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TRIBUTÁRIO
Direito Tributário na Constituição
Federal: as Limitações ao Poder de
Tributar – Imunidades
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
DIREITO TRIBUTÁRIO
Direito Tributário na Constituição Federal: as Limitações ao Poder de Tributar -
Imunidades
Renato Grilo
1. Conceito de Imunidade............................................................................................................................. 4
2. Imunidade, Isenção, Alíquota Zero e Não Incidência.. .............................................................. 14
3. As Imunidades do Artigo 150 da Constituição Federal.. ......................................................... 21
4. Imunidade e Obrigação Acessória................................................................................................... 23
5. Imunidades são Cláusulas Pétreas?.............................................................................................. 28
6. A Imunidade Tributária Recíproca.................................................................................................... 31
7. A Imunidade dos Templos de Qualquer Culto. . .......................................................................... 36
8. A Imunidade das Entidades da Alínea ‘C’......................................................................................37
9. A Imunidade Cultural............................................................................................................................. 40
10. A Imunidade dos Fonogramas e Videogramas Musicais. . .................................................. 42
Questões de Concurso............................................................................................................................... 43
Gabarito............................................................................................................................................................ 66
Gabarito Comentado................................................................................................................................... 67
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As Imunidades Tributárias
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1. Conceito de Imunidade
Nas minhas aulas, eu costumo sempre dizer: a imunidade, antes de tudo, é um apreço
constitucional. O que quero dizer com isso? Uma imunidade representa um valor constitucio-
gia que utilize, estabelece um mandado de não tributação, há imunidade tributária constitu-
De acordo com Paulsen, imunidades são regras constitucionais que proíbem a tributação
do, portanto, competência tributária, são chamadas de imunidades tributárias. Isso porque
aos tributos que a própria regra constitucional negativa de competência específica (PAULSEN,
Leandro. Curso de direito tributário completo. 10. ed. São Paulo: Saraiva, 2019).
CF, Art. 5º:
XXXIV – são a todos assegurados, “Espaço não tributável” – protegido
Valor constitucional:
independentemente do pagamento do exercício da competência tributá-
A proteção aos direitos e garantias
de taxas: ria:
fundamentais, mediante acesso ao
a) o direito de petição aos Pode- A postulação aos Poderes Públi-
direito de petição e da obtenção de
res Públicos em defesa de direitos cos em defesa de direitos ou contra
certidões.
ou contra ilegalidade ou abuso de ilegalidade ou abuso de poder; e a
Esse direito de garantia ao indiví-
poder; obtenção de certificação de direito
duo é ‘precificado’ pela Constitui-
b) a obtenção de certidões em ou fato, por parte do Poder Público.
ção Federal como sendo de tribu-
repartições públicas, para defesa de O peticionamento e o requerimento
tação vedada.
direitos e esclarecimento de situa- de certificação não é tributável.
ções de interesse pessoal;
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Valor constitucional:
O assistencialismo, a filantropia.
A Constituição Federal tem como
“Espaço não tributável” – protegido valor o exercício de atividades bene-
do exercício da competência tribu- ficentes, sem fins lucrativos.
CF, Art. 195 § 7º São isentas de tária: Essas atividades, como é o caso de
contribuição para a seguridade A pessoa jurídica que se caracte- Santas Casas ou outros hospitais que
social as entidades beneficentes rize como “entidade de assistên- atendam pelo SUS, atuam ao lado do
de assistência social que aten- cia social” e atenda aos requisitos Estado na prestação da assistência
dam às exigências estabelecidas legais, gozará dessa imunidade social – braço da seguridade social
em lei. subjetiva em relação a um tributo (art. 193 da CF).
específico, que são as contribui- Ao prestarem uma atividade de
ções para a seguridade social. interesse público, a título gratuito,
a Constituição protege referidas enti-
dades, dando-lhes uma imunidade
constitucional subjetiva.
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Além desses três exemplos, temos na Constituição Federal as clássicas imunidades para
os impostos:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Es-
tados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI – instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades
sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrati-
vos, atendidos os requisitos da lei;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou li-
teromusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem
como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação
industrial de mídias ópticas de leitura a laser.
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A expressão textual é pela “não incidência” que, tecnicamente, tem um outro significado
tributário (a ser apresentado no próximo tópico), mas foi tratada pelo STF como imunidade.
Um outro exemplo da jurisprudência do STF é o da ADI 2028, que tratou do art. 195, § 7º,
acerca da imunidade às contribuições de seguridade social das entidades beneficentes de
assistência social. Vimos que o texto tem a seguinte redação: “São isentas de contribuição
para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às
exigências estabelecidas em lei”.
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No RE 636.941, o STF deixou claro que, por suprimir a possibilidade de exercício da com-
petência tributária, a isenção do art. 195, § 7º, da CF encerra verdadeira imunidade. Veja:
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trito Federal e aos Municípios (…) instituir imposto sobre (…) o patrimônio, a renda ou os
serviços dos partidos políticos e de instituições de educação ou de assistência social,
observados os requisitos da lei. 3. A CF/1988 traçou arquétipo com contornos ainda
mais claros, verbis: Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribu-
inte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (…) VI. instituir
impostos sobre: (…) c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive
suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de edu-
cação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;(…) § 4º.
As vedações expressas no inciso VI, alíneas “b” e “c”, compreendem somente o patrimô-
nio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades
nelas mencionadas; Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade,
de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orça-
mentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes
contribuições sociais: (…) § 7º. São isentas de contribuição para a seguridade social as
entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas
em lei. 4. O art. 195, § 7º, CF/1988, ainda que não inserido no capítulo do Sistema
Tributário Nacional, mas explicitamente incluído topograficamente na temática da segu-
ridade social, trata, inequivocamente, de matéria tributária. Porquanto ubi eadem ratio
ibi idem jus, podendo estender-se às instituições de assistência stricto sensu, de edu-
cação, de saúde e de previdência social, máxime na medida em que restou superada a
tese de que este artigo só se aplica às entidades que tenham por objetivo tão somente
as disposições do art. 203 da CF/1988 (ADI 2.028 MC/DF, Rel. Moreira Alves, Pleno, DJ
16-06-2000). 5. A seguridade social prevista no art. 194, CF/1988, compreende a previ-
dência, a saúde e a assistência social, destacando-se que as duas últimas não estão
vinculadas a qualquer tipo de contraprestação por parte dos seus usuários, a teor dos
artigos 196 e 203, ambos da CF/1988. Característica esta que distingue a previdência
social das demais subespécies da seguridade social, consoante a jurisprudência desta
Suprema Corte no sentido de que seu caráter é contributivo e de filiação obrigatória, com
espeque no art. 201, todos da CF/1988. 6. O PIS, espécie tributária singular contemplada
no art. 239, CF/1988, não se subtrai da concomitante pertinência ao “gênero” (plural) do
inciso I, art. 195, CF/1988, verbis: Art. 195. A seguridade social será financiada por toda
a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenien-
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tes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das
seguintes contribuições sociais:I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equi-
parada na forma da lei, incidentes sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional n.
20, de 1998) a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou credita-
dos, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empre-
gatício; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 20, de 1998) b) a receita ou o fatura-
mento; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 20, de 1998) c) o lucro; (Incluído pela
Emenda Constitucional n. 20, de 1998)II – do trabalhador e dos demais segurados da
previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedi-
das pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201; (Redação dada pela
Emenda Constitucional n. 20, de 1998) III – sobre a receita de concursos de prognósti-
cos. IV – do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 42, de 19.12.2003)… 7. O Sistema Tributário
Nacional, encartado em capítulo próprio da Carta Federal, encampa a expressão “insti-
tuições de assistência social e educação” prescrita no art. 150, VI, “c”, cuja conceituação
e regime jurídico aplica-se, por analogia, à expressão “entidades beneficentes de
assistência social” contida no art. 195, § 7º, à luz da interpretação histórica dos textos
das CF/46, CF/67 e CF/69, e das premissas fixadas no verbete da Súmula n. 730. É que
até o advento da CF/1988 ainda não havia sido cunhado o conceito de “seguridade
social”, nos termos em que definidos pelo art. 203, inexistindo distinção clara entre prev-
idência, assistência social e saúde, a partir dos critérios de generalidade e gratuidade. 8.
As limitações constitucionais ao poder de tributar são o conjunto de princípios e demais
regras disciplinadoras da definição e do exercício da competência tributária, bem como
das imunidades. O art. 146, II, da CF/1988, regula as limitações constitucionais ao poder
de tributar reservadas à lei complementar, até então carente de formal edição. 9.
A isenção prevista na Constituição Federal (art. 195, § 7º) tem o conteúdo de regra de
supressão de competência tributária, encerrando verdadeira imunidade. As imunidades
têm o teor de cláusulas pétreas, expressões de direitos fundamentais, na forma do
art. 60, § 4º, da CF/1988, tornando controversa a possibilidade de sua regulamentação
por meio do poder constituinte derivado e/ou ainda mais, pelo legislador ordinário. 10.
A expressão “isenção” equivocadamente utilizada pelo legislador constituinte decorre
de circunstância histórica. O primeiro diploma legislativo a tratar da matéria foi a Lei n.
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(RE 636941, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Tribunal Pleno, julgado em 13/02/2014, ACÓRDÃO
ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL – MÉRITO DJe-067 DIVULG 03-04-2014 PUBLIC
04-04-2014)
A DISTINÇÃO ENTRE
Imunidade
Isenção
Não incidência
Alíquota zero
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A imunidade é uma norma que estabelece uma determinação de não fazer, ou uma norma
de incompetência; é uma ordem de não tributação, estabelecida pelo mesmo texto constitu-
cional que dá a ordem de tributação.
A fonte é a mesma, seja para tributar, seja para não tributar: o pressuposto para o exercício
da competência tributária nasce na Constituição Federal; as imunidades nascem também na
Constituição Federal.
Assim, imunidade é expressão do arquétipo constitucional, representação da fonte nor-
mativa do poder de tributar e de não tributar: a Constituição Federal.
A medida da tributação, tal como outorgada pela CF, é o resultado da competência tribu-
tária aberta aos entes tributantes subtraída das imunidades (ou incompetências tributárias);
o resultado essa equação é a exata medida da competência para se exercer a tributação.
Pois bem.
A outorga da competência para tributar não é um mandamento “cego”: aquele que recebe
o poder de instituir um determinado tributo tem o dever de aferir a capacidade contributiva,
antes de criar efetivamente o tributo. Depois de criado o tributo, essa aferição deve ser cons-
tante, de modo que a dose da capacidade de se contribuir deve ser medida em todo o tempo.
Vamos a um exemplo.
A União, os Estados, DF e Municípios recebem competência tributária para instituir im-
postos, pelo art. 145, I, da CF. A União, especificamente, recebe competência para instituir o
imposto sobre “renda e proventos de qualquer natureza” (art. 153, III, da CF).
Ao outorgar essa competência, a própria Constituição Federal também estabelece uma
incompetência: não se pode tributar a renda dos demais entes federativos, por força da imu-
nidade tributária recíproca (art. 150, VI, a).
Recebida a competência em sua exata medida, a União não está autorizada a tributar toda
e qualquer renda e proventos, mas apenas a renda e proventos que representem capacidade
contributiva. Ou seja, a instituição tributária passa por uma dosagem por ocasião da efetiva
criação do tributo.
É por esse motivo que, até determinado valor mensal (hoje, quase 2 mil reais), não se tri-
buta a renda.
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Assim, embora a renda surja, conceitualmente e de fato, quando se ganha qualquer cen-
tavo por mês, a renda tributável é aquela que representa uma capacidade efetiva de contribuir,
de participar da tributação.
Renda, como fato da vida, é uma coisa; renda tributável é outra coisa.
Quando você toma a renda (fato) e a adjetiva de “tributável”, deve ter em mente que essa
qualificação passa por um exame da capacidade contributiva.
Desse modo, na dosagem da tributação da renda, a União entendeu que a medida da
capacidade de contribuir surge a partir de quase 2 mil reais mensais; abaixo disso, a renda
simplesmente não é tributada.
Ademais, há casos em que o ente tributante, mediante a Lei, isenta determinada renda da
tributação: o portador de neoplasia maligna não para imposto sobre a renda (art. 6º, XIV, Lei
7.713/1988), por exemplo. Ou seja, ao dosar a tributação efetiva, o ente tributante pode optar
por isentar determinada faixa de valores ou determinado grupo de contribuintes.
Veja o “andar” (o estágio) em que isso ocorre. A Constituição deu a medida da tributa-
ção, ao outorgar a competência e firmar a incompetência (imunidades); em nível infralegal,
já quando do exercício da competência recebida, o ente tributante pode isentar determinada
parte daquilo que foi autorizado ser tributado (no meu exemplo, foi autorizada a tributação
sobre a “renda”).
Portanto, a imunidade é norma (determinação) do Constituinte, contida no desenho tribu-
tário da CF; a isenção é norma do legislador, veiculada em lei complementar ou ordinária, con-
tida na avaliação da capacidade contributiva, conveniência e justiça tributária em concreto.
A isenção é veiculada, por paralelismo, no mesmo veículo legislativo que é utilizado para
criar o tributo; então, se o tributo somente é instituído mediante lei complementar, como é o
caso do IGF – Imposto sobre grandes fortunas –, eventual isenção também deve observar a
mesma ritualística.
Em verdade, a isenção é o reverso da instituição do tributo e, por isso mesmo, é chamada
de dispensa legal de um tributo devido: o fato ou pessoa por ela abarcados seria objeto da tri-
butação, não fosse a dispensa legal. Tecnicamente, a isenção é causa de exclusão do crédito
tributário:
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Por aí, como causa de exclusão do crédito tributário, vemos claramente como isenção e
imunidade são distintas.
É importante destacar que a isenção exige lei específica para sua instituição, diferente-
mente da determinação genérica para a instituição do tributo (que pode vir em uma lei que
trate de temas diversos):
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Es-
tados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I – exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
(…)
§ 6º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido,
anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido me-
diante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima
enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155,
§ 2º, XII, g.
Esse julgamento do STF é bastante relevante pela interpretação que foi feita do termo
constitucional “lei específica”, utilizado como exigência para a instituição de uma isenção
tributária.
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Entendeu o STF que a lei específica, para efeitos de isenção fiscal, estará atendida mesmo
quando a legislação tratar de outras temáticas, desde que conexas com o benefício fiscal.
No caso da Lei Geral da Copa, é evidente que a lei não tratou apenas da isenção, mas os
demais temas da lei (incluída a própria isenção) disseram respeito a uma mesma temática: a
regulação de um evento esportivo específico. Assim, considerou o STF que se tratava de uma
“lei específica”.
Até aqui espero estar bem firmada a diferença entre imunidade e isenção.
Imunidade Isenção
Escolha protetiva constitucional, conforme um valor Dosagem da capacidade contribuinte ou de conveni-
eleito como digno de estímulo ou salvaguarda. ência de uma política tributária.
Delimitação constitucional da competência tributária
Benefício fiscal.
– Limitação ao Poder de Tributar.
Benefício legal – classificado como causa de exclusão
Sede constitucional.
do crédito tributário, pelo art. 175 do CTN.
Por fim, destaco o seguinte trecho retirado de informativo do STF, no qual assentada rele-
vante diferença entre os institutos da isenção e da imunidade:
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No que diz respeito à não incidência, o tributo não será nunca devido, independente de
imunidade ou isenção, pois é um fato estrando à incidência tributária.
Tomemos outro exemplo, a partir do seguinte recurso repetitivo do STJ:
A verba percebida a título de dano moral tem a natureza jurídica de indenização, cujo
objetivo precípuo é a reparação do sofrimento e da dor da vítima ou de seus parentes,
causados pela lesão de direito, razão pela qual torna-se infensa à incidência do imposto
de renda, porquanto inexistente qualquer acréscimo patrimonial (REsp 1152764/CE, Rel.
Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 23/06/2010, DJe 01/07/2010).
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A isenção suprime uma parte da incidência normativa, dispensado o tributo nos seus li-
mites de isenção. A alíquota zero é um benefício fiscal que causa um resultado de valor “zero
expressão de valor do tributo que, no mais das vezes, é dual: há uma base de cálculo e uma
alíquota.
Quando o benefício fiscal é de alíquota zero, você tem toda a incidência tributária ocorrida,
matéria tributável o resultado será de “zero tributo a ser pago”, pois a alíquota será de 0% e,
Portanto, esses temas são radicalmente diferentes, muito embora, aos olhos de quem
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Es-
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c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades
sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrati-
vos, atendidos os requisitos da lei;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou li-
teromusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem
como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação
industrial de mídias ópticas de leitura a laser.
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São comuns as questões de concurso que abordam o tema, questionando, por exemplo,
se o Município pode cobrar taxa de coleta individualizada de lixo da União. Pode, sim. As ta-
xas são tributos diversos dos impostos e não estão abrangidas pela imunidade tributária do
art. 150, VI, da CF.
Algumas imunidades do art. 150, VI, da CF, têm caráter subjetivo; outras, objetivo. Quando
a imunidade é subjetiva, significa que ela é estabelecida em favor de uma pessoa e, em outros
casos, em favor de um bem ou operação.
Objetiva é a imunidade da alínea d, chamada de imunidade cultural.
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Subjetivas são as imunidades das suas alíneas a, b e c, que favorecem aos entes políti-
cos, aos templos e aos partidos políticos e entidades educacionais sem fins lucrativos, entre
outras.
Importa, para a verificação da existência ou não da imunidade, a posição de contribuinte
de direito, nos moldes do raciocínio que inspirou a Súmula 591 do STF.
A obrigação tributária, conforme regulada pelo CTN, tem três possíveis objetos:
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A obrigação tributária, conforme regulada pelo CTN, tem três possíveis objetos:
A obrigação tributária principal, portanto, é de pagar, entregar um numerário aos cofres
públicos, seja a título de tributo, seja a título de sancionamento por uma conduta infratora
(sancionamento tributário).
Note que, embora “encapsuladas” como “obrigações principais”, o pagamento do tributo
e o pagamento da multa tributária não se confundem e podem perfeitamente existir de modo
independente.
Alguém pode pagar um tributo sem que tenha infringindo qualquer norma tributária e, por-
tanto, não tenha que pagar concomitantemente uma multa tributária. Pode ocorrer o inverso:
o sujeito passivo pode descumprir uma norma tributária, e se obrigar ao pagamento da res-
pectiva multa (consequência ou sancionamento da conduta ilícita), sem que seja necessaria-
mente contribuinte ou responsável pelo pagamento de um tributo. Lembro-lhe que o tributo
não é o sancionamento de uma conduta, mas é a multa tributária que cumpre tal função.
Já as obrigações acessórias, por sua vez, servem para que se institua uma conduta ou
abstenção de conduta que se revele útil à Administração Tributária. Não se trata, portanto, de
uma obrigação de dar dinheiro, mas de fazer ou não fazer algo.
Do mesmo modo, as obrigações acessórias são autônomas em relação às obrigações
tributárias principais, de modo que uma imobiliária pode ser obrigada a prestar informações
relativas às rendas de alugueis que são repassadas aos donos de imóveis alugados, no inte-
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resse do Fisco federal para a cobrança de imposto sobre a renda, mesmo sem realizar o fato
gerador do tributo.
Da mesma forma, uma entidade isenta ou imune pode ser tributariamente obrigada a
manter sua escrita fiscal em dia, ou abster-se de determinado comportamento, atendendo ao
interesse da Administração Tributária.
É muito importante destacar, portanto, que o gozo de imunidade não dispensa o contri-
buinte do cumprimento das obrigações acessórias nem da sujeição à fiscalização tributária.
Nesse sentido, dispõe o CTN que:
Art. 194. A legislação tributária, observado o disposto nesta Lei, regulará, em caráter geral, ou es-
pecificamente em função da natureza do tributo de que se tratar, a competência e os poderes das
autoridades administrativas em matéria de fiscalização da sua aplicação.
Parágrafo único. A legislação a que se refere este artigo aplica-se às pessoas naturais ou jurídi-
cas, contribuintes ou não, inclusive às que gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter
pessoal.
Portanto, embora não se cogite de qualquer criação de tributo em relação a uma entidade
imune, ou se dispense do pagamento do tributo uma entidade isenta, lhe poderão ser exigidas
as obrigações tributárias acessórias, que são autônomas.
Nesse sentido é a jurisprudência absolutamente pacífica do Supremo Tribunal Federal:
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Ainda dentro da mesma temática, em alguns casos, como mencionado acima, determina-
das pessoas naturais ou jurídicas são eleitas pelo Fisco como responsáveis pelo pagamento
do tributo.
Preste atenção!
O sujeito passivo da obrigação tributária pode ser: contribuinte ou responsável. Vejamos
o que o CTN nos diz sobre o tema:
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II – responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de dispo-
sição expressa de lei.
Um ente imune JAMAIS será contribuinte, JAMAIS. Isso porque a sua proteção está em
um “andar” acima, na própria Constituição Federal. A respeito de quem ou do que é imune
sequer se cogita da possibilidade abstrata da criação de um tributo.
Em relação à isenção, a Constituição Federal até permite que se crie o tributo, mas uma
opção legislativa (“um andar abaixo”) dispensa do pagamento do tributo.
CONTUDO, um ente imune pode, sim, ser eleito como RESPONSÁVEL e ocupar o polo pas-
sivo de uma obrigação tributária principal. Veja o seguinte precedente do STF:
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O contribuinte é aquele que realiza o fato gerador do tributo. O julgado acima ilustra a
questão de modo perfeito. O SESI goza de imunidade dos impostos. Pois bem. O que aconte-
ceu?
Por uma opção do legislador estadual de São Paulo, houve o diferimento do pagamento
de um imposto (ICMS); o que é diferimento? Diferir é postergar o pagamento do imposto; a
responsabilidade pelo pagamento foi atribuída a quem adquiriu o produto.
Nesse caso, o SESI comprou determinado produto; o contribuinte de direito, que realiza a
comercialização (fato gerador do imposto), é aquele que vendeu o produto ao SESI. Contudo,
a Lei diferiu o pagamento do tributo, atribuindo ao adquirente a responsabilidade tributária.
O responsável não vendeu nada e, portanto, não realizou o fato gerador do ICMS, mas foi
eleito pela Lei como o responsável pelo pagamento do imposto.
O ente imune (SESI) jamais poderia ser considerado contribuinte, mas pode ser eleito
como responsável pelo pagamento do tributo. Essa é a jurisprudência do STF.
Isso cai muito em concurso! É importante prestar atenção.
A Constituição Federal afirma que não será objeto de deliberação a proposta de emenda
tendente a abolir (i) a forma federativa de Estado, (ii) o voto direto, secreto, universal e perió-
dico, (iii) a separação dos Poderes e (iv) os direitos e garantias individuais.
Antes de adentrar no estudo específico das imunidades contidas no art. 150, VI, da Cons-
tituição Federal, é preciso responder ao seguinte questionamento: as imunidades são cláu-
sulas pétreas?
Conforme vimos acima, algumas imunidades funcionam como verdadeiras garantias in-
dividuais, na medida em que representam parte da proteção valorativa que a Constituição dá
a determinado direito fundamental. É o caso da imunidade das taxas:
CF
Art. 5º
XXXIV – são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso
de poder;
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Nesses casos a Constituição Federal, para desonerar as exportações (e, com isso, esti-
mular nossa indústria e balança comercial positiva), instituiu imunidades para as contribui-
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ções sociais e interventivas (art. 149), para o IPI (art. 153), para o ICMS (art. 155) e para o ISS
(art. 156).
No futuro, caso se revele mais favorável o retorno à tributação das exportações, por refe-
ridos tributos, nada impede que o Constituinte o faça, alterando a Constituição nesse ponto.
Qual a conclusão importante para nós? Não podemos afirmar que “toda imunidade cons-
titucional é uma cláusula pétrea”. Toda imunidade constitucional representa um apreço, uma
valoração ou opção do constituinte. Mas nem todo preço ou valor constitucional é imutável.
É preciso verificar especificamente de qual imunidade se cuida para saber se ela pode ser
a questão.
cional:
Art. 153. (…)
§ 2º O imposto previsto no inciso III [imposto de renda]:
(…)
II – não incidirá, nos termos e limites fixados em lei, sobre rendimentos provenientes de aposen-
tadoria e pensão, pagos pela previdência social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, a pessoa com idade superior a sessenta e cinco anos, cuja renda total seja constituída,
exclusivamente, de rendimentos do trabalho.
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pétrea. 2. Esta norma não consagrava direito ou garantia fundamental, apenas previa a
imunidade do imposto sobre a renda a um determinado grupo social. Sua supressão do
texto constitucional, portanto, não representou a cassação ou o tolhimento de um direito
fundamental e, tampouco, um rompimento da ordem constitucional vigente. 3. Recurso
extraordinário conhecido e improvido.
(STF – RE: 372600 SP, Relator: ELLEN GRACIE, Data de Julgamento: 16/12/2003, Segunda
Turma, Data de Publicação: DJ 23-04-2004 PP-00040 EMENT VOL-02148-12 PP-02337
RTJ VOL-00192-03 PP-01062)
Como dissemos, é preciso examinar qual o valor que a imunidade qualifica. Nem todo
valor constitucional é cláusula pétrea. Portanto, nem toda imunidade é uma cláusula pétrea.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Es-
tados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI – instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
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contribuinte. Caso já lhe tenha sido deferido o status de imune, o afastamento dessa imuni-
dade só pode ocorrer mediante a constituição de prova em contrário produzida pela adminis-
tração tributária.
[RE 773.992, rel. min. Dias Toffoli, j. 15-10-2014, P, DJE de 19-2-2015, Tema 644.]
Imunidade recíproca. Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Peculiaridades do ser-
viço postal. Exercício de atividades em regime de exclusividade e em concorrência com parti-
culares. Irrelevância. ICMS. Transporte de encomendas. Indissociabilidade do serviço postal.
Incidência da Imunidade do art. 150, VI, a, da Constituição. Condição de sujeito passivo de
obrigação acessória. Legalidade. (…) O transporte de encomendas está inserido no rol das ati-
vidades desempenhadas pela ECT, que deve cumprir o encargo de alcançar todos os lugares
do Brasil, não importa o quão pequenos ou subdesenvolvidos. Não há comprometimento do
status de empresa pública prestadora de serviços essenciais por conta do exercício da ativi-
dade de transporte de encomendas, de modo que essa atividade constitui conditio sine qua
non para a viabilidade de um serviço postal contínuo, universal e de preços módicos.
[RE 627.051, rel. min. Dias Toffoli, j. 12-11-2014, P, DJE de 11-2-2015, Tema 402.]
Imunidade recíproca. Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. (…) Exercício simultâ-
neo de atividades em regime de exclusividade e em concorrência com a iniciativa privada.
Irrelevância. Existência de peculiaridades no serviço postal. Incidência da imunidade prevista
no art. 150, VI, a, da CF.
[RE 601.392, rel. p/ o ac. min. Gilmar Mendes, j. 28-2-2013, P, DJE de 5-6-2013, Tema 235.]
A questão suscitada neste recurso versa sobre a possibilidade de exten-
são da imunidade tributária recíproca, nos termos do art. 150, VI, a, da CF, à Empre-
sa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (INFRAERO), na qualidade de empre-
sa pública prestadora de serviço público. Esta Corte possui jurisprudência firmada no
sentido de que a Infraero faz jus à imunidade recíproca prevista no art. 150, VI, a, da CF.
[ARE 638.315 RG, voto do rel. min. Cezar Peluso, j. 9-6-2011, P, DJE de 31-8-2011, Tema 412.]
Casa da Moeda do Brasil (CMB). Empresa governamental delegatária de serviços públi-
cos. Emissão de papel moeda, cunhagem de moeda metálica, fabricação de fichas telefônicas
e impressão de selos postais. Regime constitucional de monopólio (CF, art. 21, VII). Outorga
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de delegação à CMB, mediante lei, que não descaracteriza a estatalidade do serviço público,
notadamente quando constitucionalmente monopolizado pela pessoa política (a União Fede-
ral, no caso) que é dele titular. A delegação da execução de serviço público, mediante outorga
legal, não implica alteração do regime jurídico de direito público, inclusive o de direito tribu-
tário, que incide sobre referida atividade. Consequente extensão, a essa empresa pública, em
matéria de impostos, da proteção constitucional fundada na garantia da imunidade tributária
recíproca (CF, art. 150, VI, a).
[RE 610.517 AgR, rel. min. Celso de Mello, j. 3-6-2014, 2ª T, DJE de 23-6-2014.]
Como se vê, o Supremo Tribunal Federal tem aplicado a imunidade tributária recíproca a
empresas estatais, sociedades de economia mista ou empresas públicas, que prestem servi-
ços públicos.
Ao analisar o caso envolvendo a PETROBRAS, o STF definiu ser irrelevante para a defini-
ção da aplicabilidade da imunidade tributária recíproca a circunstância de a atividade desem-
penhada estar ou não sujeita a monopólio estatal.
Além disso, o STF afirmou que o alcance da salvaguarda constitucional pressupõe o exa-
me:
• da caracterização econômica da atividade (lucrativa ou não);
• do risco à concorrência e à livre-iniciativa;
• de riscos ao pacto federativo pela pressão política ou econômica.
No caso específico, concluiu que a imunidade tributária recíproca não se aplica à Petro-
bras, pois: trata-se de sociedade de economia mista destinada à exploração econômica em
benefício de seus acionistas, pessoas de direito público e privado, e a salvaguarda não se
presta a proteger aumento patrimonial dissociado de interesse público primário; a Petrobras
visa à distribuição de lucros, e, portanto, tem capacidade contributiva para participar do apoio
econômico aos entes federados; a tributação de atividade econômica lucrativa não implica
risco ao pacto federativo [RE 285.716 AgR, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 2-3-2010, 2ª T, DJE
de 26-3-2010.].
Sobre a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal acerca da imunidade tributária re-
cíproca, é relevante destacar o julgamento do RE 601.720 (rel. p/ o ac. min. Marco Aurélio,
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j. 19-4-2017, P, DJE de 5-9-2017, Tema 437). Esse tema de repercussão geral resolveu os
seguintes questionamentos: (i) Pode a pessoa cessionária do uso de imóvel pertencente à
União figurar como sujeito passivo da obrigação tributária referente ao Imposto Predial e Ter-
ritorial Urbano (IPTU)? (ii) Pode a Municipalidade prever, instituir e arrecadar IPTU, em que a
base impositiva seja imóvel de titularidade da União, ainda que o bem seja objeto de contrato
administrativo de concessão de uso, assim como haja particular que utilize o imóvel com fi-
nalidade lucrativa?
O STF conclui que:
Por fim, destaco que o STF entendeu que as Caixas de Assistências dos Advogados e a
OAB são imunes.
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com intuito lucrativo. A Caixa de Assistência dos Advogados de Minas Gerais encontra-
-se tutelada pela imunidade recíproca prevista no art. 150, VI, a, do Texto Constitucional,
tendo em vista a impossibilidade de se conceder tratamento tributário diferenciado a
órgãos da OAB, de acordo com as finalidades que lhe são atribuídas por lei.
[RE 405.267, rel. min. Edson Fachin, j. 6-9-2018, P, DJE de 18-10-2018.]
A imunidade tributária gozada pela OAB é da espécie recíproca (art. 150, VI, a, da Cons-
tituição), na medida em que a OAB desempenha atividade própria de Estado (defesa da
Constituição, da ordem jurídica do Estado Democrático de Direito, dos direitos humanos,
da justiça social, bem como a seleção e controle disciplinar dos advogados). A imuni-
dade tributária recíproca alcança apenas as finalidades essenciais da entidade prote-
gida. O reconhecimento da imunidade tributária às operações financeiras não impede a
autoridade fiscal de examinar a correção do procedimento adotado pela entidade imune.
Constatado desvio de finalidade, a autoridade fiscal tem o poder-dever de constituir o
crédito tributário e de tomar as demais medidas legais cabíveis. Natureza plenamente
vinculada do lançamento tributário, que não admite excesso de carga.
[RE 259.976 AgR, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 23-3-2010, 2ª T, DJE de 30-4-2010.]
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Es-
tados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI – instituir impostos sobre:
b) templos de qualquer culto;
A imunidade tributária conferida pelo art. 150, VI, b, é restrita aos templos de qualquer
culto religioso, não se aplicando à maçonaria, em cujas lojas não se professa qualquer
religião.
[RE 562.351, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 4-9-2012, 1ª T, DJE de 14-12-2012.]
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Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Es-
tados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI – instituir impostos sobre:
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c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades
sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrati-
vos, atendidos os requisitos da lei;
Sempre alerto aos meus alunos: entidades sindicais DOS TRABALHADORES; não estão
abrangidas pela imunidade as entidades representativas da classe dos empregadores!
Sobre essas entidades, destaco os seguintes entendimentos do STF:
Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qual-
quer das entidades referidas pelo art. 150, VI, c, da CF, desde que o valor dos aluguéis seja
aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas.
[Súmula Vinculante 52.]
A imunidade tributária conferida a instituições de assistência social sem fins lucrativos
pelo art. 150, VI, c, da Constituição, somente alcança as entidades fechadas de previdência
social privada se não houver contribuição dos beneficiários.
[Súmula 730/STF.]
Entidade fechada de previdência privada. Concessão de benefícios aos filiados mediante
recolhimento das contribuições pactuadas. Imunidade tributária. Inexistência, dada a ausên-
cia das características de universalidade e generalidade da prestação, próprias dos órgãos
de assistência social. As instituições de assistência social, que trazem ínsito em suas finali-
dades a observância ao princípio da universalidade, da generalidade e concedem benefícios
a toda coletividade, independentemente de contraprestação, não se confundem e não podem
ser comparadas com as entidades fechadas de previdência privada que, em decorrência da
relação contratual firmada, apenas contemplam uma categoria específica, ficando o gozo dos
benefícios previstos em seu estatuto social dependente do recolhimento das contribuições
avençadas, conditio sine qua non para a respectiva integração no sistema.
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9. A Imunidade Cultural
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Es-
tados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI – instituir impostos sobre:
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
Na compreensão do STF, essa imunidade tem por escopo evitar embaraços ao exercício
da liberdade de expressão intelectual, artística, científica e de comunicação, bem como facili-
tar o acesso da população à cultura, à informação e à educação.
Dessa imunidade, destaco os seguintes entendimentos do STF, muito cobrados em con-
curso público.
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cação, razão pela qual não está abrangido pela imunidade de impostos prevista no dis-
positivo constitucional sob referência, a qual, ademais, não se estenderia, de qualquer
forma, às empresas por eles responsáveis, no que concerne à renda bruta auferida pelo
serviço prestado e ao lucro líquido obtido.
[RE 213.094, rel. min. Ilmar Galvão, j. 3-8-1999, 1ª T, DJ de 15-10-1999.]
PROPAGANDAS NO CORPO
O fato de as edições das listas telefônicas veicularem anúncios e publicidade não afasta
o benefício constitucional da imunidade. A inserção visa a permitir a divulgação das
informações necessárias ao serviço público a custo zero para os assinantes, consubs-
tanciando acessório que segue a sorte do principal.
[RE 199.183, rel. min. Marco Aurélio, j. 17-4-1998, 2ª T, DJ de 12-6-1998.]
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Es-
tados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI – instituir impostos sobre:
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou li-
teromusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem
como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação
industrial de mídias ópticas de leitura a laser.
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DIREITO TRIBUTÁRIO
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (CESPE/SEFAZ-RS/AUDITOR DO ESTADO/BLOCO II/2018) Determinada entida-
de religiosa presta serviços de batismo e casamento, revende artigos religiosos produzidos
por uma fábrica e vende artesanato sacro produzido pelos membros da entidade. Além disso,
a entidade tem, além do imóvel onde funciona o templo, outros imóveis cuja renda é revertida
à composição do patrimônio da entidade.
Nessa situação hipotética, a imunidade religiosa relativa ao pagamento de impostos
a) não abrange a venda do artesanato.
b) abrange todas as situações mencionadas.
c) não abrange o IPTU em caso de configuração de concorrência desleal.
d) não abrange os serviços de batismo e casamento.
e) abrange o ICMS relativo à compra e à venda de artigos religiosos da fábrica.
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c) somente o livro de papel é imune a impostos, à vista da cláusula expressa “… e o papel des-
tinado à sua impressão”. (artigo 150, VI, “d”, Constituição Federal).
d) se a Constituição não distinguiu o suporte tecnológico de elaboração de livros, jornais e
periódicos, não pode o intérprete fazê-lo para o fim de ampliar a imunidade.
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e) A imunidade tributária constante do art. 150, VI, “d” (livros, jornais, periódicos e o papel
destinado a sua impressão), da Constituição Federal, alcança o livro digital (e-book).
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d) Apenas II e IV.
e) Apenas I, III e IV.
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b) à União e aos Estados utilizar tributo com efeito de confisco ou com finalidade exclusi-
vamente arrecadatória, sem estabelecer mecanismos para excluir a exigência em função da
capacidade civil ou econômica do contribuinte de fato ou de direito.
c) aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir tributo que não seja uniforme em
todo o território nacional, ainda que se alegue tratar de medida tendente a promover o equilí-
brio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País.
d) à União e aos Municípios conceder sem lei específica, federal ou municipal, qualquer sub-
sídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou
remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições.
e) aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos sobre fonogramas e
videofonogramas musicais produzidos no Brasil, contendo obras musicais ou literomusicais
de autores brasileiros ou do Mercosul, inclusive em relação à etapa de replicação industrial de
mídias magnéticas ou ópticas, de leitura digital ou a laser.
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a) A Editora Sapiens S.A. não precisa pagar quaisquer impostos, já que sua atividade, bem
como a própria editora, é imune do pagamento de impostos.
b) A Editora Sapiens S.A. possui isenção relativa às suas atividades editoriais, sendo dispen-
sada por lei de qualquer pagamento de impostos.
c) A Editora Sapiens S.A. possui imunidade tributária prevista na Constituição Federal refe-
rente tão somente aos livros, jornais e periódicos e no que tange aos materiais destinados à
impressão destes, além de livros, jornais e revistas eletrônicos, que também são abrangidos
pela imunidade.
d) A Editora Sapiens S.A. possui imunidade tributária prevista na legislação infraconstitucio-
nal, referente tão somente aos livros, jornais e periódicos e no que tange aos materiais desti-
nados à impressão.
e) A Editora Sapiens S.A. possui imunidade tributária estabelecida na Constituição Federal,
prevendo inclusive a desobrigação do pagamento de impostos como IRPJ (Imposto de Renda
de Pessoa Jurídica) e CSL (Contribuição Social sobre o Lucro), incidentes sobre o lucro da
empresa.
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des a distribuição de lucros da entidade entre sócios ou associados, sem prejuízo da imuni-
dade tributária referida.
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b) é vedada a cobrança de tributos antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido
publicada lei que os instituiu, aumentou ou reduziu.
c) a imunidade religiosa é consectária da garantia fundamental da liberdade religiosa, que tem
alcance além do templo religioso.
d) a vedação do não confisco ao Estado, no exercício de seu poder de tributar, limita a perda
de bens no âmbito criminal.
e) as regras de imunidade tributária devem ser interpretadas restritivamente, na medida em
que correspondem a benefícios fiscais aos contribuintes.
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b) à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos sobre fono-
gramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou lite-
romusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros,
bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de
replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.
c) à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer limitações ao tráfe-
go de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a
cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público.
d) à União tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos,
ainda que em níveis inferiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes.
e) aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre
bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.
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GABARITO
1. c 28. E
2. b 29. C
3. c 30. c
4. a 31. a
5. a 32. c
6. b 33. a
7. c 34. d
8. a 35. b
9. a 36. d
10. b 37. b
11. C 38. E
12. a 39. a
13. c 40. c
14. E 41. d
15. E 42. E
16. E 43. b
17. C 44. a
18. d 45. d
19. a 46. d
20. d 47. C
21. d 48. C
22. b 49. d
23. a 50. d
24. C 51. c
25. d 52. a
26. a
27. b
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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (CESPE/SEFAZ-RS/AUDITOR DO ESTADO/BLOCO II/2018) Determinada entida-
de religiosa presta serviços de batismo e casamento, revende artigos religiosos produzidos
por uma fábrica e vende artesanato sacro produzido pelos membros da entidade. Além disso,
a entidade tem, além do imóvel onde funciona o templo, outros imóveis cuja renda é revertida
à composição do patrimônio da entidade.
Nessa situação hipotética, a imunidade religiosa relativa ao pagamento de impostos
a) não abrange a venda do artesanato.
b) abrange todas as situações mencionadas.
c) não abrange o IPTU em caso de configuração de concorrência desleal.
d) não abrange os serviços de batismo e casamento.
e) abrange o ICMS relativo à compra e à venda de artigos religiosos da fábrica.
Letra c.
Não se aplica a imunidade religiosa aos cemitérios instituídos por particulares com
manifesta finalidade lucrativa: a pessoa jurídica, que também explora economicamente
o terreno com a comercialização de jazigos, também demonstra capacidade contribu-
tiva e finalidade não religiosa e, por fim, a não tributação implica risco à livre concorrên-
cia, à livre iniciativa e à isonomia (RE 578.562, Rel. Min. Eros Grau, 21.05.2008).
Um dos precedentes mais relevantes do STF sobre o tema é o que segue, no qual foram fixa-
dos três requisitos para aferir o gozo da imunidade tributária recíproca – no caso da questão,
embora se trate da imunidade religiosa, a lógica concorrencial também se aplica:
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pessoas de direito público e privado, e a salvaguarda não se presta a proteger aumento
patrimonial dissociado de interesse público primário; a Petrobras visa à distribuição
de lucros, e, portanto, tem capacidade contributiva para participar do apoio econômico
aos entes federados; a tributação de atividade econômica lucrativa não implica risco ao
pacto federativo.
[RE 285.716 AgR, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 2-3-2010, 2ª T, DJE de 26-3-2010.]
Letra b.
A imunidade é norma (determinação) do Constituinte, contida no desenho tributário da CF.
A isenção é norma do legislador, veiculada em Lei complementar ou ordinária, contida na ava-
liação da capacidade contributiva, conveniência e justiça tributária em concreto.
A isenção é veiculada, por paralelismo, no mesmo veículo legislativo que é utilizado para criar
o tributo; então, se o tributo somente é instituído mediante lei complementar, como é o caso
do IGF – Imposto sobre Grandes Fortunas –, eventual isenção também deve observar a mes-
ma ritualística.
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Letra c.
a) Errada.
CF
Art. 150. VI, d: Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios (…) instituir impostos sobre (…) livros, jornais,
periódicos e o papel destinado a sua impressão.
b) Errada.
CF
Art. 150. II: Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios (…) instituir tratamento desigual entre contribuin-
tes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação
profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendi-
mentos, títulos ou direitos.
c) Certa. A imunidade tributária recíproca se aplica tão somente aos impostos, nada impede
que o Estado cobre taxa da União.
d) Errada.
CF
Art. 150. III, b: Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios (…) cobrar tributos (…) no mesmo exercício finan-
ceiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou.
e) Errada.
CF
Art. 150. III, a: Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios (…) instituir impostos sobre (…) patrimônio, renda
ou serviços, uns dos outros.
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Letra a.
Dispõe o CF, art. 150:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Es-
tados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI – instituir impostos sobre:
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou li-
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Letra a.
Quando a Constituição submete o gozo da imunidade ao atendimento dos requisitos legais,
as condições materiais para o gozo da imunidade estão sob reserva de lei complementar,
por força do art. 146, II, da CF. Apenas os requisitos formais de constituição e funcionamento
dos entes imunes, como a ostentação de certificados, é que podem ser estabelecidos por lei
ordinária.
O art. 14 do CTN regula a matéria em nível de lei complementar, impondo-se a observância
das condições que estabelece: a) aplicação de todos os recursos na manutenção dos seus
objetivos institucionais no País; b) manutenção de escrituração regular; e c) não distribuição
de lucro.
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Letra b.
a) Errada.
A imunidade prevista no art. 150, VI, b, CF, deve abranger não somente os prédios desti-
nados ao culto, mas, também, o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as
finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas [STF. RE 325.822].
b) Certa. “Os cemitérios que consubstanciam extensões de entidades de cunho religioso es-
tão abrangidos pela garantia contemplada no art. 150 da Constituição do Brasil. Impossibili-
dade da incidência de IPTU em relação a eles” [STF. RE 578.562].
c) Errada. “A imunidade tributária conferida pelo art. 150, VI, b, é restrita aos templos de qual-
quer culto religioso, não se aplicando à maçonaria, em cujas lojas não se professa qualquer
religião” [STF. RE 562.351].
d) Errada. “Os cemitérios, que consubstanciam extensões de entidades de cunho religioso,
estão abrangidos pela garantia contemplada no art. 150 da Constituição do Brasil. Impossi-
bilidade da incidência de IPTU em relação a eles” [STF. RE 578.562].
Letra c.
Há casos em que o ente tributante, mediante a Lei, isenta determinada renda da tributação: o
portador de neoplasia maligna não para imposto sobre a renda (art. 6º, XIV, Lei n. 7.713/1988),
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por exemplo. Ou seja, ao dosar a tributação efetiva, o ente tributante pode optar por isentar
determinada faixa de valores ou determinado grupo de contribuintes.
Veja o “andar” (o estágio) em que isso ocorre. A Constituição deu a medida da tributação,
ao outorgar a competência e firmar a incompetência (imunidades); em nível infralegal, já
quando do exercício da competência recebida, o ente tributante pode isentar determinada
parte daquilo que foi autorizado ser tributado (no meu exemplo, foi autorizada a tributação
sobre a “renda”).
Portanto, a imunidade é norma (determinação) do Constituinte, contida no desenho tributário
da CF; a isenção é norma do legislador, veiculada em Lei complementar ou ordinária, contida
na avaliação da capacidade contributiva, conveniência e justiça tributária em concreto.
Letra a.
A imunidade tributária constante do art. 150, VI, “d”, da Constituição Federal (CF), aplica-se
ao livro eletrônico (“e-book”), inclusive aos suportes exclusivamente utilizados para fixá-lo.
STF. Plenário. RE 330817/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 8/3/2017 (repercussão geral)
(Info 856). A imunidade da alínea “d” do inciso VI do art. 150 da CF/1988 alcança componen-
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tes eletrônicos destinados, exclusivamente, a integrar unidade didática com fascículos. STF.
Plenário. RE 595676/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 8/3/2017 (repercussão geral)
(Info 856).
Letra a.
Preste atenção na comparação entre as imunidades abaixo. As entidades de assistência so-
cial estão em ambos dispositivos, mas as entidades de educação somente são imunes aos
impostos.
CF
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Es-
tados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI – instituir IMPOSTOS sobre:
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades
sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrati-
vos, atendidos os requisitos da lei;
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
(…)
§ 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência
social que atendam às exigências estabelecidas em lei.
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Letra b.
a) Certa. SÚMULA VINCULANTE N. 28: É inconstitucional a exigência de depósito prévio como
requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de
crédito tributário.
b) Errada. SÚMULA VINCULANTE N. 52:
c) Certa. SÚMULA VINCULANTE N. 50: Norma legal que altera o prazo de recolhimento de
obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade.
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d) Certa.
e) Certa. A imunidade tributária constante do art. 150, VI, “d”, da Constituição Federal (CF),
aplica-se ao livro eletrônico (“e-book”), inclusive aos suportes exclusivamente utilizados para
fixá-lo. (STF. Plenário. RE 330817/RJ).
Certo.
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IV – É vedado aos Municípios instituir impostos sobre a renda das autarquias instituídas
e mantidas pelos Estados vinculados a suas finalidades essenciais e às delas decor-
rentes.
Letra a.
Assertiva I – Certa:
Art. 150.
§ 2º A vedação do inciso VI, “a”, é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas
pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas fina-
lidades essenciais ou às delas decorrentes.
Assertiva II – A ideia de “apenas” torna a assertiva incorreta. Além disso, a assertiva está in-
completa ao restringir a imunidade “apenas” aos Municípios.
Assertiva III – O Estado não institui imposto sobre a renda, cuja competência é da União.
Assertiva IV – Município não institui imposto sobre a renda (IR), cuja competência é da União.
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Letra c.
I – Certa: conforme jurisprudência do STF colacionada no corpo de nossa aula, o entendi-
mento pacífico é de que, embora a Constituição use as terminologias “isentas” ou “não inci-
dirão”, será sempre o caso de imunidade.
II – Errada: a imunidade recíproca só alcança os impostos.
III – Certa: as imunidades só alcançam os contribuintes de direito, e não os contribuintes
de fato.
IV – Errada: quando a Constituição submete o gozo da imunidade ao atendimento dos re-
quisitos legais, as condições materiais para o gozo da imunidade estão sob reserva de lei
complementar, por força do art. 146, II, da CF. Apenas os requisitos formais de constituição e
funcionamento dos entes imunes, como a ostentação de certificados, é que podem ser esta-
belecidos por lei ordinária. O erro está na palavra “inteiramente”.
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Errado.
CF
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Es-
tados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI – instituir IMPOSTOS sobre:
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades
sindicais dos trabalhadores, das INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO e de assistência social, sem fins
lucrativos, atendidos os requisitos em lei;
Errado.
Em alguns casos, poderá ser extensiva, como é o caso dos CORREIOS.
Errado.
Isenção e alíquota zero são considerados benefícios ou favores fiscais, promovidos pelo Le-
gislador. A imunidade é uma delimitação constitucional da competência tributária; não é favor
legislativo, mas valor constitucional.
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prestados tenha adquirido um prédio para instalação de sua administração no DF, julgue os
itens que se seguem, relativos a essa situação hipotética, à competência tributária e às regras
de limitação dessa competência.
Caso o prédio em questão seja vendido para uma pessoa física, essa operação ficará sujeita
ao pagamento de ITBI, uma vez que a limitação do poder de tributar não mais se aplicará.
Certo.
Súmula n. 75/STF: sendo vendedora uma autarquia, a sua imunidade fiscal não compreende
o imposto de transmissão inter vivos, que é encargo do comprador.
CF
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Es-
tados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
§ 3º – As vedações do inciso VI, “a”, [imunidade recíproca dos entes políticos] e do parágrafo
anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração de
atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que
haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente
comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel.
Letra d.
a) Errada. As imunidades tributárias têm previsão infraconstitucional.
b) Errada. A anistia e a isenção decorrem da lei, não da CF.
c) Errada. A anistia abrange infrações cometidas anteriormente a Lei que a instituiu.
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CTN
Art. 180. A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei
que a concede, não se aplicando: (…).
d) Certa.
CF
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Es-
tados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (…) IV – utilizar tributo com efeito de confisco;
e) Errada.
CTN
Art. 176. A isenção, ainda quando prevista em contrato, é sempre decorrente de lei que especifique
as condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo caso,
o prazo de sua duração. Parágrafo único. A isenção pode ser restrita a determinada região do ter-
ritório da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares.
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Letra a.
a) Errada.
b) Certa.
c) Certa. A imunidade tributária recíproca não exonera o sucessor das obrigações tributárias
relativas aos fatos jurídicos tributários ocorridos antes da sucessão (STF, RE 599176).
d) Certa.
CF
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Es-
tados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (…) VI – instituir impostos sobre: (…).
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Letra d.
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e) aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos sobre fonogramas e
videofonogramas musicais produzidos no Brasil, contendo obras musicais ou literomusicais
de autores brasileiros ou do Mercosul, inclusive em relação à etapa de replicação industrial de
mídias magnéticas ou ópticas, de leitura digital ou a laser.
Letra d.
a) Errada.
CF
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Es-
tados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (…) II – instituir tratamento desigual entre contribuintes
que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação
profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendi-
mentos, títulos ou direitos;
b) Errada. Não existe qualquer vedação à instituição de tributo com finalidade exclusivamente
arrecadatória.
c) Errada.
CF
Art. 151. É vedado à União: (…) I – instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacio-
nal ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Municí-
pio, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o
equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País;
d) Certa.
CF
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Es-
tados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (…) § 6º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base
de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou
contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que
regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribui-
ção, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2º, XII, g.
e) Errada.
CF
Art. 150. (…) VI – instituir impostos sobre: (…) e) fonogramas e videofonogramas musicais produ-
zidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em
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geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais
que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.
Letra b.
Assertiva I.
Assertiva II. De acordo com a jurisprudência do STF, “as empresas públicas e sociedades
de economia mista prestadoras de serviço público de prestação obrigatória e exclusiva do
Estado são abrangidas pela imunidade tributária recíproca prevista no art. 150, VI, a, da CF”
(AC-QO 1.851/RO, DJ 01/08/2008).
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Assertiva III.
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Letra a.
CF
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Es-
tados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
[…]
VI – instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades
sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrati-
vos, atendidos os requisitos da lei;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou li-
teromusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem
como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação
industrial de mídias ópticas de leitura a laser
§ 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V;
e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II,
III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I.
§ 2º A vedação do inciso VI, “a”, é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas
pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas fina-
lidades essenciais ou às delas decorrentes. [Alternativas A e C]
§ 3º As vedações do inciso VI, “a”, e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e
aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas apli-
cáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou
tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativa-
mente ao bem imóvel. [Alternativas B e E]
§ 4º As vedações expressas no inciso VI, alíneas “b” e “c”, compreendem somente o patrimônio,
a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas menciona-
das. [Alternativa D]
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Certo.
Sim. Especificamente as imunidades tributárias recíprocas representam salvaguarda ao prin-
cípio federativo, de modo a proteger o patrimônio dos entes políticos da tributação.
Letra d.
CF
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: (…) II – transmissão “inter vivos”,
a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos
reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; (…) § 2º
O imposto previsto no inciso II: (…) I – não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorpo-
rados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens
ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nes-
ses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos,
locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil;
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Letra a.
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Letra b.
Há casos em que o ente tributante, mediante a Lei, isenta determinada renda da tributação: o
portador de neoplasia maligna não paga imposto sobre a renda (art. 6º, XIV, Lei n. 7.713/1988),
por exemplo. Ou seja, ao dosar a tributação efetiva, o ente tributante pode optar por isentar
determinada faixa de valores ou determinado grupo de contribuintes.
Veja o “andar” (o estágio) em que isso ocorre. A Constituição deu a medida da tributação,
ao outorgar a competência e firmar a incompetência (imunidades); em nível infralegal, já
quando do exercício da competência recebida, o ente tributante pode isentar determinada
parte daquilo que foi autorizado ser tributado (no meu exemplo, foi autorizada a tributação
sobre a “renda”).
Portanto, a imunidade é norma (determinação) do Constituinte, contida no desenho tributário
da CF; a isenção é norma do legislador, veiculada em Lei complementar ou ordinária, contida
na avaliação da capacidade contributiva, conveniência e justiça tributária em concreto.
Errado.
Súmula Vinculante n. 52: Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imó-
vel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição Fede-
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ral, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades
foram constituídas.
Certo.
Súmula n. 730 do STF:
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impressão destes, além de livros, jornais e revistas eletrônicos, que também são abrangidos
pela imunidade.
d) A Editora Sapiens S.A. possui imunidade tributária prevista na legislação infraconstitucio-
nal, referente tão somente aos livros, jornais e periódicos e no que tange aos materiais desti-
nados à impressão.
e) A Editora Sapiens S.A. possui imunidade tributária estabelecida na Constituição Federal,
prevendo inclusive a desobrigação do pagamento de impostos como IRPJ (Imposto de Renda
de Pessoa Jurídica) e CSL (Contribuição Social sobre o Lucro), incidentes sobre o lucro da
empresa.
Letra c.
a) Errada. A imunidade cultural é objetiva, não alcançando a pessoa da editora.
b) Errada. Não se trata de isenção. A questão aborda a aplicabilidade de uma imunidade cons-
titucional. De todo modo, a alternativa B reproduz o erro da A.
c) Certa. A imunidade é objetiva, sobre coisas.
d) Errada. Imunidade é norma constitucional.
e) Errada. Mesmo erro das alternativas incorretas. A imunidade é OBJETIVA, não favorecendo
o patrimônio pessoal da editora (subjetiva).
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Letra c.
Prestar atenção! Todo e qualquer decote na possibilidade de instituição de tributos, desde
contida na Constituição Federal, recebe o nome de imunidade constitucional.
CF/1988
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
II – transmissão “inter vivos”, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou
acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direi-
tos a sua aquisição;
§ 2º O imposto previsto no inciso II:
I – não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa ju-
rídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão,
incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade prepon-
derante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou
arrendamento mercantil;
Letra a.
CF
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Es-
tados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI – instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
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d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou li-
teromusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem
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pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas fina-
lidades essenciais ou às delas decorrentes.
Letra d.
a) Errada. A imunidade tributária recíproca alcança apenas os impostos:
CF
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Es-
tados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I – instituir impostos sobre: a) patrimônio, renda ou
serviços, uns dos outros;
b) Errada. A imunidade tributária que se aplica a entidades de assistência social sem fins lu-
crativos é condicionada aos requisitos da lei:
CF
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Art. 150. VI – instituir impostos sobre: c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, in-
clusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e
de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
c) Errada. Há mais entidades e a imunidade também abrange “renda ou serviços”, e não ape-
nas o “patrimônio”:
CF
Art. 150. VI – instituir impostos sobre: c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, in-
clusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e
de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
d) Certa.
CF
Art. 150. VI – instituir impostos sobre: c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, in-
clusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação
e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; (…) § 4º – As vedações
expressas no inciso VI, alíneas “b” e “c”, compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços,
relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.
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Letra b.
a) Errada. A imunidade cultural não impede a cobrança do tributo da espécie taxa, mas ape-
nas se aplica aos impostos.
b) Certa.
CF
Art. 150. § 2º – A vedação do inciso VI, “a”, é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a
suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.
CF
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Es-
tados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI – instituir impostos sobre: (…) c) patrimônio, renda
ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos traba-
lhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os
requisitos da lei;
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Letra d.
a) Errada.
CF
Art. 150. […] é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: II – instituir tra-
tamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer
distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos
b) Errada.
CF
Art. 150. […] é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III – cobrar tri-
butos: a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver
instituído ou aumentado.
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c) Errada.
CF
Art. 150. […] é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III – cobrar tribu-
tos: c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu
ou aumentou, observado o disposto na alínea b.
d) Certa.
CF
Art. 150. […] é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: V – estabelecer
limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais,
ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público.
e) Errada.
CF
Art. 150. […] é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI – instituir im-
postos sobre: e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras
musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas
brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa
de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.
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Letra b.
a) Errada.
O STF decidiu que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT goza de imuni-
dade tributária recíproca mesmo quando realiza o transporte de bens e mercadorias.
Assim, não incide o ICMS sobre o serviço de transporte de bens e mercadorias rea-
lizado pelos Correios. STF. Plenário. RE 627051/PE, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em
12/11/2014 (Info 767).
b) Certa.
c) Errada.
d) Errada.
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e) Errada. Qualquer empresa estatal pode, seguindo os requisitos firmados pela jurisprudên-
cia do STF, gozar de imunidade tributária recíproca. Assim, tanto empresas públicas como
sociedades de economia mista (empresas estatais) eventualmente podem ser alcançadas
pela imunidade.
Errado.
CF
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Es-
tados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (…) VI – instituir impostos sobre: (…) a) patrimônio,
renda ou serviços, uns dos outros;
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c) são imunes ao Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), mesmo quando alugados a ter-
ceiros, independentemente se o valor dos aluguéis é ou não aplicado nas atividades para as
quais tais entidades foram constituídas.
d) não são imunes ao Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), caso aluguem a terceiros,
independentemente se o valor dos aluguéis é ou não aplicado nas atividades para as quais
tais entidades foram constituídas.
e) são imunes ao Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), mesmo quando alugados a ter-
ceiros, e o valor dos aluguéis não é aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram
constituídas.
Letra a.
Súmula Vinculante n. 52:
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Letra c.
a) Errada.
b) Errada.
CF
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Es-
tados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III – cobrar tributos: b) no mesmo exercício financeiro
em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
c) Certa.
d) Errada.
e) Errada.
CTN
Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre: II – outorga de isen-
ção [e não imunidades];
Letra d.
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Imunidade Isenção
Escolha protetiva constitucional, conforme um valor Dosagem da capacidade contribuinte ou de conveni-
eleito como digno de estímulo ou salvaguarda. ência de uma política tributária.
Delimitação constitucional da competência tributária
Benefício fiscal.
– Limitação ao Poder de Tributar.
Benefício legal – classificado como causa de exclusão
Sede constitucional.
do crédito tributário, pelo art. 175 do CTN.
Errado.
A imunidade é quanto aos IMPOSTOS, apenas.
CF
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Es-
tados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI – instituir impostos sobre: b) templos de qualquer
culto;
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d) vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir tributo que não
seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em re-
lação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, não admitida a
concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento so-
cioeconômico entre as diferentes regiões do País.
e) permitido à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos so-
bre fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais
ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasi-
leiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa
de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.
Letra b.
a) Errada.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Es-
tados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (…) II – instituir tratamento desigual entre contribuintes
que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação
profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendi-
mentos, títulos ou direitos;
b) Certa.
CF
Art. 150. V: Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado a União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: V– estabelecer limitações ao tráfego de pessoas
ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio
pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público.
c) Errada.
CF
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Es-
tados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III – Cobrar tributos: a) em relação a fatos geradores
ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;
d) Errada.
CF
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Art. 151. É vedado à União: I – instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional
ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município,
em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equi-
líbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País”
e) Errada.
CF
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Es-
tados, ao Distrito Federal e aos Municípios: e) fonogramas e videofonogramas musicais produ-
zidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em
geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais
que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.
Letra a.
a) Certa.
CRF/1988
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Es-
tados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (…) VI – instituir impostos sobre: (…) a) patrimônio,
renda ou serviços, uns dos outros;
b) Errada.
CRF/1988
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Es-
tados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (…) V – estabelecer limitações ao tráfego de pessoas
ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio
pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público;
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c) Errada.
CRF/1988
Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributá-
ria entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.
d) Errada.
Art. 151. É vedado à União: (…) III – instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do
Distrito Federal ou dos Municípios.
e) Errada.
Art. 151. É vedado à União: (…) I – instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacio-
nal ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Municí-
pio, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o
equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País.
Letra d.
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§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste
artigo: (…) I – não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; (…).
Letra d.
I. Certa.
A imunidade recíproca, prevista no art. 150, VI, “a”, da Constituição Federal, não se
estende à empresa privada arrendatária de imóvel público, quando seja ela exploradora
de atividade econômica com fins lucrativos. Nessa hipótese é constitucional a cobrança
do IPTU pelo Município. Ex.: a União, proprietária de um grande terreno localizado no
Porto de Santos, arrendou este imóvel para a Petrobras (sociedade de economia mista),
que utiliza o local para armazenar combustíveis. Antes do arrendamento, a União não
pagava IPTU com relação a este imóvel em virtude da imunidade tributária recíproca.
Depois que houve o arrendamento, a Petrobras passa a ter de pagar o imposto. STF. Ple-
nário. RE 594015/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 6/4/2017.
II. Certa.
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III. Errada.
A imunidade tributária constante do art. 150, VI, “d”, da Constituição Federal (CF), aplica-
-se ao livro eletrônico (“e-book”), inclusive aos suportes exclusivamente utilizados para
fixá-lo. STF. Plenário. RE 330817/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 8/3/2017.
Certo.
Diante da constatação de que o sujeito passivo, antes reputado imune, jamais deveria
sê-lo, não há óbice que possa impedir a Administração tributária de proferir ato decla-
ratório no sentido de afastar a desoneração. Este ato possui cunho, inequivocamente,
declaratório, na medida em que reconhece situação de direito desde sempre consoli-
dada. Não obstante, cumpre salientar que não existe um direito adquirido a regime tribu-
tário beneficiado. (STF, RE 354.870/RS-AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, Primeira Turma,
julgado em 02/12/2014).
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Certo.
Letra d.
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a) Certa.
CF
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Es-
tados, ao Distrito Federal e aos Municípios III – cobrar tributos: a) em relação a fatos geradores
ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado
b) Certa.
CF
Art. 150. VI – instituir impostos sobre: a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros
c) Certa.
CF
Art. 151. É vedado à União: III – instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Dis-
trito Federal ou dos Municípios.
d) Errada. O IPI é exceção à anterioridade anual, podendo ser cobrado no mesmo exercício em
que houve a majoração de sua alíquota.
e) Certa.
CF
Art. 150. V – estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interes-
taduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas
pelo Poder Público
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bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de
replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.
c) à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer limitações ao tráfe-
go de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a
cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público.
d) à União tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos,
ainda que em níveis inferiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes.
e) aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre
bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.
Letra d.
a) Certa.
CF
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Es-
tados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (…) II – instituir tratamento desigual entre contribuintes
que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação
profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendi-
mentos, títulos ou direitos;
b) Certa.
CF
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Es-
tados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (…) VI – instituir impostos sobre: e) fonogramas e
videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de au-
tores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes
materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias
ópticas de leitura a laser.
c) Certa.
CF
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Es-
tados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (…) V – estabelecer limitações ao tráfego de pessoas
ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio
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d) Errada.
CF
Art. 151. É vedado à União: (…) II – tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos
agentes públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes;
e) Certa.
CF
Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributá-
ria entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino
Letra c.
I. Errada.
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II. Certa.
Súmula Vinculante n. 52: Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o
imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constitui-
ção Federal, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais
tais entidades foram constituídas.
III. Errada.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Es-
tados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI – instituir impostos sobre: a) patrimônio, renda ou
serviços, uns dos outros; § 2º A vedação do inciso VI, “a”, é extensiva às autarquias e às fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços,
vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.
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Letra a.
a) Certa. Trata-se da imunidade religiosa.
b) Errada. Refere-se ao instituto da isenção, quando, em verdade, o instituto é o da imunidade.
c) Errada. Não há nenhuma relação com a imunidade e a territorialidade da tributação.
d) Errada. Refere-se ao instituto da isenção, quando, em verdade, o instituto é o da imunidade.
e) Errada. Refere-se ao instituto da isenção, quando, em verdade, o instituto é o da imunidade.
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