeito.
Caso Alckmin?
www.grancursosonline.com.br 3
DIREITO ELEITORAL
Inelegibilidade V – Reeleição e Reflexa III
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula pre-
parada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 4
DIREITO ELEITORAL
Inelegibilidade VI – Reeleição e Reflexa IV
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
RELEMBRANDO
Assuntos vistos anteriormente:
• O que são as inelegibilidades
– Inelegibilidade decorrente da inalistabilidade
– Inelegibilidade decorrente de analfabetismo
– Inelegibilidade reflexa
– Inelegibilidade decorrente da incompatibilidade ou exigência da desincompatibilização.
Inelegibilidade Reflexa
Para evitar uma possível afronta à normalidade das eleições, a Constituição em seu
art.14, § 7º, dispõe:
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com
valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou
afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado
ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses
anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
5m
• Prefeito: município
– O parente não poderá concorrer aos cargos no mesmo município.
• Governador: estados/DF
– O parente não poderá concorrer aos cargos no mesmo estado.
• Presidente: país
– O parente não poderá concorrer aos cargos no país. A inelegibilidade para os paren-
tes do presidente da República é absoluta, ou seja, não é possível a candidatura
para qualquer cargo político.
10m
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Inelegibilidade VI – Reeleição e Reflexa IV
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Art. 14, § 6º, CF: Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os
Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respecti-
vos mandatos até seis meses antes do pleito.
• Presidente da câmara municipal que substitui ou sucede o prefeito nos seis meses
anteriores ao pleito é inelegível para o cargo de vereador. CF, art. 14, § 6º. Inaplicabi-
lidade das regras dos § 5º e § 7º do art. 14, CF. [RE 345.822, rel. min. Carlos Velloso,
j. 18-11- 2003, 2ª T, DJ de 12-12-2003.]
Art. 14, § 7º, CF: São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os paren-
tes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República,
de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja
substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo
e candidato à reeleição.
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Inelegibilidade VI – Reeleição e Reflexa IV
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
A desincompatibilização no prazo de até 6 meses antes da data das eleições pode alcan-
çar duas finalidades:
Obs.: a inelegibilidade reflexa é válida para s chefes do executivo e para aqueles que os
substituírem dentro dos 6 meses antes da data das eleições.
20m
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 3
DIREITO ELEITORAL
Inelegibilidade VII – Reeleição e Reflexa V
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
RELEMBRANDO
Inelegibilidade decorrente do parentesco:
• Segundo o art. 14, § 7º são inelegíveis no território de jurisdição do titular o cônjuge/
companheiro, bem como os parentes consanguíneos, afins ou por adoção, até o segundo
grau dos chefes do executivo e de quem os houver substituído nos 6 meses anteriores à
data das eleições, salvo se for candidato à reeleição.
Para afastar a inelegibilidade reflexa, basta a desincompatibilização do chefe do executivo
no prazo de até 6 meses antes da data das eleições.
Não há que se falar em inelegibilidade reflexa quando o candidato estiver concorrendo à
reeleição para o mesmo cargo.
5m
• desejam concorrer a qualquer cargo eletivo no âmbito territorial em que o titular exerça
o seu mandato
• aplica-se a quem houver substituído o Chefe do Executivo nos seis meses anteriores
ao pleito (período de desincompatibilização)
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Inelegibilidade VII – Reeleição e Reflexa V
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Inelegibilidade Reflexa
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Inelegibilidade VII – Reeleição e Reflexa V
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Inelegibilidade Reflexa
Inelegibilidade Reflexa
Inelegibilidade Reflexa
• O parentesco com o Vice não gera inelegibilidade, a menos que ele tenha substituído
ou sucedido o titular dentro dos seis meses anteriores ao pleito.
• Não gera a inelegibilidade o parentesco com os auxiliares do titular.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 3
DIREITO ELEITORAL
Inelegibilidade VII – Reeleição e Reflexa V
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 4
DIREITO ELEITORAL
Inelegibilidade VIII – Inelegibilidade Infraconstitucional
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
RELEMBRANDO
Inelegibilidade:
• O que é?
• Inelegibilidade decorrente de analfabetismo
• Inelegibilidade decorrente de inalistabilidade
• Inelegibilidade decorrente de reeleição para terceiro mandato definitivo
• Inelegibilidade decorrente de incompatibilidade
• Inelegibilidade decorrente de parentesco
Art. 14
15m § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação,
a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada
vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do
poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou
indireta. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão n. 4, de 1994)
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Inelegibilidade VIII – Inelegibilidade Infraconstitucional
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Elegibilidade do Militar
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
ELEGIBILIDADE DO MILITAR
Inelegibilidades Infraconstitucionais
Art. 14. § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua
cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para o exercício do mandato,
considerada a vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a
influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na adminis-
tração direta ou indireta.
Elegibilidade do Militar
Segundo o § 8º do art. 14, o militar alistável é elegível, o que significa dizer que o único
militar inelegível é o inalistável (o conscrito).
A proibição de filiação partidária não impede o militar de participar das eleições, visto que
para essa classe não é exigida a condição de filiação partidária.
A distinção entre militares leva em consideração o tempo de serviço:
• Menos de 10 anos de serviço: o militar deve se afastar das suas atividades como mili-
tar de forma definitiva.
• Mais de 10 anos de serviço: o militar será agregado à autoridade superior (como uma
espécie de licença). Se não for eleito, o militar retorna às suas atividades militares. Se
for eleito, o militar passa para a inatividade.
5m
Consulta respondida na linha de que o militar elegível que não ocupe função de comando
deverá estar afastado do serviço ativo no momento em que for requerido o seu Registro de
Candidatura. (CTA n. 60106664, Dje de 14.3.2018)
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Elegibilidade do Militar
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula pre-
parada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
AIME e Consultas Populares
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
AIME e Consultas Populares
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
A ação somente pode ser proposta para impugnar mandatos, o que significa que o réu
deve ter sido eleito.
AIME
Fraude: conceito de fraude para os fins deste parágrafo: Ac.-TSE, de 8.8.2019, no AgR-
-REspe n. 55749: deve ser interpretado de forma ampla, não se limitando às questões atinen-
tes ao processo de votação.
Rito aplicável: Ac.-TSE, de 14.2.2006, no REspe n. 25443: o rito ordinário previsto na LC
n. 64/1990 para registro de candidatura é aplicado até a sentença, observando-se subsidia-
riamente o CPC.
AIME
E o julgamento?
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
AIME e Consultas Populares
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
• Plebiscito
– Consulta popular realizada antes da aprovação de uma lei ou de determinado ato
administrativo.
• Referendo
– Consulta popular realizada depois da aprovação de uma lei ou de determinado ato
administrativo.
Art. 14
§ 12. Serão realizadas concomitantemente às eleições municipais as consultas populares sobre
questões locais aprovadas pelas Câmaras Municipais e encaminhadas à Justiça Eleitoral até 90
(noventa) dias antes da data das eleições, observados os limites operacionais relativos ao número
de quesito.
20m
ATENÇÃO
Não há previsão de realização dessas consultas populares simultaneamente às elei-
ções gerais.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula pre-
parada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 3
DIREITO ELEITORAL
Restrição a Direitos Políticos
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
• Inelegibilidades
– São causas impeditivas para o exercício do direito à elegibilidade.
Quem incidir nas hipóteses de perda ou suspensão não poderá votar, ser votado, nem
participar de referendos, plebiscitos, iniciativa popular, entre outros.
Obs.: o inelegível apenas não pode ser votado; ele pode, sim, exercer os demais direitos
políticos.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Restrição a Direitos Políticos
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
I – cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
II – incapacidade civil absoluta;
III – condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
IV – recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
V – improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
Obs.: lei infraconstitucional não pode criar novas hipóteses de perda ou suspensão dos
direitos políticos.
10m
Perda – Hipóteses
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Restrição a Direitos Políticos
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Suspensão – Hipóteses:
Art. 3º do Código Civil (Lei n. 10.406/2002). A suspensão dos direitos políticos ocorre enquanto
perdurar a incapacidade civil absoluta.
– A Lei n. 13.146/2015 alterou o art. 3º do Código Civil para estabelecer que o único
absolutamente incapaz é o menor de 16 anos. Assim, a hipótese constitucional
passou a não produzir mais efeito.
www.grancursosonline.com.br 3
DIREITO ELEITORAL
Restrição a Direitos Políticos
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula pre-
parada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 4
DIREITO ELEITORAL
Princípio da Anterioridade Eleitoral
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Art. 16, CF. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se
aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. (Redação dada pela Emenda
Constitucional n. 4, de 1993)
• Emenda constitucional;
• Lei ordinária;
• Lei complementar;
• Lei delegada;
– Não pode tratar sobre Direito Eleitoral.
• Medida provisória;
• Resoluções;
5m
• Decretos legislativos.
No ano de 2006, o Congresso Nacional aprovou uma emenda à Constituição que alterou
o art.17, § 1º da CF. Até então, em razão de uma decisão tomada pelo TSE, os partidos polí-
ticos na formação das coligações deveriam obedecer à coerência partidária, o que significa
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Princípio da Anterioridade Eleitoral
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
dizer que se os partidos formassem coligação nas eleições para a Presidência da República,
poderiam participar das eleições estaduais e municipais de forma isolada ou formando coli-
gação com os mesmos partidos, respeitando a coligação realizada em âmbito nacional.
Isso trouxe uma série de inconveniências políticas aos partidos e o Congresso Nacional,
em 2006, em reação legislativa a essa decisão do TSE, aprovou uma emenda (n. 52) a qual,
ao alterar o art.17, § 1º da CF, passou a prever que no Brasil os partidos teriam autonomia
para definir os critérios e o regime de suas coligações, sem a obrigatoriedade de filiações em
âmbito nacional, distrital ou municipal.
• A Emenda n. 52/2006 foi editada a menos de 7 meses da data das eleições. A dúvida
que surgiu era se essa emenda à Constituição poderia ser aplicada nas eleições de
2006. Segundo o STF, o princípio da anterioridade eleitoral é um direito fundamental
do eleitor, ademais, o princípio da anterioridade eleitoral vincula a atividade do poder
constituinte derivado reformador, ou seja, as emendas à Constituição também estão
sujeitas ao princípio da anterioridade eleitoral.
10m
• A anualidade constitui restrição ao poder constituinte derivado reformador? Sim!
• Nem todas as leis eleitorais são regidas pelo princípio da anterioridade eleitoral,
somente aquelas que alterarem o processo eleitoral.
– Segundo o STF, considera-se processo eleitoral o conjunto de atos organizados e
relacionados à realização de uma eleição, tais como escolha e convenção partidária,
registro de candidatura, campanha eleitoral, financiamento de campanha, sistemas
eleitorais, votação, diplomação dos eleitos etc.
• As leis eleitorais que alterem o processo eleitoral possuem vigência imediata, ou seja,
não possuem vacatio legis.
– Vacatio legis é o período entre a publicação de uma lei e o início da produção de
seus efeitos.
15m
• Dentro do período de 1 ano antes das eleições, leis que alterem o processo eleitoral
podem ser editadas. Porém, se uma lei que altere o processo eleitoral for publicada
dentro desse período, a lei estará apta a produzir efeitos, no entanto, não será aplicada
nas eleições que ocorram até um ano dentro de sua vigência.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Princípio da Anterioridade Eleitoral
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
É possível que uma lei, publicada há menos de 1 ano das eleições, possa ter seus efei-
tos aplicados às eleições do ano em curso, desde que não se tenha a ocorrência de um dos
pressupostos abaixo:
• Crimes eleitorais
– Não alteram as eleições.
• Resoluções do TSE
– Quando o TSE exerce função regulamentar, ele não pode inovar na ordem jurídica.
– Para as resoluções do TSE sobre eleições, há um marco temporal diferenciado, con-
forme o art. 105 da Lei n. 9.504/1997:
Art. 105. Até o dia 5 de março do ano da eleição, o Tribunal Superior Eleitoral, atendendo ao cará-
ter regulamentar e sem restringir direitos ou estabelecer sanções distintas das previstas nesta Lei,
poderá expedir todas as instruções necessárias para sua fiel execução, ouvidos, previamente, em
audiência pública, os delegados ou representantes dos partidos políticos. (Redação dada pela Lei
n. 12.034, de 2009)
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 3
DIREITO ELEITORAL
Princípio da Anterioridade Eleitoral
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula pre-
parada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 4
DIREITO ELEITORAL
Partidos Políticos na Constituição Federal – Princípio da Liberdade Partidária
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
A Constituição Federal cuida dos direitos e garantias fundamentais em seu título II, que é
dividido em cinco capítulos:
I – Direitos e Deveres Individuais e Coletivos – Artigo 5º;
II – Direitos Sociais – Artigos 6º a 11;
III – Nacionalidade – Artigos 12 e 13;
IV – Direitos Políticos – Artigos 14 a 16;
V – Partidos Políticos – Artigo 17.
Observa-se a distinção realizada pela CF entre os direitos políticos (o direito de partici-
par da formação política do Estado, votar etc) e o direito de criar, organizar e participar de
partidos políticos. Essa distinção marca a competência da Justiça Eleitoral, especializada no
julgamento da matéria eleitoral, no julgamento dos litígios, causas e processos que envolvam
o exercício dos direitos políticos.
Em regra, a Justiça Eleitoral não julga litígios partidários, ou seja, aqueles que envolvam
partidos políticos, filiados, ou a discussão sobre o exercício de direitos partidários.
A distinção entre os direitos políticos e os partidos políticos impacta na definição da com-
petência desse ramo especializado do Poder Judiciário da União.
Apesar do direito de criar, organizar ou participar de partidos políticos ser previsto cons-
titucionalmente, os partidos políticos são uma pessoa jurídica de direito privado. Segundo o
art. 1º da Lei n. 9.096/1995, as agremiações partidárias são definidas como uma espécie de
pessoa jurídica de direito privado.
Apesar de sua função pública, definida pela CF, ressalta-se que os partidos políticos são
pessoas jurídicas de direito privado, não integrantes da Administração Pública, direta ou indi-
reta, não sendo considerados entidades paraestatais, desta forma, distintas do Estado e da
Administração Pública.
5m
Assegura-se constitucionalmente o direito de se organizar em agremiações partidárias,
ou criar novas. Desta forma, a CF não define um quantitativo de partidos políticos existentes,
sendo livre a criação, fusão (agremiações partidárias se unem a fim de criarem uma nova
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Partidos Políticos na Constituição Federal – Princípio da Liberdade Partidária
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a
soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa
humana e observados os seguintes preceitos:
I – caráter nacional;
II – proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de
subordinação a estes;
III – prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV – funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
10m
• Soberania nacional
• Regime democrático
• Pluripartidarismo
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Partidos Políticos na Constituição Federal – Princípio da Liberdade Partidária
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
• Caráter nacional
Os partidos políticos devem observar o caráter nacional na sua organização, não se admite
a criação de partidos com caráter estadual, distrital, regional, municipal ou zonal. Em razão do
caráter nacional, há mecanismos na Lei dos Partidos Políticos destinados a aferir seu caráter
nacional. Por exemplo, há a exigência de que, para que seja registrado no TSE, um partido pre-
cisa demonstrar seu apoio por parte de eleitores em ao menos 1/3 das unidades federativas.
O caráter nacional também exige que o registro do partido político em cartório deve ser subs-
crito por, pelo menos, 101 fundadores com domicílio eleitoral em pelo menos um terço dos estados.
• Prestação de contas
– Os partidos políticos não prestam contas ao TCU, mas à Justiça Eleitoral.
• Funcionamento parlamentar
– Os partidos políticos formam bancadas, constituem lideranças e atuam a partir
dessas bancadas e lideranças nas casas legislativas, mas o direito ao funciona-
mento parlamentar será exercido de acordo com a lei.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula pre-
parada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
www.grancursosonline.com.br 3
DIREITO ELEITORAL
Partidos Políticos na CF – Disposições Finais
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Neste bloco, será vista uma previsão contida na Constituição Federal, que se refere a um
dever inscrito no art. 17, § 2º.
De acordo com a Constituição Federal, há uma exigência de registro do partido político no
Tribunal Superior Eleitoral. Esse registro do partido no TSE não tem o efeito de conferir per-
sonalidade jurídica, ou seja, o partido político não passa a existir após o seu registro no TSE.
Após adquirirem personalidade jurídica na forma da lei civil, os partidos políticos regis-
tram os seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. Primeiro, o partido político é levado a
registro no cartório de registro civil de pessoas jurídicas do local de sua sede e passa a exis-
tir. Depois, ele é registrado no TSE.
A CF, no seu art. 14, § 3º, dispõe sobre os direitos dos partidos políticos. Os partidos polí-
ticos têm direito de participar do rateio de recursos do fundo partidário. Há um fundo constitu-
ído de recursos públicos, destinado a dar assistência financeira aos partidos políticos. Esse
fundo é tratado no art. 38 da Lei n. 9.096/1995. No ano de 2022, ele foi constituído por mais
de um bilhão de reais.
Os partidos políticos também têm o direito de acessar gratuitamente o rádio e a televi-
são e transmitir a propaganda partidária e eleitoral gratuita. Contudo, para que os partidos
políticos possam exercer o direito de participar do rateio dos recursos do fundo partidário e
acessar gratuitamente o rádio e a televisão, exige-se que eles alcancem alguns requisitos,
chamados de cláusula de barreira ou de desempenho.
5m
No ano de 2006, o Supremo Tribunal Federal declarou a inconstitucionalidade da cláu-
sula de barreira prevista no art. 13 da Lei n. 9.096/1995. À época, na primeira vez que a
cláusula de barreira fosse aplicada, ela faria com que, dos 27 partidos políticos registrados
no TSE até então, apenas 7 alcançassem a cláusula de barreira. Essa cláusula violava o plu-
ripartidarismo e a isonomia partidária.
Atualmente, com a edição da Emenda à Constituição n. 97/2017, a cláusula de barreira
para o exercício de forma mais intensa do fundo partidário e do direito de antena está prevista
no art. 17, § 3º, da Constituição Federal, que garante que somente terão acesso gratuito ao
rádio e à televisão e participarão da distribuição dos recursos do fundo partidário os partidos
políticos que, alternativamente, alcancem ou a cláusula de barreira prevista no inciso I ou a
cláusula de barreira prevista no inciso II.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Partidos Políticos na CF – Disposições Finais
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Ou o partido político, nas eleições para a CD, alcança, no mínimo, 3% dos votos válidos,
distribuídos em 1/3 das UFs, com um mínimo de 2% em cada uma delas, ou elege, pelo
10m
menos, quinze deputados federais, distribuídos em, pelo menos, um terço das UFs.
Os partidos políticos estão proibidos de exercer organização paramilitar, segundo o art.
17, § 4º. Eles precisam alcançar o poder de forma legítima.
Os eleitos para cargos proporcionais devem ter fidelidade partidária, isto é, não podem se
desfiliar do partido político pelo qual foram eleitos para uma nova agremiação partidária, sob
pena de perda do mandato. Contudo, admite-se a troca do partido se houver uma justa causa.
As hipóteses que justificam a troca de partido político sem perda do mandato estão pre-
vistas no art. 22 da Lei dos Partidos Políticos.
Além das hipóteses legalmente estabelecidas, que justificam a troca de partido político
sem justa causa, na Constituição Federal, há dois parágrafos do artigo 17 que preveem hipó-
teses de justa causa para troca de partido. A primeira delas está prevista no § 5º; a segunda
delas, no § 6º do art. 17 da CF.
A primeira é quando um parlamentar, deputado federal, deputado estadual, deputado
distrital ou vereador é eleito por um partido político que não tenha alcançado a cláusula de
desempenho do art. 17, § 3º. Nesse caso, a Constituição Federal autoriza que ele se desfi-
lie de seu partido político e se filie a um partido que tenha alcançado a cláusula de barreira.
Essa nova filiação não afetará a distribuição dos recursos do FP e do acesso gratuito ao
rádio e à TV.
15m
A Emenda à Constituição n. 111/2021 criou uma nova hipótese de desfiliação partidária
sem perda de mandato, prevista no art. 17, § 6º. É uma permissão para que ocupantes de
cargos proporcionais possam migrar dos partidos políticos pelos quais foram eleitos sem que
percam seus mandatos.
O entendimento que fundamentou essa nova jurisprudência é o de que os cargos obtidos
nas eleições proporcionais são do partido. Se alguém quer se desfiliar do partido pelo qual
foi eleito, pode se desfiliar, mas perderá o mandato, porque o mandato é do partido. Nesse
sentido, o partido político ao qual o parlamentar é eleito pode autorizar a troca de partido.
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Partidos Políticos na CF – Disposições Finais
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
da, em qualquer caso, a migração de partido para fins de distribuição de recursos do fundo parti-
dário ou de outros fundos públicos e de acesso gratuito ao rádio e à televisão.
20m
Finalmente, em 2022, houve uma nova EC, a 117/2022, que inseriu os §§ 7º e 8º, segundo
os quais o partido político tem o dever de aplicar no mínimo 5% dos recursos do fundo par-
tidário na criação e na manutenção de programas de promoção e difusão da participação
política das mulheres, de acordo com os interesses intrapartidários.
O § 8º, por sua vez, previu um percentual mínimo de recursos que devem ser aplicados
no financiamento das campanhas das mulheres. O art. 10, § 3º, da Lei 9.504, previu que,
nas eleições proporcionais, do total de candidatos apresentados, os partidos políticos devem
apresentar no mínimo 30 e no máximo 70% de candidaturas de cada sexo. Os partidos cum-
priam essa parte, mas, para financiar a campanha das mulheres, destinava somente 1, 2 ou
3% dos recursos dos fundos públicos, dos recursos do fundo partidário e dos recursos do
fundo especial de financiamento de campanha.
25m
Por esse motivo, o Supremo Tribunal Federal, no julgamento de uma ação de controle
concentrado, instituiu que os partidos políticos devem aplicar no financiamento da campa-
nha de mulheres o percentual correspondente ao número de candidaturas de mulheres. Por
exemplo, se um partido político tiver 35% de candidaturas femininas, elas devem receber
pelo menos 35% dos recursos dos fundos públicos, 35% do fundo partidário aplicado em
campanha e 35% dos recursos do fundo especial de financiamento de campanha.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula pre-
parada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 3
DIREITO ELEITORAL
Partidos Políticos na Constituição Federal – Princípio da Autonomia Partidária
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Autonomia Partidária
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e estabelecer
regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua
organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações
nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatorie-
dade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal,
devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. (Redação dada
pela Emenda Constitucional n. 97, de 2017)
A autonomia partidária assegura aos partidos o poder para que tratem sobre a estrutura
interna, órgãos permanentes e provisórios, organização e funcionamento. Esses temas só podem
ser tratados pelos partidos políticos em seus estatutos, e a lei não pode tratar dessas matérias.
5m
Apesar da autonomia partidária, o STF, por entender uma possível violação ao regime
democrático já estabeleceu condições para que um órgão provisório interno não tenha dura-
ção e status de órgão permanente, sendo esse, além disso, uma imposição do diretório
nacional, sem escolha democrática realizada pelos filiados ao partido. Assim, o artigo 3º, § 3º
da Lei n. 9.096/1995 foi declarado inconstitucional pelo STF.
Em razão da autonomia partidária, os partidos políticos receberam o poder para dispor
de critérios de escolha e formação de suas coligações. Em 2002, o TSE entendeu que os
partidos políticos deveriam possuir uma coerência partidária, em caso de participação nas
eleições de forma coligada, aqueles partidos em uma coligação de candidato à presidência
deveriam manter a coligação com os mesmos partidos à nível estadual ou distrital, existindo
a verticalização das coligações.
A coligação é uma união de partidos a fim de disputar as eleições, é uma união efêmera,
temporária e vinculada apenas à realização das eleições. Diferenciam-se das federações,
que duram, no mínimo, quatro anos.
10m
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Partidos Políticos na Constituição Federal – Princípio da Autonomia Partidária
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
A partir da nova redação do art. 17, § 1º, o Congresso Nacional decidiu que as coligações
passam a ser livres, não mais precisando atender à verticalização (Emenda Constitucional n.
52, de 2006). Seguindo o princípio da liberdade de formação de coligação uma nova emenda
(EC n. 97, 2007) determinou a manutenção da EC n. 56, com a ressalva de que as coligações
são livres, mas válidas apenas em eleições majoritárias, ou seja, aquelas para presidente,
senador, governador e prefeito.
Apesar da autonomia partidária, segundo a CF, todo partido deve tratar em seu estatuto
de regras sobre disciplina e fidelidade partidária. A disciplina trata do dever de um filiado a
um partido político se sujeitar aos deveres, impedimentos e proibições partidárias previstas
no estatuto daquele partido.
As violações a esses deveres constituem atos de indisciplina partidária, passíveis de apli-
cação de sanções também previstas no estatuto (como advertência, suspensão, multa e até
a expulsão do filiado). Os atos de indisciplina, apesar de poderem gerar a expulsão do filiado,
não ocasionam a perda de mandato.
15m
A fidelidade partidária é o dever de lealdade entre o filiado e seu partido político. O ato de
infidelidade ao partido pode acarretar na perda de mandato político. Segundo o TSE e o STF,
aquele eleito por um partido político deve manter a sua filiação partidária sob pena de perder
o mandato (excetuam-se os casos onde houver justa causa para a troca), visto que a viabiliza-
ção da candidatura se dá através do partido, seja pela força do partido e do voto de legenda ou
por diferentes investimentos, dentre eles o fundo partidário e o tempo de propaganda eleitoral.
Segundo o STF, a infidelidade partidária gera a perda de mandato para aqueles eleitos a
cargos proporcionais, ou seja, vereadores e deputados. A perda de mandato não ocorre em
casos de cargos majoritários.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Justiça Eleitoral – Aspectos Gerais
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Justiça eleitoral (art. 12 a 41 do Código Eleitoral – art. 118 a art. 121 da Constitui-
ção Federal).
Segundo o art. 92, inc. V – a justiça eleitoral faz parte do Poder Judiciário da União.
*Os órgãos do Poder Judiciário têm como função típica a função jurisdicional – cabe ao
Poder Judiciário resolver litígios – e têm como função atípica a função administrativa e função
normativa – promover a gestão dos seus serviços e seus servidores.
5m
Art. 5º, inc. II, da CF – ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, se
não em virtude de lei.
Art. 1º, parágrafo único, do Código Eleitoral – o tribunal superior eleitoral expedirá instru-
ções sobre a execução do código eleitoral.
Art. 105 da Lei n. 9.504 – As instruções sobre as eleições devem ser expedidas até o dia
5 de março do ano das eleições.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Justiça Eleitoral – Aspectos Gerais
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
O TSE não pode inovar na ordem jurídica, só pode regulamentar considerando as dispo-
sições legais.
O TSE, ao expedir instruções, não pode dispor sobre organizações partidárias.
20m
CF – art. 17, § 1º – a fixação de norma sobre a organização de partidos políticos deve ser
tratada pelo partido no exercício da sua função de adição de um estatuto.
*STF declarou a institucionalidade uma resolução expedida pelo TSE que redistribuiu
as vagas na Câmara dos Deputados.
O número de deputados federais não será menor que 8, nem maior que 70. Estabelecido
pelo Congresso Nacional, por meio de lei complementar, com base no número de habitantes
fornecido pelo IBGE.
25m
No exercício da função consultiva, a justiça eleitoral não pode responder dúvidas sobre
casos concretos.
Só é possível formular consultas sobre direito eleitoral.
30m
*Infidelidade partidária gera perda de mandato eletivo? Sim, pois o mandato é do parti-
do, e não do parlamentar.
Uma lei sobre processo eleitoral, para ser aplicada, deve ser publicada pelo menos um
ano antes da data das eleições.
TSE teve o entendimento de que a Lei da Ficha Limpa deveria ser aplicada as eleições
de 2010. No entanto, passado o período de eleição, o STF teve o entendimento de que não
poderia ocorrer a aplicação.
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Justiça Eleitoral – Aspectos Gerais II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Segundo o art. 121, § 3º, da CF, quando acórdão do TSE viola a CF, denega a ordem de
habeas corpus ou mandado, é competência do STF julgar estes recursos.
*O STF não entrega a justiça eleitoral.
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Justiça Eleitoral – Aspectos Gerais II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Justiça Eleitoral – Aspectos Gerais II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Justiça Eleitoral – composta por TSE, TRE, Juízes Eleitorais e Juntas Eleitorais.
5m Especificidades em virtude de suas funções jurisdicional, administrativa, consultiva e
regulamentar:
Temporariedade do exercício das funções eleitorais – De acordo com a CF (art. 121,
§ 2º), salvo motivo justificado, os membros de tribunais eleitorais servirão por, no mínimo, 2
anos, e nunca por mais de dois biênios consecutivos.
Os biênios serão contados, ininterruptamente, sem o desconto de qualquer afastamento
nem mesmo o decorrente de licença, férias, ou licença especial.
*Da homologação da respectiva conv. partid. até a diplomação e nos feitos decorrentes
do processo eleitoral, não poderão servir como juízes nos Tribunais Eleitorais, ou como
juiz eleitoral, o cônjuge ou o parente consanguíneo ou afim, até o segundo grau, de
candidato a cargo eletivo registrado na circunscrição.
JUSTIÇA ELEITORAL
• Organização e Competência – LC
• Garantias da Magistratura Eleitoral – art. 121, § 1º, da CF – independência funcional.
• Mandato
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Justiça Eleitoral – Aspectos Gerais II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Os membros de tribunais eleitorais no exercício de suas funções e no que lhes for aplicá-
vel, para as demais garantias, há a necessidade de se avaliar a sua compatibilidade com a
natureza da justiça eleitoral.
Na Justiça Eleitoral não há vitaliciedade.
Também não é recebido um subsídio, mas sim uma gratificação pelo exercício das fun-
ções eleitorais
25m
Mandato – 2 anos (pode ser reconduzido para mais um biênio mediante escolha)
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Justiça Eleitoral – TSE
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
O TSE é uma Instância Especial e tem sede em Brasília. No entanto, apesar de fisica-
mente sediado em Brasília, o TSE exerce sua função jurisdicional sobre todo o território
nacional, quando for uma hipótese da sua competência.
TREs - exercem as suas funções nos Estados em que sediados.
Art. 16 do Código Eleitoral e Art. 118 e Art. 119 da CF - composição do TSE.
Art. 119. O TSE compor-se-á por, no mínimo, 7 membros. (é possível aumentar)
O TSE faz parte da justiça eleitoral e esta é um ramo especializado do poder judiciário da
União - o Congresso Nacional é quem trata sobre a composição do TSE.
Art. 59 da CF.
O processo legislativo compreende a edição de: emendas à constituição, lei complemen-
tar, lei ordinária, lei delegada, medida provisória, decreto legislativo e resoluções.
Decreto legislativo, resoluções, medida provisória e lei delegada não podem tratar de
direito eleitoral.
O tipo legislativo que necessita ser editado para aumentar o TSE – o legislador infra-
constitucional está autorizado a aumentar a composição do TSE - não há a necessidade de
emenda à constituição.
5m
Art. 121, caput, da CF – a lei complementar disporá sobre a organização e competências
da justiça eleitoral.
Composição do TSE
• No mínimo 7 juízes.
• O aumento da composição é feito por meio de Lei Complementar.
• Não é possível por meio de lei completar diminuir o número de membros do TSE.
• Sede: Brasília/DF
• Jurisdição: Nacional
Membros do TSE
10m
Art. 119 da CF.
3 ministros do STF (escolhidos entre os 11 ministros do STF – possibilidade de acumula-
ção de cargos públicos - atuarão simultaneamente).
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Justiça Eleitoral – TSE
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Justiça Eleitoral – TSE II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
O TSE é composto por, no mínimo, 7 membros – 3 ministros do STF (voto secreto dentro
do STF), 2 ministros do STJ (voto secreto dentro do STJ) e 2 advogados (indicados em lista
tríplice pelo STF e nomeados pelo Presidente da República)
Requisitos que um advogado precisa preencher para participar da lista tríplice.
Na expressão utilizada pelo Código Eleitoral, o advogado não pode ocupar cargo público
que seja demissível ad nutum - cargo de livre nomeação e livre exoneração.
• Não pode ser diretor, sócio ou proprietário de uma pessoa jurídica que mantenha um
contrato com a administração pública e que, em razão desse contrato, seja beneficiado
com subvenção, privilégio ou isenção legal.
Não há proibição que o advogado seja sócio de uma pessoa jurídica que mantenha con-
trato com o poder público, se essa pessoa participou de uma licitação e foi escolhida como
a melhor proposta/melhor ofertante, a pessoa poderá ser contratada e esse contrato (man-
tido pela PJ da qual o advogado é diretor, sócio ou proprietário) não o impedirá de integrar a
lista tríplice.
É uma causa impeditiva a todos os membros do TSE: entre os ministros do TSE não pode
existir relação de parentesco de até 4º grau.
Se houver relação de parentesco (até 2º grau) de um juiz de tribunal eleitoral com um
candidato a cargo eletivo, na circunscrição em que ele exerce a função, ele fica afastado do
tribunal eleitoral desde a convenção partidária até a diplomação dos eleitos.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Justiça Eleitoral – TSE II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
O TSE não exerce controle concentrado de constitucionalidade (não julga ADI, ação
declaratória de constitucionalidade, arguição de descumprimento de preceito fundamental).
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Justiça Eleitoral – TSE II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 3
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Justiça Eleitoral – TRE
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
JUSTIÇA ELEITORAL
Conforme dispõe a CF, haverá um Tribunal Regional Eleitoral em cada capital e no Dis-
trito Federal. Embora a localização seja municipal (na capital), esse TRE exercerá as atribui-
ções na jurisdição do Estado.
A composição do TSE se dará por, no mínimo, 7 membros, podendo haver o aumento.
Porém, no caso do TRE, a CF estabeleceu 2 desembargadores do Tribunal de Justiça, um
Juiz membro da Justiça Federal ou do TRF, 2 juízes de Direito e 2 advogados. Desse modo,
inexiste, na constituição, a autorização para o aumento da composição.
Assim, questionando a possibilidade de aumento dessa composição, há duas correntes:
Essa corrente defende que quando a CF quis permitir o aumento, trouxe expressamente
“no mínimo”. Para essa corrente, trata-se de um silêncio eloquente. Assim, seria possível o
aumento somente mediante emenda constitucional.
• A segunda corrente defende que é possível, uma vez que a CF define que lei com-
plementar disporá sobre organização e competência da Justiça Eleitoral. Assim, entre
outras matérias, essa LC poderia aumentar a composição. Inclusive, estabelece, no
artigo 13, do código eleitoral, de forma expressa, que a composição pode ser aumen-
tada para 9 membros.
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Justiça Eleitoral – TRE
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Desemb.
TJ
Desemb. J - JF
TJ
JD JD
Advog. Advog.
Nas unidades federativas em que há sede do TRF, o membro da justiça federal é o próprio
membro do TRF. Quando não houver, o membro será o Juiz Federal de primeira instância.
15m
Assim, com essa composição, são 4 classes de membros:
Desemb. Escolhido
TJ
Desemb. eleição, voto J - JF
TJ secreto
eleição, voto
JD JD
secreto
Advog. Advog.
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Justiça Eleitoral – TRE
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
ATENÇÃO
Não existe lista sêxtupla. Para cada vaga, forma-se a lista tríplice.
25m
O Código Eleitoral previu uma terceira etapa, que é a homologação da lista, feita pelo TSE.
Obs.: O TSE não tem competência para escolher ou substituir nomes, apenas homolo-
gar ou não.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 3
DIREITO ELEITORAL
Justiça Eleitoral – Juiz e Junta Eleitoral
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Membros do TRE
A OAB, na regra do quinto constitucional, tem o direito líquido e certo de formar uma lista
sêxtupla (6 advogados que preenchem os requisitos - lista enviada para o TJ, que forma uma
lista tríplice e encaminha ao chefe do Poder Executivo) e intervir no processo de escolha dos
advogados do quinto constitucional - princípio da simetria, do paralelismo das formas, já que
na justiça comum estadual e na justiça comum federal a OAB participa.
Mandado de Segurança (21070) – A OAB dizia que tem direito líquido e certo de intervir
no processo de escolha dos advogados da Justiça Eleitoral.
10m
Segundo o STF, a OAB não tem direito líquido e certo a intervir no processo de escolha
dos advogados da Justiça Eleitoral. No que se refere à participação da OAB, há um silên-
cio eloquente - A Constituição não previu a participação da OAB no processo de escolha
porque não quis.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Justiça Eleitoral – Juiz e Junta Eleitoral
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Impeditivos
• Ocupar Cargo Eletivo - Mandato Eletivo (Federal, Estadual, Distrital ou Municipal - por
exemplo, Presidente, Senador, Deputado, Governador)
• Ocupar Cargo em Comissão - Cargo Demissível Ad Nutum - Cargo de Livre Nomeação
e Livre Exoneração (Código Eleitoral).
• Sócio/Diretor/Proprietário de uma pessoa jurídica que mantenha um contrato com a
administração pública e que lhe garanta subvenção, privilégio, isenção ou favor legal.
• Não pode existir relação de parentesco de até 4º grau - cônjuges, irmãos, pai-filho,
avô-neto, sobrinho-tio, primos, etc.
Obs.: relação posterior ao ingresso no cargo – exclui-se o mais moderno (em tempo de
exercício).
20m
Modificação da matéria promovida pela Lei 13165/15 – mudou a redação do art. 28, §
4º, do Código Eleitoral – Em regra, o TRE delibera por maioria de votos presentes a maioria
absoluta de seus membros.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Justiça Eleitoral – Juiz e Junta Eleitoral
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Quórum de instalação – quórum mínimo de membros que devem estar presentes para
que se inicie uma sessão de julgamento. (maioria absoluta - 4 membros)
Quórum de julgamento – julgar de uma ou outra forma. (maioria relativa - maioria dos
presentes)
Modificação da matéria promovida pela Lei n. 13.165/2015 – Em algumas circunstâncias,
para que o TRE possa julgar algumas matérias, é exigida a presença de todos os membros.
Exige-se quórum completo :
25m
• Cassação de registro (art. 28, § 4º) - qualquer candidato que queira participar das
eleições deve formular um pedido de registro de candidatura - deferido o pedido de
registro de candidatura, há alguns ilícitos eleitorais que têm como consequência a cas-
sação do registro de candidatura - por exemplo, a captação ilícita de sufrágio (compra
de votos).
• Anulação geral de eleições
• Perda de diplomas (documento que reconhece que o candidato foi validamente eleito
e pode ser empossado - dependendo da prática de alguns ilícitos eleitorais - por exem-
plo, abuso de poder econômico, abuso de poder político, conduta vedada a agente
público, captação ilícita de sufrágios, etc. - a consequência é a perda do diploma)
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 3
DIREITO ELEITORAL
Justiça Eleitoral – Juiz e Junta Eleitoral II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
• A função será exercida por um juiz de direito, designado pelo TRE (membro da 1ª ins-
tância da Justiça Comum estadual). Havendo mais de um juiz de direito, ocorre um
rodízio com cada um exercendo as funções eleitorais por um período de 2 anos.
Obs.: os juízes federais alegaram que, por serem juízes do Poder Judiciário da União, onde
houvesse um juiz federal, o juiz eleitoral deveria ser um juiz federal.
Art. 32 do Código Eleitoral – será juiz eleitoral um juiz de direito (vitalício) que goze das prerro-
gativas do art. 95 da CF.
Obs.: o art. 32, ao se referir ao art. 95 da CF, o fez em relação à constituição de 1946, mas
a redação é a mesma do artigo atual.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Justiça Eleitoral – Juiz e Junta Eleitoral II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Obs.: onde houver mais de uma Vara, o Tribunal Regional designará aquela ou aquelas, a
que incumbe o serviço eleitoral.
Juízes Eleitorais
• Cabe a jurisdição de cada uma das zonas eleitorais a um juiz de direito em efetivo
exercício.
• Trata-se de um juiz que integra a Justiça Estadual e que será designado para exercer
as funções eleitorais.
• Recursos contra as suas decisões (TRE).
10m
Obs.: o juiz não julga recurso contra decisão da junta – a junta não decide recurso contra
decisão do juiz.
Até os anos 2000, eram importantes na apuração dos votos no Brasil (período de voto
em cédula). Atualmente, têm menor expressão na apuração dos votos, em virtude do método
eletrônico. Atuavam também na resolução das impugnações e na expedição dos boletins
de apuração.
Os membros das Juntas Eleitorais serão nomeados 60 (sessenta) dias antes da eleição,
depois da aprovação do Tribunal Regional, pelo presidente deste, a quem cumpre também
designar-lhes a sede – competências intimamente relacionadas à apuração, à totalização
dos votos e à diplomação dos eleitos.
As Juntas Eleitorais têm uma composição de 3 ou 5 membros:
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Justiça Eleitoral – Juiz e Junta Eleitoral II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Obs.: os juízes de direito, dos 4 órgãos da Justiça Eleitoral, podem integrar 3 deles: Nos
TREs, das 7 vagas, 2 delas são ocupadas por juízes de direito; o juiz eleitoral é um
juiz de direito designado para o exercício das funções eleitorais e nas Juntas Eleito-
rais um dos membros (está em toda junta) é o juiz de direito.
Processo de escolha
Não podem fazer parte das Juntas Eleitorais (Art. 36, § 3º, CE):
Obs.: não há impedimento para que filiado a partido político integre uma Junta Eleitoral.
Obs.: não há proibição para aquele que exerça cargo em comissão no Poder Legislativo e
no Poder Judiciário.
Poderão ser organizadas tantas Juntas quantas permitir o número de juízes de direito,
mesmo que não sejam juízes eleitorais.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 3
DIREITO ELEITORAL
Justiça Eleitoral – Juiz e Junta Eleitoral II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Obs.: o juiz de direito escolhido para ser o juiz eleitoral também pode ser escolhido como
presidente da Junta.
Nas zonas em que for necessário organizar mais de uma Junta, ou quando estiver vago o
cargo de juiz eleitoral ou estiver este impedido, o presidente do TRE, com a aprovação deste,
designará juízes de direito da mesma ou de outras comarcas, para presidirem as Juntas
Eleitorais.
25m
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula prepa-
rada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 4
DIREITO ELEITORAL
Justiça Eleitoral – Competências – TSE
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
COMPETÊNCIAS
Obs.: qualquer partido político para ser constituído passa por um processo complexo de or-
ganização - aquisição da personalidade jurídica - o surgimento de um partido político
se dá com o registro de seus atos constitutivos no cartório de registro civil de pessoas
jurídicas do local da sua sede - após a aquisição da personalidade jurídica, passa-
-se para a etapa em que o partido político tem que demonstrar seu caráter nacional
(busca do apoio mínimo de eleitores - assinatura de eleitores) - tendo conseguido as
assinaturas, o partido vai ao TSE e requere o registro do partido e do diretório nacio-
nal do partido político.
Obs.: a exigência de registro do partido político no TSE está inscrita no art. 17, § 2º, CF
- após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, os partidos políticos
registrarão seus estatutos no TSE.
Obs.: o TSE tem competência para o registro do partido político (estatuto e do programa do
partido) e para o registro do diretório nacional do partido político.
Obs.: o TSE não tem competência para o registro do diretório estadual e do diretório muni-
cipal do partido político.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Justiça Eleitoral – Competências – TSE
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Obs.: além de promover o registro do partido e do seu diretório nacional, nas hipóteses
previstas no art. 28 da Lei 9096/96, o TSE tem competência para cassar o registro
do partido político - o partido político que receber recurso de entidade ou governo
estrangeiro, o partido político que subordinar a sua atuação a uma entidade ou go-
verno estrangeiro, o partido político que deixar de prestar contas à justiça eleitoral,
entre outras.
10m
Obs.: qualquer candidato que queira participar das eleições deve formular um pedido de
registro de candidatura perante à justiça eleitoral - precisa demonstrar que preenche
as condições de elegibilidade.
Obs.: o TSE não tem competência para o registro e cassação do registro dos candidatos
ao cargo de Senador da República.
Obs.: o Senador da República integra uma das casas do poder legislativo da União - O
Congresso Nacional.
Obs.: a jurisdição é um poder uno - um poder atribuído a todos os órgãos do poder judiciá-
rio e o que se distingue é a competência - A jurisdição exercida pelo STF é a mesma
exercida pelo Juiz de Direito.
Obs.: apesar de tecnicamente ser adequado o uso da expressão conflito de competência,
o Código Eleitoral usou a expressão conflito de jurisdição.
Obs.: conflito de Competência - dois ou mais órgãos declaram-se competentes para julgar
um determinado processo - O juiz 1 diz que é competente e o Juiz 2 não é ou o Juiz
2 se diz competente e diz que o Juiz 1 não é competente - trata-se de um conflito
positivo de competência. Mais comumente, dois ou mais órgãos dizem não ter com-
petência para julgar o processo - conflito negativo de competência.
15m
Obs.: conflito de competência entre juízes eleitorais do mesmo Estado – não é competên-
cia do TSE, mas do TRE.
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Justiça Eleitoral – Competências – TSE
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Obs.: com o intuito de evitar casos em que poderia haver a quebra da imparcialidade (pro-
cessos de interesse próprio ou de parentes), criou-se a suspeição/impedimento.
Exemplo: propositura de uma ação perante um juiz e o autor do processo é o irmão dele.
O juiz/relator deve declarar (de ofício) a sua suspeição ou seu impedimento para atuar
em um determinado processo. Se o magistrado não reconhecer o seu impedimento ou sus-
peição, é possível a oposição de um instrumento processual chamado exceção de impe-
dimento ou suspeição, em que se busca o reconhecimento da suspeição ou impedimento
daquele membro do Poder Judiciário.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 3
DIREITO ELEITORAL
Justiça Eleitoral – Competências – TSE II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Art. 102, inc. I, alínea C – compete ao STF processar e julgar originariamente nos crimes
comuns os membros de tribunais superiores. (por exemplo, ministro do TSE)
5m
Art. 105, inc. I, alínea A – compete ao STJ processar e julgar originariamente nos crimes
comuns os membros dos tribunais regionais eleitorais. (por exemplo, ministro do TRE)
e) o habeas corpus ou mandado de segurança, em matéria eleitoral, relativos a atos do
Presidente da República, dos Ministros de Estado e dos Tribunais Regionais; ou, ainda, o
habeas corpus, quando houver perigo de se consumar a violência antes que o juiz competente
possa prover sobre a impetração; (Vide suspensão de execução pela RSF n. 132, de 1984)
Obs.: compete originariamente ao TSE julgar o Habeas Corpus quando a autoridade co-
autora - a autoridade que está praticando o ato ilegal - estiver abusando do poder e
violando o direito de liberdade e locomoção.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Justiça Eleitoral – Competências – TSE II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Obs.: Quando o mandado de segurança for contra ato do TRE, é preciso distinguir entre
mandado de segurança em matéria eleitoral (O TSE julga) e em matéria administra-
tiva - licitações, contratos, servidor público, etc. (O TRE julga).
10m
Obs.: Situação em que a autoridade competente para o julgamento do Habeas Corpus
seja um TRE e o Sistema Operacional para o processamento de feitos eletrônicos
está indisponível (ataque hacker). Com isso, alguém está sob ameaça ao seu direito
de liberdade e locomoção - É possível a impetração do Habeas Corpus preventi-
vo pelo TSE.
f) as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos partidos políticos, quanto à
sua contabilidade e à apuração da origem dos seus recursos;
g) as impugnações à apuração do resultado geral, proclamação dos eleitos e expedição
de diploma na eleição de Presidente e Vice-Presidente da República;
15m
Exemplo: após as eleições de 2014, em que a vitoriosa foi Dilma Rousseff, houve uma
impugnação ao resultado das eleições para Presidente e Vice-Presidente da República.
h) os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos nos Tribunais Regionais dentro
de trinta dias da conclusão ao relator, formulados por partido, candidato, Ministério Público ou
parte legitimamente interessada. (Redação dada pela Lei n. 4.961, de 1966)
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Justiça Eleitoral – Competências – TSE II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
i) as reclamações contra os seus próprios juízes que, no prazo de trinta dias a contar
da conclusão, não houverem julgado os feitos a eles distribuídos. (Incluído pela Lei n.
4.961, de 1966)
Obs.: Quando da edição do Código Eleitoral, o TSE não tinha competência para julgar
ações rescisórias - uma ação em que se formula um pedido para desconstituição do
trânsito em julgado.
Obs.: Art. 5º, inc. XXXVI, CF - a lei não pode prejudicar o direito adquirido, o ato jurídico
perfeito e a coisa julgada (característica das decisões judiciais contra as quais não
cabe mais recurso).
20m
Obs.: A legislação processual prevê hipóteses de desconstituição da coisa julgada.
Obs.: O único órgão da justiça eleitoral que tem competência para o julgamento de ação
rescisória é o TSE.
j) a ação rescisória, nos casos de inelegibilidade, desde que intentada dentro de cento e
vinte dias de decisão irrecorrível, possibilitando-se o exercício do mandato eletivo até o seu
trânsito em julgado. (Incluído pela LCP n. 86, de 1996)
Em resumo, cabe ação rescisória no TSE nos seguintes casos: próprios julgados que
versarem sobre condições de inelegibilidade (causa impeditiva para o exercício do direito
à elegibilidade - analfabetismo, reeleição para o terceiro mandato consecutivo de chefe do
poder executivo, parentesco, entre outras) e a ação rescisória deve ser proposta no prazo de
até 120 dias do trânsito em julgado.
Obs.: A mera propositura da ação rescisória vai possibilitar o exercício do mandato eletivo
- isso fragiliza a coisa julgada - Foi declarado inconstitucional pela ADI 1459
25m
STF – ADI 1459 – não é porque uma ação rescisória foi proposta que os efeitos de uma
decisão do TSE automaticamente deixarão de ser produzidos - é preciso demonstrar a pro-
babilidade do direito invocado e o perigo do dano, ou seja, a plausibilidade das alegações.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 3
DIREITO ELEITORAL
Justiça Eleitoral – Competências – TSE II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
II – Julgar os recursos interpostos das decisões dos Tribunais Regionais nos termos do
Art. 276 inclusive os que versarem matéria administrativa.
Exemplo: situação em que um acórdão do TRE viola a CF - não é cabível recurso contra
esse acórdão diretamente ao STF - o recurso é julgado pelo TSE.
Parágrafo único. As decisões do Tribunal Superior são irrecorríveis, salvo nos casos
do Art. 281.
Art. 121, § 3º, da CF – as decisões do TSE são irrecorríveis, salvo duas situações:
quando o acórdão do TSE violar a CF ou quando o acórdão do TSE denegar a ordem de
habeas corpus ou a ordem de mandado de segurança .
30m
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 4
DIREITO ELEITORAL
Justiça Eleitoral – Competências – TSE III
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Obs.: documento normativo que contém as regras sobre: organização interna do tribunal,
o funcionamento, a estrutura interna, a economia interna, etc.
Obs.: o Poder Judiciário tem como garantia para o exercício das suas funções a indepen-
dência/separação dos poderes.
Obs.: o TRE tem 2 desembargadores do TJ, 2 juízes de direito e 1 juiz da justiça federal ou
do TRF, onde houver, ou da 1º instância da justiça federal - podem ser afastados dos
seus cargos efetivos, dos seus cargos na justiça comum estadual para se dedicarem
exclusivamente à justiça eleitoral - o ônus deste afastamento (o pagamento do sub-
sídio devido a esses membros) será da justiça eleitoral.
5m
Obs.: parcela da doutrina entende que a competência do inc. V está revogada, não foi re-
cepcionada pela CF, de acordo com o previsto no art. 120, caput, CF - há um tribunal
regional eleitoral na capital de cada Estado e no DF - não há previsão de criação de
TRE em território.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Justiça Eleitoral – Competências – TSE III
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
VI – propor ao Poder Legislativo o aumento do número dos juízes de qualquer Tribunal Eleitoral,
indicando a forma desse aumento;
Obs.: também há uma discussão sobre a recepção do inc. VI - em relação ao TSE, é possí-
vel o aumento de sua composição - art. 119, CF - o TSE compor-se-á por, no mínimo,
7 membros.
Obs.: Se o TSE entender que é o caso de aumentar sua composição, é necessário elabo-
rar o projeto de lei complementar e o apresentar ao Congresso Nacional - iniciativa
privativa.
Obs.: há duas posições doutrinárias a respeito do aumento da composição dos TRE’s -
uma que entende que não se admite o aumento da composição dos TRE’s - para
esse grupo, o TSE não teria legitimidade para apresentar um projeto de lei comple-
mentar para aumentar a composição dos TRE’s. Por outro lado, há um grupo que en-
tende ser possível o aumento da composição dos TRE’s, se for o caso de aumentar
a composição, a iniciativa privativa é do TSE.
10m
Obs.: para tratar da organização/composição de tribunal eleitoral é exigível lei complemen-
tar (art. 121, caput, CF - lei complementar disporá sobre organização e competências
da justiça eleitoral).
Obs.: art. 77, CF - a eleição para Presidente da República ocorrerá no 1º domingo de ou-
tubro do último ano do mandato, em primeiro turno, e em segundo turno, se houver,
no último domingo de outubro.
Obs.: art. 1º da Lei das Eleições - teremos no Brasil eleições gerais simultâneas para pre-
sidente, vice-presidente, governador, vice-governador, deputado federal, deputado
estadual e deputado distrital.
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Justiça Eleitoral – Competências – TSE III
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Obs.: o TSE fixa a data das eleições para cargos federais (senador da república, deputado
federal, presidente e vice-presidente da república).
15m
VIII – aprovar a divisão dos Estados em zonas eleitorais ou a criação de novas zonas;
Obs.: Estado-Membro - limite territorial para o exercício da função jurisdicional por um TRE.
Obs.: o juiz eleitoral e a junta eleitoral exercem suas funções em zonas eleitorais (divisão
territorial do Estado-Membro). Em cada zona eleitoral, tem-se a atuação de um juiz
eleitoral, de uma junta eleitoral - Quem divide o Estado em zonas e cria novas zonas
eleitorais é o TRE - a competência do TSE é homologatória (verificar o cumprimento
dos requisitos).
IX – expedir as instruções que julgar convenientes à execução deste Código; (função regulamen-
tar/função normativa)
www.grancursosonline.com.br 3
DIREITO ELEITORAL
Justiça Eleitoral – Competências – TSE III
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Obs.: há alguns anos, o TSE expediu resoluções sobre funcionamento, estrutura, organiza-
ção de partido político - por exemplo, afirmando que determinado partido político não
poderia ter um diretório provisório com tempo de duração maior do que x dias.
Obs.: para cada uma das vagas, há a formação de uma lista tríplice (pelo TJ), que é en-
caminhada ao TSE para fins de homologação (preenchimentos dos requisitos e não
incidência nas causas impeditivas) e envia ao Presidente da República para fins de
nomeação.
25m
XII – responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas em tese por autoridade
com jurisdição, federal ou órgão nacional de partido político; (competência consultiva para respon-
der perguntas - o objetivo é garantir segurança jurídica e previsibilidade sobre a atuação da justiça
eleitoral)
Obs.: legitimados - perante o tribunal TSE, tem-se dois legitimados a formular consulta no
TSE: partidos políticos (diretório nacional) e autoridade pública federal (autoridade
pública com jurisdição federal).
Obs.: o cidadão não tem legitimidade para fazer consultas perante o TSE.
Obs.: o objeto da consulta é o direito eleitoral e a consulta precisa ser feita em tese - não
se admite antecipação de julgamento - O TSE não pode responder consultas sobre
caso concreto - A consulta serve para a demonstração aos atores do processo elei-
toral (partido político, candidato, cidadão) como que a justiça eleitoral aplicará as
normas eleitorais ou como que eventuais casos serão resolvidos pela justiça eleitoral
se forem apresentados.
XIII – autorizar a contagem dos votos pelas mesas receptoras nos Estados em que essa provi-
dência for solicitada pelo Tribunal Regional respectivo; (quem apura as eleições são as juntas
eleitorais)
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 4
DIREITO ELEITORAL
Justiça Eleitoral – Competências – TSE III
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
XIV – requisitar a força federal necessária ao cumprimento da lei, de suas próprias decisões ou
das decisões dos Tribunais Regionais que o solicitarem, e para garantir a votação e a apuração;
(Redação dada pela Lei n. 4.961, de 1966)
Obs.: requisição – força pública (o próprio TRE requisita – garantia da necessidade de suas
decisões - por exemplo, há um mandado de busca e apreensão, uma determinada
ordem expedida pelo TRE e para que essa ordem seja cumprida haja a necessidade
de atuação da PF) e força federal (intervenção das forças armadas nas eleições - ga-
rantia da liberdade do voto, da normalidade de uma eleição - o TRE solicita ao TSE).
30m
Exemplo: força federal - em um município (17º zona eleitoral), na eleição de 2020, houve,
pelo TRE, uma solicitação de força federal para garantia da normalidade das eleições - estava
ocorrendo acirramento de ânimos de grupos políticos e isso poderia gerar uma instabilidade,
insegurança e prejuízo à liberdade para o exercício do voto.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Weslei Machado.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conte-
údo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura
exclusiva deste material.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 5
DIREITO ELEITORAL
Justiça Eleitoral – Competências – TRE
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
RELEMBRANDO
As competências do Tribunal Superior Eleitoral estão dispostas nos arts. 22 e 23 do Código
Eleitoral.
ATENÇÃO
O juízo eleitoral não tem competência para o registro de diretório de partido. Apenas o TRE
e o TSE possuem essa competência. O TSE tem competência para o registro do estatuto
do programa do partido e do diretório nacional. Já os Tribunais Regionais Eleitorais regis-
tram os diretórios estaduais e municipais dos partidos políticos.
Em relação ao partido político, o TRE atua nos estaduais (regionais) e municipais (locais).
No que se refere ao registro de candidatura, qualquer candidato que queira participar das
eleições deve formular um pedido de registro de candidatura à Justiça Eleitoral. Os TREs
possuem competência para os registros de candidatura nas eleições estaduais e nas elei-
ções federais. Posto de outro modo, quem pretender participar das eleições para Deputado
Federal, Senador da República (Federais) e para Governador, Vice-Governador e Deputado
Estadual deve apresentar um pedido de registro de candidatura ao TRE do respectivo estado.
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Justiça Eleitoral – Competências – TRE
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
(Reg. = Registro; Part. = Partidos políticos; Reg. Cand. = Candidatura; Dir. Est. = Dire-
tórios Estaduais; Dir. Mun. = Diretórios Municipais; Est. = Cargos eletivos Estaduais; Fed. =
Cargos eletivos Federais; G = Governador; VG = Vice-Governador; DE = Deputado Estadual;
DF = Deputado Federal; e SR = Senador da República).
Outra competência do TRE é julgar o conflito de competência (conflito de jurisdição).
Enquanto o TSE julga o conflito de competência quando instaurado entre TRE x TRE, ou
entre juízes eleitorais de estados diferentes, o TRE julga conflito de competência quando ins-
taurado entre juízes eleitorais do respectivo estado (local de atuação do TRE).
5m
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Justiça Eleitoral – Competências – TRE
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
ATENÇÃO
Quando a exceção de suspeição e impedimento for oposta contra o Procurador-Geral Elei-
toral, que é um membro do Ministério Público que oficia perante o TSE, a competência
para o julgamento recairá sobre o TSE. Sendo contra o Procurador Regional Eleitoral, que
é membro do Ministério Público que oficia no TRE, o julgamento ficará a cargo do TRE.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 3
DIREITO ELEITORAL
Justiça Eleitoral – Competências – TRE
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Outra competência diz respeito ao julgamento de crimes eleitorais. O TSE tinha com-
petência para julgar os crimes eleitorais e os crimes comuns conexos aos crimes eleitorais
quando praticados por seus próprios ministros ou pelos juízes membros dos Tribunais Regio-
nais Eleitorais. No entanto, essa competência do TSE está revogada. Nesses casos, o julga-
mento é feito pelo Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 102, inciso I, alínea “c” da
Constituição Federal.
Por outro lado, no caso de crime eleitoral ou crime comum conexo praticado por juiz
membro do TRE, é o Superior Tribunal da Justiça quem realiza o processo e julgamento do
crime, segundo o disposto no art. 105, inciso I, alínea “a” da Constituição.
ATENÇÃO
O juiz eleitoral é o juiz de direito, o qual, ao praticar crime comum, é julgado pelo Tribunal
de Justiça (art. 96, inciso III da Constituição). Por conta disso, a competência do TRE para
julgar esses juízes em caso de crime eleitoral ou crime comum conexo está mantida.
e) o habeas corpus ou mandado de segurança, em matéria eleitoral, contra ato de autoridades que
respondam perante os Tribunais de Justiça por crime de responsabilidade e, em grau de recurso,
os denegados ou concedidos pelos juízes eleitorais; ou, ainda, o habeas corpus quando houver
perigo de se consumar a violência antes que o juiz competente possa prover sobre a impetração;
f) as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos partidos políticos, quanto à sua con-
tabilidade e à apuração da origem dos seus recursos;
Compete ao TRE julgar, em matéria eleitoral, quando o ato coator for praticado por auto-
ridade que responda perante o Tribunal de Justiça por crime de responsabilidade. Caso, em
primeira instância, tenha sido impetrado mandado de segurança ou de habeas corpus, o juiz
pode conceder ou denegar a ordem, a qual é passível de receber recurso. O TRE, em grau
recursal, julga a sentença do juiz eleitoral. (art. 265 do Código Eleitoral)
15m
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 4
DIREITO ELEITORAL
Justiça Eleitoral – Competências – TRE
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
ATENÇÃO
Caso alguém esteja ameaçado em seu direito de liberdade de locomoção em matéria elei-
toral, ainda que o TRE não tenha competência para julgar o habeas corpus, em caso de
demora para o processo ser submetido para o juízo eleitoral, o TRE pode julgar o habeas
corpus para evitar a consumação do direito da liberdade de locomoção.
g) os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos pelos juízes eleitorais em trinta dias da
sua conclusão para julgamento, formulados por partido candidato, Ministério Público ou parte le-
gitimamente interessada sem prejuízo das sanções decorrentes do excesso de prazo. (Redação
dada pela Lei n. 4.961, de 1966)
ATENÇÃO
Juiz eleitoral não é instância revisora das decisões das Juntas Eleitorais, bem como as
Juntas Eleitorais não são instâncias revisoras das decisões do juiz eleitoral. Em ambas as
situações, havendo uma decisão do juiz ou da Junta, é cabível recurso, o qual será julgado
pelo Tribunal Regional Federal do respectivo estado.
www.grancursosonline.com.br 5
DIREITO ELEITORAL
Justiça Eleitoral – Competências – TRE
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
• Acórdão; e
• Resolução.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula pre-
parada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 6
DIREITO ELEITORAL
Justiça Eleitoral – Competências – TRE II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Essa competência está relacionada à autonomia constitucional do TRE. Por conta disso,
compete ao próprio TRE dispor sobre sua organização, funcionamento e estrutura interna. A
matéria inerente à economia interna do tribunal deve ser tratada pelo regimento interno, con-
forme disposto no art. 96, inciso I, alínea “a”, da Constituição Federal.
Para garantir seu próprio funcionamento, o TRE pode prover os cargos públicos (de pro-
vimento efetivo, de provimento em comissão). Tendo necessidade de criação de mais cargos
públicos, o TRE tem competência para, por meio do TSE, encaminhar o projeto de lei para o
aumento do número de cargos do tribunal. Em outros termos, é o TSE que encaminha para
o Congresso Nacional a solicitação para criação de mais cargos.
III – conceder aos seus membros e aos juízes eleitorais licença e férias, assim como afastamento
do exercício dos cargos efetivos submetendo, quanto aqueles, a decisão à aprovação do Tribunal
Superior Eleitoral;
RELEMBRANDO
Ao tratar sobre as competências do TSE, observou-se a possibilidade dos membros ma-
gistrados do TRE (os desembargadores do Tribunal de Justiça, os juízes de direito e o juiz
membro da Justiça Federal) serem afastados de seus cargos efetivos para se dedicarem
exclusivamente ao exercício da jurisdição eleitoral. Nesse caso, o TRE concede o afasta-
mento, decisão sujeita à aprovação do TSE.
5m
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Justiça Eleitoral – Competências – TRE II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
O juiz eleitoral e a Junta Eleitoral não possuem competência para a fixação de data de
eleições. Enquanto o TSE tem competência para fixar as datas das eleições federais (Pre-
sidente, Vice-Presidente, Deputado Federal e Senador da República), o TRE pode fixar as
datas para as eleições para os cargos estaduais (Governador, Vice-Governador e Deputado
Estadual) e municipais (Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador).
VI – indicar ao tribunal Superior as zonas eleitorais ou seções em que a contagem dos votos deva
ser feita pela mesa receptora;
O TSE autoriza a contagem dos votos nas eleições manuais pelas mesas receptoras e
o TRE indica ao tribunal em quais zonas eleitorais a contagem dos votos deve ser feita pela
mesa receptora.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Justiça Eleitoral – Competências – TRE II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
VII – apurar com os resultados parciais enviados pelas juntas eleitorais, os resultados finais das
eleições de Governador e Vice-Governador de membros do Congresso Nacional e expedir os
respectivos diplomas, remetendo dentro do prazo de 10 (dez) dias após a diplomação, ao Tribunal
Superior, cópia das atas de seus trabalhos;
Obs.: a competência para a diplomação (expedição de diplomas) pode ser dividida em três:
ATENÇÃO
O TRE é quem expede o diploma para os eleitos para o Senado Federal, não o TSE. O juiz
eleitoral não tem competência para a expedição de diploma.
VIII – responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas, em tese, por autoridade
pública ou partido político;
www.grancursosonline.com.br 3
DIREITO ELEITORAL
Justiça Eleitoral – Competências – TRE II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
ATENÇÃO
O TRE não responde a perguntas sobre Direito Penal, Constitucional etc. Apenas perguntas
em tese sobre Direito Eleitoral, ou seja, não responde a perguntas sobre casos concretos.
IX – dividir a respectiva circunscrição em zonas eleitorais, submetendo essa divisão, assim como
a criação de novas zonas, à aprovação do Tribunal Superior;
X – aprovar a designação do Ofício de Justiça que deva responder pela escrivania eleitoral duran-
te o biênio;
Atualmente, cada zona eleitoral deve ter um cartório eleitoral. Houve a extinção da escri-
vania eleitoral.
XIII – autorizar, no Distrito Federal e nas capitais dos Estados, ao seu presidente e, no interior, aos
juízes eleitorais, a requisição de funcionários federais, estaduais ou municipais para auxiliarem os
escrivães eleitorais, quando o exigir o acúmulo ocasional do serviço;
XIV – requisitar funcionários da União e, ainda, no Distrito Federal e em cada Estado ou Território,
funcionários dos respectivos quadros administrativos, no caso de acúmulo ocasional de serviço de
suas Secretarias;
XV – aplicar as penas disciplinares de advertência e de suspensão até 30 (trinta) dias aos juízes
eleitorais;
XVI – cumprir e fazer cumprir as decisões e instruções do Tribunal Superior;
XVII – determinar, em caso de urgência, providências para a execução da lei na respectiva cir-
cunscrição;
XVIII – organizar o fichário dos eleitores do Estado.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula pre-
parada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 4
DIREITO ELEITORAL
Justiça Eleitoral – Competências – Juízes e Juntas
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Obs.: No Brasil, em regra, os crimes eleitorais são julgados pelos juízes eleitorais. Isso
não se aplica quando a autoridade acusada pela prática criminosa possuir foro com
prerrogativa de função.
Suponha que um candidato pratique corrupção eleitoral. Para comprar o voto do eleitor,
ele pratica peculato (apropria-se de bens e valores que possui em razão de seu cargo, art.
312 do Código Penal). Nesse caso, a Justiça Eleitoral tem competência mais forte, atraindo
a competência também para o crime comum conexo.
ATENÇÃO
Em caso de crime doloso contra a vida conectado a um crime eleitoral, a Justiça Eleitoral
julgará o crime eleitoral e o Tribunal do Júri julgará o crime doloso contra a vida (art. 5º, inci-
so XXXVIII da Constituição). Nos demais casos, a Justiça Eleitoral julga ambos os crimes.
5m
III – decidir habeas corpus e mandado de segurança, em matéria eleitoral, desde que essa compe-
tência não esteja atribuída privativamente à instância superior.
Não sendo de competência do TSE, TRE ou STJ, o julgamento é feito pelo juiz eleitoral.
Não há mais escrivania eleitoral, mas cartório eleitoral, o qual possui um chefe.
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Justiça Eleitoral – Competências – Juízes e Juntas
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Obs.: A exclusão de eleitores pode ocorrer em caso de falecimento, evitando-se que al-
guém vote no lugar de quem morreu.
ATENÇÃO
O TRE, mediante aprovação do TSE, realiza a divisão do estado em zonas eleitorais (cor-
respondentes aos limites geográficos de atuação do juiz e de uma Junta Eleitoral). São os
juízes que dividem as zonas eleitorais em seções (forma de organização eleitoral para o
fim de direito ao voto). A seção eleitoral é instalada em um local de votação, possuindo uma
mesa receptora de voto habilitada para receber o eleitor, aferir sua identidade e habilitá-lo
para fins de exercício de direito ao voto.
10m
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Justiça Eleitoral – Competências – Juízes e Juntas
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
XIII – designar, até 60 (sessenta) dias antes das eleições, os locais das seções;
XIV – nomear, 60 (sessenta) dias antes da eleição, em audiência pública anunciada com pelo me-
nos 5 (cinco) dias de antecedência, os membros das mesas receptoras;
ATENÇÃO
A constituição das Juntas Eleitorais é de competência dos Tribunais Regionais Eleitorais.
Já a composição da mesa receptora de votos é do juiz eleitoral.
XVII – tomar todas as providências ao seu alcance para evitar os atos viciosos das eleições;
XVIII – fornecer aos que não votaram por motivo justificado e aos não alistados, por dispensados
do alistamento, um certificado que os isente das sanções legais;
XIX – comunicar, até às 12 horas do dia seguinte à realização da eleição, ao Tribunal Regional e
aos delegados de partidos credenciados, o número de eleitores que votarem em cada uma das
seções da zona sob sua jurisdição, bem como o total de votantes da zona.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 3
DIREITO ELEITORAL
Justiça Eleitoral – Competências – Juízes e Juntas
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
O juiz eleitoral não tem competência para diplomação. O TSE diploma os eleitos nas
eleições presidenciais; os TREs expedem o diploma para os cargos eletivos estaduais e
federais; e as Juntas Eleitorais expedem os diplomas para os eleitos nas eleições municipais.
www.grancursosonline.com.br 4
DIREITO ELEITORAL
Justiça Eleitoral – Competências – Juízes e Juntas
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Parágrafo único. Nos municípios onde houver mais de uma junta eleitoral a expedição dos diplo-
mas será feita pelo que for presidida pelo juiz eleitoral mais antigo, à qual as demais enviarão os
documentos da eleição.
ATENÇÃO
É possível que, em um município, haja mais de uma zona eleitoral, como o caso de
São Paulo.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula pre-
parada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 5
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
• Possibilidade I
Se o alistamento eleitoral tem natureza jurídica meramente declaratória, isso quer dizer
que, independentemente do alistamento e de alguém ter sido inserido no cadastro eleitoral,
pelo mero preenchimento dos requisitos, ele já é um eleitor.
Se o alistamento eleitoral for um ato meramente declaratório, a partir do momento em que
o brasileiro completar 16 anos de idade, independentemente de quaisquer circunstâncias e
do alistamento eleitoral, ele já seria eleitor.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 3
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
• Possibilidade II
Por outro lado, se se pensar que o alistamento eleitoral tem natureza jurídica constitutiva,
isso quer dizer que a cidadania surge depois do alistamento. Nessa perspectiva, antes do
alistamento há uma pessoa e, depois dele, há um cidadão brasileiro, um eleitor brasileiro.
• Síntese
www.grancursosonline.com.br 4
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Logo, como se trata do exercício do poder, da tomada das decisões, da definição das
políticas públicas a serem implementadas, das regras que serão seguidas a partir de sua
previsão em lei dentro da ordem jurídica brasileira, dentro da República Federativa do Brasil,
só quem pode participar da tomada dessas decisões são os brasileiros. Então, não pode-
mos permitir que alienígenas (termo indicativo de alguém estranho, estrangeiro, não nascido
no Brasil) participem da tomada das decisões do Brasil, sob pena de esse estrangeiro, na
tomada das decisões, levar em consideração interesses externos.
Lembre-se de que somos um país soberano, de modo que a soberania é um dos fun-
damentos da República Federativa do Brasil. Assim, para a efetivação e para a garantia
dessa soberania nacional, reconhece-se que apenas brasileiros podem participar da tomada
das decisões, somente os brasileiros são titulares da soberania popular exercida a partir
do sufrágio.
Então, o primeiro requisito indispensável à aquisição da cidadania brasileira é a naciona-
lidade brasileira.
Síntese: a nacionalidade brasileira é o pressuposto para a aquisição da cidadania brasi-
leira – só pode ser cidadão brasileiro quem for brasileiro, quem tiver a nacionalidade brasileira.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 5
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Nesse caso, não se trata de exercício de cargos, mas de alguém que vai requerer a sua
inscrição como cidadão brasileiro, para votar, participar de referendos, plebiscitos, propor
ações populares e, eventualmente, participar das eleições.
Então, será que, para adquirir a condição de eleitor, para que alguém possa se tornar um
cidadão brasileiro, é importante diferenciar o brasileiro nato do brasileiro naturalizado?
Resposta: nesse sentido, a diferenciação é irrelevante. Os brasileiros natos e os brasilei-
ros naturalizados podem adquirir a cidadania brasileira por meio do alistamento.
Síntese: para fins de requerimento do alistamento eleitoral, é irrelevante a distinção entre
brasileiro nato e brasileiro naturalizado.
Em relação ao tempo para o alistamento como forma de evitar a imposição de uma multa,
o Código Eleitoral e a Resolução TSE n. 21.538 distinguiram o tempo de alistamento:
I – Quem é brasileiro nato deve requerer o alistamento eleitoral até o centésimo quinqua-
gésimo primeiro dia anterior à data da eleição do ano em que completar 19 anos.
II – O brasileiro naturalizado deve requerer o seu alistamento eleitoral até um ano após a
aquisição da nacionalidade derivada.
Trata-se de uma diferenciação voltada à evitação da aplicação de uma multa, à evitação
da perda da quitação eleitoral. Porém, para fins de requerimento e para fins de atribuição da
cidadania brasileira, é irrelevante a distinção entre o brasileiro nato e o brasilerio naturalizado.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 6
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Art. 14, § 2º, da Constituição Federal: proíbe, veda e proscreve o alistamento eleitoral do estrangeiro.
O PULO DO GATO
Em um concurso anterior, a banca solicitou a seguinte questão:
José, boliviano, naturalizado brasileiro, não pode requerer o seu alistamento eleitoral.
25m
Resposta: a afirmação está incorreta.
Explicação: estrangeiro não pode adquirir a cidadania brasileira, mas José não é estran-
geiro, pois é naturalizado brasileiro. No Brasil, José é um brasileiro naturalizado. Em suma,
estrangeiros naturalizados brasileiros não são estrangeiros, mas brasileiros naturalizados.
www.grancursosonline.com.br 7
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Resumo:
Obs.: estrangeiros não podem se tornar cidadãos brasileiros, mas o português, enquan-
to estrangeiro, poderá titularizar a cidadania brasileira desde que tenha residência
permanente no Brasil, já que o Tratado da Amizade reconheceu a reciprocidade de
brasileiros em Portugal e de portugueses no Brasil, no que se refere à titularização
de direitos políticos.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 8
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Espécies de Alistamento
Alistamento Obrigatório
Nos termos do art. 14 da CF/1988, o alistamento e o voto serão obrigatórios desde que
preenchidos os seguintes requisitos cumulativos:
• ser brasileiro;
• ter idade entre 18 e 70 anos;
• alfabetizado
Caso não o façam nos prazos legais, ficam sujeitos à multa prevista no art. 8º do CE, cuja
cobrança no valor de 3 a 10 por cento do salário mínimo, será realizada no ato da inscrição.
Essa multa, todavia, não será aplicada ao não alistado que requerer sua inscrição elei-
toral até o centésimo quinquagésimo primeiro dia anterior à eleição subsequente à data em
que completar 19 anos.
www.grancursosonline.com.br 9
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Alistamento Facultativo
Consoante dispõe o art. 14 da CF/1988, o alistamento será facultativo para pessoas nas
seguintes situações:
www.grancursosonline.com.br 10
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Nos anos em que se realizarem eleições ordinárias, o alistamento de que trata o caput
deste artigo deverá ser solicitado até o encerramento do prazo fixado para requerimento de
operações do cadastro.
O alistamento será requerido diretamente pela pessoa menor de idade e independe de
autorização ou assistência de seu/sua representante legal.
O título eleitoral emitido nas condições deste artigo somente surtirá o efeito quando a
pessoa completar 16 anos.
Alistamento vedado
Alistamento eleitoral – impossibilidade de ser efetuado por aqueles que prestam o ser-
viço militar obrigatório – manutenção do impedimento ao exercício do voto pelos conscritos
anteriormente alistados perante a Justiça Eleitoral, durante o período da conscrição. (PA n.
1331-43/GO, rel. Min. Nilson Naves, DJ de 14/05/1998).
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula pre-
parada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
www.grancursosonline.com.br 11
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
• Quem tem menos de 18 anos não responde pela prática de crime no Brasil.
• Tal conceito é irrelevante para o alistamento eleitoral. .
5m
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
• A Justiça Eleitoral deve considerar a organização social, língua, cultura, entre outros
fatores da pessoa indígena.
20m
Espécies de Alistamento
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Alistamento Obrigatório
Nos termos do art. 14 da CF/1988, o alistamento e o voto serão obrigatórios desde que
preenchidos os seguintes requisitos cumulativos: ser brasileiro; ter idade entre 18 e 70 anos;
alfabetizado.
Caso não o façam nos prazos legais, ficam sujeitos à multa prevista no art. 8º do CE, cuja
cobrança no valor de 3 a 10 por cento do salário-mínimo, será realizada no ato da inscrição.
Essa multa, todavia, não será aplicada ao não alistado que requerer sua inscrição elei-
toral até o centésimo quinquagésimo primeiro dia anterior à eleição subsequente à data em
que completar 19 anos.
Alistamento Facultativo
Consoante dispõe o art. 14 da CF/1988, o alistamento sera facultativo para pessoas nas
seguintes situações: maior de 16 anos e menor de 18 anos; Maior de 70 anos; Analfabeto.
www.grancursosonline.com.br 3
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Alistamento Vedado
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
www.grancursosonline.com.br 4
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Não se admite o alistamento da pessoa que incidir na hipótese de perda dos direitos polí-
ticos (cancelamento da naturalização).
Espécies de Alistamento
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Alistamento Obrigatório
Nos termos do art. 14 da CF/1988, o alistamento e o voto serão obrigatórios desde que
preenchidos os seguintes requisitos cumulativos: ser brasileiro; ter idade entre 18 e 70 anos;
alfabetizado.
• A CF, no Art. 18, diz que o Alistamento Eleitoral e o voto são obrigatórios para os maio-
res de 18 anos. Essa literalidade estará correta caso apareça em prova. Entretanto,
existem outros requisitos, como já apresentados.
Caso não o façam nos prazos legais, ficam sujeitos à multa prevista no art. 8º do CE, cuja
cobrança no valor de 3 a 10 por cento do salário-mínimo, será realizada no ato da inscrição.
Essa multa, todavia, não será aplicada ao não alistado que requerer sua inscrição elei-
toral até o centésimo quinquagésimo primeiro dia anterior à eleição subsequente à dará em
que completar 19 anos.
Alistamento Facultativo
Consoante dispõe o art. 14 da CF/1988, o alistamento será facultativo para pessoas nas
seguintes situações: maior de 16 anos e menor de 18 anos; Maior de 70 anos; Analfabeto.
O alistamento entre 16 e 18 anos não torna o voto obrigatório para essa faixa etária.
15m
É irrelevante o conceito de idoso. O Estatuto do Idoso considera o idoso uma pessoa que
tem mais de 60 anos de idade. Para o voto esse conceito é irrelevante, sendo utilizado o cri-
tério etário (+70 anos).
Foi revogada a proibição do alistamento eleitoral de analfabetos. Se o analfabeto for alis-
tado, ele não é obrigado a votar. Os analfabetos são inelegíveis.
Nos locais de votação há restrições de acessibilidade, não havendo observância das regras
de acessibilidade. Por isso, quem tem mais de 70 anos não tem obrigatoriedade em votar.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Há duas classes de pessoas (maiores de 70 anos e pessoas com deficiência). Não são
todas as pessoas com deficiência que possuem dificuldade de locomoção. A deficiência pode
gerar uma onerosidade.
Havendo uma excessiva onerosidade, terá isenção das sanções legais para as pessoas
com deficiência.
25m
A pessoa com deficiência para quem seja impossível ou demasiadamente oneroso o
cumprimento daquelas obrigações eleitorais não estará sujeito às sanções legais decorren-
tes da ausência de alistamento e do não exercício do voto, ou seja, não estará sujeita à multa
eleitoral.
Garante-se às pessoas com deficiência:
a) Escolher, no ato de alistamento, transferência ou revisão, local de votação que permita
sua vinculação a seção eleitoral com acessibilidade, dentro da zona eleitoral;
b) Indicar, no prazo estipulado pela Justiça Eleitoral para cada pleito, local de votação,
diverso daqueles em que está sua seção de origem, no qual prefere exercer o voto, desde
que dentro dos limites da circunscrição do pleito; e
c) Ser auxiliada, no ato de votar, por pessoa de sua escolha, ainda que não o tenha
requerido antecipadamente ao juízo eleitoral.
www.grancursosonline.com.br 3
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Nos anos em que se realizarem eleições ordinárias, o alistamento de que trata o caput
deste artigo devera ser solicitado ate o encerramento do prazo fixado para requerimento de
operações do cadastro.
O alistamento será requerido diretamente pela pessoa menos de idade e independe de
autorização ou assistência de seu/sua representante legal.
O título eleitoral emitido nas condições deste artigo somente surtirá o efeito quando a
pessoa completar 16 anos.
Alistamento Vedado
Alistamento eleitoral – impossibilidade de ser efetuado por aqueles que prestam o ser-
viço militar obrigatório – manutenção do impedimento ao exercício do voto pelos conscritos
anteriormente alistados perante a Justiça Eleitoral, durante o período da conscrição. (PA n.
1331-43/GO, rel. Min. Nilson Naves, DJ de 14.5.1998).
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 4
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
ALISTAMENTO ELEITORAL
É vedada a criação de seções eleitorais exclusivas para pessoas com deficiência para
evitar a discriminação.
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Admite-se o alistamento desde que tenha 15 anos de idade, estando ou não em ano
eleitoral.
A partir da data em que a pessoa completar 15 anos, é facultativo o seu alistamento
eleitoral.
Nos anos em que se realizarem eleições ordinárias, o alistamento de que trata o caput
deste artigo deverá ser solicitado até o encerramento do prazo fixado para requerimento de
operações do cadastro.
O alistamento será requerido diretamente pela pessoa menos de idade e independe de
autorização ou assistência de seu/sua representante legal. O menor de 18 anos e maior de
16 é considerado relativamente incapaz no âmbito civil, e o menor de 16 é considerado abso-
lutamente incapaz. A validade do negócio jurídico precisa da assistência do seu represen-
tante legal para os menores de 18 anos e maiores de 16. O alistamento eleitoral pelo brasi-
leiro com 15 anos é realizado por ele próprio, independente de autorização.
O título eleitoral emitido nas condições deste artigo somente surtirá o efeito quando a
pessoa completar 16 anos.
Alistamento Vedado
Inalistabilidade.
Os estrangeiros, com exceção do português e desde que haja reciprocidade em Portugal
do direito aqui concedido (art. 14, § 2º, da CF/1988).
15m
Os conscritos, durante o período de serviço militar obrigatório (art. 14, §2º, da CF/1988).
Para o conscrito, enquanto perdurar o serviço militar obrigatório, é proibido o alistamento
eleitoral. A conscrição ocorre aos 18 anos de idade. Um conscrito já alistado não é suspenso
de seus direitos políticos, apenas há o impedimento para votar e ser votado.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Alistamento eleitoral – impossibilidade de ser efetuado por aqueles que prestam o ser-
viço militar obrigatório – manutenção do impedimento ao exercício do voto pelos conscritos
anteriormente alistados perante a Justiça Eleitoral, durante o período da conscrição. (PA n.
1331-43/GO, rel. Min. Nilson Naves, DJ de 14.5.1998).
20m
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 3
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral V
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
RELEMBRANDO
O alistamento eleitoral é o procedimento administrativo desenvolvido, perante a Justiça
Eleitoral, com a finalidade de aferir se o alistando preenche os requisitos constitucionais
ao alistamento eleitoral. Caso preenchidos, determina-se a inscrição daquele eleitor no
cadastro eleitoral.
Esse procedimento administrativo é competência do juiz eleitoral.
O seu desenvolvimento ocorre em etapas. Isto é, há atos que integram o alistamento elei-
toral. Nesse sentido, segundo o art. 42, do Código Eleitoral, o alistamento eleitoral se de-
senvolve a partir da qualificação e da inscrição.
QUALIFICAÇÃO E INSCRIÇÃO
Qualificação
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral V
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Inscrição
5m
• A inscrição eleitoral é um ato privativo do juiz eleitoral. Isto é, somente o juiz eleitoral
pode determinar a inscrição eleitoral.
• Depende, pois, de uma decisão judicial.
• É o ato por meio do qual o eleitor é inserido no corpo de eleitores.
• A competência para a emissão da decisão da inscrição eleitoral é do juiz eleitoral
(art. 35, CE).
• Haverá determinação da inscrição eleitoral caso o eleitor comprove ao juiz eleitoral o
preenchimento dos requisitos eleitorais.
• É a introdução do nome do eleitor no corpo de eleitores, por meio de decisão do juiz
eleitoral após a verificação do preenchimento dos requisitos.
• O eleitor dever comparecer na zona eleitoral do seu domicílio eleitoral para requerer a
sua inscrição.
Domicílio Eleitoral
Trata-se do local onde o eleitor deve formular o seu pedido de alistamento eleitoral, uma
vez que esse pedido deve ser apresentado ao juiz da zona eleitoral do domicílio eleitoral do
eleitor.
10m
Domicílio eleitoral é o lugar de residência ou de moradia do requerente, e verificado
ter o alistando mais de uma considerar-se-á domicílio qualquer delas (art. 42, parágrafo
único, CE).
• O Código Civil utiliza o conceito de “residência” como sendo uma das exigências para
configuração do domicílio civil. Nesse sentido, de forma resumida, residência pode ser
definida como o local onde alguém mora. Além disso, caso a pessoa more com von-
tade de permanecer de forma definitiva, tem-se a configuração do domicílio civil.
• Domicílio civil, pois, é residência somada à vontade de permanecer de forma definitiva
no local. No entanto, o domicílio eleitoral não exige essa definitividade.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral V
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
No direito eleitoral, a pluralidade de domicílio eleitoral não é possível. Nesse sentido, uma
vez escolhido o domicílio eleitoral, quando o eleitor possui mais de uma moradia ou residên-
cia, ele é único. Dessa forma, não é possível que uma pessoa seja vinculada a mais de um
domicílio eleitoral. O Código Eleitoral, portanto, apenas permite a possibilidade, do eleitor
escolher dentre os locais que possui moradia ou residência.
A alteração do domicílio eleitoral ocorre somente por meio da transferência eleitoral.
Segundo o art. 70, do Código Civil, para que se tenha o domicílio civil, o indivíduo deve ter
20m residência (requisito objetivo) e o ânimo definitivo de permanecer no local (requisito subjetivo).
De acordo com o Código Eleitoral, para configuração do domicílio eleitoral, basta que o
indivíduo tenha uma moradia ou residência.
Nota-se, dessa forma, uma distinção legal entre domicílio civil e domicílio eleitoral.
“É o lugar em que a pessoa mantém vínculos políticos, sociais e econômicos. A residên-
cia é a materialização desses atributos.” (Ac. n. 4.769, TSE) .
“(...) I – O conceito de domicílio eleitoral não se confunde com o de domicílio do direito
comum, regido pelo Direito Civil. Mais flexível e elástico, identifica-se com a residência e o
lugar onde o interessado tem vínculos políticos e sociais”. (Ac. n. 16.397, TSE)
Para a configuração do domicílio eleitoral, exige-se que o indivíduo possua apenas vín-
culos sociais, patrimoniais, familiares ou econômicos.
25m
A fixação do domicílio eleitoral depende de comprovação. Para isso, pode-se apresentar
um contrato de aluguel, a escritura de seu imóvel, comprovante de residência de seus fami-
liares etc. ou, ainda, firmar uma declaração.
Obs.: caso o eleitor se inscreva de forma fraudulenta, ou seja, fizer uma declaração falsa,
isso se configura como um crime eleitoral (art. 289, CE).
www.grancursosonline.com.br 3
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral V
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 4
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral VI
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
• Para que o cadastro eleitoral seja mantido atual, ele passa por um processo de coleta
e atualização de dados.
• No alistamento, revisão e transferência, deve-se coletar dados biométricos, fotografia
e assinatura digitalizada.
RELEMBRANDO
Alistamento é quando, de forma originária, o eleitor requer o seu alistamento eleitoral.
Sendo assim, é um procedimento administrativo para determinação de inscrição de eleito-
res ainda não alistados.
Na revisão, há uma mudança de domicílio eleitoral sem mudança de município. Isto é, o
eleitor muda a zona, mas se mantém no mesmo município.
Transferência é a mudança de domicílio eleitoral com mudança de domicílio.
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral VI
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
• TSE expedirá instrução sobre acesso a dados constantes dos sistemas informatizados
da Justiça Eleitoral.
• O acesso a informações constantes do Cadastro Eleitoral por instituições públicas e
privadas e por pessoas físicas se dará conforme a Lei Geral de Proteção de Dados.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral VII
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Obs.: os portugueses são os únicos estrangeiros que, enquanto estrangeiros, podem ad-
quirir cidadania brasileira se tiverem residência permanente no Brasil.
Para o TSE, o alistamento eleitoral não é proibido para aquele que esteja com seus direi-
tos políticos suspensos. As hipóteses de perda ou de suspensão estão inscritas no art. 15 da
Constituição:
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
I – cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
Obs.: essa é a única hipótese de perda dos direitos políticos para o TSE. Quem incidir nas
demais hipóteses de suspensão dos Direitos Políticos pode se alistar.
5m
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral VII
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
• A suspensão dos direitos políticos não obsta a realização das operações do Cadastro
Eleitoral.
Obs.: pela Constituição Federal, o único militar que sofre limitação em sua cidadania é o
conscrito, durante o período do serviço militar obrigatório. Encerrado esse período,
cessa-se a proibição para o alistamento.
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral VII
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
ATENÇÃO
Há uma contradição entre o Código Eleitoral e a Resolução 23.659 do TSE.
O Código, de forma expressa, ordena que, quando ocorrer uma das hipóteses de suspen-
são dos Direitos Políticos, deve ser feito o cancelamento da inscrição eleitoral.
Já o TSE, no exercício de sua função regulamentar, prevê em sua resolução que, em caso
de suspensão dos Direitos Políticos, não haverá o cancelamento de inscrição eleitoral.
Assim, mantém-se a inscrição eleitoral apenas com o registro do impedimento para o exer-
cício da cidadania brasileira.
15m
Qualquer juiz de direito que não tenha a competência para alterar o cadastro eleitoral
deve comunicar a justiça eleitoral para que ela possa registrar no cadastro a suspensão dos
direitos políticos.
E quem não é inscrito? A anotação deve ser feita na base de perda e de suspensão dos
direitos políticos pela CRE
Obs.: em regra, o registro da suspensão dos direitos políticos é feito pelo juiz eleitoral da
zona em que o eleitor é inscrito. Mas, se houver uma comunicação de uma hipótese
de suspensão dos direitos políticos relativa a alguém que não é eleitor, essa comu-
nicação é enviada ao Corregedor-Regional Eleitoral e este, por sua vez, deve anotar
na base de perda e de suspensão dos direitos políticos tal hipótese.
ATENÇÃO
Não existe regularização de ofício. Com o fim da pena, o eleitor apenado deve pegar uma
certidão da justiça comum comprovando esse fim da pena para a justiça eleitoral e reque-
rer o reestabelecimento dos efeitos de sua cidadania.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 3
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral VII
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Para a anotação e para o registro da suspensão dos direitos políticos o juiz age de ofício.
No alistamento eleitoral o juiz também age do ofício, pois há o exercício da função admi-
nistrativa.
Obs.: a única hipótese de perda dos Direitos Políticos, segundo o TSE, é a perda da na-
cionalidade. Nesse caso, o eleitor deve requerer a reaquisição dos Direitos Políticos.
Para isso, deve levar:
a) decreto ou portaria;
Obs.: nesse caso, o eleitor deve requerer o reestabelecimento dos efeitos da sua cidadania.
Obs.: se o fato gerador dessa suspensão for condenação criminal ou condenação por ato
de improbidade, os documentos acima são os aptos ao pedido de reestabelecimento
dos direitos políticos.
25m
www.grancursosonline.com.br 4
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral VII
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 5
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral VIII
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
ALISTAMENTO ELEITORAL
II – transferência;
III – revisão; e
IV – segunda via.
Obs.: é a que está liberada e pode ser utilizada para o exercício do direito ao voto.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral VIII
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Obs.: quando o eleitor incide nas hipóteses de suspensão dos direitos políticos (sofrer con-
denação criminal ou por improbidade ou recusar o cumprimento da obrigação legal),
ou quando um eleitor já alistado ingressa no serviço militar obrigatório e adquire a
condição de conscrito.
III – cancelada, quando a pessoa houver incorrido em uma das causas de cancelamento
previstas na legislação eleitoral, ficando a inscrição indisponível para o exercício do voto e
somente habilitada para a transferência ou a revisão nos casos previstos nesta Resolução;
Obs.: quando o eleito incidir em uma das hipóteses previstas no art. 71 do Código Eleitoral.
5m
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral VIII
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Obs.: os casos de duplicidade e pluralidade são casos em que uma mesma pessoa possui
mais de uma inscrição eleitoral. Nesse caso, assim como nos demais casos acima,
essas inscrições são canceladas e é possível reutilizar esses números de inscrição.
ATENÇÃO
O Código Eleitoral expressamente dispõe que, dentro dos 100 dias antes da data das elei-
ções não se admite transferência, alistamento e revisão. Essa decisão, porém, foi revoga-
da. Agora, o art. 92 da Lei 9.504 prevê um período de estabilização do cadastro no período
de 150 dias antes da data das eleições. Isso acontece para que a justiça eleitoral tenha um
período para regularizar todas as informações e se preparar para as eleições.
Dentro dos 150 dias anteriores à data da eleição, não serão recebidos requerimentos de
alistamento, transferência ou revisão.
ALISTAMENTO
Obs.: neste caso, o eleitor que estiver com sua inscrição cancelada também deve pedir
alistamento.
Do Alistamento
Obs.: toda vez que um eleitor requer o alistamento eleitoral, seja o que não tem inscrição,
seja o que tem inscrição cancelada, é necessário demonstrar à justiça eleitoral que
preenche os requisitos constitucionais para se tornar um cidadão brasileiro.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 3
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral VIII
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Obs.: a Constituição prevê a idade mínima de 16 anos. Mas, segundo a Resolução, é pos-
sível o alistamento de quem tem 15 anos. Desse modo, seu título eleitoral só passará
a produzir efeitos quando completar os 16 anos de idade.
Obs.: para os brasileiros homens, com mais de 18 anos de idade, é exigível ainda a apre-
sentação de um documento que indique que as obrigações militares estão em dia.
www.grancursosonline.com.br 4
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral VIII
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
b) após 31 de dezembro do ano que completar 45 anos, tenha findado o período de cons-
crição, mesmo que permaneça sujeito ao serviço militar obrigatório, nos termos da legisla-
ção militar.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 5
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral IX
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
ALISTAMENTO ELEITORAL
Da Transferência Eleitoral
Obs.: a transferência eleitoral é uma mudança de domicilio eleitoral que envolva a mudan-
ça de município. Caso o pedido seja de alteração de local de votação, ou seja, dentro
do mesmo município, chamamos de revisão.
Obs.: o prazo, como vimos, é até o 151º dia antes da data das eleições, visto que há o pe-
ríodo de 150 dias de estabilização do cadastro eleitoral.
Obs.: isso acontece para garantir uma maior perenidade ao cadastro eleitoral e evitar cons-
tantes modificações.
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral IX
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
IV – quitação eleitoral.
Obs.: esse conceito está contido no art. 11, § 7º da Lei N. 9.504/97, a Lei das Eleições.
Ela estabelece que a quitação eleitoral é entendida como o eleitor comparecer às
votações (quando obrigatórias), ter sua ausência justificada, ter comparecido às con-
vocações da Justiça Eleitoral e ter pago multas Eleitorais ou requerido seu parcela-
mento e estar em dia com tal.
Assim, para pedir a transferência eleitoral, os quatro requisitos acima citados devem ser
preenchidos cumulativamente. Existem, porém, algumas exceções onde há a flexibilização
desses requisitos.
10m
Nos casos que serão listados a seguir, a transferência depende apenas da quitação elei-
toral e do pedido ser formulado dentro do prazo de até 151 dias antes da eleição.
Os prazos previstos nos incisos II e III deste artigo não se aplicam à transferência
eleitoral de:
a) servidora ou servidor público civil e militar ou de membro de sua família, por motivo de
remoção, transferência ou posse (Lei n. 6.996/1982, art. 8º, parágrafo único); e
b) indígenas, quilombolas, pessoas com deficiência, trabalhadoras e trabalhadores rurais
safristas e pessoas que tenham sido forçadas, em razão de tragédia ambiental, a mudar sua
residência.
Obs.: esta segunda hipótese não existia anteriormente e foi criada pelo TSE com base na
isonomia material.
Da Revisão
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral IX
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Obs.: alguns municípios, em razão de sua extensão ou do grande número de eleitores, são
divididos em mais de uma zona eleitoral, como São Paulo, por exemplo. Nesse caso,
alterar o local de votação de uma zona para outra também é chamado de revisão,
assim como também seria se a alteração se desse para outro local dentro da mesma
zona eleitoral.
III – nas hipóteses em que for permitida a reutilização do número de inscrição, regularizar
a situação de inscrição cancelada.
Obs.: na Transferência, por exemplo, caso o eleitor não preencha o requisito da quitação,
seu pedido será indeferido. Já na revisão, ainda que o eleitor não esteja em dia com
suas pendências eleitorais, seu pedido será processado.
Da Segunda Via
Obs.: é a última operação que veremos. É uma nova emissão do título eleitoral.
www.grancursosonline.com.br 3
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral IX
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
ATENÇÃO
Até os eleitores que estão com a inscrição suspensa podem requerer a emissão da segun-
da via do título eleitoral.
Alternativamente à segunda via, poderá ser emitida a via digital do título eleitoral por meio
de aplicativo da Justiça Eleitoral ou reimpresso o documento a partir do sítio eletrônico do
tribunal eleitoral.
Obs.: ou seja, a emissão da segunda via dispensa a ida ao Cartório Eleitoral. O eleitor pode
utilizar o app de celular da Justiça Eleitoral ou reimprimir seu próprio título.
A emissão de segunda via se dará a qualquer tempo e poderá ser efetivada mesmo se
existir pendência relativa à quitação eleitoral, hipótese na qual não se inativará o comando
ASE respectivo.
ATENÇÃO
A segunda via pode ser pedida a qualquer tempo, diferentemente dos outros pedidos que
devem ser feitos no prazo de 150 dias antes da data da eleição.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 4
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução Nº 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral X
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
“Transferência de Domicílio. (...) 3. Nos termos da Lei 6.992, de 1982 e do art. 18, § 5º
da Res. TSE n. 21.538, de 2003, da decisão que defere a transferência de domicilio eleito-
ral ‘poderá recorrer qualquer delegado de partido político no prazo de dez dias, contados da
colocação da respectiva listagem à disposição dos partidos, o que deverá ocorrer nos dias
1º e 15 de cada mês, ou no primeiro dia útil seguinte, ainda que tenham sido exibidas ao
requerente antes dessas datas e mesmo que os partidos não as consultem (Lei n. 6.996/82,
art. 8º)’.”
RECURSO
Art. 57. Qualquer partido político e o Ministério Público Eleitoral poderão interpor
recurso contra o deferimento do alistamento ou da transferência, no prazo de 10 dias, con-
tados da disponibilização da listagem prevista no art. 54 desta Resolução.
Obs.: notam-se pequenas distinções entre o recurso a ser interposto quando o alistamento
ou transferência é deferido e quando não é. É indispensável a apresentação de um
documento oficial com foto, além do título de eleitor, na hora de votar.
5m
TÍTULO ELEITORAL
Art. 68. A via impressa do título eleitoral será confeccionada com informações, caracte-
rísticas, formas e especificações constantes do modelo Anexo I.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução Nº 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral X
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Art. 69. A via digital do título eleitoral será expedida por meio de aplicativo da Justiça
Eleitoral (“e-título” ou outro que venha a substituí-lo) e deverá observar as normas de acessi-
bilidade, na forma da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência e dos protocolos
técnicos aplicáveis.
Art. 71. A validação da via digital do título de eleitor poderá ser realizada nas páginas do
Tribunal Superior Eleitoral e dos tribunais regionais eleitorais na internet, ou pela leitura do
QR Code disponível no próprio aplicativo.
Art. 72. O eleitor ou a eleitora que tenha biometria registrada na Justiça Eleitoral poderá
utilizar a via digital do título de eleitor como identificação para fins de votação, devendo res-
peitar a vedação legal ao porte de aparelho de telefonia celular dentro da cabine de votação.
10m
Obs.: o e-Título é um documento oficial com foto e pode ser utilizado na hora de votar
Art. 74. O eleitor ou a eleitora que possua inscrição eleitoral regular ou suspensa poderá
solicitar, a qualquer tempo:
Obs.: antes havia um prazo para a obtenção da segunda via. Todavia, o Código Eleitoral
exige um prazo para que o cidadão solicite uma segunda via ao Juiz de direito elei-
toral da sua região. A via digital do título, entretanto, pode se dar a qualquer tempo,
desde que se tenha a posse de um smartphone. A data de emissão do título é o dia
da última operação eleitoral efetivada.
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução Nº 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral X
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Obs.: é possível a emissão do título mesmo para quem não está quite com a Justiça Elei-
toral, inclusive para quem incide nas hipóteses de suspensão do direito político.
15m
Art. 75. Os partidos políticos, por suas delegadas e seus delegados, poderão:
Obs.: partido político pode ser definido como uma entidade formada pela livre associa-
ção de pessoas, com uma ideologia em comum, cujas finalidades são assegurar,
no interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema representativo e
defender os direitos humanos fundamentais. Os partidos políticos são entidades de
direito privado.
Art. 76. Para os fins do art. 75 desta Resolução, os partidos políticos poderão manter até
quatro delegados ou delegadas perante o tribunal regional eleitoral e até três delegados ou
delegadas em cada zona eleitoral, que se revezarão, não sendo permitida a atuação simul-
tânea de mais de um(a) de cada partido.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 3
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução Nº 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral X
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 4
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução Nº 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral XI
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Art. 87. Identificada situação em que a mesma pessoa possua duas ou mais inscrições
eleitorais liberadas ou regulares, agrupadas ou não pelo batimento de dados biográficos, o
cancelamento recairá, preferencialmente, na seguinte ordem:
Obs.: estas instruções estão contidas nesta mesma Resolução. Já houveram concursos
da FCC em que, inicialmente, foi apontada como alternativa correta para uma regra
preferencial para o problema das moralidades e duplicidades o cancelamento mais
recente, em contrariedade às instruções em vigor.
5m
Obs.: em casos de vínculos com mais de uma Zona Eleitoral, utiliza-se a regra que está
contida no inciso III.
III – na inscrição que não foi utilizada para o exercício do voto pela última vez;
IV – na mais antiga.
Art. 91. Confirmada a existência de duas ou mais inscrições em cada grupo relativas a
uma mesma pessoa e afastada a hipótese de evidente falha dos serviços eleitorais, o Minis-
tério Público Eleitoral será comunicado para avaliar a existência de indícios de ilícito penal
eleitoral e, se for o caso, requisitar à Polícia Federal a instauração de inquérito policial.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução Nº 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral XI
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Obs.: quando um eleitor possuir mais de duas inscrições eleitorais, é necessário que se
investigue a possibilidade de crime, como em uma expedição fraudulenta de título de
eleitor, havendo necessidade de dolo para configurar crime.
Art. 94. Contra as decisões administrativas de que tratam os arts. 92 e 93 desta Resolu-
ção será cabível recurso, no prazo de 3 dias, sendo competente para sua apreciação:
I – a corregedoria regional eleitoral, quando a decisão recorrida houver sido proferida por
juiz eleitoral de sua circunscrição;
II – a Corregedoria-Geral Eleitoral, quando a decisão recorrida houver sido proferida pela
corregedoria regional.
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução Nº 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral XI
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
CORREIÇÃO DE ELEITORADO
c) o eleitorado for superior a 65% e menor ou igual a 80% da população projetada para
aquele ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE);
II – pela corregedoria regional, quando houver indícios consistentes ou denúncia funda-
mentada de fraude ou outras irregularidades no alistamento em zona ou município.
Obs.: a disposição sobre a correição do eleitorado após a Res. 23.659/2021 passou a ser
discricionária, sendo que esta era um ato vinculado de ofício na Lei 9.504/97 e passa
a ser um ato discricionário quando há disponibilidade de recursos para o TCE. A Lei
9.504/97 também estabelece que a revisão só deve ocorrer quando o eleitorado for
superior a 65%, não dispondo nada sobre a porcentagem igual a 80% da população.
25m
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 3
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução Nº 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral XI
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
REVISÃO DE ELEITORADO
Art. 104. Se na correição do eleitorado for comprovada a fraude em proporção que com-
prometa a higidez do Cadastro Eleitoral, o tribunal regional eleitoral, comunicando a decisão
ao Tribunal Superior Eleitoral, ordenará a revisão do eleitorado, obedecidas as instruções
contidas nesta Resolução e as recomendações que subsidiariamente baixar.
§ 1º A execução da revisão de eleitorado com fundamento no caput deste artigo depen-
derá da existência de dotação orçamentária, a ser avaliada após já destacados os recursos
para as revisões de ofício.
Art. 105. O Tribunal Superior Eleitoral poderá, de ofício, determinar a revisão do eleito-
rado do município, observada a conveniência e a disponibilidade de recursos, quando:
I – o total de transferências ocorridas no ano em curso seja 10% superior ao do ano anterior;
II – o eleitorado for superior ao dobro da população entre dez e quinze anos, somada à
de idade superior a setenta anos do território daquele município; e
III – o eleitorado for superior a 80% da população projetada para aquele ano pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
30m
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 4
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução Nº 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral XII
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
OBRIGATORIEDADE DO VOTO
Art. 6º O alistamento e o voto são obrigatórios para os brasileiros de um e outro sexo, salvo:
I – quanto ao alistamento:
a) os inválidos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os que se encontrem fora do país.
II – quanto ao voto:
a) os enfermos;
b) os que se encontrem fora do seu domicílio;
c) os funcionários civis e os militares, em serviço que os impossibilite de votar.
AUSÊNCIA ÀS URNAS
Art. 126. Incorrerá em multa a ser arbitrada pelo juiz ou pela juíza eleitoral e cobrada na
forma prevista na legislação eleitoral e nas normas do Tribunal Superior Eleitoral que dispu-
serem sobre a matéria o eleitor ou a eleitora que deixar de votar e:
I – não se justificar, nos seguintes prazos:
a) 60 dias, contados do dia da eleição; e
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução Nº 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral XII
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Obs.: a justificativa é válida somente para o turno ao qual o eleitor não compareceu por
estar fora de seu domicílio eleitoral. Assim, caso tenha deixado de votar no primeiro e
no segundo turno da eleição, terá de justificar a ausência a cada um, separadamen-
te, obedecendo aos mesmos requisitos e prazos de cada turno.
III – tiver seu pedido de justificativa indeferido pelo juiz ou pela juíza da zona a que per-
tence sua inscrição eleitoral.
Obs.: o eleitor pode justificar a ausência às eleições tantas vezes quantas forem necessá-
rias, mas deve estar atento a eventual revisão do eleitorado no município onde for
inscrito, visto que o não atendimento à convocação da Justiça Eleitoral para esse
levará ao cancelamento de seu título eleitoral. Além disso, o formulário RJE preenchi-
do com dados incorretos, que não permitam a identificação do eleitor, não será hábil
para justificar a ausência na eleição (Res. TSE n. 23.611, de 2019, art. 127, § 3º).
10m
§ 1º Para fins de fixação da multa, considera-se como uma eleição cada um dos turnos
do pleito, inclusive em caso de renovação das eleições, bem como o dia de votação em ple-
biscito ou referendo.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução Nº 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral XII
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Obs.: portanto, deixando de votar nos dois turnos, o indivíduo em questão irá receber duas
multas, sendo que a sua situação econômica também será levada em conta em am-
bas as sanções aplicadas.
15m
§ 2º Antes de arbitrada a multa pelo juízo competente, o eleitor ou a eleitora que preten-
der obter certidão de quitação ou requerer operação por meio do serviço disponibilizado no
sítio do Tribunal Superior Eleitoral poderá quitá-la pelo pagamento do valor máximo, corres-
pondente a 10% do valor utilizado como base de cálculo.
§ 3º A pessoa que declarar, sob as penas da lei, perante qualquer juízo eleitoral, seu
estado de pobreza ficará isento do pagamento da multa por ausência às urnas.
Obs.: caso está declaração seja falsa, caracterizar-se-á o crime de falsidade ideológica
eleitoral, havendo de ser aplicadas as devidas sanções criminais.
Art. 129. A pessoa que deixar de se apresentar aos trabalhos eleitorais para os quais foi
convocada e não se justificar perante o juízo eleitoral nos 30 dias seguintes ao pleito incor-
rerá em multa.
§ 1º A fixação da multa a que se refere o caput observará a variação entre o mínimo de
10% e o máximo de 50% do valor utilizado como base de cálculo, podendo ser decuplicada
em razão da situação econômica do eleitor ou eleitora, ficando o valor final sujeito a duplica-
ção em caso de:
20m
Obs.: para o eleitor que não votar, justificar e pagar as multas por três eleições consecu-
tivas terá o cancelamento da sua inscrição eleitoral, presumindo-se a sua morte ou
desaparecimento.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 3
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução Nº 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral XII
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Art. 130. Será cancelada a inscrição do eleitor ou da eleitora que se abstiver de votar em
três eleições consecutivas, salvo se houver apresentado justificativa para a falta ou efetuado
o pagamento de multa.
25m
Obs.: consideram-se de forma isolada cada um dos turnos de votação como sendo uma
eleição por si só.
§ 1º Para fins de contagem das três eleições consecutivas, considera-se como uma elei-
ção cada um dos turnos do pleito.
§ 2º Não se aplica o disposto no caput deste artigo às pessoas para as quais:
a) o exercício do voto seja facultativo;
b) em razão de deficiência que torne impossível ou demasiadamente oneroso o exercí-
cio do voto, tenha sido lançado o comando a que se refere a alínea b do § 1º do art. 15 desta
Resolução; ou
Obs.: este eleitor ou seu representante irá comparecer à Justiça Eleitoral antes da eleição,
comprovando a deficiência que impossibilita o voto.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 4
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral XIII
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
• Art. 78, CE
• Art. 177, CE
Pode ser iniciado de ofício, ou por iniciativa de qualquer interessado, mediante comuni-
cação por escrito ao juiz eleitoral (art. 73, CE).
Após o cancelamento, uma vez cessada a causa, não há o restabelecimento automático.
De acordo com o entendimento doutrinário, o cancelamento da inscrição eleitoral é uma
decisão do juiz eleitoral de reconhecimento de que o eleitor incidiu em algumas hipóteses
previstas no art. 71 do Código Eleitoral. No cancelamento da inscrição eleitoral, o eleitor dei-
xará de ter uma inscrição liberada e regular no cadastro eleitoral.
Um exemplo de hipótese que leva ao cancelamento é o falecimento do eleitor. Nesse
caso, como meio de evitar que essa inscrição seja usada indevidamente para alguém votar,
a inscrição do eleitor falecido perde a sua qualidade de inscrição regular e liberada. Por outro
lado, há também a exclusão. Segundo a doutrina, exclusão é o procedimento administrativo
instaurado quando ocorrer uma das hipóteses de cancelamento da inscrição. Logo, a Justiça
Eleitoral, sendo noticiada da ocorrência de uma das hipóteses de cancelamento, instaura o
processo de exclusão. É garantido ao eleitor o contraditório, ou seja, a possibilidade de se
defender dentro do processo. Ao final do processo de exclusão, há a decisão do juiz eleitoral,
que poderá ser uma decisão de cancelamento da inscrição eleitoral.
Por estar diante de uma manifestação da função administrativa da Justiça Eleitoral, o juiz
eleitoral, todas as vezes que tiver ciência da ocorrência de uma das causas de cancelamento
da inscrição eleitoral, deve de ofício determinar a instauração do processo de exclusão.
5m
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 1
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral XIII
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Quando não houver mais a causa que motivou o cancelamento da inscrição eleitoral, não
existe restabelecimento de ofício para o reestabelecimento de uma inscrição eleitoral cance-
lada. Nesse caso, o eleitor deve formular um pedido de reestabelecimento da sua inscrição
para que o juiz eleitoral a regularize.
Causas de Cancelamento
De acordo com o art. 71 do Código Eleitoral, a primeira hipótese que leva ao cancela-
mento ocorre quando houver uma infração aos arts. 5º e 42 do Código Eleitoral. O art. 5º
trata do alistamento proibido e o art. 42 trata do domicílio eleitoral. Logo, com a aplicação
da primeira regra contida no art. 71, inciso I, quando alguém proibido de se alistar possui
inscrição eleitoral, é preciso instaurar um processo de exclusão e ser determinado o cance-
lamento. Exemplos de inscrições eleitorais indevidas são o alistamento de estrangeiro ou
quando um eleitor requer a sua inscrição eleitoral na zona não correspondente ao seu domi-
cílio eleitoral.
10m
O Código Eleitoral define que, quando o eleitor incidir em uma das hipóteses de perda ou
de suspensão dos direitos políticos, deve-se cancelar a sua inscrição eleitoral. No entanto, o
art. 15 da Constituição Federal afirma que é vedada a cassação de direitos políticos e que os
casos de perda ou de suspensão desses direitos só se darão nos casos de cancelamento da
naturalização por sentença judicial transitada em julgado; incapacidade civil absoluta; con-
denação criminal transitada em julgado, enquanto durarem os seus efeitos; recusa do cum-
primento da obrigação legal a todos imposta e da prestação alternativa, observado o art. 5,
inciso VIII da Constituição Federal; e improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º
da Constituição Federal. Para o Código Eleitoral, em qualquer uma dessas cinco hipóteses, é
preciso cancelar a inscrição eleitoral. No entanto, o TSE, na resolução n. 23.659/2021, afirma
que o eleitor que incidir nas hipóteses de suspensão de direitos políticos pode requerer a sua
inscrição eleitoral. Logo, de acordo com essa resolução, a suspensão dos direitos políticos
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 2
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral XIII
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
não é mais uma causa de cancelamento da inscrição eleitoral, mas só haverá cancelamento
da inscrição se houver perda dos direitos políticos, ou seja, perda da nacionalidade.
A contradição entre as leis acima podem causar confusão no momento da prova. Logo,
diante de questões genéricas, que não expressam a base normativa na qual se pautam, utili-
za-se o Código Eleitoral como base para respondê-las. No entanto, se o examinador expres-
samente usar como parâmetro a resolução n. 23.659/2021, é preciso usar a resolução para
resolver a questão.
15m
Outra hipótese que leva ao cancelamento da inscrição eleitoral ocorre quando um eleitor
faltar ao recadastramento eleitoral. Apesar de não estar previsto expressamente no art. 71,
se o eleitor for convocado a participar de um recadastramento eleitoral e deixa de compare-
cer, deve-se cancelar de ofício a sua inscrição eleitoral.
A próxima hipótese ocorre quando o eleitor deixar de votar em 3 eleições consecutivas.
Conforme o Código Eleitoral é causa de cancelamento deixar de votar em 3 eleições con-
secutivas, mas, para ocorrer o cancelamento, o eleitor deve deixar de votar, não justificar a
ausência e não pagar a multa. Essa hipótese de cancelamento foi criada com a finalidade de
extirpar do cadastro as restrições eleitorais atribuídas a eleitores falecidos.
20m
A aplicação dessa hipótese de cancelamento não é aplicável para os eleitores cujo voto
é facultativo.
Entre as hipóteses de cancelamento da inscrição eleitoral está o falecimento. Os oficiais
do registro civil são obrigados a comunicar à Justiça Eleitoral, até o dia 15 de cada mês,
todos os óbitos ocorridos de eleitores alistáveis, na circunscrição em que atua. Se o oficial
do cartório descumprir com essa obrigação, estará cometendo crime previsto no art. 293 do
Código Eleitoral.
A próxima hipótese de cancelamento é o caso de pluralidade e duplicidade de alista-
mento eleitoral. A pluralidade ocorre quando o eleitor tem mais de duas inscrições eleitorais
liberadas irregularmente no cadastro. A duplicidade, por sua vez, ocorre quando o eleitor tem
mais de duas inscrições liberadas de modo irregular. Para cada eleitor só se admite uma
inscrição eleitoral. Se for descoberto que há duplicidade ou pluralidade, deve-se instaurar
um procedimento para definir quais serão as inscrições eleitorais canceladas e qual será a
inscrição eleitoral mantida. A resolução n. 23.659/2021 e o Código Eleitoral estabeleceram
regras preferencias que devem ser utilizadas na da definição de quais inscrições devem ser
canceladas.
25m
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 3
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral XIII
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Cancelamento e Exclusão
www.grancursosonline.com.br 4
DIREITO ELEITORAL
Código Eleitoral – Resolução n. 23.659/2021 – Alistamento Eleitoral XIII
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Weslei Machado Alves.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
www.grancursosonline.com.br 5