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DIREITO

TRIBUTÁRIO
Responsabilidade Tributária

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
DIREITO TRIBUTÁRIO
Responsabilidade Tributária
Renato Cesar Guedes Grilo

Sumário
Responsabilidade Tributária. ............................................................................................3
1. O Contribuinte e o Responsável.................................................................................... 7
2. O Pressuposto para a Responsabilidade Tributária......................................................9
2.1. A Regra Matriz de Incidência Tributária e a Regra Matriz de Responsabilidade
Tributária....................................................................................................................... 10
2.2. O Art. 128 do CTN é uma Norma Geral, Válida para todos os Entes Federativos..... 11
2.3. O Instituto da Responsabilidade Tributária Possui uma Norma Matriz Própria........ 12
3. A Responsabilidade Tributária: sua Classificação pela Origem. . ................................. 14
3.1. Substituição Tributária Progressiva ou para Frente. . ............................................... 16
3.2. Substituição Tributária Regressiva ou para Trás..................................................... 18
4. As Responsabilidades Tributárias Previstas no CTN.................................................. 19
4.1. Responsabilidade do CTN por Sucessão – Artigos 129 a 133.................................. 20
4.2. Responsabilidade do CTN de Terceiros – Artigos 134 a 135. . ...................................24
5. Responsabilidade Tributária quanto aos Efeitos........................................................26
6. A Responsabilidade Tributária e Redirecionamento da Execução Fiscal.....................29
Questões de Concurso...................................................................................................35
Gabarito....................................................................................................................... 60
Gabarito Comentado. ..................................................................................................... 61

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Responsabilidade Tributária
Renato Cesar Guedes Grilo

RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Olá, estimado(a) aluno(a)!
Vamos prosseguir no nosso estudo do Direito Tributário.
É comum que, próximo ou no meio de uma jornada, nós tenhamos o sentimento de “perda
de rumo”; por isso, é sempre importante responder à seguinte pergunta: onde estamos?
Pode parecer repetitivo, mas no processo de aprendizado, a rememoração é de funda-
mental importância. Nesse sentido, esclareço que estudaremos, na presente aula, a respon-
sabilidade tributária.
Iniciarei essa jornada falando o que era o tributo e como ele se decompõe em espécies
(impostos, taxas, contribuição de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições) para
atingir as suas finalidades.
Depois, como esse tributo é criado: quais as diretrizes, extraídas do Sistema Constitu-
cional Tributário, para a criação e cobrança de tributos. Explicarei quais são os balizadores e
limitadores da tributação: princípios e imunidades constitucionais.
Exposto o tributo e a tributação, passarei a explicar o que é o direito tributário, ou seja,
como o direito regulamenta o tributo, a criação do tributo e a sua cobrança. Apresentarei a
legislação tributária, sua aplicação, interpretação e integração.
Também, na aula 7, explicarei sobre os elementos integrantes do tributo para então aden-
trar, na aula passada, na relação jurídica tributária.
Pois bem.
O estudo que se seguirá, da responsabilidade tributária, é uma análise sobre a sujeição
passiva da relação jurídica tributária. Quem realiza o fato gerador do tributo? Quem efeti-
vamente será o responsável pelo pagamento do tributo? Quais fatos podem ser capazes de
alterar a responsabilidade pelo pagamento desse tributo?
Essencialmente: o nosso estudo se volta para o exame de quem irá cumprir com a obriga-
ção tributária e quais são os fatos capazes de influenciar nesse cumprimento.
O principal pressuposto para essa responsabilidade é a Lei: somente a Lei ou o CTN po-
dem atribuir responsabilidade tributária.

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Portanto, assim como a obrigação tributária, que impõe o pagamento do tributo, surge a
partir da subsunção de fatos à chamada “regra matriz de incidência tributária”, no caso da
responsabilidade tributária, também haverá uma situação de fato que, por se subsumir à lei,
faz surgir uma relação de responsabilidade tributária.
A lei que trata da responsabilidade tributária é chamada de regra matriz de responsabili-
dade tributária.
Evidentemente, a mesma lei que cria o tributo pode (e geralmente assim o faz) dispor
sobre a responsabilidade tributária; teríamos, então, na mesma lei as duas regras matrizes:
a que determina o pagamento do tributo e a regra matriz que estabelece os responsáveis por
esse pagamento.
Vamos a um exemplo concreto, que seja simples e ajude na compreensão.
A Constituição Federal abre a possibilidade de a União tributar a renda e proventos de
qualquer natureza. A União, respeitando as normas gerais do CTN, institui então a regra ma-
triz da incidência de um tributo: o Imposto sobre a Renda.
Nessa regra matriz, o pressuposto básico para o surgimento da obrigação tributária é o
de que alguém (seja pessoa natural, seja pessoa jurídica), aufira renda. A obrigação irá surgir
quando, no mundo concreto, uma pessoa efetivamente auferir renda (fato gerador do impos-
to).
Essa é a disposição nuclear da regra matriz da incidência tributária.
Mas nem sempre aquele que realiza o fato gerador da regra matriz da incidência tributária
será o responsável pelo pagamento do tributo.

Como assim, professor?

Alguém que realiza o fato gerador do Imposto sobre a Renda pode, por exemplo, falecer
(pessoa natural) ou vir à falência (pessoa jurídica). Perceba que eu citei dois novos fatos:
morte e falência.

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A regra matriz de incidência tributária se importa com o fato de “auferir renda”; a regra
matriz da responsabilidade cuida de outros fatos, como os que citei acima: morte e falência,
por exemplo.
Esses fatos são capazes de instaurar uma relação de responsabilidade tributária, que
tem como base uma regra matriz própria, de responsabilização tributária.
Evidentemente, se alguém aufere renda acionada estará a regra matriz de incidência do
imposto de renda. Mas se essa pessoa falecer antes de pagar o tributo, acionada estará
a regra matriz de responsabilidade tributária, que irá disciplinar quem será o responsável
pelo pagamento do Imposto sobre a Renda.
Retomando, essa regra matriz de responsabilidade tributária pode estar prevista no
próprio CTN ou em lei formal; atos infralegais não podem criar norma de responsabilidade
tributária.
Espero que esse exemplo tenha servido para introduzir o tema.
Antes de passarmos às lições sobre responsabilidade tributária, propriamente dita,
cumpre-nos distinguir a responsabilização de alguém pelo pagamento do tributo com a
instituição de uma obrigação acessória.
Vamos ficar no exemplo do Imposto sobre a Renda.
Eu sou servidor público e recebo renda decorrente das prestações dos serviços corres-
pondentes. Quando eu recebo meu subsídio, a própria fonte pagadora faz a retenção do
Imposto sobre a Renda. A mesma coisa ocorre quando eu dou aula em uma escola privada.
Quando a escola me paga pelas aulas que eu ministro, não está “pagando o tributo”,
mas simplesmente retendo. É uma obrigação acessória, que está relacionada com um de-
ver de colaboração com a Administração tributária. Quem paga o imposto de renda sou
eu; apenas ocorre que a fonte pagadora tem a obrigação acessória de reter os valores e
repassá-los ao Fisco.
Não confunda as situações.
Se uma empresa aufere renda e, portanto, torna-se devedora de imposto de renda, mas
os seus sócios dão um jeito de encerrar as atividades fraudulentamente, alguém vai ter
que ser responsável pelo tributo que não foi pago. Aqui teremos uma norma matriz de

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responsabilidade tributária entrando em ação. Notem como o contexto é diferente. Com o


desaparecimento fraudulento da pessoa jurídica, teremos que resolver um problema práti-
co: quem vai pagar o tributo?
Bom. Acredito que o tema da responsabilidade tributária está introduzido. Agora, nós ire-
mos enfrentá-lo!
Entretanto, só mais uma última informação (professores sempre tem uma “última informa-
ção”!).
Vamos separar a palavra “responsabilidade” para dois contextos distintos. A responsabi-
lidade tributária e a responsabilidade por infrações tributárias.
Lembra que há, no art. 113 do CTN, as obrigações tributárias principias de pagar tributo e
de pagar multa tributária? Então, há, respectivamente, a responsabilidade pelo pagamento do
tributo e a responsabilidade pelas infrações tributárias.
É importante dizer que deixar de pagar um tributo não aciona a responsabilidade por uma
infração tributária. Não. Deixar de pagar tributo, por si só, não é ilícito.
Nesse sentido é a Súmula n. 430 do STJ: “o inadimplemento da obrigação tributária pela
sociedade não gera, por si só, a responsabilidade solidária do sócio-gerente”.
O que essa súmula nos diz? O contribuinte é a pessoa jurídica, referida na súmula como
“sociedade”.
Pois bem; se a sociedade vier a falhar no pagamento de um tributo, isso não autoriza res-
ponsabilizar a pessoa natural/física (o sócio-gerente).
Contudo, como vimos, existe um fato que gera a responsabilidade tributária. Citei dois
possíveis fatos da vida que dão o “start” a uma responsabilidade tributária, que foi a morte e
a falência.
No caso de uma “sociedade” que deve tributos, para que seja acionada uma “norma matriz
de responsabilidade tributária”, capaz de atribuir a outrem a responsabilidade pelo pagamen-
to do tributo, é preciso que ocorra o “fato gerador”.
Nesse caso, o sócio-gerente ou administrador, para que seja responsabilizado, precisa ter
agido com excesso de poderes ou com desvio de finalidade, por exemplo. Esses dois fatos
dão “start” a uma norma de responsabilidade tributária – assim como a morte e a falência.

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Além desses dois fatos, podemos citar o encerramento da sociedade (“pessoa jurídica”),
que será irregular sempre que se dê com pagamentos de tributos em aberto. É por isso que a
Súmula 435 do STJ diz que:

Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domi-


cílio sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da
execução fiscal para o sócio-gerente.

A “dissolução irregular” é mais um fato gerador de responsabilidade tributária. Esse fato


transfere a responsabilidade da pessoa jurídica para o sócio-gerente ou administrador, sendo
que a dissolução irregular será presumida sempre que “a empresa que deixar de funcionar no
seu domicílio sem comunicação aos órgãos competentes”.

São exemplos de fatos geradores de responsabilidade tributária, examinados nessa introdu-


ção: morte, falência, excesso de poderes ou com desvio de finalidade, dissolução irregular.

Esses fatos, quando ocorrem no mundo, desviam o curso da responsabilidade tributária:


antes, o contribuinte era o responsável pelo pagamento do tributo; depois do fato gerador de
responsabilidade tributária, surge um terceiro, chamado de responsável.
Em linhas introdutórias, é isso! Agora vamos aprofundar esses conceitos e expandi-los.
Veremos, por exemplo, que há hipóteses de responsabilidade tributária acionada após a ocor-
rência do fato gerador (transferência) e acionada em abstrato (substituição).
Tenha calma, o tema é cheio de meandros, mas vou me esforçar para explicar os detalhes.
Vamos em frente!

1. O Contribuinte e o Responsável
O Código Tributário Nacional (CTN) define duas espécies de sujeitos passivos da relação
jurídica tributária que, por conseguinte, poderão estar como devedo­res na certidão de dívida
ativa correspondente.
Sujeição passiva tributária (art. 121 do CTN) – direta e indireta.

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Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou
penalidade pecuniária.
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
I – contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo
fato gerador;
II – responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de dispo-
sição expressa de lei.

Contribuinte: relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato ge-
rador (representa o aspecto pessoal da hipótese de incidência, relacionado com o fato gera-
dor respectivo).
Responsável: sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposi-
ção expressa de lei (representa o aspecto pessoal do mandamento normativo tributário).
De acordo com Leandro Paulsen (Curso de Direito Tributário completo), contribuinte é
aquele obrigado por lei a contribuir para as despesas públicas, vertendo recursos do seu pa-
trimônio para o erário. O fundamento jurídico direto da sua obrigação é a lei instituidora do
tributo. O fundamento jurídico mediato, que permite ao legislador a instituição dos tributos,
é seu dever fundamental de pagar tributos. Os critérios de justiça tributária considerados
são a justiça distributiva, fundada na capacidade contributiva de cada pessoa, ou a justiça
comutativa, buscando de cada um o custeio da atividade estatal que lhe diz particularmente
respeito, por ser divisível e específica.
Nos termos do art. 121, I, do CTN, o contribuinte guarda relação pessoal e direta com a si-
tuação que constitua o respectivo fato gerador. Nos tributos com fato gerador não vinculado,
contribuinte é a pessoa cuja capacidade contributiva é objeto de tributação, ou seja, uma das
pessoas que pratica o ato ou negócio jurídico ou que está na situação indicada por lei como
geradora da obrigação tributária, por exemplo, o titular da receita, do lucro, da propriedade,
o que vende ou adquire mercadorias, o que importa produto estrangeiro. Nos tributos com
fato gerador vinculado à atividade estatal, será aquele que demanda o serviço público, que
sofre o exercício do poder de polícia ou que tem o seu imóvel valorizado pela obra pública.
Portanto, contribuinte é aquele que está, no mundo concreto, realizando a norma tributária
(regra matriz de incidência tributária). A norma diz que “quem auferir renda, pagará o Imposto

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sobre a Renda”. “Quem” é o contribuinte. É aquele que aufere renda e, portanto, fica obrigado
ao pagamento do imposto respectivo.

Beleza, professor. Entendi que o contribuinte realiza o fato gerador, aufere renda, indus-
trializa produtos, possui bens imóveis, comercializa bens e presta serviços etc. O contri-
buinte está “no centro do furacão”. Mas, e o responsável?

 Obs.: o responsável será alguém que assumirá a posição do contribuinte no que diz respei-
to às consequências normativas tributárias. É alguém que irá ocupar o local do con-
tribuinte na relação jurídica tributária.

O contribuinte realiza o fato gerador e a LEI, somente a LEI (que pode ser o CTN ou outra
Lei formal que observe as balizas do CTN) atribui a um terceiro a responsabilidade pelo pa-
gamento do tributo.
O fato gerador da obrigação tributária é realizado pelo contribuinte.
Mas há também fatos que geram responsabilidade tributária e determinam que outra pes-
soa cumpra o tributo no lugar do contribuinte.
Vamos descortinar essa figura do responsável, em todo esse estudo.
Destaco, contudo, os dois tópicos seguintes, que explicam: o fundamento ou pressuposto
para o surgimento do responsável e a sua classificação quanto à origem.
Vamos “começar pelo começo”, que o tema é muito bom!

2. O Pressuposto para a Responsabilidade Tributária

De acordo com o CTN:

Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a responsa-
bilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação,
excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cum-
primento total ou parcial da referida obrigação.

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Esse artigo inaugura o Capítulo V do Livro Segundo do CTN. O Capítulo V tem o seguinte
título: “Responsabilidade Tributária”.
Portanto, quando o artigo 128 do CTN dispõe “sem prejuízo do disposto neste capítulo”,
quer dizer que há normas de atribuição de responsabilidade estabelecidas no próprio CTN,
mas que a Lei pode criar imputações de responsabilidade.
Portanto, a responsabilidade tributária tem por pressuposto
• O CTN;
• A Lei, desde que atribua a responsabilidade a terceira pessoa: (a) vinculada ao fato ge-
rador da respectiva obrigação; (b) exclua a responsabilidade do contribuinte ou a ele a
atribua supletivamente.

A Lei não pode escolher qualquer pessoa para ser responsável, como visto. Essa pessoa
precisa ter uma vinculação com o fato gerador da respectiva obrigação.
Esse fato gerador é aquele que autoriza a cobrança do tributo. No imposto de renda, seria
“auferir renda”. O contribuinte é aquele que aufere a renda; o responsável precisa estar, de
algum modo, vinculado a esse “auferir renda”. É preciso que seja alguém localizado no en-
torno do fato, digamos. No centro do “furacão” está o contribuinte, realizando o fato gerador
propriamente dito; ao redor, a Lei pode escolher alguém, vinculado à situação, para que seja
o responsável.

2.1. A Regra Matriz de Incidência Tributária e a Regra Matriz de


Responsabilidade Tributária

O Supremo Tribunal Federal expôs essa questão no RE n. 562276 (Relator(a): ELLEN GRA-
CIE, Tribunal Pleno, julgado em 03/11/2010, REPERCUSSÃO GERAL – MÉRITO).
De acordo com o STF:

A responsabilidade tributária pressupõe duas normas autônomas: a regra matriz de


incidência tributária e a regra matriz de responsabilidade tributária, cada uma com seu
pressuposto de fato e seus sujeitos próprios. A referência ao responsável enquanto ter-

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ceiro (dritter Persone, terzo ou tercero) evidencia que não participa da relação contribu-
tiva, mas de uma relação específica de responsabilidade tributária, inconfundível com
aquela. O “terceiro” só pode ser chamado responsabilizado na hipótese de descumpri-
mento de deveres próprios de colaboração para com a Administração Tributária, esta-
belecidos, ainda que a contrario sensu, na regra matriz de responsabilidade tributária,
e desde que tenha contribuído para a situação de inadimplemento pelo contribuinte.

Veja, o terceiro (responsável) participa de uma “relação específica de responsabilidade


tributária”.
É preciso que tenha “contribuído para a situação de inadimplemento pelo contribuinte”.
Atente que essa é a compreensão do STF da expressão “vinculada ao fato gerador da respec-
tiva obrigação”, do art. 128 do CTN, acima transcrito.
O Supremo Tribunal Federal também deixa claro que as normas de atribuição de respon-
sabilidade tributária são encontradas no CTN ou estabelecidas pela Lei.

 Obs.: o Código Tributário Nacional estabelece algumas regras matrizes de responsabili-


dade tributária, como a do art. 135, III, bem como diretrizes para que o legislador de
cada ente político estabeleça outras regras específicas de responsabilidade tributária
relativamente aos tributos da sua competência, conforme seu art. 128.

A Lei, contudo, ao estabelecer uma hipótese de responsabilidade tributária, precisa obser-


var as diretrizes do CTN.

2.2. O Art. 128 do CTN é uma Norma Geral, Válida para todos os
Entes Federativos
Desse modo, se o município, o estado, o DF ou a União desejam criar uma hipótese de
responsabilidade tributária, que não esteja expressa no CTN, precisam observar o art. 128
do CTN.
O Código Tributário Nacional foi recepcionado pela Constituição de 1988 com nível de lei
complementar por trazer normas que cumprem tal função.

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Em seu Livro II, dedicado justamente às Normas Gerais de Direito Tributário, disciplina a
legislação tributária, a obrigação tributária, o crédito tributário e a administração tributária,
em nada desbordando do que pretendeu o constituinte.
As questões atinentes à responsabilidade tributária inserem-se nas que dizem respeito
aos sujeitos, se não da relação contributiva (tributária cm sentido estrito), ao menos de rela-
ções jurídicas que, envolvendo terceiros em posição de contato com o fato gerador ou com o
contribuinte, facilitam a arrecadação e asseguram o crédito tributário.
A definição dos traços essenciais da figura da responsabilidade tributária, como o de exigir
previsão legal específica e, necessariamente, vínculo do terceiro com o falo gerador do tributo,
enquadra-se no rol das normas gerais de direito tributário que orientam todos os entes políti-
cos.
Do mesmo modo, a previsão de regras matrizes de responsabilidade tributária aplicáveis
à generalidade dos tributos também se encontra no âmbito das normas gerais, assegurando
uniformidade de tratamento dos terceiros perante o Fisco nas diversas esferas: federal, esta-
dual, distrital ou municipal.

2.3. O Instituto da Responsabilidade Tributária Possui uma Norma


Matriz Própria

Essencial à compreensão do instituto da responsabilidade tributária é a noção de que a


obrigação do terceiro, de responder por dívida originariamente do contribuinte, jamais decorre
direta e automaticamente da pura e simples ocorrência do fato gerador do tributo.
Do fato gerador do tributo só surge a obrigação direta do contribuinte, que é aquele que o
realiza, como disse, está no centro do furacão do fato gerador.
Cada pessoa é sujeito de direitos e obrigações próprios e o dever fundamental de pagar
tributos está associado às revelações de capacidade contributiva a que a lei vincule o sur-
gimento da obrigação do contribuinte. A relação contributiva dá-se exclusivamente entre o
Estado e o contribuinte em face da revelação da capacidade contributiva deste.
Por sua vez, o responsável, que titula relação jurídica relacionada à regra matriz de res-
ponsabilidade tributária, não pode ser qualquer pessoa, exigindo-se que guarde relação com

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o fato gerador ou com o contribuinte, ou seja, que tenha a possibilidade de influir para o bom
pagamento do tributo ou de prestar ao fisco informações quanto ao surgimento da obrigação,
nesse sentido, é o art. 128 do CTN, já analisado.
O responsável, chamamos de “terceiro”, pois é “terceiro” em relação à obrigação do con-
tribuinte. Esse terceiro ou responsável só pode ser chamado a responder na hipótese de
descumprimento de deveres de colaboração para com o Fisco, deveres estes seus, próprios,
e que tenham repercutido na ocorrência do fato gerador, no descumprimento da obrigação
pelo contribuinte ou em óbice à fiscalização pela Administração Tributária.
Tais deveres, geralmente, constam de modo implícito das normas que atribuem respon-
sabilidade. É que, ao atribuir a determinada conduta a consequência de implicar responsa-
bilidade, o legislador determina que não seja ela praticada, nos moldes, aliás, das normas
penais em que se atribui à conduta proibida a pena, de maneira que as pessoas ajam de modo
diverso, evitando a sanção.
Contudo, se a verificação de que a responsabilidade decorre do descumprimento de um
dever de colaboração implícito na sua regra matriz, de um lado, aproxima-a da estrutura das
normas penais, não significa, de outro, que tenha a mesma natureza. Isso, aliás, decididamen-
te não têm e já deixamos claro na introdução: a responsabilidade por infrações tributárias
será tratada mais à frente, dada a sua peculiaridade.
Assim, na responsabilidade tributária do terceiro, que estamos examinando e que decorre
essencialmente do art. 128 do CTN, o intuito do legislador não é punir o responsável, mas fa-
zê-lo garante do crédito tributário.
Em alguns casos, o responsável, quando é chamado ao pagamento do tributo, assim o faz
na condição de garante da Fazenda por ter contribuído para o inadimplemento do contribuin-
te.

A relação de responsabilidade tributária não se confunde, pois, com a relação contributiva. Embora
a pressuponha e só se aperfeiçoe em face da inadimplência do tributo pelo contribuinte, decorre de
norma específica e tem seu pressuposto de fato próprio.

Essa é a lição que extraímos da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.

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Quando o art. 121 do CTN, acima transcrito, se refere ao contribuinte e ao responsável


como sujeitos passivos da obrigação tributária principal, deve-se compreender que são sujei-
tos passivos de relações jurídicas distintas, com suporte em previsões legais e pressupostos
de fato específicos, ainda que seu objeto possa coincidir, pagar tributo próprio (contribuinte)
ou alheio (responsável).
Pois bem. Esse responsável pode aparecer de duas formas. Pode ter a sua responsabili-
dade atribuída por substituição ou por transferência.
Vejamos como isso ocorre.

3. A Responsabilidade Tributária: sua Classificação pela Origem

Existem algumas formas de se classificar a responsabilidade tributária.


A classificação é utilizada para explicar os institutos jurídicos e varia conforme a didática
do expositor/doutrinador. A classificação a seguir leva em conta a origem da responsabilida-
de tributária.
O responsável pode ser sua responsabilidade imputada por:
• substituição;
• transferência.

Responsabilidade Tributária

Quanto à origem

Por Substituição Por Transferência

Neste caso, a dívida é originalmente Ocorre quando o débito inicial


devida pelo responsável tributário foi imputado ao contribuinte mas
(substituto), a título de dívida própria transferido posteriormente ao
– ainda que o ônus financeiro reaia responsável, em caráter solidário
sobre o contribuinte substituído. ou subsidiário.

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De acordo com Leandro Paulsen, o substituto tributário é o terceiro que a lei obriga a
apurar o montante devido e cumprir a obrigação de pagamento do tributo “em lugar” do
contribuinte.
O substituto operacionaliza o pagamento em lugar, em nome e com o dinheiro do con-
tribuinte.

 Obs.: o substituto é um terceiro que o legislador intercala entre o contribuinte e o Fisco para
facilitar a arrecadação e a fiscalização dos tributos.

DICA!
A substituição tributária ocorre antes de realizado o fato gera-
dor do tributo. Antes mesmo de o contribuinte efetivar a venda
da mercadoria, sobre a qual incide o ICMS, por exemplo, já
sabe que quem vai recolher o imposto não será ele, mas o
responsável por substituição.

Cabe ao substituto tomar a iniciativa de verificar o montante devido e proceder ao seu


pagamento, colaborando, assim, com a tributação. O substituto atua em lugar do contribuinte
no que diz respeito à realização do pagamento, mas jamais ocupa seu lugar na relação con-
tributiva, conforme estudamos acima.
O terceiro, por ser colocado na posição de substituto, não se torna contribuinte do mon-
tante que tem de recolher. É sujeito passivo, sim, mas da relação própria de substituição,
e não da relação contributiva.
A opção do legislador por eleger um substituto tributário normalmente visa à concentra-
ção de sujeitos, ou seja, a que um único substituto possa responsabilizar-se pela retenção
e recolhimento dos tributos devidos por inúmeros contribuintes que com ele se relacionam.
Isso evita o inadimplemento pelos contribuintes e facilita a fiscalização que, em vez de
ser direcionada a muitos contribuintes, concentra-se em número muito menor de substitutos.
Essa concentração também implica redução dos custos da arrecadação e restringe as
possibilidades de inadimplemento e de sonegação.

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Responsabilidade Tributária
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Alguns inserem o retentor tributário nessa categoria de “substituto tributário”; retentor


seria aquele que retém o imposto quando efetua um pagamento. É o caso da fonte pagadora
(empregador, por exemplo) no imposto de renda.
Já há quem insira o mero retentor como alguém obrigado de modo acessório, tão somen-
te a efetuar a retenção do IR; particularmente, eu me acosto mais a essa visão. Para efeito de
concursos, a diferença não é muito relevante.
Prosseguindo, o substituto, portanto, ocupa o lugar do contribuinte.
Vejamos quais são as duas espécies de substituição tributária.

3.1. Substituição Tributária Progressiva ou para Frente

Vejamos a disposição do art. 150, § 7º, da CF/1988:

§ 7º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo
pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada
a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido.

Esse dispositivo, muito cobrado em concurso, trata da chamada substituição tributária


para frente (substituição progressiva).
O grande diferencial desse tipo de substituição tributária é o chamado FATO GERADOR
PRESUMIDO.

DICA!
O fato gerador presumido é aquele que ainda não ocorreu,
mas cujo pagamento é antecipado pelo substituto tributá-
rio, por autorização direta da Constituição Federal; no futuro,
caso o fato gerador que se presumiu ocorra em valor abaixo
do que foi presumido, ou não ocorra, o substituto terá direito a
receber os valores que antecipou.

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Responsabilidade Tributária
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A lei impõe ao substituto a responsabilidade pelo recolhimento de obrigações oriundas de


fatos geradores futuros (presumidos), que ainda não aconteceram, mas que, presumivelmen-
te, acontecerão.
A substituição tributária tem influência naqueles tributos que incidem na cadeia de con-
sumo, especialmente ICMS e IPI.

Exemplo: a marca de veículos JEEP possui uma fábrica no estado de Pernambuco, mas há
concessionários espalhados por todo o país. Os consumidores não compram os veículos
direto da fábrica (com exceção das chamadas vendas diretas), mas adquirem os carros junto
às inúmeras concessionárias da JEEP. O Fisco se depara com a seguinte situação: há muitas
concessionárias, e apenas uma fábrica. Então, vem a ideia (genial): vamos presumir as vendas
de veículos e determinar que a Fábrica, quando remeter o veículo à concessionária, pague o
ICMS por esta ou no lugar da concessionária.

Explicarei melhor.
A fábrica manda 20 veículos de Pernambuco para uma concessionária no DF. Quando
ocorre essa venda, chamada de operação interestadual, vai incidir um ICMS, que chamarei de
ICMS1. Esse primeiro ICMS tem como contribuinte a própria fábrica.
Vamos lá.
A cegonha com os 20 veículos deixa Pernambuco e entrega os carros no DF; 20 diferentes
consumidores adquirem os veículos da concessionária. Aqui surge o ICMS2, devido pela ven-
da realizada pela concessionária ao consumidor final.
Esse ICMS2 terá o seu recolhimento ANTECIPADO. Esse fato gerador – venda da conces-
sionária ao consumidor – é presumido antes da cegonha com os 20 veículos deixar o pátio
da fábrica em Pernambuco.

DICA!
A fábrica recolhe o ICMS1, na condição de contribuinte, e an-
tecipa o pagamento do ICMS2 (fato gerador presumido), na
condição de responsável.

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Responsabilidade Tributária
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Nesse exemplo, a concessionária é contribuinte, mas não faz o recolhimento; a fabricante é


quem recolhe o tributo (responsável por substituição).

Perceba que o concessionário se encontra em uma etapa mais à frente da cadeia de con-
sumo (o ICMS 2 é antecipado); pelo fato de o contribuinte, concessionário, estar mais à frente
na cadeia, é que esse tipo de substituição tributária é chamada de “para frente” ou progres-
siva.
O fato gerador ainda não aconteceu e, por isso, é chamado de presumido.

É devida a restituição da diferença do ICMS pago a mais no regime de substituição tribu-


tária para frente se a base de cálculo efetiva da operação for inferior à presumida. (...) De
acordo com o art. 150, § 7º, in fine, da Constituição da República, a cláusula de restituição do
excesso e respectivo direito à restituição se aplicam a todos os casos em que o fato gerador
presumido não se concretize empiricamente da forma como antecipadamente tributado.
Altera-se parcialmente o precedente firmado na ADI 1.851, de relatoria do ministro Ilmar
Galvão, de modo que os efeitos jurídicos desse novo entendimento orientam apenas os
litígios judiciais futuros e os pendentes submetidos à sistemática da repercussão geral.​​
[RE 593.849, rel. min. Edson Fachin, j. 19-10-2016, P, DJE de 5-4-2017, Tema 201.]​.

Com base no exemplo acima, a CF/1988 autoriza o recolhimento do tributo contado com
que os próximos fatos geradores aconteçam. Se não acontecerem, como a fábrica já reco-
lheu, terá como preferencial a restituição da quantia paga.

3.2. Substituição Tributária Regressiva ou para Trás


Na substituição tributária para trás, o fato gerador já ocorreu. Há o adiamento do recolhi-
mento do tributo.

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Responsabilidade Tributária
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Exemplo: criadores de vacas e indústria de leite em pó. O criador de vacas leiteiras retira o
leite in natura das vacas e vende a indústria (ICMS 1); a indústria pega o leite in natura e o
transforma em leite em pó, vendendo este produto (ICMS 2). O recolhimento do ICMS 1 é feito
pela indústria, como responsável por substituição; é mais fácil para o FISCO concentrar o
recolhimento nas indústrias, que são em menor quantidade, do que nos criadores de vacas,
que são em maior quantidade.

Perceba que, nesse caso, o criador das vacas está atrás da cadeia, ou na parte de trás da
cadeia. Por isso é chamada de substituição para trás ou regressiva.
Comparativamente, a concessionária de veículos estava à frente da cadeia, mais próxima
do consumidor, e por isso aquela substituição, que explicamos acima, é chamada de para
frente ou progressiva.
A substituição tributária progressiva ou para frente tem previsão expressa na CF/1988; a
substituição regressiva, ou para trás, não tem previsão expressa na CF/1988, mas é instituída
pela Lei.

4. As Responsabilidades Tributárias Previstas no CTN


A atribuição da responsabilidade a terceiro jamais será presumida ou implícita; decorrerá
de dispositivo do CTN ou da legislação ordinária que assim determine.
Vimos acima que a CF/1988, excepcionalmente, prevê uma forma de responsabilidade por
substituição, para frente ou progressiva.
O CTN estabelece alguns casos de responsabilidade tributária e deixa ao legislador ordi-
nário a possibilidade de estabelecer outras hipóteses específicas.
Seu art. 128 é inequívoco no sentido de que “a lei pode atribuir de modo expresso a res-
ponsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respecti-
va obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter
supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação”.
Não poderá o legislador ordinário contrariar o disposto no CTN.

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Responsabilidade Tributária
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Quanto às hipóteses de responsabilidade tributária previstas expressamente no CTN te-


mos as seguintes hipóteses:
• sucessão;
• terceiros;
• infrações.

Responsabilidade Tributária

Previsto no CTN

Sucessão
Terceiros Infrações
(Artigos 129 a 133)
• Responsabilidade Supletiva • Responsabilidade pessoal
• Sucessão Imobiliária
ou Subsidiária de Terceiros por infrações: Artigo 137.
• Aquisição ou remição de bens.
por atos lícitos: Artigo 134.
• Sucessão Causa Mortis.
• Responsabilidade Pessoal
• Fusão, incorporação e cisão.
de Terceiros por atos Ilícitos:
• Alienação de esbabelecimento
Artigo 135 do CTN.
empresarial.

A responsabilidade por infrações será objeto da aula seguinte.


Vamos expor as hipóteses de responsabilidade por sucessão e de terceiros.
Alerto, desde já, que os dispositivos respectivos do CTN caem bastante em concurso,
como provam as questões anexas a esse material.

4.1. Responsabilidade do CTN por Sucessão – Artigos 129 a 133

A responsabilidade dos sucessores é disciplinada pelos arts. 129 a 133 do CTN.

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Art. 129. O disposto nesta Seção aplica-se por igual aos créditos tributários definitivamente cons-
tituídos ou em curso de constituição à data dos atos nela referidos, e aos constituídos posterior-
mente aos mesmos atos, desde que relativos a obrigações tributárias surgidas até a referida data.
Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domí-
nio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços
referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos
adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.
Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o respec-
tivo preço.
Art. 131. São pessoalmente responsáveis:
I – o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos;
II – o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data
da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou
da meação;
III – o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.
Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação
de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até a data do ato pelas pessoas jurídicas
de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas jurídicas de
direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio
remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual.
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título,
fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respecti-
va exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos
tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato:
I – integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;
II – subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis
meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio,
indústria ou profissão.
§ 1º O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial:
I – em processo de falência;
II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial.
§ 2º Não se aplica o disposto no § 1º deste artigo quando o adquirente for:
I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor
falido ou em recuperação judicial;
II – parente, em linha reta ou colateral até o 4º (quarto) grau, consanguíneo ou afim, do devedor
falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou
III – identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o objetivo de
fraudar a sucessão tributária.
§ 3º Em processo da falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou unidade produ-
tiva isolada permanecerá em conta de depósito à disposição do juízo de falência pelo prazo de 1
(um) ano, contado da data de alienação, somente podendo ser utilizado para o pagamento de cré-
ditos extraconcursais ou de créditos que preferem ao tributário.

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De acordo com as lições de Leandro Paulsen, o art. 129 dispõe que se aplica a todos os
créditos relativos a obrigações surgidas até a sucessão, ainda que constituídos posterior-
mente.
O art. 130 trata da responsabilidade dos adquirentes de imóveis, que alcança os créditos
relativos a impostos que tenham como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse,
bem como os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes ao imóvel, ou ainda os
relativos a contribuições de melhoria.
A responsabilidade do adquirente alcança, assim, o IPTU ou o ITR, que têm como fato
gerador a propriedade, mas não o ISS relativo à construção de prédio, porque este tem como
fato gerador a prestação de serviços.
Dentre as taxas, alcança, por exemplo, a taxa de recolhimento de lixo. Dentre as contri-
buições, só a de melhoria é assumida pelo adquirente, não as contribuições previdenciárias
relativas ao pagamento da mão de obra para construção do imóvel.
Os créditos sub-rogam-se na pessoa do adquirente, “salvo quando conste do título a pro-
va de sua quitação”. Conforme o parágrafo único do mesmo artigo, no caso de arrematação
em hasta pública, “a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço”.
O arrematante tem direito à certidão negativa. Importa destacar que não incide o art. 130
do CTN na hipótese de desapropriação, porquanto é forma originária de aquisição da pro-
priedade que não provém de nenhum título anterior, de modo que o ente que desapropria não
responde por tributos relativos ao imóvel decorrentes de fatos geradores anteriores.
O art. 131 estabelece a responsabilidade pessoal do adquirente ou remitente (quem
realiza o resgate de dívida), pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos (inciso
I), do sucessor a qualquer título e do cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus
até a data da partilha ou adjudicação, limitada ao montante do quinhão, do legado ou da
meação (inciso II), e do espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura
da sucessão (inciso III).
O art. 192 dispõe que “nenhuma sentença de julgamento de partilha ou adjudicação será
proferida sem prova da quitação de todos os tributos relativos aos bens do espólio, ou às suas
rendas”.

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O STJ já decidiu que a comprovação do pagamento dos tributos relativos aos bens do
espólio somente condiciona a expedição do formal de partilha e dos respectivos alvarás, mas
não a tramitação do arrolamento sumário, ou seja, apenas após o trânsito em julgado da sen-
tença de homologação de partilha é que há a necessidade de comprovação pela Fazenda do
pagamento de todos os tributos (não apenas dos impostos incidentes sobre os bens do es-
pólio) para a expedição do formal de partilha” (STJ, REsp 1.150.356/SP, ago. 2010; STJ, REsp
1.246.790/SP, jun. 2011).
O STJ tem precedente recente destacando que o “novo Código de Processo Civil, em seu
art. 659, § 2º, traz uma significativa mudança normativa no tocante ao procedimento de ar-
rolamento sumário, ao deixar de condicionar a entrega dos formais de partilha ou da carta
de adjudicação à prévia quitação dos tributos concernentes à transmissão patrimonial aos
sucessores”. E prossegue: “essa inovação normativa, todavia, em nada altera a condição es-
tabelecida no art. 192 do CTN, de modo que, no arrolamento sumário, o magistrado deve exigir
a comprovação de quitação dos tributos relativos aos bens do espólio e às suas rendas para
homologar a partilha e, na sequência, com o trânsito em julgado, expedir os títulos de trans-
ferência de domínio e encerrar o processo, independentemente do pagamento do imposto
de transmissão” (STJ, Primeira Turma, REsp 1.704.359/DF, rel. Min. GURGEL DE FARIA, ago.
2018).
O inventário pode ser feito judicialmente ou por escritura pública, esta reservada aos casos
em que todos sejam capazes e concordes, nos termos do art. 610 do CPC (Lei n. 13.105/2015),
o que foi inaugurado pela Lei n. 11.441/2007. A avaliação e o cálculo do imposto são tratados
nos arts. 630 a 638 do novo diploma processual civil. O art. 132, por sua vez, define a res-
ponsabilidade da pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou
incorporação de outra, ou em outra, pelos tributos devidos. A cisão, embora não referida ex-
pressamente, é modalidade de mutação empresarial sujeita, para efeito de responsabilidade
tributária, ao mesmo tratamento jurídico conferido às demais espécies de sucessão.
Também é responsável o sócio, ou seu espólio, que continue a exploração da atividade
relativa à pessoa jurídica extinta, ou seja, no caso de sucessão empresarial de fato. A respon-

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Responsabilidade Tributária
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sabilidade por sucessão também ocorre nos casos de aquisição de fundo de comércio ou de
estabelecimento comercial, industrial ou profissional, conforme o art. 133.
O adquirente que continuar a respectiva exploração responde “integralmente, se o alie-
nante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade” (inciso I) ou “subsidiariamente
com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de 6 (seis) meses, a contar
da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo do comércio, indústria ou
profissão” (inciso II).
Não se dá tal responsabilidade quando a alienação ocorra em processo de falência ou
em processo de recuperação judicial, desde que o adquirente não seja o próprio sócio, seus
parentes, agente da empresa ou sociedade controlada, conforme os §§ 1º e 2º do art. 133.

Súmula n. 554 do STJ


Na hipótese de sucessão empresarial, a responsabilidade da sucessora abrange não
apenas os tributos devidos pela sucedida, mas também as multas moratórias ou puniti-
vas referentes a fatos geradores ocorridos até a data da sucessão.

4.2. Responsabilidade do CTN de Terceiros – Artigos 134 a 135

Os arts. 134 e 135 estabelecem a responsabilidade de terceiros, o que, no Sistema do Có-


digo, diz respeito a pessoas que não são nem os próprios contribuintes, nem seus sucessores.

Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo
contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões
de que forem responsáveis:
I – os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
II – os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados;
III – os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes;
IV – o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;
V – o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário;
VI – os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos
praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;
VII – os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter
moratório.

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DIREITO TRIBUTÁRIO
Responsabilidade Tributária
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Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributá-
rias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social
ou estatutos:
I – as pessoas referidas no artigo anterior;
II – os mandatários, prepostos e empregados;
III – os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.

De acordo com Leandro Paulsen, “terceiros” são os pais, os tutores e curadores, os admi-
nistradores de bens de terceiros, o inventariante, o síndico e o comissário, os tabeliães, escri-
vães e demais serventuários de ofício e os sócios de sociedades de pessoas.
Esses terceiros têm deveres próprios de boa administração ou de fiscalização cujo cum-
primento é capaz de assegurar o pagamento dos tributos devidos por seus representados ou
pelas pessoas que praticaram atos perante eles. Respondem eles “nos atos em que intervie-
rem ou pelas omissões de que forem responsáveis”, conforme os diversos incisos do art. 134.
Caso descumpram seus deveres, passam a garantir o crédito tributário com seus próprios
bens. Assim, por exemplo, o tabelião e o registrador que, por ocasião da lavratura de uma
escritura de compra e venda ou do seu registro, deixem de exigir as guias comprobatórias do
pagamento dos tributos inerentes à operação ou certidão negativa passam a ser responsá-
veis pelos respectivos créditos tributários.
A responsabilidade dos terceiros, nas hipóteses do art. 134, tem caráter subsidiário,
ocorrendo “nos casos de impossibilidade do cumprimento da obrigação principal pelo
contribuinte”.
Alcança os tributos e as multas moratórias, conforme o parágrafo único do art. 134. Na
hipótese de os terceiros referidos no art. 134 darem ensejo ao surgimento de créditos tributá-
rios ao praticarem atos “com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou esta-
tutos”, sua responsabilidade será “pessoal” (art. 135, I).
A mesma responsabilidade é atribuída, nesses casos, aos mandatários, prepostos e em-
pregados (inciso II), bem como aos “diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídi-
cas de direito privado” (inciso III).

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Responsabilidade Tributária
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A responsabilidade de que cuida o art. 135, III, do CTN, pressupõe uma situação grave de
descumprimento da lei, do contrato social ou dos estatutos em ato que nem sequer se pode-
ria tomar como constituindo ato regular da sociedade e do qual decorra a obrigação tributária
objeto da responsabilidade, daí por que é pessoal do sócio-gerente.

5. Responsabilidade Tributária quanto aos Efeitos

De acordo com Paulsen, quanto aos efeitos ou ao grau da responsabilidade, podemos ter:

Responsabilidade Tributária

Quanto aos efeitos

Solidária
Subsidiária
Pessoal
Contribuinte e responsável
O responsável responderá
O responsável assume podem ser demandados
pela dívida no caso da
a obrigação tributária conjuntamente pelo
impossibilidade da cobrança
isoladamente. cumprimento da obrigação
reair sobre o contribuinte.
tributária.

• responsabilidade subsidiária, quando se tenha de exigir primeiramente do contribuinte


e, apenas no caso de frustração, do responsável. É o caso mais típico de responsa-
bilidade. Na falta de dispositivo em sentido contrário, presume-se a subsidiariedade.
Dentre as hipóteses de responsabilidade previstas no próprio CTN, sua redação aponta
para a subsidiariedade daquelas disciplinadas nos arts. 133, II, e 134;
• responsabilidade solidária, quando tanto o contribuinte quanto o responsável respon-
dem, sem benefício de ordem (art. 124, parágrafo único); ademais, quando há solidarie-
dade, “o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais”, “a isenção
ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente
a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo” e “a
interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica

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Responsabilidade Tributária
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aos demais”, tudo nos termos do art. 125, incisos I, II e III, do CTN. Só haverá solida-
riedade entre responsável e contribuinte quando a lei expressamente assim determine,
conforme previsão do art. 124, I, do CTN;
• responsabilidade pessoal, quando é exclusiva, sendo determinada pela referência
expressa ao caráter pessoal ou revelada pelo desaparecimento do contribuinte ori-
ginário, pela referência à subrogação ou pela referência à responsabilidade integral
do terceiro em contraposição à sua responsabilização ao lado do contribuinte. Uti-
lizam-se dessas expressões as responsabilidades dos arts. 130, 131, 132, 133, I,
e 135 do CTN.

Porém, a jurisprudência não confirma esse grau de responsabilidade, frequentemente


considerando essas hipóteses como de responsabilidade solidária.
Vejam, por exemplo, que a Súmula n. 430 do STJ, já mencionada na introdução dessa aula,
faz expressa referência ao termo “responsabilidade SOLIDÁRIA”.

Súmula n. 430 do STJ


O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só, a RESPON-
SABILIDADE SOLIDÁRIA do sócio-gerente.

Nesse sentido, é o seguinte recurso repetitivo julgado pelo Superior Tribunal de Justiça:

TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO FISCAL. TRIBUTO DECLARADO PELO


CONTRIBUINTE. CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. PROCEDIMENTO ADMI-
NISTRATIVO. DISPENSA. RESPONSABILIDADE DO SÓCIO. TRIBUTO NÃO PAGO PELA
SOCIEDADE.
1. A jurisprudência desta Corte, reafirmada pela Seção inclusive em julgamento pelo
regime do art. 543-C do CPC, é no sentido de que “a apresentação de Declaração de
Débitos e Créditos Tributários Federais? DCTF, de Guia de Informação e Apuração do
ICMS? GIA, ou de outra declaração dessa natureza, prevista em lei, é modo de constitui-
ção do crédito tributário, dispensando, para isso, qualquer outra providência por parte do
Fisco” (REsp 962.379, 1ª Seção, DJ de 28.10.08).

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2. É igualmente pacífica a jurisprudência do STJ no sentido de que a simples falta de


pagamento do tributo não configura, por si só, nem em tese, circunstância que acarreta a
responsabilidade subsidiária do sócio, prevista no art. 135 do CTN. É indispensável, para
tanto, que tenha agido com excesso de poderes ou infração à lei, ao contrato social ou
ao estatuto da empresa (EREsp 374.139/RS, 1ª Seção, DJ de 28.02.2005).
3. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa parte, parcialmente provido. Acór-
dão sujeito ao regime do art. 543-C do CPC e da Resolução STJ 08/08.
(REsp 1101728/SP, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em
11/03/2009, DJe 23/03/2009)

Ainda no mesmo sentido:

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. IPTU. ALIENAÇÃO DE IMÓVEL APÓS O


LANÇAMENTO. SUJEITO PASSIVO. CONTRIBUINTE. ALIENANTE. RESPONSABILIDADE SOLI-
DÁRIA. ART. 130 DO CTN. SUB-ROGAÇÃO TRIBUTÁRIA. DISTINÇÃO DO REGIME CIVIL. EFEITO
REFORÇATIVO E NÃO EXCLUDENTE. PROTEÇÃO DO CRÉDITO. INTERPRETAÇÃO SISTEMÁ-
TICA DO CAPUT COM O PARÁGRAFO ÚNICO E DEMAIS DISPOSITIVOS DO CTN. COERÊNCIA
SISTÊMICA DA DISCIPLINA DA RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA. IRRELEVÂNCIA DA DATA
DO AJUIZAMENTO DA EXECUÇÃO FISCAL PARA LIBERAÇÃO DO SUJEITO PASSIVO ORIGINÁ-
RIO. ART. 123 DO CTN. INOPONIBILIDADE À FAZENDA PÚBLICA DAS CONVENÇÕES PARTICU-
LARES RELATIVAS À RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO DE TRIBUTOS. ATO NEGOCIAL
PRIVADO. RES INTER ALIOS ACTA. PRINCÍPIO DA RELATIVIDADE DAS CONVENÇÕES. SÚMULA
392/STJ. NÃO INCIDÊNCIA. AUSÊNCIA DE INTERESSE DA ALIENANTE NA DISCUSSÃO DE
SITUAÇÃO PROCESSUAL DO TERCEIRO ADQUIRENTE. PEDIDO DE ANULAÇÃO DO ACÓRDÃO.
INOVAÇÃO RECURSAL. IMPOSSIBILIDADE DE APRECIAÇÃO NA INSTÂNCIA ESPECIAL.
1. Cuida-se de Recurso Especial contra acórdão que, em Agravo de Instrumento, reco-
nheceu a legitimidade passiva da agravante para Execução Fiscal de IPTU.
(...)
8. A correta interpretação do art. 130 do CTN, combinada com a característica não exclu-
dente do parágrafo único, permite concluir que o objetivo do texto legal não é desrespon-
sabilizar o alienante, mas responsabilizar o adquirente na mesma obrigação do devedor
original. Trata-se de responsabilidade solidária, reforçativa e cumulativa sobre a dívida,
em que o sucessor no imóvel adquirido se coloca ao lado do devedor primitivo, sem a
liberação ou desoneração deste.

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9. A responsabilidade do art. 130 do CTN está inserida ao lado de outros dispositivos


(arts. 129 a 133 do CTN), que veiculam distintas hipóteses de responsabilidade por
sucessão, e localizada no mesmo capítulo do CTN que trata da responsabilidade tribu-
tária de terceiros (arts. 134 e 135) e da responsabilidade por infração (arts. 136 a 138).
O que há em comum a todos os casos de responsabilidade tributária previstos no CTN
é o fim a que ordinariamente se destinam, no sentido de propiciar maior praticidade e
segurança ao crédito fiscal, em reforço à garantia de cumprimento da obrigação com a
tônica de proteção do erário. O STJ tem entendido que os arts. 132 e 133 do CTN consa-
gram responsabilidade tributária solidária, por sucessão, e o art. 135 ventila hipótese de
responsabilidade de caráter solidário, por transferência.
10. Interpretação sistemática do art. 130 com os demais dispositivos que tratam da res-
ponsabilidade tributária no CTN corrobora a conclusão de que a sub-rogação ali prevista
tem caráter solidário, aditivo, cumulativo, reforçativo e não excludente da responsabili-
dade do alienante, cabendo ao credor escolher o acervo patrimonial que melhor satis-
faça o débito cobrado a partir dos vínculos distintos.
(...)
17. Agravo Interno conhecido, em parte, e nessa parte improvido.
(AgInt no AREsp 942.940/RJ, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, jul-
gado em 15/08/2017, DJe 12/09/2017).

Qual a consequência prática dessa responsabilidade de “natureza solidária”?


Quando o sócio-gerente foi responsabilizado, a pessoa jurídica (contribuinte) não desa-
parece do polo passivo. Os dois respondem pelo débito.

6. A Responsabilidade Tributária e Redirecionamento da Execução Fiscal


É importante analisarmos os contextos em que ocorrem a responsabilidade tributária; a
exposição que segue envolve um pouco de processo tributário, administrativo e judicial.
Quando o fato gerador da responsabilidade tributária – por exemplo, desvio de finalidade
ou fraude na gestão – ocorre antes da inscrição em dívida ativa e vem ao conhecimento da
administração tributária, ainda na fase de lançamento fiscal, será lavrado auto de infração
diretamente contra os dois sujeitos passivos, pessoa jurídica e pessoa natural.

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Nesse contexto, tanto a empresa como os sócios-gerentes quanto administradores terão


a oportunidade de se defender e inaugurar o processo administrativo fiscal para discutir a
responsabilização tributária; a inserção final do nome do de­vedor e do responsável na certi-
dão de dívida ativa gozará de presunção de legiti­midade e veracidade.

 Obs.: importantíssimo de se destacar é que o sócio cotista, ou seja, aquele que não detém
poder de gestão, não pode ser responsabilizado pelos débitos tributários da pessoa
jurídica. Somente o sócio-gerente ou, ainda, o administrador (ainda que não seja
sócio) é que possuem a gestão da pessoa jurídica e, portanto, podem ser responsa-
bilizados.

Prosseguindo, na situação em que o Fisco, na formação do crédito tributário, já respon-


sabiliza o sócio-gerente ou administrador, não há que se falar tecnicamente em redireciona-
mento judicial, sendo o caso, em verdade, de legitimidade passiva conjunta.
Caberá então àquele indicado como responsável na CDA o esforço probatório para des-
construir essa legitimidade passiva.
Não importa que a execução tenha sido proposta contra um ou alguns dos indicados
como devedores na CDA. Caberá sempre ao interessado desconstituir o título executivo pro-
duzido pela administração pública.
Esse é o entendimento absolutamente pacífico do Superior Tribunal de Justiça, firmado
pela Primeira Seção inclusive em recurso representativo da controvérsia. Menciono dois jul-
gados relevantes que retratam a jurisprudência:

TRIBUTÁRIO. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. ART. 135 DO CTN. RESPON­SABILIDADE DO


SÓCIO-GERENTE. EXECUÇÃO FUNDADA EM CDA QUE IN­DICA O NOME DO SÓCIO. REDI-
RECIONAMENTO. DISTINÇÃO.
1. Iniciada a execução contra a pessoa jurídica e, posteriormente, redire­cionada contra
o sócio-gerente, que não constava da CDA, cabe ao Fisco demonstrar a presença de um
dos requisitos do art. 135 do CTN. Se a Fazenda Pública, ao propor a ação, não visuali-
zava qualquer fato capaz de estender a responsabilidade ao sócio-gerente e, posterior-

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mente, pre­tende voltar-se também contra o seu patrimônio, deverá demonstrar infração
à lei, ao contrato social ou aos estatutos ou, ainda, dissolução irregular da sociedade.
2. Se a execução foi proposta contra a pessoa jurídica e contra o sócio-ge­rente, a este
compete o ônus da prova, já que a CDA goza de presunção relativa de liquidez e certeza,
nos termos do art. 204 do CTN c/c o art. 3º da Lei n. 6.830/80.
3. Caso a execução tenha sido proposta somente contra a pessoa ju­rídica e havendo
indicação do nome do sócio-gerente na CDA como corresponsável tributário, não se
trata de típico redirecionamento. Neste caso, o ônus da prova compete igualmente ao
sócio, tendo em vista a presunção relativa de liquidez e certeza que milita em favor da
Certidão de Dívida Ativa.
4. Na hipótese, a execução foi proposta com base em CDA da qual constava o nome do
sócio-gerente como corresponsável tributário, do que se conclui caber a ele o ônus de
provar a ausência dos requisitos do art. 135 do CTN.
5. Embargos de divergência providos.
(ERESP 702.232. Primeira SEÇÃO. Rel. Min. Castro Meira. Julgado em 14 de setembro de
2005).
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL SUBMETIDO À SISTEMÁTICA PREVISTA
NO ART. 543-C DO CPC. EXECUÇÃO FISCAL. INCLUSÃO DOS RE­PRESENTANTES DA
PESSOA JURÍDICA, CUJOS NOMES CONSTAM DA CDA, NO POLO PASSIVO DA EXE-
CUÇÃO FISCAL. POSSIBILIDADE. MATÉRIA DE DEFESA. NECESSIDADE DE DILAÇÃO
PROBATÓRIA. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. INVIABILIDADE. RECURSO ESPE-
CIAL DESPROVIDO.
1. A orientação da Primeira Seção desta Corte firmou-se no sentido de que, se a execu-
ção foi ajuizada apenas contra a pessoa jurídica, mas o nome do sócio consta da CDA,
a ele incumbe o ônus da prova de que não ficou caracterizada nenhuma das circunstân-
cias previstas no art. 135 do CTN, ou seja, não houve a prática de atos “com excesso de
poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos”.
2. Por outro lado, é certo que, malgrado serem os embargos à execução o meio de
defesa próprio da execução fiscal, a orientação desta Corte firmou-se no sentido de
admitir a exceção de pré-executividade nas si­tuações em que não se faz necessá-
ria dilação probatória ou em que as questões possam ser conhecidas de ofício pelo
magistrado, como as con­dições da ação, os pressupostos processuais, a decadência,
a prescrição, entre outras.

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3. Contudo, no caso concreto, como bem observado pelas instâncias ordi­nárias, o exame
da responsabilidade dos representantes da empresa exe­cutada requer dilação probató-
ria, razão pela qual a matéria de defesa deve ser aduzida na via própria (embargos à
execução), e não por meio do inci­dente em comento.
4. Recurso especial desprovido. Acórdão sujeito à sistemática prevista no art. 543-C do
CPC, c/c a Resolução 8/2008 – Presidência/STJ.
(REsp N. 1.104.900. Primeira SEÇÃO. Rel. Min. Denise Arruda. Julg em 25/03/2009).

Muito relevante destacar que o repetitivo acima também firmou a tese de que não cabe
afastar a legitimidade passiva de responsável tributário solidário ou sub­sidiário em defesa
heterotópica de exceção de pré-executividade.
É que tal medida processual autônoma tem a finalidade de trazer ao conhecimento do juízo
– sem a necessidade de garantia da execução – matérias conhecíveis de ofício, cuja nature­za
seja de ordem pública e para as quais não haja a necessidade de revolvimento fático probató-
rio.
Ora, o afastamento da responsabilidade tributária, mediante desconstituição da legitimi-
dade da CDA, pressupõe exame de fatos e provas pelo magistrado, cujo ônus é do responsável
tributário. Portanto, essa temática não pode ser veiculada em ex­ceção de pré-executividade.
Pode ocorrer que o fato gerador da responsabilização ocorra posteriormente à inscrição
em dívida ativa e até mesmo após o ajuizamento da execução fiscal. Nesse caso, apenas o
contribuinte participou da formação do título executivo extrajudi­cial, tendo seu nome inscrito
na certidão de dívida ativa.
Pode, eventualmente, ser reaberto prazo no próprio Fisco, para inserção administrativa do
sócio-gerente ou administrador. Ou, a Procuradoria da Fazen­da, poderá requerer judicialmen-
te o redirecionamento da execução fiscal.
O redirecionamento da execução fiscal é de ônus pro­batório do Procurador da Fazenda,
sendo impossível a responsabilização pelo mero inadimplemento da obrigação tributária:

Súmula n. 430, STJ


O inadimplemento da obrigação tributária pela socie­dade não gera, por si só, a respon-
sabilidade solidária do sócio-gerente.

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Deixo claro que esse entendimento da Súmula n. 430 do STJ também vale para as hi-
póteses em que, administrativamente, o nome do devedor pessoa natural (res­ponsável) foi
inserido na CDA pelo mero inadimplemento. Nesse caso, embora a certidão contenha o nome
do responsável, a inserção promovida não observou as regras de direito tributário material e
processo tributário que devem ser seguidas – fato gerador da responsabilidade e intimação
do contribuinte para defender-se.
O legislador, ao instituir as hipóteses de responsabilidade tributária, não pode fugir dos
parâmetros fixados em nível de lei complementar (norma geral de direito tributário: Códi-
go Tributário Nacional), plasmados nas regras-matrizes de respon­sabilização tributária, sob
pena de se imputar a terceiro o pagamento de tributo pelo mero inadimplemento.
Por outro lado, dentro dessa temática de redirecionamento, o Superior Tribunal de Jus-
tiça sumulou entendimento segundo o qual sempre que a empresa contri­buinte não for en-
contrada em seu domicílio tributário, para pagar ou garantir o débito cobrado em execução
fiscal, será legítimo o redirecionamento para o sócio­-gerente, pois há uma presunção de
dissolução irregular:

Súmula n. 435, STJ


Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domi-
cílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento
da execução fiscal para o sócio-gerente.

Essa súmula do STJ parte basicamente de dois pressupostos. Primeiro que a em­presa já
sabia da sua condição de devedora tributária, pois apresentou sua confis­são de dívida (au-
tolançamento) ou foi regularmente notificada para defender-se de um auto de infração. De
outro lado, é responsabilidade do contribuinte manter seu endereço atualizado perante o Fis-
co. Seria impossível que a administração tribu­tária diligenciasse no sentido de acompanhar
todas as mutações dos contribuintes.
Nesse caso, sabendo que contra si existe débito tributário aberto e alterando seu domi-
cílio sem comunicação ao Poder Público, presume-se que o contribuinte (pessoa jurídica) se
dissolveu irregularmente.

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Inclusive, esse verbete 435 do STJ foi reafirmado pela Primeira Seção no RESP 1.374.744/
BA, em 14 de agosto de 2013.

PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. CERTIDÃO DE OFICIAL DE JUS-


TIÇA QUE INFORMA NÃO TER ENCONTRADO A EMPRESA NO ENDEREÇO INDICADO
PELO FISCO PARA CITAÇÃO. REDIRECIONAMENTO. PRESUNÇÃO “JURIS TANTUM” DE
DISSOLUÇÃO IRREGULAR. ART. 135, DO CTN. APLICAÇÃO DA SÚMULA N. 435/STJ.
1. Em execução fiscal, certificada pelo oficial de justiça a não localização da empresa
executada no endereço fornecido ao Fisco como domicílio fiscal para a citação, presu-
me-se (juris tantum) a ocorrência de dissolução irre­gular a ensejar o redirecionamento
da execução aos sócios, na forma do art. 135, do CTN. Precedentes: EREsp 852.437 /
RS, Primeira Seção. Rel. Min. Castro Meira, julgado em 22.10.2008; REsp 1343058 / BA,
Segunda Turma, Rel. Min. Eliana Calmon, julgado em 09.10.2012.
2. É obrigação dos gestores das empresas manter atualizados os respecti­vos cadastros
junto aos órgãos de registros públicos e ao Fisco, incluindo os atos relativos à mudança
de endereço dos estabelecimentos e, especialmente, os referentes à dissolução da
sociedade. Precedente: EREsp 716412/PR, Primeira Seção. Rel. Min. Herman Benjamin,
julgado em 12.9.2007.
3. Aplica-se ao caso a Súmula n. 435/STJ: “Presume-se dissolvida irregu­larmente a
empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos
competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente “.
4. Recurso especial provido.

Deve-se destacar que a prática processual exige que haja certidão de oficial de justiça
nos autos atestando que compareceu ao endereço da empresa executada e não a encontrou,
em virtude da sua mudança de domicílio. Carta registrada com AR, indicando que a empresa
não foi encontrada, ainda que certificada pelo funcionário dos Correios, não tem o condão de
servir de prova contundente para fins de redirecionamento da execução fiscal.

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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (FCM/2020/PREFEITURA DE CONTAGEM-MG/AUDITOR-FISCAL/FISCALIZA-
ÇÃO) Com base nas regras do Código Tributário Nacional, avalie o que se afirma acerca da
solidariedade e da responsabilidade tributária.
I – São solidariamente obrigadas as pessoas que tenham interesse comum na situação que
constitua o fato gerador da obrigação principal, bem como aquelas que a lei designar.
II – O sócio quotista é pessoalmente responsável pelos créditos correspondentes a obriga-
ções tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei,
contrato social ou estatutos.
III – A solidariedade tributária respeita o benefício de ordem, de modo a se exigir, inicialmente,
a obrigação do contribuinte principal, entendido como aquele que praticou o fato gerador em
maior proporção.
IV – Os sucessores e o cônjuge meeiro são, pessoalmente, responsáveis pelos tributos de-
vidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao
montante do quinhão, do legado ou da meação.
Está correto apenas o que se afirma em
a) II.
b) IV.
c) II e III.
d) I e IV.
e) I, II e III.

Questão 2 (VUNESP/2019/CÂMARA DE SÃO ROQUE-SP/PROCURADOR JURÍDICO) Pe-


dro arrematou em hasta pública um apartamento sobre o qual incidiam dívidas de IPTU no
importe de R$ 6.000,00. Sabe-se que o valor oferecido por Pedro na arrematação foi de R$
220.000,00. A respeito da situação hipotética, é correto afirmar que Pedro
a) deve pagar R$ 226.000,00, na qualidade de responsável por sucessão.
b) se sub-roga pela quantia de R$ 220.000,00, por sua qualidade de arrematante.
c) é responsável subsidiário e, nessa qualidade, deve pagar R$ 226.000,00

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d) na qualidade de responsável tributário, deve pagar o valor de R$ 214.000,00, de modo a ser


abatida a dívida do imóvel.
e) possui a qualidade de substituto tributário e, como tal, deve ao Fisco municipal o valor de
R$ 6.000,00.

Questão 3 (GUALIMP/2019/PREFEITURA DE PORCIÚNCULA-RJ/ANALISTA DE TRIBUTOS)


As pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador tributário
da obrigação principal, são:
a) Sujeitos Ativos.
b) Solidariamente Obrigadas.
c) Solidariamente Dispensadas.
d) Percentualmente Obrigadas.

Questão 4 (CONSULPLAN/2019/PREFEITURA DE VIANA-ES/PROCURADOR) Acerca da res-


ponsabilidade tributária e de acordo com Código Tributário Nacional, julgue os itens a seguir:
I – Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio
útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços
referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, sub-rogam-se na pessoa dos respec-
tivos adquirentes, inclusive quando conste do título a prova de sua quitação.
II – Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tribu-
tária depende da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão
dos efeitos do ato.
III – A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se
for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância
arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração.
Está CORRETO o que se afirma em:
a) Apenas I.
b) I e III.
c) Apenas III.
d) Apenas II.

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Questão 5 (CESPE/2020/SEFAZ-AL/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL) A respeito


de responsabilidade, de obrigação e de administração tributária, julgue o item subsequente.
Auditor-fiscal que, com o intuito de beneficiar terceiro devedor de tributos, expedir certidão
negativa ignorando os débitos fiscais devidos será responsabilizado pessoalmente pelo cré-
dito tributário e pelos juros de mora acrescidos.

Questão 6 (CESPE/2020/SEFAZ-AL/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL) A respeito


de responsabilidade, de obrigação e de administração tributária, julgue o item subsequente.
A responsabilidade tributária corresponde à imposição do pagamento do tributo a terceira
pessoa vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação: é originária quando o responsável
é colocado diretamente na posição de sujeito passivo, como ocorre, por exemplo, no caso da
responsabilidade dos pais pelos tributos devidos pelos filhos menores.

Questão 7 (FUNDEP/GESTÃO DE CONCURSOS/2019/PREFEITURA DE CONTAGEM-MG/


PROCURADOR MUNICIPAL) Sobre a responsabilidade tributária, assinale a alternativa incorreta.
a) Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio
útil ou a posse de bens imóveis subrogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo
quando conste do título a prova de sua quitação.
b) No caso de arrematação em hasta pública, o arrematante não será responsável pelo pa-
gamento de créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade,
o domínio útil ou a posse de bens imóveis.
c) A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título,
fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional e continuar a res-
pectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, res-
ponde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data do
ato, subsidiariamente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade.
d) No processo de falência, a pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de ou-
tro fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional e continuar a
respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual,
não responde pelos tributos, relativos ao fundo ou ao estabelecimento adquirido, devidos até
a data do ato.

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Questão 8 (FCC/2020/TJ-MS/JUIZ SUBSTITUTO) À luz do Código Tributário Nacional e da


jurisprudência atualmente sedimentada a respeito da responsabilidade dos sócios de empre-
sas limitadas e desconsideração da personalidade jurídica,
a) os sócios cotistas, sem poder de administração, também podem ser atingidos pelo redire-
cionamento de ação de execução fiscal, ainda que o capital social esteja integralizado.
b) o ônus da prova de atos de excesso de poderes ou infração a lei, contrato social ou estatu-
tos é do fisco, ainda que o nome do sócio conste na certidão de dívida ativa.
c) a simples falta de pagamento do tributo configura fraude a lei para a responsabilização do
sócio que seja administrador da pessoa jurídica.
d) a pessoa jurídica tem interesse recursal para interpor medida contra decisão que determi-
nou o redirecionamento da execução fiscal em face dos sócios.
e) por ser matéria afeita a lei complementar, lei ordinária não pode criar hipótese de respon-
sabilidade solidária relativa a sócio sem poder de gestão em empresa constituída na forma
de sociedade limitada.

Questão 9 (FCC/2020/TJ-MS/JUIZ SUBSTITUTO) A empresa Móveis Ltda., empresa de


grande porte, em boa saúde financeira e com vários estabelecimentos, vende um de seus es-
tabelecimentos para a empresa Sofás Ltda., em 10/01/2015. A atividade do estabelecimento
é mantida, assim como a da empresa Móveis Ltda. No instrumento do trespasse, a empresa
Móveis Ltda. se compromete a pagar todos os tributos referentes aos fatos geradores ocor-
ridos até o dia 31/12/2014. Em janeiro de 2018, houve uma fiscalização na qual foi lança-
do tributo referente a fatos geradores de agosto de 2014 referentes ao estabelecimento em
questão. Após o contencioso administrativo, o tributo é inscrito em dívida ativa. A respeito
desses fatos, à luz do Código Tributário Nacional,
a) ambas as empresas poderão ser cobradas em ação de execução fiscal, mas Sofás Ltda.
somente subsidiariamente.
b) somente a empresa Móveis Ltda. poderá ser cobrada em ação de execução fiscal, pois as-
sim se comprometeu no trespasse.

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c) somente a empresa Sofás Ltda. poderá ser cobrada em ação de execução fiscal, pois era a
empresa titular do estabelecimento no momento da fiscalização.
d) somente a empresa Móveis Ltda. poderá ser cobrada em ação de execução fiscal, pois era
a titular do estabelecimento no momento da ocorrência do fato gerador.
e) somente a empresa Sofás Ltda. poderá ser cobrada em ação de execução fiscal, pois houve
substituição tributária.

Questão 10 (CESPE/2020/SEFAZ-AL/AUDITOR DE FINANÇAS E CONTROLE DE ARRECADA-


ÇÃO DA FAZENDA ESTADUAL) A respeito de responsabilidade, de obrigação e de administra-
ção tributária, julgue o item subsequente.
A denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo
devido com juros de mora correspondentes, realizada até a conclusão do procedimento ad-
ministrativo ou da medida de fiscalização relacionada com a infração resulta na exclusão da
responsabilidade do contribuinte pela infração.

Questão 11 (CESPE/2020/MPE-CE/PROMOTOR DE JUSTIÇA DE ENTRÂNCIA INICIAL) João


arrematou um imóvel em hasta pública, tendo descoberto posteriormente que havia dívidas
de IPTU relativas ao imóvel, constituídas antes da data da arrematação e que não haviam sido
informadas no leilão.
Nessa situação hipotética, de acordo com o Código Tributário Nacional (CTN), a sub-rogação
do crédito tributário ocorrerá sobre
a) o patrimônio do arrematante, o qual passa a ser pessoalmente responsável pela dívida.
b) o patrimônio do proprietário anterior, o qual deverá responder sozinho pela dívida
tributária.
c) o preço pago pelo arrematante, não devendo ser gerado qualquer gravame no imóvel.
d) o imóvel, sobre o qual incidirá o gravame, até o limite do seu valor.
e) o patrimônio tanto do proprietário anterior quanto do arrematante, sendo hipótese de res-
ponsabilidade solidária.

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Questão 12 (INSTITUTO AOCP/2019/CÂMARA DE CABO DE SANTO AGOSTINHO-PE/ADVO-


GADO) Assinale a alternativa INCORRETA tendo em vista o Sistema Tributário Nacional.
a) Cabe à lei complementar dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, en-
tre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, bem como regular as limitações
constitucionais ao poder de tributar.
b) As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
c) A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável
pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente,
assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato
gerador presumido.
d) Ao IPTU, de competência dos Municípios, é vedado possuir alíquotas diferentes de acordo
com a localização e o uso do imóvel.

Questão 13 (CESPE/2020/SEFAZ-DF/AUDITOR-FISCAL) No que se refere a aplicação da lei


e responsabilidade tributária, julgue o item seguinte.
A sociedade empresária que tenha sócio remanescente de sociedade extinta e que explore a
mesma atividade não responde pelos débitos tributários desta.

Questão 14 (CESPE/2020/SEFAZ-DF/AUDITOR-FISCAL) No que se refere a aplicação da lei


e responsabilidade tributária, julgue o item seguinte.
A atribuição de responsabilidade tributária solidária ao administrador da massa falida pelas
penalidades tributárias por ela devidas se restringe às de caráter moratório.

Questão 15 (MPE-GO/2019/MPE-GO/PROMOTOR DE JUSTIÇA/REAPLICAÇÃO) Sobre a


obrigação tributária, assinale a alternativa correta:
a) A obrigação tributária é principal e acessória. A obrigação tributária assessoria não está
sujeita ao princípio da reserva legal e extingue-se juntamente com a obrigação principal.
b) O sujeito ativo da obrigação tributária é a pessoa jurídica de direito público, que possui a
capacidade tributária ativa, a qual é indelegável.

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c) A responsabilidade tributária dos pais em relação aos tributos devidos pelos filhos me-
nores decorre de lei e dar-se-á naqueles casos em que os pais tiverem vinculação direta ou
indireta, em razão de ato comissivo ou omissivo, com a situação que constitui o fato gerador
da obrigação tributária principal e diante da impossibilidade de cumprimento da obrigação
tributária principal pelo filho contribuinte.
d) A definição do fato gerador da obrigação tributária principal só pode ser estabelecida em
lei, mas a definição do sujeito passivo dessa obrigação pode ser estabelecida por normas
infralegais.

Questão 16 (QUADRIX/2019/PREFEITURA DE JATAÍ-GO/AUDITOR DE CONTROLADORIA)


Conforme o Código Tributário Nacional, nos casos de impossibilidade de exigência do cum-
primento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos
atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis o(s)
a) pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores.
b) tutores, pelos tributos devidos pelos curadores.
c) inventariante, pelos tributos devidos pelo condomínio.
d) tabeliães, os escrivães e os demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos pela
sociedade de pessoas.
e) síndico, pelos tributos devidos pelo espólio.

Questão 17 (VUNESP/2019/CÂMARA DE MAUÁ-SP/PROCURADOR LEGISLATIVO) “A” e “B”


adquirem juntos imóvel situado no Município X. Ao registrar a escritura de compra e venda
na matrícula do imóvel, o responsável pelo cartório de registro de imóveis esquece de exigir a
comprovação do pagamento do imposto municipal sobre bens imóveis que, no referido mu-
nicípio, é de responsabilidade dos adquirentes. Nessa situação específica, considerando o
previsto no Código Tributário Nacional, é correto afirmar:
a) caso “A” venha a pagar metade do imposto devido, o pagamento aproveitará apenas a ele e
não a “B”, que ficará devedor sozinho pelo saldo restante.
b) no caso de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal por “A” e
por “B”, o responsável pelo cartório responderá solidariamente com eles pelo imposto devido.

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c) o responsável pelo cartório apenas responderia no caso de ter agido com dolo específico de
fraudar a legislação municipal relativa ao imposto sobre transmissão de bens imóveis.
d) a responsabilidade tributária por infração decorrente do atraso no pagamento do imposto
dependerá da intenção de “A” e “B”, bem como da efetividade, natureza e extensão dos efeitos
do ato.
e) caso haja hipótese de isenção que se enquadre especificamente em situação pessoal de
“A”, a referida isenção se estenderá automaticamente à pessoa de “B”, em razão dos efeitos
da solidariedade.

Questão 18 (VUNESP/2019/PREFEITURA DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE GUARATINGUETÁ/


PROCURADOR) Dois sujeitos que em comum acordo são proprietários de um imóvel urbano,
localizado em determinado município, serão considerados contribuintes solidários do impos-
to predial e territorial urbano (IPTU), e assim sendo:
a) o pagamento efetuado por um dos obrigados não dispensa o pagamento a ser realizado
pelo outro.
b) a isenção concedida pessoalmente a um deles não favorece ao outro, que deverá pagar o
imposto sobre o saldo remanescente.
c) a interrupção da decadência, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica
aos demais.
d) a suspensão da prescrição em favor de um dos obrigados prejudica o outro.
e) é possível que lei local estabeleça um benefício de ordem para cobrança do tributo.

Questão 19 (CESPE/CEBRASPE/2018/ PGM/MANAUS-AM/PROCURADOR DO MUNICÍPIO)


Julgue o item que se segue à luz do que dispõe o Código Tributário Nacional.
O inventariante não pode ser solidariamente responsabilizado pelos tributos devidos pelo de
cujus, referentes a fatos geradores anteriores à data da abertura da sucessão.

Questão 20 (CONSULPLAN/2019/TJ-MG/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGIS-


TROS/REMOÇÃO) Assinale a alternativa INCORRETA.
a) A Constituição Federal, além de conter regras voltadas à discriminação das competências
tributárias, igualmente contempla normas instituidoras de tributos.

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Responsabilidade Tributária
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b) A expressão “Fazenda Pública”, nos termos do Código Tributário Nacional, abrange a Fa-
zenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
c) São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos
decretos, as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a
lei atribua eficácia normativa.
d) De acordo com o Código Tributário Nacional, a pessoa natural ou jurídica de direito privado
que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial,
industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão
social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabe-
lecimento adquirido, devidos até a data do ato, integralmente, se o alienante cessar a explo-
ração do comércio, indústria ou atividade.

Questão 21 (VUNESP/2019/PREFEITURA DE FRANCISCO MORATO-SP/PROCURADOR) A


empresa ABC Ltda. encontra-se em processo de falência. No curso desse processo, um dos
estabelecimentos comerciais da empresa é alienado judicialmente, dando continuidade o ad-
quirente à exploração do estabelecimento, sob a outra razão social. A respeito da responsa-
bilidade tributária pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até
a data do ato, é correto afirmar, com base no Código Tributário Nacional:
a) o adquirente do estabelecimento responderá subsidiariamente com o alienante, se este ini-
ciar, dentro de seis meses da data da alienação, nova atividade no mesmo ramo de comércio.
b) o adquirente do estabelecimento responderá integralmente, se o alienante cessar a explo-
ração do comércio, indústria ou atividade.
c) caso o adquirente seja sócio da sociedade falida ou sociedade controlada pelo devedor
falido, poderá vir a responder integralmente pelos tributos devidos em razão do estabeleci-
mento adquirido.
d) o adquirente responderá pelos tributos devidos em razão do estabelecimento adquirido
apenas na hipótese de ser parente, em linha reta ou colateral até o 4º(quarto) grau, consan-
guíneo ou afim.
e) o produto da alienação judicial do estabelecimento será destinado de imediato ao paga-
mento dos tributos devidos, cessando a responsabilidade do alienante após o esgotamento
desse produto.

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Questão 22 (VUNESP/2018/PREFEITURA DE BURITIZAL-SP/PROCURADOR JURÍDICO) A


respeito da responsabilidade tributária, assinale a alternativa correta.
a) Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade de bens
imóveis, sub-rogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando, cumulativa-
mente, conste do título a prova de sua quitação e quando a sub-rogação esteja prevista ex-
pressamente no instrumento de transferência.
b) O sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro são pessoalmente responsáveis pelos tri-
butos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, e o espólio é pessoalmente
responsável pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.
c) Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo
contribuinte, respondem isoladamente nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que
forem responsáveis os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos
devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício.
d) Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tribu-
tária depende da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão
dos efeitos do ato.
e) A responsabilidade é atenuada pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se
for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, não sendo, porém, total-
mente excluída, senão, após declaração expressa da autoridade administrativa que conce-
de a quitação.

Questão 23 (FAFIPA/2019/PREFEITURA DE FOZ DO IGUAÇU-PR/PROCURADOR DO MUNICÍ-


PIO JÚNIOR) A responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção
do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato. Sobre o
tema, é INCORRETO afirmar que:
a) A responsabilidade é pessoal ao agente quanto às infrações conceituadas por lei como cri-
mes ou contravenções, salvo quando praticadas no exercício regular de administração, man-
dato, função, cargo ou emprego, ou no cumprimento de ordem expressa emitida por quem de
direito.

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b) A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, do pa-


gamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela
autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração.
c) A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, porém não se consi-
dera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer procedimento administra-
tivo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.
d) É pacífica a jurisprudência no sentido de que o simples inadimplemento da obrigação tribu-
tária não caracteriza infração à lei capaz de ensejar a responsabilidade.
e) Declarar e não recolher o ICMS próprio não é considerado crime pela jurisprudência majo-
ritária, mas sim mero inadimplemento.

Questão 24 (FAFIPA/2019/PREFEITURA DE FOZ DO IGUAÇU-PR/PROCURADOR DO MUNI-


CÍPIO JÚNIOR) O sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento
de tributo ou penalidade pecuniária, porém, pode ocorrer uma responsabilidade solidária por
terceiro. Sobre esse tema, é CORRETO afirmar que:
a) Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo
contribuinte, o terceiro responde solidariamente ao pagamento integral do crédito tributário.
b) A responsabilidade do terceiro é residual, portanto será cobrado apenas nos casos de im-
possibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte principal.
c) A responsabilidade dos sócios pelas obrigações da sociedade empresária é sempre solidá-
ria, sem necessidade de exaurir previamente o ativo do patrimônio social.
d) O contribuinte é o único responsável tributário dada a impossibilidade de prática direta do
ato ou fato típicos do tributo.
e) A responsabilidade do terceiro solidário, incidirá totalidade do crédito tributário da obriga-
ção principal e acessória.

Questão 25 (CKM SERVIÇOS/2017/EPTC/ADVOGADO) Madalena e Carolina constituem


pessoa jurídica de direito privado intitulada M&C Prestação de Serviços Ltda. No respectivo
contrato social, Madalena consta como sócia-administradora. No último ano, a M&C ficou
inadimplente em diversos de seus compromissos, incluindo tributação, situação que levou a
Fazenda Pública Municipal competente a inscrevê-la na dívida ativa, indicando Madalena e
Carolina como responsáveis na Certidão de Dívida Ativa (CDA).

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No caso hipotético acima, em observância às regras de responsabilidade tributária, é cer-


to que:
a) A Fazenda Pública Municipal competente agiu de forma adequada ao responsabilizar am-
bas as sócias assim que da constatação da mera inadimplência.
b) Madalena só responderá pelos débitos tributários se estes forem oriundos de atos pratica-
dos com excesso de poder, infração à lei ou ao contrato social.
c) Carolina só responderá pelos débitos tributários se estes forem oriundos de atos pratica-
dos com excesso de poder, infração à lei ou ao contrato social.
d) A situação é inapropriada, pois a desconsideração da personalidade jurídica não se aplica
à matéria tributária. CTN

Questão 26 (VUNESP/2019/CÂMARA DE PIRACICABA-SP/ADVOGADO) Marque a alternati-


va que se apresenta de acordo com a disposição do Código Tributário Nacional.
a) São pessoalmente responsáveis, o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos
tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.
b) A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título,
fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a res-
pectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, res-
ponde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data do
ato subsidiariamente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade.
c) Em processo da falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou unidade pro-
dutiva isolada permanecerá em conta de depósito à disposição do juízo de falência pelo prazo
de 1 (um) ano, contado da data de alienação, somente podendo ser utilizado para o pagamen-
to de créditos extraconcursais ou de créditos que preferem ao tributário.
d) É pessoalmente responsável, o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da
partilha ou adjudicação.
e) A lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira
pessoa, não vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, desde que mantendo a res-
ponsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter solidário do cumprimento
total ou parcial da referida obrigação.

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Questão 27 (VUNESP/2019/PREFEITURA DE POÁ-SP/PROCURADOR JURÍDICO) Em relação


à responsabilidade dos sucessores, de terceiros e por infrações, dispõe o Código Tributário
Nacional:
a) Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio
útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços
referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, sub-rogam-se na pessoa dos respec-
tivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação, e, no caso de arre-
matação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço.
b) A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título,
fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a res-
pectiva exploração pelo período de dois anos, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma
ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido,
devidos até a data do ato, subsidiariamente com o alienante se este cessar a exploração do
comércio, indústria ou atividade.
c) Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo con-
tribuinte, respondem subsidiariamente a este nos atos em que intervierem ou pelas omissões
de que forem responsáveis, dentre outros, os diretores, gerentes ou representantes de pessoas
jurídicas de direito privado, não se aplicando em matéria de penalidades, às de caráter morató-
rio.
d) A responsabilidade por infrações é excluída pela denúncia espontânea da infração, acom-
panhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito
da importância arbitrada judicialmente ou pela autoridade administrativa, quando o montante
do tributo não dependa de apuração, sendo considerada espontânea a denúncia apresentada
antes ou após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização,
relacionados com a infração, desde que ocorra de forma inequívoca.
e) A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação
de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até dois anos após a data do ato
pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas, não se
aplicando tal responsabilidade aos casos de extinção de pessoas jurídicas de direito privado,
quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio remanes-
cente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual.

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Questão 28 (COPS-UEL/2019/PREFEITURA DE LONDRINA-PR/PROCURADOR DO MUNICÍ-


PIO) Assinale a alternativa que corresponde, corretamente, à responsabilidade tributária, em
se tratando da sucessão empresarial pela aquisição do estabelecimento prestador de serviço.
a) O adquirente de um estabelecimento prestador de serviço, envolvendo apenas o fundo
de comércio, será o responsável tributário pelo IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano)
incidente sobre o imóvel e pelo ISS (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza), de forma
integral, considerando que o alienante cessou imediatamente suas atividades.
b) O adquirente de um estabelecimento prestador de serviço, envolvendo apenas o fundo
de comércio, será o responsável tributário pelo IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano)
incidente sobre o imóvel e pelo ISS (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza), de forma
subsidiária, considerando que o alienante continuou com suas atividades em outro local.
c) O adquirente de um estabelecimento prestador de serviço, envolvendo apenas o fundo de
comércio, será o responsável tributário pelo ISS (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Nature-
za) sobre o período anterior à aquisição, de forma integral, mesmo considerando que o alie-
nante tenha continuado com suas atividades em outro local.
d) O adquirente de um estabelecimento prestador de serviço, envolvendo apenas o fundo de
comércio, será o responsável tributário pelo ISS (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Nature-
za) sobre o período anterior à aquisição, de forma subsidiária, considerando que o alienante
tenha continuado com suas atividades em outro local.
e) O adquirente não poderá ser responsabilizado por quaisquer tributos, considerando que foi
firmado um contrato de compra e venda do estabelecimento no qual ficou expressamente esta-
belecido que sua responsabilidade tributária ocorreria somente sobre fatos a partir de sua aqui-
sição.

Questão 29 (VUNESP/2018/CÂMARA DE ORLÂNDIA-SP/ROCURADOR JURÍDICO) Conside-


rando que certo vereador encaminhou um pedido de consulta jurídica ao departamento res-
ponsável da Câmara Legislativa para apurar as regras da Responsabilidade Tributária, assi-
nale a alternativa que representa parecer correto sobre o tema.
a) Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, subro-
gam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua
quitação.

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b) No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço,


caso o arrematante possua Certidão Negativa de Débitos à época da transmissão.
c) São solidariamente responsáveis o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos
tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitado ao montante do
quinhão do legado ou da meação.
d) A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação
de outra, é responsável pelos tributos devidos independentemente da data do ato pelas pes-
soas jurídicas fusionadas, transformadas ou incorporadas.
e) São solidariamente responsáveis pelos créditos decorrentes de obrigações tributárias re-
sultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, os diretores, gerentes
ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.

Questão 30 (VUNESP/2019/CÂMARA DE SERRANA-SP/PROCURADOR JURÍDICO) O CTN


prevê que o sujeito passivo da obrigação principal pode ser o contribuinte ou o responsável.
Relativamente à responsabilidade tributária prevista no CTN, é correto afirmar que
a) o legatário que não possui relação de parentesco com o autor da herança e aceita legado
é solidária e ilimitadamente responsável pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da
abertura da sucessão.
b) o cônjuge meeiro é pessoalmente responsável pelos tributos devidos pelo de cujus,
até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante da
meação.
c) o espólio não pode ser considerado responsável tributário por sucessão, em razão da au-
sência de personalidade jurídica.
d) aquele que adquire bem imóvel por meio de contrato de compra e venda é responsável pe-
los tributos relativos ao bem adquirido devidos pelo vendedor, mas sua responsabilidade não
é pessoal, por não se tratar de situação de sucessão.
e) o sucessor, a qualquer título, é responsável, ilimitadamente, pelos tributos devidos pelo de
cujus, até a data da abertura da sucessão.

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Questão 31 (VUNESP/2019/TJ-RS/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS/RE-


MOÇÃO) A responsabilidade pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da
sucessão é
a) pessoal do inventariante.
b) pessoal do inventariante e subsidiária do espólio.
c) dos sucessores a qualquer título e do cônjuge meeiro solidariamente.
d) dos sucessores a qualquer título e do inventariante solidariamente.
e) pessoal do espólio.

Questão 32 (VUNESP/2019/PREFEITURA DE ITAPEVI-SP/ANALISTA JURÍDICO/ PROCURA-


DOR MUNICIPAL) De acordo com as disposições do Código Tributário Nacional, a responsa-
bilidade do espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão,
é tida como
a) de terceiros.
b) pessoal.
c) subjetiva.
d) subsidiária.
e) solidária.

Questão 33 (CESPE/2019/TJ-PR/JUIZ SUBSTITUTO) A empresa X adquiriu todo o fundo de


comércio da empresa Y e passou a explorar o negócio sob outra razão social. Após a venda
do fundo, Y encerrou regularmente suas atividades, sem que tenha havido falência ou recu-
peração judicial.
De acordo com a jurisprudência majoritária do STJ, em relação a tributos e multas devidos
pela empresa Y e referentes a fatos geradores ocorridos até a data da sucessão, a empresa X
responderá
a) apenas pelos tributos devidos, e não pelas multas moratórias ou punitivas.
b) pelos tributos devidos e pelas multas moratórias, mas não pelas multas punitivas.
c) pelos tributos devidos e pelas multas moratórias ou punitivas.
d) apenas pelas multas moratórias ou punitivas, e não pelos tributos devidos.

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Questão 34 (IBGP/2018/PREFEITURA DE SANTA LUZIA-MG/PROCURADOR MUNICIPAL) So-


bre as normas gerais de Direito Tributário, previstas no Código Tributário Nacional, assinale a
alternativa INCORRETA:
a) O pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais e a interrupção da
prescrição, em favor ou contra um dos obrigados e favorece ou prejudica aos demais.
b) A isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pesso-
almente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo.
c) A responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção do agente
ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato.
d) O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela
legislação vigente na data da concretização do ato de lançamento.

Questão 35 (IADES/2019/AL-GO/PROCURADOR) No que se refere à responsabilidade tribu-


tária, assinale a alternativa correta.
a) A responsabilidade tributária importa na responsabilidade do espólio pelas obrigações tri-
butárias já ocorridas e as futuras do de cujus até a data de abertura da sucessão.
b) Não haverá sucessão de responsabilidade tributária na aquisição de unidade produtiva,
realizada em processo de falência, seja quem for o adquirente.
c) A substituição tributária caracteriza hipótese de sujeição passiva indireta, definida em lei,
na qual a responsabilidade tributária é atribuída a um terceiro que não praticou o fato tribu-
tável.
d) O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade empresária gera, por si só, a res-
ponsabilidade do sócio-gerente.
e) A denúncia espontânea caracteriza-se como mecanismo indutor de cumprimento da legis-
lação tributária e, por essa razão, pode ser apresentada a qualquer momento, a fim de excluir
a responsabilidade pessoal do agente que cometeu infração da legislação tributária.

Questão 36 (IADES/2019/AL-GO/PROCURADOR) No que tange ao direito tributário, é corre-


to afirmar que a obrigação tributária
a) principal nasce com a ocorrência do fato gerador descrito abstratamente na norma, hipó-
tese tida como suficiente e necessária para o respectivo surgimento.

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Responsabilidade Tributária
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b) terá natureza acessória quando importar em obrigação de dar, estipulada no interesse da


arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
c) tem por sujeito passivo principal o contribuinte e, por sujeito passivo acessório, o respon-
sável pela obrigação de fazer ou não fazer previsto pela norma.
d) importa em solidariedade entre as pessoas que tenham interesse comum na situação que
constitua o fato gerador da obrigação principal, mas admite a oponibilidade do benefício de
ordem para efeitos de pagamento.
e) terá por sujeito ativo a União, os Estados, os Municípios, o Distrito Federal ou os Territórios,
a depender da competência tributária estabelecida para cada tributo.

Questão 37 (CESPE/2019/TJ-BA/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO) Por expressa previsão le-


gal do CTN, entende-se como responsável tributário a pessoa que
a) figure como sujeito ativo de uma obrigação tributária acessória em razão da solidariedade,
substituição tributária ou sucessão.
b) figure como sujeito ativo de uma obrigação tributária sem que tenha a obrigação de efetuar
o pagamento do crédito tributário.
c) tenha relação pessoal direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador e seja
obrigada ao pagamento de uma penalidade pecuniária.
d) esteja obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária sem ter relação pessoal
e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador.
e) esteja obrigada a prestações que constituam o objeto de uma obrigação acessória.

Questão 38 (FCC/2018/PREFEITURA DE CARUARU-PE/PROCURADOR DO MUNICÍPIO) So-


bre a responsabilidade tributária, é correto afirmar:
a) decorre de previsão legal ou de ato particular em que terceiro assuma, por instrumento
público, a condição de contribuinte
b) deve ser livremente aferida em cada caso por ato administrativo plenamente vinculado, de
cuja motivação constem os elementos de fato que a justifiquem.
c) decorre de lei que atribua, de modo expresso, a responsabilidade pelo crédito tributário a
terceiro, não contribuinte, mas relacionado com a ocorrência do fato gerador.

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Responsabilidade Tributária
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d) decorre de lei ou contrato que impute a obrigação tributária acessória a terceiro não con-
tribuinte, mas a ele relacionado ou ao fato gerador, conforme reconhecido pela Administração
Tributária.
e) só pode ser aferida em cada caso conforme previsão geral de lei complementar, previsto
que se expresse em ato administrativo discricionário, de cuja motivação conste a fundamen-
tação jurídica.

Questão 39 (FEPESE/2018/PGE-SC/PROCURADOR DO ESTADO) Assinale a alternativa cor-


reta a respeito das normas gerais de direto tributário e sua interpretação.
a) Na falta de eleição pelo sujeito passivo, o domicílio tributário das pessoas naturais será,
inicialmente, o centro habitual de suas atividades.
b) A lei pode atribuir de maneira expressa a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira
pessoa, vinculada ou desvinculada do fato gerador da respectiva obrigação.
c) É vedado à autoridade administrativa recusar o domicílio fiscal eleito pelo sujeito passivo,
ainda que dificulte a fiscalização do tributo.
d) A capacidade tributária passiva dimana da ocorrência do fato gerador, mas depende da
capacidade civil das pessoas naturais.
e) Em situações de sucessão empresarial, a responsabilidade da sucessora abrange não so-
mente os tributos devidos pela sucedida, mas igualmente as multas moratórias ou punitivas
referentes a fatos geradores ocorridos até a data da sucessão.

Questão 40 (CESPE/2018/PGM/JOÃO PESSOA-PB/PROCURADOR DO MUNICÍPIO) Empresa


devedora de tributo municipal e multas moratórias e punitivas aplicadas pelo município foi
extinta, e um dos sócios continuou, com firma individual, a exploração da mesma atividade
empresarial.
Nessa situação hipotética,
a) não ocorreu transferência da responsabilidade por sucessão.
b) ocorreu transferência da responsabilidade de pagamento dos tributos, mas não das multas
punitivas.

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c) ocorreu transferência da responsabilidade de pagamento dos tributos e das multas mora-


tórias, mas não das multas punitivas.
d) ocorreu transferência da responsabilidade de pagamento dos tributos e das multas mora-
tórias e punitivas.
e) ocorreu transferência da responsabilidade por substituição.

Questão 41 (CESPE/2018/PGM/JOÃO PESSOA-PB/PROCURADOR DO MUNICÍPIO) Socieda-


de devedora de tributos municipais de João Pessoa sofreu cisão parcial. Em seguida, a em-
presa cindida se fundiu com uma terceira empresa. O fiscal tributário autuou a empresa que
resultou da fusão pela dívida da empresa cindida, a qual não promoveu a sua liquidação.
A partir da situação hipotética apresentada, assinale a opção correta, com relação à respon-
sabilidade tributária por sucessão empresarial.
a) A responsabilização da terceira empresa decorreu do instituto da transformação da
empresa.
b) Com a cisão, defere-se ao município a responsabilização dos sócios da empresa que re-
sultou da cisão.
c) A empresa que resultou da cisão não responde pelo débito da empresa cindida.
d) A fusão de empresas gera responsabilidade por subsidiariedade.
e) Os sócios administradores respondem solidariamente com a empresa que deixar de fun-
cionar sem proceder a sua liquidação.

Questão 42 (FEPESE/2017/CIASC/ADVOGADO) É correto afirmar sobre a responsabilidade


tributária por sucessão.
a) A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão de outra ou em outra é responsável
pelos tributos devidos até a data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas.
b) O espólio será pessoalmente responsável pelas dívidas tributárias do de cujos até a data
da partilha.
c) A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fun-
do de comércio e continuar a respectiva exploração, responde solidariamente pelos tributos,
relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido.

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d) A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por meio de alienação
judicial, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, é responsável pelos tributos devi-
dos até a data do respectivo ato.
e) O sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro respondem subsidiariamente com o espó-
lio pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.

Questão 43 (FCC/2016/CREMESP/ADVOGADO) O sujeito passivo da obrigação principal di-


z-se responsável, quando,
a) revestindo a condição de contribuinte, sua obrigação decorrer de disposição expressa na
Constituição Federal.
b) revestindo a condição de contribuinte, sua obrigação decorrer de disposição expressa em
lei ordinária.
c) tiver relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador.
d) sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorrer de disposição expressa
em lei.
e) revestindo a condição de contribuinte, sua obrigação decorrer de disposição expressa em
portaria, regulamento ou autorização.

Questão 44 (COSEAC/2018/PREFEITURA DE MARICÁ-RJ/PROCURADOR DO MUNICÍPIO)


Sobre responsabilidade tributária, é correto afirmar que:
a) o remitente não é responsável pelos tributos devidos até a remissão.
b) os sucessores do de cujus são responsáveis solidários pelos tributos devidos até a partilha
ou adjudicação, não se limitando o valor ao montante do quinhão ou legado.
c) o adquirente de unidade produtiva isolada, alienada em processo de recuperação judicial,
é pessoalmente responsável pelos tributos devidos pela unidade até a alienação.
d) o inventariante é solidariamente responsável pelos tributos devidos pelo espólio decorren-
tes de atos por ele praticados ou omissões de que for responsável.
e) os pais são exclusivamente responsáveis pelo pagamento de tributos devidos por seus
filhos menores, independentemente de serem ou não seus guardiões.

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Questão 45 (VUNESP/2018/CÂMARA DE ITAQUAQUECETUBA-SP/PROCURADOR JURÍDICO)


Considerando que dois proprietários de um bem imóvel são solidários na obrigação tributária,
assinale a alternativa correta.
a) O pagamento efetuado por um dos obrigados não aproveita o outro.
b) A isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pesso-
almente a um deles.
c) A interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, não favorece nem pre-
judica aos demais.
d) As convenções particulares que eles fizerem relativas à responsabilidade pelo pagamento
dos tributos podem ser opostas à Fazenda Pública.
e) Na solidariedade expressamente designada por lei, haverá benefício de ordem entre os obriga-
dos.

Questão 46 (VUNESP/2018/PREFEITURA DE SOROCABA-SP/PROCURADOR DO MUNICÍPIO)


O conhecimento das regras relativas à responsabilidade tributária é essencial para o desem-
penho da função de procurador municipal, em defesa da fazenda pública. A esse respeito,
com base no Código Tributário Nacional, assinale a alternativa correta.
a) As convenções particulares relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, quan-
do opostas à Fazenda Pública, devem ser por esta observadas ainda que para modificar a
definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias.
b) Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade subrogam-se
na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.
c) Decreto pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira
pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do
contribuinte ou atribuindo-a em caráter supletivo do cumprimento da referida obrigação.
d) A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação
de outra ou em outra deixa de ser responsável pelos tributos devidos até a data do ato pelas
pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.
e) Respondem solidariamente com o contribuinte pelas penalidades, ainda que de caráter
moratório, nos atos em que intervierem, os tabeliães, escrivães e demais serventuários de
ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles em razão do seu ofício.

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Questão 47 (FCC/2018/PGE-AP/PROCURADOR DO ESTADO) A “Indústria de Balanças Peso


Pesado”, cujos sócios são Carlos e Danilo, tem 5 estabelecimentos no Estado, sendo uma
matriz e quatro filiais. A empresa está em processo de recuperação judicial há três meses.
Quando foi divulgada a notícia de que será promovida a alienação judicial de um de seus esta-
belecimentos, várias pessoas, naturais e jurídicas, se interessaram por adquiri-lo: 1. Marcos,
marido da prima de Carlos; 2. a “Fábrica de Balanças Equilíbrio”, sociedade empresarial con-
corrente; 3. “Empresa de Ferragens Brasil”, que é controlada pela “Indústria de Balanças Peso
Pesado”; 4. Sebastião, rico empresário e marido da tia de Carlos.
Considerando que a “Indústria de Balanças Peso Pesado” vai continuar explorando sua ati-
vidade industrial por tempo indeterminado, mesmo depois da venda do referido estabeleci-
mento, de acordo com o Código Tributário Nacional, caso a referida filial venha a ser adquirida
a) por Marcos, ele responderá integralmente pelos tributos relativos ao estabelecimento ad-
quirido, devidos até a data do ato de aquisição.
b) pela “Fábrica de Balanças Equilíbrio”, esta não responderá, nem integral, nem subsidiaria-
mente, pelos tributos, relativos ao estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato de
aquisição.
c) pela “Empresa de Ferragens Brasil”, esta responderá integralmente pelos tributos relativos
ao estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato de aquisição.
d) por Sebastião, ele não responderá, nem integral, nem subsidiariamente, pelos tributos rela-
tivos ao estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato de aquisição.
e) pela “Empresa de Ferragens Brasil”, esta não responderá, nem integral, nem subsidia-
riamente, pelos tributos relativos ao estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato
de aquisição.

Questão 48 (FGV/2018/AL-RO/ADVOGADO) Um imóvel de propriedade do Estado ABC está


regularmente alugado para uma empresa privada que nele explora atividade hoteleira. No ano
de 2018, a empresa recebeu notificação do Município XYZ para pagamento de IPTU referente
ao imóvel alugado, sob a alegação de que o Código Tributário Municipal prevê o locatário co-
mercial como contribuinte de IPTU.

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Diante desse cenário, e à luz da mais recente jurisprudência do STF, assinale a afirmativa
correta.
a) Tal cobrança é indevida, pois este locatário comercial, na qualidade de mero possuidor sem
animus domini, não poderia ser definido como contribuinte do IPTU.
b) Por ser o imóvel de propriedade do Estado ABC, não é possível a cobrança de IPTU do loca-
tário comercial, mas apenas do proprietário.
c) O proprietário do imóvel (Estado ABC) e o seu locatário (empresa hoteleira) podem respon-
der solidariamente pelo débito de IPTU.
d) Tal cobrança é devida, pois o locatário comercial explora atividade econômica com fins
lucrativos.
e) O IPTU não poderá ser cobrado do locatário comercial, uma vez que o imóvel pertence a um
Estado-membro da Federação, o qual goza de imunidade tributária.

Questão 49 (PGR/2017/PGR/PROCURADOR DA REPÚBLICA) Sobre a responsabilidade tri-


butária é incorreto afirmar que:
a) o inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade gera, por si só, a responsabilida-
de solidária do sócio-gerente;
b) na hipótese de sucessão empresarial, a responsabilidade da sucessora abrange não ape-
nas os tributos devidos pela sucedida, mas também as multas moratórias ou punitivas refe-
rentes a fatos geradores ocorridos até a data da sucessão;
c) a lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável
pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente,
assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato
gerador presumido;
d) a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira
pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do
contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da
referida obrigação.

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Questão 50 (VUNESP/2018/PGE-SP/PROCURADOR DO ESTADO) Assinale a alternativa cor-


reta sobre a sucessão tributária, conforme o Código Tributário Nacional.
a) É excluída em casos de impostos que tenham por fato gerador a propriedade.
b) É tipo de sanção por ato ilícito do sucessor.
c) Não se aplica à pessoa jurídica resultante de fusão, pois esta é nova em relação às socie-
dades fundidas.
d) É responsabilidade que se aplica a fatos geradores ocorridos até a data do ato ou fato de
que decorre a sucessão.
e) É responsabilidade que se aplica exclusivamente aos créditos tributários definitivamente
constituídos à data do ato ou fato de que decorre a sucessão.

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GABARITO
1. d 28. d
2. b 29. a
3. b 30. b
4. c 31. e
5. C 32. b
6. E 33. c
7. c 34. d
8. e 35. c
9. a 36. a
10. E 37. d
11. a 38. c
12. d 39. e
13. E 40. d
14. C 41. e
15. c 42. a
16. a 43. d
17. b 44. d
18. b 45. b
19. E 46. b
20. a 47. b
21. c 48. d
22. b 49. a
23. e 50. d
24. b
25. b
26. c
27. a

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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (FCM/2020/PREFEITURA DE CONTAGEM-MG/AUDITOR-FISCAL/FISCALIZA-
ÇÃO) Com base nas regras do Código Tributário Nacional, avalie o que se afirma acerca da
solidariedade e da responsabilidade tributária.
I – São solidariamente obrigadas as pessoas que tenham interesse comum na situação que
constitua o fato gerador da obrigação principal, bem como aquelas que a lei designar.
II – O sócio quotista é pessoalmente responsável pelos créditos correspondentes a obriga-
ções tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei,
contrato social ou estatutos.
III – A solidariedade tributária respeita o benefício de ordem, de modo a se exigir, inicialmente,
a obrigação do contribuinte principal, entendido como aquele que praticou o fato gerador em
maior proporção.
IV – Os sucessores e o cônjuge meeiro são, pessoalmente, responsáveis pelos tributos de-
vidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao
montante do quinhão, do legado ou da meação.
Está correto apenas o que se afirma em
a) II.
b) IV.
c) II e III.
d) I e IV.
e) I, II e III.

Letra d.
I – Correto.

CTN, Art. 124. São solidariamente obrigadas:


I – as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação
principal;
II – as pessoas expressamente designadas por lei.
Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem.

II – Incorreto.

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Responsabilidade Tributária
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CTN, Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal
pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omis-
sões de que forem responsáveis:
VII – os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias
resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou es-
tatutos:
III – os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.

III – Incorreta.

CTN, Art. 124, Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de
ordem.

IV – Correto.

CTN, Art. 131. São pessoalmente responsáveis:


II – o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a
data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do le-
gado ou da meação;
III – o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.

Questão 2 (VUNESP/2019/CÂMARA DE SÃO ROQUE-SP/PROCURADOR JURÍDICO) Pe-


dro arrematou em hasta pública um apartamento sobre o qual incidiam dívidas de IPTU no
importe de R$ 6.000,00. Sabe-se que o valor oferecido por Pedro na arrematação foi de R$
220.000,00. A respeito da situação hipotética, é correto afirmar que Pedro
a) deve pagar R$ 226.000,00, na qualidade de responsável por sucessão.
b) se sub-roga pela quantia de R$ 220.000,00, por sua qualidade de arrematante.
c) é responsável subsidiário e, nessa qualidade, deve pagar R$ 226.000,00
d) na qualidade de responsável tributário, deve pagar o valor de R$ 214.000,00, de modo a ser
abatida a dívida do imóvel.
e) possui a qualidade de substituto tributário e, como tal, deve ao Fisco municipal o valor de
R$ 6.000,00.

Letra b.

CTN, Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade,
o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de
serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos res-
pectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.
Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o
respectivo preço.

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Questão 3 (GUALIMP/2019/PREFEITURA DE PORCIÚNCULA-RJ/ANALISTA DE TRIBUTOS)


As pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador tributário
da obrigação principal, são:
a) Sujeitos Ativos.
b) Solidariamente Obrigadas.
c) Solidariamente Dispensadas.
d) Percentualmente Obrigadas.

Letra b.

CTN, Art. 124. São solidariamente obrigadas:


I – as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação
principal;
II – as pessoas expressamente designadas por lei.
Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem.
Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:
I – o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;
II – a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmen-
te a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo;
III – a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos
demais.

Questão 4 (CONSULPLAN/2019/PREFEITURA DE VIANA-ES/PROCURADOR) Acerca da res-


ponsabilidade tributária e de acordo com Código Tributário Nacional, julgue os itens a seguir:
I – Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio
útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços
referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, sub-rogam-se na pessoa dos respec-
tivos adquirentes, inclusive quando conste do título a prova de sua quitação.
II – Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tribu-
tária depende da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão
dos efeitos do ato.
III – A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se
for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância
arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração.

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Responsabilidade Tributária
Renato Cesar Guedes Grilo

Está CORRETO o que se afirma em:


a) Apenas I.
b) I e III.
c) Apenas III.
d) Apenas II.

Letra c.
I – Incorreto.

CTN, Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade,
o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de
serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos res-
pectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.

II – Incorreto.

CTN. Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação
tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão
dos efeitos do ato.

III – Correto.

CTN. Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompa-
nhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da
importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa
de apuração.

Questão 5 (CESPE/2020/SEFAZ-AL/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL) A respeito


de responsabilidade, de obrigação e de administração tributária, julgue o item subsequente.
Auditor-fiscal que, com o intuito de beneficiar terceiro devedor de tributos, expedir certidão
negativa ignorando os débitos fiscais devidos será responsabilizado pessoalmente pelo cré-
dito tributário e pelos juros de mora acrescidos.

Certo.

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Responsabilidade Tributária
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CTN, Art. 208. A certidão negativa expedida com dolo ou fraude, que contenha erro contra a Fazen-
da Pública, responsabiliza pessoalmente o funcionário público que a expedir, pelo crédito tributário
e juros de mora acrescidos.

Questão 6 (CESPE/2020/SEFAZ-AL/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL) A respeito


de responsabilidade, de obrigação e de administração tributária, julgue o item subsequente.
A responsabilidade tributária corresponde à imposição do pagamento do tributo a terceira
pessoa vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação: é originária quando o responsável
é colocado diretamente na posição de sujeito passivo, como ocorre, por exemplo, no caso da
responsabilidade dos pais pelos tributos devidos pelos filhos menores.

Errado.
A responsabilidade dos pais pelos tributos devidos pelos filhos menores não é originária, mas
derivada.

CTN, Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal
pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omis-
sões de que forem responsáveis:
I – os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;

Questão 7 (FUNDEP/GESTÃO DE CONCURSOS/2019/PREFEITURA DE CONTAGEM-MG/


PROCURADOR MUNICIPAL) Sobre a responsabilidade tributária, assinale a alternativa incorreta.
a) Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio
útil ou a posse de bens imóveis subrogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo
quando conste do título a prova de sua quitação.
b) No caso de arrematação em hasta pública, o arrematante não será responsável pelo pa-
gamento de créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade,
o domínio útil ou a posse de bens imóveis.
c) A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título,
fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional e continuar a res-
pectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, res-
ponde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data do
ato, subsidiariamente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade.

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Responsabilidade Tributária
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d) No processo de falência, a pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de ou-
tro fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional e continuar a
respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual,
não responde pelos tributos, relativos ao fundo ou ao estabelecimento adquirido, devidos até
a data do ato.

Letra c.

CTN, Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer
título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a
respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, res-
ponde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato:
I – integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;
II – subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis
meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio,
indústria ou profissão.
§ 1º O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial:
I – em processo de falência;
II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial.
§ 2º Não se aplica o disposto no § 1 deste artigo quando o adquirente for:
I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor
falido ou em recuperação judicial;
II – parente, em linha reta ou colateral até o 4 (quarto) grau, consanguíneo ou afim, do devedor
falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou
III – identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o objetivo de
fraudar a sucessão tributária.
§ 3º Em processo da falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou unidade produ-
tiva isolada permanecerá em conta de depósito à disposição do juízo de falência pelo prazo de 1
(um) ano, contado da data de alienação, somente podendo ser utilizado para o pagamento de cré-
ditos extraconcursais ou de créditos que preferem ao tributário.

Questão 8 (FCC/2020/TJ-MS/JUIZ SUBSTITUTO) À luz do Código Tributário Nacional e da


jurisprudência atualmente sedimentada a respeito da responsabilidade dos sócios de empre-
sas limitadas e desconsideração da personalidade jurídica,
a) os sócios cotistas, sem poder de administração, também podem ser atingidos pelo redire-
cionamento de ação de execução fiscal, ainda que o capital social esteja integralizado.
b) o ônus da prova de atos de excesso de poderes ou infração a lei, contrato social ou estatu-
tos é do fisco, ainda que o nome do sócio conste na certidão de dívida ativa.

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Responsabilidade Tributária
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c) a simples falta de pagamento do tributo configura fraude a lei para a responsabilização do


sócio que seja administrador da pessoa jurídica.
d) a pessoa jurídica tem interesse recursal para interpor medida contra decisão que determi-
nou o redirecionamento da execução fiscal em face dos sócios.
e) por ser matéria afeita a lei complementar, lei ordinária não pode criar hipótese de respon-
sabilidade solidária relativa a sócio sem poder de gestão em empresa constituída na forma
de sociedade limitada.

Letra e.
Questão de nível alto, alunos, muito interessante.
a) Errada.

(…) para o redirecionamento da execução fiscal é imprescindível que o sócio-gerente a


quem se pretenda redirecionar tenha exercido a função de gerência no momento dos
fatos geradores e da dissolução irregular da empresa executada. STJ. 1ª Turma. AgInt
no REsp 1597018/SC, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 23/08/2016.

b) Errada.

“A orientação da Primeira Seção do STJ firmou-se no sentido de que, se a execução foi


ajuizada apenas contra a pessoa jurídica, mas o nome do sócio consta da CDA, a ele
incumbe o ônus da prova de que não ficou caracterizada nenhuma das circunstâncias
previstas no art. 135 do CTN, ou seja, não houve a prática de atos “com excesso de pode-
res ou infração de lei, contrato social ou estatutos. (AgRg no AREsp 753.074/DF, DJe
18/11/2015).

c) Errada.

Súmula n. 430, STJ


O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só, a respon-
sabilidade solidária do sócio-gerente.

d) Errada.

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Responsabilidade Tributária
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Em execução fiscal, a sociedade empresária executada não possui legitimidade para


recorrer, em nome próprio, na defesa de interesse de sócio que teve contra si redi-
recionada a execução. Isso porque, consoante vedação expressa do art. 6º do CPC,
ninguém poderá pleitear, em nome próprio, direito alheio, salvo quando autorizado por
lei. Dessa forma, como não há lei que autorize a sociedade a interpor recurso contra
decisão que, em execução ajuizada contra ela própria, tenha incluído no polo passivo
da demanda os seus respectivos sócios, tem-se a ilegitimidade da pessoa jurídica
para a interposição do referido recurso. REsp 1.347.627-SP, Rel. Min. Ari Pargendler,
julgado em 9/10/2013.

e) Certa.

1. [...] 6. O art. 13 da Lei 8.620/93 não se limitou a repetir ou detalhar a regra de res-
ponsabilidade constante do art. 135 do CTN, tampouco cuidou de uma nova hipótese
específica e distinta. Ao vincular à simples condição de sócio a obrigação de responder
solidariamente pelos débitos da sociedade limitada perante a Seguridade Social, tratou
a mesma situação genérica regulada pelo art. 135, III, do CTN, mas de modo diverso,
incorrendo em inconstitucionalidade por violação ao art. 146, III, da CF. (…)8. Reconhe-
cida a inconstitucionalidade do art. 13 da Lei 8.620/93 na parte em que determinou que
os sócios das empresas por cotas de responsabilidade limitada responderiam solidaria-
mente, com seus bens pessoais, pelos débitos junto à Seguridade Social. (…) (STF – RE
562276, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Tribunal Pleno, julgado em 03/11/2010, REPER-
CUSSÃO GERAL – MÉRITO).

Questão 9 (FCC/2020/TJ-MS/JUIZ SUBSTITUTO) A empresa Móveis Ltda., empresa de


grande porte, em boa saúde financeira e com vários estabelecimentos, vende um de seus es-
tabelecimentos para a empresa Sofás Ltda., em 10/01/2015. A atividade do estabelecimento
é mantida, assim como a da empresa Móveis Ltda. No instrumento do trespasse, a empresa
Móveis Ltda. se compromete a pagar todos os tributos referentes aos fatos geradores ocor-
ridos até o dia 31/12/2014. Em janeiro de 2018, houve uma fiscalização na qual foi lança-
do tributo referente a fatos geradores de agosto de 2014 referentes ao estabelecimento em

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Responsabilidade Tributária
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questão. Após o contencioso administrativo, o tributo é inscrito em dívida ativa. A respeito


desses fatos, à luz do Código Tributário Nacional,
a) ambas as empresas poderão ser cobradas em ação de execução fiscal, mas Sofás Ltda.
somente subsidiariamente.
b) somente a empresa Móveis Ltda. poderá ser cobrada em ação de execução fiscal, pois as-
sim se comprometeu no trespasse.
c) somente a empresa Sofás Ltda. poderá ser cobrada em ação de execução fiscal, pois era a
empresa titular do estabelecimento no momento da fiscalização.
d) somente a empresa Móveis Ltda. poderá ser cobrada em ação de execução fiscal, pois era
a titular do estabelecimento no momento da ocorrência do fato gerador.
e) somente a empresa Sofás Ltda. poderá ser cobrada em ação de execução fiscal, pois houve
substituição tributária.

Letra a.

CTN, Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer
título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a
respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, res-
ponde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato:
I – integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;
II – subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis
meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio,
indústria ou profissão.

Questão 10 (CESPE/2020/SEFAZ-AL/AUDITOR DE FINANÇAS E CONTROLE DE ARRECADA-


ÇÃO DA FAZENDA ESTADUAL) A respeito de responsabilidade, de obrigação e de administra-
ção tributária, julgue o item subsequente.
A denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo
devido com juros de mora correspondentes, realizada até a conclusão do procedimento ad-
ministrativo ou da medida de fiscalização relacionada com a infração resulta na exclusão da
responsabilidade do contribuinte pela infração.

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Responsabilidade Tributária
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Errado.
A questão faz referência a um procedimento administrativo ou medida de fiscalização em
curso. A denúncia espontânea, contudo, pressupõe que não tenha sido iniciado o procedi-
mento administrativo ou a medida de fiscalização.

CTN, Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada,
se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância
arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração.
Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer
procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.

Questão 11 (CESPE/2020/MPE-CE/PROMOTOR DE JUSTIÇA DE ENTRÂNCIA INICIAL) João


arrematou um imóvel em hasta pública, tendo descoberto posteriormente que havia dívidas
de IPTU relativas ao imóvel, constituídas antes da data da arrematação e que não haviam sido
informadas no leilão.
Nessa situação hipotética, de acordo com o Código Tributário Nacional (CTN), a sub-rogação
do crédito tributário ocorrerá sobre
a) o patrimônio do arrematante, o qual passa a ser pessoalmente responsável pela dívida.
b) o patrimônio do proprietário anterior, o qual deverá responder sozinho pela dívida tributária.
c) o preço pago pelo arrematante, não devendo ser gerado qualquer gravame no imóvel.
d) o imóvel, sobre o qual incidirá o gravame, até o limite do seu valor.
e) o patrimônio tanto do proprietário anterior quanto do arrematante, sendo hipótese de res-
ponsabilidade solidária.

Letra a.

CTN, Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade,
o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de
serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos res-
pectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.
Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o
respectivo preço.

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Questão 12 (INSTITUTO AOCP/2019/CÂMARA DE CABO DE SANTO AGOSTINHO-PE/ADVO-


GADO) Assinale a alternativa INCORRETA tendo em vista o Sistema Tributário Nacional.
a) Cabe à lei complementar dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, en-
tre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, bem como regular as limitações
constitucionais ao poder de tributar.
b) As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
c) A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável
pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente,
assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato
gerador presumido.
d) Ao IPTU, de competência dos Municípios, é vedado possuir alíquotas diferentes de acordo
com a localização e o uso do imóvel.

Letra d.
a) Certa.

CF/1988, Art. 146. Cabe à lei complementar:


I – dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Dis-
trito Federal e os Municípios;
II – regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;

b) Certa.

CTN, Art. 77, Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que
correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas.

c) Certa.

CF/1988, Art. 150, § 7º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de
responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posterior-
mente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato
gerador presumido.

d) Errada.

CF/1988, Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:


I – propriedade predial e territorial urbana;
I – ser progressivo em razão do valor do imóvel;
II – ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.

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Questão 13 (CESPE/2020/SEFAZ-DF/AUDITOR-FISCAL) No que se refere a aplicação da lei


e responsabilidade tributária, julgue o item seguinte.
A sociedade empresária que tenha sócio remanescente de sociedade extinta e que explore a
mesma atividade não responde pelos débitos tributários desta.

Errado.

CTN, Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incor-
poração de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até a data do ato pelas pessoas
jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas jurídicas de
direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio
remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual.

Súmula n. 554, STJ


Na hipótese de sucessão empresarial, a responsabilidade da sucessora abrange não
apenas os tributos devidos pela sucedida, mas também as multas moratórias ou puniti-
vas referentes a fatos geradores ocorridos até a data da sucessão.

Questão 14 (CESPE/2020/SEFAZ-DF/AUDITOR-FISCAL) No que se refere a aplicação da lei


e responsabilidade tributária, julgue o item seguinte.
A atribuição de responsabilidade tributária solidária ao administrador da massa falida pelas
penalidades tributárias por ela devidas se restringe às de caráter moratório.

Certo.

CTN, Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal
pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omis-
sões de que forem responsáveis:
V – o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário;
Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter
moratório.

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Questão 15 (MPE-GO/2019/MPE-GO/PROMOTOR DE JUSTIÇA/REAPLICAÇÃO) Sobre a


obrigação tributária, assinale a alternativa correta:
a) A obrigação tributária é principal e acessória. A obrigação tributária assessoria não está
sujeita ao princípio da reserva legal e extingue-se juntamente com a obrigação principal.
b) O sujeito ativo da obrigação tributária é a pessoa jurídica de direito público, que possui a
capacidade tributária ativa, a qual é indelegável.
c) A responsabilidade tributária dos pais em relação aos tributos devidos pelos filhos me-
nores decorre de lei e dar-se-á naqueles casos em que os pais tiverem vinculação direta ou
indireta, em razão de ato comissivo ou omissivo, com a situação que constitui o fato gerador
da obrigação tributária principal e diante da impossibilidade de cumprimento da obrigação
tributária principal pelo filho contribuinte.
d) A definição do fato gerador da obrigação tributária principal só pode ser estabelecida em
lei, mas a definição do sujeito passivo dessa obrigação pode ser estabelecida por normas
infralegais.

Letra c.
a) Errada.

CTN, Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.


§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de
tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.

b) Errada.

Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência
para exigir o seu cumprimento.

c) Certa.

Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo
contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões
de que forem responsáveis:
I – os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;

d) Errada.

Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:


III – a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I
do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo

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Questão 16 (QUADRIX/2019/PREFEITURA DE JATAÍ-GO/AUDITOR DE CONTROLADORIA)


Conforme o Código Tributário Nacional, nos casos de impossibilidade de exigência do cum-
primento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos
atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis o(s)
a) pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores.
b) tutores, pelos tributos devidos pelos curadores.
c) inventariante, pelos tributos devidos pelo condomínio.
d) tabeliães, os escrivães e os demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos pela
sociedade de pessoas.
e) síndico, pelos tributos devidos pelo espólio.

Letra a.

CTN, Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal
pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omis-
sões de que forem responsáveis:
I – os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
II – os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados;
III – os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes;
IV – o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;
V – o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário;
VI – os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos
praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;
VII – os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter
moratório.

Questão 17 (VUNESP/2019/CÂMARA DE MAUÁ-SP/PROCURADOR LEGISLATIVO) “A” e “B”


adquirem juntos imóvel situado no Município X. Ao registrar a escritura de compra e venda
na matrícula do imóvel, o responsável pelo cartório de registro de imóveis esquece de exigir a
comprovação do pagamento do imposto municipal sobre bens imóveis que, no referido mu-
nicípio, é de responsabilidade dos adquirentes. Nessa situação específica, considerando o
previsto no Código Tributário Nacional, é correto afirmar:
a) caso “A” venha a pagar metade do imposto devido, o pagamento aproveitará apenas a ele e
não a “B”, que ficará devedor sozinho pelo saldo restante.

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b) no caso de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal por “A” e


por “B”, o responsável pelo cartório responderá solidariamente com eles pelo imposto devido.
c) o responsável pelo cartório apenas responderia no caso de ter agido com dolo específico de
fraudar a legislação municipal relativa ao imposto sobre transmissão de bens imóveis.
d) a responsabilidade tributária por infração decorrente do atraso no pagamento do imposto
dependerá da intenção de “A” e “B”, bem como da efetividade, natureza e extensão dos efeitos
do ato.
e) caso haja hipótese de isenção que se enquadre especificamente em situação pessoal de
“A”, a referida isenção se estenderá automaticamente à pessoa de “B”, em razão dos efeitos
da solidariedade.

Letra b.

CTN, Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal
pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omis-
sões de que forem responsáveis:
I – os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
II – os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados;
III – os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes;
IV – o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;
V – o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário;
VI – os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos
praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;
VII – os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.

Questão 18 (VUNESP/2019/PREFEITURA DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE GUARATINGUETÁ/


PROCURADOR) Dois sujeitos que em comum acordo são proprietários de um imóvel urbano,
localizado em determinado município, serão considerados contribuintes solidários do impos-
to predial e territorial urbano (IPTU), e assim sendo:
a) o pagamento efetuado por um dos obrigados não dispensa o pagamento a ser realizado
pelo outro.
b) a isenção concedida pessoalmente a um deles não favorece ao outro, que deverá pagar o
imposto sobre o saldo remanescente.
c) a interrupção da decadência, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica
aos demais.

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d) a suspensão da prescrição em favor de um dos obrigados prejudica o outro.


e) é possível que lei local estabeleça um benefício de ordem para cobrança do tributo.

Letra b.
a) Errada.

CTN, Art. 125, I – o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;

b) Certa.

CTN, Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:
II – a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmen-
te a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo;

c) Errada.

CTN, Art. 125, III – a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou
prejudica aos demais.

d) Errada.

CTN, Art. 125, III – a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou
prejudica aos demais.

e) Errada.

CTN, Art. 124, Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de
ordem.

Questão 19 (CESPE/CEBRASPE/2018/ PGM/MANAUS-AM/PROCURADOR DO MUNICÍPIO)


Julgue o item que se segue à luz do que dispõe o Código Tributário Nacional.
O inventariante não pode ser solidariamente responsabilizado pelos tributos devidos pelo de
cujus, referentes a fatos geradores anteriores à data da abertura da sucessão.

Errado.

Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo
contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões
de que forem responsáveis:
IV – o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;

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Questão 20 (CONSULPLAN/2019/TJ-MG/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGIS-


TROS/REMOÇÃO) Assinale a alternativa INCORRETA.
a) A Constituição Federal, além de conter regras voltadas à discriminação das competências
tributárias, igualmente contempla normas instituidoras de tributos.
b) A expressão “Fazenda Pública”, nos termos do Código Tributário Nacional, abrange a Fa-
zenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
c) São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos
decretos, as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a
lei atribua eficácia normativa.
d) De acordo com o Código Tributário Nacional, a pessoa natural ou jurídica de direito privado
que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial,
industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão
social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabe-
lecimento adquirido, devidos até a data do ato, integralmente, se o alienante cessar a explo-
ração do comércio, indústria ou atividade.

Letra a.
a) Errada. A CF/1988 não contempla a criação dos tributos; guardem muito bem essa informa-
ção. A CF/1988 não cria tributos!
b) Certa.

Art. 209. A expressão “Fazenda Pública”, quando empregada nesta Lei sem qualificação, abrange a
Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

c) Certa.

Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e
dos decretos:
I – os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas;
II – as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua
eficácia normativa;
III – as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas;
IV – os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
Parágrafo único. A observância das normas referidas neste artigo exclui a imposição de penalida-
des, a cobrança de juros de mora e a atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo.

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d) Certa.

Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título,
fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respecti-
va exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos
tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato:
I – integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;

Questão 21 (VUNESP/2019/PREFEITURA DE FRANCISCO MORATO-SP/PROCURADOR) A


empresa ABC Ltda. encontra-se em processo de falência. No curso desse processo, um dos
estabelecimentos comerciais da empresa é alienado judicialmente, dando continuidade o ad-
quirente à exploração do estabelecimento, sob a outra razão social. A respeito da responsa-
bilidade tributária pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até
a data do ato, é correto afirmar, com base no Código Tributário Nacional:
a) o adquirente do estabelecimento responderá subsidiariamente com o alienante, se este ini-
ciar, dentro de seis meses da data da alienação, nova atividade no mesmo ramo de comércio.
b) o adquirente do estabelecimento responderá integralmente, se o alienante cessar a explo-
ração do comércio, indústria ou atividade.
c) caso o adquirente seja sócio da sociedade falida ou sociedade controlada pelo devedor
falido, poderá vir a responder integralmente pelos tributos devidos em razão do estabeleci-
mento adquirido.
d) o adquirente responderá pelos tributos devidos em razão do estabelecimento adquirido
apenas na hipótese de ser parente, em linha reta ou colateral até o 4º(quarto) grau, consan-
guíneo ou afim.
e) o produto da alienação judicial do estabelecimento será destinado de imediato ao paga-
mento dos tributos devidos, cessando a responsabilidade do alienante após o esgotamento
desse produto.

Letra c.

CTN, Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer
título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a

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respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, res-
ponde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato:
I – integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;
II – subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de 6 (seis)
meses, a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio,
indústria ou profissão.
§ 1º O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial:
I – em processo de falência;
II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial.
§ 2º Não de aplica o disposto no § 1º deste artigo quando o adquirente for:
I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor
falido ou em recuperação judicial;
II – parente, em linha reta ou colateral até o 4º (quarto) grau, consanguíneo ou afim, do devedor
falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou
III – identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o objetivo de
fraudar a sucessão tributária.
§ 3º Em processo da falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou unidade produ-
tiva isolada permanecerá em conta de depósito à disposição do juízo de falência pelo prazo de 1
(um) ano, contado da data de alienação, somente podendo ser utilizado para o pagamento de cré-
ditos extraconcursais ou de créditos que preferem ao tributário.

Questão 22 (VUNESP/2018/PREFEITURA DE BURITIZAL-SP/PROCURADOR JURÍDICO) A


respeito da responsabilidade tributária, assinale a alternativa correta.
a) Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade de bens
imóveis, sub-rogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando, cumulativa-
mente, conste do título a prova de sua quitação e quando a sub-rogação esteja prevista ex-
pressamente no instrumento de transferência.
b) O sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro são pessoalmente responsáveis pelos tri-
butos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, e o espólio é pessoalmente
responsável pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.
c) Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo
contribuinte, respondem isoladamente nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que
forem responsáveis os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos
devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício.
d) Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tribu-
tária depende da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão
dos efeitos do ato.

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e) A responsabilidade é atenuada pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se


for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, não sendo, porém, totalmente
excluída, senão, após declaração expressa da autoridade administrativa que concede a qui-
tação.

Letra b.
a) Errada.

Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domí-
nio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços
referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos
adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.

b) Certa.

Art. 131. São pessoalmente responsáveis:


I – o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos;
II – o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da
partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da mea-
ção;
III – o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.

c) Errada.

Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo
contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões
de que forem responsáveis:
VI – os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos
praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;

d) Errada.

Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tri-
butária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão
dos efeitos do ato.

e) Errada.

Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se


for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância
arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração.

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Questão 23 (FAFIPA/2019/PREFEITURA DE FOZ DO IGUAÇU-PR/PROCURADOR DO MUNICÍ-


PIO JÚNIOR) A responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção
do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato. Sobre o
tema, é INCORRETO afirmar que:
a) A responsabilidade é pessoal ao agente quanto às infrações conceituadas por lei como cri-
mes ou contravenções, salvo quando praticadas no exercício regular de administração, man-
dato, função, cargo ou emprego, ou no cumprimento de ordem expressa emitida por quem de
direito.
b) A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, do pa-
gamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela
autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração.
c) A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, porém não se consi-
dera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer procedimento administra-
tivo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.
d) É pacífica a jurisprudência no sentido de que o simples inadimplemento da obrigação tribu-
tária não caracteriza infração à lei capaz de ensejar a responsabilidade.
e) Declarar e não recolher o ICMS próprio não é considerado crime pela jurisprudência majo-
ritária, mas sim mero inadimplemento.

Letra e.
a) Certa.

Art. 137. A responsabilidade é pessoal ao agente:


I – quanto às infrações conceituadas por lei como crimes ou contravenções, salvo quando pratica-
das no exercício regular de administração, mandato, função, cargo ou emprego, ou no cumprimento
de ordem expressa emitida por quem de direito;

b) Certa.

Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se


for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância
arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração.

c) Certa.

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Art. 138. Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de
qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.

d) Certa.

Súmula n. 430, STJ


O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só, a respon-
sabilidade solidária do sócio-gerente.

e) Errada. Declarar e não recolher o ICMS próprio não é considerado crime pela jurisprudência
majoritária, mas sim mero inadimplemento.

Tese firmada pelo STF, em 18/12/2019, no RHC 163.334: “O contribuinte que, de forma
contumaz e com dolo de apropriação, deixa de recolher o ICMS cobrado do adquirente
da mercadoria ou serviço incide no tipo penal do artigo 2º (inciso II) da Lei 8.137/1990”.

No mesmo sentido, é o entendimento do Superior Tribunal de Justiça:

HABEAS CORPUS. NÃO RECOLHIMENTO DE ICMS POR MESES SEGUIDOS. APROPRIA-


ÇÃO INDÉBITA TRIBUTÁRIA. ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA. IMPOSSIBILIDADE. DECLARAÇÃO
PELO RÉU DO IMPOSTO DEVIDO EM GUIAS PRÓPRIAS. IRRELEVÂNCIA PARA A CONFI-
GURAÇÃO DO DELITO. TERMOS “DESCONTADO E COBRADO”. ABRANGÊNCIA. TRIBU-
TOS DIRETOS EM QUE HÁ RESPONSABILIDADE POR SUBSTITUIÇÃO E TRIBUTOS INDI-
RETOS. ORDEM DENEGADA.
1. Para a configuração do delito de apropriação indébita tributária – tal qual se dá com
a apropriação indébita em geral – o fato de o agente registrar, apurar e declarar em
guia própria ou em livros fiscais o imposto devido não tem o condão de elidir ou exercer
nenhuma influência na prática do delito, visto que este não pressupõe a clandestinidade.
2. O sujeito ativo do crime de apropriação indébita tributária é aquele que ostenta a
qualidade de sujeito passivo da obrigação tributária, conforme claramente descrito pelo
art. 2º, II, da Lei n.
8.137/1990, que exige, para sua configuração, seja a conduta dolosa (elemento subje-
tivo do tipo), consistente na consciência (ainda que potencial) de não recolher o valor do

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tributo devido. A motivação, no entanto, não possui importância no campo da tipicidade,


ou seja, é prescindível a existência de elemento subjetivo especial.
3. A descrição típica do crime de apropriação indébita tributária contém a expres-
são “descontado ou cobrado”, o que, indiscutivelmente, restringe a abrangência do
sujeito ativo do delito, porquanto nem todo sujeito passivo de obrigação tributária
que deixa de recolher tributo ou contribuição social responde pelo crime do art. 2º,
II, da Lei n. 8.137/1990, mas somente aqueles que “descontam” ou “cobram” o tri-
buto ou contribuição.
4. A interpretação consentânea com a dogmática penal do termo “descontado” é a de
que ele se refere aos tributos diretos quando há responsabilidade tributária por subs-
tituição, enquanto o termo “cobrado” deve ser compreendido nas relações tributárias
havidas com tributos indiretos (incidentes sobre o consumo), de maneira que não possui
relevância o fato de o ICMS ser próprio ou por substituição, porquanto, em qualquer
hipótese, não haverá ônus financeiro para o contribuinte de direito.
5. É inviável a absolvição sumária pelo crime de apropriação indébita tributária, sob o
fundamento de que o não recolhimento do ICMS em operações próprias é atípico, nota-
damente quando a denúncia descreve fato que contém a necessária adequação típica e
não há excludentes de ilicitude, como ocorreu no caso. Eventual dúvida quanto ao dolo
de se apropriar há que ser esclarecida com a instrução criminal.
6. Habeas corpus denegado.
(HC 399.109/SC, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em
22/08/2018, DJe 31/08/2018).

Questão 24 (FAFIPA/2019/PREFEITURA DE FOZ DO IGUAÇU-PR/PROCURADOR DO MUNI-


CÍPIO JÚNIOR) O sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento
de tributo ou penalidade pecuniária, porém, pode ocorrer uma responsabilidade solidária por
terceiro. Sobre esse tema, é CORRETO afirmar que:
a) Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo
contribuinte, o terceiro responde solidariamente ao pagamento integral do crédito tributário.

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b) A responsabilidade do terceiro é residual, portanto será cobrado apenas nos casos de im-
possibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte principal.
c) A responsabilidade dos sócios pelas obrigações da sociedade empresária é sempre solidá-
ria, sem necessidade de exaurir previamente o ativo do patrimônio social.
d) O contribuinte é o único responsável tributário dada a impossibilidade de prática direta do
ato ou fato típicos do tributo.
e) A responsabilidade do terceiro solidário, incidirá totalidade do crédito tributário da obriga-
ção principal e acessória.

Letra b.

CTN, Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal
pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omis-
sões de que forem responsáveis:
I – os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
II – os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados;
III – os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes;
IV – o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;
V – o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário;
VI – os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos
praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;
VII – os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter
moratório.

Questão 25 (CKM SERVIÇOS/2017/EPTC/ADVOGADO) Madalena e Carolina constituem


pessoa jurídica de direito privado intitulada M&C Prestação de Serviços Ltda. No respectivo
contrato social, Madalena consta como sócia-administradora. No último ano, a M&C ficou
inadimplente em diversos de seus compromissos, incluindo tributação, situação que levou a
Fazenda Pública Municipal competente a inscrevê-la na dívida ativa, indicando Madalena e
Carolina como responsáveis na Certidão de Dívida Ativa (CDA).
No caso hipotético acima, em observância às regras de responsabilidade tributária, é cer-
to que:

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a) A Fazenda Pública Municipal competente agiu de forma adequada ao responsabilizar am-


bas as sócias assim que da constatação da mera inadimplência.
b) Madalena só responderá pelos débitos tributários se estes forem oriundos de atos pratica-
dos com excesso de poder, infração à lei ou ao contrato social.
c) Carolina só responderá pelos débitos tributários se estes forem oriundos de atos pratica-
dos com excesso de poder, infração à lei ou ao contrato social.
d) A situação é inapropriada, pois a desconsideração da personalidade jurídica não se aplica
à matéria tributária. CTN

Letra b.

CTN, Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal
pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omis-
sões de que forem responsáveis:
VII – os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias
resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou esta-
tutos:
I – as pessoas referidas no artigo anterior;
II – os mandatários, prepostos e empregados;
III – os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.

Questão 26 (VUNESP/2019/CÂMARA DE PIRACICABA-SP/ADVOGADO) Marque a alternati-


va que se apresenta de acordo com a disposição do Código Tributário Nacional.
a) São pessoalmente responsáveis, o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos
tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.
b) A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer títu-
lo, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e conti-
nuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome
individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, de-
vidos até a data do ato subsidiariamente, se o alienante cessar a exploração do comér-
cio, indústria ou atividade.

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c) Em processo da falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou unidade pro-


dutiva isolada permanecerá em conta de depósito à disposição do juízo de falência pelo prazo
de 1 (um) ano, contado da data de alienação, somente podendo ser utilizado para o pagamen-
to de créditos extraconcursais ou de créditos que preferem ao tributário.
d) É pessoalmente responsável, o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da
partilha ou adjudicação.
e) A lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira
pessoa, não vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, desde que mantendo a res-
ponsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter solidário do cumprimento
total ou parcial da referida obrigação.

Letra c.
a) Errada.

CTN, Art. 131. São pessoalmente responsáveis:


II – o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data
da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou
da meação;

b) Errada.

CTN, Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer
título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a
respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, res-
ponde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato:
I – integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;
II – subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis
meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio,
indústria ou profissão.

c) Certa.

CTN, Art. 133, § 3º Em processo da falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou
unidade produtiva isolada permanecerá em conta de depósito à disposição do juízo de falência
pelo prazo de 1 (um) ano, contado da data de alienação, somente podendo ser utilizado para o pa-
gamento de créditos extraconcursais ou de créditos que preferem ao tributário.

d) Errada.

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DIREITO TRIBUTÁRIO
Responsabilidade Tributária
Renato Cesar Guedes Grilo

CTN, Art. 131. São pessoalmente responsáveis:


III – o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.

e) Errada.

CTN, Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a
responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva
obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supleti-
vo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação.

Questão 27 (VUNESP/2019/PREFEITURA DE POÁ-SP/PROCURADOR JURÍDICO) Em relação


à responsabilidade dos sucessores, de terceiros e por infrações, dispõe o Código Tributário
Nacional:
a) Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio
útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços
referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, sub-rogam-se na pessoa dos respec-
tivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação, e, no caso de arre-
matação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço.
b) A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título,
fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a res-
pectiva exploração pelo período de dois anos, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma
ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido,
devidos até a data do ato, subsidiariamente com o alienante se este cessar a exploração do
comércio, indústria ou atividade.
c) Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo
contribuinte, respondem subsidiariamente a este nos atos em que intervierem ou pelas omis-
sões de que forem responsáveis, dentre outros, os diretores, gerentes ou representantes de
pessoas jurídicas de direito privado, não se aplicando em matéria de penalidades, às de ca-
ráter moratório.
d) A responsabilidade por infrações é excluída pela denúncia espontânea da infração, acom-
panhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito
da importância arbitrada judicialmente ou pela autoridade administrativa, quando o montante
do tributo não dependa de apuração, sendo considerada espontânea a denúncia apresentada

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DIREITO TRIBUTÁRIO
Responsabilidade Tributária
Renato Cesar Guedes Grilo

antes ou após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização,


relacionados com a infração, desde que ocorra de forma inequívoca.
e) A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação
de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até dois anos após a data do ato
pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas, não se
aplicando tal responsabilidade aos casos de extinção de pessoas jurídicas de direito privado,
quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio remanes-
cente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual.

Letra a.
a) Certa.

CTN, Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade,
o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de
serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos res-
pectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação. § único. No caso de
arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço.

b) Errada.

CTN, Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer
título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a
respectiva exploração [não há prazo de 2 anos], sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou
nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos
até a data do ato:
I – integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;
II – subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de 6
meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio,
indústria ou profissão.

c) Errada.

CTN, Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal
pelo contribuinte, respondem solidariamente [na verdade a responsabilidade é subsidiária mesmo,
há uma imprecisão terminológica na lei] com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões
de que forem responsáveis:
Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter
moratório.

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DIREITO TRIBUTÁRIO
Responsabilidade Tributária
Renato Cesar Guedes Grilo

Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias
resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou esta-
tutos:
III – os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.

d) Errada.

CTN, Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada,
se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importân-
cia arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração.
§ único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer procedi-
mento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.

e) Errada.

CTN, Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incor-
poração de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até a data do ato pelas pessoas
jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas. § único. O disposto neste
artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas jurídicas de direito privado, quando a explora-
ção da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob
a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual.

Questão 28 (COPS-UEL/2019/PREFEITURA DE LONDRINA-PR/PROCURADOR DO MUNICÍ-


PIO) Assinale a alternativa que corresponde, corretamente, à responsabilidade tributária, em
se tratando da sucessão empresarial pela aquisição do estabelecimento prestador de serviço.
a) O adquirente de um estabelecimento prestador de serviço, envolvendo apenas o fundo
de comércio, será o responsável tributário pelo IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano)
incidente sobre o imóvel e pelo ISS (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza), de forma
integral, considerando que o alienante cessou imediatamente suas atividades.
b) O adquirente de um estabelecimento prestador de serviço, envolvendo apenas o fundo
de comércio, será o responsável tributário pelo IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano)
incidente sobre o imóvel e pelo ISS (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza), de forma
subsidiária, considerando que o alienante continuou com suas atividades em outro local.
c) O adquirente de um estabelecimento prestador de serviço, envolvendo apenas o fundo de
comércio, será o responsável tributário pelo ISS (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Nature-
za) sobre o período anterior à aquisição, de forma integral, mesmo considerando que o alie-
nante tenha continuado com suas atividades em outro local.

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Responsabilidade Tributária
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d) O adquirente de um estabelecimento prestador de serviço, envolvendo apenas o fundo de


comércio, será o responsável tributário pelo ISS (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Nature-
za) sobre o período anterior à aquisição, de forma subsidiária, considerando que o alienante
tenha continuado com suas atividades em outro local.
e) O adquirente não poderá ser responsabilizado por quaisquer tributos, considerando que
foi firmado um contrato de compra e venda do estabelecimento no qual ficou expressamente
estabelecido que sua responsabilidade tributária ocorreria somente sobre fatos a partir de
sua aquisição.

Letra d.
Percebam que as alternativas A e B inserem o “IPTU” na ‘história’. Ora, se a transação envol-
veu o chamado “fundo de comércio”, não se cogita de discussão sobre a incidência de um
imposto que incide sobre bens imóveis. Ambas as alternativas deixam claro que se trata de
uma transação “envolvendo apenas o fundo de comércio”; o IPTU não tem nada com “fundo
de comércio”.
As demais alternativas se resolvem pela aplicação do art. 133 do CTN.

Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer
título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar
a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual,
responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data
do ato:
I – integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;
II – subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis
meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio,
indústria ou profissão.

Questão 29 (VUNESP/2018/CÂMARA DE ORLÂNDIA-SP/ROCURADOR JURÍDICO) Conside-


rando que certo vereador encaminhou um pedido de consulta jurídica ao departamento res-
ponsável da Câmara Legislativa para apurar as regras da Responsabilidade Tributária, assi-
nale a alternativa que representa parecer correto sobre o tema.

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Responsabilidade Tributária
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a) Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, subro-
gam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua
quitação.
b) No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço,
caso o arrematante possua Certidão Negativa de Débitos à época da transmissão.
c) São solidariamente responsáveis o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos
tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitado ao montante do
quinhão do legado ou da meação.
d) A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação
de outra, é responsável pelos tributos devidos independentemente da data do ato pelas pes-
soas jurídicas fusionadas, transformadas ou incorporadas.
e) São solidariamente responsáveis pelos créditos decorrentes de obrigações tributárias re-
sultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, os diretores, gerentes
ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.

Letra a.
a) Certa.

CTN, Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade,
o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de
serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos res-
pectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.

b) Errada.

CTN, Art. 130, Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre
sobre o respectivo preço.

c) Errada.

CTN, Art. 131. São pessoalmente responsáveis:


II – o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data
da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou
da meação;

d) Errada.

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Responsabilidade Tributária
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CTN, Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incor-
poração de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até a data do ato pelas pessoas
jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.

e) Errada.

CTN: Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tri-
butárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social
ou estatutos:
III – os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.

Questão 30 (VUNESP/2019/CÂMARA DE SERRANA-SP/PROCURADOR JURÍDICO) O CTN


prevê que o sujeito passivo da obrigação principal pode ser o contribuinte ou o responsável.
Relativamente à responsabilidade tributária prevista no CTN, é correto afirmar que
a) o legatário que não possui relação de parentesco com o autor da herança e aceita legado
é solidária e ilimitadamente responsável pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da
abertura da sucessão.
b) o cônjuge meeiro é pessoalmente responsável pelos tributos devidos pelo de cujus, até a
data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante da meação.
c) o espólio não pode ser considerado responsável tributário por sucessão, em razão da au-
sência de personalidade jurídica.
d) aquele que adquire bem imóvel por meio de contrato de compra e venda é responsável pe-
los tributos relativos ao bem adquirido devidos pelo vendedor, mas sua responsabilidade não
é pessoal, por não se tratar de situação de sucessão.
e) o sucessor, a qualquer título, é responsável, ilimitadamente, pelos tributos devidos pelo de
cujus, até a data da abertura da sucessão.

Letra b.
a) Errada. Não existe essa norma no CTN.
b) Certa.

CTN, Art. 131. São pessoalmente responsáveis:


II – o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data
da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou
da meação;

c) Errada.

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Responsabilidade Tributária
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CTN, Art. 126. A capacidade tributária passiva independe:


I – da capacidade civil das pessoas naturais;
Art. 131. São pessoalmente responsáveis:
III – o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.

d) Errada.

CTN, Art. 131. São pessoalmente responsáveis:


I – o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos;

e) Errada.

CTN, Art. 131, II – o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de
cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do qui-
nhão do legado ou da meação;

Questão 31 (VUNESP/2019/TJ-RS/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS/RE-


MOÇÃO) A responsabilidade pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da
sucessão é
a) pessoal do inventariante.
b) pessoal do inventariante e subsidiária do espólio.
c) dos sucessores a qualquer título e do cônjuge meeiro solidariamente.
d) dos sucessores a qualquer título e do inventariante solidariamente.
e) pessoal do espólio.

Letra e.

Art. 131. São pessoalmente responsáveis:


I – o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos; (Redação
dada pelo Decreto Lei n. 28, de 1966)
II – o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da
partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da mea-
ção;
III – o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.

Questão 32 (VUNESP/2019/PREFEITURA DE ITAPEVI-SP/ANALISTA JURÍDICO/ PROCURADOR


MUNICIPAL) De acordo com as disposições do Código Tributário Nacional, a responsabilidade do
espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão, é tida como
a) de terceiros.

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Responsabilidade Tributária
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b) pessoal.
c) subjetiva.
d) subsidiária.
e) solidária.

Letra b.

Art. 131. São pessoalmente responsáveis:


I – o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos;
II – o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data
da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou
da meação;
III – o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.

Questão 33 (CESPE/2019/TJ-PR/JUIZ SUBSTITUTO) A empresa X adquiriu todo o fundo de


comércio da empresa Y e passou a explorar o negócio sob outra razão social. Após a venda
do fundo, Y encerrou regularmente suas atividades, sem que tenha havido falência ou recu-
peração judicial.
De acordo com a jurisprudência majoritária do STJ, em relação a tributos e multas devidos
pela empresa Y e referentes a fatos geradores ocorridos até a data da sucessão, a empresa X
responderá
a) apenas pelos tributos devidos, e não pelas multas moratórias ou punitivas.
b) pelos tributos devidos e pelas multas moratórias, mas não pelas multas punitivas.
c) pelos tributos devidos e pelas multas moratórias ou punitivas.
d) apenas pelas multas moratórias ou punitivas, e não pelos tributos devidos.

Letra c.

Súmula n. 554, STJ


Na hipótese de sucessão empresarial, a responsabilidade da sucessora abrange não
apenas os tributos devidos pela sucedida, mas também as multas moratórias ou puniti-
vas referentes a fatos geradores ocorridos até a data da sucessão.

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Responsabilidade Tributária
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Questão 34 (IBGP/2018/PREFEITURA DE SANTA LUZIA-MG/PROCURADOR MUNICIPAL) So-


bre as normas gerais de Direito Tributário, previstas no Código Tributário Nacional, assinale a
alternativa INCORRETA:
a) O pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais e a interrupção da
prescrição, em favor ou contra um dos obrigados e favorece ou prejudica aos demais.
b) A isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pesso-
almente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo.
c) A responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção do agente
ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato.
d) O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela
legislação vigente na data da concretização do ato de lançamento.

Letra d.
a/b) Certas.

CTN, Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:
I – o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;
II – a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmen-
te a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo;
III – a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos
demais.

c) Certa.

CTN, Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação
tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão
dos efeitos do ato.

d) Errada.

CTN, Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se
pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. O lançamento, portanto,
é regido pela legislação vigente à época do fato gerador, e não pela legislação vigente quando de
sua concretização, como afirma a alternativa.

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DIREITO TRIBUTÁRIO
Responsabilidade Tributária
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Questão 35 (IADES/2019/AL-GO/PROCURADOR) No que se refere à responsabilidade tribu-


tária, assinale a alternativa correta.
a) A responsabilidade tributária importa na responsabilidade do espólio pelas obrigações tri-
butárias já ocorridas e as futuras do de cujus até a data de abertura da sucessão.
b) Não haverá sucessão de responsabilidade tributária na aquisição de unidade produtiva,
realizada em processo de falência, seja quem for o adquirente.
c) A substituição tributária caracteriza hipótese de sujeição passiva indireta, definida em lei,
na qual a responsabilidade tributária é atribuída a um terceiro que não praticou o fato tribu-
tável.
d) O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade empresária gera, por si só, a res-
ponsabilidade do sócio-gerente.
e) A denúncia espontânea caracteriza-se como mecanismo indutor de cumprimento da legis-
lação tributária e, por essa razão, pode ser apresentada a qualquer momento, a fim de excluir
a responsabilidade pessoal do agente que cometeu infração da legislação tributária.

Letra c.
a) Errada.

CTN, Art. 131. São pessoalmente responsáveis:


III – o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.

b) Errada.

CTN, § 2º Não se aplica o disposto no art. 133 § 1 deste artigo quando o adquirente for:
I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor
falido ou em recuperação judicial;
II – parente, em linha reta ou colateral até o 4 (quarto) grau, consanguíneo ou afim, do devedor
falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou
III – identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o objetivo de
fraudar a sucessão tributária.

c) Certa. O responsável por substituição deve ter uma vinculação com o fato gerador, mas não
o pratica. Quem pratica o fato gerador é o contribuinte, que é substituído pelo responsável,
nos casos de substituição tributária.
d) Errada.

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DIREITO TRIBUTÁRIO
Responsabilidade Tributária
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Súmula n. 430, STJ


O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só, a respon-
sabilidade solidária do sócio-gerente.

e) Errada.

CTN, Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada,
se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importân-
cia arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração.
Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer
procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.

Questão 36 (IADES/2019/AL-GO/PROCURADOR) No que tange ao direito tributário, é corre-


to afirmar que a obrigação tributária
a) principal nasce com a ocorrência do fato gerador descrito abstratamente na norma, hipó-
tese tida como suficiente e necessária para o respectivo surgimento.
b) terá natureza acessória quando importar em obrigação de dar, estipulada no interesse da
arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
c) tem por sujeito passivo principal o contribuinte e, por sujeito passivo acessório, o respon-
sável pela obrigação de fazer ou não fazer previsto pela norma.
d) importa em solidariedade entre as pessoas que tenham interesse comum na situação que
constitua o fato gerador da obrigação principal, mas admite a oponibilidade do benefício de
ordem para efeitos de pagamento.
e) terá por sujeito ativo a União, os Estados, os Municípios, o Distrito Federal ou os Territórios,
a depender da competência tributária estabelecida para cada tributo.

Letra a.

Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.


§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de
tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positi-
vas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação
principal relativamente à penalidade pecuniária.
Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e sufi-
ciente à sua ocorrência.

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Responsabilidade Tributária
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Questão 37 (CESPE/2019/TJ-BA/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO) Por expressa previsão le-


gal do CTN, entende-se como responsável tributário a pessoa que
a) figure como sujeito ativo de uma obrigação tributária acessória em razão da solidariedade,
substituição tributária ou sucessão.
b) figure como sujeito ativo de uma obrigação tributária sem que tenha a obrigação de efetuar
o pagamento do crédito tributário.
c) tenha relação pessoal direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador e seja
obrigada ao pagamento de uma penalidade pecuniária.
d) esteja obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária sem ter relação pessoal
e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador.
e) esteja obrigada a prestações que constituam o objeto de uma obrigação acessória.

Letra d.

CTN, Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo
ou penalidade pecuniária.
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
II – responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de dispo-
sição expressa de lei.

Questão 38 (FCC/2018/PREFEITURA DE CARUARU-PE/PROCURADOR DO MUNICÍPIO) So-


bre a responsabilidade tributária, é correto afirmar:
a) decorre de previsão legal ou de ato particular em que terceiro assuma, por instrumento
público, a condição de contribuinte
b) deve ser livremente aferida em cada caso por ato administrativo plenamente vinculado, de
cuja motivação constem os elementos de fato que a justifiquem.
c) decorre de lei que atribua, de modo expresso, a responsabilidade pelo crédito tributário a
terceiro, não contribuinte, mas relacionado com a ocorrência do fato gerador.
d) decorre de lei ou contrato que impute a obrigação tributária acessória a terceiro não con-
tribuinte, mas a ele relacionado ou ao fato gerador, conforme reconhecido pela Administração
Tributária.

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e) só pode ser aferida em cada caso conforme previsão geral de lei complementar, previsto
que se expresse em ato administrativo discricionário, de cuja motivação conste a fundamen-
tação jurídica.

Letra c.

CTN, Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo
ou penalidade pecuniária. Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
I – contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo
fato gerador;
II – responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de dispo-
sição expressa de lei.
Art. 122. Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada às prestações que constitu-
am o seu objeto.

Questão 39 (FEPESE/2018/PGE-SC/PROCURADOR DO ESTADO) Assinale a alternativa cor-


reta a respeito das normas gerais de direto tributário e sua interpretação.
a) Na falta de eleição pelo sujeito passivo, o domicílio tributário das pessoas naturais será,
inicialmente, o centro habitual de suas atividades.
b) A lei pode atribuir de maneira expressa a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira
pessoa, vinculada ou desvinculada do fato gerador da respectiva obrigação.
c) É vedado à autoridade administrativa recusar o domicílio fiscal eleito pelo sujeito passivo,
ainda que dificulte a fiscalização do tributo.
d) A capacidade tributária passiva dimana da ocorrência do fato gerador, mas depende da
capacidade civil das pessoas naturais.
e) Em situações de sucessão empresarial, a responsabilidade da sucessora abrange não so-
mente os tributos devidos pela sucedida, mas igualmente as multas moratórias ou punitivas
referentes a fatos geradores ocorridos até a data da sucessão.

Letra e.
a) Errada.

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CTN, Art. 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na forma
da legislação aplicável, considera-se como tal: I – quanto às pessoas naturais, a sua residência
habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade

b) Errada.

CTN, Art. 128 Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a
responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva
obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supleti-
vo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação

c) Errada.

CTN, Art. 127, § 2º A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando impossibi-
lite ou dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do parágrafo
anterior.

d) Errada.

CTN, Art. 126. A capacidade tributária passiva independe:


I – da capacidade civil das pessoas naturais;

e) Certa.

Súmula n. 554, STJ


Na hipótese de sucessão empresarial, a responsabilidade da sucessora abrange não
apenas os tributos devidos pela sucedida, mas também as multas moratórias ou puniti-
vas referentes a fatos geradores ocorridos até a data da sucessão.

Questão 40 (CESPE/2018/PGM/JOÃO PESSOA-PB/PROCURADOR DO MUNICÍPIO) Empresa


devedora de tributo municipal e multas moratórias e punitivas aplicadas pelo município foi
extinta, e um dos sócios continuou, com firma individual, a exploração da mesma atividade
empresarial.
Nessa situação hipotética,
a) não ocorreu transferência da responsabilidade por sucessão.
b) ocorreu transferência da responsabilidade de pagamento dos tributos, mas não das multas
punitivas.

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c) ocorreu transferência da responsabilidade de pagamento dos tributos e das multas mora-


tórias, mas não das multas punitivas.
d) ocorreu transferência da responsabilidade de pagamento dos tributos e das multas mora-
tórias e punitivas.
e) ocorreu transferência da responsabilidade por substituição.

Letra d.

Súmula n. 554, STJ


Na hipótese de sucessão empresarial, a responsabilidade da sucessora abrange não
apenas os tributos devidos pela sucedida, mas também as multas moratórias ou puniti-
vas referentes a fatos geradores ocorridos até a data da sucessão.

Questão 41 (CESPE/2018/PGM/JOÃO PESSOA-PB/PROCURADOR DO MUNICÍPIO) Socie-


dade devedora de tributos municipais de João Pessoa sofreu cisão parcial. Em seguida,
a empresa cindida se fundiu com uma terceira empresa. O fiscal tributário autuou a em-
presa que resultou da fusão pela dívida da empresa cindida, a qual não promoveu a sua
liquidação.
A partir da situação hipotética apresentada, assinale a opção correta, com relação à respon-
sabilidade tributária por sucessão empresarial.
a) A responsabilização da terceira empresa decorreu do instituto da transformação da
empresa.
b) Com a cisão, defere-se ao município a responsabilização dos sócios da empresa que re-
sultou da cisão.
c) A empresa que resultou da cisão não responde pelo débito da empresa cindida.
d) A fusão de empresas gera responsabilidade por subsidiariedade.
e) Os sócios administradores respondem solidariamente com a empresa que deixar de fun-
cionar sem proceder a sua liquidação.

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Letra e.

Súmula n. 430, STJ


O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só, a respon-
sabilidade solidária do sócio-gerente.
Súmula n. 435, STJ
Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domi-
cílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento
da execução fiscal para o sócio-gerente.

CTN, Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tribu-
tárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou
estatutos:
III – os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.

Questão 42 (FEPESE/2017/CIASC/ADVOGADO) É correto afirmar sobre a responsabilidade


tributária por sucessão.
a) A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão de outra ou em outra é responsável
pelos tributos devidos até a data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas.
b) O espólio será pessoalmente responsável pelas dívidas tributárias do de cujos até a data
da partilha.
c) A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fun-
do de comércio e continuar a respectiva exploração, responde solidariamente pelos tributos,
relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido.
d) A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por meio de alienação
judicial, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, é responsável pelos tributos devi-
dos até a data do respectivo ato.
e) O sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro respondem subsidiariamente com o espó-
lio pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.

Letra a.

CTN, Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incor-
poração de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até a data do ato pelas pessoas
jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.

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Questão 43 (FCC/2016/CREMESP/ADVOGADO) O sujeito passivo da obrigação principal di-


z-se responsável, quando,
a) revestindo a condição de contribuinte, sua obrigação decorrer de disposição expressa na
Constituição Federal.
b) revestindo a condição de contribuinte, sua obrigação decorrer de disposição expressa em
lei ordinária.
c) tiver relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador.
d) sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorrer de disposição expressa
em lei.
e) revestindo a condição de contribuinte, sua obrigação decorrer de disposição expressa em
portaria, regulamento ou autorização.

Letra d.

CTN, Art. 121. Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
II – responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de dispo-
sição expressa de lei.

Questão 44 (COSEAC/2018/PREFEITURA DE MARICÁ-RJ/PROCURADOR DO MUNICÍPIO)


Sobre responsabilidade tributária, é correto afirmar que:
a) o remitente não é responsável pelos tributos devidos até a remissão.
b) os sucessores do de cujus são responsáveis solidários pelos tributos devidos até a partilha
ou adjudicação, não se limitando o valor ao montante do quinhão ou legado.
c) o adquirente de unidade produtiva isolada, alienada em processo de recuperação judicial,
é pessoalmente responsável pelos tributos devidos pela unidade até a alienação.
d) o inventariante é solidariamente responsável pelos tributos devidos pelo espólio decorren-
tes de atos por ele praticados ou omissões de que for responsável.
e) os pais são exclusivamente responsáveis pelo pagamento de tributos devidos por seus
filhos menores, independentemente de serem ou não seus guardiões.

Letra d.

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a) Errada.

Art. 131. São pessoalmente responsáveis:


I – o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos.

b) Errada.

Art. 131. São pessoalmente responsáveis:


II – o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data
da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou
da meação.

c) Errada. Quando há processo de falência o adquirente não responde pelos tributos (arts. 133,
134 CTN).
d) Errada.

Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo
contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões
de que forem responsáveis:
IV – o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;

e) Errada.

Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo
contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões
de que forem responsáveis:
I – os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores.

Questão 45 (VUNESP/2018/CÂMARA DE ITAQUAQUECETUBA-SP/PROCURADOR JURÍDICO)


Considerando que dois proprietários de um bem imóvel são solidários na obrigação tributária,
assinale a alternativa correta.
a) O pagamento efetuado por um dos obrigados não aproveita o outro.
b) A isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pesso-
almente a um deles.
c) A interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, não favorece nem pre-
judica aos demais.
d) As convenções particulares que eles fizerem relativas à responsabilidade pelo pagamento
dos tributos podem ser opostas à Fazenda Pública.

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e) Na solidariedade expressamente designada por lei, haverá benefício de ordem entre os obriga-
dos.

Letra b.
a) Errada.

CTN, Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:
I – o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;

c) Certa.

CTN, Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:
II – a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmen-
te a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo;

c) Errada.

CTN, Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:
III – a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos
demais.

d) Errada.

CTN, Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à res-
ponsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à FP, para modificar a definição
legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes.

e) Errada.

CTN, Art. 124. São solidariamente obrigadas:


I – as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação
principal;
II – as pessoas expressamente designadas por lei.
Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem.

Questão 46 (VUNESP/2018/PREFEITURA DE SOROCABA-SP/PROCURADOR DO MUNICÍPIO)


O conhecimento das regras relativas à responsabilidade tributária é essencial para o desem-
penho da função de procurador municipal, em defesa da fazenda pública. A esse respeito,
com base no Código Tributário Nacional, assinale a alternativa correta.

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a) As convenções particulares relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, quan-


do opostas à Fazenda Pública, devem ser por esta observadas ainda que para modificar a
definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias.
b) Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade subro-
gam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de
sua quitação.
c) Decreto pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira
pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do
contribuinte ou atribuindo-a em caráter supletivo do cumprimento da referida obrigação.
d) A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação
de outra ou em outra deixa de ser responsável pelos tributos devidos até a data do ato pelas
pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.
e) Respondem solidariamente com o contribuinte pelas penalidades, ainda que de caráter
moratório, nos atos em que intervierem, os tabeliães, escrivães e demais serventuários de
ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles em razão do seu ofício.

Letra b.
a) Errada.

CTN, Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à res-
ponsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modi-
ficar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes.
b) Errada.

CTN, Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade,
o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de
serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos res-
pectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.
c) Errada.

CTN, Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a
responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva
obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supleti-
vo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação.

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d) Errada.

CTN, Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incor-
poração de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até a data do ato pelas pessoas
jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.

e) Errada.

CTN, Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal
pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omis-
sões de que forem responsáveis:
VI – os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos
praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício; Parágrafo único. O disposto neste ar-
tigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter moratório.

Questão 47 (FCC/2018/PGE-AP/PROCURADOR DO ESTADO) A “Indústria de Balanças Peso


Pesado”, cujos sócios são Carlos e Danilo, tem 5 estabelecimentos no Estado, sendo uma
matriz e quatro filiais. A empresa está em processo de recuperação judicial há três meses.
Quando foi divulgada a notícia de que será promovida a alienação judicial de um de seus esta-
belecimentos, várias pessoas, naturais e jurídicas, se interessaram por adquiri-lo: 1. Marcos,
marido da prima de Carlos; 2. a “Fábrica de Balanças Equilíbrio”, sociedade empresarial con-
corrente; 3. “Empresa de Ferragens Brasil”, que é controlada pela “Indústria de Balanças Peso
Pesado”; 4. Sebastião, rico empresário e marido da tia de Carlos.
Considerando que a “Indústria de Balanças Peso Pesado” vai continuar explorando sua ati-
vidade industrial por tempo indeterminado, mesmo depois da venda do referido estabeleci-
mento, de acordo com o Código Tributário Nacional, caso a referida filial venha a ser adquirida
a) por Marcos, ele responderá integralmente pelos tributos relativos ao estabelecimento ad-
quirido, devidos até a data do ato de aquisição.
b) pela “Fábrica de Balanças Equilíbrio”, esta não responderá, nem integral, nem subsidiaria-
mente, pelos tributos, relativos ao estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato de
aquisição.
c) pela “Empresa de Ferragens Brasil”, esta responderá integralmente pelos tributos relativos
ao estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato de aquisição.

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d) por Sebastião, ele não responderá, nem integral, nem subsidiariamente, pelos tributos rela-
tivos ao estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato de aquisição.
e) pela “Empresa de Ferragens Brasil”, esta não responderá, nem integral, nem subsidia-
riamente, pelos tributos relativos ao estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato
de aquisição.

Letra b.

CTN, Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incor-
poração de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até a data do ato pelas pessoas
jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas jurídicas de
direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio
remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual.
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título,
fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respecti-
va exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos
tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato:
I – integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;
II – subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis
meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio,
indústria ou profissão.
§ 1º O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial:
I – em processo de falência;
II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial.
§ 2º Não se aplica o disposto no § 1º deste artigo quando o adquirente for:
I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor
falido ou em recuperação judicial;
II – parente, em linha reta ou colateral até o 4º (quarto) grau, consanguíneo ou afim, do devedor
falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou
III – identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o objetivo de
fraudar a sucessão tributária.
§ 3º Em processo da falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou unidade produ-
tiva isolada permanecerá em conta de depósito à disposição do juízo de falência pelo prazo de 1
(um) ano, contado da data de alienação, somente podendo ser utilizado para o pagamento de cré-
ditos extraconcursais ou de créditos que preferem ao tributário.

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Questão 48 (FGV/2018/AL-RO/ADVOGADO) Um imóvel de propriedade do Estado ABC está


regularmente alugado para uma empresa privada que nele explora atividade hoteleira. No ano
de 2018, a empresa recebeu notificação do Município XYZ para pagamento de IPTU referente
ao imóvel alugado, sob a alegação de que o Código Tributário Municipal prevê o locatário co-
mercial como contribuinte de IPTU.
Diante desse cenário, e à luz da mais recente jurisprudência do STF, assinale a afirmativa cor-
reta.
a) Tal cobrança é indevida, pois este locatário comercial, na qualidade de mero possuidor sem
animus domini, não poderia ser definido como contribuinte do IPTU.
b) Por ser o imóvel de propriedade do Estado ABC, não é possível a cobrança de IPTU do loca-
tário comercial, mas apenas do proprietário.
c) O proprietário do imóvel (Estado ABC) e o seu locatário (empresa hoteleira) podem respon-
der solidariamente pelo débito de IPTU.
d) Tal cobrança é devida, pois o locatário comercial explora atividade econômica com fins
lucrativos.
e) O IPTU não poderá ser cobrado do locatário comercial, uma vez que o imóvel pertence a um
Estado-membro da Federação, o qual goza de imunidade tributária.

Letra d.

A imunidade recíproca, prevista no art. 150, VI, a, da Constituição não se estende a


empresa privada arrendatária de imóvel público, quando seja ela exploradora de ati-
vidade econômica com fins lucrativos. Nessa hipótese é constitucional a cobrança do
IPTU pelo Município. [Tese definida no RE 594015, rel. min. Marco Aurélio, P, j. 6-4-2017,
DJE 188 de 25-8-2017 -Tema 385.].

Questão 49 (PGR/2017/PGR/PROCURADOR DA REPÚBLICA) Sobre a responsabilidade tri-


butária é incorreto afirmar que:
a) o inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade gera, por si só, a responsabilida-
de solidária do sócio-gerente;

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b) na hipótese de sucessão empresarial, a responsabilidade da sucessora abrange não ape-


nas os tributos devidos pela sucedida, mas também as multas moratórias ou punitivas refe-
rentes a fatos geradores ocorridos até a data da sucessão;
c) a lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pa-
gamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada
a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumi-
do;
d) a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira
pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do
contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da
referida obrigação.

Letra a.
a) Errada.

Súmula n. 430, STJ


O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade e não gera, por si só, a respon-
sabilidade solidária do sócio-gerente.

b) Certa.

Súmula n. 554, STJ


Na hipótese de sucessão empresarial, a responsabilidade da sucessora abrange não
apenas os tributos devidos pela sucedida, mas também as multas moratórias ou puniti-
vas referentes a fatos geradores ocorridos até a data da sucessão.

c) Certa.

CF/1988, Art. 150, § 7º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de
responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posterior-
mente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato
gerador presumido.

d) Certa.

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CTN, Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a
responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva
obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supleti-
vo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação.

Questão 50 (VUNESP/2018/PGE-SP/PROCURADOR DO ESTADO) Assinale a alternativa cor-


reta sobre a sucessão tributária, conforme o Código Tributário Nacional.
a) É excluída em casos de impostos que tenham por fato gerador a propriedade.
b) É tipo de sanção por ato ilícito do sucessor.
c) Não se aplica à pessoa jurídica resultante de fusão, pois esta é nova em relação às socie-
dades fundidas.
d) É responsabilidade que se aplica a fatos geradores ocorridos até a data do ato ou fato de
que decorre a sucessão.
e) É responsabilidade que se aplica exclusivamente aos créditos tributários definitivamente
constituídos à data do ato ou fato de que decorre a sucessão.

Letra d.
a) Errada.

CTN, Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade,
o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de
serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos res-
pectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.

b) Errada. A responsabilidade tributária por atos ilícitos está regulada no art. 136 do CTN (e
seguintes).
c) Errada.

CTN, Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incor-
poração de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até a data do ato pelas pessoas
jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.

d) Certa. “É responsabilidade que se aplica a fatos geradores ocorridos até a data do ato ou
fato de que decorre a sucessão”. Se os fatos geradores são posteriores ao ato ou fato de que
decorre a sucessão, o adquirente ou sucessor será o contribuinte, e não responsável. Ou seja,

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DIREITO TRIBUTÁRIO
Responsabilidade Tributária
Renato Cesar Guedes Grilo

se o fato gerador é posterior à sucessão, esta não tem influência. A regra da sucessão é apli-
cada para os fatos que lhe são anteriores.
e) Errada.

CTN, Art. 129. O disposto nesta Seção aplica-se por igual aos créditos tributários definitivamente
constituídos ou em curso de constituição à data dos atos nela referidos, e aos constituídos pos-
teriormente aos mesmos atos, desde que relativos a obrigações tributárias surgidas até a referi-
da data.

Renato Cesar Guedes Grilo


Procurador da Fazenda Nacional. Assessor de Ministro do Superior Tribunal de Justiça. Pós-graduado em
Direito Constitucional e Tributário. Mestrando em Direito e Políticas Públicas. Entre 2013 e 2016, atuou
perante os Tribunais Superiores como PFN. É professor de cursos preparatórios para concursos e autor
de obras jurídicas, dentre as quais o Manual do Procurador da Fazenda Nacional – Editora Juspodivm.

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