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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

FACULDADE DE DIREITO
COORDENAÇÃO DE GRADUAÇÃO
DISCIPLINA: Direito Tributário

Aluno:
Nome: Amaury Melo
Turma: B

Resumo do Tópico 3 - Sistema tributário Brasileiro

Sistema tributário: conjunto de tributos e de regras jurídicas a eles pertinentes.

Soberania - A soberania tributária é aspecto da soberania, dirigido especificamente ao


campo da tributação, sendo essencial para a existência do Estado, que sem a ajuda
dos tributos não sobrevive. É relacionada com o poder de tributação garantido pela
Constituição Federal como forma de se assegurar a soberania estatal. Ou seja, o Estado tem
o direito legal de exigir dos cidadãos contribuintes p7arcela de seu patrimônio particular
para fins de custeio de suas atividades administrativas estatais.

Classificações do Sistema – Os sistemas tributários subdividem-se em rígidos, nos quais a


Constituição dispõe sobre o completo disciplinamento das normas do sistema; e flexíveis,
nos quais o legislador ordinário dispõe de poder de alteração e criação dos tributos, quando
não há restrições ao exercício da competência tributária pelos sujeitos políticos.
Originariamente O Sistema Tributário Brasileiro é rígido, tendo em vista que as
competências impositivas estão expressamente previstas na Constituição;  sendo fechado,
em face de sua sistematização exigir que as alterações sejam promovidas pelo Poder
Legislativo. Também se classificam como históricos ou racionais. Os sistemas tributários
podem ser classificados de acordo com seu nível de coesão. Sistemas racionais são aqueles
dotados de lógica inaugural e princípios unificadores definidos, vinculantes tanto para sua
aplicação quanto para eventuais reformas a que sejam submetidos. Já os históricos são
aqueles compostos de normas editadas ao longo de anos, sem a observância de elementos
de conexão. Sob a ótica constitucional, os sistemas tributários classificam-se por sua
plasticidade e grau de abstração, podendo ser rígidos ou flexíveis/exaustivos ou
principiológicos.

O sistema gestado em 1988 era racional e rígido, mas se tornou histórico e flexível,
modificável ao sabor dos humores políticos e das necessidades arrecadatórias do Estado,
sem qualquer compromisso com as garantias fundamentais do contribuinte, tampouco com
o princípio federativo.

No Brasil, a Constituição de 1988 (CF/88) abandonou o modelo impositivo então existente


e criou algo novo, dotado de racionalidade inaugural informada pela preocupação com
garantias em favor do contribuinte e equilíbrio entre os entes federados. Paulatinamente, o
conjunto tributário deixou de ostentar os atributos de um sistema, revelando, hoje, um
emaranhado não harmônico de normas tributárias. Pouco a pouco, com a aquiescência da
jurisprudência do STF, a União Federal abusou da edição de medidas provisórias em
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matéria tributária e da criação de contribuições sociais que era verdadeiros impostos. O
mesmo se deu com as taxas,

Competência Tributária - é a aptidão para criar, no plano abstrato, tributos. No Brasil, por
imperativo constitucional, fundado no princípio da legalidade (CF88, artigo 150, I), os
tributos devem ser criados por meio de Lei Ordinária ], a qual deve descrever todos os
elementos essenciais da regra jurídica tributária, a saber: hipótese de incidência, sujeitos
ativo e passivo, base de cálculo e alíquota. Ela se dá no plano internacional, quanto a
critérios de delimitação) e no plano interno, relativamente a técnicas de repartição.

Espécies de competência tributária: A competência tributária pode ser classificada ou


repartida em seis espécies, são elas: privativa (competência tributária conferida
constitucionalmente a determinado ente ), comum (refere-se aos tributos chamados
vinculados, ou seja, taxas e contribuições de melhoria, que por sua natureza são oriundos de
atividades do Estado. Diz-se competência comum em virtude de poder ser exercida pelas
quatro pessoas jurídicas de direito público, União, Estados, o Distrito Federal e os
Municípios), cumulativa (adstringe-se à União e ao Distrito Federal, outorgada a estes pela
Constituição Federal no artigo 147: "Competem à União, em Território Federal, os
impostos estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os
impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais), especial (se
refere à instituição dos empréstimos compulsórios e contribuições especiais, previstos nos
artigos 148 e 149 da Constituição Federal respectivamente), residual (surge da
possibilidade dada pelo constituinte originário à União de instituir imposto diverso dos já
existentes e previstos na Constituição Federal, tal competência encontra endosso no artigo
154, I) e extraordinária (é o poder outorgado à União para instituir o imposto
extraordinário de guerra (IEG), por meio de lei ordinária, consoante disposto no art. 154,
II,).

Capacidade tributária ativa - aptidão para figurar no pólo ativo da relação jurídico-
tributária.

Distribuição de receitas tributárias - cabe a União repassar parte de suas receitas para os
Estados e Distrito Federal e a União ou Estados efetuar o repasse aos Municípios.

Princípios constitucionais tributários - Princípio da legalidade (Art. 150 I), Princípio da


isonomia (Art. 150 II), Princípio da capacidade contributiva (Art. 145 §1º), Princípio da
vedação ao confisco (Art. 150 IV), Princípio da irretroatividade (Art. 150 III a), Princípio
da anterioridade (Art. 150 III b e Art. 150 III c), Princípio da uniformidade geográfica (Art.
151 I), Princípio da liberdade de tráfego (Art. 150 V), Princípio da transparência (art. 150
§5º), Princípio da não cumulatividade (Art. 153 §3º II e Art. 155 §2º I) e Princípio da
seletividade (Art. 153 §3º I e Art. 155 §2º III).

Exonerações tributárias: limitações constitucionais ou infraconstitucionais ao alcance do


tributo. Incidência, não-incidência, isenção, anistia, remissão, imunidades (genéricas e
específicas)

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