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TRIBUTÁRIO
Responsabilidade Tributária
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
DIREITO TRIBUTÁRIO
Responsabilidade Tributária
Renato Cesar Guedes Grilo
Sumário
Responsabilidade Tributária. ............................................................................................3
1. O Contribuinte e o Responsável.................................................................................... 7
2. O Pressuposto para a Responsabilidade Tributária......................................................9
2.1. A Regra Matriz de Incidência Tributária e a Regra Matriz de Responsabilidade
Tributária....................................................................................................................... 10
2.2. O Art. 128 do CTN é uma Norma Geral, Válida para todos os Entes Federativos..... 11
2.3. O Instituto da Responsabilidade Tributária Possui uma Norma Matriz Própria........ 12
3. A Responsabilidade Tributária: sua Classificação pela Origem. . ................................. 14
3.1. Substituição Tributária Progressiva ou para Frente. . ............................................... 16
3.2. Substituição Tributária Regressiva ou para Trás..................................................... 18
4. As Responsabilidades Tributárias Previstas no CTN.................................................. 19
4.1. Responsabilidade do CTN por Sucessão – Artigos 129 a 133.................................. 20
4.2. Responsabilidade do CTN de Terceiros – Artigos 134 a 135. . ...................................24
5. Responsabilidade Tributária quanto aos Efeitos........................................................26
6. A Responsabilidade Tributária e Redirecionamento da Execução Fiscal.....................29
Questões de Concurso...................................................................................................35
Gabarito....................................................................................................................... 60
Gabarito Comentado. ..................................................................................................... 61
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Responsabilidade Tributária
Renato Cesar Guedes Grilo
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Olá, estimado(a) aluno(a)!
Vamos prosseguir no nosso estudo do Direito Tributário.
É comum que, próximo ou no meio de uma jornada, nós tenhamos o sentimento de “perda
de rumo”; por isso, é sempre importante responder à seguinte pergunta: onde estamos?
Pode parecer repetitivo, mas no processo de aprendizado, a rememoração é de funda-
mental importância. Nesse sentido, esclareço que estudaremos, na presente aula, a respon-
sabilidade tributária.
Iniciarei essa jornada falando o que era o tributo e como ele se decompõe em espécies
(impostos, taxas, contribuição de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições) para
atingir as suas finalidades.
Depois, como esse tributo é criado: quais as diretrizes, extraídas do Sistema Constitu-
cional Tributário, para a criação e cobrança de tributos. Explicarei quais são os balizadores e
limitadores da tributação: princípios e imunidades constitucionais.
Exposto o tributo e a tributação, passarei a explicar o que é o direito tributário, ou seja,
como o direito regulamenta o tributo, a criação do tributo e a sua cobrança. Apresentarei a
legislação tributária, sua aplicação, interpretação e integração.
Também, na aula 7, explicarei sobre os elementos integrantes do tributo para então aden-
trar, na aula passada, na relação jurídica tributária.
Pois bem.
O estudo que se seguirá, da responsabilidade tributária, é uma análise sobre a sujeição
passiva da relação jurídica tributária. Quem realiza o fato gerador do tributo? Quem efeti-
vamente será o responsável pelo pagamento do tributo? Quais fatos podem ser capazes de
alterar a responsabilidade pelo pagamento desse tributo?
Essencialmente: o nosso estudo se volta para o exame de quem irá cumprir com a obriga-
ção tributária e quais são os fatos capazes de influenciar nesse cumprimento.
O principal pressuposto para essa responsabilidade é a Lei: somente a Lei ou o CTN po-
dem atribuir responsabilidade tributária.
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Portanto, assim como a obrigação tributária, que impõe o pagamento do tributo, surge a
partir da subsunção de fatos à chamada “regra matriz de incidência tributária”, no caso da
responsabilidade tributária, também haverá uma situação de fato que, por se subsumir à lei,
faz surgir uma relação de responsabilidade tributária.
A lei que trata da responsabilidade tributária é chamada de regra matriz de responsabili-
dade tributária.
Evidentemente, a mesma lei que cria o tributo pode (e geralmente assim o faz) dispor
sobre a responsabilidade tributária; teríamos, então, na mesma lei as duas regras matrizes:
a que determina o pagamento do tributo e a regra matriz que estabelece os responsáveis por
esse pagamento.
Vamos a um exemplo concreto, que seja simples e ajude na compreensão.
A Constituição Federal abre a possibilidade de a União tributar a renda e proventos de
qualquer natureza. A União, respeitando as normas gerais do CTN, institui então a regra ma-
triz da incidência de um tributo: o Imposto sobre a Renda.
Nessa regra matriz, o pressuposto básico para o surgimento da obrigação tributária é o
de que alguém (seja pessoa natural, seja pessoa jurídica), aufira renda. A obrigação irá surgir
quando, no mundo concreto, uma pessoa efetivamente auferir renda (fato gerador do impos-
to).
Essa é a disposição nuclear da regra matriz da incidência tributária.
Mas nem sempre aquele que realiza o fato gerador da regra matriz da incidência tributária
será o responsável pelo pagamento do tributo.
Alguém que realiza o fato gerador do Imposto sobre a Renda pode, por exemplo, falecer
(pessoa natural) ou vir à falência (pessoa jurídica). Perceba que eu citei dois novos fatos:
morte e falência.
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A regra matriz de incidência tributária se importa com o fato de “auferir renda”; a regra
matriz da responsabilidade cuida de outros fatos, como os que citei acima: morte e falência,
por exemplo.
Esses fatos são capazes de instaurar uma relação de responsabilidade tributária, que
tem como base uma regra matriz própria, de responsabilização tributária.
Evidentemente, se alguém aufere renda acionada estará a regra matriz de incidência do
imposto de renda. Mas se essa pessoa falecer antes de pagar o tributo, acionada estará
a regra matriz de responsabilidade tributária, que irá disciplinar quem será o responsável
pelo pagamento do Imposto sobre a Renda.
Retomando, essa regra matriz de responsabilidade tributária pode estar prevista no
próprio CTN ou em lei formal; atos infralegais não podem criar norma de responsabilidade
tributária.
Espero que esse exemplo tenha servido para introduzir o tema.
Antes de passarmos às lições sobre responsabilidade tributária, propriamente dita,
cumpre-nos distinguir a responsabilização de alguém pelo pagamento do tributo com a
instituição de uma obrigação acessória.
Vamos ficar no exemplo do Imposto sobre a Renda.
Eu sou servidor público e recebo renda decorrente das prestações dos serviços corres-
pondentes. Quando eu recebo meu subsídio, a própria fonte pagadora faz a retenção do
Imposto sobre a Renda. A mesma coisa ocorre quando eu dou aula em uma escola privada.
Quando a escola me paga pelas aulas que eu ministro, não está “pagando o tributo”,
mas simplesmente retendo. É uma obrigação acessória, que está relacionada com um de-
ver de colaboração com a Administração tributária. Quem paga o imposto de renda sou
eu; apenas ocorre que a fonte pagadora tem a obrigação acessória de reter os valores e
repassá-los ao Fisco.
Não confunda as situações.
Se uma empresa aufere renda e, portanto, torna-se devedora de imposto de renda, mas
os seus sócios dão um jeito de encerrar as atividades fraudulentamente, alguém vai ter
que ser responsável pelo tributo que não foi pago. Aqui teremos uma norma matriz de
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Além desses dois fatos, podemos citar o encerramento da sociedade (“pessoa jurídica”),
que será irregular sempre que se dê com pagamentos de tributos em aberto. É por isso que a
Súmula 435 do STJ diz que:
1. O Contribuinte e o Responsável
O Código Tributário Nacional (CTN) define duas espécies de sujeitos passivos da relação
jurídica tributária que, por conseguinte, poderão estar como devedores na certidão de dívida
ativa correspondente.
Sujeição passiva tributária (art. 121 do CTN) – direta e indireta.
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Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou
penalidade pecuniária.
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
I – contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo
fato gerador;
II – responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de dispo-
sição expressa de lei.
Contribuinte: relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato ge-
rador (representa o aspecto pessoal da hipótese de incidência, relacionado com o fato gera-
dor respectivo).
Responsável: sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposi-
ção expressa de lei (representa o aspecto pessoal do mandamento normativo tributário).
De acordo com Leandro Paulsen (Curso de Direito Tributário completo), contribuinte é
aquele obrigado por lei a contribuir para as despesas públicas, vertendo recursos do seu pa-
trimônio para o erário. O fundamento jurídico direto da sua obrigação é a lei instituidora do
tributo. O fundamento jurídico mediato, que permite ao legislador a instituição dos tributos,
é seu dever fundamental de pagar tributos. Os critérios de justiça tributária considerados
são a justiça distributiva, fundada na capacidade contributiva de cada pessoa, ou a justiça
comutativa, buscando de cada um o custeio da atividade estatal que lhe diz particularmente
respeito, por ser divisível e específica.
Nos termos do art. 121, I, do CTN, o contribuinte guarda relação pessoal e direta com a si-
tuação que constitua o respectivo fato gerador. Nos tributos com fato gerador não vinculado,
contribuinte é a pessoa cuja capacidade contributiva é objeto de tributação, ou seja, uma das
pessoas que pratica o ato ou negócio jurídico ou que está na situação indicada por lei como
geradora da obrigação tributária, por exemplo, o titular da receita, do lucro, da propriedade,
o que vende ou adquire mercadorias, o que importa produto estrangeiro. Nos tributos com
fato gerador vinculado à atividade estatal, será aquele que demanda o serviço público, que
sofre o exercício do poder de polícia ou que tem o seu imóvel valorizado pela obra pública.
Portanto, contribuinte é aquele que está, no mundo concreto, realizando a norma tributária
(regra matriz de incidência tributária). A norma diz que “quem auferir renda, pagará o Imposto
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sobre a Renda”. “Quem” é o contribuinte. É aquele que aufere renda e, portanto, fica obrigado
ao pagamento do imposto respectivo.
Beleza, professor. Entendi que o contribuinte realiza o fato gerador, aufere renda, indus-
trializa produtos, possui bens imóveis, comercializa bens e presta serviços etc. O contri-
buinte está “no centro do furacão”. Mas, e o responsável?
Obs.: o responsável será alguém que assumirá a posição do contribuinte no que diz respei-
to às consequências normativas tributárias. É alguém que irá ocupar o local do con-
tribuinte na relação jurídica tributária.
O contribuinte realiza o fato gerador e a LEI, somente a LEI (que pode ser o CTN ou outra
Lei formal que observe as balizas do CTN) atribui a um terceiro a responsabilidade pelo pa-
gamento do tributo.
O fato gerador da obrigação tributária é realizado pelo contribuinte.
Mas há também fatos que geram responsabilidade tributária e determinam que outra pes-
soa cumpra o tributo no lugar do contribuinte.
Vamos descortinar essa figura do responsável, em todo esse estudo.
Destaco, contudo, os dois tópicos seguintes, que explicam: o fundamento ou pressuposto
para o surgimento do responsável e a sua classificação quanto à origem.
Vamos “começar pelo começo”, que o tema é muito bom!
Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a responsa-
bilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação,
excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cum-
primento total ou parcial da referida obrigação.
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Esse artigo inaugura o Capítulo V do Livro Segundo do CTN. O Capítulo V tem o seguinte
título: “Responsabilidade Tributária”.
Portanto, quando o artigo 128 do CTN dispõe “sem prejuízo do disposto neste capítulo”,
quer dizer que há normas de atribuição de responsabilidade estabelecidas no próprio CTN,
mas que a Lei pode criar imputações de responsabilidade.
Portanto, a responsabilidade tributária tem por pressuposto
• O CTN;
• A Lei, desde que atribua a responsabilidade a terceira pessoa: (a) vinculada ao fato ge-
rador da respectiva obrigação; (b) exclua a responsabilidade do contribuinte ou a ele a
atribua supletivamente.
A Lei não pode escolher qualquer pessoa para ser responsável, como visto. Essa pessoa
precisa ter uma vinculação com o fato gerador da respectiva obrigação.
Esse fato gerador é aquele que autoriza a cobrança do tributo. No imposto de renda, seria
“auferir renda”. O contribuinte é aquele que aufere a renda; o responsável precisa estar, de
algum modo, vinculado a esse “auferir renda”. É preciso que seja alguém localizado no en-
torno do fato, digamos. No centro do “furacão” está o contribuinte, realizando o fato gerador
propriamente dito; ao redor, a Lei pode escolher alguém, vinculado à situação, para que seja
o responsável.
O Supremo Tribunal Federal expôs essa questão no RE n. 562276 (Relator(a): ELLEN GRA-
CIE, Tribunal Pleno, julgado em 03/11/2010, REPERCUSSÃO GERAL – MÉRITO).
De acordo com o STF:
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ceiro (dritter Persone, terzo ou tercero) evidencia que não participa da relação contribu-
tiva, mas de uma relação específica de responsabilidade tributária, inconfundível com
aquela. O “terceiro” só pode ser chamado responsabilizado na hipótese de descumpri-
mento de deveres próprios de colaboração para com a Administração Tributária, esta-
belecidos, ainda que a contrario sensu, na regra matriz de responsabilidade tributária,
e desde que tenha contribuído para a situação de inadimplemento pelo contribuinte.
2.2. O Art. 128 do CTN é uma Norma Geral, Válida para todos os
Entes Federativos
Desse modo, se o município, o estado, o DF ou a União desejam criar uma hipótese de
responsabilidade tributária, que não esteja expressa no CTN, precisam observar o art. 128
do CTN.
O Código Tributário Nacional foi recepcionado pela Constituição de 1988 com nível de lei
complementar por trazer normas que cumprem tal função.
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Em seu Livro II, dedicado justamente às Normas Gerais de Direito Tributário, disciplina a
legislação tributária, a obrigação tributária, o crédito tributário e a administração tributária,
em nada desbordando do que pretendeu o constituinte.
As questões atinentes à responsabilidade tributária inserem-se nas que dizem respeito
aos sujeitos, se não da relação contributiva (tributária cm sentido estrito), ao menos de rela-
ções jurídicas que, envolvendo terceiros em posição de contato com o fato gerador ou com o
contribuinte, facilitam a arrecadação e asseguram o crédito tributário.
A definição dos traços essenciais da figura da responsabilidade tributária, como o de exigir
previsão legal específica e, necessariamente, vínculo do terceiro com o falo gerador do tributo,
enquadra-se no rol das normas gerais de direito tributário que orientam todos os entes políti-
cos.
Do mesmo modo, a previsão de regras matrizes de responsabilidade tributária aplicáveis
à generalidade dos tributos também se encontra no âmbito das normas gerais, assegurando
uniformidade de tratamento dos terceiros perante o Fisco nas diversas esferas: federal, esta-
dual, distrital ou municipal.
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o fato gerador ou com o contribuinte, ou seja, que tenha a possibilidade de influir para o bom
pagamento do tributo ou de prestar ao fisco informações quanto ao surgimento da obrigação,
nesse sentido, é o art. 128 do CTN, já analisado.
O responsável, chamamos de “terceiro”, pois é “terceiro” em relação à obrigação do con-
tribuinte. Esse terceiro ou responsável só pode ser chamado a responder na hipótese de
descumprimento de deveres de colaboração para com o Fisco, deveres estes seus, próprios,
e que tenham repercutido na ocorrência do fato gerador, no descumprimento da obrigação
pelo contribuinte ou em óbice à fiscalização pela Administração Tributária.
Tais deveres, geralmente, constam de modo implícito das normas que atribuem respon-
sabilidade. É que, ao atribuir a determinada conduta a consequência de implicar responsa-
bilidade, o legislador determina que não seja ela praticada, nos moldes, aliás, das normas
penais em que se atribui à conduta proibida a pena, de maneira que as pessoas ajam de modo
diverso, evitando a sanção.
Contudo, se a verificação de que a responsabilidade decorre do descumprimento de um
dever de colaboração implícito na sua regra matriz, de um lado, aproxima-a da estrutura das
normas penais, não significa, de outro, que tenha a mesma natureza. Isso, aliás, decididamen-
te não têm e já deixamos claro na introdução: a responsabilidade por infrações tributárias
será tratada mais à frente, dada a sua peculiaridade.
Assim, na responsabilidade tributária do terceiro, que estamos examinando e que decorre
essencialmente do art. 128 do CTN, o intuito do legislador não é punir o responsável, mas fa-
zê-lo garante do crédito tributário.
Em alguns casos, o responsável, quando é chamado ao pagamento do tributo, assim o faz
na condição de garante da Fazenda por ter contribuído para o inadimplemento do contribuin-
te.
A relação de responsabilidade tributária não se confunde, pois, com a relação contributiva. Embora
a pressuponha e só se aperfeiçoe em face da inadimplência do tributo pelo contribuinte, decorre de
norma específica e tem seu pressuposto de fato próprio.
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Quanto à origem
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De acordo com Leandro Paulsen, o substituto tributário é o terceiro que a lei obriga a
apurar o montante devido e cumprir a obrigação de pagamento do tributo “em lugar” do
contribuinte.
O substituto operacionaliza o pagamento em lugar, em nome e com o dinheiro do con-
tribuinte.
Obs.: o substituto é um terceiro que o legislador intercala entre o contribuinte e o Fisco para
facilitar a arrecadação e a fiscalização dos tributos.
DICA!
A substituição tributária ocorre antes de realizado o fato gera-
dor do tributo. Antes mesmo de o contribuinte efetivar a venda
da mercadoria, sobre a qual incide o ICMS, por exemplo, já
sabe que quem vai recolher o imposto não será ele, mas o
responsável por substituição.
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§ 7º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo
pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada
a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido.
DICA!
O fato gerador presumido é aquele que ainda não ocorreu,
mas cujo pagamento é antecipado pelo substituto tributá-
rio, por autorização direta da Constituição Federal; no futuro,
caso o fato gerador que se presumiu ocorra em valor abaixo
do que foi presumido, ou não ocorra, o substituto terá direito a
receber os valores que antecipou.
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Exemplo: a marca de veículos JEEP possui uma fábrica no estado de Pernambuco, mas há
concessionários espalhados por todo o país. Os consumidores não compram os veículos
direto da fábrica (com exceção das chamadas vendas diretas), mas adquirem os carros junto
às inúmeras concessionárias da JEEP. O Fisco se depara com a seguinte situação: há muitas
concessionárias, e apenas uma fábrica. Então, vem a ideia (genial): vamos presumir as vendas
de veículos e determinar que a Fábrica, quando remeter o veículo à concessionária, pague o
ICMS por esta ou no lugar da concessionária.
Explicarei melhor.
A fábrica manda 20 veículos de Pernambuco para uma concessionária no DF. Quando
ocorre essa venda, chamada de operação interestadual, vai incidir um ICMS, que chamarei de
ICMS1. Esse primeiro ICMS tem como contribuinte a própria fábrica.
Vamos lá.
A cegonha com os 20 veículos deixa Pernambuco e entrega os carros no DF; 20 diferentes
consumidores adquirem os veículos da concessionária. Aqui surge o ICMS2, devido pela ven-
da realizada pela concessionária ao consumidor final.
Esse ICMS2 terá o seu recolhimento ANTECIPADO. Esse fato gerador – venda da conces-
sionária ao consumidor – é presumido antes da cegonha com os 20 veículos deixar o pátio
da fábrica em Pernambuco.
DICA!
A fábrica recolhe o ICMS1, na condição de contribuinte, e an-
tecipa o pagamento do ICMS2 (fato gerador presumido), na
condição de responsável.
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Perceba que o concessionário se encontra em uma etapa mais à frente da cadeia de con-
sumo (o ICMS 2 é antecipado); pelo fato de o contribuinte, concessionário, estar mais à frente
na cadeia, é que esse tipo de substituição tributária é chamada de “para frente” ou progres-
siva.
O fato gerador ainda não aconteceu e, por isso, é chamado de presumido.
Com base no exemplo acima, a CF/1988 autoriza o recolhimento do tributo contado com
que os próximos fatos geradores aconteçam. Se não acontecerem, como a fábrica já reco-
lheu, terá como preferencial a restituição da quantia paga.
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Exemplo: criadores de vacas e indústria de leite em pó. O criador de vacas leiteiras retira o
leite in natura das vacas e vende a indústria (ICMS 1); a indústria pega o leite in natura e o
transforma em leite em pó, vendendo este produto (ICMS 2). O recolhimento do ICMS 1 é feito
pela indústria, como responsável por substituição; é mais fácil para o FISCO concentrar o
recolhimento nas indústrias, que são em menor quantidade, do que nos criadores de vacas,
que são em maior quantidade.
Perceba que, nesse caso, o criador das vacas está atrás da cadeia, ou na parte de trás da
cadeia. Por isso é chamada de substituição para trás ou regressiva.
Comparativamente, a concessionária de veículos estava à frente da cadeia, mais próxima
do consumidor, e por isso aquela substituição, que explicamos acima, é chamada de para
frente ou progressiva.
A substituição tributária progressiva ou para frente tem previsão expressa na CF/1988; a
substituição regressiva, ou para trás, não tem previsão expressa na CF/1988, mas é instituída
pela Lei.
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Responsabilidade Tributária
Previsto no CTN
Sucessão
Terceiros Infrações
(Artigos 129 a 133)
• Responsabilidade Supletiva • Responsabilidade pessoal
• Sucessão Imobiliária
ou Subsidiária de Terceiros por infrações: Artigo 137.
• Aquisição ou remição de bens.
por atos lícitos: Artigo 134.
• Sucessão Causa Mortis.
• Responsabilidade Pessoal
• Fusão, incorporação e cisão.
de Terceiros por atos Ilícitos:
• Alienação de esbabelecimento
Artigo 135 do CTN.
empresarial.
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Art. 129. O disposto nesta Seção aplica-se por igual aos créditos tributários definitivamente cons-
tituídos ou em curso de constituição à data dos atos nela referidos, e aos constituídos posterior-
mente aos mesmos atos, desde que relativos a obrigações tributárias surgidas até a referida data.
Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domí-
nio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços
referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos
adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.
Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o respec-
tivo preço.
Art. 131. São pessoalmente responsáveis:
I – o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos;
II – o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data
da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou
da meação;
III – o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.
Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação
de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até a data do ato pelas pessoas jurídicas
de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas jurídicas de
direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio
remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual.
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título,
fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respecti-
va exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos
tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato:
I – integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;
II – subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis
meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio,
indústria ou profissão.
§ 1º O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial:
I – em processo de falência;
II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial.
§ 2º Não se aplica o disposto no § 1º deste artigo quando o adquirente for:
I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor
falido ou em recuperação judicial;
II – parente, em linha reta ou colateral até o 4º (quarto) grau, consanguíneo ou afim, do devedor
falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou
III – identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o objetivo de
fraudar a sucessão tributária.
§ 3º Em processo da falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou unidade produ-
tiva isolada permanecerá em conta de depósito à disposição do juízo de falência pelo prazo de 1
(um) ano, contado da data de alienação, somente podendo ser utilizado para o pagamento de cré-
ditos extraconcursais ou de créditos que preferem ao tributário.
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Responsabilidade Tributária
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De acordo com as lições de Leandro Paulsen, o art. 129 dispõe que se aplica a todos os
créditos relativos a obrigações surgidas até a sucessão, ainda que constituídos posterior-
mente.
O art. 130 trata da responsabilidade dos adquirentes de imóveis, que alcança os créditos
relativos a impostos que tenham como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse,
bem como os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes ao imóvel, ou ainda os
relativos a contribuições de melhoria.
A responsabilidade do adquirente alcança, assim, o IPTU ou o ITR, que têm como fato
gerador a propriedade, mas não o ISS relativo à construção de prédio, porque este tem como
fato gerador a prestação de serviços.
Dentre as taxas, alcança, por exemplo, a taxa de recolhimento de lixo. Dentre as contri-
buições, só a de melhoria é assumida pelo adquirente, não as contribuições previdenciárias
relativas ao pagamento da mão de obra para construção do imóvel.
Os créditos sub-rogam-se na pessoa do adquirente, “salvo quando conste do título a pro-
va de sua quitação”. Conforme o parágrafo único do mesmo artigo, no caso de arrematação
em hasta pública, “a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço”.
O arrematante tem direito à certidão negativa. Importa destacar que não incide o art. 130
do CTN na hipótese de desapropriação, porquanto é forma originária de aquisição da pro-
priedade que não provém de nenhum título anterior, de modo que o ente que desapropria não
responde por tributos relativos ao imóvel decorrentes de fatos geradores anteriores.
O art. 131 estabelece a responsabilidade pessoal do adquirente ou remitente (quem
realiza o resgate de dívida), pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos (inciso
I), do sucessor a qualquer título e do cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus
até a data da partilha ou adjudicação, limitada ao montante do quinhão, do legado ou da
meação (inciso II), e do espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura
da sucessão (inciso III).
O art. 192 dispõe que “nenhuma sentença de julgamento de partilha ou adjudicação será
proferida sem prova da quitação de todos os tributos relativos aos bens do espólio, ou às suas
rendas”.
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O STJ já decidiu que a comprovação do pagamento dos tributos relativos aos bens do
espólio somente condiciona a expedição do formal de partilha e dos respectivos alvarás, mas
não a tramitação do arrolamento sumário, ou seja, apenas após o trânsito em julgado da sen-
tença de homologação de partilha é que há a necessidade de comprovação pela Fazenda do
pagamento de todos os tributos (não apenas dos impostos incidentes sobre os bens do es-
pólio) para a expedição do formal de partilha” (STJ, REsp 1.150.356/SP, ago. 2010; STJ, REsp
1.246.790/SP, jun. 2011).
O STJ tem precedente recente destacando que o “novo Código de Processo Civil, em seu
art. 659, § 2º, traz uma significativa mudança normativa no tocante ao procedimento de ar-
rolamento sumário, ao deixar de condicionar a entrega dos formais de partilha ou da carta
de adjudicação à prévia quitação dos tributos concernentes à transmissão patrimonial aos
sucessores”. E prossegue: “essa inovação normativa, todavia, em nada altera a condição es-
tabelecida no art. 192 do CTN, de modo que, no arrolamento sumário, o magistrado deve exigir
a comprovação de quitação dos tributos relativos aos bens do espólio e às suas rendas para
homologar a partilha e, na sequência, com o trânsito em julgado, expedir os títulos de trans-
ferência de domínio e encerrar o processo, independentemente do pagamento do imposto
de transmissão” (STJ, Primeira Turma, REsp 1.704.359/DF, rel. Min. GURGEL DE FARIA, ago.
2018).
O inventário pode ser feito judicialmente ou por escritura pública, esta reservada aos casos
em que todos sejam capazes e concordes, nos termos do art. 610 do CPC (Lei n. 13.105/2015),
o que foi inaugurado pela Lei n. 11.441/2007. A avaliação e o cálculo do imposto são tratados
nos arts. 630 a 638 do novo diploma processual civil. O art. 132, por sua vez, define a res-
ponsabilidade da pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou
incorporação de outra, ou em outra, pelos tributos devidos. A cisão, embora não referida ex-
pressamente, é modalidade de mutação empresarial sujeita, para efeito de responsabilidade
tributária, ao mesmo tratamento jurídico conferido às demais espécies de sucessão.
Também é responsável o sócio, ou seu espólio, que continue a exploração da atividade
relativa à pessoa jurídica extinta, ou seja, no caso de sucessão empresarial de fato. A respon-
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sabilidade por sucessão também ocorre nos casos de aquisição de fundo de comércio ou de
estabelecimento comercial, industrial ou profissional, conforme o art. 133.
O adquirente que continuar a respectiva exploração responde “integralmente, se o alie-
nante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade” (inciso I) ou “subsidiariamente
com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de 6 (seis) meses, a contar
da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo do comércio, indústria ou
profissão” (inciso II).
Não se dá tal responsabilidade quando a alienação ocorra em processo de falência ou
em processo de recuperação judicial, desde que o adquirente não seja o próprio sócio, seus
parentes, agente da empresa ou sociedade controlada, conforme os §§ 1º e 2º do art. 133.
Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo
contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões
de que forem responsáveis:
I – os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
II – os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados;
III – os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes;
IV – o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;
V – o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário;
VI – os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos
praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;
VII – os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter
moratório.
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Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributá-
rias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social
ou estatutos:
I – as pessoas referidas no artigo anterior;
II – os mandatários, prepostos e empregados;
III – os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.
De acordo com Leandro Paulsen, “terceiros” são os pais, os tutores e curadores, os admi-
nistradores de bens de terceiros, o inventariante, o síndico e o comissário, os tabeliães, escri-
vães e demais serventuários de ofício e os sócios de sociedades de pessoas.
Esses terceiros têm deveres próprios de boa administração ou de fiscalização cujo cum-
primento é capaz de assegurar o pagamento dos tributos devidos por seus representados ou
pelas pessoas que praticaram atos perante eles. Respondem eles “nos atos em que intervie-
rem ou pelas omissões de que forem responsáveis”, conforme os diversos incisos do art. 134.
Caso descumpram seus deveres, passam a garantir o crédito tributário com seus próprios
bens. Assim, por exemplo, o tabelião e o registrador que, por ocasião da lavratura de uma
escritura de compra e venda ou do seu registro, deixem de exigir as guias comprobatórias do
pagamento dos tributos inerentes à operação ou certidão negativa passam a ser responsá-
veis pelos respectivos créditos tributários.
A responsabilidade dos terceiros, nas hipóteses do art. 134, tem caráter subsidiário,
ocorrendo “nos casos de impossibilidade do cumprimento da obrigação principal pelo
contribuinte”.
Alcança os tributos e as multas moratórias, conforme o parágrafo único do art. 134. Na
hipótese de os terceiros referidos no art. 134 darem ensejo ao surgimento de créditos tributá-
rios ao praticarem atos “com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou esta-
tutos”, sua responsabilidade será “pessoal” (art. 135, I).
A mesma responsabilidade é atribuída, nesses casos, aos mandatários, prepostos e em-
pregados (inciso II), bem como aos “diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídi-
cas de direito privado” (inciso III).
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A responsabilidade de que cuida o art. 135, III, do CTN, pressupõe uma situação grave de
descumprimento da lei, do contrato social ou dos estatutos em ato que nem sequer se pode-
ria tomar como constituindo ato regular da sociedade e do qual decorra a obrigação tributária
objeto da responsabilidade, daí por que é pessoal do sócio-gerente.
De acordo com Paulsen, quanto aos efeitos ou ao grau da responsabilidade, podemos ter:
Responsabilidade Tributária
Solidária
Subsidiária
Pessoal
Contribuinte e responsável
O responsável responderá
O responsável assume podem ser demandados
pela dívida no caso da
a obrigação tributária conjuntamente pelo
impossibilidade da cobrança
isoladamente. cumprimento da obrigação
reair sobre o contribuinte.
tributária.
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aos demais”, tudo nos termos do art. 125, incisos I, II e III, do CTN. Só haverá solida-
riedade entre responsável e contribuinte quando a lei expressamente assim determine,
conforme previsão do art. 124, I, do CTN;
• responsabilidade pessoal, quando é exclusiva, sendo determinada pela referência
expressa ao caráter pessoal ou revelada pelo desaparecimento do contribuinte ori-
ginário, pela referência à subrogação ou pela referência à responsabilidade integral
do terceiro em contraposição à sua responsabilização ao lado do contribuinte. Uti-
lizam-se dessas expressões as responsabilidades dos arts. 130, 131, 132, 133, I,
e 135 do CTN.
Nesse sentido, é o seguinte recurso repetitivo julgado pelo Superior Tribunal de Justiça:
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Obs.: importantíssimo de se destacar é que o sócio cotista, ou seja, aquele que não detém
poder de gestão, não pode ser responsabilizado pelos débitos tributários da pessoa
jurídica. Somente o sócio-gerente ou, ainda, o administrador (ainda que não seja
sócio) é que possuem a gestão da pessoa jurídica e, portanto, podem ser responsa-
bilizados.
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mente, pretende voltar-se também contra o seu patrimônio, deverá demonstrar infração
à lei, ao contrato social ou aos estatutos ou, ainda, dissolução irregular da sociedade.
2. Se a execução foi proposta contra a pessoa jurídica e contra o sócio-gerente, a este
compete o ônus da prova, já que a CDA goza de presunção relativa de liquidez e certeza,
nos termos do art. 204 do CTN c/c o art. 3º da Lei n. 6.830/80.
3. Caso a execução tenha sido proposta somente contra a pessoa jurídica e havendo
indicação do nome do sócio-gerente na CDA como corresponsável tributário, não se
trata de típico redirecionamento. Neste caso, o ônus da prova compete igualmente ao
sócio, tendo em vista a presunção relativa de liquidez e certeza que milita em favor da
Certidão de Dívida Ativa.
4. Na hipótese, a execução foi proposta com base em CDA da qual constava o nome do
sócio-gerente como corresponsável tributário, do que se conclui caber a ele o ônus de
provar a ausência dos requisitos do art. 135 do CTN.
5. Embargos de divergência providos.
(ERESP 702.232. Primeira SEÇÃO. Rel. Min. Castro Meira. Julgado em 14 de setembro de
2005).
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL SUBMETIDO À SISTEMÁTICA PREVISTA
NO ART. 543-C DO CPC. EXECUÇÃO FISCAL. INCLUSÃO DOS REPRESENTANTES DA
PESSOA JURÍDICA, CUJOS NOMES CONSTAM DA CDA, NO POLO PASSIVO DA EXE-
CUÇÃO FISCAL. POSSIBILIDADE. MATÉRIA DE DEFESA. NECESSIDADE DE DILAÇÃO
PROBATÓRIA. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. INVIABILIDADE. RECURSO ESPE-
CIAL DESPROVIDO.
1. A orientação da Primeira Seção desta Corte firmou-se no sentido de que, se a execu-
ção foi ajuizada apenas contra a pessoa jurídica, mas o nome do sócio consta da CDA,
a ele incumbe o ônus da prova de que não ficou caracterizada nenhuma das circunstân-
cias previstas no art. 135 do CTN, ou seja, não houve a prática de atos “com excesso de
poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos”.
2. Por outro lado, é certo que, malgrado serem os embargos à execução o meio de
defesa próprio da execução fiscal, a orientação desta Corte firmou-se no sentido de
admitir a exceção de pré-executividade nas situações em que não se faz necessá-
ria dilação probatória ou em que as questões possam ser conhecidas de ofício pelo
magistrado, como as condições da ação, os pressupostos processuais, a decadência,
a prescrição, entre outras.
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3. Contudo, no caso concreto, como bem observado pelas instâncias ordinárias, o exame
da responsabilidade dos representantes da empresa executada requer dilação probató-
ria, razão pela qual a matéria de defesa deve ser aduzida na via própria (embargos à
execução), e não por meio do incidente em comento.
4. Recurso especial desprovido. Acórdão sujeito à sistemática prevista no art. 543-C do
CPC, c/c a Resolução 8/2008 – Presidência/STJ.
(REsp N. 1.104.900. Primeira SEÇÃO. Rel. Min. Denise Arruda. Julg em 25/03/2009).
Muito relevante destacar que o repetitivo acima também firmou a tese de que não cabe
afastar a legitimidade passiva de responsável tributário solidário ou subsidiário em defesa
heterotópica de exceção de pré-executividade.
É que tal medida processual autônoma tem a finalidade de trazer ao conhecimento do juízo
– sem a necessidade de garantia da execução – matérias conhecíveis de ofício, cuja natureza
seja de ordem pública e para as quais não haja a necessidade de revolvimento fático probató-
rio.
Ora, o afastamento da responsabilidade tributária, mediante desconstituição da legitimi-
dade da CDA, pressupõe exame de fatos e provas pelo magistrado, cujo ônus é do responsável
tributário. Portanto, essa temática não pode ser veiculada em exceção de pré-executividade.
Pode ocorrer que o fato gerador da responsabilização ocorra posteriormente à inscrição
em dívida ativa e até mesmo após o ajuizamento da execução fiscal. Nesse caso, apenas o
contribuinte participou da formação do título executivo extrajudicial, tendo seu nome inscrito
na certidão de dívida ativa.
Pode, eventualmente, ser reaberto prazo no próprio Fisco, para inserção administrativa do
sócio-gerente ou administrador. Ou, a Procuradoria da Fazenda, poderá requerer judicialmen-
te o redirecionamento da execução fiscal.
O redirecionamento da execução fiscal é de ônus probatório do Procurador da Fazenda,
sendo impossível a responsabilização pelo mero inadimplemento da obrigação tributária:
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Deixo claro que esse entendimento da Súmula n. 430 do STJ também vale para as hi-
póteses em que, administrativamente, o nome do devedor pessoa natural (responsável) foi
inserido na CDA pelo mero inadimplemento. Nesse caso, embora a certidão contenha o nome
do responsável, a inserção promovida não observou as regras de direito tributário material e
processo tributário que devem ser seguidas – fato gerador da responsabilidade e intimação
do contribuinte para defender-se.
O legislador, ao instituir as hipóteses de responsabilidade tributária, não pode fugir dos
parâmetros fixados em nível de lei complementar (norma geral de direito tributário: Códi-
go Tributário Nacional), plasmados nas regras-matrizes de responsabilização tributária, sob
pena de se imputar a terceiro o pagamento de tributo pelo mero inadimplemento.
Por outro lado, dentro dessa temática de redirecionamento, o Superior Tribunal de Jus-
tiça sumulou entendimento segundo o qual sempre que a empresa contribuinte não for en-
contrada em seu domicílio tributário, para pagar ou garantir o débito cobrado em execução
fiscal, será legítimo o redirecionamento para o sócio-gerente, pois há uma presunção de
dissolução irregular:
Essa súmula do STJ parte basicamente de dois pressupostos. Primeiro que a empresa já
sabia da sua condição de devedora tributária, pois apresentou sua confissão de dívida (au-
tolançamento) ou foi regularmente notificada para defender-se de um auto de infração. De
outro lado, é responsabilidade do contribuinte manter seu endereço atualizado perante o Fis-
co. Seria impossível que a administração tributária diligenciasse no sentido de acompanhar
todas as mutações dos contribuintes.
Nesse caso, sabendo que contra si existe débito tributário aberto e alterando seu domi-
cílio sem comunicação ao Poder Público, presume-se que o contribuinte (pessoa jurídica) se
dissolveu irregularmente.
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Inclusive, esse verbete 435 do STJ foi reafirmado pela Primeira Seção no RESP 1.374.744/
BA, em 14 de agosto de 2013.
Deve-se destacar que a prática processual exige que haja certidão de oficial de justiça
nos autos atestando que compareceu ao endereço da empresa executada e não a encontrou,
em virtude da sua mudança de domicílio. Carta registrada com AR, indicando que a empresa
não foi encontrada, ainda que certificada pelo funcionário dos Correios, não tem o condão de
servir de prova contundente para fins de redirecionamento da execução fiscal.
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (FCM/2020/PREFEITURA DE CONTAGEM-MG/AUDITOR-FISCAL/FISCALIZA-
ÇÃO) Com base nas regras do Código Tributário Nacional, avalie o que se afirma acerca da
solidariedade e da responsabilidade tributária.
I – São solidariamente obrigadas as pessoas que tenham interesse comum na situação que
constitua o fato gerador da obrigação principal, bem como aquelas que a lei designar.
II – O sócio quotista é pessoalmente responsável pelos créditos correspondentes a obriga-
ções tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei,
contrato social ou estatutos.
III – A solidariedade tributária respeita o benefício de ordem, de modo a se exigir, inicialmente,
a obrigação do contribuinte principal, entendido como aquele que praticou o fato gerador em
maior proporção.
IV – Os sucessores e o cônjuge meeiro são, pessoalmente, responsáveis pelos tributos de-
vidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao
montante do quinhão, do legado ou da meação.
Está correto apenas o que se afirma em
a) II.
b) IV.
c) II e III.
d) I e IV.
e) I, II e III.
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c) somente a empresa Sofás Ltda. poderá ser cobrada em ação de execução fiscal, pois era a
empresa titular do estabelecimento no momento da fiscalização.
d) somente a empresa Móveis Ltda. poderá ser cobrada em ação de execução fiscal, pois era
a titular do estabelecimento no momento da ocorrência do fato gerador.
e) somente a empresa Sofás Ltda. poderá ser cobrada em ação de execução fiscal, pois houve
substituição tributária.
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Renato Cesar Guedes Grilo
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c) A responsabilidade tributária dos pais em relação aos tributos devidos pelos filhos me-
nores decorre de lei e dar-se-á naqueles casos em que os pais tiverem vinculação direta ou
indireta, em razão de ato comissivo ou omissivo, com a situação que constitui o fato gerador
da obrigação tributária principal e diante da impossibilidade de cumprimento da obrigação
tributária principal pelo filho contribuinte.
d) A definição do fato gerador da obrigação tributária principal só pode ser estabelecida em
lei, mas a definição do sujeito passivo dessa obrigação pode ser estabelecida por normas
infralegais.
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c) o responsável pelo cartório apenas responderia no caso de ter agido com dolo específico de
fraudar a legislação municipal relativa ao imposto sobre transmissão de bens imóveis.
d) a responsabilidade tributária por infração decorrente do atraso no pagamento do imposto
dependerá da intenção de “A” e “B”, bem como da efetividade, natureza e extensão dos efeitos
do ato.
e) caso haja hipótese de isenção que se enquadre especificamente em situação pessoal de
“A”, a referida isenção se estenderá automaticamente à pessoa de “B”, em razão dos efeitos
da solidariedade.
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b) A expressão “Fazenda Pública”, nos termos do Código Tributário Nacional, abrange a Fa-
zenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
c) São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos
decretos, as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a
lei atribua eficácia normativa.
d) De acordo com o Código Tributário Nacional, a pessoa natural ou jurídica de direito privado
que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial,
industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão
social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabe-
lecimento adquirido, devidos até a data do ato, integralmente, se o alienante cessar a explo-
ração do comércio, indústria ou atividade.
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d) decorre de lei ou contrato que impute a obrigação tributária acessória a terceiro não con-
tribuinte, mas a ele relacionado ou ao fato gerador, conforme reconhecido pela Administração
Tributária.
e) só pode ser aferida em cada caso conforme previsão geral de lei complementar, previsto
que se expresse em ato administrativo discricionário, de cuja motivação conste a fundamen-
tação jurídica.
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d) A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por meio de alienação
judicial, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, é responsável pelos tributos devi-
dos até a data do respectivo ato.
e) O sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro respondem subsidiariamente com o espó-
lio pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.
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Diante desse cenário, e à luz da mais recente jurisprudência do STF, assinale a afirmativa
correta.
a) Tal cobrança é indevida, pois este locatário comercial, na qualidade de mero possuidor sem
animus domini, não poderia ser definido como contribuinte do IPTU.
b) Por ser o imóvel de propriedade do Estado ABC, não é possível a cobrança de IPTU do loca-
tário comercial, mas apenas do proprietário.
c) O proprietário do imóvel (Estado ABC) e o seu locatário (empresa hoteleira) podem respon-
der solidariamente pelo débito de IPTU.
d) Tal cobrança é devida, pois o locatário comercial explora atividade econômica com fins
lucrativos.
e) O IPTU não poderá ser cobrado do locatário comercial, uma vez que o imóvel pertence a um
Estado-membro da Federação, o qual goza de imunidade tributária.
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GABARITO
1. d 28. d
2. b 29. a
3. b 30. b
4. c 31. e
5. C 32. b
6. E 33. c
7. c 34. d
8. e 35. c
9. a 36. a
10. E 37. d
11. a 38. c
12. d 39. e
13. E 40. d
14. C 41. e
15. c 42. a
16. a 43. d
17. b 44. d
18. b 45. b
19. E 46. b
20. a 47. b
21. c 48. d
22. b 49. a
23. e 50. d
24. b
25. b
26. c
27. a
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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (FCM/2020/PREFEITURA DE CONTAGEM-MG/AUDITOR-FISCAL/FISCALIZA-
ÇÃO) Com base nas regras do Código Tributário Nacional, avalie o que se afirma acerca da
solidariedade e da responsabilidade tributária.
I – São solidariamente obrigadas as pessoas que tenham interesse comum na situação que
constitua o fato gerador da obrigação principal, bem como aquelas que a lei designar.
II – O sócio quotista é pessoalmente responsável pelos créditos correspondentes a obriga-
ções tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei,
contrato social ou estatutos.
III – A solidariedade tributária respeita o benefício de ordem, de modo a se exigir, inicialmente,
a obrigação do contribuinte principal, entendido como aquele que praticou o fato gerador em
maior proporção.
IV – Os sucessores e o cônjuge meeiro são, pessoalmente, responsáveis pelos tributos de-
vidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao
montante do quinhão, do legado ou da meação.
Está correto apenas o que se afirma em
a) II.
b) IV.
c) II e III.
d) I e IV.
e) I, II e III.
Letra d.
I – Correto.
II – Incorreto.
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CTN, Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal
pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omis-
sões de que forem responsáveis:
VII – os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias
resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou es-
tatutos:
III – os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.
III – Incorreta.
CTN, Art. 124, Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de
ordem.
IV – Correto.
Letra b.
CTN, Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade,
o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de
serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos res-
pectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.
Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o
respectivo preço.
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Letra b.
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Letra c.
I – Incorreto.
CTN, Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade,
o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de
serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos res-
pectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.
II – Incorreto.
CTN. Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação
tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão
dos efeitos do ato.
III – Correto.
CTN. Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompa-
nhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da
importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa
de apuração.
Certo.
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CTN, Art. 208. A certidão negativa expedida com dolo ou fraude, que contenha erro contra a Fazen-
da Pública, responsabiliza pessoalmente o funcionário público que a expedir, pelo crédito tributário
e juros de mora acrescidos.
Errado.
A responsabilidade dos pais pelos tributos devidos pelos filhos menores não é originária, mas
derivada.
CTN, Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal
pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omis-
sões de que forem responsáveis:
I – os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
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d) No processo de falência, a pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de ou-
tro fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional e continuar a
respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual,
não responde pelos tributos, relativos ao fundo ou ao estabelecimento adquirido, devidos até
a data do ato.
Letra c.
CTN, Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer
título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a
respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, res-
ponde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato:
I – integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;
II – subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis
meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio,
indústria ou profissão.
§ 1º O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial:
I – em processo de falência;
II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial.
§ 2º Não se aplica o disposto no § 1 deste artigo quando o adquirente for:
I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor
falido ou em recuperação judicial;
II – parente, em linha reta ou colateral até o 4 (quarto) grau, consanguíneo ou afim, do devedor
falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou
III – identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o objetivo de
fraudar a sucessão tributária.
§ 3º Em processo da falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou unidade produ-
tiva isolada permanecerá em conta de depósito à disposição do juízo de falência pelo prazo de 1
(um) ano, contado da data de alienação, somente podendo ser utilizado para o pagamento de cré-
ditos extraconcursais ou de créditos que preferem ao tributário.
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Letra e.
Questão de nível alto, alunos, muito interessante.
a) Errada.
b) Errada.
c) Errada.
d) Errada.
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e) Certa.
1. [...] 6. O art. 13 da Lei 8.620/93 não se limitou a repetir ou detalhar a regra de res-
ponsabilidade constante do art. 135 do CTN, tampouco cuidou de uma nova hipótese
específica e distinta. Ao vincular à simples condição de sócio a obrigação de responder
solidariamente pelos débitos da sociedade limitada perante a Seguridade Social, tratou
a mesma situação genérica regulada pelo art. 135, III, do CTN, mas de modo diverso,
incorrendo em inconstitucionalidade por violação ao art. 146, III, da CF. (…)8. Reconhe-
cida a inconstitucionalidade do art. 13 da Lei 8.620/93 na parte em que determinou que
os sócios das empresas por cotas de responsabilidade limitada responderiam solidaria-
mente, com seus bens pessoais, pelos débitos junto à Seguridade Social. (…) (STF – RE
562276, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Tribunal Pleno, julgado em 03/11/2010, REPER-
CUSSÃO GERAL – MÉRITO).
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Letra a.
CTN, Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer
título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a
respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, res-
ponde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato:
I – integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;
II – subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis
meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio,
indústria ou profissão.
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Errado.
A questão faz referência a um procedimento administrativo ou medida de fiscalização em
curso. A denúncia espontânea, contudo, pressupõe que não tenha sido iniciado o procedi-
mento administrativo ou a medida de fiscalização.
CTN, Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada,
se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância
arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração.
Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer
procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.
Letra a.
CTN, Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade,
o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de
serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos res-
pectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.
Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o
respectivo preço.
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Responsabilidade Tributária
Renato Cesar Guedes Grilo
Letra d.
a) Certa.
b) Certa.
CTN, Art. 77, Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que
correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas.
c) Certa.
CF/1988, Art. 150, § 7º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de
responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posterior-
mente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato
gerador presumido.
d) Errada.
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Errado.
CTN, Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incor-
poração de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até a data do ato pelas pessoas
jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas jurídicas de
direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio
remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual.
Certo.
CTN, Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal
pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omis-
sões de que forem responsáveis:
V – o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário;
Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter
moratório.
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Renato Cesar Guedes Grilo
Letra c.
a) Errada.
b) Errada.
Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência
para exigir o seu cumprimento.
c) Certa.
Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo
contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões
de que forem responsáveis:
I – os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
d) Errada.
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Letra a.
CTN, Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal
pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omis-
sões de que forem responsáveis:
I – os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
II – os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados;
III – os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes;
IV – o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;
V – o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário;
VI – os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos
praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;
VII – os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter
moratório.
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Letra b.
CTN, Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal
pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omis-
sões de que forem responsáveis:
I – os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
II – os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados;
III – os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes;
IV – o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;
V – o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário;
VI – os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos
praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;
VII – os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
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Letra b.
a) Errada.
CTN, Art. 125, I – o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;
b) Certa.
CTN, Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:
II – a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmen-
te a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo;
c) Errada.
CTN, Art. 125, III – a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou
prejudica aos demais.
d) Errada.
CTN, Art. 125, III – a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou
prejudica aos demais.
e) Errada.
CTN, Art. 124, Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de
ordem.
Errado.
Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo
contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões
de que forem responsáveis:
IV – o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;
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Letra a.
a) Errada. A CF/1988 não contempla a criação dos tributos; guardem muito bem essa informa-
ção. A CF/1988 não cria tributos!
b) Certa.
Art. 209. A expressão “Fazenda Pública”, quando empregada nesta Lei sem qualificação, abrange a
Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
c) Certa.
Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e
dos decretos:
I – os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas;
II – as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua
eficácia normativa;
III – as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas;
IV – os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
Parágrafo único. A observância das normas referidas neste artigo exclui a imposição de penalida-
des, a cobrança de juros de mora e a atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo.
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d) Certa.
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título,
fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respecti-
va exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos
tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato:
I – integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;
Letra c.
CTN, Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer
título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a
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respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, res-
ponde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato:
I – integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;
II – subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de 6 (seis)
meses, a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio,
indústria ou profissão.
§ 1º O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial:
I – em processo de falência;
II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial.
§ 2º Não de aplica o disposto no § 1º deste artigo quando o adquirente for:
I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor
falido ou em recuperação judicial;
II – parente, em linha reta ou colateral até o 4º (quarto) grau, consanguíneo ou afim, do devedor
falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou
III – identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o objetivo de
fraudar a sucessão tributária.
§ 3º Em processo da falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou unidade produ-
tiva isolada permanecerá em conta de depósito à disposição do juízo de falência pelo prazo de 1
(um) ano, contado da data de alienação, somente podendo ser utilizado para o pagamento de cré-
ditos extraconcursais ou de créditos que preferem ao tributário.
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Letra b.
a) Errada.
Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domí-
nio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços
referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos
adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.
b) Certa.
c) Errada.
Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo
contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões
de que forem responsáveis:
VI – os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos
praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;
d) Errada.
Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tri-
butária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão
dos efeitos do ato.
e) Errada.
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Letra e.
a) Certa.
b) Certa.
c) Certa.
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Art. 138. Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de
qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.
d) Certa.
e) Errada. Declarar e não recolher o ICMS próprio não é considerado crime pela jurisprudência
majoritária, mas sim mero inadimplemento.
Tese firmada pelo STF, em 18/12/2019, no RHC 163.334: “O contribuinte que, de forma
contumaz e com dolo de apropriação, deixa de recolher o ICMS cobrado do adquirente
da mercadoria ou serviço incide no tipo penal do artigo 2º (inciso II) da Lei 8.137/1990”.
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b) A responsabilidade do terceiro é residual, portanto será cobrado apenas nos casos de im-
possibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte principal.
c) A responsabilidade dos sócios pelas obrigações da sociedade empresária é sempre solidá-
ria, sem necessidade de exaurir previamente o ativo do patrimônio social.
d) O contribuinte é o único responsável tributário dada a impossibilidade de prática direta do
ato ou fato típicos do tributo.
e) A responsabilidade do terceiro solidário, incidirá totalidade do crédito tributário da obriga-
ção principal e acessória.
Letra b.
CTN, Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal
pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omis-
sões de que forem responsáveis:
I – os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
II – os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados;
III – os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes;
IV – o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;
V – o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário;
VI – os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos
praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;
VII – os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter
moratório.
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Letra b.
CTN, Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal
pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omis-
sões de que forem responsáveis:
VII – os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias
resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou esta-
tutos:
I – as pessoas referidas no artigo anterior;
II – os mandatários, prepostos e empregados;
III – os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.
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Letra c.
a) Errada.
b) Errada.
CTN, Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer
título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a
respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, res-
ponde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato:
I – integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;
II – subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis
meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio,
indústria ou profissão.
c) Certa.
CTN, Art. 133, § 3º Em processo da falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou
unidade produtiva isolada permanecerá em conta de depósito à disposição do juízo de falência
pelo prazo de 1 (um) ano, contado da data de alienação, somente podendo ser utilizado para o pa-
gamento de créditos extraconcursais ou de créditos que preferem ao tributário.
d) Errada.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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e) Errada.
CTN, Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a
responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva
obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supleti-
vo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação.
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Letra a.
a) Certa.
CTN, Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade,
o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de
serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos res-
pectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação. § único. No caso de
arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço.
b) Errada.
CTN, Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer
título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a
respectiva exploração [não há prazo de 2 anos], sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou
nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos
até a data do ato:
I – integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;
II – subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de 6
meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio,
indústria ou profissão.
c) Errada.
CTN, Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal
pelo contribuinte, respondem solidariamente [na verdade a responsabilidade é subsidiária mesmo,
há uma imprecisão terminológica na lei] com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões
de que forem responsáveis:
Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter
moratório.
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Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias
resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou esta-
tutos:
III – os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.
d) Errada.
CTN, Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada,
se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importân-
cia arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração.
§ único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer procedi-
mento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.
e) Errada.
CTN, Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incor-
poração de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até a data do ato pelas pessoas
jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas. § único. O disposto neste
artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas jurídicas de direito privado, quando a explora-
ção da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob
a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual.
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Letra d.
Percebam que as alternativas A e B inserem o “IPTU” na ‘história’. Ora, se a transação envol-
veu o chamado “fundo de comércio”, não se cogita de discussão sobre a incidência de um
imposto que incide sobre bens imóveis. Ambas as alternativas deixam claro que se trata de
uma transação “envolvendo apenas o fundo de comércio”; o IPTU não tem nada com “fundo
de comércio”.
As demais alternativas se resolvem pela aplicação do art. 133 do CTN.
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer
título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar
a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual,
responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data
do ato:
I – integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;
II – subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis
meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio,
indústria ou profissão.
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a) Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, subro-
gam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua
quitação.
b) No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço,
caso o arrematante possua Certidão Negativa de Débitos à época da transmissão.
c) São solidariamente responsáveis o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos
tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitado ao montante do
quinhão do legado ou da meação.
d) A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação
de outra, é responsável pelos tributos devidos independentemente da data do ato pelas pes-
soas jurídicas fusionadas, transformadas ou incorporadas.
e) São solidariamente responsáveis pelos créditos decorrentes de obrigações tributárias re-
sultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, os diretores, gerentes
ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.
Letra a.
a) Certa.
CTN, Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade,
o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de
serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos res-
pectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.
b) Errada.
CTN, Art. 130, Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre
sobre o respectivo preço.
c) Errada.
d) Errada.
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CTN, Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incor-
poração de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até a data do ato pelas pessoas
jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.
e) Errada.
CTN: Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tri-
butárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social
ou estatutos:
III – os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.
Letra b.
a) Errada. Não existe essa norma no CTN.
b) Certa.
c) Errada.
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d) Errada.
e) Errada.
CTN, Art. 131, II – o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de
cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do qui-
nhão do legado ou da meação;
Letra e.
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b) pessoal.
c) subjetiva.
d) subsidiária.
e) solidária.
Letra b.
Letra c.
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Letra d.
a/b) Certas.
CTN, Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:
I – o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;
II – a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmen-
te a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo;
III – a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos
demais.
c) Certa.
CTN, Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação
tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão
dos efeitos do ato.
d) Errada.
CTN, Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se
pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. O lançamento, portanto,
é regido pela legislação vigente à época do fato gerador, e não pela legislação vigente quando de
sua concretização, como afirma a alternativa.
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Letra c.
a) Errada.
b) Errada.
CTN, § 2º Não se aplica o disposto no art. 133 § 1 deste artigo quando o adquirente for:
I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor
falido ou em recuperação judicial;
II – parente, em linha reta ou colateral até o 4 (quarto) grau, consanguíneo ou afim, do devedor
falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou
III – identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o objetivo de
fraudar a sucessão tributária.
c) Certa. O responsável por substituição deve ter uma vinculação com o fato gerador, mas não
o pratica. Quem pratica o fato gerador é o contribuinte, que é substituído pelo responsável,
nos casos de substituição tributária.
d) Errada.
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e) Errada.
CTN, Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada,
se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importân-
cia arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração.
Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer
procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.
Letra a.
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Letra d.
CTN, Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo
ou penalidade pecuniária.
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
II – responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de dispo-
sição expressa de lei.
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e) só pode ser aferida em cada caso conforme previsão geral de lei complementar, previsto
que se expresse em ato administrativo discricionário, de cuja motivação conste a fundamen-
tação jurídica.
Letra c.
CTN, Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo
ou penalidade pecuniária. Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
I – contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo
fato gerador;
II – responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de dispo-
sição expressa de lei.
Art. 122. Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada às prestações que constitu-
am o seu objeto.
Letra e.
a) Errada.
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CTN, Art. 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na forma
da legislação aplicável, considera-se como tal: I – quanto às pessoas naturais, a sua residência
habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade
b) Errada.
CTN, Art. 128 Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a
responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva
obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supleti-
vo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação
c) Errada.
CTN, Art. 127, § 2º A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando impossibi-
lite ou dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do parágrafo
anterior.
d) Errada.
e) Certa.
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Letra d.
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Letra e.
CTN, Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tribu-
tárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou
estatutos:
III – os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.
Letra a.
CTN, Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incor-
poração de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até a data do ato pelas pessoas
jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.
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Letra d.
CTN, Art. 121. Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
II – responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de dispo-
sição expressa de lei.
Letra d.
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a) Errada.
b) Errada.
c) Errada. Quando há processo de falência o adquirente não responde pelos tributos (arts. 133,
134 CTN).
d) Errada.
Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo
contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões
de que forem responsáveis:
IV – o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;
e) Errada.
Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo
contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões
de que forem responsáveis:
I – os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores.
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e) Na solidariedade expressamente designada por lei, haverá benefício de ordem entre os obriga-
dos.
Letra b.
a) Errada.
CTN, Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:
I – o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;
c) Certa.
CTN, Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:
II – a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmen-
te a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo;
c) Errada.
CTN, Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:
III – a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos
demais.
d) Errada.
CTN, Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à res-
ponsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à FP, para modificar a definição
legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes.
e) Errada.
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Letra b.
a) Errada.
CTN, Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à res-
ponsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modi-
ficar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes.
b) Errada.
CTN, Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade,
o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de
serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos res-
pectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.
c) Errada.
CTN, Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a
responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva
obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supleti-
vo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação.
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d) Errada.
CTN, Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incor-
poração de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até a data do ato pelas pessoas
jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.
e) Errada.
CTN, Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal
pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omis-
sões de que forem responsáveis:
VI – os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos
praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício; Parágrafo único. O disposto neste ar-
tigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter moratório.
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d) por Sebastião, ele não responderá, nem integral, nem subsidiariamente, pelos tributos rela-
tivos ao estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato de aquisição.
e) pela “Empresa de Ferragens Brasil”, esta não responderá, nem integral, nem subsidia-
riamente, pelos tributos relativos ao estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato
de aquisição.
Letra b.
CTN, Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incor-
poração de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até a data do ato pelas pessoas
jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas jurídicas de
direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio
remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual.
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título,
fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respecti-
va exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos
tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato:
I – integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;
II – subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis
meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio,
indústria ou profissão.
§ 1º O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial:
I – em processo de falência;
II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial.
§ 2º Não se aplica o disposto no § 1º deste artigo quando o adquirente for:
I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor
falido ou em recuperação judicial;
II – parente, em linha reta ou colateral até o 4º (quarto) grau, consanguíneo ou afim, do devedor
falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou
III – identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o objetivo de
fraudar a sucessão tributária.
§ 3º Em processo da falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou unidade produ-
tiva isolada permanecerá em conta de depósito à disposição do juízo de falência pelo prazo de 1
(um) ano, contado da data de alienação, somente podendo ser utilizado para o pagamento de cré-
ditos extraconcursais ou de créditos que preferem ao tributário.
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Letra d.
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Letra a.
a) Errada.
b) Certa.
c) Certa.
CF/1988, Art. 150, § 7º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de
responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posterior-
mente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato
gerador presumido.
d) Certa.
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CTN, Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a
responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva
obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supleti-
vo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação.
Letra d.
a) Errada.
CTN, Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade,
o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de
serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos res-
pectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.
b) Errada. A responsabilidade tributária por atos ilícitos está regulada no art. 136 do CTN (e
seguintes).
c) Errada.
CTN, Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incor-
poração de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até a data do ato pelas pessoas
jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.
d) Certa. “É responsabilidade que se aplica a fatos geradores ocorridos até a data do ato ou
fato de que decorre a sucessão”. Se os fatos geradores são posteriores ao ato ou fato de que
decorre a sucessão, o adquirente ou sucessor será o contribuinte, e não responsável. Ou seja,
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se o fato gerador é posterior à sucessão, esta não tem influência. A regra da sucessão é apli-
cada para os fatos que lhe são anteriores.
e) Errada.
CTN, Art. 129. O disposto nesta Seção aplica-se por igual aos créditos tributários definitivamente
constituídos ou em curso de constituição à data dos atos nela referidos, e aos constituídos pos-
teriormente aos mesmos atos, desde que relativos a obrigações tributárias surgidas até a referi-
da data.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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