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LIMITAÇÕES AO

PODER DE TRIBUTAR -
REVISÃO OAB
ÍNDICE
1. IMUNIDADE - CARACTERÍSTICAS GERAIS....................................................................3
Conceito.................................................................................................................................................................................... 3
Diferença entre Isenção e Imunidade tributária ..................................................................................................... 3

2. IMUNIDADE RECÍPROCA...................................................................................................5

3. IMUNIDADE RELIGIOSA..................................................................................................... 7

4. IMUNIDADE CONDICIONAL...............................................................................................9

5. IMUNIDADE DE IMPRENSA..............................................................................................10
Conceito e Previsão Legal............................................................................................................................................... 10

6. IMUNIDADE MUSICAL......................................................................................................12
Previsão Legal.......................................................................................................................................................................12
Requisitos ...........................................................................................................................................................................12
1. Imunidade - Características Gerais
Conceito
Imunidade Tributária é uma das principais limitações do poder de tributar dos entes públicos.
Trata-se de uma vedação de cobrança de impostos, consagrada na Constituição Federal em
seu art. 150, Inciso VI:

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios:

(...)

VI - instituir impostos sobre:

a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;

b) templos de qualquer culto;

c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos
trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos
da lei;

d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.

e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de


autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou
arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.

A imunidade tributária é uma das limitações do poder de tributar dos Estados, preceituada
na Constituição Federal visando proteger o contribuinte e resguardar direitos e princípios
fundamentais do cidadão e da Administração Pública, evitando desvantagens e eventuais
excessos de poder.

Diferença entre Isenção e Imunidade tributária


Pintou a dúvida? Vamos explicar resumidamente a diferença entre eles:

ISENÇÃO
Trata-se de uma dispensa infraconstitucional de pagamento de determinado tributo - ou
seja, tem caráter mutável e é passível de validade. Um exemplo: Isenção de imposto de renda
para pessoas que aufiram determinado valor por ano. Essa condição costuma ser revisada
periodicamente (a última alteração que tivemos na tabela do Imposto de Renda foi em 2015)
e pode ser alterada ou revogada. Além disso, o fato gerador do tributo existe, apenas não se
convalida.

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IMUNIDADE
Trata-se de um preceito constitucional, imutável por consequência. Por se tratar de cláusula
pétrea, não poderá ser alterado. Além disso, o fato gerador do tributo não ocorre, nem se
convalida.

A imunidade tributária vale para outros tributos além de impostos? Considerando a


origem da imunidade tributária, que é única e exclusivamente constitucional, percebemos
que ela não se estende aos demais tributos. Quaisquer benefícios/isenções concedido à
outros tributos (taxas ou contribuições) serão tratados por normas infralegais (se tratando de
isenção, e não imunidade).

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2. Imunidade Recíproca
A imunidade recíproca representa a impossibilidade de cobrança de imposto dos entes
federativos entre si:

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios:

(...)

VI - instituir impostos sobre:

a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;

Na prática, nenhum ente federativo poderá cobrar o imposto que lhe compete quando o fato
gerador surja de um estado ou município. Um exemplo: A Prefeitura de São Paulo possui
veículos de transporte de funcionários.

Pergunta-se: O Estado poderá cobrar IPVA da Prefeitura de São Paulo? Não, em obediência
à imunidade recíproca prevista na Constituição Federal. Da mesma forma, o Município de
São Paulo não poderá cobrar o IPTU (tributo de competência dos Municípios) dos imóveis de
propriedade do Estado. Verificamos, neste momento, que a limitação do poder de tributar faz
com que um Estado deixe de exercer seu poder (ou competência tributária) por obediência a
este princípio.

A imunidade tributária estende-se às autarquias? Sim, a imunidade tributária também


se estende às autarquias e fundações mantidas pelo poder público, conforme redação do
parágrafo 2º do art. 150, inciso VI da CF.

Ainda, podemos notar que essa isenção não vale para aquelas empresas que exploram
atividades econômicas e estão sob a égide de normas de empreendimentos privados
(exemplo: empresa concessionária de energia elétrica) e ao promitente comprador de imóvel
de propriedade de ente público (ao particular NÃO se estenderá a imunidade de IPTU ou ITBI,
por exemplo).

Vejamos a redação dos parágrafos:

Art. 150 (...)

§ 2º - A vedação do inciso VI, “a”, é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às
delas decorrentes.

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§ 3º - As vedações do inciso VI, “a”, e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços,
relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos
privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o
promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel.

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3. Imunidade Religiosa
A imunidade religiosa, prevista na alínea b do inciso VI, proíbe a tributação de “templos de
qualquer culto”. Tal imunidade existe para preservar e promover a liberdade de crença, fazendo
com que todas as religiões consigam exercer suas atividades de forma não onerosa e livre.
Lembrando que o Brasil é um país laico e o princípio de liberdade religiosa está consagrado
no art. 5º, inciso VI da Constituição Federal.

Tal imunidade estende-se somente às finalidades essenciais: patrimônio, renda e serviços.


Ou seja, valerá para o imóvel onde ocorrem as práticas religiosas e também a serviços ou
auferimentos de receitas para funcionamento do templo, por exemplo.

A imunidade é só para onde o culto é exercido? Negativo! O Supremo Tribunal Federal, em


recente julgado onde a discussão pairava sobre a possibilidade de cobrança de Impostos
em imóvel de propriedade de uma igreja alugado para terceiro, entendeu que a imunidade
tributária também deveria alcançar este:

Recurso extraordinário. 2. Imunidade tributária de templos de qualquer culto. Vedação de instituição de impostos
sobre o patrimônio, renda e serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades. Artigo 150, VI, b e
§ 4º, da Constituição. 3. Instituição religiosa. IPTU sobre imóveis de sua propriedade que se encontram alugados.
4. A imunidade prevista no art. 150, VI, b, CF, deve abranger não somente os prédios destinados ao culto, mas,
também, o patrimônio, a renda e os serviços “relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas
mencionadas”. 5. O § 4º do dispositivo constitucional serve de vetor interpretativo das alíneas b e c do inciso VI do
art. 150 da Constituição Federal. Equiparação entre as hipóteses das alíneas referidas. 6. Recurso extraordinário
provido. (STF - RE: 325822 SP, Relator: ILMAR GALVÃO, Data de Julgamento: 18/12/2002, Tribunal Pleno, Data
de Publicação: DJ 14-05-2004 PP-00033 EMENT VOL-02151-02 PP- 00246)

Entretanto, tal imunidade somente alcançará aquelas atividades vinculadas ao culto e sua
promoção/execução, conforme previsão do § 4:

“as vedações expressas no inciso VI, alíneas b e c, compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços,
relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas”

O estacionamento de uma igreja, a venda de ‘santinhos’ ou brindes, por exemplo, NÃO serão
imunes ao pagamento de ISS - Imposto Sobre Serviços, IPTU, ou ICMS - Imposto de Circulação
de Mercadorias e Serviços.

Um caso interessante é sobre o entendimento do STF contrário à imunidade tributária de


uma loja maçônica. Os ministros consideraram que a maçonaria é algo mais próximo de uma
‘associação’ de interesses do que a reunião para prática de uma religião. Vejamos um recorte
do voto do Relator do Recurso Extraordinário em questão:

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“As liberdades, como é sabido, devem ser interpretadas de forma extensiva, para que o Estado não crie qualquer
óbice à manifestação de consciência, como é o caso sob exame, porém, às imunidades deve ser dado tratamento
diametralmente oposto, ou seja, restritivo. Nessa linha, penso que, quando a Constituição conferiu imunidade
tributária aos “templos de qualquer culto”, este benefício fiscal está circunscrito aos cultos religiosos.”

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4. Imunidade Condicional
A imunidade condicional é destinada a partidos políticos, entidades sindicais, instituições
de educação e de assistência desde que atendidos os requisitos legais. É chamada de
‘condicional’ pois exige o cumprimento de condições previstas em lei para que a imunidade
exista.

Um exemplo disto é a previsão de imunidade às entidades de educação e assistência social,


que deverão cumprir os requisitos previstos no art. 14 do Código Tributário Nacional:

Art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º é subordinado à observância dos seguintes requisitos
pelas entidades nele referidas:

I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; (Redação dada pela
Lcp nº 104, de 2001)

II - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais;

III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de
assegurar sua exatidão.

§ 1º Na falta de cumprimento do disposto neste artigo, ou no § 1º do artigo 9º, a autoridade competente pode
suspender a aplicação do benefício.

§ 2º Os serviços a que se refere a alínea c do inciso IV do artigo 9º são exclusivamente, os diretamente


relacionados com os objetivos institucionais das entidades de que trata este artigo, previstos nos respectivos
estatutos ou atos constitutivos.

Tal imunidade representa a promoção de direitos políticos, educacionais, assistenciais e de


educação, visando preservar o pluralismo político e fomentar a ordem social.

• Partidos políticos: A imunidade estende-se ao patrimônio, renda e serviços que subsistam para
as finalidades essenciais, além de valer para as suas fundações. Essa imunidade é importante e existe
para garantia do exercício igualitário do regime democrático por meio de representação de interesses
nos partidos políticos, bem como a proteção da difusão da ideologia política dos partidos por meio de
suas fundações.
• Entidades sindicais: A imunidade tributária só valerá para sindicatos de trabalhadores, e não para
patronais, em razão da redação restritiva do art.150, inciso VI, alínea ‘c’ (“inclusive suas fundações, das
entidades sindicais dos trabalhadores”).
• Entidades educacionais: Às entidades educacionais e assistenciais, só serão imunes àquelas
que não possuam fins lucrativos. Ou seja, todo valor que entrar a título de mensalidade, por exemplo,
deverá ser comprovadamente reinvestido para a manutenção da instituição. Além disso, é vedada a
distribuição de lucro aos sócios, conforme regência do Art. 14, inciso I do CTN.

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5. Imunidade de Imprensa
Conceito e Previsão Legal
A imunidade de imprensa é aquela concedida a livros, jornais, periódicos e o papel destinado
a sua impressão.

Esta imunidade é voltada para o meio de transmissão da informação. Ou seja: o item deverá
cumprir sua função social informativa. Visa proteger e promover a liberdade de informação. Ex:
Papel destinado à impressão de jornal, livro ou revista.

Em que pese existam outros itens essenciais à circulação de informações impressas ou não,
essa imunidade não alcança outros recursos que possam ser utilizados, como tinta, cola,
grampo e etc.

Vejamos, nesse sentido, o entendimento do STF:

“ICMS. Tinta para impressão de livros, jornais, revistas e periódicos. Não ocorrência de imunidade tributária.
- Esta Corte já firmou entendimento (a titulo exemplificativo, nos RREE 190.761, 174.476, 203.859, 204.234,
178.863 e 267.690) de que apenas os materiais relacionados com o papel - assim, papel fotográfico, inclusive
para fotocomposição por laser, filmes fotográficos, sensibilizados, não impressionados, para imagens
monocromáticas e papel para telefoto - estão abrangidos pela imunidade tributária prevista no art. 150, VI, d, da
Constituição.- No caso, trata-se de tinta para impressão de livros, jornais, revistas e periódicos, razão por que
o acórdão recorrido, por ter esse insumo como abrangido pela referida imunidade, e, portanto, imune ao ICMS,
divergiu da jurisprudência desta Corte. Recurso Extraordinário conhecido e provido.”

Nesse caso, a Corte fez questão de ressaltar que outros insumos não podem ser abrangidos.

IMPOSTOS SOBRE BENS, SERVIÇOS E PATRIMÔNIO RELACIONADOS À ATIVIDADE


A imunidade tributária de impressão NÃO alcança bens, serviços e patrimônio da empresa
que produz jornais, periódicos, livros ou etc. Desta forma, não estão isentas do pagamento
de imposto de renda sobre os lucros que auferirem; não estão isentas de IPTU sobre o imóvel
de sua propriedade; não estão isentas de ITBI quando adquirem imóveis nem isentos do
IPVA motor do veículo. Estão isentos apenas do imposto que recai sobre os seus negócios na
produção e venda de livros, jornais e periódicos.

ABRANGÊNCIA
O STF entendeu que a imunidade também pode alcançar álbuns de figurinhas, gibis, apostilas,
livros técnicos e listas telefônicas, além de e-books e seus suportes (ex: Kindle)

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“ICMS. Tinta para impressão de livros, jornais, revistas e periódicos. Não ocorrência de imunidade tributária. -
Esta Corte já firmou entendimento (a titulo exemplificativo, nos RREE 190.761, 174.476, 203.859, 204.234, 178.863
e 267.690) de que apenas os materiais relacionados com o papel - assim, papel fotográfico, inclusive para
fotocomposição por laser, filmes fotográficos, sensibilizados, não impressionados, para imagens monocromáticas
e papel para telefoto - estão abrangidos pela imunidade tributária prevista no artigo 150, VI, “d”, da Constituição.
- No caso, trata-se de tinta para impressão de livros, jornais, revistas e periódicos, razão por que o acórdão
recorrido, por ter esse insumo como abrangido pela referida imunidade, e, portanto, imune ao ICMS, divergiu da
jurisprudência desta Corte.

Em um caso prático, O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, em uma execução fiscal
entendeu que o álbum e suas respectivas figurinhas de uma novela comercializadas não
poderiam ser consideradas como mecanismo de divulgação cultural ou educacional, mas
apenas como meio propagandístico, que retiraria a imunidade tributária constitucional
publicações e revistas.

A ministra relatora do caso, Ellen Gracie, entendeu que álbum de figurinhas era uma maneira
introdutória de estimular as crianças a lerem e se acostumarem com meios impressos como
livros e jornais e que por isso era necessário e justo ser estendida a imunidade tributária.

“Constitucional. Tributário. Imunidade. Artigo 150, VI, d, Constituição Federal. “Álbum de Figurinhas”.
Admissibilidade. 1. A imunidade tributária sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão
tem por escopo evitar embaraços ao exercício da liberdade de expressão intelectual, artística, cientifica e de
comunicação, bem como facilitar o acesso da população à cultura, à informação e à educação. 2. 0 Constituinte,
ao instituir esta benesse, não fez ressalvas quanto ao valor artístico ou didático, à relevância das informações
divulgadas ou à qualidade cultural de uma publicação. 3. Não cabe ao aplicador da norma constitucional em
tela afastar este benefício fiscal instituído para proteger direito tão importante ao exercício da democracia, por
força de um juízo subjetivo acerca da qualidade cultural ou do valor pedagógico de uma publicação destinada
ao público infanto-juvenil. 4. Recurso extraordinário conhecido e provido. “ ARE 1253322 / SP - SÃO PAULO
- RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA Julgamento: 03/04/2020
Publicação: 07/04/2020

Importante salientar que a imunidade não se estende a smartphones, notebooks e tablets


não, pois, diferente dos e-readers, não tem a única e exclusiva função de leitura.

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6. Imunidade Musical
Previsão Legal
A imunidade musical está prevista na alínea ‘e’ do art. 150, VI:

Art. 150 (...)

VI - (...)

e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de


autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou
arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.

Tal imunidade visa a proteção à cultura, revigoramento do mercado artístico e combate à


pirataria, fazendo com que os custos sejam barateados e impliquem na comercialização com
preços menores, fazendo com que o acesso a este itens seja mais fácil.

Além de música, a imunidade vale para fonogramas ou videogramas, que são arquivos que
contêm música ou vídeos.

Requisitos
Tem que ser produzido no Brasil, de autores brasileiros ou por eles interpretados. Exemplos:

• Música de Anitta, interpretada pela Beyoncé e produzida no Brasil - Imune, pois de autoria de can-
tor brasileiro e produzida no Brasil;
• Música de Beyoncé, interpretada por Anitta e produzida no Brasil - Imune, pois produzida no Brasil,
• Música de Beyoncé, interpretada por Beyoncé e produzida no Brasil - Imune, pois produzida no
Brasil.
• Música de Anitta, interpretada por Anitta, e produzida nos EUA -Não imune, pois não é produzida
no Brasil.

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Limitações ao Poder de
Tributar - Revisão OAB

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