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JURÍDICAS
CARREIRAS JURÍDICAS
DIREITO TRIBUTÁRIO
CAPÍTULO 5
Recado para você que está assistindo às videoaulas
Prezado aluno, a princípio, estamos trazendo algumas informações relevantes para você
que está assistindo às nossas videoaulas e complementará os estudos através do conteúdo do
nosso CERS Book. Portanto, você deve estar atento que:
O CERS book foi desenvolvido para complementar a aula do professor e te dar um suporte
nas revisões!
Um mesmo capítulo pode servir para mais de uma aula, contendo dois ou mais temas,
razão pela qual pode ser eventualmente repetido;
A ordem dos capítulos não necessariamente é igual à das aulas, então não estranhe se o
capítulo 03 vier na aula 01, por exemplo. Isto acontece porque a metodologia do CERS é baseada
no estudo dos principais temas mais recorrentes na sua prova de concurso público, por isso,
nem todos os assuntos apresentados seguem a ordem natural, seja doutrinária ou legislativa;
1
Assim, os assuntos de Direito Tributário estão distribuídos da seguinte forma:
CAPÍTULOS
2
SOBRE ESTE CAPÍTULO
No Direito Tributário você deve privilegiar o estudo da Lei Seca, sendo certo que o
Examinador tem predileção por disposições objetivas da letra da lei. Todavia, não deve-se olvidar
da doutrina, especialmente quanto às questões conceituais, e da jurisprudência relativa aos
diversos temas que abrangem o plexo de relações jurídicas entre Estado e contribuinte.
3
SUMÁRIO
Capítulo 5 .................................................................................................................................................. 5
GABARITO ............................................................................................................................................... 56
JURISPRUDÊNCIA................................................................................................................................... 62
4
DIREITO TRIBUTÁRIO
Capítulo 5
Neste capítulo, você aprenderá as principais noções acerca da responsabilidade tributária,
bem como as disposições do Código Tributário Nacional que tratam da divisão entre as
hipóteses de responsabilidade em três categorias: responsabilidade dos sucessores, de terceiros
5. Responsabilidade Tributária
sabe que o tributo deve ser cobrado da pessoa que pratica o fato gerador.
que não o contribuinte, que será o sujeito passivo indireto, chamado de responsável tributário 1.
Sabbag (2016) explica que em sentido estrito, é a sujeição passiva indireta a submissão ao
direito de crédito do Fisco, em virtude de expressa determinação legal, de pessoa diversa do
contribuinte, desde que tenha um vínculo indireto com a situação que corresponda ao fato
gerador, nos termos do art. 128 do CTN.
1
Vide questão 6
5
ou não, ao direito do Fisco de exigir a prestação da obrigação tributária. (...) Em
sentido estrito, é a submissão, em virtude de disposição legal expressa, de
determinada pessoa que não é contribuinte, mas está vinculada ao fato gerador da
obrigação tributária, ao direito do Fisco de exigir a prestação respectiva”.
De acordo com o citado art. 128 do CTN, a responsabilidade tributária consiste em uma
sujeição passiva indireta – sem relação pessoal e direta com a obrigação, tendo em vista que
CUIDADO! O responsável deve ter algum vínculo com o fato gerador da obrigação
Quanto aos efeitos da responsabilidade, esta pode ser subsidiária (é a regra, salvo
disposição de lei em contrário), solidária (depende de previsão legal, a teor do art. 124, inciso
A responsabilidade por substituição, segundo Eduardo Sabbag (2017), é fixada pela lei
antes da ocorrência do fato gerador. Não há uma alteração subjetiva, uma vez que o substituto
6
Deve inserir-se em uma realidade do sistema jurídico, permeada pelos princípios da
segurança, certeza e do direito de propriedade, uma vez que o patrimônio das
pessoas só pode ser desfalcado por fatos efetivamente realizados, e que contenham
ínsita a capacidade contributiva.
Para otimizar seu entendimento, perceba que o regime jurídico da substituição tributária se
Para facilitar seu entendimento, veja bons exemplos de substitutos tributários elencados
União;
7
5. O laticínio, com relação ao ICMS devido pelo produtor rural na comercialização
de leite cru;
8
4. Recurso especial provido, excluindo-se da lide a Fundação Sistel de Seguridade
Social ante a sua ilegitimidade passiva. Prejudicada a análise das demais questões.
(REsp 664.503/DF, 1ª T., rel. Min. José Delgado, j. em 21-10-2004).
Compreenda que, se o empregador, deixar de reter o IRRF, a ação do Fisco deve dirigir-
se contra ele, e não contra o empregado, por este ficar excluído da relação jurídico-tributária.
o recolher aos cofres públicos, haverá apropriação indébita e seus administradores serão
1.318.163/PR (rel. Min. Benedito Gonçalves) entendeu que não tem legitimidade para pleitear
a restituição do indébito a pessoa jurídica que retém na fonte o IRPJ a maior, relativo às
natureza profissional.
Dando prevalência para quem assumiu efetivamente o ônus financeiro do tributo, a Corte
Superior entendeu que a empresa substituta (fonte pagadora) não possui legitimidade ativa
“ad causam” para levar a bom termo a pretensão restituitória, por meio da ação judicial
pertinente.
entidade que retém e repassa ao Fisco a exação (art. 45, parágrafo único, do CTN) –, a entidade
retentora, segundo o STJ, não realiza propriamente pagamento, uma vez que o ônus econômico
da exação é suportado direta e exclusivamente pela contribuinte que realizou o fato gerador
substituída, na qualidade de mandatária, mas não em nome próprio (art. 6º do CPC [atual art.
18 do NCPC]).
9
Substituição tributária “para frente”/progressiva: as pessoas que se encontram em
377).
consumidor) são substituídos pela indústria, anterior, que arca com o ônus – mesmo
O cálculo do recolhimento total é realizado sobre o valor pelo qual se presume que
Novais (2018) aponta que a doutrina apresenta duras críticas a essa substituição, alegando que
estariam sendo exigidos tributos que ainda não tiveram fatos geradores praticados, ferindo
a legalidade e o não confisco.
Contudo, preste atenção, a jurisprudência nacional aceita essa aplicação, compreendendo que
não estaria ocorrendo cobrança de tributo antes do fato gerador e sim pagamento
antecipado (para o STJ – REsp 89.630/PR) ou recolhimento cautelar (para o STF – RE
194.382/SP).
10
Ademais, a EC 3/1993 acrescentou o § 7º no art. 150 da CF, expressamente legitimando a
utilização dessa sistemática para impostos e contribuições, presumindo os valores dos fatos
ocorresse de forma menor que aquela anteriormente presumida (ADI 2.675/PE, ADI 2.777/SP,
RE 593.849/MG1).
Vejamos:
11
substituição tributária para frente se a base de cálculo efetiva da operação for
inferior à presumida”. 2. A garantia do direito à restituição do excesso não inviabiliza
a substituição tributária progressiva, à luz da manutenção das vantagens
pragmáticas hauridas do sistema de cobrança de impostos e contribuições. 3. O
princípio da praticidade tributária não prepondera na hipótese de violação de
direitos e garantias dos contribuintes, notadamente os princípios da igualdade,
capacidade contributiva e vedação ao confisco, bem como a arquitetura de
neutralidade fiscal do ICMS. 4. O modo de raciocinar “tipificante” na seara tributária
não deve ser alheio à narrativa extraída da realidade do processo econômico, de
maneira a transformar uma ficção jurídica em uma presunção absoluta. 5. De acordo
com o art. 150, § 7º , in fine, da Constituição da República, a cláusula de restituição
do excesso e respectivo direito à 11.2 11.2.1 restituição se aplicam a todos os casos
em que o fato gerador presumido não se concretize empiricamente da forma como
antecipadamente tributado. (...) 8. Recurso extraordinário a que se dá provimento
(RE 593.849, Tribunal Pleno, Rel. Min. Edson Fachin, j. 19.10.2016, DJe-065, divulg.
30.03.2017, public. 31.03.2017, Republicação: DJe-068, divulg. 04.04.2017, public.
05.04.2017).
Para exemplificar, Rafael Novais (2018) traz a seguinte situação: imaginemos a cadeia
de alimentos. Produtores rurais de frutas, verduras, eite, queijo, ovos, entre outros,
escoaram sua produção para a indústria adquirente dessas mercadorias que, após
toda a cadeia, antes da mas sua parcela do tributo mas sua parcela do tributo
ocorrência de fatos geradores) já foi paga pela substituta já foi paga pela substituta
mas não paga o tributo (o rural, mas contribuinte em paga o tributo correspondente
13
tributada) é dotada de legitimidade definitiva, não cabendo qualquer restituição ou
Entretanto, preste muita atenção neste ponto, a Corte alterou seu posicionamento em
2016, ao julgar o Recurso Extraordinário nº 593.849/MG, paradigma do Tema 201 de
Repercussão Geral.
No ponto, confira-se:
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5. De acordo com o art. 150, §7º, in fine, da Constituição da República, a cláusula
de restituição do excesso e respectivo direito à restituição se aplicam a todos os
casos em que o fato gerador presumido não se concretize empiricamente da forma
como antecipadamente tributado. (...) (STF, RE, Rel. Min. Edson Fachin, Tribunal
Pleno, julgado em 19/10/2016, DJe 31/03/2017).
Ademais, na hipótese de o fato gerador acabar por não ocorrer, o art. 150, § 7º, da CF/1988
Vamos seguir.
subjetiva, tendo em vista que a obrigação tributária surge com um sujeito passivo, mas, por um
evento descrito em lei, outra pessoa passa a ocupar o polo passivo.
Feitas tais ponderações, é importante que você saiba que o Código Tributário Nacional
Uma das hipóteses de responsabilidade por transferência diz respeito à sucessão, em que
questões causa mortis ou inter vivos, de o contribuinte original permanecer nessa condição.
De partida, o art. 129 do CTN prevê que as normas sobre responsabilidade dos
sucessores se aplicam igualmente à totalidade das obrigações tributárias do sujeito
2
Por ora, entenda-se constituição do crédito tributário como o procedimento pelo qual a autoridade tributária
estabelece vínculo jurídico com o sujeito passivo de uma obrigação e adquire o direito de exigir seu cumprimento.
15
demarcou a sucessão, sendo irrelevante o andamento da constituição definitiva do
crédito.
devedores sucessores:
(1) Sucessão imobiliária (art. 130 do CTN). Possui responsabilidade solidária (STJ, AgInt
no AREsp 942.940/RJ, julgado em 15/08/2017) o adquirente de bens imóveis no que
tange aos impostos cujo fato gerador seja sua propriedade, domínio útil ou posse
(exemplo: IPTU), bem como às contribuições de melhoria e às taxas pela prestação
de serviços referentes aos imóveis adquiridos, salvo quando conste do título a prova
de sua quitação.
Tal regra não se aplica aos imóveis adquiridos por meio de hasta pública, uma
vez que o valor arrecadado com o leilão de bens penhorados visa justamente
3
Vide questão 13
16
bem claro que tratamos no presente caso do arrematante, não do antigo
proprietário. Sendo assim, não é possível a imposição da responsabilidade tributária
ao recorrido em relação ao período anterior à arrematação. Não há obstáculos,
portanto, para que se expeça a certidão negativa de débitos".
6. Nos termos do artigo 130 do CTN, os créditos relativos a impostos cujo fato
gerador seja a propriedade sub-rogam-se sobre o respetivo preço quando
arrematados em hasta pública, não sendo o adquirente responsável tributário pelos
tributos que oneraram o bem até a data da realização da hasta4.
7. Com efeito, ainda que o preço alcançado na arrematação do bem seja insuficiente
para a quitação do débito tributário, o arrematante não poderá ser responsabilizado
por dívidas contraídas por outrem, conforme a literalidade do parágrafo único do
art. 130 do CTN. Precedentes: AgRg no Ag 1.246.665/SP, Rel. Ministro Luiz Fux,
Primeira turma, DJe 22/4/2010; REsp 954.176/SC, Rel. Ministra Eliana Calmon,
Segunda turma, DJe 23/6/2009. 8. Agravo Interno a que se nega provimento (STJ,
AgInt no AREsp 1.076.860/SP, Rel. Min. Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado
em 28/11/2017, DJe 19/12/2017).
conhecimento;
4
Vide questão 3
5
Entenda-se remitente como aquele que efetua o resgate de um bem penhorado por meio do pagamento ou consignação da
importância atualizada dívida (remição – art. 826 do CPC).
17
Ademais, diferentemente da regra aplicável à sucessão imobiliária, aqui não há
tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação (art. 131, inciso
II, do CTN).
das dívidas por ele contraídas até o momento de sua morte o ultrapassem.
(4) Responsabilidade pessoal do espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data
Embora o CTN o trate como tal, o espólio não é uma pessoa física ou jurídica, mas a
integralidade dos bens e direitos incorporados ao patrimônio do de cujus.
Apesar de o dispositivo legal tratar de responsabilidade por tributos, o STJ entende que também
18
Nos casos de aplicação de multa “de ofício”, cuja responsabilidade seja pessoal do infrator, a
abertura da sucessão. A partir desse marco temporal, todos os bens e direitos do de cujus
formam seu espólio, que deve ser utilizado para quitar todos os seus débitos tributários.
19
(5) Sucessão empresarial (art. 132 do CTN). Nos casos de reorganizações societárias
(fusão, transformação ou incorporação de uma pessoa jurídica de direito privado a
outra), as sucessoras respondem pessoalmente pelos tributos devidos pelas
individual.
Preste muita atenção ao que dispõe a súmula 430 do STJ. Sua presença em
concursos públicos é muito recorrente!
6
Vide questão 1
7
Vide questão 11
8
Vide questão 10
9
Vide questões 7 e 8
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Veja como a referida súmula foi cobrada em concurso público realizado pela CESPE em 2017
para Juiz Substituto do TJ-PR.
Uma sociedade limitada, tendo declarado regularmente seus tributos, deixou de pagá-los, sem
que houvesse qualquer fraude ou comportamento análogo. No momento da inscrição em
dívida ativa, apenas com base no inadimplemento, o sócio-gerente foi incluído como
responsável pelo crédito tributário. A respeito dessa situação hipotética e de aspectos diversos
a ela pertinentes, assinale a opção correta.
A) O sócio-gerente não responde por simples inadimplemento, devendo-lhe ser imputado, para
que haja a sua responsabilização, excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou
estatutos, sendo incabível a sua responsabilização no caso em questão.
C) O sócio-gerente será responsável pelo crédito tributário apenas nos casos em que praticar
ilícitos penais ou agir com dolo específico.
Correto o que prevê a assertiva A. O STJ entende que o mero inadimplemento da obrigação
tributária não é passível de responsabilidade tributária do sócio.
Nesse sentido, a súmula 430, STJ: “O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade
não gera, por si só, a responsabilidade solidária do sócio-gerente".
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A assertiva B está incorreta ao afirmar que apenas sócios com poderes de administração podem
ser responsáveis tributários. Sócios cotistas, que não atuam efetivamente na gestão da pessoa
jurídica, não podem ser responsabilizados. O segundo erro é a afirmação que apenas no caso
de liquidação irregular há responsabilidade tributária. A responsabilidade decorre de atos
praticados com "excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos" (art. 135,
CTN). Note-se que o previsto é mais amplo que apenas a liquidação irregular. Assim, apesar
de ser incabível a responsabilização na situação em apreço, os fundamentos apontados pela
alternativa estão errados.
Incorreta a letra C. Nos termos do art. 135, III, CTN, a responsabilidade do sócio gerente não
se restringe aos ilícitos penais, bastando caracterizar ato com "excesso de poderes ou infração
de lei, contrato social ou estatutos". Consequentemente, não se exige dolo específico para a
responsabilização tributária do sócio.
Por fim, incorreta a letra E. Não está correta a responsabilização do sócio-gerente no caso,
posto que se trata de mero inadimplemento. Assim, não é possível a cobrança para além da
(6) Sucessão comercial (art. 133 do CTN). Não obstante a aparente similaridade entre esta
hipótese e a anterior, as consequências, para fins de responsabilidade, são diversas.
De fato, a pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquire de outra fundo
de comércio10 ou estabelecimento11 (sob a mesma ou outra razão social) responde
pelos tributos relacionados ao que foi adquirido e devidos até a data do ato:
integralmente (segundo a parcela majoritária da doutrina, o termo equivale a
10
“Conjunto de bens, materiais ou imateriais, agregados pelo empresário para a consecução de suas atividades.
Designa a universalidade harmônica de bens, utilizada na realização da atividade comercial. Exemplo: uma loja
possui, como ‘fundo de comércio’: prateleiras, balcões, máquinas, o ponto, a clientela, a marca etc.” (SABBAG, 2017).
11
“Identificação da unidade fisicamente autônoma, na qual uma pessoa física ou jurídica realiza suas atividades
comerciais. Significa a parte, a fração, e não a ‘totalidade de bens’ (típica do fundo de comércio)” (SABBAG, 2017).
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comércio, indústria ou atividade; subsidiariamente, se o alienante continuar a
Observe-se que não é a própria empresa que é alienada, mas apenas o conjunto de
bens. Tem-se entendido que a alienação apenas da razão social não gera a sucessão
tributária em estudo.
De acordo com os §§ 1º e 2º do ar. 132 do CTN, essa regra não se aplica nas
O tema deste tópico foi cobrado pela FCC em 2020 em certame do TJ-MS para Juiz Substituto.
Veja que o Examinador exigiu conhecimento da letra de lei e da jurisprudência pertinente:
12
Vide questão 2
23
A) os sócios cotistas, sem poder de administração, também podem ser atingidos pelo
redirecionamento de ação de execução fiscal, ainda que o capital social esteja integralizado.
B) o ônus da prova de atos de excesso de poderes ou infração a lei, contrato social ou estatutos
é do fisco, ainda que o nome do sócio conste na certidão de dívida ativa.
D) a pessoa jurídica tem interesse recursal para interpor medida contra decisão que determinou
E) por ser matéria afeita a lei complementar, lei ordinária não pode criar hipótese de
responsabilidade solidária relativa a sócio sem poder de gestão em empresa constituída na
A assertiva A está incorreta. O capital social estar ou não integralizado não tem relevância, posto
que a responsabilidade do sócio não é subsidiária, mas pessoal, conforme dispõe o art. 135.
Além disso, o inciso III do referido dispositivo apenas aponta como possível responsável os
diretores, gerentes ou representantes da pessoa jurídica. Assim, não é possível redirecionar para
sócios cotistas.
Incorreta a letra B. A CDA tem presunção de certeza e liquidez, nos termos do Art. 204, CTN.
Porém, essa presunção é relativa. Assim, cabe ao sócio o ônus da prova nos casos em que seu
nome consta na CDA.
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Incorreta a letra D. A pessoa jurídica não tem legitimidade nesse caso. Esse é o entendimento
A letra E é o gabarito da questão. Essa questão baseia-se no entendimento do STF (RE 562276
- Tema 11 da repercussão geral) sobre o art. 13, da Lei 8620/93, que previa responsabilidade
Esse artigo foi até revogado, mas antes disso o STF decidiu em sede repercussão geral ser
inconstitucional a instituição de responsabilidade tributária solidária em lei ordinária. O
Esse dispositivo prevê as matérias que devem ser veiculadas por lei complementar. No inciso III,
estão as normas gerais em matéria tributária, o que inclui questões relacionadas à obrigação e
responsabilidade tributária.
Vejamos:
25
O STJ tem entendimento em sede de recurso repetitivo (Tema 382), no sentido que: "A
responsabilidade tributária do sucessor abrange, além dos tributos devidos pelo sucedido, as
multas moratórias ou punitivas, que, por representarem dívida de valor, acompanham o passivo
do patrimônio adquirido pelo sucessor, desde que seu fato gerador tenha ocorrido até a data
da sucessão"13.
Nas hipóteses do art. 134 do CTN, os terceiros responsáveis atuam de forma regular,
mas respondem de forma solidária, independentemente de dolo, com o contribuinte incapaz
13
Vide questão 5
26
de cumprir a obrigação principal no que concerne aos atos em que intervierem ou às omissões
(1) dos pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
(2) os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados;
(5) o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo
concordatário;
sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;
14
Vide questão 4
27
De outra banda, nos casos estampados no art. 135 do CTN, os terceiros responsáveis
atuam de forma irregular, violando a lei, o contrato social ou o estatuto, de modo que sua
responsabilidade não é apenas solidária, mas pessoal (o terceiro responde sozinho, com todo
Aplica-se este artigo tanto às pessoas referidas no art. 134 do CTN quanto aos
mandatários, prepostos, empregados, diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas
de direito privado.
O vício do qual decorre a aplicação do art. 135 está no fato de o agente praticar um
ato contrariando os limites legais, estatutários ou contratuais de sua atuação, de forma que o
ato praticado não se caracteriza necessariamente como ilícito tributário. Na maioria dos casos,
o vício reside na ausência de legitimação ou de autorização.
Segundo o art. 30, XI da Lei 8935/94 é dever do oficial fiscalizar o recolhimento dos tributos
incidentes sobre os atos que praticar. Por isso, o art. 134, VI do CTN, prevê a "responsabilidade
Não obstante a lei use o termo "solidária", como o próprio dispositivo estabelece que os
28
É inconstitucional lei estadual que disciplina a responsabilidade de terceiros por infrações de
forma diversa da matriz geral estabelecida pelo Código Tributário Nacional (CTN). Há, neste
caso, uma inconstitucionalidade formal.
Ao ampliar as hipóteses de responsabilidade de terceiros por infrações, prevista pelos arts. 134
e 135 do CTN, ou tratar sobre o tema de maneira diferente, a lei estadual invade competência
do legislador complementar federal para estabelecer as normas gerais na matéria (art. 146, III,
“b”, da CF/88).
É inconstitucional lei estadual que atribui responsabilidade tributária solidária por infrações a
toda pessoa que concorra ou intervenha, ativa ou passivamente, no cumprimento da obrigação
Aduz o artigo 136 do Código Tributário Nacional que “salvo disposição de lei em contrário,
a responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção do agente ou
que o Direito Tributário consagra uma teoria civilista, qual seja, a Teoria da Responsabilidade
Objetiva.
29
As pessoas designadas como pessoalmente responsáveis por infrações são as que as
cometeram, tendo com elas relação direta e pessoal. Seriam, portanto, contribuintes da multa,
ainda que o Código Tributário Nacional não utilize essa palavra (é apenas uma questão de
nomenclatura).
(1) quanto às infrações definidas por lei como crimes ou contravenções, salvo quando
praticadas no exercício regular de administração, mandato, função, cargo ou
emprego, ou no cumprimento de ordem expressa emitida por quem de direito
(excludentes);
(2) quanto às infrações em cuja definição o dolo específico do agente seja imprescindível
cobrança de tributo, mas é obrigatória para que se constitua uma penalidade por
infrações;
(3) quanto às infrações que decorram direta e exclusivamente de dolo específico: das
pessoas referidas nos arts. 134 e 135 do CTN, quando a infração for direcionada
Assim, por exemplo, os pais são pessoalmente responsáveis pelos atos cometidos por
Note que a responsabilidade do agente é relativa às infrações, pois a sujeição passiva quanto
15
Saliente-se a adoção do termo “agente”, própria do Direito Penal, o que evidencia a vinculação do tema com a ocorrência de
infrações.
30
5.5 Denúncia espontânea
O agente pode confessar os ilícitos por ele cometidos através de uma “denúncia
espontânea de infrações”, medida de política tributária destinada a atrair os sujeitos passivos
Assim, se o Fisco tomar ciência acerca de uma infração e proceder a uma comunicação
formal ao agente, uma eventual denúncia não produzirá efeitos. Inteligência do artigo 138 do
A denúncia espontânea exclui tanto a incidência dos juros moratórios quanto punitivos.
Ressalte-se que o parcelamento não pode ser equiparado ao pagamento para efeitos de
A denúncia espontânea eficaz extingue a punibilidade tanto das multas punitivas quanto
das administrativas.
Segundo o STJ, o benefício da denúncia espontânea não se aplica aos tributos sujeitos a
Por fim, o STJ entende que o instituo não é aplicável nos casos de descumprimento de
16
Vide questão 12
17
Vide Questão 3
31
A denúncia espontânea afasta a responsabilidade por infrações tributárias. É uma medida
de política tributária que visa a atrair de volta à legalidade contribuintes que dela se afastaram,
Para ter eficácia, a denúncia deve ser espontânea. Se se trata de infração conscientemente
Súmula n.º 360, STJ. O benefício da denúncia espontânea não se aplica aos tributos
Vejamos como este assunto foi cobrado em concurso público. Observe que o Examinador
B) o sucessor é pessoalmente responsável pelos tributos devidos pelo de cujos, ainda que a
32
E) não se considera espontânea, para fins de exclusão da responsabilidade, a denúncia
Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo
expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao
fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte
ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da
referida obrigação.
III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da
sucessão.
Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação
ou incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à
data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou
incorporadas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas
jurídicas de direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja
continuada por qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra
razão social, ou sob firma individual.
33
Por fim, incorreta a assertiva E. Nesse sentido, dispõe o Art. 138 do CTN:
34
QUADRO SINÓPTICO
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
18
Vide questão 9
35
QUESTÕES COMENTADAS
Questão 1
(FCC - 2020 - TJ-MS - Juiz Substituto) À luz do Código Tributário Nacional e da jurisprudência
A) os sócios cotistas, sem poder de administração, também podem ser atingidos pelo
redirecionamento de ação de execução fiscal, ainda que o capital social esteja integralizado.
B) o ônus da prova de atos de excesso de poderes ou infração a lei, contrato social ou estatutos
é do fisco, ainda que o nome do sócio conste na certidão de dívida ativa.
D) a pessoa jurídica tem interesse recursal para interpor medida contra decisão que determinou
o redirecionamento da execução fiscal em face dos sócios.
E) por ser matéria afeita a lei complementar, lei ordinária não pode criar hipótese de
Comentário:
A assertiva A está incorreta. O capital social estar ou não integralizado não tem relevância,
posto que a responsabilidade do sócio não é subsidiária, mas pessoal, conforme dispõe
o art. 135.
Além disso, o inciso III do referido dispositivo apenas aponta como possível responsável
os diretores, gerentes ou representantes da pessoa jurídica. Assim, não é possível
redirecionar para sócios cotistas.
36
Incorreta a letra B. A CDA tem presunção de certeza e liquidez, nos termos do Art. 204,
CTN. Porém, essa presunção é relativa. Assim, cabe ao sócio o ônus da prova nos casos
em que seu nome consta na CDA.
Incorreta a letra D. A pessoa jurídica não tem legitimidade nesse caso. Esse é o
entendimento do STJ, como no julgado a seguir:
ninguém poderá pleitear, em nome próprio, direito alheio, salvo quando autorizado por
lei. Dessa forma, como não há lei que autorize a sociedade a interpor recurso contra
decisão que, em execução ajuizada contra ela própria, tenha incluído no polo passivo da
demanda os seus respectivos sócios, tem-se a ilegitimidade da pessoa jurídica para a
interposição do referido recurso. REsp 1.347.627-SP, Rel. Min. Ari Pargendler, julgado em
9/10/2013.
562276 - Tema 11 da repercussão geral) sobre o art. 13, da Lei 8620/93, que previa
responsabilidade tributária para sócios em relação a débitos com a seguridade social.
Esse artigo foi até revogado, mas antes disso o STF decidiu em sede repercussão geral
ser inconstitucional a instituição de responsabilidade tributária solidária em lei ordinária.
O entendimento do STF tem suporte no art. 146, CF. Esse dispositivo prevê as matérias
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que devem ser veiculadas por lei complementar. No inciso III, estão as normas gerais em
Vejamos:
Questão 2
(FCC - 2020 - TJ-MS - Juiz Substituto) A empresa Móveis Ltda., empresa de grande porte, em
boa saúde financeira e com vários estabelecimentos, vende um de seus estabelecimentos para
a pagar todos os tributos referentes aos fatos geradores ocorridos até o dia 31/12/2014. Em
janeiro de 2018, houve uma fiscalização na qual foi lançado tributo referente a fatos geradores
de agosto de 2014 referentes ao estabelecimento em questão. Após o contencioso
administrativo, o tributo é inscrito em dívida ativa. A respeito desses fatos, à luz do Código
Tributário Nacional,
A) ambas as empresas poderão ser cobradas em ação de execução fiscal, mas Sofás Ltda.
somente subsidiariamente.
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B) somente a empresa Móveis Ltda. poderá ser cobrada em ação de execução fiscal, pois assim
se comprometeu no trespasse.
C) somente a empresa Sofás Ltda. poderá ser cobrada em ação de execução fiscal, pois era a
empresa titular do estabelecimento no momento da fiscalização.
D) somente a empresa Móveis Ltda. poderá ser cobrada em ação de execução fiscal, pois era a
titular do estabelecimento no momento da ocorrência do fato gerador.
E) somente a empresa Sofás Ltda. poderá ser cobrada em ação de execução fiscal, pois houve
substituição tributária.
Comentário:
Art. 133 CTN. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por
qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou
profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou
sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou
estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato:
pode ser oposta em face do Fisco, de acordo com a regra prevista no art. 123, CTN.
Letra C errada. Como visto, o art. 133, II, CTN prevê a responsabilidade subsidiária nesse
caso, conforme já explicado.
Letra D incorreta. O art. 133, II, CTN prevê responsabilidade subsidiária nesse caso, como
você já viu acima.
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Por fim, incorreta a letra E, posto que não se trata de substituição tributária, mas de
sucessão empresarial.
Questão 3
(CESPE - 2020 - MPE-CE - Promotor de Justiça de Entrância Inicial) João arrematou um imóvel
em hasta pública, tendo descoberto posteriormente que havia dívidas de IPTU relativas ao
imóvel, constituídas antes da data da arrematação e que não haviam sido informadas no leilão.
Nessa situação hipotética, de acordo com o Código Tributário Nacional (CTN), a sub-rogação
do crédito tributário ocorrerá sobre
B) o patrimônio do proprietário anterior, o qual deverá responder sozinho pela dívida tributária.
C) o preço pago pelo arrematante, não devendo ser gerado qualquer gravame no imóvel.
Comentário:
O gabarito da questão é a letra C. O IPTU que incide sobre o imóvel antes de sua efetiva
arrematação, a justiça entende que em regra aquele que arremata o imóvel o adquire
livre de qualquer ônus. Entende-se, pois, que nos termos do art. 130, parágrafo único, do
CTN, ocorrendo a arrematação em hasta pública, o arrematante adquire o imóvel livre de
quaisquer ônus, porquanto a sub-rogação ocorre sobre o valor arrecadado, vale dizer,
ocorre uma sub-rogação real, e não pessoal. Assim, o valor do débito tributário deve ser
Art. 130, CTN. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a
propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas
pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria,
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subrogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova
de sua quitação.
Porém, caso esteja expresso no edital que o imóvel possui débitos de IPTU, deve o
seu parágrafo único. Nenhuma dúvida de que a sub-rogação do parágrafo único não
exclui a responsabilidade do proprietário anterior à transferência imobiliária. Tal raciocínio
há de ser aplicado na sub-rogação do caput, devendo a interpretação sistemática
Questão 4
A) A obrigação tributária é principal e acessória. A obrigação tributária acessória não está sujeita
ao princípio da reserva legal e extingue-se juntamente com a obrigação principal.
B) O sujeito ativo da obrigação tributária é a pessoa jurídica de direito público, que possui a
C) A responsabilidade tributária dos pais em relação aos tributos devidos pelos filhos menores
decorre de lei e dar-se-á naqueles casos em que os pais tiverem vinculação direta ou indireta,
em razão de ato comissivo ou omissivo, com a situação que constitui o fato gerador da
obrigação tributária principal e diante da impossibilidade de cumprimento da obrigação
tributária principal pelo filho contribuinte.
D) A definição do fato gerador da obrigação tributária principal só pode ser estabelecida em lei,
mas a definição do sujeito passivo dessa obrigação pode ser estabelecida por normas infralegais.
Comentário:
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Assertiva A falsa. Segundo Roberval Rocha, diferentemente da obrigação principal, que
deriva da lei, o CTN permite que a obrigação acessória tenha como fonte a legislação
tributária, que, tal como definida no art. 96, compreende as leis, os tratados e as
que não quer dizer que a multa pelo seu eventual descumprimento possa ser aplicada
sem previsão legal.
De acordo com os arts. 175, parágrafo único, e 194, parágrafo único, ambos do CTN,
obrigação principal a ser adimplida, pode haver obrigação acessória a ser cumprida.
Incorreta a Letra B. O já citado autor aponta que a competência tributária não se confunde
com a capacidade tributária ativa, que é a capacidade de figurar no polo ativo da relação
O INSS, por exemplo, é uma autarquia federal com o poder de arrecadar e fiscalizar
algumas contribuições sociais, mas isso não significa que possui 'competência' relativa a
Dispõe o CTN:
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Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação
principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que
intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis:
Por fim, incorreta a letra D, por ser incompatível com o art. 97 do CTN.
Questão 5
(CESPE - 2019 - TJ-PR - Juiz Substituto) A empresa X adquiriu todo o fundo de comércio da
empresa Y e passou a explorar o negócio sob outra razão social. Após a venda do fundo, Y
encerrou regularmente suas atividades, sem que tenha havido falência ou recuperação judicial.
De acordo com a jurisprudência majoritária do STJ, em relação a tributos e multas devidos pela
empresa Y e referentes a fatos geradores ocorridos até a data da sucessão, a empresa X
responderá
B) pelos tributos devidos e pelas multas moratórias, mas não pelas multas punitivas.
Comentário:
alternativas.
O STJ tem entendimento em sede de recurso repetitivo (Tema 382), no sentido que:
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"A responsabilidade tributária do sucessor abrange, além dos tributos devidos pelo
sucedido, as multas moratórias ou punitivas, que, por representarem dívida de valor,
acompanham o passivo do patrimônio adquirido pelo sucessor, desde que seu fato
gerador tenha ocorrido até a data da sucessão".
Questão 6
(CESPE - 2019 - TJ-BA - Juiz de Direito Substituto) Por expressa previsão legal do CTN,
entende-se como responsável tributário a pessoa que
A) figure como sujeito ativo de uma obrigação tributária acessória em razão da solidariedade,
B) figure como sujeito ativo de uma obrigação tributária sem que tenha a obrigação de efetuar
o pagamento do crédito tributário.
C) tenha relação pessoal direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador e seja
D) esteja obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária sem ter relação pessoal
e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador.
Comentário:
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Alternativa C errada. É o contribuinte que tem relação pessoal e direta com o fato gerador.
Alternativa D correta. Nos termos do art. 121, parágrafo único, II, do CTN, o responsável
é aquele que, sem revestir condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição
expressa de lei.
Por sua vez, o contribuinte é aquele que tem relação pessoa e direta com a situação que
constitua o fato gerador.
Por fim, incorreta a letra E. O responsável está relacionado à obrigação principal, e não
Questão 7
solidária do sócio-gerente;
C) a lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo
pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente,
assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato
gerador presumido;
D) a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira
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Comentário:
A assertiva A está errada por ir de encontro ao que dispõe a Súmula 430 do STJ que
dispõe: "O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só, a
responsabilidade solidária do sócio-gerente". Deste modo, é o gabarito da questão.
Por derradeiro, a assertiva D está correta. Nos termos do CTN que prevê:
Art. 128, CTN. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo
expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato
gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou
atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida
obrigação.
Questão 8
(CESPE - 2017 - TJ-PR - Juiz Substituto) Uma sociedade limitada, tendo declarado
regularmente seus tributos, deixou de pagá-los, sem que houvesse qualquer fraude ou
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comportamento análogo. No momento da inscrição em dívida ativa, apenas com base no
correta.
A) O sócio-gerente não responde por simples inadimplemento, devendo-lhe ser imputado, para
que haja a sua responsabilização, excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou
C) O sócio-gerente será responsável pelo crédito tributário apenas nos casos em que praticar
Comentário:
A assertiva B está incorreta ao afirmar que apenas sócios com poderes de administração
podem ser responsáveis tributários. Sócios cotistas, que não atuam efetivamente na
47
contrato social ou estatutos" (art. 135, CTN). Note-se que o previsto é mais amplo que
Incorreta a letra C. Nos termos do art. 135, III, CTN, a responsabilidade do sócio gerente
não se restringe aos ilícitos penais, bastando caracterizar ato com "excesso de poderes
ou infração de lei, contrato social ou estatutos". Consequentemente, não se exige dolo
Questão 9
(TRF - 2ª Região - 2017 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto) Entidade autárquica
federal adquire imóvel. Mais tarde, não se comprovando o recolhimento da taxa de coleta de
B) A responsabilidade é subsidiária.
C) A responsabilidade é solidária.
D) A responsabilidade é regressiva.
Comentário:
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“[...] À luz dessa responsabilização, o sujeito passivo de tais tributos passa a ser o novo
proprietário, posseiro ou foreiro, no lugar do alienante, independentemente de condições
quaisquer, havendo nítida sub-rogação pessoal ou responsabilidade por sucessão pessoal.
Veja que não é caso de “solidariedade”, nem nos parece hipótese de “responsabilidade
subsidiária”. [...] Saliente-se que é devido ao notário ou tabelião exigir todos os
documentos necessários à lavratura da escritura, os quais comprovem o recolhimento dos
tributos devidos. Caso contrário responde solidariamente com o contribuinte nos atos que
intervir ou pelas omissões que foi responsável. [...].” Trecho de: EDUARDO SABBAG.
“MANUAL DE DIREITO TRIBUTÁRIO - 5ª Edição”.
De fato, não é hipótese de solidariedade, pois em nenhum momento a lei remete ao art.
124 do CTN e nem menciona o antigo proprietário. Pelo contrário, afirma expressamente
Quando a lei diz: "salvo prova da quitaçao do tributo" está excluindo a responsabilidade
e não tornando ela solidária. E na questão ainda tem a peculiaridade de não existir a tal
prova de quitação, o que torna inaplicável a parte final do art. 130 do CTN.
Questão 10
(TRF - 2ª Região - 2017 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto) Em 2014, empresa do
setor de alimentos adquire estabelecimento comercial de outra e passa, ali, a exercer a mesma
atividade da alienante.
A pessoa jurídica alienante deixa de existir e seus antigos sócios passam a atuar em outros
ramos. Dois anos depois, é lavrado auto de infração em razão do não recolhimento de Imposto
A) Apenas a alienante, cuja operação concretizou o fato gerador do tributo devido, responde
diretamente pelo tributo e pela penalidade. Seus sócios gerentes podem responder, comprovado
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C) Alienante e adquirente respondem, na proporção de suas culpas, pelos tributos e penalidades
devidos.
Comentário:
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer
título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e
continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou
nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido,
devidos até à data do ato:
Questão 11
(CESPE - 2019 - TJ-PR - Juiz Substituto) De acordo com o Código Tributário Nacional, o sujeito
ativo da obrigação tributária principal é a pessoa
50
B) jurídica de direito público destinatária do produto da arrecadação do referido tributo.
D) física ou jurídica que tenha relação pessoal e direta com a situação que constitui o respectivo
fato gerador.
Comentário:
A assertiva A está correta. O art. 119 do CTN preconiza que sujeito ativo da obrigação é
a pessoa jurídica de direito público titular da competência para exigir o seu cumprimento.
fiscaliza, constitui crédito tributário mediante lançamento, inscreve em dívida ativa e exige
o pagamento por meio de ajuizamento de execução fiscal, quando necessário.
Trata‑se de uma pessoa jurídica de direito público, isto é, o próprio ente federativo (União,
Estados, Municípios e Distrito Federal), uma autarquia ou uma fundação pública.
Preste atenção! Ser sujeito ativo da tributação não é ser destinatário do produto da
arrecadação. Pessoas jurídicas de direito privado, que exerçam função pública sem fins
lucrativos, podem ser destinatárias do produto de determinadas contribuições instituídas
A letra C está incorreta. A definição da alternativa se refere ao sujeito passivo, nos termos
do art. 121, CTN.
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Por fim, incorreto o disposto na assertiva D. Essa é a definição de contribuinte, prevista
como uma das espécies de sujeito passivo, nos termos do art. 121, I, CTN.
Questão 12
B) o sucessor é pessoalmente responsável pelos tributos devidos pelo de cujos, ainda que a
dívida tributária ultrapasse o valor do respectivo quinhão hereditário.
Comentário:
Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a
responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da
respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este
em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação.
52
II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus
até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do
quinhão do legado ou da meação;
III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.
Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou
incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do ato
pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas
jurídicas de direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada
por qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou
sob firma individual.
Por fim, incorreta a assertiva E. Nesse sentido, dispõe o Art. 138 do CTN:
Questão 13
(FAURGS - 2016 - TJ-RS - Juiz de Direito Substituto) Em 2013, F.S. adquiriu um imóvel em
hasta pública. O imóvel está localizado no município X, em área definida como urbana pela
o IPTU dos exercícios de 2010, 2011 e 2012. Neste caso, com relação à responsabilidade
tributária, pode-se afirmar que F.S.
B) é responsável pelo imposto relativo aos exercícios de 2011 e 2012, encontrando-se prescrito
o débito relativo ao ano de 2010.
Comentário:
caso haja crédito tributário como excedente, o fisco suportará o prejuízo. É uma espécie
de incentivo para as pessoas que adquirem bens em hasta pública. O adquirente só vai
pagar o preço adjudicado.
Observe a decisão do STJ quando a arrematação em hasta pública não for suficiente para
pagar todos os débitos tributários para com o fisco:
II – Se o preço alcançado na arrematação em hasta pública não for suficiente para cobrir
o débito tributário, não fica o arrematante responsável pelo eventual saldo devedor. A
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arrematação tem o efeito de extinguir os ônus que incidem sobre o bem imóvel
arrematado, passando este ao arrematante livre e desembaraçado dos encargos tributários
(STJ, 4.ª T., REsp 166.975/SP)
O CTN:
Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade,
o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação
de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa
dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.
Ainda o STJ:
55
GABARITO
Questão 1 - E
Questão 2 - A
Questão 3 - C
Questão 4 - C
Questão 5 - C
Questão 6 - D
Questão 7 - A
Questão 8 - A
Questão 9 - C
Questão 10 - B
Questão 11 - A
Questão 12 - E
Questão 13 - D
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QUESTÃO DESAFIO
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GABARITO QUESTÃO DESAFIO
A responsabilidade dos sucessores, disciplinada pelos art. 129 a 133 do CTN, ocorre com o
desaparecimento do devedor original, acarretando a transferência da obrigação tributária. Tal
transferência pode ser causa mortis, quando ocorre transmissão para herdeiros; e inter vivos,
quando se transfere para um comprador.
Quanto aos créditos atingidos, o autor Eduardo Sabbag descreve (SABBAG, Eduardo. Direito
Tributário Essencial. 6. ed. Rio de Janeiro: Editora Método, 2018. p. 194-194.): “A responsabilidade
dos sucessores, tratada nos arts. 129 a 133 do CTN, atingirá: os créditos definitivamente
constituídos (o lançamento já se realizou); os créditos em procedimento de constituição, na data
da ocorrência dos atos ou fatos determinantes da sucessão (o lançamento está em fase de
não se realizou).”.
O art. 129 do CTN descreve quais os créditos tributários poderão ser sucedidos, entre eles estão
os constituídos posteriormente, desde que os atos relativos à obrigação tributária tenham
surgidos até a data determinante da sucessão.
58
O autor Roberto Caparroz comenta (CAPARROZ, Roberto. Direito Tributário Esquematizado .
3. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2019. p. 598-598.): “A responsabilidade por sucessão parte
da premissa da continuidade econômica dos bens, direitos e obrigações transferidos ao
sucessor e alcança os débitos fiscais preexistentes, já lançados, bem assim aqueles que
porventura forem apurados posteriormente à sucessão, desde que relativos a fatos jurídicos
ocorridos antes desta. Diferentemente do que se possa imaginar, a transferência de uma dívida
tributária para o sucessor não fere a lógica jurídica nem impõe às pessoas um ônus adicional,
pois o débito está limitado à expressão econômica do bem ou direito transferido, como ocorre
nos casos de herança, em que o patrimônio do falecido suporta eventuais dívidas tributárias
existentes antes do evento morte.”.
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LEGISLAÇÃO COMPILADA
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Os dispositivos compilados acima são as mais relevantes previsões legais sobre responsabilidade
e solidariedade tributária. Sua recorrência é grande em concursos públicos, sendo certo que seu
conteúdo estará presente em questões sobre o tema. Deste modo, é fundamental que você se
dedique especial atenção aos arts. 132, 136 e 138 do CTN, não dispensando sua leitura.
Quanto às súmulas, lembramos que o Examinador tem predileção pelo que dispõe a 430 do
STJ. Não esqueça o que ela dispõe!
O benefício da denúncia espontânea não se aplica aos tributos sujeitos a lançamento por homologação
regularmente declarados, mas pagos a
destempo.
O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só, a responsabilidade solidária do sócio-
gerente.
Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação
aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente.
SOLIDARIEDADE TRIBUTÁRIA
60
Código Civil: Art. 264.
61
JURISPRUDÊNCIA
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Comentário: Atente que, se o empregador, deixar de reter o IRRF, a ação do Fisco deve dirigir-
se contra ele, e não contra o empregado, por este ficar excluído da relação jurídico-tributária.
62
da diferença do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS pago a mais no
regime de substituição tributária para frente se a base de cálculo efetiva da operação for inferior
à presumida”. 2. A garantia do direito à restituição do excesso não inviabiliza a substituição
tributária progressiva, à luz da manutenção das vantagens pragmáticas hauridas do sistema de
cobrança de impostos e contribuições. 3. O princípio da praticidade tributária não prepondera na
hipótese de violação de direitos e garantias dos contribuintes, notadamente os princípios da
igualdade, capacidade contributiva e vedação ao confisco, bem como a arquitetura de
neutralidade fiscal do ICMS. 4. O modo de raciocinar “tipificante” na seara tributária não deve ser
alheio à narrativa extraída da realidade do processo econômico, de maneira a transformar uma
ficção jurídica em uma presunção absoluta. 5. De acordo com o art. 150, § 7º , in fine, da
Constituição da República, a cláusula de restituição do excesso e respectivo direito à 11.2 11.2.1
restituição se aplicam a todos os casos em que o fato gerador presumido não se concretize
empiricamente da forma como antecipadamente tributado. (...) 8. Recurso extraordinário a que se
dá provimento (RE 593.849, Tribunal Pleno, Rel. Min. Edson Fachin, j. 19.10.2016, DJe-065, divulg.
30.03.2017, public. 31.03.2017, Republicação: DJe-068, divulg. 04.04.2017, public. 05.04.2017).
A discussão estaria em torno da ocorrência a menor ou maior dos fatos geradores presumidos
63
direito à restituição do excesso não inviabiliza a substituição tributária progressiva, à luz da
manutenção das vantagens pragmáticas hauridas do sistema de cobrança de impostos e
contribuições. 3. O princípio da praticidade tributária não prepondera na hipótese de violação de
direitos e garantias dos contribuintes, notadamente os princípios da igualdade, capacidade
contributiva e vedação ao confisco, bem como a arquitetura de neutralidade fiscal do ICMS. (...)
5. De acordo com o art. 150, §7º, in fine, da Constituição da República, a cláusula de restituição
do excesso e respectivo direito à restituição se aplicam a todos os casos em que o fato gerador
presumido não se concretize empiricamente da forma como antecipadamente tributado. (...) (STF,
RE, Rel. Min. Edson Fachin, Tribunal Pleno, julgado em 19/10/2016, DJe 31/03/2017).
“para frente”, em que há pagamento antecipado e ainda não se sabe o valor exato da operação
tributada) é dotada de legitimidade definitiva, não cabendo qualquer restituição ou
Entretanto, preste muita atenção neste ponto, a Corte alterou seu posicionamento em 2016,
gerador.
Ademais, na hipótese de o fato gerador acabar por não ocorrer, o art. 150, § 7º, da CF/1988
64
relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade sub-rogam-se sobre o respetivo preço
quando arrematados em hasta pública, não sendo o adquirente responsável tributário pelos
tributos que oneraram o bem até a data da realização da hasta . 7. Com efeito, ainda que o preço
alcançado na arrematação do bem seja insuficiente para a quitação do débito tributário, o
arrematante não poderá ser responsabilizado por dívidas contraídas por outrem, conforme a
literalidade do parágrafo único do art. 130 do CTN. Precedentes: AgRg no Ag 1.246.665/SP, Rel.
Ministro Luiz Fux, Primeira turma, DJe 22/4/2010; REsp 954.176/SC, Rel. Ministra Eliana Calmon,
Segunda turma, DJe 23/6/2009. 8. Agravo Interno a que se nega provimento (STJ, AgInt no AREsp
1.076.860/SP, Rel. Min. Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em 28/11/2017, DJe
19/12/2017).
Tal regra não se aplica aos imóveis adquiridos por meio de hasta pública, uma vez que o
valor arrecadado com o leilão de bens penhorados visa justamente a satisfazer do crédito do
Poder Público; eventuais débitos tributários pendentes sobre um imóvel devem ser incluídos
tributário.
65
MAPA MENTAL
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro, volume 2: teoria geral das obrigações. 14 ed. São Paulo:
Saraiva, 2017.
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 37º. ed. São Paulo: Malheiros, 2016.
MELO, José Eduardo Soares. Curso de direito tributário, 8. ed. Imprenta: São Paulo, Dialética, 2008.
NOVAIS, Rafael. Direito Tributário Facilitado. – 3. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2018
PAULSEN, Leandro. Curso de direito tributário completo. 8ª ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2017.
PAVANI, Vanessa Roda. A regra matriz de incidência tributária . Âmbito jurídico, 2011. Disponível em:
<https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-tributario/a-regra-matriz-de-incidencia-tributaria>. Acesso em 29
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<https://fpossas.jusbrasil.com.br/artigos/519675093/sujeitos-ativo-e-passivo-da-obrigacao-tributaria>. Acesso em
29 fev. 2020.
SABBAG, Eduardo. Manual de direito tributário. 9ª ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2017.
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