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IMUNIDADE
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DIREITO TRIBUTÁRIO
Imunidade
Maria Christina
Sumário
Aula 2: Imunidade Tributária............................................................................................3
1. Conceito de Imunidade.................................................................................................3
2. Diferenças Primordiais entre Imunidade Tributária e Isenções. . ...................................5
2.1. Criação......................................................................................................................5
2.2. Regulamentação......................................................................................................6
2.3. Não Haverá.............................................................................................................. 7
2.4. Cumprimento das Obrigações Acessórias................................................................8
2.5. Interpretação...........................................................................................................9
3. Erros no Texto Constitucional/Falsas Isenções. . ........................................................ 12
3.1. Art. 184, § 5º, CF.................................................................................................... 12
3.2. Art. 195, § 7º, CF. ................................................................................................... 13
4. Espécies de Imunidade Tributária.............................................................................. 14
4.1. Imunidades Previstas no Art. 150, VI, CF.. ............................................................... 15
4.2. Imunidade de Taxas................................................................................................44
4.3. Imunidade de Cide..................................................................................................45
4.4. Imunidade de Contribuição para Seguridade Social. . ...............................................46
4.5. Imunidades Específicas de ICMS.............................................................................49
4.6. Imunidade Específica de ITR................................................................................... 51
4.7. Imunidade Específica de ITBI. ..................................................................................52
Questões de Concurso...................................................................................................55
Gabarito....................................................................................................................... 58
Gabarito Comentado. .....................................................................................................59
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Exemplo
A Constituição, em seu art. 156, I, atribuiu aos Municípios a competência para legislar sobre o
Imposto sobre a Propriedade Predial e territorial Urbana – IPTU. Dessa forma, se a União editar
uma lei instituindo o IPTU no Município X, essa lei será necessariamente inconstitucional haja
vista que não há hierarquia entre os Entes Federativos e trata-se, no caso, de um quesito de
competência atribuída pela Constituição aos Municípios.
Exemplo
A Constituição, em seu art. 153, III, atribuiu à União a competência para legislar sobre o Impos-
to sobre a Renda e Proventos de qualquer natureza– IR. Assim, a União pode legislar, fiscalizar
e arrecadar o IR.
No entanto, ao mesmo tempo que a Constituição atribuiu Poder de Tributar à União com
relação ao IR, o texto constitucional também nos traz regras de imunidade que visam delimitar
o exercício desta competência.
De que forma? A União possui competência para arrecadar imposto de renda com relação ao
faturamento auferido pela Padaria localizada em seu bairro. No entanto, caso deseje arrecadar
imposto de renda sobre os Templos de qualquer culto, a competência prevista constitucionalmen-
te não poderá ser exercida tendo em vista a regra de imunidade prevista no art. 150, VI, b, da CF.
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Ao passo que, se a União editar uma lei instituindo o IPTU no Município X, essa lei será
necessariamente inconstitucional haja vista que não há hierarquia entre os Entes Federativos
e trata-se, no caso, de um quesito de competência atribuída pela Constituição aos Municípios.
Por essa razão, Eduardo Sabbag conceitua as imunidades como sendo “uma delimitação
negativa da competência”1. Ou seja, as regras de imunidades impedem que aquela compe-
tência inicialmente prevista na Constituição possa ser exercida barrando o início da relação
jurídica tributária que não poderá ser deflagrada.
Segundo Amílcar de Araújo Falcão imunidade é
Uma forma qualificada ou especial de não incidência, por supressão, na Constituição, da compe-
tência impositiva ou do poder de tributar, quando se configurem certos pressupostos, situações ou
circunstâncias previstas pelo estatuto supremo2.
Art. 60.
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
IV – os direitos e garantias individuais.
1
SABBAG, Eduardo. Manual de Direto Tributário. 11 ed. 2019. Ed Saraiva. P. 304.
2
FALCÃO, Amilcar de Araújo. Fato gerador da obrigação tributária, 6 ed., p. 64.
3
Certo.
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2.1. Criação
As isenções, por sua vez, por serem causas de exclusão do crédito tributário conforme dis-
posto no artigo 175 do CTN, somente serão criadas por meio de lei em sentido formal, leia-se
por meio de lei ordinária – art. 176 do CTN.
Julgamento do STF:
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A vedação prevista no texto, atinente à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Muni-
cípios, limita-se aos impostos sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua
impressão. Em matéria de imunidade, para os fins versados pelo constituinte, a norma do
art. 150, VI, ‘d’, há de ser observada na integralidade pelo Estado-membro.
A norma insculpida no art. 150, VI, ‘d’, da Constituição Federal, já foi reconhecida por esta
Corte como dotada de status de garantia de ordem instrumental, estando, dessarte, estri-
tamente vinculada à realização de postulados fundamentais da Carta Política.
É o que se nota de voto do Min. Celso de Mello no julgamento da ADI 939, Rel. Min. Sydney
Sanches, Pleno, DJ 18.3.94: “Não se pode desconhecer, dentro desse contexto, que as
imunidades tributárias de natureza política [art. 150, VI, ‘b’, ‘c’ e ‘d’, da CF] destinam-se
a conferir efetividade a determinados direitos e garantias fundamentais reconhecidos e
assegurados às pessoas e às instituições.
É de se notar que a norma estadual, ao criar hipótese diferenciada de imunidade tributária,
restrita ao âmbito estadual, fere frontalmente o princípio da isonomia tributária (art. 150,
II, da CF). Eis que a imunidade tributária genérica concedida aos veículos de radiodifusão
pela Carta Estadual cria tratamento diferenciado a contribuintes do ente estadual sem
que haja qualquer situação fática diferenciada a justificá-lo.
A previsão de imunidade tributária outra que não a do art. 150, VI, ‘d’, da Constitui-
ção Federal, viola frontalmente o núcleo de distinta cláusula pétrea constitucional,
qual seja, o princípio da isonomia tributária (art. 150, II, da CF) violando, também,
o princípio federativo, ao afetar tributos regulamentados por legislação municipal e
federal.
Assim, é com essas premissas que afirmo serem os referidos dispositivos constitucio-
nais (art. 150, VI, ‘b’, ‘c’ e ‘d’, da CF) verdadeiras normas de reprodução obrigatória.
2.2. Regulamentação
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Exemplo
A Constituição, em seu artigo 150, VI, alínea b, instituiu as imunidades sobre os templos de
qualquer culto e, caso seja necessário regulamentá-las para melhor o alcance do instituto,
deverá ser editada uma Lei Complementar para regular o Poder de Tributar do Estado confor-
me artigo 146, II, da CF.
Exemplo
As isenções, como dito anteriormente, são instituídas por meio de Lei Ordinária. No entanto,
caso seja necessário regulamentá-las para melhor o alcance do instituto, deverá ser editada
uma Lei Complementar.
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tar, que exige aprovação por maioria absoluta (metade mais um dos membros de cada
casa parlamentar), pode estabelecer as contrapartidas para que as entidades usufruam
da imunidade tributária prevista na Constituição Federal (artigo 195, parágrafo 7º).
De acordo com a decisão, os aspectos procedimentais da imunidade, relacionados à cer-
tificação, à fiscalização e ao controle das entidades beneficentes de assistência social
podem ser regulamentados por lei ordinária.
Em relação às ADIs 2028 e 2036, os embargos foram acolhidos por unanimidade apenas
para retirar a expressão que remetia a uma divergência, pois o julgamento nestes proces-
sos foi unânime.
No RE 566622, os embargos foram acolhidos para assentar a constitucionalidade do
artigo 55, inciso II, da Lei n. 8.212/1991 na redação original e nas redações dadas pos-
teriormente pelo artigo 5º da Lei n. 9.429/1996 e pelo artigo 3º da Medida Provisória
2187/2001. A tese de repercussão geral foi reformulada no seguinte sentido: “A lei com-
plementar é forma exigível para a definição do modo beneficente de atuação das enti-
dades de assistência social contempladas pelo art. 195, parágrafo 7º, da Constituição
Federal, especialmente no que se refere à instituição de contrapartidas a serem por elas
observadas”.
18/12/2019
É importante deixar claro que tanto as imunidades quanto as isenções só atingem a obri-
gação tributária principal não atingindo as obrigações acessórias, ou seja, os deveres instru-
mentais do contribuinte.
Exemplo
Uma entidade de educação, sem fins lucrativos, possui imunidade de impostos sobre patrimô-
nio, rendas e serviços desde que todo o dinheiro auferido seja revestido nas finalidades essen-
ciais da instituição. No entanto, tal benefício não a exime do cumprimento das obrigações
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acessórias, como, por exemplo, emissão de notas fiscais e registro nos livros contábeis da
empresa sob pena de suspensão do benefício e muito menos afastam os atos de fiscalização
do Poder Público que configuram medida regular do Poder de Polícia.
Exemplo
A Lei n. 7.713/1988 determina em seu artigo 6º, XIV e XXI, que os aposentados e pensionistas
serão isentos do pagamento de Imposto de Renda sobre os proventos da aposentadoria ou da
pensão caso tenha alguma das doenças listadas no rol dos incisos, como no caso de cardio-
patia. Dessa forma, João, aposentado por invalidez em decorrência de cardiopatia grave, será
isento do pagamento de imposto de renda sobre os proventos recebidos a título de aposenta-
doria, mas não estará desobrigado do cumprimento das obrigações acessórias devendo efetu-
ar anualmente o ajuste anual de imposto de renda.
CTN
Art. 175.
Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações aces-
sórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela consequente.
2.5. Interpretação
Conforme disposto no artigo 111 do CTN, as causas de suspensão da exigibilidade do cré-
dito (art. 151 do CTN), as obrigações acessórias (art. 113, § 2º, CTN) e as causas de exclusão
do crédito tributário (art. 175 do CTN), entre elas, as isenções e anistias, devem ser interpreta-
das de forma literal.
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CTN
Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre:
I – suspensão ou exclusão do crédito tributário;
II – outorga de isenção;
III – dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.
As imunidades, por sua vez, conforme entendimento do STF, admitem interpretação exten-
siva face aos princípios constitucionais consagrados no texto constitucional4.
QUADRO ESQUEMÁTICO
IMUNIDADE ISENÇÃO
Criação Texto Constitucional Lei Ordinária
Regulamentação Lei Complementar Lei Complementar
Não há Relação Jurídica Crédito Tributário
Obrigações Acessórias Deve ser cumprida Deve ser cumprida
Interpretação Extensiva Literal
4
SABBAG, Eduardo. Manual de Direto Tributário. 11 ed. 2019. Ed Saraiva. P. 309.
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5
Letra c.
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O artigo supramencionado nos traz em seu texto literal uma hipótese de falsa isenção em
que vemos um claro equívoco do legislador na utilização de termos conceituais em direito
tributário.
Como dito anteriormente, isenções como forma de exclusão do crédito só poderão ser
concedidas mediante previsão legal, e não constitucional.
Dessa forma, onde se lê no artigo 184, § 5º, da CF, “são isentas”, deve ser compreendida
como “são imunes”.
Art. 184.
§ 5º São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de transferência de
imóveis desapropriados para fins de reforma agrária.
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O artigo supramencionado nos traz em seu texto literal uma hipótese de falsa isenção em
que vemos um claro equívoco do legislador na utilização de termos conceituais em direito tri-
Como dito anteriormente, isenções como forma de exclusão do crédito só poderão ser
Dessa forma, onde se lê no artigo 195, § 7º, da CF “são isentas”, deve ser compreendida
Art. 195.
§ 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência
social que atendam às exigências estabelecidas em lei.
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Existem diversas imunidades previstas no texto constitucional que abarcam diversas es-
pécies de tributos, e não apenas os impostos. No entanto, no capítulo das Limitações ao
Poder de Tributar previsto especificamente no artigo 150 da CF, temos a discriminação de
imunidades que nesse caso específico se aplicam tão somente aos impostos.
Podemos afirmar que o texto constitucional nos traz diversos tributos atingidos pelo ins-
tituto da imunidade tributária, tais como impostos, taxas, contribuições sociais, mas que em
hipótese alguma incidirão sobre as contribuições de melhoria nem sobre os empréstimos
compulsórios.
6
Certo.
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O artigo 150, VI, da Constituição, descreve de forma expressa que tais imunidades previs-
tas nesse dispositivo vedam tão somente a cobrança de impostos, e não de tributos.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Esta-
dos, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI – instituir impostos sobre:
Questão 4 (INÉDITA) A imunidade prevista no artigo 150 inciso VI da Constituição veda aos
quatro entes federativos a cobrança de tributos uns dos outros.
Errado.
Apenas impostos.
Errado.
Abarca apenas os impostos, e não as contribuições.
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Julgamento:
A imunidade recíproca tem como fundamento o princípio federativo previsto como matéria
de cláusula pétrea no artigo 60, § 4º, I, da CF, que prevê uma convivência harmônica entre os
Entes Políticos.
A Administração Pública Direta, composta pelos quatro Entes Federativos (União, estados,
DF e municípios), possui imunidade recíproca sendo vedada a cobrança de impostos sobre
patrimônio, rendas e serviços uns dos outros.
CF
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Esta-
dos, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI – instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
Desse modo, por força de imunidade, é inconstitucional a cobrança de IPTU, ITR, IPVA, IT-
CMD, ITBI por serem impostos incidentes sobre patrimônio, IR por ser imposto incidente sobre
a renda e o ISS por ser imposto sobre os serviços dispostos no rol da LC n. 116 de 2003.
É importante deixar claro que tal imunidade não se aplica sobre os impostos do comércio
como é o caso do II e IE, nem sobre os impostos incidentes sobre a produção e circulação
como no caso do ICMS e IPI.
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AI 671.412 AgR, rel. min. Eros Grau, j. 1º-4-2008, 2ª T, DJE de 25-4-2008. A jurisprudên-
cia do Supremo firmou-se no sentido de que a imunidade de que trata o art. 150, VI, a, da
CF/1988 somente se aplica a imposto incidente sobre serviço, patrimônio ou renda do
próprio Município. Esta Corte firmou entendimento no sentido de que o Município não é
contribuinte de direito do ICMS, descabendo confundi-lo com a figura do contribuinte de
fato e a imunidade recíproca não beneficia o contribuinte de fato.
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quívoco ser o imóvel da União empregado, por particular, em atividade de fins exclusiva-
mente privados e com intuito lucrativo. Não há base a justificar o gozo de imunidade nos
termos assentados pelo Tribunal de origem. (…) Fixo a seguinte tese: “Incide o IPTU con-
siderado imóvel de pessoa jurídica de direito público cedido a pessoa jurídica de direito
privado, devedora do tributo – RE 601.720, voto do rel. p/ o ac. min. Marco Aurélio, j. 19-4-
2017, P, DJE de 5-9-2017, Tema 437.
INCIDE IPTU EM IMÓVEL DE PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO ARRENDADO A
PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO: (…) cumpre definir se, à luz do art. 150, VI, a, da
CF, a imunidade tributária recíproca alcança, ou não, sociedade de economia mista arren-
datária de terreno localizado em área portuária pertencente à União. (…) Mostra-se ine-
quívoco ser o imóvel da União empregado em atividade de sociedade de economia mista
que atua no mercado com fins lucrativos. Não há base a justificar o gozo de imunidade
nos termos pretendidos. (…) Fixo a seguinte tese: “Incide o IPTU considerado imóvel de
pessoa jurídica de direito público arrendado a pessoa jurídica de direito privado, devedora
do tributo.”. RE 594.015, voto do rel. min. Marco Aurélio, j. 6-4-2017, P, DJE de 25-8-2017,
Tema 385.
EOAB
Art. 44. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), serviço público, dotada de personalidade jurídica
e forma federativa, tem por finalidade:
I – defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado democrático de direito, os direitos humanos,
a justiça social, e pugnar pela boa aplicação das leis, pela rápida administração da justiça e pelo
aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas;
II – promover, com exclusividade, a representação, a defesa, a seleção e a disciplina dos advogados
em toda a República Federativa do Brasil.
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Dessa forma, por não possuir qualquer viés de exploração de atividade econômica, sem
qualquer finalidade de lucro e ser totalmente ligada às finalidades essenciais do Estado, é de-
tentora do instituto da imunidade recíproca sendo vedada a cobrança de impostos sobre pa-
trimônio, rendas e serviços.
EOAB
Art. 45.
§ 5º A OAB, por constituir serviço público, goza de imunidade tributária total em relação a seus bens,
rendas e serviços.
RE 405.267, rel. min. Edson Fachin, j. 6-9-2018, P, DJE de 18-10-2018: A imunidade tribu-
tária gozada pela OAB é da espécie recíproca (art. 150, VI, a, da Constituição), na medida
em que a OAB desempenha atividade própria de Estado (defesa da Constituição, da ordem
jurídica do Estado Democrático de Direito, dos direitos humanos, da justiça social, bem
como a seleção e controle disciplinar dos advogados). A imunidade tributária recíproca
alcança apenas as finalidades essenciais da entidade protegida. O reconhecimento da
imunidade tributária às operações financeiras não impede a autoridade fiscal de exami-
nar a correção do procedimento adotado pela entidade imune. Constatado desvio de fina-
lidade, a autoridade fiscal tem o poder-dever de constituir o crédito tributário e de tomar
as demais medidas legais cabíveis. Natureza plenamente vinculada do lançamento tribu-
tário, que não admite excesso de carga.
RE 405.267, rel. min. Edson Fachin, j. 6-9-2018, P, DJE de 18-10-2018: As Caixas de
Assistências dos Advogados prestam serviço público delegado, possuem status jurídico
de ente público e não exploram atividades econômicas em sentido estrito com intuito
lucrativo. A Caixa de Assistência dos Advogados de Minas Gerais encontra-se tutelada
pela imunidade recíproca prevista no art. 150, VI, a, do Texto Constitucional, tendo em
vista a impossibilidade de se conceder tratamento tributário diferenciado a órgãos da
OAB, de acordo com as finalidades que lhe são atribuídas por lei.
As escolas de magistratura espelhadas pelos diversos tribunais do País também são abar-
cadas pelo instituto da imunidade recíproca por serem consideradas órgãos públicos que com-
põem a estrutura do Poder Judiciário local.
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ACO 602, rel. min. Dias Toffoli, j. 6-6-2018, P, DJE de 6-8-2018: Escola da Magistratura do
Rio Grande do Norte. CPMF. Movimentação financeira. (…) A Escola da Magistratura do
Rio Grande do Norte, criada por meio da Resolução TJ 5/1988, é considerada órgão des-
concentrado do Poder Judiciário, na forma do art. 42 da Lei estadual 6.370/1993. Carac-
teriza-se como ente de natureza pública, sem personalidade jurídica própria, e, portanto,
compõe o próprio Estado do Rio Grande do Norte, dentro do corpo do Poder Judiciário
local. (…) O STF, ao delinear os contornos da denominada imunidade recíproca, estam-
pada no art. 150, VI, inciso a, da Constituição Federal, firmou jurisprudência no sentido
de sua inaplicabilidade às contribuições sociais, porque a regra negativa de competência
tributária se destina exclusivamente à instituição e à cobrança de impostos. (…) Contudo,
a própria Lei n. 9.311/1996, que instituiu a contribuição, afastou sua cobrança em rela-
ção aos entes federados, instituindo hipótese legal de não incidência tributária (art. 3º,
inciso I).
Dentro da linha de raciocínio, é de suma importância destacar que os bens e direitos que
integram o patrimônio do fundo vinculado ao Programa de Arrendamento Residencial são imu-
nes ao pagamento de impostos incidentes sobre o patrimônio, a renda e aos serviços uma vez
que a Caixa Econômica Federal é mera gestora do fundo que pertence à União.
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As Autarquias e Fundações, sejam elas públicas por um regime público ou privado, bem
como as Agências Reguladoras e Executivas e os Consórcios Públicos, possuem a mesma
imunidade concedida aos Entes Federativos sendo vedada, portanto, a cobrança de impostos
sobre patrimônio, rendas e serviços vinculados às suas finalidades essenciais.
CF
Art. 150.
§ 2º A vedação do inciso VI, “a”, é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas
pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finali-
dades essenciais ou às delas decorrentes.
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O artigo 150, § 2º, da Constituição, prevê que as Autarquias e Fundações somente terão
direito à aplicação do instituto da imunidade recíproca se comprovarem que estão exercendo
atividades dentro das finalidades essenciais para as quais tenham sido criadas. No entanto, tal
ônus não se aplica aos Entes Federativos conforme julgamento do STF.
RE 635.012, rel. min. Dias Toffoli, j. 7-2-2013, dec. monocrática, DJE de 14-2-2013. O jul-
gado recorrido contempla a conclusão de que a União não está condicionada ao ônus de
comprovar vinculação do bem tributado a uma finalidade pública, o que somente ocorre
nos casos das autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo poder público no
que se refere à tributação do patrimônio, renda e serviços vinculados a suas finalidades
essenciais. Esse entendimento está em consonância com a jurisprudência desta Corte
que tem se posicionado no sentido de reconhecer a imunidade recíproca constante do
art. 150, VI, a, da Carta Magna aos entes da administração direta e, somente no que refere
ao alcance da imunidade recíproca às autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo
poder público é que aparece a restrição concernente à vinculação do imóvel às suas fina-
lidades essenciais ou às delas decorrentes, na exata dicção da norma constitucional.
As Empresa Públicas e as Sociedades de Economia Mista são criadas, como regra, para
que o Estado possa atuar de forma direta na economia, ou seja, para explorar atividade econô-
mica conforme previsão do próprio artigo 173 da Constituição.
CF
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade eco-
nômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou
a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
7
Certo.
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§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de
suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou
de prestação de serviços, dispondo sobre:
§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios
fiscais não extensivos às do setor privado.
Por tal motivo, a imunidade recíproca prevista no artigo 150 VI a da nossa Constituição
não se aplica a tais entidades administrativa conforme disposto no artigo 150 § 3º da Carta
Constitucional.
Art. 150.
§ 3º As vedações do inciso VI, “a”, e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e
aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas apli-
cáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou
tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativa-
mente ao bem imóvel.
Exemplo
A Caixa Econômica Federal (Empresa Pública) e o Banco do Brasil (Sociedade de Economia
Mista) foram criadas com o objetivo primordial de explorar atividade econômica assim como
acontece com o Bancos Privados. Dessa forma, diante de sua atividade principal, não serão
contemplados com o benefício constitucional de imunidade recíproca.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Esta-
dos, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI – instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
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RE 627.051, rel. min. Dias Toffoli, j. 12-11-2014, P, DJE de 11-2-2015, Tema 402. Imu-
nidade recíproca. Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Peculiaridades do serviço
postal. Exercício de atividades em regime de exclusividade e em concorrência com par-
ticulares. Irrelevância. ICMS. Transporte de encomendas. Indissociabilidade do serviço
postal. Incidência da Imunidade do art. 150, VI, a, da Constituição. Condição de sujeito
passivo de obrigação acessória. Legalidade. (…) O transporte de encomendas está inse-
rido no rol das atividades desempenhadas pela ECT, que deve cumprir o encargo de alcan-
çar todos os lugares do Brasil, não importa o quão pequenos ou subdesenvolvidos. Não
há comprometimento do status de empresa pública prestadora de serviços essenciais
por conta do exercício da atividade de transporte de encomendas, de modo que essa ati-
vidade constitui conditio sine qua non para a viabilidade de um serviço postal contínuo,
universal e de preços módicos.
RE 601.392, rel. p/ o ac. min. Gilmar Mendes, j. 28-2-2013, P, DJE de 5-6-2013. Imuni-
dade recíproca. Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. (…) Exercício simultâneo de
atividades em regime de exclusividade e em concorrência com a iniciativa privada. Irrele-
vância. Existência de peculiaridades no serviço postal. Incidência da imunidade prevista
no art. 150, VI, a, da CF.
No mesmo sentido, o STF também determinou a extensão da imunidade recíproca às
sociedades de economia mista prestadoras de ações e serviços de saúde, cujo capital
social seja majoritariamente estatal (RE 580.264 – 16/12/2010).
RE 610.517 AgR, rel. min. Celso de Mello, j. 3-6-2014, 2ª T, DJE de 23-6-2014. Casa da
Moeda do Brasil (CMB). Empresa governamental delegatária de serviços públicos. Emis-
são de papel moeda, cunhagem de moeda metálica, fabricação de fichas telefônicas e
impressão de selos postais. Regime constitucional de monopólio (CF, art. 21, VII). Outorga
de delegação à CMB, mediante lei, que não descaracteriza a estatalidade do serviço
público, notadamente quando constitucionalmente monopolizado pela pessoa política
(a União Federal, no caso) que é dele titular. A delegação da execução de serviço público,
mediante outorga legal, não implica alteração do regime jurídico de direito público, inclu-
sive o de direito tributário, que incide sobre referida atividade. Consequente extensão,
a essa empresa pública, em matéria de impostos, da proteção constitucional fundada na
garantia da imunidade tributária recíproca (CF, art. 150, VI, a).
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Letra c.
I – Falsa. A imunidade tributária estendida às autarquias abarca tão somente impostos inci-
dentes sobre patrimônio, rendas e serviços ligados às atividades essenciais.
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II – Falsa.
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e) aplica-se ao patrimônio, renda ou serviços das empresas estatais, relacionados com a ex-
ploração de atividades econômicas, ainda que regidas pelas normas aplicáveis a empreendi-
mentos privados.
Letra b.
Art. 150, § 2º, da CF.
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Letra e.
I – Falso. Como regra, as empresas públicas e as sociedades de economia mista não pos-
suem imunidade por serem exploradoras da atividade econômica conforme artigo 150,
§ 3º, da CF, salvo se forem prestadoras de serviços públicos.
II – Falso. A imunidade recíproca veda tão somente a cobrança de impostos sobre patri-
mônio, rendas e serviços.
III – Verdadeiro. Art. 150, § 3º, da CF.
IV – Verdadeiro. Tendo em vista que a imunidade é do Ente Federativo não estendendo ao
promitente comprador.
CF
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI – instituir impostos sobre:
b) templos de qualquer culto;
§ 4º) As vedações expressas no inciso VI, alíneas “b” e “c”, compreendem somente o patrimô-
nio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas
mencionadas.
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Exemplo
Uma igreja, ao receber doações e dízimos de seus fiéis, deve aplicar tais receitas, por exemplo,
para abertura de um programa de alfabetização de idosos que não tiveram a oportunidade de
estudar, ou realizar um programa da reabilitação para alcoólatras.
rida pelo art. 150, VI, b, é restrita aos templos de qualquer culto religioso, não se aplicando à maçonaria, em cujas
ARE 800.395 AgR, rel. min. Roberto Barroso, j. 28-10-2014, 1ª T, DJE de 14-11-2014.
O STF consolidou o entendimento de que não cabe à entidade religiosa demonstrar que
utiliza o bem de acordo com suas finalidades institucionais. Ao contrário, compete à admi-
nistração tributária demonstrar a eventual tredestinação do bem gravado pela imunidade.
CTN
Art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º é subordinado à observância dos seguintes
requisitos pelas entidades nele referidas:
I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título;
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II – aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais;
III – manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades ca-
pazes de assegurar sua exatidão.
§ 1º) Na falta de cumprimento do disposto neste artigo, ou no § 1º do artigo 9º, a autoridade com-
petente pode suspender a aplicação do benefício.
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Letra a.
Súmula Vinculante n. 52 e Súmula n. 724 do STF.
O artigo 150, VI, alínea c, da Constituição, dispõe sobre a imunidade apenas de impostos
incidentes sobre patrimônio, renda e serviços concedida aos partidos políticos, sindicatos dos
empregados, instituição de educação e assistência social, sem fins lucrativos, desde que todo
dinheiro auferido seja revertido nas finalidades essenciais.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Esta-
dos, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI – instituir impostos sobre:
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sin-
dicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos,
atendidos os requisitos da lei;
§ 4º) As vedações expressas no inciso VI, alíneas “b” e “c”, compreendem somente o patrimônio,
a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.
Os partidos políticos possuem a imunidade prevista no artigo 150, VI, alínea c, de nossa
Carta Constitucional, tendo em vista que o pluralismo político é um dos fundamentos da Repú-
blica previsto no artigo 1º da CF.
O artigo 134 da Lei n. 1.164/1950 dispõe que os partidos políticos são classificadas como
pessoas jurídicas de direito público com personalidade jurídica própria e pela necessidade de
autonomia visando coibir qualquer tipo de violação a liberdade de pensamento em um Estado
Democrático de Direito é que se revestem da imunidade desde que haja o integral cumprimen-
to dos requisitos constitucionais.
No caso dos Sindicatos, a imunidade abarca tão somente aqueles que estiverem ligados à
defesa dos direitos dos Empregados, do obreiro, da parte hipossuficiente da relação não sendo
aplicado o benefício constitucional ao Sindicato dos Empregadores.
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O objetivo primordial dos Sindicatos dos Empregados é primar pela melhoria das condi-
ções de trabalho, defesa dos direitos e interesses coletivos mediante acordo ou convenções
coletivas de trabalho dando aplicabilidade aos dispositivos constitucionais.
Exemplo
Quem terá imunidade: o Sindicato da Escolas Particulares ou o Sindicato dos Professores? O
Sindicato dos professores, pois como visto a imunidade abarca tão somente o sindicato dos
empregados.
No caso das Instituições de Educação, para serem enquadradas como instituições sem
fins de lucro, devem fazer requerimento aos órgãos públicos informando a situação e, assim,
passarão a ter imunidade de impostos sobre patrimônio, renda e serviços devendo realizar a
reversão do dinheiro na finalidade da instituição.
Por tal motivo, tais Instituições, mesmo que com imóveis de sua propriedade locados a
terceiro, poderão continuar imunes ao pagamento do IPTU desde que o valor dos aluguéis seja
revertido integralmente em suas finalidades.
Súmula vinculante n. 52: Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU
o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, c, da CF, desde
que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram
constituídas.
9
Certo.
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Súmula 724 do STF: Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel
pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição, desde
que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tais entidades.
No entanto, caso tais Instituições de Educação não informem aos órgãos públicos a sua
condição, poderão requerer, a qualquer momento, a condição de instituição sem fins de lucro
de forma retroativa desde que comprovem a total reversão do dinheiro em suas finalidades
como bem preceitua a Súmula n. 612 do STJ.
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Letra a.
a) Certa. Súmula Vinculante n. 52 e Súmula n. 724 do STF.
b) Errada. Ver comentário do item A.
c) Errada. Ver comentário do item A.
d) Errada. Ver comentário do item A.
10
Errado.
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Errado.
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RE 608.872, rel. min. Dias Toffoli, j. 23-2-2017, P, DJE de 27-9-2017, Tema 342: Imuni-
dade do art. 150, VI, c, CF. Entidade beneficente de assistência social. ICMS. Aquisição
de insumos e produtos no mercado interno na qualidade de contribuinte de fato. Bene-
plácito reconhecido ao contribuinte de direito. Repercussão econômica. Irrelevância.
(…) “A imunidade tributária subjetiva aplica-se a seus beneficiários na posição de con-
tribuinte de direito, mas não na de simples contribuinte de fato, sendo irrelevante para
a verificação da existência do beneplácito constitucional a repercussão econômica do
tributo envolvido.”
RE 767.332 RG, rel. min. Gilmar Mendes, j. 31-10-2013, P, DJE de 22-11-2013, Tema
693. Imunidade tributária. Instituições de educação e de assistência social, sem fins
lucrativos, atendidos os requisitos da lei. IPTU. Lote vago. Não incidência. A imunidade
tributária, prevista no art. 150, VI, c, da CF/1988, aplica-se aos bens imóveis, temporaria-
mente ociosos, de propriedade das instituições de educação e de assistência social sem
fins lucrativos que atendam os requisitos legais.
AI 746.263 AgR-ED, rel. min. Dias Toffoli, j. 12-11-2013, 1ª T, DJE de 16-12-2013.
A vedação à instituição de impostos sobre o patrimônio e a renda das entidades reconhe-
cidamente de assistência social que estejam vinculados às suas finalidades essenciais
é uma garantia constitucional. Por seu turno, existe a presunção de que o imóvel da enti-
dade assistencial esteja afetado a destinação compatível com seus objetivos e finalida-
des institucionais. O afastamento da imunidade só pode ocorrer mediante a constituição
de prova em contrário produzida pela administração tributária.
RE 470.520, rel. min. Dias Toffoli, j. 17-9-2013, 1ª T, DJE de 21-11-2013. No caso do
ITBI, a destinação do imóvel às finalidades essenciais da entidade deve ser pressuposta,
sob pena de não haver imunidade para esse tributo. A condição de um imóvel estar vago
ou sem edificação não é suficiente, por si só, para destituir a garantia constitucional da
imunidade. A regra da imunidade se traduz numa negativa de competência, limitando,
a priori, o poder impositivo do Estado. Na regra imunizante, como a garantia decorre
diretamente da Carta Política, mediante decote de competência legislativa, as presun-
ções sobre o enquadramento originalmente conferido devem militar a favor das pessoas
ou das entidades que apontam a norma constitucional. Quanto à imunidade prevista no
art. 150, VI, c, da CF, o ônus de elidir a presunção de vinculação às atividades essenciais
é do fisco.
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Letra a.
a) Certa. Súmula n. 730 do STF.
b) Errada.
Súmula Vinculante n. 52: Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o
imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constitui-
ção Federal, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais
tais entidades foram constituídas e Súmula 724 do STF: Ainda quando alugado a tercei-
ros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas
pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas
atividades essenciais de tais entidades.
c) Errada.
d) Errada.
e) Errada.
Súmula n. 588 do STF: O imposto sobre serviços não incide sobre os depósitos, as comis-
sões e taxas de desconto, cobrados pelos estabelecimentos bancários.
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Letra c.
a) Errada. Deverá suspender o benefício – art. 14, § 1º, do CTN.
b) Errada. Todas as instituições de ensino que comprovarem os requisitos previstos no artigo
14 do CTN, em especial, a reversão do dinheiro nas finalidades da instituição, serão beneficia-
das com o instituto da imunidade.
c) Certa. Caso o Fisco constate indicativa de fraude, como no caso tentativa disfarçada de dis-
tribuição de lucros, poderá suspender o benefício conforme disposto no artigo 14, parágrafo
único, do CTN.
d) Errada. Caso os imóveis estejam locados a terceiros, poderão continuar imunes ao paga-
mento do IPTU desde que revertam integralmente o valor dos aluguéis nas finalidades essen-
ciais da instituição. Súmula Vinculante n. 52.
e) Errada. As instituições de educação, sem fins lucrativos, mesmo imunes são estão dispen-
sadas do cumprimento das obrigações acessórias – art. 14, III, do CTN.
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Letra c.
A decisão que reconhecer retroativamente a imunidade tributária em decorrência da compro-
vação dos requisitos da reversão por meio do cumprimento das obrigações acessórias possui
natureza declaratória conforme Súmula n. 612 do STJ.
Vale destacar que tal imunidade dos livros físicos foi estendida por julgamento do Supre-
mo aos livros digitais e aos livros eletrônicos.
CF
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Esta-
dos, ao Distrito Federal e aos Municípios:
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
STF decide que livros digitais têm imunidade tributária: Em votação unânime, o Plenário
do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que livros eletrônicos e os suportes próprios
para sua leitura são alcançados pela imunidade tributária do artigo 150, inciso VI, alínea
“d”, da Constituição Federal. Os ministros negaram provimento aos Recursos Extraordi-
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nários (REs) 330817 e 595676, julgados em conjunto na sessão desta quarta-feira (8).
Para o colegiado, a imunidade tributária a livros, jornais, periódicos e ao papel destinado
a sua impressão deve abranger os livros eletrônicos, os suportes exclusivos para leitura e
armazenamento, além de componentes eletrônicos que acompanhem material didático.
No RE 330817, com repercussão geral reconhecida, o Estado do Rio de Janeiro questio-
nava decisão do Tribunal de Justiça local (TJ-RJ) que, em mandado de segurança impe-
trado pela editora, reconheceu a existência da imunidade prevista no artigo 150 (inciso
VI, alínea “d”) da Constituição Federal ao software denominado Enciclopédia Jurídica Ele-
trônica e ao disco magnético (CD ROM) em que as informações culturais são gravadas.
Para o estado, o livro eletrônico, como meio novo de difusão, é distinto do livro impresso
e que, por isso, não deve ter o benefício da imunidade.
Para o relator da ação, ministro Dias Toffoli, a imunidade constitucional debatida no
recurso alcança também o livro digital. Segundo o ministro, tanto a Carta Federal de 1969
quanto a Constituição de 1988, ao considerarem imunes determinado bem, livro, jornal
ou periódico, voltam o seu olhar para a finalidade da norma, de modo a potencializar a
sua efetividade. “Assim foi a decisão de se reconhecerem como imunes as revistas técni-
cas, a lista telefônica, as apostilas, os álbuns de figurinha, bem como mapas impressos e
atlas geográficos”, disse em seu voto.
Ainda de acordo com o relator, o argumento de que a vontade do legislador histórico
foi restringir a imunidade ao livro editado em papel não se sustenta. O vocábulo “papel”
constante da norma não se refere somente ao método impresso de produção de livros,
afirmou. “O suporte das publicações é apenas o continente, o corpus mechanicum que
abrange o seu conteúdo, o corpus misticum das obras. Não sendo ele o essencial ou, de
um olhar teleológico, o condicionante para o gozo da imunidade”, explicou.
Nesse contexto, para o relator, a regra da imunidade igualmente alcança os aparelhos
leitores de livros eletrônicos ou e-readers, confeccionados exclusivamente para esse fim,
ainda que eventualmente estejam equipados com funcionalidades acessórias que auxi-
liem a leitura digital como acesso à internet para download de livros, possibilidade de
alterar tipo e tamanho de fonte e espaçamento. “As mudanças históricas e os fatores
políticos e sociais presentes na atualidade, seja em razão do avanço tecnológico, seja em
decorrência da preocupação ambiental, justificam a equiparação do papel aos suportes
utilizados para a publicação dos livros”, destacou.
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DIREITO TRIBUTÁRIO
Imunidade
Maria Christina
RE 630.462 AgR, rel. min. Ayres Britto, j. 7-2-2012, 2ª T, DJE de 7-3-2012. A imunidade
tributária prevista no art. 150, VI, d, da CF não abrange os serviços prestados por empre-
sas que fazem a distribuição, o transporte ou a entrega de livros, jornais, periódicos e do
papel destinado a sua impressão. Precedentes. O STF possui entendimento no sentido de
que a imunidade em discussão deve ser interpretada restritivamente.
RE 179.893, rel. min. Menezes Direito, j. 15-4-2008, 1ª T, DJE de 30-5-2008. “Álbum de
figurinhas”. Admissibilidade. A imunidade tributária sobre livros, jornais, periódicos e o
papel destinado à sua impressão tem por escopo evitar embaraços ao exercício da liber-
dade de expressão intelectual, artística, científica e de comunicação, bem como facilitar
o acesso da população à cultura, à informação e à educação. O constituinte, ao instituir
esta benesse, não fez ressalvas quanto ao valor artístico ou didático, à relevância das
informações divulgadas ou à qualidade cultural de uma publicação. Não cabe ao aplica-
dor da norma constitucional em tela afastar este benefício fiscal instituído para proteger
direito tão importante ao exercício da democracia, por força de um juízo subjetivo acerca
da qualidade cultural ou do valor pedagógico de uma publicação destinada ao público
infantojuvenil.
RE 330.817, rel. min. Dias Toffoli, j. 8-3-2017, P, DJE de 31-8-2017, Tema 593. A imu-
nidade tributária constante do art. 150, VI, d, da CF/1988 aplica-se ao livro eletrônico
(e-book), inclusive aos suportes exclusivamente utilizados para fixá-lo.
RE 595.676, rel. min. Marco Aurélio, j. 8-3-2017, P, DJE de 18-12-2017, Tema 259. A imu-
nidade prevista no art. 150, VI, da CF alcança componentes eletrônicos, quando destina-
dos, exclusivamente, a integrar a unidade didática com fascículos periódicos impressos.
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DIREITO TRIBUTÁRIO
Imunidade
Maria Christina
b) Imunidade Musical
CF
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Esta-
dos, ao Distrito Federal e aos Municípios:
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou litero-
musicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como
os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial
de mídias ópticas de leitura a laser. (Incluída pela Emenda Constitucional n. 75, de 15.10.2013)
Conforme explicitado no início da aula, vemos que as imunidades previstas no artigo 150,
VI, da Constituição, vedam apenas a cobrança de impostos.
No entanto, ao longo do texto constitucional, vemos outras imunidades abarcando outras
espécies tributárias, como é o caso das previstas no artigo 5º, incisos XXXIV, LXXIII, LXXIV,
LXXVI e LXXVII, da CF. São verdadeiras imunidades de taxas.
12
Letra a.
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Imunidade
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Art. 5º
XXXIV – são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso
de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de
situações de interesse pessoal;
LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao
patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de
custas judiciais e do ônus da sucumbência;
LXXIV – O Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiên-
cia de recursos;
LXXVI – São gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:
a) o registro civil de nascimento;
b) a certidão de óbito;
LXXVII – são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos neces-
sários ao exercício da cidadania.
Art. 149.
§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste
artigo:
I – não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação;
13
Certo.
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Imunidade
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CF
Art. 195.
§ 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência
social que atendam às exigências estabelecidas em lei.
O primeiro ponto que deve ser levado em consideração é que tal imunidade só incide sobre
as aposentadorias e pensões do Regime Geral de Previdência Social gerido pelo INSS.
Outro ponto de suma importância é que, apesar de a Constituição de 1988 discriminar a
imunidade sobre as aposentadorias e pensões, a maioria dos benefícios previdenciários não
sofre a incidência de contribuição salvo no que diz respeito ao salário-maternidade que se en-
contra em discussão no Recurso Extraordinário n. 576.967.
O ministro Luís Roberto Barroso considera a cobrança inconstitucional fundamentando
seu entendimento na alegação de que o salário-maternidade não pode ser considerado como
remuneração para fins de tributação, pois no período a empregada que o recebe está afastada
do trabalho e a utilização da parcela na base de cálculo para fins de cobrança previdenciária
caracteriza nova fonte de custeio para a seguridade social.
Barroso entende que o salário-maternidade é um benefício, e não contraprestação ao tra-
balho, e não tem caráter habitual. Para se criar uma nova fonte de custeio para seguridade
social, por exemplo, incluindo o salário-maternidade, deveria ser editada uma lei complementar
conforme disposto no artigo 195, § 4º, da CF.
A União, por sua vez, argumenta que a empregada continua a fazer parte da folha de
salários mesmo durante o afastamento e que cabe ao empregador remunerá-la conforme
a legislação.
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Imunidade
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Por fim, a imunidade deve incidir sobre o benefício, e não sobre o beneficiário, e é por tal
razão que o aposentado que volta ou que continua exercendo atividade remunerada deve con-
tribuir, mas, por lógica, tal contribuição não incidirá sobre o benefício (por força da imunidade),
mas, sim, sobre os rendimentos do trabalho.
CF
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
II – do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre
aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201;
Não incide nas exportações o IPI (art. 153, § 3º, III, da CF), o PIS/PASEP e a COFINS (art. 149,
§ 2º, I) e o ICMS (art. 155, § 2º, X, a, CF). A nossa Constituição ainda garante que o exportador
receba créditos tributários sobre os tributos pagos na aquisição dos insumos que serão utili-
zados na produção de produtos exportados, dado pelo regime de Drawback.
Drawback é um regime de incentivo às exportações por meio da isenção, suspensão ou
restituição dos tributos envolvidos na importação de insumos, maquinário e outros materiais,
destinados à produção de bens que tem como destino a exportação.
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DIREITO TRIBUTÁRIO
Imunidade
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Art. 155.
§ 2º
X – Não incidirá:
d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e
imagens de recepção livre e gratuita;
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DIREITO TRIBUTÁRIO
Imunidade
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Não incidirá ICMS nem o ISS sobre os serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens
de recepção livre e gratuita, como é o caso da TV aberta, só incidindo o ICMS sobre os serviços
de comunicação prestados de forma onerosa, tais como os canais fechados de televisão.
Imunidade
O ITR não incide sobre pequenas glebas rurais, quando as explore, só ou com sua família,
o proprietário que não possua outro imóvel.
Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, pequenas glebas rurais são os imóveis com área igual
ou inferior a:
I – 100 ha, se localizado em município compreendido na Amazônia Ocidental ou no Pantanal mato-
-grossense e sul-mato-grossense;
II – 50 ha, se localizado em município compreendido no Polígono das Secas ou na Amazônia Orien-
tal;
III – 30 ha, se localizado em qualquer outro município.
O artigo 153, § 4º, II, da Constituição, dispõe que as pequenas glebas rurais que sejam ex-
ploradas em regime de subsistência serão imunes ao pagamento do IR.
Art. 153.
§ 4º
II – não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que
não possua outro imóvel;
Vale dizer que Compete à União a regulamentação sobre o conceito de pequena gleba rural
conforme já realizado pelo artigo 2º da Lei n. 93.939 de 1996:
Art. 2º Nos termos do art. 153, § 4º, in fine, da Constituição, o imposto não incide sobre pequenas
glebas rurais, quando as explore, só ou com sua família, o proprietário que não possua outro imóvel.
Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, pequenas glebas rurais são os imóveis com área igual
ou inferior a:
I – 100 ha, se localizado em município compreendido na Amazônia Ocidental ou no Pantanal
mato-grossense e sul-mato-grossense;
II – 50 ha, se localizado em município compreendido no Polígono das Secas ou na Amazônia Oriental;
III – 30 ha, se localizado em qualquer outro município.
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Imunidade
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O artigo 156, § 2º, I, da Constituição, dispõe acerca da imunidade de ITBI nos casos de
integralização e aumento do capital social de empresas, fusão, incorporação, cisão, extinção
ou desincorporação salvo se a atividade preponderante da empresa for relacionada a compra,
venda e locação de tais bens.
O final do artigo 156, § 2º, I, da CF, bem como, o disposto no artigo 37 do CTN acaba por
afastar a imunidade de ITBI quando a atividade preponderante da empresa referir a compra,
venda e locação de bens.
A atividade preponderante resta configurada quando mais de 50% da receita da pessoa
jurídica em uma análise dos dois anos anteriores e posterior ocorrer de tais transações.
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Imunidade
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Diante disso, pode ocorrer que empresas que tentem forçar a aplicação da imunidade pos-
sam vir a ser autuadas futuramente pelo fisco diante da análise de tais rendimentos referentes
às atividades da empresa.
Quando a empresa tiver sido criada recentemente, o critério de atividade preponderante
será analisado levando em consideração o período dos três anos seguintes à transferência do
imóvel destinado à integralização do seu capital conforme disposto na redação do artigo 37,
§ 2º, do CTN.
Por fim, vale deixar claro que o Ente Municipal não poderá exigir o ITBI antes de restar con-
figurada a existência de atividade preponderante de compra, venda, locação ou arrendamento
mercantil de imóveis.
CTN
Art. 37. O disposto no artigo anterior não se aplica quando a pessoa jurídica adquirente tenha como
atividade preponderante a venda ou locação de propriedade imobiliária ou a cessão de direitos rela-
tivos à sua aquisição.
§ 1º Considera-se caracterizada a atividade preponderante referida neste artigo quando mais de
50% (cinquenta por cento) da receita operacional da pessoa jurídica adquirente, nos 2 (dois) anos
anteriores e nos 2 (dois) anos subsequentes à aquisição, decorrer de transações mencionadas nes-
te artigo.
§ 2º Se a pessoa jurídica adquirente iniciar suas atividades após a aquisição, ou menos de 2 (dois)
anos antes dela, apurar-se-á a preponderância referida no parágrafo anterior levando em conta os 3
(três) primeiros anos seguintes à data da aquisição.
§ 3º Verificada a preponderância referida neste artigo, tornar-se-á devido o imposto, nos termos da
lei vigente à data da aquisição, sobre o valor do bem ou direito nessa data.
§ 4º O disposto neste artigo não se aplica à transmissão de bens ou direitos, quando realizada em
conjunto com a da totalidade do patrimônio da pessoa jurídica alienante.
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Imunidade
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Espécies de imunidades:
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Imunidade
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (IX EXAME DE ORDEM) O procurador do município Gama decide contestar judi-
cialmente a cobrança do ICMS discriminada na fatura da conta de luz do imóvel onde funciona
a sede da prefeitura, alegando a condição de ente político para livrar-se da exação. A demanda
da municipalidade deverá ser
a) acolhida, em razão da imunidade recíproca, que impede que os entes da federação instituam
impostos sobre bens e serviços uns dos outros.
b) rejeitada, pois na situação apresentada o município se apresenta na condição de contribuin-
te de direito do ICMS.
c) acolhida, pois a empresa concessionária prestadora do serviço de fornecimento de energia
não tem competência para cobrar ICMS.
d) rejeitada, pois o município não goza de imunidade com relação a imposto que incide apenas
indiretamente sobre seus bens e serviços.
Questão 3 (XI EXAME DE ORDEM) Determinada editora de livros, revistas e outras publi-
cações foi autuada pela fiscalização de certo Estado, onde mantém a sede da sua indústria
gráfica, pela falta de recolhimento de ICMS incidente sobre álbum de figurinhas. Nessa linha,
à luz do entendimento do STF sobre a matéria em pauta, tal cobrança é
a) inconstitucional, por força da aplicação da isenção tributária.
b) inconstitucional, por força da aplicação da imunidade tributária.
c) constitucional, por força da inaplicabilidade da imunidade tributária.
d) inconstitucional, por estar o referido tributo adstrito à competência tributária da União Federal.
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DIREITO TRIBUTÁRIO
Imunidade
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Questão 4 (XX EXAME DE ORDEM) Fulano de Tal prometeu adquirir de uma autarquia fede-
ral um imóvel residencial urbano. O sinal e parte substancial do preço são pagos no momento
da lavratura da escritura pública de promessa de compra e venda, que é prontamente regis-
trada no Registro Geral de Imóveis (RGI) competente. O saldo do preço será pago em várias
parcelas. Após o registro da promessa de compra e venda
a) passa a incidir o IPTU, a ser pago pela autarquia.
b) continua a não incidir o IPTU, por força da imunidade da autarquia (cujo nome continua
vinculado ao imóvel no RGI, ainda que agora a autarquia figure como promitente vendedora).
c) passa a incidir o IPTU, a ser pago solidariamente pela autarquia e por Fulano de Tal.
d) passa a incidir o IPTU, a ser pago por Fulano de Tal, uma vez que registrada no RGI a promes-
sa de compra e venda do imóvel.
Questão 5 (XXII EXAME DE ORDEM) O Município X instituiu taxa a ser cobrada, exclusiva-
mente, sobre o serviço público de coleta, remoção e tratamento de lixo e resíduos provenientes
de imóveis. A igreja ABC, com sede no Município X, foi notificada da cobrança da referida taxa.
Sobre a hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta.
a) As Igrejas são imunes; portanto, não devem pagar a taxa instituída pelo Município X.
b) A taxa é inconstitucional, pois não é específica e divisível.
c) A taxa é inconstitucional, uma vez que os Municípios não são competentes para a institui-
ção de taxas de serviço público.
d) A taxa é constitucional e as Igrejas não são imunes.
Questão 6 (XXIII EXAME DE ORDEM) O reitor de uma faculdade privada sem fins lucrativos
(cujas receitas, inclusive seus eventuais superavit, são integralmente reinvestidas no estabele-
cimento de ensino) deseja saber se está correta a cobrança de impostos efetuada pelo fisco,
que negou a pretendida imunidade tributária, sob o argumento de que a instituição de ensino
privada auferia lucros. Na hipótese, sobre a atuação do fisco, assinale a afirmativa correta.
a) O fisco agiu corretamente, pois a imunidade tributária apenas alcança instituições de ensino
que não sejam superavitárias.
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Imunidade
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b) O fisco agiu corretamente, pois a imunidade tributária apenas alcança instituições públicas
de ensino.
c) O fisco não agiu corretamente, pois não há impedimento à distribuição de lucro pelo estabe-
lecimento de ensino imune.
d) O fisco não agiu corretamente, pois, para que seja concedida tal imunidade, a instituição não
precisa ser deficitária, desde que o superavit seja revertido para suas finalidades.
Questão 7 (XXVIII EXAME DE ORDEM) O Estado Y lavrou auto de infração em face da pes-
soa jurídica PJ para cobrança de créditos de Impostos sobre a Circulação de Mercadorias e
Prestação de Serviços (ICMS), decorrentes da produção e venda de livros eletrônicos. Adicio-
nalmente aos créditos de ICMS, o Estado Y cobrou o pagamento de multa em decorrência do
descumprimento de obrigação acessória legalmente prevista. Tendo isso em vista, assinale a
afirmativa correta.
a) Há imunidade tributária em relação aos livros eletrônicos; por outro lado, é incorreta a co-
brança da multa pelo descumprimento da obrigação acessória.
b) Há imunidade tributária em relação aos livros eletrônicos; no entanto, tendo em vista a pre-
visão legal, é correta a cobrança de multa pelo descumprimento da obrigação acessória.
c) É correta a cobrança do ICMS, uma vez que a imunidade tributária somente abrange o papel
destinado à impressão de livros, jornais e periódicos; da mesma forma, é correta a cobrança de
multa pelo descumprimento da obrigação acessória, em vista da previsão legal.
d) É correta a cobrança do ICMS, uma vez que a imunidade tributária somente abrange o papel
destinado à impressão de livros, jornais e periódicos; no entanto, é incorreta a cobrança da
multa pelo descumprimento da obrigação acessória.
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GABARITO
1. d
2. d
3. b
4. d
5. d
6. d
7. b
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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (IX EXAME DE ORDEM) O procurador do município Gama decide contestar judi-
cialmente a cobrança do ICMS discriminada na fatura da conta de luz do imóvel onde funciona
a sede da prefeitura, alegando a condição de ente político para livrar-se da exação. A demanda
da municipalidade deverá ser
a) acolhida, em razão da imunidade recíproca, que impede que os entes da federação instituam
impostos sobre bens e serviços uns dos outros.
b) rejeitada, pois na situação apresentada o município se apresenta na condição de contribuin-
te de direito do ICMS.
c) acolhida, pois a empresa concessionária prestadora do serviço de fornecimento de energia
não tem competência para cobrar ICMS.
d) rejeitada, pois o município não goza de imunidade com relação a imposto que incide apenas
indiretamente sobre seus bens e serviços.
Letra d.
a) Errada. Não há que se falar em imunidade recíproca de impostos que incidem apenas indi-
retamente sobre o bem, como é o caso do ICMS e do IPI.
b) Errada. O Município, no caso posto, se encontra na qualidade de mero contribuinte de fato
suportando no preço do produto o valor já pago de ICMS e repassado indiretamente no preço
do produto.
c) Errada. A empresa possui mero cometimento para arrecadar o imposto estadual.
d) Certa. Não há que se falar em imunidade recíproca de ICMS, já que o Município se encontra
na condição de mero consumidor final, portanto, mero contribuinte de fato.
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Imunidade
Maria Christina
Letra d.
a) Errada. A autarquia possui imunidade tributária recíproca sendo inconstitucional a cobrança
de IPVA.
b) Errada. Comentário dos itens A e D.
c) Errada. Comentário dos itens A e D.
d) Certa. A União, os Estados-Membros, os Municípios, o Distrito Federal, as Autarquias e
Fundações, bem como as Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista que prestem
serviços públicos possuem imunidade recíproca sendo vedada, portanto, a cobrança de im-
postos sobre patrimônio, rendas e serviços uns dos outros como no caso do IPVA – art. 150,
VI, a, § 2º, da CF.
Questão 3 (XI EXAME DE ORDEM) Determinada editora de livros, revistas e outras publi-
cações foi autuada pela fiscalização de certo Estado, onde mantém a sede da sua indústria
gráfica, pela falta de recolhimento de ICMS incidente sobre álbum de figurinhas. Nessa linha,
à luz do entendimento do STF sobre a matéria em pauta, tal cobrança é
a) inconstitucional, por força da aplicação da isenção tributária.
b) inconstitucional, por força da aplicação da imunidade tributária.
c) constitucional, por força da inaplicabilidade da imunidade tributária.
d) inconstitucional, por estar o referido tributo adstrito à competência tributária da União Fe-
deral.
Letra b.
a) Errada. Não se trata de uma isenção, e sim de uma imunidade tributária. Vale destacar que
as isenções são causas de exclusão do crédito tributário e configuram como uma dispensa
legal do tributo enquanto as imunidades são dispensas constitucionais.
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Imunidade
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Questão 4 (XX EXAME DE ORDEM) Fulano de Tal prometeu adquirir de uma autarquia fede-
ral um imóvel residencial urbano. O sinal e parte substancial do preço são pagos no momento
da lavratura da escritura pública de promessa de compra e venda, que é prontamente regis-
trada no Registro Geral de Imóveis (RGI) competente. O saldo do preço será pago em várias
parcelas. Após o registro da promessa de compra e venda
a) passa a incidir o IPTU, a ser pago pela autarquia.
b) continua a não incidir o IPTU, por força da imunidade da autarquia (cujo nome continua
vinculado ao imóvel no RGI, ainda que agora a autarquia figure como promitente vendedora).
c) passa a incidir o IPTU, a ser pago solidariamente pela autarquia e por Fulano de Tal.
d) passa a incidir o IPTU, a ser pago por Fulano de Tal, uma vez que registrada no RGI a promes-
sa de compra e venda do imóvel.
Letra d.
a) Errada. Como haverá uma transferência de titularidade do imóvel da Autarquia para Fulano
de Tal, pessoa física, não há mais que se falar em imunidade tributária recíproca de impostos
incidentes sobre patrimônio, rendas e serviços. Portanto, passará a incidir o IPTU, mas a ser
pago por Fulano de Tal.
b) Errada. Ver comentários dos itens A e D.
c) Errada. Ver comentários dos itens A e D.
d) Certa. Súmula n. 583 do STF: Promitente-Comprador de imóvel residencial transcrito em
nome de autarquia é contribuinte do imposto predial territorial urbano.
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Maria Christina
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Questão 5 (XXII EXAME DE ORDEM) O Município X instituiu taxa a ser cobrada, exclusiva-
mente, sobre o serviço público de coleta, remoção e tratamento de lixo e resíduos provenientes
de imóveis. A igreja ABC, com sede no Município X, foi notificada da cobrança da referida taxa.
Sobre a hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta.
a) As Igrejas são imunes; portanto, não devem pagar a taxa instituída pelo Município X.
b) A taxa é inconstitucional, pois não é específica e divisível.
c) A taxa é inconstitucional, uma vez que os Municípios não são competentes para a institui-
ção de taxas de serviço público.
d) A taxa é constitucional e as Igrejas não são imunes.
Letra d.
a) Errada. A imunidade tributária incidente sobre os templos de qualquer culto impede a co-
brança de impostos incidentes sobre patrimônio, rendas e serviços desde que o dinheiro au-
ferido pelas instituições religiosas seja destinado e aplicado em suas respectivas atividades
essenciais não abarcando, nesse caso, as taxas – art. 150, VI, b, § 4º, da CF.
b) Errada. O STF entendeu que a taxa de coleta de lixo residencial, ou seja, aquela dissociada
de qualquer serviço de limpeza de logradouros públicos, é constitucional por se tratar de um
serviço público específico e divisível conforme redação da Súmula Vinculante n. 19.
Súmula Vinculante n. 19: A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos
de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imó-
veis não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal.
A jurisprudência deste Tribunal já firmou o entendimento no sentido de que o serviço de
coleta de lixo domiciliar deve ser remunerado por meio de taxa, uma vez que se trata de
atividade específica e divisível, de utilização efetiva ou potencial, prestada ao contribuinte
ou posta à sua disposição. Ao inverso, a taxa de serviços urbanos, por não possuir tais
características, é inconstitucional.
[AI 702.161 AgR, voto do rel. min. Roberto Barroso, 1ª T, j. 15-12-2015, DJE 25 de 12-2-
2016.]
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c) Errada. As taxas são de competência comum dada aos quatro Entes Federativos. Ou seja,
pelo disposto no artigo 145, III, da CF, as taxas podem ser instituídas tanto pela União, como
pelos Estados, DF e Municípios.
d) Certa. Comentário dos itens A e B.
Questão 6 (XXIII EXAME DE ORDEM) O reitor de uma faculdade privada sem fins lucrativos
(cujas receitas, inclusive seus eventuais superavit, são integralmente reinvestidas no estabele-
cimento de ensino) deseja saber se está correta a cobrança de impostos efetuada pelo fisco,
que negou a pretendida imunidade tributária, sob o argumento de que a instituição de ensino
privada auferia lucros. Na hipótese, sobre a atuação do fisco, assinale a afirmativa correta.
a) O fisco agiu corretamente, pois a imunidade tributária apenas alcança instituições de ensino
que não sejam superavitárias.
b) O fisco agiu corretamente, pois a imunidade tributária apenas alcança instituições públicas
de ensino.
c) O fisco não agiu corretamente, pois não há impedimento à distribuição de lucro pelo estabe-
lecimento de ensino imune.
d) O fisco não agiu corretamente, pois, para que seja concedida tal imunidade, a instituição não
precisa ser deficitária, desde que o superavit seja revertido para suas finalidades.
Letra d.
a) Errada. Ver comentário do item D.
b) Errada. As instituições públicas de ensino possuem imunidade recíproca baseada no artigo
150, VI, a, CF.
c) Errada. As instituições de ensino superior sem fins lucrativo estão impedidas de distribuir
os lucros auferidos, pois devem obrigatoriamente realizar a reversão integral do dinheiro nas
finalidades da instituição sob pena de suspensão do benefício – art. 14, § 1º, CTN.
d) Certa. As instituições de educação possuem imunidade tributária com relação aos impos-
tos incidentes sobre o patrimônio, rendas e serviços desde que todo o lucro que venham auferir
sejam destinados integralmente às finalidades essenciais da empresa. Dessa forma, a ideia é
que tais instituições sejam superavitárias exatamente para que tenham maior quantidade de
dinheiro para ser revertido em suas finalidades – art. 150, VI, c, § 4º, da CF, art. 14, do CTN.
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Questão 7 (XXVIII EXAME DE ORDEM) O Estado Y lavrou auto de infração em face da pes-
soa jurídica PJ para cobrança de créditos de Impostos sobre a Circulação de Mercadorias e
Prestação de Serviços (ICMS), decorrentes da produção e venda de livros eletrônicos. Adicio-
nalmente aos créditos de ICMS, o Estado Y cobrou o pagamento de multa em decorrência do
descumprimento de obrigação acessória legalmente prevista. Tendo isso em vista, assinale a
afirmativa correta.
a) Há imunidade tributária em relação aos livros eletrônicos; por outro lado, é incorreta a co-
brança da multa pelo descumprimento da obrigação acessória.
b) Há imunidade tributária em relação aos livros eletrônicos; no entanto, tendo em vista a pre-
visão legal, é correta a cobrança de multa pelo descumprimento da obrigação acessória.
c) É correta a cobrança do ICMS, uma vez que a imunidade tributária somente abrange o papel
destinado à impressão de livros, jornais e periódicos; da mesma forma, é correta a cobrança de
multa pelo descumprimento da obrigação acessória, em vista da previsão legal.
d) É correta a cobrança do ICMS, uma vez que a imunidade tributária somente abrange o papel
destinado à impressão de livros, jornais e periódicos; no entanto, é incorreta a cobrança da
multa pelo descumprimento da obrigação acessória.
Letra b.
a) Errada. Ver o comentário do item B.
b) Certa. Os livros, jornais e periódicos possuem imunidade de impostos incidentes sobre os pa-
péis e filmes fotográficos destinados à sua elaboração conforme art. 150, VI, d, CF, e Súmula n.
657 do STF. Essa imunidade, no entanto, foi estendida aos livros digitais e aos livros eletrônicos.
O Plenário aprovou, também por unanimidade, duas teses de repercussão geral para o
julgamento dos recursos. O texto aprovado no julgamento do RE 330817 foi: A imunidade
tributária constante do artigo 150, VI, “d”, da Constituição Federal, aplica-se ao livro ele-
trônico (e-book), inclusive aos suportes exclusivamente utilizados para fixá-lo. Para o RE
595676 os ministros assinalaram que “a imunidade tributária da alínea “d” do inciso VI do
artigo 150 da Constituição Federal alcança componentes eletrônicos destinados exclusi-
vamente a integrar unidades didáticas com fascículos”. (08/03/2017).
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Cumpre deixar claro que o instituto da imunidade não exime o contribuinte do cumprimento
das obrigações acessórias conforme disposto no artigo 14, III, do CTN.
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