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DIREITO

TRIBUTÁRIO
Obrigação Tributária

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
DIREITO TRIBUTÁRIO
Obrigação Tributária

Sumário
Obrigação Tributária.................................................................................................................. 3
1. Obrigação Tributária. . ............................................................................................................. 3
1.1. Hipótese de Incidência Tributária e Fato Gerador.......................................................... 3
1.2. Obrigação Tributária Propriamente Dita......................................................................... 5
1.3. Aspecto Temporal.............................................................................................................. 12
2. Elisão, Evasão e Elusão Fiscal. . .......................................................................................... 16
3. Sujeitos: Ativo e Passivo..................................................................................................... 19
3.1. Sujeito Ativo........................................................................................................................ 19
3.2. Sujeito Passivo.. ................................................................................................................. 21
4. Jurisprudência Selecionada. . .............................................................................................. 31
5. Doutrina Selecionada. . ........................................................................................................ 34
Resumo....................................................................................................................................... 37
Questões Comentadas em Aula.. ........................................................................................... 40
Questões de Concursos.......................................................................................................... 45
Gabarito..................................................................................................................................... 68

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Obrigação Tributária

OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
1. Obrigação Tributária
1.1. Hipótese de Incidência Tributária e Fato Gerador
O Código Tributário Nacional – CTN prevê as normas gerais relativas à matéria tributária,
e, em seus arts. 113 a 117, dispõe sobre as peculiaridades do fato gerador da obrigação de
pagar tributo e multa – obrigação principal, e do fato gerador da obrigação de praticar atos que
auxiliem a Fazenda Pública na arrecadação e na fiscalização tributária – obrigação acessória.
Nesse sentido, o art. 113 do CTN afirma que há 2 (dois) tipos de obrigações tributárias:
principal e acessória.

Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.

Elas surgem em razão da prática do fato gerador das referidas obrigações, conforme pre-
visão legal.
No que se refere à obrigação principal, segundo a dicção do art. 114, o “fato gerador da
obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência”.
Assim, o “fato gerador” da obrigação principal é uma:

a) situação que se relaciona a um fato ou a um conjunto de fatos;


b) situação definida em lei, sujeita ao Princípio da Reserva Legal;
c) situação necessária, de modo que sem o acontecimento da situação prevista em lei não nasce
a obrigação tributária;
d) situação suficiente, de forma que basta ocorrer a situação para o surgimento da obrigação tri-
butária.

O que isso quer dizer é o seguinte: há uma situação prevista em lei que descreve quando
deverá ser pago tributo ou penalidade pecuniária.
Na ciência do Direito essa situação é abstrata e deve ser considerada como “hipótese de
incidência tributária”.
Caso uma pessoa pratique o fato descrito como hipótese de incidência tributária, consta-
ta-se o fenômeno da subsunção tributária e o consequente surgimento da obrigação tributária
de pagar tributo ou penalidade pecuniária.
Nesse momento, é estabelecido o vínculo obrigacional entre o sujeito passivo (devedor) e
o sujeito ativo (credor) do crédito tributário.

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Em síntese, quando a previsão hipotética se realiza na vida real, isto é, no mundo dos fa-
tos, ocorre o “fato gerador”.
É por isso que grande parte da doutrina entende que o termo “fato gerador” imposto pelo
CTN não é muito adequado para definir, abstratamente, as situações necessárias e suficientes
para o nascimento da obrigação tributária.
Os doutrinadores entendem que o Código teria sido mais feliz se, em vez de ter utilizado o
termo “fato gerador” para as situações em abstrato, tivesse se valido da expressão “hipótese
de incidência”, em atenção à real ordem dos eventos que ensejam a obrigação tributária:

Feitas as devidas considerações, para a sua prova o que importa é você saber que o CTN
usa o termo “fato gerador” em duas acepções:

I – para se referir ao que a doutrina denomina de “hipótese de incidência”; e


II – para se referir ao “fato imponível” ou “fato da vida” que ocorre de forma concreta e acarreta o
surgimento da obrigação tributária.

Assim, utilizando a denominação proposta pela doutrina, podemos dizer que:


• a hipótese de incidência tributária é definida em lei;
• a ocorrência do fato imponível (fato gerador), conforme previsão abstrata, faz nascer a
obrigação tributária principal de pagar tributo e de pagar penalidade pecuniária.

O mesmo raciocínio pode ser utilizado para identificação do surgimento da obrigação


acessória, entretanto essa possui algumas peculiaridades:
• seu “fato gerador” pode ser previsto na legislação tributária (e não somente em lei em
sentido estrito);
• seu “fato gerador” é uma obrigação de fazer ou não fazer;

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• seu “fato gerador” não pode configurar uma obrigação principal.

Veja o artigo do CTN:

Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação
aplicável, impõe a prática ou abstenção de ato que não configure obrigação principal.

Em resumo, a materialização das hipóteses de incidência representa a ocorrência do fato


gerador, o qual faz nascer qualquer uma das espécies de obrigação tributária. Não havendo
fato gerador, não há obrigação tributária.

1.2. Obrigação Tributária Propriamente Dita


Como exposto, as relações jurídico-tributárias nascem a partir do momento em que uma
pessoa pratica o fato previsto em lei, no que se refere à obrigação principal de pagar relativa
à hipótese de incidência de tributo e multa.
No que se refere à obrigação acessória, a relação jurídico-tributária surge a partir do mo-
mento em que uma pessoa pratica fato previsto na legislação que enseja a obrigatoriedade de
realizar ou não atos que auxiliem a Fazenda Pública na fiscalização e arrecadação de tributos.
Em resumo, com a ocorrência do fato gerador surge uma relação obrigacional, em que o
sujeito passivo deve entregar dinheiro ao sujeito ativo, ou em que o sujeito passivo deve fazer
ou não fazer alguma coisa que não seja pagamento do tributo ou de multa.
Ao praticar o referido fato, chamado pelo legislador de fato gerador, nos termos do caput,
art. 113, CTN, nasce:

I – a obrigação tributária principal; e/ou


II – a obrigação tributária acessória.

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001. (CESPE/AUDITOR-FISCAL/SEFAZ-AL/2020) No que se refere a legislação tributária, obri-


gação tributária e crédito tributário, julgue o item que se segue.
A obrigação tributária principal corresponde a uma prestação pecuniária que tenha como
objeto o pagamento de tributo ou de multa por descumprimento da legislação tributária e,
diferentemente da obrigação acessória, submete-se à reserva de lei em sentido formal.

A obrigação tributária principal refere-se à obrigação de pagar tributo ou multa, em atenção


à previsão legal, pois essa é matéria reservada à lei em sentido formal, conforme § 1º do art.
113 do CTN.

Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.


§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de
tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
Já a obrigação acessória, refere-se à obrigação de cumprir prestações não pecuniárias (posi-
tivas ou negativas) que auxiliem na fiscalização ou na arrecadação tributária, conforme § 2º
do art. 113 do CTN.

§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positi-
vas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
Como se vê, a obrigação acessória decorre da legislação tributária, razão pela qual ela não se
submete à reserva de lei em sentido formal, pois pode ser objeto de diversas espécies legislativas.
Certo.

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002. (ESAF/ANALISTA TÉCNICO DE POLÍTICAS SOCIAIS/MPOG/2012) Avalie os itens a seguir


e assinale a opção correta.
I – A relação jurídico-tributária é, por excelência, uma relação obrigacional, correspon-
dendo a um vínculo entre o Estado (sujeito ativo), e as pessoas físicas ou jurídicas
(sujeitos passivos) obrigadas ao pagamento de tributo ou penalidade.
II – As multas e os juros, bem como o respectivo crédito são considerados como obriga-
ção tributária acessória.
III – As obrigações principais existem no interesse da fiscalização ou arrecadação de tribu-
tos e decorrem da legislação tributária.

a) Somente os itens I e II estão corretos.


b) Os itens I, II e III estão corretos.
c) Somente os itens II e III estão corretos.
d) Somente os itens I e III estão corretos.
e) Somente o item I está correto.

I – Certo. A relação jurídico-tributária é formada no momento da ocorrência do fato gerador.


Na ocasião, surge a obrigação tributária, razão pela qual se pode afirmar que essa é uma re-
lação obrigacional, em que há um vínculo entre o Estado (sujeito ativo), e as pessoas físicas
ou jurídicas (sujeito passivo).
II – Errado. A obrigação acessória é representada por deveres instrumentais que auxiliem o
Fisco na arrecadação e na fiscalização tributária. A obrigação de pagar multa é uma obriga-
ção tributária principal.
III – Errado. São as obrigações acessórias que existem no interesse da fiscalização ou arre-
cadação de tributos e decorrem da legislação tributária.
Letra e.

003. (FUNDATEC/AUDITOR-FISCAL DE TRIBUTOS MUNICIPAIS/SANTO AUGUSTO-RS/2020)


No que se refere à obrigação tributária principal e à obrigação tributária acessória, indique a
afirmativa INCORRETA.
a) A obrigação acessória tem por objeto as prestações – positivas ou negativas –, nela pre-
vistas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
b) A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação
principal relativamente à penalidade pecuniária.
c) A obrigação principal extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
d) A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador.

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e) A obrigação principal tem por objeto o pagamento do crédito fiscal, desde que este não se
refira à penalidade pecuniária.

a) Certa. Em conformidade com o § 2º art. 113º do CTN:

§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positi-
vas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
b) Certa. Em conformidade com § 3º do art. 113 do CTN. Uma vez descumprida a obrigação
acessória, ela será convertida em obrigação principal.
Considerando que a obrigação principal representa a obrigação de pagar tributo ou pena-
lidade pecuniária, no tocante a essa conversão, afirma-se que ela é principal em relação à
penalidade pecuniária.

§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação


principal relativamente à penalidade pecuniária.
c) Certa. A obrigação principal se extingue juntamente com a extinção do respectivo crédito
tributário:

Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.


§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de
tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
d) Certa. Nos termos do § 1º, art. 113 do CTN.
e) Errada. A obrigação principal refere-se ao pagamento tanto do tributo como da penalidade
pecuniária, nos termos do § 1º, art. 113 do CTN.
Letra e.

A obrigação principal, prevista no § 1º, art. 113, CTN, refere-se à obrigação de pagar (i) o
tributo ou (ii) a penalidade pecuniária, a qual se extingue juntamente com a extinção do cré-
dito tributário que dela decorrer:

§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de
tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.

Quanto à afirmação de que a obrigação principal se extingue com o crédito dela decorren-
te, ela ficará mais clara na aula que iremos estudar as formas de extinção do crédito tributário.
Por ora, saiba que a formalização da exigência do tributo passa por algumas fases, e que o
crédito tributário costuma ser constituído em momento posterior ao surgimento da obrigação
tributária.

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Uma vez extinto o crédito tributário, nos termos do art. 156 do CTN, considera-se extinta
a obrigação de pagar o tributo ou a multa.
No tópico precedente, vimos que o art. 114 do CTN prevê que “o fato gerador da obrigação
principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência”.
Situação necessária, pois a sua ocorrência, conforme previsão legal, é indispensável para
que surja a obrigação, e suficiente, pois o seu acontecimento é o bastante para que surja a
obrigação de pagar tributo ou multa.
Por exemplo, se a lei previr que a propriedade predial e territorial urbana é hipótese de inci-
dência de IPTU, é preciso que haja a referida propriedade para que se constate o fato gerador
desse imposto, sendo esse fato o suficiente para que o contribuinte o pague.
Tratando da obrigação acessória, conforme par. 2º do art. 113 do CTN, é importante ter
em mente que a sua previsão pode ser feita por meio de diversas espécies legislativas, pois o
legislador afirma que ela decorre da legislação tributária, diferentemente da obrigação princi-
pal, que deve obrigatoriamente ser prevista em lei:

§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positi-
vas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.

São tipos de obrigações acessórias a emissão de documentos e a elaboração de decla-


rações contábeis pelo devedor que auxiliem a Fazenda Pública na identificação de uma si-
tuação em que há o nascimento da obrigatoriedade de pagar um tributo ou uma penalidade
pecuniária.
As prestações positivas, chamadas obrigações de fazer, são reconhecidas facilmente.
Elas são relativas à obrigatoriedade de escriturar livros contábeis e de emitir notas fiscais,
por exemplo.
Já as prestações negativas representam a obrigação de não fazer alguma coisa que au-
xilie o Fisco na fiscalização e na arrecadação, como a proibição de comprar produtos de em-
presas que são sejam cadastradas na Secretaria de Fazenda respectiva e a permissão para
que ele consulte os livros contábeis da empresa.
De forma prática, a obrigação acessória de apresentar Declaração do Imposto sobre a
Renda Retido na Fonte relativa ao ano-calendário de 2019 e a situações especiais ocorridas
em 2020 (Dirf 2020) está prevista na Instrução Normativa n. 1.915/2019.
Assim, a hipótese de incidência dessa obrigação tributária está prevista na referida IN.
Uma vez que o contribuinte ou terceiro obrigado, segundo essa espécie normativa, pratique
fato que a gere, está obrigado a cumpri-la.
Outra afirmação importante e esclarecedora quanto à obrigação acessória está no art.
115, CTN, que prevê que o seu fato gerador é “qualquer situação que, na forma da legislação
aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal”.

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Segundo essa afirmação, as exigências tributárias que não sejam relativas à obrigação de
pagar serão consideradas obrigações acessórias.
Quadro-Esquemático

Pagamento de tributo ou de penali-


Obrigação tributária principal. Decorre da lei.
dade pecuniária.
prestações positivas ou negativas
(fazer ou não fazer algo, formalidades)
Obrigação tributária acessória decorre da legislação
no interesse da arrecadação ou da
fiscalização de tributos.

Além disso, atente-se ao par. 3º, art. 113, CTN. Por meio dele, o legislador faz uma previ-
são importante: ele destaca que a obrigação acessória que não for cumprida será convertida
em obrigação principal:

§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação


principal relativamente à penalidade pecuniária.

Ocorre que, quando o sujeito passivo não observa as prescrições da legislação tributária
relativas à obrigação acessória, ele deverá ser penalizado. Até por isso, deverá pagar multa.
Essa multa, por imposição do CTN, converte-se em obrigação principal de pagar penali-
dade pecuniária.
Preste bem atenção nesse ponto. A penalidade pecuniária decorrente da não observância
de uma obrigação acessória é tratada pelo CTN como sendo obrigação tributária principal.
Lembre-se de que, embora a penalidade pecuniária não seja considerada tributo, já que
ele não pode ser sanção de ato ilícito, a obrigação de pagá-la nos moldes do CTN nos leva a
concluir que essa multa tem natureza tributária.
Com efeito, a autoridade administrativa deve considerar essa inobservância da prestação
como fato gerador de uma nova obrigação tributária principal relativa à penalidade pecuniária.
Inobstante isso, a obrigação de realizar a conduta descrita na norma que impõe a obriga-
ção acessória permanece.
Não basta pagar a penalidade e deixar de fazer o que está prescrito na legislação, pois a
obrigação tributária acessória não desaparece.
O que ocorre, como dito, é o surgimento de uma obrigação tributária principal relativa ao
pagamento de penalidade pecuniária, a qual decorre da inobservância da conduta prevista
como obrigação acessória.
Como se pode inferir, diversos doutrinadores entendem que nesse ponto o Código não foi
muito feliz em sua redação. Não é muito preciso falar em efetiva “conversão” da obrigação
tributária acessória em principal, conforme explicamos. Para fins de prova, no entanto, é im-
portante que o aluno decore a literalidade do CTN e entenda os conceitos apresentados.

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Obrigação Tributária

Ainda sobre a obrigação acessória, mesmo que o contribuinte seja isento ou imune ao
pagamento de determinado tributo, ele será obrigado a cumpri-la.
Nesse sentido, diferentemente do Direito Civil, a obrigação acessória é autônoma em re-
lação à obrigação principal.

004. (CESPE/AUDITOR-FISCAL/SEFAZ-AL/2020) No que se refere a legislação tributária, obri-


gação tributária e crédito tributário, julgue o item que se segue.
No âmbito do direito tributário, prevalece a máxima civilista de que o acessório segue o princi-
pal, de tal forma que a extinção da obrigação principal implica a extinção da obrigação aces-
sória, dada a relação de subordinação existente entre elas.

Como vimos, a obrigação acessória é autônoma em relação à obrigação principal.


Logo, não é possível afirmar que o acessório segue o principal, não havendo subordinação
entre essas obrigações.
Errado.

005. (ESAF/AUDITOR-FISCAL/RFB/2009-ADAPTADA) Sobre a obrigação tributária principal e


acessória e sobre o fato gerador do tributo, julgue o item a seguir.
A instituição de obrigação acessória, com a finalidade de dar cumprimento à obrigação prin-
cipal, deve atenção ao princípio da estrita legalidade.

A obrigação acessória pode ser prevista em diversas espécies normativas, tendo em vista que
o legislador afirma que ela deve ser objeto de “legislação tributária”. Por isso, a instituição de
obrigação acessória não deve atenção ao princípio da estrita legalidade.
Errado.

006. (VUNESP/CONTADOR LEGISLATIVO/CM-MAUÁ-SP/2019) São elementos da obrigação


tributária:
a) alíquota, governo, fato gerador e objeto.
b) credor, governo, fato gerador e objeto.
c) devedor, sujeito passivo, fato gerador e alíquota.
d) fato gerador, sujeito ativo, sujeito passivo e objeto.
e) governo, contribuinte, alíquota e lucro.

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A relação jurídico-tributária é formada no momento da ocorrência do fato gerador, momento


em que surge a obrigação tributária de pagar ou de cumprir prestações positivas /negativas
(objeto) por um sujeito passivo a um sujeito ativo.
Letra d.

Outro ponto que você deve prestar atenção diz respeito à diferenciação entre obrigação
tributária e crédito tributário.
Com a ocorrência do fato gerador, nasce a obrigação tributária e o dever de pagar tributo
pelo sujeito passivo (contribuinte ou responsável), mas o tributo somente se torna exigível
pela Fazenda Pública após a constituição do crédito tributário, por meio do lançamento.

No entanto, como já afirmado, embora a obrigação tributária e o crédito tributário não


coincidam, coincide o momento da extinção do crédito tributário e da obrigação tributária.
Uma vez extinto o crédito tributário, considera-se extinta a obrigação tributária.
Lembre, ainda, que caso a legislação dispense o cumprimento da obrigação tributária
acessória, essa disposição deve ser interpretada de forma literal:

Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre:


(...)
III – dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.

1.3. Aspecto Temporal


Vamos avaliar agora o momento em que se considera ocorrido o fato gerador.
Para que você aprenda a identificar o momento de ocorrência do fato gerador, vamos tratar:

I – da classificação do fato gerador como instantâneo, periódico ou continuado; e


II – do fato gerador representado por meio de uma situação de fato, ou por meio de uma situação
jurídica prevista em lei.

Quando o fato gerador de determinado tributo for classificado como instantâneo, afirma-
-se que é no momento da ocorrência do fato típico que surge a obrigação tributária de pagar o

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tributo. É o caso do ITBI: o seu fato gerador é a transmissão de bens imóveis entre vivos, e no
momento em que a venda é concretizada, por exemplo, nasce a obrigatoriedade de o recolher.
No que se refere ao fato gerador periódico, consideram-se os fatos típicos ocorridos em
determinado período de tempo para apuração do tributo devido. É o caso do IR: o seu fato
gerador é o recebimento de renda pelo empregado, por exemplo, entre 1º de janeiro e 31
de dezembro.
Já a classificação do fato gerador como continuado, refere-se a hipóteses em que o fato
gerador do tributo é persistente e constante, e o legislador destaca o momento em que ele
deve ser recolhido. Por exemplo: o IPVA tem como fato gerador a propriedade de veículo au-
tomotor (que é uma situação constante), e o momento de pagá-lo costuma ser 1º de janeiro
de cada ano.
Agora, vamos analisar a classificação dos fatos geradores dos tributos considerando se
ele é uma situação fática ou uma situação jurídica.
O que as diferencia é se o fato típico que gera a obrigação de pagar o tributo refere-se a
um instituto definido por outro ramo do Direito.
O CTN esclarece que, sendo uma situação fática, será considerado como ocorrido o fato
gerador desde o momento em que verifiquem as circunstâncias materiais necessárias para
produção dos efeitos que normalmente lhe são próprios, salvo disposição de lei em contrário
(inc. I, art. 116, CTN).
Tratando-se de uma situação jurídica, considera-se ocorrido o fato gerador “desde o mo-
mento em que esteja definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável”, salvo dis-
posição de lei em contrário (inc. II, art. 116, CTN).
Por exemplo, incide ITBI na transmissão de bens imóveis entre vivos. A transmissão é rea-
lizada nos moldes do Direito Civil, sendo este o ramo responsável por descrever esse instituto.
Formalizada a transferência, é calculado o referido imposto.
Lembre-se de que, no caso da situação jurídica, é preciso recorrer a outros ramos do Di-
reito para identificar o momento em que incide o tributo. Esse é o diferencial.

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E não para por aí, o legislador ainda trata de situações jurídicas condicionais (art. 117,
CTN), e destaca que há fatos que suspendem ou resolvem determinada situação jurídica en-
sejadora de tributo.
Em outras palavras, o ato/negócio jurídico:

(i) que depender de uma condição suspensiva, será considerado perfeito e acabado desde o mo-
mento em que a condição ocorrer; e
(ii) que depender de uma condição resolutória, será considerado perfeito e acabado desde o mo-
mento da prática do ato ou da celebração do negócio.

As situações jurídicas condicionais são subordinadas a um evento futuro e incerto.


Essas situações condicionais podem ser de duas espécies: suspensivas ou resolutórias.
• A condição suspensiva é aquela que suspende os efeitos do negócio ou do ato jurídico
até que o evento futuro ocorra. O negócio jurídico começa sem efeito algum, suspenso,
mas se no decurso do tempo, ocorrer a condição, ele passa a ter efeitos.

Por exemplo, seu pai promete te dar um apartamento se você passar no concurso.
Passar no concurso é condição suspensiva, ficando o contrato suspenso até que você
seja aprovado(a).
Assim, no momento em que houver o “implemento da condição” - aprovação, considera-se
ocorrido o fato gerador, no caso, de ITCD, que é imposto que incide sobre a doação de bens.
• A condição resolutória é aquela que termina com os efeitos do negócio ou ato jurídico
quando ela ocorre.

Por exemplo, seu pai te dá um apartamento, oportunidade em que incide ITCD, porém ele
afirma que se você for reprovado no concurso, você terá que o devolver. No desfazimento do
negócio – devolução - não há incidência do ITCD, novamente.
Nesse sentido, é oportuno lembrar que no caso de condições resolutivas, o FG do tributo
ocorre no momento em que o negócio for celebrado, não ensejando restituição do tributo já
recolhido.
Resumindo, para a caracterização do aspecto temporal do fato gerador decorrente de
uma situação jurídica, é necessário saber se esse negócio ou ato jurídico é dependente de
alguma dessas condições (suspensiva ou resolutória).
Se houver uma condição suspensiva, considera-se o ato ou o negócio perfeito e acabado
desde o momento de seu implemento.
Se houver uma condição resolutória, considera-se o ato ou o negócio perfeito e acabado
desde o momento de sua prática ou celebração.

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DIREITO TRIBUTÁRIO
Obrigação Tributária

Ato ou negócio jurídico condicional


reputam-se perfeitos e acabados desde o
Sendo a condição suspensiva
momento do implemento da condição.
reputam-se perfeitos e acabados desde o
Sendo a condição resolutória
momento da sua prática ou celebração.

007. (CESPE/JUIZ ESTADUAL/TJ-PR/2019) Duas pessoas celebraram entre si um contrato


de prestação de serviço sujeito a uma condição suspensiva. A natureza dessa prestação su-
jeita uma das partes ao pagamento de uma taxa, para a qual não há regramento específico na
hipótese de negócio jurídico condicional.
Nessa situação, o fato gerador da obrigação tributária principal ocorre no momento
a) da efetiva prestação do serviço.
b) da celebração do negócio jurídico.
c) da prática do ato jurídico condicional.
d) do implemento da condição suspensiva.

A questão trata de situações condicionais, em especial, suspensivas.


Nesse caso, é no momento em que ocorre a condição suspensiva que se considera ocorrido
o fato gerador da obrigação tributária principal.

Art. 117. Para os efeitos do inciso II do artigo anterior e salvo disposição de lei em contrário, os
atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados:
I – sendo suspensiva a condição, desde o momento de seu implemento;
II – sendo resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio.
Letra d.

Ademais, é importante pontuar que o art. 118 do CTN prevê que a ocorrência do fato ge-
rador deve ser avaliada por si só, independentemente das circunstâncias que o permeiam,
importando para sua constatação tão somente a prática do fato previsto em lei.

Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se:


I – da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou
terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;
II – dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.

Isso quer dizer que, para o surgimento da obrigação tributária, a ocorrência do fato gera-
dor é suficiente, não importando se o ato foi praticado por alguém incapaz, por exemplo, ou se
decorre de um procedimento nulo ou ineficaz.

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Obrigação Tributária

Se o fato gerador ocorrer, nasce a obrigação tributária.

2. Elisão, Evasão e Elusão Fiscal


A prática de determinados atos a fim de reduzir a carga tributária a ser paga pelo sujeito
passivo da obrigação tributária, ou a fim de que não haja obrigação de pagar tributo, pode ser
caracterizada por meio de três institutos: elisão, evasão e elusão fiscal.
Como você verá, eles expressam condutas adotadas pelo sujeito passivo com a intenção
de se esquivar do pagamento de tributos.
A elisão fiscal é uma forma lícita de reduzir ou extinguir o tributo devido em razão da
ocorrência de fato gerador. Essa tributação mais favorável ao contribuinte é concretizada por
meio da elaboração de um planejamento tributário, conforme previsões legais.
Por meio dele, identificam-se, por exemplo, benefícios fiscais que são concedidos a de-
terminados contribuintes. Nesse caso, adotando os procedimentos exigidos pela lei que os
concedem, a tributação será mais benéfica.
Outro exemplo de elisão fiscal diz respeito ao ICMS. A empresa pode optar por abrir uma
loja para vender determinados produtos em um estado onde a alíquota do ICMS for menor.
Como é possível perceber, a elisão fiscal é caracterizada antes do fato gerador.
Ocorre que, essa é a regra. A elisão fiscal pode ocorrer também após a ocorrência do
fato gerador.
Lembre-se do Imposto de Renda. O contribuinte (pessoa física) aufere renda durante de-
terminado ano, e, somente no ano seguinte, no momento da elaboração da declaração, é feito
o cálculo do IR efetivamente devido pelo contribuinte.
Na ocasião, há a possibilidade de apuração do IR por meio do desconto simplificado (20%)
ou de deduções legais, podendo o contribuinte, portanto, optar pela tributação mais favorável
após a ocorrência do fato gerador. Trata-se de uma elisão feita após o FG, perfeitamente legal.
Na elusão fiscal (elisão ineficaz), o contribuinte utiliza formas lícitas para reduzir ou zerar
a carga trazida. Porém, embora lícitas, não correspondem à realidade dos fatos, sendo fruto
de um planejamento tributário simulado.
Nesse caso, pode-se afirmar que há abuso das formas pelo contribuinte, que simula uma
situação, antes ou após o ato gerador.
O Fisco, ao constatar a intenção do contribuinte de manipular os fatos, deve desconside-
rar a dissimulação e cobrar o tributo devido.
Para facilitar sua memorização, pense em “elusão” como uma “ilusão” criada pelo contri-
buinte para pagar menos imposto, feita de forma falsa, ou seja, planejou uma “ilusão”.
Já a evasão fiscal representa o comportamento ilícito do contribuinte, que tenta omitir da
Fazenda Pública a real operação, ou até mesmo confundi-la.
Por meio da evasão fiscal, podemos identificar fraude tributária, casos de sonegação fis-
cal ou simulação, que são formas de esconder do Fisco a ocorrência do fato gerador.

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Obrigação Tributária

Por exemplo, uma empresa vende mercadorias por R$100,00, mas emite nota fiscal de
R$50,00. Essa atitude acarretará o recolhimento de ICMS a menor.
Garantindo que o contribuinte não utilize meios ardilosos e ilegítimos para apuração do
tributo devido, o legislador ordinário destacou a seguinte previsão do CTN:

Art. 116, parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios ju-
rídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a na-
tureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem
estabelecidos em lei ordinária.

A redação desse dispositivo expressa a conhecida “norma geral antielisão”.


Repare que, embora a norma seja intitulada de “antielisão”, o que ela visa coibir é a elisão
ineficaz, também chamada de elusão fiscal.

Elisão fiscal Elusão fiscal (elisão ineficaz/ilícita) Evasão fiscal


Simulação de um negócio aparente-
Planejamento tributário lícito. Sonegação fiscal.
mente lícito. Há abuso de formas.

008. (VUNESP/CONTADOR/TRANSERP/2019) Trata-se da execução de procedimentos, antes


do fato gerador, para reduzir, eliminar ou postergar a tipificação da obrigação tributária, ca-
racterizando, assim, a legitimidade do planejamento tributário.
a) Evasão fiscal.
b) Guerra fiscal.
c) Elisão fiscal.
d) Renúncia fiscal.
e) Política fiscal.

A elisão fiscal é uma forma lícita de reduzir ou extinguir o tributo devido em razão da ocorrên-
cia de fato gerador, que, em regra, ocorre antes do fato gerador.
Lembre-se de que o planejamento tributário se dá por meio desse instituto.
Letra c.

009. (ESAF/PROCURADOR/PGFN/2012/ADAPTADA) Sobre o chamado “abuso de formas”,


tema relacionado à interpretação econômica do direito tributário, julgue o item a seguir.
A doutrina e a jurisprudência entendem que o planejamento tributário feito antes da ocor-
rência do fato gerador é lícito, enquanto aquele realizado após a ocorrência do fato gerador
é ilícito.

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O planejamento tributário realizado a fim de reduzir a carga tributária incidente sobre deter-
minada situação costuma ser efetuado antes do fato gerador.
No entanto, ele também pode ser realizado após o fato gerador.
Nas duas hipóteses ele pode ser lícito (elisão fiscal) ou ilícito (evasão fiscal).
Há ainda o instituto da elusão fiscal (elisão ineficaz ou ilícita), que representa a utilização de
formas legais para redução da carga tributária, mas esse planejamento é ilícito, pois realizado
com base em situações simuladas pelo contribuinte a fim de se beneficiar.
Errado.

010. (ESAF/ANALISTA CONTÁBIL FINANCEIRO/SEFAZ-CE/2007/ADAPTADA) Julgue o item a


seguir. Quando o Código Tributário Nacional, em seu art. 116, parágrafo único, prevê a pos-
sibilidade de que a autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídi-
cos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a
natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos
a serem estabelecidos em lei ordinária, podemos afirmar que estamos diante de norma geral
antielisão.

A elisão fiscal é uma forma lícita de reduzir ou extinguir o tributo.


Já a elusão fiscal (elisão ineficaz) é caracterizada quando o contribuinte utiliza formas lícitas
para reduzir ou zerar a carga trazida, mas elas não correspondem à realidade dos fatos, sendo
fruto de um planejamento tributário simulado.
A fim de evitar que o contribuinte não utilize meios ardilosos e ilegítimos para apuração do
tributo devido, o legislador ordinário destacou que o Fisco tem o poder de desconsiderar as
simulações feitas pelo contribuinte e cobrar o tributo devido, conforme a real situação:
Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídi-
cos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a
natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos
a serem estabelecidos em lei ordinária.
A redação desse dispositivo expressa a conhecida “norma geral antielisão”.
Repare que, embora a norma seja intitulada de “antielisão”, o que ela visa coibir é a elisão
ineficaz, também chamada de elusão fiscal.
Certo.

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Obrigação Tributária

3. Sujeitos: Ativo e Passivo


Neste tópico, trataremos dos elementos subjetivos da obrigação tributária.
Com a ocorrência do fato gerador e o consequente nascimento da obrigação tribu-
tária, forma-se uma relação jurídico-tributária que tem como partes o sujeito ativo e o
sujeito passivo.

3.1. Sujeito Ativo


O sujeito ativo da obrigação tributária é a pessoa jurídica de direito público titular da com-
petência para exigir o seu cumprimento.
Em regra, o referido sujeito ativo é o ente que tem a competência para instituir o tributo,
segundo a Constituição Federal. Veja o art. 119 do CTN:

Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência
para exigir o seu cumprimento.

No entanto, conforme estudado na aula de competência, é possível a transferência da


capacidade tributária ativa.
Nesses casos, aquele que a recebe torna-se sujeito ativo da obrigação tributária. É o caso
dos municípios que optam por fiscalizar e arrecadar o ITR.
Vamos ver os esquemas da aula de competência que trata desse assunto para recordá-lo?

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Obrigação Tributária

Segundo a redação do CTN, o sujeito ativo só pode ser pessoa jurídica de direito público.
No entanto, considerando a Súmula 396 do STJ, que afirma que “A Confederação Nacional
da Agricultura tem legitimidade ativa para a cobrança da contribuição sindical rural”, pode-
mos constatar que o STJ entende que pessoa jurídica de direito privado pode ser sujeito ativo.
Leve essa informação para a sua prova e tenha cautela ao responder uma questão obje-
tiva sobre o tema.
Atente-se ao seu comando: se o examinador solicitar a resposta conforme o CTN, o sujei-
to ativo somente será pessoa jurídica de direito público; e se o examinador solicitar a respos-
ta conforme a jurisprudência, pode-se considerar que a pessoa jurídica de natureza privada
também poderá estar no polo ativo da relação jurídico-tributária.
Outra peculiaridade interessante sobre o tema diz respeito aos casos em que houver des-
membramento da pessoa jurídica de direito público.
Nessa hipótese, até que a legislação tributária da nova pessoa jurídica entre em vigor, ela
atuará conforme a legislação da pessoa jurídica originária.

Art. 120. Salvo disposição de lei em contrário, a pessoa jurídica de direito público, que se constituir
pelo desmembramento territorial de outra, sub-roga-se nos direitos desta, cuja legislação tributá-
ria aplicará até que entre em vigor a sua própria.

011. (CESPE/JUIZ ESTADUAL/TJ-PR/2019) De acordo com o Código Tributário Nacional, o


sujeito ativo da obrigação tributária principal é a pessoa
a) jurídica de direito público titular da competência de exigir o cumprimento da obrigação.
b) jurídica de direito público destinatária do produto da arrecadação do referido tributo.
c) física ou jurídica obrigada ao pagamento do tributo ou da penalidade pecuniária de natu-
reza tributária.
d) física ou jurídica que tenha relação pessoal e direta com a situação que constitui o respectivo
fato gerador.

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Obrigação Tributária

Nos termos do art. 119 do CTN, o:

(...)sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência para
exigir o seu cumprimento.
Nesse sentido, a alternativa “a” está certa.
Pontue-se que na alternativa “c” está descrito o conceito de sujeito passivo da obrigação tri-
butária, e, na alternativa “d”, está descrito o conceito de contribuinte, que é uma das espécies
de sujeito passivo.
Letra a.

3.2. Sujeito Passivo


O sujeito passivo da obrigação tributária é o devedor, é a pessoa obrigada a cumprir a
obrigação principal ou acessória.
Lembre-se de que, conforme estudado na aula de princípios, segundo o inc. III do art. 97
do CTN, somente a lei pode estabelecer quem é o sujeito passivo.
Tratando-se de impostos, o legislador constituinte foi mais exigente, ele destacou que é a
lei complementar que deve fazer tal previsão, conforme a alínea “a”, inc. III, art. 146 da CF/1988.
Quanto ao sujeito passivo da obrigação principal, esse é representado pela pessoa obri-
gada a pagar o tributo ou a penalidade pecuniária, e pode ter vínculo direto ou não com o
fato gerador.
Segundo o art. 121 do CTN, há duas espécies de sujeito passivo da obrigação tributária
principal: contribuintes ou responsáveis:

Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou
penalidade pecuniária.
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
I – contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo
fato gerador;
II – responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de dispo-
sição expressa de lei.

Aquele que tem relação direta e pessoal com o fato gerador se chama contribuinte, en-
quanto terceiro obrigado a cumprir a obrigação principal, segundo determinação legal, se
chama responsável.
Conforme já estudado, quanto tratamos da classificação do tributo quanto à repercussão
do ônus tributário, vimos que o tributo pode ser direto ou indireto.

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Obrigação Tributária

Quanto ao tributo indireto, a repercussão do seu ônus econômico pode recair sobre um
terceiro, distinto do contribuinte previsto em lei, que suportará a carga tributária, sendo pos-
sível identificar, nesse caso, dois tipos de contribuinte: contribuinte de direito e contribuin-
te de fato.
Contribuinte de direito é aquele que pratica o fato gerador e é obrigado ao pagamento do
tributo, conforme a lei, enquanto o contribuinte de fato representa aquele que arca efetiva-
mente com o encargo financeiro do tributo.
É importante você ter em mente que a hipótese de incidência do tributo é determinante
para identificação do contribuinte. A depender do objeto do fato gerador, o contribuinte pode
ser o titular, agente, ou beneficiário de algum ato estatal.
Se o tributo surgir em razão da prática de uma ação, o contribuinte será o agente do res-
pectivo ato. Por exemplo, auferir renda é fato gerador do IR, assim, quem pratica a ação de
auferir renda é contribuinte do IR.
Se o tributo surgir em razão da propriedade ou posse de algo, o contribuinte será o titular
do respectivo direito de propriedade ou de posse.
Por exemplo, o proprietário de uma casa na zona urbana é contribuinte do IPTU, tendo em
vista que incide IPTU sobre a propriedade predial e territorial urbana.
Se o tributo surgir em razão de alguma ação do Poder Público que beneficie determinada
pessoa, o contribuinte será o beneficiário do respectivo ato.
Por exemplo, o proprietário de imóvel na zona urbana é contribuinte da taxa de coleta de
lixo domiciliar, tendo em vista que ele se beneficia desse serviço prestado pelo Estado.

Há ainda casos em que mais de uma pessoa está vinculada diretamente ao núcleo do fato
gerador, e somente lei editada pelo ente competente para criação do respectivo tributo é que
terá competência para destacar quem será o contribuinte.
É o caso do ITBI. Na transmissão de bens imóveis entre vivos, tanto o adquirente como o
alienante estão ligados de forma direta e pessoal ao fato gerador desse imposto.
No entanto, a lei local é que determinará quem será obrigado a pagar o ITBI, se o alienante
ou o adquirente.
No que se refere ao sujeito passivo da obrigação acessória, o legislador não fez a distin-
ção entre contribuinte e responsável.
Segundo o art. 122 do CTN, o sujeito passivo dessa obrigação é a pessoa obrigada pela
legislação tributária a cumprir as prestações positivas ou negativas.

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Obrigação Tributária

Art. 122. Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada às prestações que constitu-
am o seu objeto.

Interessa-nos tratar ainda dos casos em que particulares acordam que quem deve pagar
o tributo é uma pessoa diferente daquela prevista em lei como contribuinte ou responsável.
Embora as partes possam fazer tal acordo, como costuma acontecer, por exemplo, com
a obrigatoriedade de pagar IPTU pelo locatário, esse acordo não prosperará perante o Fisco,
conforme previsão do art. 123, CTN:

Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsa-
bilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a
definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes.

Caso o locatário não pague o IPTU, não é ele que será demandado pela Fazenda Pública.
É o proprietário do imóvel, o qual pode ajuizar uma ação de regresso contra o locatário para
pleitear o valor do IPTU. Entretanto, essa ação de regresso não envolverá a Fazenda, que co-
brará do proprietário, independentemente se este vai cobrar depois do locatário ou não.

012. (CESPE/AUDITOR-FISCAL/SEFAZ-DF/2020) No que se refere a aplicação da lei e respon-


sabilidade tributária, julgue o item seguinte.
É incompatível com o Código Tributário Nacional lei distrital que admita a indicação do su-
jeito passivo do imposto sobre transmissão de bens imóveis (ITBI) pelas partes no contrato
de compra e venda de imóvel, pois as convenções particulares não são oponíveis à fazen-
da pública.

Em regra, não é possível que convenções particulares que preveem a responsabilidade de


pagar o tributo sejam opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito
passivo das obrigações tributárias correspondentes.
No entanto, em razão da expressão “salvo disposição em contrário”, prevista no início do art.
123 do CTN, conclui-se que o legislador pode permitir que convenção particular destaque
quem deve pagar o tributo.
Errado.

013. (FCC/ASSISTENTE TÉCNICO FAZENDÁRIO/MANAUS/2019) O CódigoTributário Nacional


estabelece regras relativas ao sujeito ativo e ao sujeito passivo de obrigações tributárias. De
acordo com esse Código,

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Obrigação Tributária

a) o sujeito ativo da obrigação principal é a pessoa natural ou jurídica obrigada ao pagamento


de imposto devido antecipadamente por substituição tributária.
b) diferencia-se o sujeito ativo do sujeito passivo da obrigação acessória, porque o primeiro é
o que paga o tributo antes do vencimento, enquanto o segundo é o que paga tributo vencido,
com os devidos acréscimos legais.
c) o sujeito passivo da obrigação principal diz-se responsável, quando, sem revestir a condi-
ção de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei.
d) o sujeito passivo de obrigação acessória é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo por
meio de estampilha ou selo.
e) o sujeito ativo é o contribuinte de obrigação acessória, enquanto o sujeito passivo é o su-
jeito ativo que deixou de pagar tributo no prazo fixado em lei.

a) Errada. Segundo o art. 119 do CTN, o “sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de di-
reito público, titular da competência para exigir o seu cumprimento”.
b) Errada. A primeira parte da alternativa está errada, pois não confere com a definição de
sujeito ativo exposta no item anterior.
Quanto à segunda parte da alternativa, ela também está errada, pois o sujeito passivo da obri-
gação principal, segundo o art, 121 do CTN, “é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou
penalidade pecuniária”.
c) Certa. Há 2 tipos de sujeito passivo da obrigação principal: contribuinte e responsável.
Segundo inc. I do par. único do art. 121 do CTN, contribuinte é aquele que tenha relação pes-
soal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador.
O responsável, conforme o inc. II do par. único do art. 121 do CTN, é a pessoa que, quando,
sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorre de disposição expressa de lei.
Logo, a alternativa “c” está correta.
d) Errada. O sujeito passivo da obrigação acessória “é a pessoa obrigada às prestações que
constituam o seu objeto”, nos termos do art. 122 do CTN.
e) Errada. Pois contraria as definições de sujeito ativo e de sujeito passivo vistas anteriormente.
Letra c.

014. (FCC/AUDITOR-FISCAL DE TRIBUTOS MUNICIPAIS/MANAUS-AM/2019) O Município de


“Nova Esperança” (Município fictício) resultou do desmembramento territorial do Município
de “Todos os Santos” (Município fictício), que perdeu parte de seu território. No tocante, por
exemplo, ao IPTU incidente sobre os imóveis localizados no território que passou a constituir
o novo Município, o Código Tributário Nacional estabelece que o Município de

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Obrigação Tributária

a) “Nova Esperança”, salvo disposição de lei em contrário, sub-roga-se nos direitos do Muni-
cípio de “Todos os Santos”, relativamente ao IPTU incidente sobre os imóveis localizados no
território do Município que acaba de ser criado.
b) “Todos os Santos”, desde que haja previsão expressa de lei, sub-roga-se nos direitos do
Município de “Nova Esperança”, relativamente ao IPTU incidente sobre os imóveis localizados
no território do Município que acaba de ser criado.
c) “Nova Esperança”, desde que haja previsão expressa de lei, sub-roga-se nos direitos do
Município de “Todos os Santos”, relativamente ao IPTU incidente sobre os imóveis localiza-
dos no território do Município que acaba de ser criado.
d) “Todos os Santos” sub-roga-se nos direitos do Município de “Nova Esperança”, relativa-
mente ao IPTU incidente sobre os imóveis localizados no território do Município que acaba de
ser criado.
e) “Nova Esperança”, desde que haja previsão expressa de lei complementar, sub-roga-se nos
direitos do Município de “Todos os Santos”, relativamente ao IPTU incidente sobre os imóveis
localizados no território do Município que acaba de ser criado.

Para responder esta questão, é preciso ter conhecimento do art. 120 do CTN:

Art. 120. Salvo disposição de lei em contrário, a pessoa jurídica de direito público, que se constituir
pelo desmembramento territorial de outra, sub-roga-se nos direitos desta, cuja legislação tributá-
ria aplicará até que entre em vigor a sua própria.
Segundo esse dispositivo, o novo município deve se sub-rogar nos direitos do município originário.
No caso descrito na questão, o Município “Nova Esperança” pode instituir o IPTU relativa-
mente aos imóveis situados em seu território, com base na legislação vigente no Município
de “Todos os Santos”, salvo disposição de lei em contrário.
Letra a.

3.2.1. Capacidade Tributária Passiva

O sujeito passivo da relação jurídico-tributária é determinado por meio de lei, em atenção


ao inc. II do art. 97 do CTN:

Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:


(...)
III – a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I
do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo.

O CTN traz a definição da sujeição passiva em seu artigo 121:

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Obrigação Tributária

Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou
penalidade pecuniária.
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
I – contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo
fato gerador;
II – responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de dispo-
sição expressa de lei.

Partindo da ideia de que o sujeito passivo é aquele obrigado ao pagamento do tributo ou


da penalidade pecuniária, precisamos ainda indagar quem estará apto para figurar como tal.
A obrigação tributária nada mais é do que uma obrigação peculiar, de direito público co-
gente, em que existe um sujeito ativo, um sujeito passivo e um objeto a ser cumprido que - no
caso da obrigação tributária principal - é o pagamento do tributo ou da penalidade pecuniária.
Para figurar nessa relação, o sujeito passivo precisa deter a capacidade tributária passiva.
Diferentemente do que está delimitado no âmbito do Direito Civil, em que, para figurar no
polo passivo de uma obrigação, o sujeito passivo precisa ser capaz de realizar atos no mundo
jurídico, no Direito Tributário basta que o sujeito passivo ou realize o fato tributário, ou tenha
relação com ele, ou que a lei o defina como responsável.
Isso quer dizer que a capacidade tributária passiva independe da capacidade civil!
Com base nesse raciocínio, para compreender melhor a capacidade tributária passiva,
imagine que o proprietário de um imóvel seja um menor de 10 anos de idade. Sem a anuência
de um maior responsável, ele não pode realizar atos da vida civil relacionados a esse imóvel,
como a sua venda.
Nesse sentido, você deve estar se questionando se o menor de 10 anos de idade deverá
pagar o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana, ou seja, se ele tem capaci-
dade para ser contribuinte desse imposto. De acordo com o CTN, sim!
Note o disposto no art. 126, o qual previu que a capacidade tributária passiva independe
da capacidade civil das pessoas naturais, e de outras circunstâncias:

Art. 126. A capacidade tributária passiva independe:


I – da capacidade civil das pessoas naturais;
II – de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do
exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus
bens ou negócios;
III – de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade
econômica ou profissional.

Nesse sentido, por exemplo, se os civilmente incapazes (conforme o Código Civil) pratica-
rem fatos geradores de tributos, eles figurarão como sujeito passivo nas relações tributárias,
pois deterão capacidade para tal.

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Se eles não a tivessem, certamente inúmeros adultos comprariam imóveis e colocariam em


nome de seus filhos para se esquivarem da obrigatoriedade de pagar o tributo, não é mesmo?
A mesma situação ocorre quando a pessoa que realiza o fato gerador está privada ou
limitada do exercício de determinada atividade civil, comercial ou profissional, ou da adminis-
tração direta de seus bens ou negócios.
Mesmo que o advogado, por exemplo, esteja irregular perante a OAB, impedido de advo-
gar, caso realize o fato jurídico sujeito ao imposto sobre a prestação de serviços, deterá capa-
cidade tributária passiva e deverá pagar o tributo respectivo.
Além de a capacidade tributária passiva independer da capacidade civil das pessoas na-
turais, e do fato de essas pessoas estarem privadas de praticar determinados atos na vida
civil, o legislador também fez previsão quanto às empresas (pessoas jurídicas).
No que se refere às pessoas jurídicas, o legislador assegura que basta a constatação de
que há uma unidade econômica e profissional para que seja identificada a capacidade tribu-
tária para ser sujeito passivo de uma obrigação tributária, seja principal ou acessória.

015. (FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/AUDITOR-FISCAL/2016) Joãozinho, com seis anos


de idade, recebeu doação de seus avós, a qual foi devidamente aceita pelos seus pais, em seu
nome. Marcelo, empresário, perdeu o direito de administrar diretamente os seus bens, desde
a decretação da falência de sua empresa, consoante o que determina o art. 103 da Lei Federal
no 11.101/05. A empresa Serviços Gerais Ltda., prestadora de serviços previstos na Lista de
Serviços anexa à Lei Complementar Federal no 116/03, funciona sem a devida inscrição no
Cadastro de Contribuintes do ISS do Município em que se localiza, mas atua comercialmen-
te como se regular fosse. Por determinação judicial, Maria Luisa encontra-se internada em
hospital para doentes mentais, por sofrer de moléstia que a impede de praticar os atos do dia
a dia, em razão de profunda alienação mental. De acordo com as regras do Código Tributá-

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rio Nacional, atinentes à capacidade tributária das pessoas para serem sujeitos passivos de
obrigação tributária principal,
a) a empresa Serviços Gerais Ltda. reveste a condição de sujeito passivo do IPTU relativo ao
terreno que a referida sociedade adquiriu e no qual se localiza a sede da referida empresa.
b) Maria Luisa, que perdeu suas faculdades mentais, não reveste, por causa disso, a con-
dição de sujeito passivo do Imposto de Renda, embora aufira rendimentos tributáveis por
esse imposto.
c) Marcelo não pode ser identificado como sujeito passivo do IPVA de veículo de sua proprie-
dade, em relação aos fatos geradores ocorridos após a perda do direito de administrar seus
bens, justamente por causa dessa perda.
d) a empresa Serviços Gerais Ltda. não reveste a condição de sujeito passivo do ISS em rela-
ção aos serviços que presta, porque não está regularmente constituída, ainda que configure,
indubitavelmente, uma unidade econômica.
e) Joãozinho, por ser menor de idade, não pode ser identificado como sujeito passivo do IT-
CMD incidente sobre a doação recebida, ainda que a lei ordinária competente preveja que o
donatário é o contribuinte desse imposto.

Como visto, o CTN destaca que a capacidade de ser sujeito passivo da obrigação tributária
independe:

I – da capacidade civil das pessoas naturais;


II – de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exer-
cício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou
negócios;
III – de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade
econômica ou profissional.
Assim, embora a empresa Serviços Gerais Ltda esteja irregularmente constituída, ela tem ca-
pacidade de ser sujeito passivo das relações jurídico-tributárias.
Letra a.

3.2.2. Solidariedade

A solidariedade na sujeição passiva refere-se às situações em que o polo passivo da rela-


ção jurídico-tributária é composto por duas ou mais pessoas.
A solidariedade, nos termos do art. 124, CTN, pode ser dar em razão:

I – de interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal;


II – de determinação legal.
***

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Art. 124. São solidariamente obrigadas:


I – as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação
principal;
II – as pessoas expressamente designadas por lei.
Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem.

O item (i) refere-se à solidariedade comum, enquanto o item (ii) refere-se à solidarie-
dade legal.
Independentemente da natureza da solidariedade, o Fisco pode cobrar o tributo de qualquer
um dos devedores, sem que seja obrigado a cobrá-lo, primeiramente, de determinada pessoa.
Nesses casos, se o Fisco exigir o cumprimento da obrigação tributária a somente um dos
devedores solidários, este responderá pela integralidade do débito.
É por essa razão que se afirma que não há benefício de ordem na solidariedade passi-
va. Sendo constatada a existência de devedores solidários, não há privilégio de um em rela-
ção ao outro.
Uma vez constatada a solidariedade, ela produzirá efeitos, conforme o art. 125 do CTN:

Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:
I – o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;
II – a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmen-
te a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo;
III – a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos
demais.

Havendo pagamento por um dos devedores solidários, em função da indivisibilidade da


obrigação, ele será aproveitado pelos demais, salvo disposição de lei em contrário.
Assim, se um dos proprietários de determinado imóvel pagar o IPTU relativo a determi-
nado ano, o outro proprietário não tem mais obrigatoriedade de pagá-lo, pois considera-se
quitada a dívida tributária.
Quanto à afirmação de que a concessão de isenção ou remissão do crédito tributário
exonera todos os devedores solidários, atente-se para o fato de que ainda não estudamos os
institutos da isenção e da remissão.
A isenção, como já pontuado em nosso curso, representa uma forma de exclusão do cré-
dito tributário, enquanto a remissão representa o perdão da dívida pelo Fisco, sendo esta uma
forma de extinção do crédito tributário.
Em regra, a isenção ou remissão, vinculada a situações em que há solidariedade tributária,
beneficiará todos os devedores.
No entanto, há hipóteses em que a isenção/remissão é concedida, pessoalmente, a so-
mente um dos devedores, e, nesses casos, permanecerá a solidariedade quanto aos demais
devedores solidários, salvo disposição de lei em contrário.

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Por exemplo, se três irmãos são proprietários de um imóvel e devem R$600,00 a título de
IPTU, e, segundo a lei local, somente um deles tem direito à isenção, em razão de suas carac-
terísticas pessoais, este será exonerado do pagamento do imposto, de forma proporcional, e
os outros dois deverão arcar com a dívida remanescente de R$400,00.
Previu ainda o legislador quanto aos casos em que houver a interrupção da prescrição
em favor ou contra um dos devedores solidários: esta favorecerá ou prejudicará aos demais,
salvo disposição de lei em contrário.
A prescrição é uma forma de extinção do crédito tributário, que se concretiza em função
de alcance de determinado prazo sem que tenha sido ajuizada a competente ação judicial
para cobrança do débito.
Conforme será estudado na aula que trataremos desse assunto (extinção do CT), você
verá que os casos de interrupção da prescrição zeram a contagem do prazo prescricional e
constam no art. 174 do CTN:

Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data
da sua constituição definitiva.
Parágrafo único. A prescrição se interrompe:
I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal;
II – pelo protesto judicial;
III – por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
IV – por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito
pelo devedor.

Por fim, saiba que o nosso sistema tributário admite a solidariedade passiva, mas não
admite a solidariedade ativa.

016. (CESPE/ERSPT/ANATEL/2014) No que concerne à sujeição tributária ativa e passiva e a


solidariedade e domicílio tributários, julgue o próximo item.
Se duas pessoas tiverem interesse comum em situação que constitua o fato gerador de uma
obrigação tributária principal, essas pessoas serão solidariamente responsáveis, na exata
ordem da dimensão do interesse econômico de cada uma delas.

Na solidariedade não há benefício de ordem, pois a dívida pode ser cobrada em sua integrali-
dade de qualquer um dos devedores.
É irrelevante, pois, para a solidariedade, a ordem da dimensão do interesse econômico dos
envolvidos.
O que conta para esses casos é o envolvimento das pessoas no fato gerador da obrigação e
não o grau de interesse de cada uma das partes.
Errado.

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017. (CESPE/ERSPT/ANATEL/ANATEL/2014) No que concerne à sujeição tributária ativa e


passiva e a solidariedade e domicílio tributários, julgue o próximo item.
Se dois contribuintes forem solidariamente responsáveis por uma obrigação tributária, o ad-
vento de uma remissão geral objetiva do crédito afetará igualmente aos dois devedores.

Como a questão fala em remissão geral, ou seja, todos os devedores serão afetados por essa
benesse, podemos considerar a questão correta.
Note a redação do inc. II do artigo 125 do CTN:

Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:
(...)
II – a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmen-
te a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo;
É importante lembrar, entretanto, que há a possibilidade de haver remissão em caráter indi-
vidual, ficando, assim, os demais devedores obrigados a arcar com a obrigação pelo saldo.
Certo.

4. Jurisprudência Selecionada
1) Imunidade tributária - Necessidade de manutenção dos livros fiscais (Transcrições)
(v. Informativo 668) RE 250844/SP* RELATOR: Min. Marco Aurélio Relatório: O recurso
extraordinário foi interposto, com alegada base na alínea “a” do permissivo constitucio-
nal, contra acórdão proferido pelo Primeiro Tribunal de Alçada Civil do Estado de São
Paulo que implicou o não acolhimento de pedido formulado em apelação. A decisão
ficou alicerçada nos seguintes fundamentos (folha 328):... embora não se possa negar
que o Hotel Escola SENAC de Águas de São Pedro goze de imunidade tributária, é for-
çoso concluir que está obrigado a utilizar e manter documentos, livros e escrita fiscal
de suas atividades, assim como está sujeito à fiscalização dos poderes públicos. Os
embargos declaratórios que se seguiram foram desprovidos (folhas 338 e 339). O recor-
rente argui ofensa ao artigo 150, inciso VI, alínea “c”, da Carta da República. Consoante
alega, sendo entidade educacional de direito privado, sem fins lucrativos, goza de imu-
nidade tributária e, por não ser contribuinte do Imposto sobre Serviços, não lhe cabe o
cumprimento da obrigação acessória de manter livro de registro do ISS e autorização
para a emissão de notas fiscais de prestação de serviços, documentos exigidos apenas
dos contribuintes do tributo (folha 383 a 414). A recorrida não apresentou contrarrazões
(certidão de folha 423). O Juízo primeiro de admissibilidade obstou o trânsito do recurso,
processado em razão do provimento dado ao agravo em apenso, quando consignei: O
tema versado nestes autos está a merecer o crivo de Colegiado desta Corte, uniformi-

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zando-se o entendimento sobre o alcance da imunidade prevista no artigo 150, inciso


VI, alínea “a”, da Constituição Federal. É fato constante do acórdão impugnado mediante
o extraordinário: o ora Agravante goza da imunidade tributária relativa aos impostos;
mesmo assim, concluiu-se estar obrigado a manter documentação fiscal relativa ao
Imposto sobre Serviços. Há de apreciar-se o tema sob o ângulo da utilidade e neces-
sidade, valendo notar que não se trata de simples escrituração contábil, mas escritu-
ração específica, ou seja, a fiscal, nos moldes da legislação concernente ao imposto.
O especial simultaneamente interposto teve a mesma sorte do extraordinário, seguin-
do-se a protocolação de agravo, desprovido no Superior Tribunal de Justiça. A Procu-
radoria-Geral na República, no parecer de folhas 475 e 476, manifestou-se pela nega-
tiva de seguimento ao extraordinário. É o relatório. Voto: Na interposição este recurso,
atendeu-se aos pressupostos gerais de recorribilidade. O extraordinário, subscrito por
profissional da advocacia regularmente constituída (folha 29), foi protocolado no prazo
assinado em lei. Observem a organicidade e a dinâmica do Direito. O racionalismo dire-
ciona à utilidade, valendo notar que, pelo princípio do terceiro excluído, ou uma coisa é,
ou não é. Pois bem, mostra-se estreme de dúvidas que o recorrente, Grande Hotel São
Pedro – Hotel-Escola SENAC, goza de imunidade tributária. Assim, descabe cogitar de
fiscalização quanto à parte fiscal, ou seja, a alusiva a certo tributo. Tendo sido assen-
tada, no acórdão proferido pelo então Tribunal de Alçada Civil do Estado de São Paulo,
a imunidade prevista no artigo 150, inciso VI, alínea “c”, da Constituição Federal, cum-
pria dar a esse fato as consequências jurídicas próprias, afastando-se a viabilidade de
a Previdência exigir-lhe livros fiscais. O que aconteceria, por exemplo, se não estives-
sem em dia – se é que pessoa jurídica imune deva mantê-los em tal estado? Caberia a
imposição de multa, no que se apresenta como sanção de caráter acessório. Há possi-
bilidade de, sem o principal – obrigatoriedade de recolhimento de tributo –, cogitar-se
de escrituração voltada a controlar esse recolhimento? A resposta é desenganadamente
negativa, porquanto o acessório segue a sorte do principal. Aqueles que estão cober-
tos pela imunidade tributária não podem ser compelidos a práticas próprias aos contri-
buintes em geral. É como voto. Provejo o extraordinário para assentar que o recorrente
está desobrigado da manutenção dos livros fiscais. Retificação de Voto: Cumpre ao juiz
evoluir, tão logo convencido de assistir maior razão à tese contrária ao que sustentou
inicialmente. Evoluem aqueles que realmente têm segurança para fazê-lo, sem receio de
o perfil ficar respingado. O que temos? Não há a menor dúvida, o Hotel Escola SENAC
de Águas de São Pedro goza de imunidade tributária. Questionamento: está compelido
a manter atualizados os livros, a escrita fiscal? Eis o que revela o artigo 14 do Código
Tributário Nacional: Art. 14 - O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º é subor-
dinado à observância dos seguintes requisitos pelas entidades nele referidas: O artigo
9º tem esta redação: Art. 9º - É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios: (...) IV - cobrar imposto sobre: a) o patrimônio, a renda ou os serviços uns

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dos outros; Cuida da imunidade. E se tem no inciso III do artigo 14: “III - manterem” –
aqueles que detêm a imunidade – “escrituração de suas receitas e despesas em livros
revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão.” A exigência, portanto,
mostra-se consentânea com o gozo da imunidade tributária, que é o afastamento de tri-
buto, segundo a Constituição Federal. Evoluo para, no caso, portanto, negar provimento
ao recurso. * acórdão publicado no DJe de 19.10.2012. Grifos nossos
2) TRIBUTÁRIO. ICMS. SERVIÇO DE TELEFONIA MÓVEL. INADIMPLÊNCIA DOS USUÁ-
RIOS. FURTO DE SINAL (CLONAGEM). INCIDÊNCIA DO TRIBUTO.
1. O fato gerador do ICMS na telefonia é a disponibilização da linha em favor do usuário
que contrata, onerosamente, os serviços de comunicação da operadora. A inadimplên-
cia e o furto por “clonagem” fazem parte dos riscos da atividade econômica, que não
podem ser transferidos ao Estado.
2. Nos termos do art. 118 do Código Tributário Nacional, o descumprimento da operação
de compra e venda mercantil não tem o condão de malferir a ocorrência do fato gerador
do ICMS.
3. Inexiste previsão legal que permita a compensação tributária de ICMS em serviços de
telefonia móvel inadimplidas, ou cujo sinal foi furtado por “clonagem” do aparelho celu-
lar.
4. “A exigência tributária não está vinculada ao êxito dos negócios privados.” (REsp
956.842/RS, Rel. Min. José Delgado, Primeira Turma, julgado em 20.11.2007, DJ
12.12.2007, p. 408.)
5. Não compete ao Estado zelar pelo cumprimento da obrigação dos consumidores;
cabe, no caso, à prestadora dos serviços buscar, pela via própria, o recebimento de seus
créditos.
6. Precedentes: AgRg no REsp 1.132.852/SP, Rel. Min. Humberto Martins, Segunda
Turma, julgado em 23.3.2010, DJe 6.4.2010; AgRg no REsp 987.299/RS, Rel. Min. Denise
Arruda, Primeira Turma, julgado em 7.10.2008, DJe 29.10.2008; REsp 953.011/PR, Rel.
Min. Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 25.9.2007, DJ 8.10.2007, p. 255.
Recurso especial improvido.
(REsp 1189924/MG, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em
25/05/2010, DJe 07/06/2010). Grifos nossos
3) PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. ISS. EXECUÇÃO FISCAL. LEGI-
TIMIDADE PASSIVA. EMPRESAS PERTENCENTES AO MESMO CONGLOMERADO FINAN-
CEIRO. SOLIDARIEDADE. INEXISTÊNCIA. VIOLAÇÃO DO ART. 124, I, DO CTN. NÃO-OCOR-
RÊNCIA. DESPROVIMENTO.
1. “Na responsabilidade solidária de que cuida o art. 124, I, do CTN, não basta o fato
de as empresas pertencerem ao mesmo grupo econômico, o que por si só, não tem o
condão de provocar a solidariedade no pagamento de tributo devido por uma das empre-

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sas” (HARADA, Kiyoshi. “Responsabilidade tributária solidária por interesse comum na


situação que constitua o fato gerador”).
2. Para se caracterizar responsabilidade solidária em matéria tributária entre duas empre-
sas pertencentes ao mesmo conglomerado financeiro, é imprescindível que ambas rea-
lizem conjuntamente a situação configuradora do fato gerador, sendo irrelevante a mera
participação no resultado dos eventuais lucros auferidos pela outra empresa coligada
ou do mesmo grupo econômico.
3. Recurso especial desprovido.
(REsp 834.044/RS, Rel. Ministra DENISE ARRUDA, PRIMEIRA TURMA, julgado em
11/11/2008, DJe 15/12/2008)

5. Doutrina Selecionada
Fato gerador:

Analisando-se os fatos geradores sob o ponto de vista de sua ocorrência no tempo (“in sede tem-
porale”, para os italianos), a doutrina tem proposto a seguinte classificação quanto à periodicidade:
fatos geradores instantâneos, periódicos e continuados. Passemos à análise de cada um:
1. Fatos Geradores Instantâneos (ou Simples): a sua realização se dá num determinado momento
de tempo, ‘mediante a pratica de um simples ato’, negócio ou operação singular. O fato gerador
instantâneo se inicia e se completa em um só instante, esgotando-se ‘em determinada unidade
de tempo’, ‘tal qual a luminosidade de um vaga-lume’. Pra cada ato concretizado no mundo real
haverá um fato gerador, ‘uma relação obrigacional tributaria autônoma’.
Exemplos:
ICMS, IPI, II, IE, IOF, ITBI, ITCMD, entre outros. Destaque-se que o imposto sobre a renda, embora
se classifique como ‘complexivo’ – como se verá abaixo – pode se enquadrar como ‘instantâneo’,
quando se desdobra na modalidade IRRF e IR-Incidente sobre ganho de capital em aplicação fi-
nanceira.
Fatos Geradores Periódicos (ou Complexos): a ‘sua realização se põe ao longo de um espaço de
tempo’, portanto não ocorrem hoje ou amanhã, mas sim durante um longo período, ao longo do qual
se valoriza uma determinada quantia de fatos isolados que, somados, aperfeiçoam o fato gerador
do tributo. Trata-se de ‘fatos, circunstâncias ou acontecimentos globalmente considerados’, ‘com
o transcurso de unidades sucessivas de tempo’, para compor um só fato gerador. São fatos iso-
lados em um período ou ciclo de formação que serão agregados ‘num todo idealmente orgânico’.
Os fatos geradores complexivos (ou ‘complessivos’, em italiano) recebem outras denominações
sinônimas, na visão de Amílcar de Araújo Falcão: ‘completivos, continuativos, periódicos ou de
formação sucessiva’.
Valendo-se de um recurso metaforicamente mnemônico, bem recomendado por Luciano Amaro,
tal instituto assemelha-se a uma partida de futebol que se desenrola durante os noventa minutos,
mas se encerra com o apito final do árbitro. Há que se verificar a partida, como é sabido, não pelo
aceno último do juiz, mas por tudo o que aconteceu durante a sua ocorrência.

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O fato gerador complexivo ocorre, em sua forma clássica, quase que exclusivamente com o IR.
A nosso ver, o fato gerador do IR deve ser classificado, quanto ao tempo, em complexo ou comple-
xivo. Não obstante a doutrina mais abalizada já tê-lo associado a fato gerador ‘continuado’, enten-
demos que para concursos públicos, a melhor classificação é a que aproxima o IR a fato gerador
complexo, complexivo ou periódico.
Fatos Geradores Continuados (ou Contínuos): a sua realização se dá de forma duradoura e estável
no tempo; a matéria tributável tende a permanecer, existindo hoje e amanhã. O fato gerador conti-
nuado – também conhecido por fato gerador de período ou por período certo de tempo – leva um
período para se completar. No Brasil, este período é geralmente de um ano. Daí haver a necessida-
de de serem feitos ‘cortes temporais’ para a sua identificação (todo dia 15 de janeiro, por exemplo).
Ele se aproxima do fato gerador instantâneo (porque ele acontece em um dia certo) e também do
fato gerador complexivo, em certa medida.
Ocorre normalmente com os impostos incidentes sobre o patrimônio: IPTU, ITR, IPVA. (Eduardo
Sabbag, em Manual de Direito Tributário, pgs. 847/848, 12ª ed., Editora Saraiva).
Norma geral antielisão:
O Congresso Nacional acaba de aprovar lei complementar que introduz alterações no Código
Tributário Nacional, entre as quais está a inclusão de um parágrafo único em seu art. 116, es-
tabelecendo que a autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos
pratica dos com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza
dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem es-
tabelecidos em lei ordinária.
Nesse dispositivo, segundo as autoridades da Secretaria da Receita Federal, de onde se originou
o projeto respectivo, estaria consubstanciada a norma geral antielisão, instrumento de que es-
taria a necessitar o Fisco para coibir a prática da elisão fiscal e, assim, aumentar a arrecadação.
Embora não exista uniformidade na doutrina, alguns preferem a palavra evasão para designar a
forma ilícita de fugir ao tributo, e a palavra elisão para designar a forma lícita de praticar essa
mesma fuga. Na verdade, porém, tanto a palavra evasão, como a palavra elisão, podem ser
utilizadas em sentido amplo, como em sentido restrito. Em sentido amplo significam qualquer
forma de fuga ao tributo, lícita ou ilícita, e em sentido restrito, significam a fuga ao dever jurídico
de pagar o tributo e constituem, pois, comportamento ilícito.
Com efeito, elisão é ato ou efeito de elidir, que significa eliminar, suprimir. E evasão é o ato
de evadir-se, a fuga. Tanto se pode dizer elisão fiscal, no sentido de eliminação ou supressão
do tributo, como evasão fiscal, no sentido de fuga ao imposto. Elisão e evasão têm sentidos
equivalentes. Se tivermos, porém, de estabelecer uma diferença de significado entre esses dois
termos, talvez seja preferível, contrariando a preferência de muitos, utilizarmos evasão para
designar a conduta lícita, e elisão para designar a conduta ilícita. Realmente, elidir é eliminar, ou
suprimir, e somente se pode eliminar, ou suprimir, o que existe.
Assim, quem elimina ou suprime um tributo, está agindo ilicitamente, na medida em que está
eliminando ou suprimindo a relação tributária já instaurada. Por outro lado, evadir-se é fugir, e
quem foge está evitando, podendo a ação de evitar ser preventiva. Assim, quem evita pode estar
agindo licitamente.
Seja como for, essa questão terminológica fica sem importância na medida em que se esclareça
o sentido em que se está empregando uma ou a outra expressão.

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Obrigação Tributária

O que importa, a rigor, é saber se o comportamento adotado pelo contribuinte para fugir, total
ou parcialmente, ao tributo (evasão fiscal), ou para eliminar, ou suprimir, total ou parcialmente,
o tributo
(elisão fiscal), é um comportamento lícito ou ilícito. Em outras palavras, a questão essencial
que deve ser enfrentada é a de saber se em determinado caso ocorreu, ou não, o fato gerador da
obrigação tributária e qual a sua efetiva dimensão econômica.
Assim, quando se fala em norma geral antielisão, o que na verdade se tem em vista é uma norma
dirigida ao intérprete e aplicador da lei tributaria, que o autoriza a fugir dos limites da norma
tributária definidora da hipótese de incidência do tributo, para alcançar situações nela não pre-
vistas. Abre-se, então, espaço para uma interminável polêmica a respeito dos referidos limites,
vale dizer, em torno do efetivo alcance da norma definidora da incidência tributária. Polêmica
que nos leva ao terreno da hermenêutica, pois, na verdade, a verdadeira questão que se instaura
é urna questão de interpretação jurídica. Assunto vasto e extremamente complexo, cuja abor-
dagem completa certamente aqui não se justifica.
Qualquer que seja a posição que se adote, tem-se de admitir que uma norma geral antielisão nada
mais é do que um reforço aos poderes da administração tributária. Colocada, como está, em texto
de lei complementar pode ter sua constitucionalidade contestada, pois colide com o princípio da
legalidade que tem como um de seus desdobramentos essenciais a tipicidade, vale dizer, a exi-
gência de definição, em lei, da situação específica cuja concretização faz nascer o dever de pagar
tributo. (Hugo de Brito Machado, em Curso de Direito Tributário, 24 ed., páginas 131-133, Malheiros
Editores)

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RESUMO

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Obrigação Tributária

Pagamento de tributo ou de penali-


Obrigação tributária principal. Decorre da lei.
dade pecuniária.
prestações positivas ou negativas
(fazer ou não fazer algo, formalidades)
Obrigação tributária acessória decorre da legislação
no interesse da arrecadação ou da
fiscalização de tributos.

Ato ou negócio jurídico condicional


reputam-se perfeitos e acabados desde o
Sendo a condição suspensiva
momento do implemento da condição.
reputam-se perfeitos e acabados desde o
Sendo a condição resolutória
momento da sua prática ou celebração.

Elisão fiscal Elusão fiscal (elisão ineficaz/ilícita) Evasão fiscal

Planejamento tri- Simulação de um negócio aparente-


Sonegação fiscal.
butário lícito. mente lícito. Há abuso de formas.

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Obrigação Tributária

O sujeito ativo da obrigação tributária é a pessoa jurídica de direito público, titular da


competência para exigir o seu cumprimento.
O sujeito passivo da obrigação tributária é o devedor, é a pessoa obrigada a cumprir a
obrigação principal ou acessória.

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Obrigação Tributária

QUESTÕES COMENTADAS EM AULA


001. (CESPE/AUDITOR-FISCAL/SEFAZ-AL/2020) No que se refere a legislação tributária, obri-
gação tributária e crédito tributário, julgue o item que se segue.
A obrigação tributária principal corresponde a uma prestação pecuniária que tenha como
objeto o pagamento de tributo ou de multa por descumprimento da legislação tributária e,
diferentemente da obrigação acessória, submete-se à reserva de lei em sentido formal.

002. (ESAF/ANALISTA TÉCNICO DE POLÍTICAS SOCIAIS/MPOG/2012) Avalie os itens a seguir


e assinale a opção correta.
I – A relação jurídico-tributária é, por excelência, uma relação obrigacional, correspon-
dendo a um vínculo entre o Estado (sujeito ativo), e as pessoas físicas ou jurídicas
(sujeitos passivos) obrigadas ao pagamento de tributo ou penalidade.
II – As multas e os juros, bem como o respectivo crédito são considerados como obriga-
ção tributária acessória.
III – As obrigações principais existem no interesse da fiscalização ou arrecadação de tribu-
tos e decorrem da legislação tributária.

a) Somente os itens I e II estão corretos.


b) Os itens I, II e III estão corretos.
c) Somente os itens II e III estão corretos.
d) Somente os itens I e III estão corretos.
e) Somente o item I está correto.

003. (FUNDATEC/AUDITOR-FISCAL DE TRIBUTOS MUNICIPAIS/SANTO AUGUSTO-RS/2020)


No que se refere à obrigação tributária principal e à obrigação tributária acessória, indique a
afirmativa INCORRETA.
a) A obrigação acessória tem por objeto as prestações – positivas ou negativas –, nela pre-
vistas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
b) A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação
principal relativamente à penalidade pecuniária.
c) A obrigação principal extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
d) A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador.
e) A obrigação principal tem por objeto o pagamento do crédito fiscal, desde que este não se
refira à penalidade pecuniária.

004. (CESPE/AUDITOR-FISCAL/SEFAZ-AL/2020) No que se refere a legislação tributária, obri-


gação tributária e crédito tributário, julgue o item que se segue.
No âmbito do direito tributário, prevalece a máxima civilista de que o acessório segue o princi-
pal, de tal forma que a extinção da obrigação principal implica a extinção da obrigação aces-
sória, dada a relação de subordinação existente entre elas.

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005. (ESAF/AUDITOR-FISCAL/RFB/2009/ADAPTADA) Sobre a obrigação tributária principal e


acessória e sobre o fato gerador do tributo, julgue o item a seguir.
A instituição de obrigação acessória, com a finalidade de dar cumprimento à obrigação prin-
cipal, deve atenção ao princípio da estrita legalidade.

006. (VUNESP/CONTADOR LEGISLATIVO/CM-MAUÁ-SP/2019) São elementos da obrigação


tributária:
a) alíquota, governo, fato gerador e objeto.
b) credor, governo, fato gerador e objeto.
c) devedor, sujeito passivo, fato gerador e alíquota.
d) fato gerador, sujeito ativo, sujeito passivo e objeto.
e) governo, contribuinte, alíquota e lucro.

007. (CESPE/JUIZ ESTADUAL/TJ-PR/2019) Duas pessoas celebraram entre si um contrato


de prestação de serviço sujeito a uma condição suspensiva. A natureza dessa prestação su-
jeita uma das partes ao pagamento de uma taxa, para a qual não há regramento específico na
hipótese de negócio jurídico condicional.
Nessa situação, o fato gerador da obrigação tributária principal ocorre no momento
a) da efetiva prestação do serviço.
b) da celebração do negócio jurídico.
c) da prática do ato jurídico condicional.
d) do implemento da condição suspensiva.

008. (VUNESP/CONTADOR/TRANSERP/2019) Trata-se da execução de procedimentos, antes


do fato gerador, para reduzir, eliminar ou postergar a tipificação da obrigação tributária, ca-
racterizando, assim, a legitimidade do planejamento tributário.
a) Evasão fiscal.
b) Guerra fiscal.
c) Elisão fiscal.
d) Renúncia fiscal.
e) Política fiscal.

009. (ESAF/PROCURADOR/PGFN/2012/ADAPTADA) Sobre o chamado “abuso de formas”,


tema relacionado à interpretação econômica do direito tributário, julgue o item a seguir.
A doutrina e a jurisprudência entendem que o planejamento tributário feito antes da ocor-
rência do fato gerador é lícito, enquanto aquele realizado após a ocorrência do fato gerador
é ilícito.

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010. (ESAF/ANALISTA CONTÁBIL FINANCEIRO/SEFAZ-CE/2007/ADAPTADA) Julgue o item a


seguir. Quando o Código Tributário Nacional, em seu art. 116, parágrafo único, prevê a pos-
sibilidade de que a autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídi-
cos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a
natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos
a serem estabelecidos em lei ordinária, podemos afirmar que estamos diante de norma geral
anti-elisão.

011. (CESPE/JUIZ ESTADUAL/TJ-PR/2019) De acordo com o Código Tributário Nacional, o


sujeito ativo da obrigação tributária principal é a pessoa
a) jurídica de direito público titular da competência de exigir o cumprimento da obrigação.
b) jurídica de direito público destinatária do produto da arrecadação do referido tributo.
c) física ou jurídica obrigada ao pagamento do tributo ou da penalidade pecuniária de natu-
reza tributária.
d) física ou jurídica que tenha relação pessoal e direta com a situação que constitui o respec-
tivo fato gerador.

012. (CESPE/AUDITOR-FISCAL/SEFAZ-DF/2020) No que se refere a aplicação da lei e respon-


sabilidade tributária, julgue o item seguinte.
É incompatível com o Código Tributário Nacional lei distrital que admita a indicação do su-
jeito passivo do imposto sobre transmissão de bens imóveis (ITBI) pelas partes no contrato
de compra e venda de imóvel, pois as convenções particulares não são oponíveis à fazen-
da pública.

013. (FCC/ASSISTENTE TÉCNICO FAZENDÁRIO/MANAUS/2019) O CódigoTributário Nacional


estabelece regras relativas ao sujeito ativo e ao sujeito passivo de obrigações tributárias. De
acordo com esse Código,
a) o sujeito ativo da obrigação principal é a pessoa natural ou jurídica obrigada ao pagamento
de imposto devido antecipadamente por substituição tributária.
b) diferencia-se o sujeito ativo do sujeito passivo da obrigação acessória, porque o primeiro é
o que paga o tributo antes do vencimento, enquanto o segundo é o que paga tributo vencido,
com os devidos acréscimos legais.
c) o sujeito passivo da obrigação principal diz-se responsável, quando, sem revestir a condi-
ção de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei.
d) o sujeito passivo de obrigação acessória é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo por
meio de estampilha ou selo.
e) o sujeito ativo é o contribuinte de obrigação acessória, enquanto o sujeito passivo é o su-
jeito ativo que deixou de pagar tributo no prazo fixado em lei.

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014. (FCC/AUDITOR-FISCAL DE TRIBUTOS MUNICIPAIS/MANAUS-AM/2019) O Município de


“Nova Esperança” (Município fictício) resultou do desmembramento territorial do Município
de “Todos os Santos” (Município fictício), que perdeu parte de seu território. No tocante, por
exemplo, ao IPTU incidente sobre os imóveis localizados no território que passou a constituir
o novo Município, o Código Tributário Nacional estabelece que o Município de
a) “Nova Esperança”, salvo disposição de lei em contrário, sub-roga-se nos direitos do Muni-
cípio de “Todos os Santos”, relativamente ao IPTU incidente sobre os imóveis localizados no
território do Município que acaba de ser criado.
b) “Todos os Santos”, desde que haja previsão expressa de lei, sub-roga-se nos direitos do
Município de “Nova Esperança”, relativamente ao IPTU incidente sobre os imóveis localizados
no território do Município que acaba de ser criado.
c) “Nova Esperança”, desde que haja previsão expressa de lei, sub-roga-se nos direitos do
Município de “Todos os Santos”, relativamente ao IPTU incidente sobre os imóveis localiza-
dos no território do Município que acaba de ser criado.
d) “Todos os Santos” sub-roga-se nos direitos do Município de “Nova Esperança”, relativa-
mente ao IPTU incidente sobre os imóveis localizados no território do Município que acaba de
ser criado.
e) “Nova Esperança”, desde que haja previsão expressa de lei complementar, sub-roga-se nos
direitos do Município de “Todos os Santos”, relativamente ao IPTU incidente sobre os imóveis
localizados no território do Município que acaba de ser criado.

015. (FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/AUDITOR-FISCAL/2016) Joãozinho, com seis anos


de idade, recebeu doação de seus avós, a qual foi devidamente aceita pelos seus pais, em seu
nome. Marcelo, empresário, perdeu o direito de administrar diretamente os seus bens, desde a
decretação da falência de sua empresa, consoante o que determina o art. 103 da Lei Federal no
11.101/05. A empresa Serviços Gerais Ltda., prestadora de serviços previstos na Lista de Servi-
ços anexa à Lei Complementar Federal no 116/03, funciona sem a devida inscrição no Cadastro
de Contribuintes do ISS do Município em que se localiza, mas atua comercialmente como se
regular fosse. Por determinação judicial, Maria Luisa encontra-se internada em hospital para
doentes mentais, por sofrer de moléstia que a impede de praticar os atos do dia a dia, em razão
de profunda alienação mental. De acordo com as regras do Código Tributário Nacional, atinen-
tes à capacidade tributária das pessoas para serem sujeitos passivos de obrigação tributária
principal,
a) a empresa Serviços Gerais Ltda. reveste a condição de sujeito passivo do IPTU relativo ao
terreno que a referida sociedade adquiriu e no qual se localiza a sede da referida empresa.
b) Maria Luisa, que perdeu suas faculdades mentais, não reveste, por causa disso, a con-
dição de sujeito passivo do Imposto de Renda, embora aufira rendimentos tributáveis por
esse imposto.

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Obrigação Tributária

c) Marcelo não pode ser identificado como sujeito passivo do IPVA de veículo de sua proprie-
dade, em relação aos fatos geradores ocorridos após a perda do direito de administrar seus
bens, justamente por causa dessa perda.
d) a empresa Serviços Gerais Ltda. não reveste a condição de sujeito passivo do ISS em rela-
ção aos serviços que presta, porque não está regularmente constituída, ainda que configure,
indubitavelmente, uma unidade econômica.
e) Joãozinho, por ser menor de idade, não pode ser identificado como sujeito passivo do IT-
CMD incidente sobre a doação recebida, ainda que a lei ordinária competente preveja que o
donatário é o contribuinte desse imposto.

016. (CESPE/ERSPT/ANATEL/2014) No que concerne à sujeição tributária ativa e passiva e a


solidariedade e domicílio tributários, julgue o próximo item.
Se duas pessoas tiverem interesse comum em situação que constitua o fato gerador de uma
obrigação tributária principal, essas pessoas serão solidariamente responsáveis, na exata
ordem da dimensão do interesse econômico de cada uma delas.

017. (CESPE/ERSPT/ANATEL/ANATEL/2014) No que concerne à sujeição tributária ativa e


passiva e a solidariedade e domicílio tributários, julgue o próximo item.
Se dois contribuintes forem solidariamente responsáveis por uma obrigação tributária, o ad-
vento de uma remissão geral objetiva do crédito afetará igualmente aos dois devedores.

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Obrigação Tributária

QUESTÕES DE CONCURSOS
CESPE

018. (CESPE/ADVOGADO/EBSERH/2018) Com relação à obrigação tributária principal e à


acessória, julgue o item subsequente.
Obrigação tributária acessória relaciona-se à obrigação de fazer ou não fazer algo ou permitir
que algo seja feito pela administração tributária em prol da arrecadação ou fiscalização que
lhe compete.

A obrigação tributária acessória pode ser entendida como um auxílio do contribuinte no pro-
cesso burocrático de arrecadação ou fiscalização por parte do fisco. Como tem o caráter de
apoio, essa “ajuda” não envolve pagamento de tributos, mas o seu descumprimento resultará
em uma penalidade pecuniária, convertendo, assim, a penalidade em uma obrigação principal.
Repare que é possível que exista uma obrigação acessória de não fazer do contribuinte, no
que diz com a facilitação da fiscalização tributária.
Nesse sentido, é correto dizer que também pode ser considerada essa relação de permissão
para a ação da administração tributária em prol da arrecadação ou da fiscalização
Veja a redação do CTN:

Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.


(...)
§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positi-
vas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação
principal relativamente à penalidade pecuniária.
Certo.

019. (CESPE/ADVOGADO/EBSERH/2018) Com relação à obrigação tributária principal e à


acessória, julgue o item subsequente.
Quando não cumprida, a obrigação acessória se converte em principal no tocante à penalida-
de pecuniária.

A obrigação acessória não tem o objetivo de carrear recursos para os cofres públicos.
Na verdade, ela ajuda o fisco nas atividades de arrecadação e fiscalização dos tributos. En-
tretanto, o descumprimento dessa obrigação irá gerar uma penalidade pecuniária, essa sim,
parte da obrigação principal. Note a redação do CTN:

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Obrigação Tributária

Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.


§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de
tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
(...)
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação
principal relativamente à penalidade pecuniária.
Certo.

020. (CESPE/ANALISTA PORTUÁRIO-FINANCEIRA E AUDITORIA INTERNA/EMAP/2018) No


que se refere a tributos, julgue o item a seguir.
Penalidade pecuniária aplicada em razão de descumprimento de obrigação tributária não se
classifica como imposto, mas sim tributo, em sentido amplo, pois tem natureza compulsória.

A penalidade pecuniária, no âmbito tributário, não se classifica como imposto ou como tri-
buto, mas apenas se reveste da característica de obrigação tributária principal, para fins de
melhor cobrança dos valores.
O CTN transforma a penalidade em obrigação tributária principal para que o seu pagamento
detenha as benesses da cobrança tributária. Entretanto, essa penalidade, sanção de ato ilíci-
to, não se reveste da característica de um tributo.
Note a redação do CTN:

Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada.
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de
tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positi-
vas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação
principal relativamente à penalidade pecuniária.
Errado.

021. (CESPE/DELEGADO/PF/2018) A empresa XZY Ltda., contribuinte do ICMS, pagava men-


salmente esse tributo a determinado estado da Federação, no dia 15 de cada mês. No dia
30/6/2017, esse estado editou ato normativo que alterava a data do pagamento do referido
tributo para o dia 10 de cada mês, entrando tal ato em vigor no dia 1º/7/2017. Sem saber da
alteração, a empresa XZY Ltda. pagou o tributo no dia 15/7/2017, o que acarretou multa e
juros de mora pelo pagamento com atraso.

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Obrigação Tributária

Nessa situação hipotética,


a penalidade pecuniária aplicada à empresa XZY Ltda. pelo pagamento do ICMS com atraso
constitui uma obrigação acessória.

Os pagamentos do tributo e da multa são considerados como obrigação tributária principal e


não acessória.
O examinador tenta confundir a cabeça do candidato ao afirmar que a multa pelo atraso con-
figura uma obrigação acessória.
Errado.

022. (CESPE/AUDITOR-FISCAL/SEFAZ-RS/2019-ADAPTADA) A atividade estatal de arreca-


dação de tributos depende do cumprimento de obrigações de naturezas distintas pelo con-
tribuinte e pelo não contribuinte, para que se materialize todo o percurso de lançamento, co-
brança e fiscalização do crédito tributário.
Com relação a esse assunto, julgue o item a seguir.
A obrigação acessória, quando descumprida por terceiro não contribuinte, converte-se em
principal, exceto quanto às penalidades pecuniárias.

A obrigação acessória quando descumprida converte-se em obrigação tributária principal,


relativamente às penalidades pecuniárias.
Errado.

023. (CESPE/PROCURADOR MUNICIPAL/FORTALEZA-CE/2017) No que se refere à teoria do


tributo e das espécies tributárias, julgue o item seguinte.
A relação jurídica tributária, que tem caráter obrigacional, decorre da manifestação volitiva do
contribuinte em repartir coletivamente o ônus estatal.

A relação existente entre Estado e contribuinte é realmente de caráter obrigacional, conforme


declara a questão.
Entretanto, o Estado institui tributos, mediante lei, e o sujeito passivo é obrigado a pagá-los, inde-
pendentemente da sua vontade, por isso que o CTN fala em prestação pecuniária compulsória, que
é aquela situação em que a vontade do contribuinte é irrelevante para o pagamento dos impostos.
Nesse sentido, podemos afirmar que o erro da questão é afirmar que existe a possibilidade de
escolha do contribuinte de pagar ou não os tributos que são devidos. A obrigação tributária
é ex-lege e não ex-voluntate.
Errado.

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Obrigação Tributária

024. (CESPE/PROCURADOR MUNICIPAL/FORTALEZA-CE/2017) Julgue o seguinte item, a res-


peito de obrigação tributária e crédito tributário.
O CTN qualifica como obrigação tributária principal aquela que tem por objeto uma prestação
pecuniária, distinguindo-a da obrigação tributária acessória, cujo objeto abrange as condutas
positivas e negativas exigidas do sujeito passivo em prol dos interesses da administração
tributária e as penalidades decorrentes do descumprimento desses deveres instrumentais.

A questão erra quando afirma que as penalidades pecuniárias são acessórias, quando, na
verdade, são obrigações principais.
Não é porque uma penalidade advém do descumprimento de uma obrigação acessória que
ela também será considerada acessória, o que acontece é uma conversão da obrigação aces-
sória em obrigação principal.

Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.


§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de
tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positi-
vas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação
principal relativamente à penalidade pecuniária.
Errado.

025. (CESPE/AUDITOR/TCE-PA/2016) A sociedade empresária XYZ, que tem por objeto social
o comércio de roupas e acessórios, encontra estabelecida em Belém – PA. No desenvolvi-
mento de sua atividade empresarial, essa pessoa jurídica prestava as declarações exigidas
pela legislação tributária relativamente ao imposto sobre operações relativas à circulação de
mercadorias e prestação de serviço de transporte interestadual e intermunicipal e de comuni-
cação (ICMS) e efetuava o pagamento antecipado do crédito tributário. A partir de dezembro
de 2011, embora a sociedade empresária tenha continuado a enviar as declarações, deixou de
efetuar o pagamento do valor correspondente à obrigação principal. Em fevereiro de 2016, a
secretaria de fazenda estadual identificou, mediante fiscalização no estabelecimento empre-
sarial, o descumprimento das obrigações principal e acessórias relativas ao pagamento do
ICMS, tais como a emissão de notas fiscais e preenchimento de livro fiscal obrigatório.
A respeito dessa situação hipotética, julgue o item seguinte.
O descumprimento de obrigação de emissão de nota fiscal dá ensejo à realização, pelo poder
público, do lançamento de ofício, para fins de aplicação da penalidade cabível. Nesse caso, a
multa aplicada equipara-se ao crédito decorrente da obrigação principal, em virtude da sua
natureza jurídica de obrigação de dar.

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Obrigação Tributária

Exatamente, pois o descumprimento de uma obrigação acessória irá gerar uma pena-
lidade pecuniária, e tal penalidade tem natureza de obrigação principal, uma vez que o
contribuinte tem o dever de pagar, independentemente da sua vontade.
Certo.

026. (CESPE/PROCURADOR/PGE-AM/2016) Considerando os limites ao exercício do po-


der de tributar, julgue o item.
Para fins de cobrança, as penalidades pecuniárias impostas ao contribuinte em virtude
do descumprimento de obrigações acessórias são equiparadas à obrigação tributária
principal, visto que ambas constituem obrigação de dar.

Exatamente, a penalidade pecuniária é caracterizada como obrigação tributária principal


pelo CTN e assim se equipara à obrigação tributária principal que decorre da ocorrência
do fato gerador material. De fato, são ambas obrigações de dar, pois se relacionam ao
pagamento do tributo e da penalidade.
Certo.

027. (CESPE/PROCURADOR/AGU/2006) Os tributos são compreendidos por meio do seu


fato gerador, da obrigação tributária, do lançamento e do crédito tributário, entre outros
elementos importantes. Com base no Código Tributário Nacional, na Constituição Fede-
ral e na legislação tributária, julgue o item a seguir.
Todo tributo é uma obrigação tributária principal, mas nem toda obrigação tributária
principal é um tributo.

A questão está correta, pois podemos citar, por exemplo, as multas, as quais têm ca-
racterísticas de uma obrigação principal, mas que não podem ser consideradas como
tributos, já que surgem em decorrência do descumprimento das obrigações tributárias
acessórias.
Nesse caso, podemos defini-las como principais porque o contribuinte tem o dever de
pagá-las, assim como os tributos, mas não são consideradas como tal, pois sua origem
está na inobservância da lei.
Certo.

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Obrigação Tributária

028. (CESPE/PROCURADOR/MPTCU/2004) No que se refere ao crédito tributário, nos termos


do Código Tributário Nacional e das lições doutrinárias, julgue os itens seguintes.
O crédito tributário é constituído pelo surgimento da obrigação tributária principal.

Ocorrido o fato gerador, nasce a obrigação tributária. Da obrigação tributária, por meio do
lançamento, surge o crédito tributário. O crédito não é constituído então pelo surgimento da
obrigação tributária. Ele é constituído pelo lançamento.
Note a dicção do CTN:

Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.


§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de
tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
(...)
Art. 139. O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza desta.
(...)
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo
lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do
fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do
tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
Errado.

029. (CESPE/PROCURADOR/PGE-BA/2014) De acordo com determinada norma tributária, a


venda de mercadoria gera a necessidade de registro contábil e do pagamento do tributo devi-
do. A respeito desse tema, julgue o item seguinte.
O registro da referida venda é uma obrigação tributária, mas não o fato gerador do tributo.

O registro é uma obrigação tributária acessória, mas não é considerado como fato gerador do
tributo, pois tal fato é concretizado com a venda da mercadoria, e não com o registro. Por esse
motivo a questão está correta.
Certo.

030. (CESPE/ERSPT/ANATEL/2014) Consoante as regras tributárias, após a ocorrência de


determinados fatos, surgem obrigações tributárias. Acerca dessas obrigações e dos fatos
geradores, julgue o item subsecutivo conforme disposições do CTN.
Considere que determinado médico tenha sido contratado particularmente e de forma incon-
dicional para realizar uma cirurgia de alto risco em um paciente e que o paciente tenha fale-
cido na cirurgia. Nessa situação, apesar do falecimento, ocorreu o fato gerador do imposto
sobre serviços de qualquer natureza, já que, para a definição do fato gerador, não se devem
levar em conta os efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.
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Obrigação Tributária

Exatamente, o que importa para o surgimento do imposto é a prestação do serviço e não o


resultado do trabalho. Mesmo que o paciente tenha falecido no procedimento, o fato gerador
ocorreu, que, nesse caso, foi o serviço prestado, logo, o imposto é devido.
Certo.

031. (CESPE/CONSULTOR LEGISLATIVO/CAM. DEP./2014) Acerca dos fundamentos de ges-


tão fiscal, julgue o item que se segue.
Empresa que pratica elisão fiscal em decorrência de lacunas na legislação tributária não po-
derá ser punida.

Exatamente, a elisão fiscal é aquela situação em que a empresa faz um planejamento tributá-
rio adequado e dentro da lei, e consegue diminuir a carga tributária de forma lícita. É importan-
te, nesse contexto, citar a evasão fiscal, que diz respeito ao uso de mecanismos ilícitos para
ludibriar o fisco e não pagar os impostos devidos, maquiando as demonstrações contábeis,
por exemplo. Diante desses entendimentos, podemos afirmar que a questão está correta.
Certo.

032. (CESPE/ANALISTA/MPU/2013) No tocante aos princípios e às normas sobre tributação


de um modo geral, julgue o próximo item.
O imposto de renda das pessoas físicas é o exemplo típico de tributo caracterizado pela ocor-
rência do fato gerador continuado, pois se trata de situação duradoura, que pode manter-se
estável ao longo do tempo.

Na verdade, o imposto de renda é um tributo que tem o fato gerador complexo ou periódico,
que é aquele fato variável (variação de rendimentos durante o ano), que ocorre durante um
determinado período de tempo, que ao final são somados e irão compor a base de incidência.
Fato gerador continuado é aquele que acontece enquanto persistir a situação que dá ensejo
à incidência, e no qual o imposto é processado em um único momento, geralmente por ficção
legal, como é o caso do IPVA, por exemplo.
Nesses casos, como a hipótese de incidência é ser proprietário de um determinado bem, a
partir do momento da sua aquisição o tributo passa a incidir. Ato contínuo, só terminará sua
incidência quando não existir mais a relação de propriedade.
Para tornar factível a cobrança, a lei estipula, de forma ficta, um marco para a incidência e a
cobrança, por exemplo, o primeiro dia do ano.
Errado.
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033. (CESPE/ERACA/ANCINE/2005) A empresa Calça Faroeste Ltda., estabelecida no Distrito


Federal, atua no ramo do comércio de confecções. Mensalmente ela tem que declarar ao fisco
o valor total dos produtos vendidos e recolher o imposto devido em face dessas vendas.
Considerando essa situação hipotética e as normas estabelecidas no Código Tributário Na-
cional (CTN), julgue o item que se segue.
A ocorrência do fato gerador que faz surgir a obrigação da Calça Faroeste Ltda. De pagar o
imposto devido se dá, tratando-se de situação jurídica, no momento em que se verifiquem
as circunstâncias necessárias para a sua constituição, independentemente de estar ou não
definitivamente constituída.

A questão mistura os conceitos do artigo 116 do CTN. No caso da venda de mercadorias, ge-
ralmente falamos de uma situação de fato, porém é possível que a incidência se dê em face de
uma situação jurídica, em que não ocorra a efetiva saída da mercadoria do estabelecimento
vendedor, mas sim a circulação jurídica do bem, que muda de proprietário.
Nesse último caso, o inc. II do artigo 116 do CTN regula o momento da ocorrência do fato gera-
dor, qual seja, “desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos termos de direito
aplicável”.

Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes
os seus efeitos:
I – tratando-se de situação de fato, desde o momento em que o se verifiquem as circunstâncias
materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios;
II – tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente constituída,
nos termos de direito aplicável.
Errado.

034. (CESPE/DEFENSOR PÚBLICO/DPE-SE/2005) Julgue o item que se segue.


Tendo a autoridade administrativa descoberto manobras realizadas pelo contribuinte para
dissimular a ocorrência do fato gerador, poderá desconsiderar o negócio jurídico realizado,
aplicando a norma geral antielisão.

Ao verificar uma manobra para tentar mascarar determinado negócio jurídico, o auditor deve-
rá aplicar a legislação na situação encontrada, a fim de cobrar os impostos incidentes naque-
la operação, sem levar em consideração o negócio jurídico realizado.
A base legal está impressa no parágrafo único do artigo 116 do CTN:

Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes
os seus efeitos:

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Obrigação Tributária

I – tratando-se de situação de fato, desde o momento em que o se verifiquem as circunstâncias


materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios;
II – tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente constituída,
nos termos de direito aplicável.
Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos pra-
ticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos
elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabele-
cidos em lei ordinária. (Incluído pela LCP n. 104, de 2001)
O que importa para a autoridade administrativa é o fato gerador da situação e não as mano-
bras do negócio jurídico, por esse motivo a questão está correta.
Certo.

035. (CESPE/ANALISTA/STJ/2018) Julgue o item que se segue, a respeito das disposições do


Código Tributário Nacional (CTN).
O contribuinte é o sujeito passivo da obrigação principal, enquanto o responsável é o sujeito
passivo da obrigação acessória.

A divisão está equivocada. É possível que em uma relação tributária nascida em face da ocor-
rência de um fato gerador de obrigação tributária principal existam tanto um contribuinte
quanto um responsável pela mesma obrigação.
Nesse sentido, é importante lembrar que o contribuinte é aquele que tem relação pessoal e
direta com o fato gerador e o responsável é aquele que não se reveste como contribuinte, mas
tem obrigação em virtude de lei.

Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou
penalidade pecuniária.
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
I – contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo
fato gerador;
II – responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de dispo-
sição expressa de lei.
Errado.

036. (CESPE/PROCURADOR/PGM-MANAUS/2018) Julgue o item que se segue à luz do que


dispõe o Código Tributário Nacional.
Apenas pessoas jurídicas de direito público podem figurar como sujeitos ativos de obrigações
tributárias.

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Obrigação Tributária

Exatamente, somente as pessoas jurídicas de direito público podem ser sujeito ativo, pois
essa vedação faz parte da competência tributária, que é aquela em que garante aos entes o
poder de instituir e legislar sob os tributos de sua competência.
Por esse motivo, segundo o CTN, não há a possibilidade de uma pessoa jurídica de direito pri-
vado ocupar o polo ativo da relação jurídico tributária. Note o disposto no artigo 119 do CTN:

Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência
para exigir o seu cumprimento.
Certo.

037. (CESPE/ADVOGADO/EBSERH/2018) A relação jurídico-tributária estabelecida entre o


estado e os contribuintes destina-se à arrecadação de tributos e gera os sujeitos ativo e pas-
sivo, bem como as interações entre si e quanto a terceiros. Considerando essa informação,
julgue o item a seguir.
O município que se constituir pelo fracionamento de território assumirá o polo inverso da re-
lação jurídico-tributário em relação ao que fora desmembrado.

Na verdade, o novo território usará a legislação do ente em que era parte, até que entre em vi-
gor a sua própria legislação. E assim sendo, ele continuará sendo sujeito ativo e não passivo,
ou seja, não haverá essa inversão que foi informada na questão. Por esse motivo, a questão
está errada.
Note a redação do artigo 120 do CTN:

Art. 120. Salvo disposição de lei em contrário, a pessoa jurídica de direito público, que se constituir
pelo desmembramento territorial de outra, sub-roga-se nos direitos desta, cuja legislação tributá-
ria aplicará até que entre em vigor a sua própria.
Errado.

038. (CESPE/PROCURADOR MUNICIPAL/FORTALEZA-CE/2017) Julgue o seguinte item, a res-


peito de obrigação tributária e crédito tributário.
O sujeito passivo da obrigação principal denomina-se contribuinte quando, dada sua vincu-
lação ao fato gerador, sua sujeição decorre expressamente de determinação legal, ainda que
não tenha relação pessoal e direta com a ocorrência de tal fato.

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Obrigação Tributária

Pelo contrário, para que o sujeito passivo seja considerado um contribuinte, é necessário que
ele tenha uma relação pessoal e direta com o fato gerador do tributo.
A questão inverte os conceitos, pois essas características são do sujeito passivo responsá-
vel e não do contribuinte, assim sendo, podemos afirmar que essa situação constitui o erro
da questão.

Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou
penalidade pecuniária.
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
I – contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo
fato gerador;
II – responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de dispo-
sição expressa de lei.
Errado.

039. (CESPE/PROCURADOR/AGU/2006) Os tributos são compreendidos por meio do seu fato


gerador, da obrigação tributária, do lançamento e do crédito tributário, entre outros elementos
importantes. Com base no Código Tributário Nacional, na Constituição Federal e na legislação
tributária, julgue o item a seguir.
A regra é que as convenções particulares relativas à responsabilidade pelo pagamento de
tributos podem ser opostas à Fazenda Pública, desde que estejam (convenções ou contratos)
registrados em cartório competente para que tenham validade perante terceiros.

As convenções particulares não podem ser opostas à Fazenda Pública, independentemente


de serem ou não registradas em cartório.
Tal registro não garante legalidade à ação, ou seja, as convenções ou contratos não podem
modificar a definição legal do sujeito passivo. Entretanto, caso haja alguma lei que dê valida-
de a esse tipo de tratativa entre particulares, essa modificação poderá ocorrer.
Como a questão não informou nada disso, ela deve ser considerada errada. Note o disposto
no art. 123 do CTN:

Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsa-
bilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a
definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes.
Errado.

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Obrigação Tributária

040. (CESPE/PROCURADOR/PG-DF/2013) Paulo e Jorge, residentes em Goiânia – GO e


sem endereço fixo no DF, iniciaram um negócio de vendas de veículos em uma sala no DF
para moradores tanto do DF quanto de outros estados, sendo as operações comerciais
todas feitas a pedido de clientes que deixavam seus veículos para venda. Após denúncia,
o fisco do DF constatou que as operações de venda dos veículos estavam sendo feitas
sem o pagamento do respectivo tributo e que não havia inscrição no cadastro fiscal de
qualquer sociedade empresária para a realização de tais operações.
Considerando a situação hipotética acima apresentada, julgue o seguinte item.
Paulo e Jorge são responsáveis tributários em razão da infração, visto que eles não po-
dem ser considerados contribuintes ou sujeitos passivos diretos.

Na verdade, Paulo e Jorge são contribuintes, pois possuem relação pessoal e direta com
o fato gerador da obrigação tributária e também pela infração que cometeram.
Assim, os dois são sujeitos passivos das obrigações, e não apenas responsáveis, como
afirma a questão.
Errado.

041. (CESPE/DEFENSOR PÚBLICO/DPE-SE/2005) Quanto aos sujeitos da relação jurídica


tributária, julgue o item seguinte.
O tratamento jurídico do sujeito passivo tributário pode ser separado do econômico, daí é
que a pessoa responsável pelo recolhimento do imposto aos cofres públicos pode não ser
o que suporta o ônus do tributo.

Realmente, quando tratamos de impostos indiretos, quem suporta o ônus econômico pode
ser uma pessoa distinta daquela que possui o dever legal de recolher o tributo.
Temos aí, então, a figura do contribuinte de direito e do contribuinte de fato.
No caso do ICMS, por exemplo: o consumidor final paga o valor do imposto que está
incluído no preço e o comerciante fica “responsável” pelo recolhimento do valor aos co-
fres públicos.
O consumidor é o contribuinte de fato, e o comerciante, o contribuinte de direito.
Note que, apesar de o comerciante ser o “responsável” pelo recolhimento do valor do tri-
buto aos cofres públicos, essa menção é à responsabilidade em sentido amplo e não à
responsabilidade tributária como espécie de sujeição passiva.
Nesse caso, o comerciante é, sim, sujeito passivo da espécie contribuinte.
Certo.

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042. (CESPE/ANALISTA/STJ/2018) À luz das disposições do Código Tributário Nacional


(CTN), julgue o item a seguir.
Havendo vários devedores solidários de determinado crédito tributário, eventual isenção ou-
torgada pessoalmente a um deles não exonerará os demais, salvo se houver previsão legal
em contrário.

Note a redação do CTN, artigo 125, II:

Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:
(...)
II – a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmen-
te a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo;
É importante entender que, em regra, a isenção atinge todos os devedores, porém existe a
exceção que permite que tal benesse seja outorgada de forma individual.
Portanto, é plenamente possível que o benefício seja concedido apenas a uma pessoa e, as-
sim, os demais devedores ficariam obrigados a arcar com o resto da obrigação pelo saldo.
Certo.

043. (CESPE/PROMOTOR/MPE-RR/2008) Julgue o item a seguir, que trata de obrigação, de


responsabilidade e de crédito tributários, consoante o Código Tributário Nacional.
Para que dois contribuintes sejam solidariamente responsáveis pelo pagamento de um tribu-
to, é necessário que tal situação seja expressamente designada em lei.

Na verdade, o artigo 124 do CTN nos traz dois tipos de solidariedade: a solidariedade de fato
(inciso I) e a solidariedade de direito (inciso II).

Art. 124. São solidariamente obrigadas:


I – as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação
principal;
II – as pessoas expressamente designadas por lei.
Obviamente, a solidariedade sempre decorre de lei, mas como o próprio artigo 124, em seu
inciso I já traz a delimitação, podemos dizer que o CTN é a lei que prevê a solidariedade.
Por exemplo, se tivermos duas pessoas donas de um imóvel na zona urbana de um município,
ambos serão contribuintes do IPTU. Nesse caso, são solidariamente obrigadas ao pagamento
do tributo, visto que possuem “interesse comum na situação que constitua o fato gerador da
obrigação principal”.
Teremos aí um caso de solidariedade de fato, com base no CTN, artigo 124, I sem que exista
uma delimitação expressa na lei do IPTU atribuindo essa solidariedade.

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Obrigação Tributária

Por outro lado, na solidariedade de direito, é preciso que a lei necessariamente torne respon-
sáveis solidários as pessoas que tenham vínculo com a situação que desencadeia o fato ge-
rador, por exemplo, na atribuição expressa de responsabilidade solidária para determinados
transportadores de mercadorias.
Nesse caso, o transportador não é contribuinte do ICMS na operação, mas a lei pode, se tratar
do tema expressamente, atribuir responsabilidade tributária solidária do ICMS à empresa que
apenas transporta a mercadoria.
Como se vê, na solidariedade de fato não há essa necessidade.
Errado.

044. (CESPE/ERACA/ANCINE/2005) Quanto à solidariedade tributária expressa no CTN, jul-


gue o item abaixo.
A interrupção da prescrição em relação a uma das pessoas solidariamente obrigadas preju-
dica as demais, desde que não haja disposição em contrário.

Essa é a redação do inc. III do artigo 125 do CTN:

Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:
(...)
III – a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos
demais.
Certo.

045. (CESPE/ADVOGADO/AGU/2004) Julgue o item seguinte, referente à obrigação tributária.


Considere a seguinte situação hipotética.
Flávio, Fernando e Francisco são obrigados por uma mesma dívida tributária no valor de R$
9.000,00, pela qual Flávio pagou R$ 3.000,00 ao fisco.
Nessa situação, resta uma dívida de R$ 6.000,00, cuja obrigação recai exclusivamente sobre
Fernando e Francisco.

O primeiro ponto a se destacar é que a assertiva, na sua forma de expressão, deixa a entender
que a obrigação é solidária.
Nesse caso, isso fica claro quando o examinador diz que os três devedores são obrigados por
uma mesma dívida tributária. Sendo devedores solidários, mesmo com o pagamento por um
deles de parte da dívida, ela continuará sendo dever de todos os envolvidos.
Note a disposição do artigo 125 do CTN:

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Obrigação Tributária

Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:
I – o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;
Por isso, mesmo que Flávio tenha efetuado o pagamento de parte do valor, o fisco poderá
cobrar dele o restante da dívida. Dessa forma, a questão está errada, pois a obrigação conti-
nuará a recair sobre todos os envolvidos.
Errado.

FCC

046. (FCC/ADVOGADO LEGISLATIVO-PROCURADOR/2020/ADAPTADA) O Código Tributá-


rio Nacional contempla diversas regras atinentes às obrigações tributárias. De acordo com
esse Código,
a) somente a lei pode estabelecer a definição do fato gerador da obrigação tributária principal
relativa às contribuições de melhoria.
b) a autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados
com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos ele-
mentos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabe-
lecidos no regulamento de cada tributo.
c) interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre dispensa do cumpri-
mento de obrigações tributárias principais, mas não a que disponha sobre dispensa do cum-
primento de obrigações tributárias acessórias.
d) o fato gerador da obrigação tributária principal é qualquer situação que, na forma da legis-
lação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação tributária
acessória.

a) Certa. O fato gerador da obrigação tributária principal de todas as espécies tributárias deve
ser previsto em lei, conforme art. 114 do CTN:

Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e sufi-
ciente à sua ocorrência.
b) Errada. Segundo o parágrafo único do art. 116 do CTN:

(...)a autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com
a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos
constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei
ordinária.
c) Errada. Segundo inc. III do art. 111 do CTN:

(...)interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre dispensa do cumprimento


de obrigações tributárias acessórias.

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Obrigação Tributária

d) Errada. Segundo o art. 114 do CTN transcrito na alternativa “a”, o fato gerador da obri-
gação tributária principal “é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua
ocorrência”.
O § 1º do art. 113 do CTN detalha essa obrigação tributária e afirma que ela surge com a
ocorrência do fato gerador e tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.
O examinador tentou confundir você com o conceito de obrigação tributária acessória previs-
to no art. 115 do CTN:

Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação
aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.
Letra a.

047. (FCC/AUDITOR-FISCAL/SEFAZ-BA/2019/ADAPTADA) Relativamente aos temas obriga-


ção tributária, fato gerador e lançamento, julgue o item a seguir.
A definição legal do fato gerador é interpretada levando-se em consideração a validade jurídi-
ca dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros.

Segundo o inc. I do art. 118 do CTN, a definição legal do fato gerador é interpretada abstrain-
do-se da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis
ou terceiros.
Errado.

048. (FCC/AUDITOR-FISCAL/SEFAZ-BA/2019-ADAPTADA) Relativamente aos temas obriga-


ção tributária, fato gerador e lançamento, julgue o item a seguir.
Tratando-se de situação jurídica, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus
efeitos, desde o momento que se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que
produza os efeitos que normalmente lhe são próprios.

Segundo o art. 116 do CTN, tratando-se de situação de fato é que se considera ocorrido o fato
gerador e existentes os seus efeitos desde o momento que se verifiquem as circunstâncias
materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios.
No caso de situação jurídica, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos,
desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável.
Errado.

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DIREITO TRIBUTÁRIO
Obrigação Tributária

049. (FCC/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/PREFEITURA DE CARUARU-PE/2018) A obrigação


tributária principal
a) surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto exclusivo o pagamento de tributo e
extingue-se com a prescrição do crédito dela decorrente.
b) surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penali-
dade pecuniária e extingue-se com o crédito dela decorrente.
c) surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto a obrigação acessória de prestar in-
formações quando solicitada pela Administração e o pagamento do tributo, desde que exigido.
d) pode se confundir com obrigação acessória, sobretudo para efeitos de pagamento da pe-
nalidade decorrente de descumprimento da lei tributária, considerada a independência estru-
tural dos dois conceitos.
e) tem como fato gerador situação que, na forma do regulamento, impõe a abstenção de ato
que configure obrigação acessória.

A obrigação tributária principal surge com a ocorrência do fato gerador e tem por objeto paga-
mento de (i) tributo ou (ii) penalidade pecuniária, e extingue-se juntamente com o crédito dela
decorrente, conforme CTN, art. 113, par. 1º (alternativa “a” falsa, alternativa “b” certa).
A obrigação principal não se confunde com a obrigação acessória de prestar informações
(alternativa “c” falsa), sendo esta relativa à obrigatoriedade de cumprir deveres instrumentais
que auxiliem o Fisco na fiscalização e arrecadação dos tributos (alternativa “d” falsa).
A obrigação tributária principal deve ser prevista em lei, enquanto a obrigação tributária aces-
sória pode ser prevista em “legislação tributária”, ou seja, ela pode estar não somente prevista
em lei como em outras espécies normativas de hierarquia inferior (alternativa “e” falsa).
Letra b.

050. (FCC/AUDITOR-FISCAL/SEFAZ-SC/2018) O Código Tributário Nacional estabelece que a


“autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com
a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos ele-
mentos constitutivos da obrigação tributária”. De acordo com o referido Código, a norma re-
trotranscrita
a) não poderá ser aplicada, sem prévia autorização judicial.
b) poderá ser aplicada, desde que sejam observados os procedimentos a serem estabeleci-
dos em lei ordinária.
c) é autoaplicável, independentemente da observância de qualquer procedimento.
d) poderá ser aplicada, desde que sejam observados os procedimentos a serem estabeleci-
dos em lei complementar.
e) poderá ser aplicada, nos termos de disciplina a ser estabelecida pelo Poder Executivo.

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Obrigação Tributária

A questão trata da “norma geral antielisão”, prevista no par. único do art. 116 do CTN:

Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos pra-
ticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos
elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabele-
cidos em lei ordinária.
Em atenção à parte final desse dispositivo, essa norma não é autoaplicável, devendo haver
observância a procedimentos previstos em lei ordinária.
Letra b.

051. (FCC/PROCURADOR/TCM-RJ/2015) A propriedade de um bem imóvel por três proprietá-


rios com frações distintas gera
a) três fatos geradores distintos, um para cada proprietário.
b) três fatos geradores distintos, um para cada proprietário, mas com solidariedade entre eles.
c) um fato gerador, mas com três sujeitos passivos, cada um responsável proporcionalmente
à sua fração, sem solidariedade.
d) um fato gerador, com três sujeitos passivos solidários entre si pelo todo, por interesse co-
mum consistente na transmissão do bem imóvel.
e) um fato gerador, com três sujeitos passivos que somente serão devedores solidários se
houver expressa disposição legal neste sentido ou se eles tiverem expressamente assim con-
vencionado.

Nos termos do art. 124 do CTN, as pessoas que tenham interesse comum na situação que
constitua fato gerador da obrigação principal são solidariamente obrigadas a cumpri-la.
No caso em apreço, há um fato gerador, que é a propriedade de um imóvel, que gera a obrigação
principal de pagar o tributo pelas três pessoas que têm interesse comum nessa propriedade.
Do ponto de vista do Direito Tributário, eles são devedores solidários.
Letra d.

Diversas Bancas

052. (ESAF/PROCURADOR/PGFN/2015/ADAPTADA) Acerca da obrigação tributária, julgue o


item a seguir.
As obrigações acessórias dependem da obrigação principal.

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Obrigação Tributária

A obrigação tributária acessória é independente da obrigação tributária principal.


Por exemplo, uma entidade imune é obrigada a manter a sua escrituração fiscal.
Errado.

053. (ESAF/PROCURADOR/PGFN/2015/ADAPTADA) Acerca da obrigação tributária, julgue o


item a seguir.
O descumprimento de obrigação acessória pode gerar penalidade pecuniária que não se con-
funde com a obrigação principal, razão pela qual nesta não se converte.

Embora não haja coincidência entre a obrigação tributária principal e a obrigação tributária
acessória, o legislador afirma que o descumprimento dessa última acarreta o nascimento de
obrigação tributária principal de pagar penalidade pecuniária (multa).
Tal afirmação é extraída do par. 3º do art. 113 do CTN:

§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação


principal relativamente à penalidade pecuniária.
Como se vê, a parte final da alternativa está falsa, pois a conversão é autorizada pelo legisla-
dor ordinário.
Errado.

054. (ESAF/PROCURADOR/PGFN/2015/ADAPTADA) Acerca da obrigação tributária, julgue o


item a seguir.
A imunidade das pessoas físicas ou jurídicas não abrange as obrigações tributárias acessórias.

A obrigação tributária acessória independe da obrigação tributária principal.


No caso das entidades imunes, não há a obrigatoriedade de pagamento do tributo (obrigação
principal), mas há a obrigatoriedade de cumprir as obrigações acessórias.
Esse entendimento está em consonância com a jurisprudência do STF (RE n. 250.844).
Letra e.

055. (VUNESP/INSPETOR FISCAL DE RENDAS/PREFEITURA DE GUARULHOS-SP/2019) A


obrigação tributária acessória
a) surge com a ocorrência do fato gerador e tem como objeto o pagamento de penalidade
pecuniária.
b) extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.

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Obrigação Tributária

c) decorre da legislação tributária e tem como objeto as prestações, positivas ou negativas,


nela previstas no interesse da arrecadação.
d) pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente
à multa e aos juros incidentes sobre o tributo.
e) tem como fato gerador a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocor-
rência, pressupondo a existência de uma obrigação principal.

a) Errada. Essa é a descrição de obrigação principal, conforme CTN, art. 113, §1º:

§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de
tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
b) Errada. É a obrigação principal que tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade
pecuniária e extingue-se com o crédito dela decorrente, nos termos do dispositivo supra-
transcrito.
c) Certa. Nos termos do CTN, art. 113, §2º:

§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positi-
vas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
d) Errada. Tendo em vista que o CTN, art. 113, §3º, CTN, prevê que:

§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação


principal relativamente à penalidade pecuniária.
e) Errada. Esta é a descrição de característica do fato gerador da obrigação principal prevista
no art. 114, CTN:

Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e sufi-
ciente à sua ocorrência.
Letra c.

056. (VUNESP/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS/TJ-RS/2019) Salvo dis-


posição de lei em contrário, tratando-se de situação jurídica, considera-se ocorrido o fato
gerador e existentes os seus efeitos, desde o momento em que esteja definitivamente consti-
tuída, nos termos do direito aplicável. Para esse fim, os atos ou negócios jurídicos sujeitos a
condição suspensiva, reputam-se perfeitos e acabados desde o momento
a) da prática do ato ou da celebração do negócio.
b) em que se considera constituído o crédito tributário.
c) em que o lançamento tributário correspondente for efetuado.
d) do implemento da condição.

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Obrigação Tributária

e) em que se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que


lhe são próprios.

Situações jurídicas que tratem de condições suspensivas consideram-se perfeitas e acaba-


das no momento em que ocorre a condição, de acordo com o CTN, art. 117, I:

Art. 117. Para os efeitos do inciso II do artigo anterior e salvo disposição de lei em contrário, os
atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados:
I – sendo suspensiva a condição, desde o momento de seu implemento;
II – sendo resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio.
Letra d.

057. (VUNESP/AGENTE DE TESOURARIA/PREFEITURA DE SÃO BERNADO DO CAMPO-


-SP/2018) A obrigação tributária tem sempre dois polos: de um lado, o sujeito ativo; de outro,
o sujeito passivo. A esse respeito, é correto afirmar que
a) o sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito privado, titular da competência
para exigir o seu cumprimento.
b) o sujeito passivo é a pessoa física que se submete ao pagamento da penalidade pecuniária,
enquanto o sujeito ativo é o titular da obrigação principal de pagamento de tributo.
c) o sujeito ativo da obrigação principal é chamado de contribuinte, quando, sem revestir a
condição de sujeito passivo, sua obrigação decorre de disposição expressa de lei.
d) o contribuinte é o sujeito passivo que tenha relação pessoal e direta com a situação que
constitua o respectivo fato gerador.
e) as convenções particulares, relativas à sujeição ao pagamento de tributos, devem ser ob-
servadas literalmente pela Fazenda Pública.

O sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência para
exigir o seu cumprimento (art. 119, CTN), enquanto o sujeito passivo da obrigação principal é
a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária (art. 121, CTN).
Segundo o art. 121, par. único, o sujeito passivo da obrigação principal é o contribuinte ou o
responsável.
O contribuinte tem relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato
gerador, enquanto o responsável, sem revestir a condição de contribuinte, tem sua obrigação
em decorrência de disposição expressa de lei.

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Obrigação Tributária

Quanto às convenções particulares relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos,


essas não podem ser opostas à Fazenda Pública para modificar a definição legal do sujeito
passivo das obrigações tributárias correspondentes (art. 123, CTN).
Letra d.

058. (VUNESP/JUIZ SUBSTITUTO/TJ-MT/2018) O fato gerador é um dos elementos centrais


do direito tributário no Brasil, delimitando as situações que poderão dar ensejo à cobrança de
tributos. A esse respeito, assinale a alternativa correta.
a) Considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos, tratando-se de situação
jurídica, desde o momento em que se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a
que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios.
b) Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação apli-
cável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.
c) Fato gerador da obrigação acessória é a situação definida em lei como necessária e sufi-
ciente à sua ocorrência.
d) A definição legal do fato gerador é interpretada a partir da validade jurídica dos atos efeti-
vamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros.
e) A autoridade administrativa poderá desconsiderar negócios jurídicos praticados com a
finalidade de evitar a ocorrência do fato gerador do tributo.

a) Errada. Tratando-se de situação jurídica, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes


os seus efeitos desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos termos de
direito aplicável (CTN, art. 116, II).
b) Certa. Sendo essa a transcrição literal do art. 115, CTN:

Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação
aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.
c) Errada. Fato gerador da obrigação principal é que é a situação definida em lei como neces-
sária e suficiente à sua ocorrência (art. 114, CTN).
d) Errada. Pois o CTN, art. 118, I, afirma que:

Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se:


I – da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou
terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos.
e) Errada. Segundo o CTN, art. 116, par. único, o legislador visa desconsiderar simulações que
tentam confundir o fisco quanto à prática de fato gerador por alguém, e autoriza a cobrança
do tributo realmente devido ao considerar a real situação.

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Obrigação Tributária

Ocorre que a questão não trata dessa situação. Ela se refere à pessoa que evita a prática do
fato gerador da obrigação de pagar tributo, e não a que simula, não havendo sujeição, nessa
hipótese, à norma geral antielisão prevista neste dispositivo:

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ticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos
elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabele-
cidos em lei ordinária.
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Obrigação Tributária

GABARITO
1. C 21. E 41. C
2. e 22. E 42. C
3. e 23. E 43. E
4. E 24. E 44. C
5. E 25. C 45. E
6. d 26. C 46. a
7. d 27. C 47. E
8. c 28. E 48. E
9. E 29. C 49. b
10. C 30. C 50. b
11. a 31. C 51. d
12. E 32. E 52. E
13. c 33. E 53. E
14. a 34. C 54. e
15. a 35. E 55. c
16. E 36. C 56. d
17. C 37. E 57. d
18. C 38. E 58. b
19. C 39. E
20. E 40. E

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Obrigação Tributária

Querido(a) aluno(a), como anda o estudo? E a revisão?


Esperamos que você esteja gostando da nossa didática, assimilando bem o conteúdo,
conseguindo resolver as questões, e lembrando de anotar as que errou.
Além disso, estamos disponíveis no Fórum de Dúvidas para esclarecer qualquer ponto
que não tenha ficado claro para você!
Um abraço,
Diego Degrazia e Lis Ribas.

Diego Degrazia
Professor em cursos para concursos em Porto Alegre e em cursos online. Jornalista. Graduando em
Direito. Atualmente, é auditor-fiscal da Receita Estadual/RS (ICMS-RS), aprovado em 24º lugar no
concurso de 2009. Foi assistente técnico administrativo do Ministério da Fazenda, aprovado em 12º lugar.
Foi também aprovado em 1º lugar no concurso de analista de Orçamentos do Ministério Público da União.
É o fundador do Grupo de Estudos do Degrazia, no Facebook, comunidade que reúne mais de 11 mil
concurseiros de todo o País. Orientador de alunos, ajudou diretamente na aprovação de diversos alunos
nos principais concursos fiscais do País, em especial na 1º colocação do ICMS-SC.

Lis Ribas
Especialista em Direito Tributário pela Universidade Federal da Bahia (2014) e graduada em Direito pelo
Centro Universitário Jorge Amado (2011). Aprovada nos concursos de auditor do TCE-RS e de auditor
do TCM-BA.

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