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2. As regras de conexão são estabelecidas na legislação interna de cada país. No Brasil a principal
norma estabelecedora de tais regras é a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro. Nesse
sentido, marque a alternativa correta:
A.A regra do domicílio aplica-se para os casos que versarem sobre personalidade e direito de família.
B.A regra do domicílio do proprietário aplica-se para os casos que versarem sobre direitos reais sobre bens imóveis.
C.O penhor será regulado pelo local onde estiver situado o bem ou pelo domicílio do proprietário da coisa penhorada.
D.Para verificar validade ou invalidade de casamento, serão observadas as leis de onde foi celebrada a união.
E.A regra do domicílio não se aplica para os casos de pessoas estrangeiras que versarem sobre direito de família.
3. Na obra Direito Internacional Privado, Monaco e Jubilut (2018, p. 115) afirmam que "o reenvio se
configura, basicamente, quando há divergência entre os sistemas jurídicos presentes na relação
concreta, por esta apresentar elementos geograficamente vinculados àqueles ordenamentos. Não
uma divergência material, mas, sim, uma divergência relativa ao elemento de conexão eleito pelos
Estados envolvidos".
Sobre a teoria do reenvio, segundo a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, é correto
afirmar que:
A. é admitido o reenvio de primeiro grau.
B. é admitido o reenvio de segundo grau.
C. é admitido o reenvio de terceiro grau.
D. se inadmite, em qualquer grau, a aplicação do reenvio.
E. é admitida a aplicação do reenvio de quarto grau.
5. Sabe-se que o Direito Internacional é o conjunto de normas que tem por objetivo indicar qual é
o ordenamento jurídico aplicável a alguma situação que contenha em seu bojo elementos de
estraneidade. Nesse sentido, marque a alternativa que contenha, exclusivamente, esses elementos de
conexão internacional.
A. Reenvio, nacionalidade e situação do bem.
B. Nacionalidade, situação do bem e domicílio.
C. Domicílio, direito adquirido e fraude à lei.
D. Fraude à lei, ordem pública e reenvio.
E. Ordem pública, nacionalidade e fraude à lei.
3.O divórcio é uma das hipóteses de dissolução do vínculo matrimonial, o qual se opera por sentença
judicial ou por escritura pública. Ele será responsável por permitir que os indivíduos possam contrair
novas núpcias. Diante desse contexto, leia o trecho a seguir sobre divórcios no exterior.
“Por sua vez, casais domiciliados no Brasil cujo casamento tenha sido realizado no exterior podem
eleger a autoridade brasileira como competente para decidir sobre a separação ou o divórcio. Em tais
casos, aceita-se a competência da autoridade brasileira para tanto, à luz da regra domiciliar prevista
no art. 7º da LINDB. Evidentemente que poderá o casal optar pela realização do divórcio no país em
que celebrado o casamento, em razão da lex loci celebrationis (especialmente se o Estado em causa
adota o critério da nacionalidade como determinante do estatuto pessoal). Optando, porém, por
divorciar-se no Brasil, nada há que impeça o conhecimento da demanda perante a Justiça brasileira,
bastando, para tanto, que apenas um dos cônjuges seja domiciliado no Brasil. Ao juiz, porém,
poderão aparecer duas questões de DIPr a serem, de plano, verificadas: a relativa à validade do ato
realizado no estrangeiro (à luz da regra locus regit actum) e a relativa à regra aplicável ao regime de
bens (LINDB, art. 7º, § 5º)” (MAZZUOLI, 2021, p. 347).
Considerando que o divórcio é a dissolução do matrimônio válido, analise a situação prática a seguir.
Paula, brasileira nata, com 18 anos, vai estudar em Boston, nos Estados Unidos, e lá conhece Bill, um
colega de faculdade, e começam a ter um relacionamento. Depois de três anos namorando, eles
decidem se casar nos Estados Unidos e logo após já nasce a filha Caroline. Depois de dez anos de
casados, a situação matrimonial está em crise e então ela ajuíza ação de divórcio contra o marido.
Este não concorda com os termos da ação, em que a guarda da filha ficaria somente com ela. Ao
final, a ação é julgada procedente, e Paula decide retornar ao Brasil com a filha. Ela pretende
reconhecer o divórcio também em nosso país, a fim de mudar seu estado civil e voltar a usar seu
nome de solteira.
Sendo assim, assinale a alternativa que apresenta a maneira correta de Paula se divorciar no Brasil.
A. Nessa situação, ela poderá ir ao cartório e fazer o registro do seu divórcio, uma vez que este já transitou em julgado nos
Estados Unidos.
B. Nessa situação, ela deverá contratar um advogado para propor uma ação de divórcio em face de seu marido, perante a
Vara de Família de Florianópolis.
C. Nessa situação, ela deverá contratar um advogado para propor uma ação de homologação de decisão estrangeira,
perante o Superior Tribunal de Justiça.
D. Nessa situação, ela deverá ir ao consulado dos Estados Unidos em Florianópolis para que seja emitida uma certidão do
divórcio, a fim de apresentar à Vara de Família.
E. Nessa situação, ela deverá contratar um advogado para propor uma homologação de decisão estrangeira, perante a Vara
de Família de Florianópolis.
4. O casamento consular é uma possibilidade dada para que brasileiros que se encontrem no exterior
possam celebrar suas núpcias conforme a legislação de seu país de domicílio. Além disso, é uma
opção para que o matrimônio seja celebrado onde não haja tal possibilidade, de acordo com a
legislação local. Nesse sentido, leia o trecho a seguir sobre a celebração de casamento perante
autoridades consulares.
“Tanto brasileiros no exterior quanto estrangeiros no Brasil podem casar perante as autoridades
consulares de seus respectivos países. Será, nesses casos, aplicada a Lei Nacional dos Nubentes,
em exceção à regra geral lex loci celebrationis. Tal é assim para que não se criem situações injustas
ou desconfortáveis a estrangeiros que pretendam casar fora de seus países” (MAZZUOLI, 2021, p.
331).
Considerando o conceito do casamento consular apresentado e estudado nesta Unidade de
Aprendizagem, analise a situação prática a seguir.
Paulo, brasileiro nato, e Roberto, brasileiro naturalizado, namoram há quatro anos e decidem se
mudar para Itália, devido ao trabalho de Paulo, que é engenheiro e recebeu uma promoção na fábrica
que trabalha para ocupar uma vaga na filial, que fica localizada em Milão. Depois de três anos
morando na Itália, eles decidem se casar, contudo descobrem que a legislação italiana não permite o
casamento entre duas pessoas do mesmo sexo, sendo-lhes somente permitido o reconhecimento da
união civil, conforme as leis italianas.
Diante dessa situação, assinale a alternativa que indica a alternativa para que os nubentes possam
celebrar seu casamento.
A. Nessa situação, eles deverão retornar ao Brasil para poderem celebrar a cerimônia de casamento aqui.
B. Nessa situação, eles deverão mudar de domicílio para um país que permita o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
C. Nessa situação, eles deverão se contentar somente com a união civil, pois devem respeitar a legislação do país que
residem.
D.Nessa situação, eles deverão realizar o casamento consular, na sede do consulado brasileiro na
Itália, uma vez que preenchem os requisitos necessários para tal celebração.
E. Nessa situação, eles deverão se dirigir à autoridade consular para fazer o registro da união estável, uma vez que a
legislação brasileira não permite o casamento de pessoas do mesmo sexo.
5. A adoção é um ato judicial em que se estabelece um vínculo de filiação, trazendo para uma família,
independentemente do seu tipo, uma pessoa estranha para o status de filho. Assim, esse ato origina
uma relação de parentesco civil entre o adotante e adotado. Além disso, é possível que a adoção
ocorra além do território nacional, seja de estrangeiros para crianças brasileiras e vice-versa. Assim,
leia o trecho a seguir que traz uma explicação sobre adoção internacional.
“A qualificação da adoção como internacional dá-se não em virtude da nacionalidade das partes, mas
em razão de a residência do adotado e do(s) adotantes(s) localizar-se em diferentes países. Se um
casal residente no Brasil adota, v.g., uma criança residente no México, haverá adoção internacional,
independentemente da nacionalidade do(s) adotante(s) e do adotado; o casal de adotantes que aqui
reside poderá ser brasileiro ou estrangeiro, e a criança residente no México, da mesma forma, poderá
ser estrangeira ou brasileira, caso em que se estará diante de adoção tipicamente internacional.
Haverá, igualmente, adoção internacional se brasileiros residentes no exterior adotarem criança
brasileira residente no Brasil. Nesse último exemplo, tem-se a adoção operada entre adotantes e
adotado brasileiros (mesma nacionalidade) residentes, porém, em países diferentes. Em todos esses
casos a adoção de que se trata será, portanto, internacional. Por sua vez, será nacional a adoção de
uma criança brasileira por estrangeiros residentes no Brasil, caso em que o DIPr não opera”
(MAZZUOLI, 2021, p. 375).
Considerando como se opera a adoção internacional ao conceito de nacionalidade, analise a situação
prática a seguir.Letícia é médica e Gustavo, diplomata. Eles são brasileiros natos, casados há dez
anos e não têm filhos. Em uma viagem que fizeram a serviço do Brasil para Moçambique, eles se
apaixonaram por uma menina de 3 anos, que estava disponível para adoção. Depois de todos os
trâmites legais, tanto pela legislação brasileira quanto pela moçambicana, conseguiram adotar a
menina, que se chama Catarina, e retornaram a São Paulo, onde têm domicílio.
Diante dessa situação de adoção internacional, assinale a alternativa que apresenta a alternativa
correta para que a menina adquira a nacionalidade brasileira.
A. Ela será considerada brasileira naturalizada logo após seus pais entrarem com o processo de naturalização da menina,
quando a família retornar ao Brasil.
B. Ela será considerada brasileira naturalizada, uma vez que foi adotada por um casal brasileiro nato, que tem domicílio no
Brasil.
C. Ela será considerada brasileira nata assim que for adotada, uma vez que seu pai, que é diplomata, estava a serviço do
Brasil, no seu país de origem.
D. Ela será considerada brasileira nata desde que, após atingir a maioridade civil, opte por adquirir a nacionalidade brasileira.
E. Ela será considerada brasileira naturalizada desde que opte por passar pelo processo de naturalização, após atingir
a maioridade civil.
4. As pessoas jurídicas podem ser criadas para diversos fins, respeitadas as peculiaridades legais de
cada instituição. Sobre a temática NÃO se pode afirmar:
A. São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas.
B. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos.
C. Para criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos devem ser respeitados alguns preceitos.
D. É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento.
E. Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no
Tribunal Superior Eleitoral, sendo permitida a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.
5. As pessoas jurídicas de Direito Privado possuem um papel fundamental na vida das pessoas
físicas, pois estas são finitas e aquelas podem ser infinitas. Constitui uma pessoa jurídica de Direito
Privado:
A. O Estado de Minas Gerais.
B. A Fundação Hospitalar do Estado da Bahia.
C. A Fundação Nacional do Índio.
D. O Município de São Paulo.
E. O Clube de Regatas Flamengo.
2. O art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça prevê, expressamente, três fontes que
subsidiam as decisões referentes ao Direito Internacional. Sobre essas fontes, é correto afirmar que:
A. os princípios gerais do Direito são hierarquicamente superiores.
B. a doutrina e a jurisprudência são fontes expressas do Direito Internacional.
C. o costume se refere a uma prática aceita na comunidade internacional.
D. os tratados são hierarquicamente inferiores no uso das fontes.
E. os instrumentos escritos não são prioritários como fontes.
3. Os princípios gerais do Direito são relevantes para decidir as questões internacionais e não se
esgotam em uma lista específica. No entanto, alguns princípios já são muito consolidados, entre os
quais é possível citar:
A. uso e ameaça de força e boa-fé no cumprimento das obrigações.
B. solução pacífica dos conflitos e intervenção nos assuntos internos dos Estados.
C. igualdade de direitos e autodeterminação dos povos.
D. dever de cooperação internacional e igualdade condicionada dos Estados.
E. boa-fé no cumprimento das obrigações e uso ou ameaça de força.
4. Além das fontes expressas, há novas fontes que não estão citadas no texto do Estatuto da Corte
Internacional de Justiça, como as decisões das organizações internacionais e os atos unilaterais dos
Estados. Sobre essas novas fontes, assinale a alternativa correta.
A. Podem ser utilizadas como manifestação de costume.
B. A doutrina não as reconhece como fontes válidas do Direito Internacional.
C. Os atos unilaterais dos Estados independem de conveniência e oportunidade.
D. Não obrigam a comunidade internacional e exercem pressão política.
E. Aplicam-se os atos unilaterais dos Estados, mesmo se ferir a sua soberania.
5. Os conceitos de jus cogens, hard law e soft law se relacionam com as fontes do Direito
Internacional, porém não podem ser confundidos com elas. Seguindo esses conceitos, é correto
afirmar que:
A. são definições explícitas no Estatuto da Corte Internacional.
B. são normas que não podem sofrer derrogação por parte dos Estados.
C. são instrumentos influentes, mas desprovidos de eficácia normativa.
D. exercem força cogente que vinculam os Estados signatários.
E. são definições que norteiam a aplicação das fontes do Direito Internacional.