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DIREITO

ELEITORAL
Lei das Eleições – Parte II

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
DIREITO ELEITORAL
Lei das Eleições – Parte II
Diogo Surdi

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Lei das Eleições – Parte II...........................................................................................................................................4
1. Arrecadação e Aplicação de Recursos. ............................................................................................................4
1.1. Limites dos Gastos de Campanha. . ..................................................................................................................6
1.2. Administração da Campanha Eleitoral........................................................................................................8
1.3. Obrigações dos Partidos e Candidatos. .......................................................................................................9
1.4. Doações de Recursos...........................................................................................................................................13
1.5. Gastos Eleitorais....................................................................................................................................................21
2. Fundo Especial de Financiamento de Campanha...................................................................................23
3. Prestação de Contas.. .............................................................................................................................................25
3.1. Disposições Gerais...............................................................................................................................................25
3.2. Sistema Simplificado de Prestação de Contas. ...................................................................................25
3.3. Procedimento na Prestação de Contas. ................................................................................................... 28
3.4. Representação por Captação e Gastos Ilícitos de Recursos......................................................30
3.5. Sobras de Recursos de Campanha..............................................................................................................30
Resumo................................................................................................................................................................................32
Mapas Mentais. . ...............................................................................................................................................................41
Questões de Concurso................................................................................................................................................43
Gabarito............................................................................................................................................................................... 59
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................60

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Apresentação
Olá, pessoal, tudo bem? Acredito e espero que sim!!
Continuamos com o estudo da Lei das Eleições. Na aula de hoje, veremos como ocorre
a Arrecadação, a Aplicação e a Prestação de Contas dos recursos destinados à Campanha
Eleitoral.

Forte abraço a todos e bons estudos!


Diogo

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Lei das Eleições – Parte II
Diogo Surdi

LEI DAS ELEIÇÕES – PARTE II


1. Arrecadação e Aplicação de Recursos
Uma das principais questões acerca do Direito Eleitoral é a forma como ocorrerá a arreca-
dação e as despesas de campanha por parte dos candidatos e respectivos Partidos Políticos.
É possível afirmar, inclusive, que a forma como a arrecadação de recursos deve ocorrer é tema
que praticamente divide os doutrinadores.
Não há como negar que é por meio da arrecadação dos recursos que as agremiações
partidárias conseguem realizar a campanha eleitoral e angariar votos dos eleitores que se
identificam com a ideologia e propostas defendidas pelos respectivos candidatos.
Por outro lado, partidos políticos de maior expressão tendem a obter mais recursos do
que as pequenas agremiações partidárias, característica que, no longo prazo, pode colocar
em risco o princípio do pluralismo político e da alternância de Poder.
Por isso mesmo, alguns doutrinadores chegam a defender que as campanhas eleitorais
deveriam ser realizadas, exclusivamente, com recursos públicos. Se assim fosse, as doações
realizadas por particulares seriam vedadas.
No entanto, não podemos deixar de afirmar que, de acordo com a Constituição Federal,
todo o poder emana do povo. Com as eleições, é povo quem escolhe os seus representantes
e exerce, ainda que indiretamente, o poder. Logo, na medida em que a população não pudesse
realizar doações aos partidos e candidatos, a vontade popular, na visão de alguns autores,
estaria prejudicada.
Neste contexto, merece ser destacado que, até as eleições de 2014, uma das fontes de
recursos dos partidos políticos (e que na prática se revelava a maior parte das receitas) eram
as doações realizadas por pessoas jurídicas. No entanto, o STF, no julgamento da ADI 4650,
decidiu que é vedado o recebimento de doação, por parte dos partidos e coligações, de todo
e qualquer tipo de pessoa jurídica, independente da forma de constituição.
Desta forma, antes de adentrarmos no estudo propriamente dito da arrecadação dos re-
cursos, devemos memorizar as seguintes informações:
a) o atual modelo de financiamento de campanha adotado em nosso ordenamento jurídi-
co é o misto, sendo que os partidos e candidatos podem fazer uso tanto de recursos públicos
quanto de recursos privados.
b) atualmente, apenas as pessoas físicas podem, desde que observados os limites legais,
realizar doações para a campanha eleitoral. Consequentemente, é expressamente vedada
qualquer tipo de doação oriunda de pessoa jurídica.

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Para termos uma visão geral acerca do processo de financiamento eleitoral, precisamos
ter em mente que as agremiações e candidatos, no curso da campanha eleitoral, arrecadam
recursos, realizam gastos e prestam contas à Justiça Eleitoral.
Assim sendo, a campanha eleitoral pode ser dividida, com relação aos recursos, em três
grande etapas, sendo elas a arrecadação (momento em que os partidos e candidatos obtêm
recursos), os gastos (quando as despesas são realizadas) e a prestação de contas (quan-
do as contas são apresentadas à Justiça Eleitoral para fins de verificação da legalidade
das medidas).

Neste sentido, devemos memorizar, de acordo com o artigo 17, que “As despesas da cam-
panha eleitoral serão realizadas sob a responsabilidade dos partidos, ou de seus candidatos, e
financiadas na forma desta Lei”.

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1.1. Limites dos Gastos de Campanha


Considerando que há a possibilidade dos partidos e candidatos fazerem uso de recursos
na campanha eleitoral, nada mais natural do que o estabelecimento, por meio da lei, de limites
a serem observados no curso da campanha. Com a medida, evita-se que o abuso do poder
econômico possa prejudicar a legitimidade do processo como um todo.
Logo, para fins de prova, temos que memorizar que os limites de gastos de campanha
serão definidos em lei e divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Nos artigos 18-A a 18-C, encontramos importantes regras a serem observadas com rela-
ção aos limites de gastos:

Art. 18-A. Serão contabilizadas nos limites de gastos de cada campanha as despesas efetuadas
pelos candidatos e as efetuadas pelos partidos que puderem ser individualizadas.
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput deste artigo, os gastos advocatícios e de contabi-
lidade referentes a consultoria, assessoria e honorários, relacionados à prestação de serviços em
campanhas eleitorais e em favor destas, bem como em processo judicial decorrente de defesa de
interesses de candidato ou partido político, não estão sujeitos a limites de gastos ou a limites que
possam impor dificuldade ao exercício da ampla defesa.
Art. 18-B. O descumprimento dos limites de gastos fixados para cada campanha acarretará o pa-
gamento de multa em valor equivalente a 100% (cem por cento) da quantia que ultrapassar o limite
estabelecido, sem prejuízo da apuração da ocorrência de abuso do poder econômico.
Art. 18-C. O limite de gastos nas campanhas dos candidatos às eleições para prefeito e vereador,
na respectiva circunscrição, será equivalente ao limite para os respectivos cargos nas eleições de
2016, atualizado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), aferido pela Funda-
ção Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ou por índice que o substituir.
Parágrafo único. Nas campanhas para segundo turno das eleições para prefeito, onde houver, o
limite de gastos de cada candidato será de 40% (quarenta por cento) do limite previsto no caput
deste artigo.

Professor, o que eu preciso saber sobre estas previsões?

Inicialmente, que todas as despesas efetuadas pelos candidatos e pelos partidos, des-
de que possam ser individualizadas, serão contabilizadas nos limites de gastos a serem
observados.
Em caráter de exceção, os gastos advocatícios e de contabilidade referentes a consultoria,
assessoria e honorários, relacionados à prestação de serviços em campanhas eleitorais e em
favor destas, bem como em processo judicial decorrente de defesa de interesses de candida-
to ou partido político, não estão sujeitos a limites de gastos ou a limites quando esta medida
possa implicar na imposição de dificuldades ao exercício da ampla defesa.

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 Obs.: Muito cuidado: Não estamos afirmando que os gastos advocatícios e de contabilida-
de não estão sujeitos ao limite legal. O que é previsto, em sentido diverso, é que, em
tais serviços, quando a observância ao limite legal puder prejudicar o direito à ampla
defesa do partido ou de candidato, não haverá necessidade de observar tal limite.
 Em outros termos, apenas quando a observância do limite legalmente estabelecido
puder prejudicar a garantia da ampla defesa é que haverá a dispensa de tal obrigação.
Em todas as demais situações, o limite de gastos deve ser observado.

Conforme verificado, os limites de gastos de campanha serão definidos em lei e divulga-


dos pelo TSE. Esta é uma regra que vale para todos os cargos eletivos.
No entanto, com relação às eleições municipais (cargos de Prefeito e Vereadores), tive-
mos importantes alterações impostas pela Lei 13.878/2019. De acordo com a nova redação
legal, o limite de gastos para estes cargos, para as futuras eleições, será o equivalente ao
limite para os respectivos cargos nas eleições de 2016, atualizado pelo Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ou por outro índice oficial.
Caso haja segundo turno nas eleições para Prefeito, o limite de gastos da respectiva cam-
panha, no segundo turno, será de 40% do estabelecido para a campanha como um todo.
Complicado? Vamos sistematizar este importante conhecimento:

001. (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE BA/2017/”SEM ESPECIALIDADE”/ADMINISTRATIVA)


Os limites de gastos de campanha serão definidos pelo TSE em cada eleição. Caso ocorra o
descumprimento dos limites de gastos fixados, será aplicada multa em valor equivalente a

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a) 90% da quantia que ultrapassar o limite estabelecido.


b) 80% da quantia que ultrapassar o limite estabelecido.
c) 100% da quantia que ultrapassar o limite estabelecido.
d) 90% do limite estabelecido.
e) 100% do limite estabelecido.

Após a fixação, por intermédio de lei, dos limites para os gastos de campanha, o TSE faz a
divulgação dos respectivos valores. Caso o partido político descumpra estes limites, estará
sujeito, nos termos da Lei 9.504, ao pagamento de multa em valor equivalente a 100% da
quantia que ultrapassar o limite estabelecido.

Art. 18. Os limites de gastos de campanha serão definidos em lei e divulgados pelo Tribunal Supe-
rior Eleitoral.
Art. 18-B. O descumprimento dos limites de gastos fixados para cada campanha acarretará o pa-
gamento de multa em valor equivalente a 100% (cem por cento) da quantia que ultrapassar o limite
estabelecido, sem prejuízo da apuração da ocorrência de abuso do poder econômico.
Letra c.

Já vimos que haverá um limite para os gastos de campanha de cada cargo eletivo. Mas e
o que será que ocorre caso os limites não sejam observado?

De acordo com a norma em estudo, o descumprimento dos limites de gastos fixados para
cada campanha acarretará o pagamento de multa em valor equivalente a 100% da quantia
que ultrapassar o limite estabelecido, sem prejuízo da apuração da ocorrência de abuso do
poder econômico.

EXEMPLO
Para determinado cargo eletivo, o limite de gastos estabelecido foi de R$ 100 mil. Um can-
didato gastou R$ 150 mil em sua campanha eleitoral. Logo, excedeu ele R$ 50 mil do limite
legalmente estabelecido.
Neste caso, deverá ele, além da apuração pela ocorrência de abuso do poder econômico,
pagar uma multa de 100% do valor que exceder ao limite legal. Na situação apresentada, a
multa será de R$ 50 mil.

1.2. Administração da Campanha Eleitoral


A administração da campanha eleitoral implica em um conjunto de medidas destinadas a
comprovar desde a origem dos recursos arrecadados até os gastos que foram realizados no
período eleitoral.
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Neste sentido, a administração da campanha eleitoral é medida que deverá ser realizada
diretamente pelo candidato ou, alternativamente, por pessoa por ele designada.
Entretanto, ainda que haja a designação de um representante para a administração da
campanha, será o candidato, ainda assim, solidariamente responsável pela veracidade das
informações financeiras e contábeis de sua campanha. A medida tem por objetivo evitar
que os candidatos se eximam da responsabilidade ante a designação de um representante
de campanha.

Art. 20. O candidato a cargo eletivo fará, diretamente ou por intermédio de pessoa por ele de-
signada, a administração financeira de sua campanha usando recursos repassados pelo partido,
inclusive os relativos à cota do Fundo Partidário, recursos próprios ou doações de pessoas físicas,
na forma estabelecida nesta Lei.
Art. 21. O candidato é solidariamente responsável com a pessoa indicada na forma do art. 20 desta
Lei pela veracidade das informações financeiras e contábeis de sua campanha, devendo ambos
assinar a respectiva prestação de contas.

1.3. Obrigações dos Partidos e Candidatos


Basicamente, duas são as obrigações impostas pela lei aos partidos e candidatos no cur-
so do processo da campanha eleitoral:
a) a abertura de conta bancária;
b) a inscrição no CNPJ;
No que se refere à abertura de conta bancária, a regra geral, de acordo com a Lei das Elei-
ções, é de que “é obrigatório para o partido e para os candidatos abrir conta bancária específica
para registrar todo o movimento financeiro da campanha”. Prova disso é que o uso de recursos
financeiros para pagamentos de gastos eleitorais que não provenham da mencionada conta

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específica implicará na desaprovação da prestação de contas do partido ou candidato. Além


disso, caso seja comprovado abuso de poder econômico, será cancelado o registro da candi-
datura ou cassado o diploma, se já houver sido outorgado.
Para que as contas bancárias possam ser abertas, a lei estabelece algumas obrigações
que devem ser adotadas pelos bancos, evitando assim que as instituições financeiras se re-
cusem a abrir as contas para os candidatos e partidos.

Art. 22. É obrigatório para o partido e para os candidatos abrir conta bancária específica para re-
gistrar todo o movimento financeiro da campanha.
§ 1º Os bancos são obrigados a:
I – acatar, em até três dias, o pedido de abertura de conta de qualquer candidato escolhido em con-
venção, sendo-lhes vedado condicioná-la a depósito mínimo e à cobrança de taxas ou de outras
despesas de manutenção;
II – identificar, nos extratos bancários das contas correntes a que se refere o caput, o CPF ou o
CNPJ do doador.
III – encerrar a conta bancária no final do ano da eleição, transferindo a totalidade do saldo exis-
tente para a conta bancária do órgão de direção indicado pelo partido, na forma prevista no art. 31,
e informar o fato à Justiça Eleitoral.

DICA
Medidas que devem ser adotada pelos bancos com relação às
contas destinadas à campanha eleitoras:
a) acatar o pedido de abertura dos candidatos escolhidos em
convenção no prazo de 3 dias;
b) não condicionar a abertura da conta a qualquer tipo de
depósito mínimo ou à cobrança de taxas ou despesas de
manutenção;
c) identificar nos respectivos extratos o CPF ou CNPJ do doa-
dor de recursos para a campanha;
d) encerrar a conta bancária ao final do ano eleitoral e trans-
ferir todo o saldo eventualmente existente para a conta do ór-
gão de direção partidário indicado pelo partido.

Com relação à abertura de contas, devemos memorizar que esta medida, em caráter de
exceção, não é exigida nos casos de candidatura para Prefeito e Vereador em Municípios
onde não haja agência bancária ou posto de atendimento bancário.
Veremos oportunamente que as contas apresentadas pelos partidos e candidatos serão
objeto de julgamento pela Justiça Eleitoral. Neste ponto da matéria, no entanto, temos ape-
nas que saber que, sendo rejeitadas as contas, a Justiça Eleitoral remeterá cópia de todo o

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processo para o Ministério Público, que adotará as medidas para o ajuizamento da Ação de
Investigação Judicial Eleitoral (AIJE).
Vejamos a literalidade dos artigos estudados, medida essencial para conseguirmos um
ótimo desempenho nas provas de Direito Eleitoral.

Art. 22. É obrigatório para o partido e para os candidatos abrir conta bancária específica para re-
gistrar todo o movimento financeiro da campanha.
§ 1º Os bancos são obrigados a:
I – acatar, em até três dias, o pedido de abertura de conta de qualquer candidato escolhido em con-
venção, sendo-lhes vedado condicioná-la a depósito mínimo e à cobrança de taxas ou de outras
despesas de manutenção;
II – identificar, nos extratos bancários das contas correntes a que se refere o caput, o CPF ou o
CNPJ do doador.
III – encerrar a conta bancária no final do ano da eleição, transferindo a totalidade do saldo exis-
tente para a conta bancária do órgão de direção indicado pelo partido, na forma prevista no art. 31,
e informar o fato à Justiça Eleitoral.
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos casos de candidatura para Prefeito e Vereador em
Municípios onde não haja agência bancária ou posto de atendimento bancário.
§ 3º O uso de recursos financeiros para pagamentos de gastos eleitorais que não provenham da
conta específica de que trata o caput deste artigo implicará a desaprovação da prestação de con-
tas do partido ou candidato; comprovado abuso de poder econômico, será cancelado o registro da
candidatura ou cassado o diploma, se já houver sido outorgado.
§ 4º Rejeitadas as contas, a Justiça Eleitoral remeterá cópia de todo o processo ao Ministério Pú-
blico Eleitoral para os fins previstos no art. 22 da Lei Complementar no 64, de 18 de maio de 1990.

Merece ser destacado que, na visão do TSE, a abertura de conta bancária é medida essen-
cial para que as contas de campanha sejam consideradas regulares.

JURISPRUDÊNCIA
“A abertura da conta bancária é essencial a que se tenha como regular a prestação de
contas.” AC TSE n. 25.306

Além da abertura de conta bancária, os candidatos estão obrigados à inscrição no CNPJ,


medida esta que facilita, em diversos aspectos, a identificação e individualização das condu-
tas praticadas pelos candidatos.

Art. 22-A. Os candidatos estão obrigados à inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica -
CNPJ.
§ 1º Após o recebimento do pedido de registro da candidatura, a Justiça Eleitoral deverá fornecer
em até 3 (três) dias úteis, o número de registro de CNPJ.

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§ 2 Cumprido o disposto no § 1 deste artigo e no § 1 do art. 22, ficam os candidatos autorizados a
º º º

promover a arrecadação de recursos financeiros e a realizar as despesas necessárias à campanha


eleitoral.
§ 3º Desde o dia 15 de maio do ano eleitoral, é facultada aos pré-candidatos a arrecadação prévia
de recursos na modalidade prevista no inciso IV do § 4º do art. 23 desta Lei, mas a liberação de
recursos por parte das entidades arrecadadoras fica condicionada ao registro da candidatura, e a
realização de despesas de campanha deverá observar o calendário eleitoral.
§ 4º Na hipótese prevista no § 3º deste artigo, se não for efetivado o registro da candidatura, as
entidades arrecadadoras deverão devolver os valores arrecadados aos doadores

O fornecimento do número do CNPJ de cada candidato é medida que deve ser realizada
pela Justiça Eleitoral no prazo de até 3 dias úteis após o recebimento do pedido de registro
de candidatura.
Após a abertura de conta bancária, e estando os candidatos regularmente inscritos no
CNPJ, estarão eles autorizados a promover a arrecadação de recursos financeiros e a reali-
zar as despesas necessárias à campanha eleitoral.
Neste ponto da matéria, temos que ter uma atenção especial, haja vista que a Reforma
Eleitoral de 2017 estabeleceu a possibilidade de arrecadação prévia de recursos por parte
dos pré-candidatos. Assim, poderão os pré-candidatos, a partir de 15 de maio do ano eleito-
ral, arrecadar recursos por meio de instituições que promovam técnicas e serviços de finan-
ciamento coletivo por meio de sítios na internet, aplicativos eletrônicos e outros recursos
similares (são as populares vaquinhas on-line, em que os particulares podem doar recursos
para uma finalidade específica, que, no caso, é o financiamento de uma possível campanha
eleitoral).
Observe que a medida, ainda que possa parecer uma espécie de “doação fora de época”,
tem um claro objetivo: possibilitar que o candidato consiga mensurar a quantidade de recur-
sos que irá dispor para uma eventual candidatura. Caso, por exemplo, seja verificado que os
recursos arrecadados serão insuficientes para os gastos de campanha, poderá o pré-candi-
dato desistir da disputa, devolvendo os recursos para os respectivos doadores.

Ainda que haja a possibilidade de arrecadação prévia a partir de 15 de maio do ano eleitoral,
devemos memorizar que a liberação dos recursos apenas poderá ocorrer, por parte das enti-
dades arrecadadoras, com a comprovação do registro da candidatura. Além disso, eventuais
despesas de campanha apenas poderão ser realizadas no período definido pelo calendário
eleitoral.

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1.4. Doações de Recursos


Um dos momentos mais importantes do processo de financiamento de campanha é a
possibilidade de doação de recursos. Atualmente, os candidatos podem fazer uso, basica-
mente, de recursos oriundos das seguintes fontes:
a) recursos próprios;
b) doações de pessoas físicas;
c) recursos públicos;

 Obs.: Para fins de prova, toda e qualquer questão que afirme que poderão ser realizadas
doações de recursos por parte de pessoas jurídicas deve ser considerada errada.
Após o julgamento da ADI 4.650, o STF vedou expressamente a doação de recursos
financeiros, para fins de campanha eleitoral, por parte das pessoas jurídicas.

As pessoas físicas poderão fazer doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro, desde


que não excedam ao limite de 10% dos rendimentos brutos auferidos no ano anterior à eleição.
Os candidatos também poderão utilizar recursos próprios na campanha eleitoral. Ainda
assim, a utilização destes recursos estará limitada a 10% dos limites previstos para os gastos
de campanha no cargo em que concorrer.
Em ambas as situações, a doação de quantia acima dos limites fixados neste artigo sujei-
ta o infrator ao pagamento de multa no valor de até 100% da quantia em excesso.
No entanto, o limite estabelecido para as doações não se aplica às doações estimáveis
em dinheiro relativas à utilização de bens móveis ou imóveis de propriedade do doador ou

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à prestação de serviços próprios, desde que, para isso, o valor estimado não ultrapasse R$
40.000,00 por doador.

002. (NEMESIS/ADV/CM CONCHAL/CM CONCHAL/2020) Segundo a legislação eleitoral vi-


gente, o percentual que um candidato poderá usar de recursos próprios em campanha é de:
a) 30% do limite previsto para gastos de campanha no cargo em que concorrer.
b) 20% do limite previsto para gastos de campanha no cargo em que concorrer.
c) 10% do limite previsto para gastos de campanha no cargo em que concorrer.
d) 50% do total das doações de pessoas físicas e jurídicas que arrecadar.
e) 20% do total das doações de pessoas físicas e jurídicas que arrecadar.

Estabelece o §2º-A do artigo 23 que


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O candidato poderá usar recursos próprios em sua campanha até o total de 10% (dez por cento)
dos limites previstos para gastos de campanha no cargo em que concorrer.
Letra c.

As doações estimáveis em dinheiro a candidato específico, comitê ou partido deverão ser


feitas mediante recibo, assinado pelo doador. As exceções ficam por conta das seguintes
situações:
a) a cessão de bens móveis, limitada ao valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) por pes-
soa cedente;
b) doações estimáveis em dinheiro entre candidatos ou partidos, decorrentes do uso co-
mum tanto de sedes quanto de materiais de propaganda eleitoral, cujo gasto deverá ser regis-
trado na prestação de contas do responsável pelo pagamento da despesa.
c) a cessão de automóvel de propriedade do candidato, do cônjuge e de seus parentes até
o terceiro grau para seu uso pessoal durante a campanha.

Art. 23. Pessoas físicas poderão fazer doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro para cam-
panhas eleitorais, obedecido o disposto nesta Lei.
§ 1º As doações e contribuições de que trata este artigo ficam limitadas a 10% (dez por cento) dos
rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano anterior à eleição.
§ 2º As doações estimáveis em dinheiro a candidato específico, comitê ou partido deverão ser fei-
tas mediante recibo, assinado pelo doador, exceto na hipótese prevista no § 6º do art. 28.
§ 2º-A. O candidato poderá usar recursos próprios em sua campanha até o total de 10% (dez por
cento) dos limites previstos para gastos de campanha no cargo em que concorrer.
§ 3º A doação de quantia acima dos limites fixados neste artigo sujeita o infrator ao pagamento de
multa no valor de até 100% (cem por cento) da quantia em excesso.

As doações de recursos financeiros somente poderão ser efetuadas na conta bancária


aberta pelos partidos e candidatos. Além disso, as doações apenas poderão ser realizadas da
seguintes formas:
1) cheques cruzados e nominais ou transferência eletrônica de depósitos;
2) depósitos em espécie devidamente identificados até o limite legalmente estabelecido;
3) mecanismo disponível em sítio do candidato, partido ou coligação na internet, permi-
tindo inclusive o uso de cartão de crédito, e que deverá atender aos seguintes requisitos:
a) identificação do doador;
b) emissão obrigatória de recibo eleitoral para cada doação realizada.
4) instituições que promovam técnicas e serviços de financiamento coletivo por meio de
sítios na internet, aplicativos eletrônicos e outros recursos similares, que deverão atender
aos seguintes requisitos:
a) cadastro prévio na Justiça Eleitoral, que estabelecerá regulamentação para prestação
de contas, fiscalização instantânea das doações, contas intermediárias, se houver, e repasses
aos candidatos;

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b) identificação obrigatória, com o nome completo e o número de inscrição no Cadastro de


Pessoas Físicas (CPF) de cada um dos doadores e das quantias doadas;
c) disponibilização em sítio eletrônico de lista com identificação dos doadores e das res-
pectivas quantias doadas, a ser atualizada instantaneamente a cada nova doação;
d) emissão obrigatória de recibo para o doador, relativo a cada doação realizada, sob a
responsabilidade da entidade arrecadadora, com envio imediato para a Justiça Eleitoral e
para o candidato de todas as informações relativas à doação;
e) ampla ciência a candidatos e eleitores acerca das taxas administrativas a serem cobra-
das pela realização do serviço;
f) não incidência em quaisquer das hipóteses de vedação ao recebimento de recursos;
g) observância do calendário eleitoral, especialmente no que diz respeito ao início do pe-
ríodo de arrecadação financeira;
h) observância dos dispositivos relacionados com a propaganda na internet;
5) comercialização de bens e/ou serviços, ou promoção de eventos de arrecadação reali-
zados diretamente pelo candidato ou pelo partido político;
Sobre as formas de doação de recursos aqui elencadas, precisamos conhecer algumas pe-
culiaridades de cada caso:
a) na prestação de contas, é dispensada a apresentação de recibo eleitoral, e sua com-
provação deverá ser realizada por meio de documento bancário que identifique o CPF
dos doadores.
b) no caso de doações oriundas de mecanismo disponível em sítio do candidato, partido
ou coligação na internet, ou de instituições que promovam técnicas e serviços de financia-
mento coletivo por meio de sítios na internet, aplicativos eletrônicos e outros recursos simi-
lares, deverão as doações ser informadas à Justiça Eleitoral, pelos candidatos e partidos, em
até 72 horas de seu recebimento, prazo este que será contado a partir do momento em que
os recursos arrecadados forem depositados nas contas bancárias dos candidatos, partidos
ou coligações.
c) ainda no caso de doações oriundas de mecanismo disponível em sítio do candidato,
partido ou coligação na internet, ou de instituições que promovam técnicas e serviços de fi-
nanciamento coletivo por meio de sítios na internet, aplicativos eletrônicos e outros recursos
similares, eventuais fraudes ou erros cometidos pelo doador sem conhecimento dos candida-
tos, partidos ou coligações não ensejarão a responsabilidade destes nem a rejeição de suas
contas eleitorais.
d) ficam autorizadas a participar das transações relativas às doações oriundas de meca-
nismo disponível em sítio do candidato, partido ou coligação na internet, ou de instituições
que promovam técnicas e serviços de financiamento coletivo por meio de sítios na internet,
aplicativos eletrônicos e outros recursos similares, todas as instituições que atendam, nos
termos da lei e da regulamentação expedida pelo Banco Central, aos critérios para operar

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arranjos de pagamento. No entanto, as instituições financeiras e de pagamento não poderão


recusar a utilização de cartões de débito e de crédito como meio de doações eleitorais de
pessoas físicas.
e) ficam vedadas quaisquer doações em dinheiro, bem como de troféus, prêmios, ajudas
de qualquer espécie feitas por candidato, entre o registro e a eleição, a pessoas físicas ou
jurídicas.

Anteriormente, vimos que as despesas com honorários advocatícios e contábeis, quando


necessários para garantir o direito à ampla defesa dos partidos e candidatos, não estão
sujeitos aos limites de gastos eleitorais, estão lembrados?

Pois bem! Em sintonia com esta previsão, a norma em estudo determina que o pagamento
efetuado por pessoas físicas, candidatos ou partidos em decorrência de honorários de ser-
viços advocatícios e de contabilidade, relacionados à prestação de serviços em campanhas
eleitorais e em favor destas, bem como em processo judicial decorrente de defesa de inte-
resses de candidato ou partido político, não será considerado para a aferição do limite esta-
belecido para as doações de recursos, e não constitui doação de bens e serviços estimáveis
em dinheiro.

Ainda sobre as doações de recursos, o artigo 24-C estabelece algumas medidas a serem
adotadas pelo TSE e pela Receita Federal. Vejamos:

Art. 24-C. O limite de doação previsto no § 1º do art. 23 será apurado anualmente pelo Tribunal
Superior Eleitoral e pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.

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§ 1º O Tribunal Superior Eleitoral deverá consolidar as informações sobre as doações registradas
até 31 de dezembro do exercício financeiro a ser apurado, considerando:
I – as prestações de contas anuais dos partidos políticos, entregues à Justiça Eleitoral até 30 de
abril do ano subsequente ao da apuração, nos termos do art. 32 da Lei no 9.096, de 19 de setembro
de 1995;
II – as prestações de contas dos candidatos às eleições ordinárias ou suplementares que tenham
ocorrido no exercício financeiro a ser apurado.
§ 2º O Tribunal Superior Eleitoral, após a consolidação das informações sobre os valores doados
e apurados, encaminhá-las-á à Secretaria da Receita Federal do Brasil até 30 de maio do ano se-
guinte ao da apuração.
§ 3º A Secretaria da Receita Federal do Brasil fará o cruzamento dos valores doados com os ren-
dimentos da pessoa física e, apurando indício de excesso, comunicará o fato, até 30 de julho do
ano seguinte ao da apuração, ao Ministério Público Eleitoral, que poderá, até o final do exercício
financeiro, apresentar representação com vistas à aplicação da penalidade prevista no art. 23 e de
outras sanções que julgar cabíveis.

No artigo 24, encontramos a lista de entidades e pessoas que não poderão realizar doa-
ções, direta ou indiretamente, para os partidos e candidatos.

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Art. 24. É vedado, a partido e candidato, receber direta ou indiretamente doação em dinheiro ou
estimável em dinheiro, inclusive por meio de publicidade de qualquer espécie, procedente de:
I – entidade ou governo estrangeiro;
II – órgão da administração pública direta e indireta ou fundação mantida com recursos provenien-
tes do Poder Público;
III – concessionário ou permissionário de serviço público;
IV – entidade de direito privado que receba, na condição de beneficiária, contribuição compulsória
em virtude de disposição legal;
V – entidade de utilidade pública;
VI – entidade de classe ou sindical;
VII – pessoa jurídica sem fins lucrativos que receba recursos do exterior.
VIII – entidades beneficentes e religiosas;
IX – entidades esportivas;
X – organizações não-governamentais que recebam recursos públicos;
XI – organizações da sociedade civil de interesse público.

Na época da sua edição, o artigo em questão era bastante pertinente. Hoje em dia, após a
decisão do STF acerca da impossibilidade de recebimento de doações, pelos partidos políti-
cos, oriundas de pessoas jurídicas, a regra geral suplantou a literalidade da norma.
Ainda assim, ressalta-se que é perfeitamente possível a exigência de uma questão sobre
as entidades que não podem realizar doações às agremiações partidárias. E isso ocorre na
medida em que o artigo continua em vigor. O que ocorreu, apenas, foi a ampliação e generali-
zação das vedações com a decisão do STF.

DICA
O partido ou candidato que receber recursos provenientes de
fontes vedadas ou de origem não identificada deverá proce-
der à devolução dos valores recebidos ou, não sendo possível
a identificação da fonte, transferi-los para a conta única do
Tesouro Nacional.

Por fim, temos que conhecer a previsão do artigo 25, que apresenta as consequências
para o partido político que descumprir as normas referentes à arrecadação e aplicação de
recursos eleitorais.

Art. 25. O partido que descumprir as normas referentes à arrecadação e aplicação de recursos fixa-
das nesta Lei perderá o direito ao recebimento da quota do Fundo Partidário do ano seguinte, sem
prejuízo de responderem os candidatos beneficiados por abuso do poder econômico.
Parágrafo único. A sanção de suspensão do repasse de novas quotas do Fundo Partidário, por
desaprovação total ou parcial da prestação de contas do candidato, deverá ser aplicada de forma
proporcional e razoável, pelo período de 1 (um) mês a 12 (doze) meses, ou por meio do desconto,

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do valor a ser repassado, na importância apontada como irregular, não podendo ser aplicada a
sanção de suspensão, caso a prestação de contas não seja julgada, pelo juízo ou tribunal compe-
tente, após 5 (cinco) anos de sua apresentação.

Professor, o que é preciso saber sobre este artigo?

Vamos lá! De início, observa-se que a penalidade mencionada é direcionada especifica-


mente para os partidos políticos, e não, por exemplo, para os candidatos. Os candidatos ape-
nas respondem caso seja configurado, também, abuso do poder econômico.
Logo, a agremiação partidária que descumprir as normas relacionadas com a arrecada-
ção e aplicação de recursos perderá o direito ao recebimento da quota do Fundo Partidário do
ano seguinte.
E para evitar que a penalidade seja aplicada de forma desproporcional, o legislador, em
sintonia com o princípio da razoabilidade, estabeleceu que a sanção será imposta de forma
proporcional e razoável, pelo período de 1 mês a 12 meses, ou por meio do desconto, do valor
a ser repassado, na importância apontada como irregular.
Por fim, em consonância com o princípio da segurança jurídica, a sanção de suspensão
não poderá ser aplicada caso a prestação de contas não seja julgada, pelo juízo ou tribunal
competente, após 5 anos de sua apresentação.

003. (IBFC/AJ TRE PA/TRE PA/JUDICIÁRIA/”SEM ESPECIALIDADE”/2020) Sobre a arrecada-


ção e a aplicação de recursos nas campanhas eleitorais, considere a Lei n. 9.504/1997 e suas
alterações, e assinale a alternativa incorreta.
a) As despesas com consultoria, assessoria e pagamento de honorários realizadas em de-
corrência da prestação de serviços advocatícios e de contabilidade no curso das campa-
nhas eleitorais serão consideradas gastos eleitorais, mas serão excluídas do limite de gastos
de campanha
b) A sanção de suspensão do repasse de novas quotas do Fundo Partidário, por desaprova-
ção total ou parcial da prestação de contas do candidato, deverá ser aplicada de forma pro-
porcional e razoável, pelo período de 3 (três) a 12 (doze) meses, vedado o desconto do valor a
ser repassado na importância apontada como irregular
c) O candidato poderá usar recursos próprios em sua campanha até o total de 10% (dez por
cento) dos limites previstos para gastos de campanha no cargo em que concorrer. A doação
de quantia acima dos limites fixados sujeita o infrator ao pagamento de multa no valor de até
100% (cem por cento) da quantia em excesso
d) O pagamento efetuado por pessoas físicas, candidatos ou partidos em decorrência de ho-
norários de serviços advocatícios e de contabilidade, relacionados à prestação de serviços

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em campanhas eleitorais e em favor destas, bem como em processo judicial decorrente de


defesa de interesses de candidato ou partido político, não constitui doação de bens e serviços
estimáveis em dinheiro

Dentre as alternativas apresentadas, apenas a Letra B está incorreta. De acordo com o pará-
grafo único do artigo 25, temos a previsão de que

A sanção de suspensão do repasse de novas quotas do Fundo Partidário, por desaprovação total
ou parcial da prestação de contas do candidato, deverá ser aplicada de forma proporcional e razo-
ável, pelo período de 1 (um) mês a 12 (doze) meses, ou por meio do desconto, do valor a ser repas-
sado, na importância apontada como irregular, não podendo ser aplicada a sanção de suspensão,
caso a prestação de contas não seja julgada, pelo juízo ou tribunal competente, após 5 (cinco) anos
de sua apresentação.

Todas as demais alternativas estão de acordo com os dispositivos da Lei das Eleições.
Letra b.

1.5. Gastos Eleitorais


A Lei das Eleições apresenta uma lista taxativa de despesas que são consideradas gastos
eleitorais. Vejamos a lista em questão, já de acordo com as disposições da Lei 13.488/2017:

Art. 26. São considerados gastos eleitorais, sujeitos a registro e aos limites fixados nesta Lei:
I – confecção de material impresso de qualquer natureza e tamanho, observado o disposto no § 3º
do art. 38 desta Lei;
II – propaganda e publicidade direta ou indireta, por qualquer meio de divulgação, destinada a
conquistar votos;
III – aluguel de locais para a promoção de atos de campanha eleitoral;
IV – despesas com transporte ou deslocamento de candidato e de pessoal a serviço das candida-
turas, observadas as exceções previstas no § 3º deste artigo.
V – correspondência e despesas postais;
VI – despesas de instalação, organização e funcionamento de Comitês e serviços necessários às
eleições;
VII – remuneração ou gratificação de qualquer espécie a pessoal que preste serviços às candida-
turas ou aos comitês eleitorais;
VIII – montagem e operação de carros de som, de propaganda e assemelhados;
IX – a realização de comícios ou eventos destinados à promoção de candidatura;
X – produção de programas de rádio, televisão ou vídeo, inclusive os destinados à propaganda
gratuita;
XII – realização de pesquisas ou testes pré-eleitorais;

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XV – custos com a criação e inclusão de sítios na internet e com o impulsionamento de conteúdos
contratados diretamente com provedor da aplicação de internet com sede e foro no País; (Inclui-se
entre as formas de impulsionamento de conteúdo a priorização paga de conteúdos resultantes de
aplicações de busca na internet)

Ressalta-se que os gastos com alimentação do pessoal que presta serviços às candida-
turas ou aos comitês ficou estipulado em 10% do total gasto na campanha. Da mesma forma,
os gastos com aluguel de veículos automotores ficou estabelecido em 20% dos gastos totais.

A norma em estudo também apresenta uma lista de despesas que não são consideradas
gastos eleitorais e que não estão sujeitas à prestação de contas. É preciso memorizar esta
lista? Certamente que sim!
Logo, devemos saber que não são consideradas gastos eleitorais nem se sujeitam a pres-
tação de contas as seguintes despesas de natureza pessoal do candidato:
a) combustível e manutenção de veículo automotor usado pelo candidato na campanha;
b) remuneração, alimentação e hospedagem do condutor do veículo usado pelo candidato
na campanha;
c) alimentação e hospedagem própria;
d) uso de linhas telefônicas registradas em seu nome como pessoa física, até o limite de
três linhas;
Para o pagamento de todas as despesas eleitorais, poderão ser utilizados recursos de
campanha (que podem ser objeto de doação de pessoas físicas), recursos próprios do candi-
dato, recursos do Fundo Partidário e recursos do Fundo Especial de Financiamento de Cam-
panha, que será estudado em momento posterior.
O artigo 27 da Lei das Eleições estabelece uma importante previsão:

Art. 27. Qualquer eleitor poderá realizar gastos, em apoio a candidato de sua preferência, até a
quantia equivalente a um mil UFIR, não sujeitos a contabilização, desde que não reembolsados.
§ 1º Fica excluído do limite previsto no caput deste artigo o pagamento de honorários decorrentes
da prestação de serviços advocatícios e de contabilidade, relacionados às campanhas eleitorais e
em favor destas.
§ 2º Para fins do previsto no § 1º deste artigo, o pagamento efetuado por terceiro não compreende
doação eleitoral.

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Podemos afirmar que aqui estamos diante de uma exceção às regras gerais que per-
meiam o processo de arrecadação de recursos na campanha eleitoral. Logo, qualquer eleitor
poderá realizar gastos em apoio a candidato de sua preferência até o valor equivalente a 1
mil UFIR. Tais gastos não estão sujeitos à contabilização, desde que, para isso, não sejam
reembolsados.
E como anteriormente estudado, o limite (no caso, de 1 mil UFIR) não precisa ser obser-
vado quando estivermos diante do pagamento de honorários decorrentes da prestação de
serviços advocatícios e de contabilidade relacionados com as campanhas eleitorais e em
favor destas. Neste caso, o pagamento, ainda que efetuado por um terceiro, não compreende
doação eleitoral.

2. Fundo Especial de Financiamento de Campanha


Uma das novidades introduzidas pela Reforma Eleitoral de 2017 na Lei das Eleições é a
criação do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC).
Tal fundo, de acordo com a norma, será constituído por dotações orçamentárias da União
em ano eleitoral, nos termos do artigo 16-C:

Art. 16-C. O Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) é constituído por dotações
orçamentárias da União em ano eleitoral, em valor ao menos equivalente:
I – ao definido pelo Tribunal Superior Eleitoral, a cada eleição, com base nos parâmetros definidos
em lei;
II – ao percentual do montante total dos recursos da reserva específica a programações decorren-
tes de emendas de bancada estadual impositiva, que será encaminhado no projeto de lei orçamen-
tária anual.

No que se refere à operacionalização do fundo, temos a previsão de que o Tesouro Na-


cional depositará os recursos no Banco do Brasil, em conta especial à disposição do Tribunal
Superior Eleitoral, até o primeiro dia útil do mês de junho do ano do pleito.

DICA
Onde os recursos serão depositados? No Banco do Brasil, em
conta especial à disposição do TSE.
Quando os recursos serão depositados? Até o primeiro dia útil
do mês de junho do ano eleitoral.

Nos 15 dias subsequentes ao depósito, o Tribunal Superior Eleitoral divulgará o montante


de recursos disponíveis no Fundo Eleitoral. No entanto, estes recursos ficarão à disposição do
partido político somente após a definição de critérios para a sua distribuição, os quais, apro-

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vados pela maioria absoluta dos membros do órgão de direção executiva nacional do partido,
serão divulgados publicamente.
Como o próprio nome sugere, o fundo em questão é destinado à realização das campa-
nhas eleitorais por parte das agremiações partidárias. Neste sentido, temos que conhecer as
previsões relacionadas com a forma como os recursos serão distribuídos aos partidos:

Art. 16-D. Os recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), para o primeiro
turno das eleições, serão distribuídos entre os partidos políticos, obedecidos os seguintes critérios:
I – 2% (dois por cento), divididos igualitariamente entre todos os partidos com estatutos registra-
dos no Tribunal Superior Eleitoral;
II – 35% (trinta e cinco por cento), divididos entre os partidos que tenham pelo menos um represen-
tante na Câmara dos Deputados, na proporção do percentual de votos por eles obtidos na última
eleição geral para a Câmara dos Deputados;
III – 48% (quarenta e oito por cento), divididos entre os partidos, na proporção do número de repre-
sentantes na Câmara dos Deputados, consideradas as legendas dos titulares;
IV – 15% (quinze por cento), divididos entre os partidos, na proporção do número de representantes
no Senado Federal, consideradas as legendas dos titulares.
§ 2º Para que o candidato tenha acesso aos recursos do Fundo a que se refere este artigo, deverá
fazer requerimento por escrito ao órgão partidário respectivo.
§ 3º Para fins do disposto no inciso III do caput deste artigo, a distribuição dos recursos entre
os partidos terá por base o número de representantes eleitos para a Câmara dos Deputados na
última eleição geral, ressalvados os casos dos detentores de mandato que migraram em razão
de o partido pelo qual foram eleitos não ter cumprido os requisitos previstos no § 3º do art. 17 da
Constituição Federal.
§ 4º Para fins do disposto no inciso IV do caput deste artigo, a distribuição dos recursos entre os
partidos terá por base o número de representantes eleitos para o Senado Federal na última eleição
geral, bem como os Senadores filiados ao partido que, na data da última eleição geral, encontra-
vam-se no 1º (primeiro) quadriênio de seus mandatos.

No entanto, a utilização dos recursos decorrentes do FEFC, pelas agremiações partidárias,


não é obrigatória. Em sentido diverso, poderão os partidos renunciar ao respectivo fundo, de-
vendo, para tanto, comunicar a decisão ao TSE até o 1º dia útil do mês de junho. Em caso de
não utilização de recursos, estes não serão redistribuídos às demais agremiações partidárias.
De igual forma, os recursos do fundo que forem repassados e não forem utilizados nas
campanhas eleitorais deverão ser devolvidos, integralmente, no momento da apresentação
da prestação de contas, ao Tesouro Nacional.
Por fim, cabe ser mencionado que, regulamentando as disposições relacionadas com o
FEFC, a Resolução 23.575 do TSE estabelece que “Os partidos políticos devem destinar no
mínimo 30% (trinta por cento) do montante do Fundo Especial de Financiamento de Campanha
(FEFC) para aplicação nas campanhas de suas candidatas”.
Aqui, a ideia do legislador foi a de incentivar a utilização de recursos para as campanhas
eleitorais das candidaturas femininas, coibindo eventuais disparidades.

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3. Prestação de Contas
3.1. Disposições Gerais
Uma vez realizados os gastos de campanha, é hora ser realizada, pelos partidos e candi-
datos, a prestação de contas da campanha eleitoral. Tal prestação será realizada a depender
das eleições a que fizerem referência, ou seja, majoritária ou proporcional.

Art. 28. A prestação de contas será feita:


I – no caso dos candidatos às eleições majoritárias, na forma disciplinada pela Justiça Eleitoral;
II – no caso dos candidatos às eleições proporcionais, de acordo com os modelos constantes do
Anexo desta Lei.
§ 1º As prestações de contas dos candidatos às eleições majoritárias serão feitas pelo próprio
candidato, devendo ser acompanhadas dos extratos das contas bancárias referentes à movimen-
tação dos recursos financeiros usados na campanha e da relação dos cheques recebidos, com a
indicação dos respectivos números, valores e emitentes.
§ 2º As prestações de contas dos candidatos às eleições proporcionais serão feitas pelo próprio
candidato.
§ 3º As contribuições, doações e as receitas de que trata esta Lei serão convertidas em UFIR, pelo
valor desta no mês em que ocorrerem.

Como forma de possibilitar que a população e os demais interessados possam acompa-


nhar a evolução dos gastos de campanha, os partidos políticos, as coligações e os candida-
tos são obrigados, durante as campanhas eleitorais, a divulgar em site criado pela Justiça
Eleitoral para esse fim, com a indicação dos nomes, do CPF ou CNPJ dos doadores e dos
respectivos valores doados:
a) os recursos em dinheiro recebidos para financiamento de sua campanha eleitoral, em
até 72 horas de seu recebimento;
b) no dia 15 de setembro, relatório discriminando as transferências do Fundo Partidário, os
recursos em dinheiro e os estimáveis em dinheiro recebidos, bem como os gastos realizados.

 Obs.: Os gastos com passagens aéreas efetuados nas campanhas eleitorais serão compro-
vados mediante a apresentação de fatura ou duplicata emitida por agência de viagem,
quando for o caso, desde que informados os beneficiários, as datas e os itinerários.
Consequentemente, é vedada a exigência de apresentação de qualquer outro docu-
mento para esse fim.

3.2. Sistema Simplificado de Prestação de Contas


Uma das principais novidades introduzidas pela Reforma Eleitoral de 2015 foi a possibi-
lidade de utilização do sistema simplificado de prestação de contas. A ideia, como o próprio

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nome sugere, é que, em determinadas situações, o processo de prestação de contas seja mais
célere e eficiente, sem a necessidade de observar o rito tradicional da prestação de contas.
Inicialmente, vejamos os parágrafos relacionados com o mencionado sistema simplificado:

Art. 28, § 9º A Justiça Eleitoral adotará sistema simplificado de prestação de contas para can-
didatos que apresentarem movimentação financeira correspondente a, no máximo, R$ 20.000,00
(vinte mil reais), atualizados monetariamente, a cada eleição, pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor - INPC da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE ou por índice
que o substituir.
§ 10. O sistema simplificado referido no § 9º deverá conter, pelo menos:
I – identificação das doações recebidas, com os nomes, o CPF ou CNPJ dos doadores e os respec-
tivos valores recebidos;
II – identificação das despesas realizadas, com os nomes e o CPF ou CNPJ dos fornecedores de
material e dos prestadores dos serviços realizados;
III – registro das eventuais sobras ou dívidas de campanha.
§ 11. Nas eleições para Prefeito e Vereador de Municípios com menos de cinquenta mil eleitores,
a prestação de contas será feita sempre pelo sistema simplificado a que se referem os §§ 9º e 10.
§ 12. Os valores transferidos pelos partidos políticos oriundos de doações serão registrados na
prestação de contas dos candidatos como transferência dos partidos e, na prestação de contas
anual dos partidos, como transferência aos candidatos.

Observa-se, desta forma, que duas são as situações em que o procedimento simplificado
será realizado, a saber:
a) na prestação de contas de candidatos que apresentarem movimentação financeira cor-
respondente a, no máximo, R$ 20.000,00.
b) nas eleições para Prefeito e Vereador de Municípios com menos de 50 mil eleitores.
Ainda que o sistema de prestação de contas seja, nestas hipóteses, simplificado, deverá
ele conter, obrigatoriamente, as seguintes informações:
a) identificação das doações recebidas, com os nomes, o CPF ou CNPJ dos doadores e os
respectivos valores recebidos;
b) identificação das despesas realizadas, com os nomes e o CPF ou CNPJ dos fornecedores
de material e dos prestadores dos serviços realizados;
c) registro das eventuais sobras ou dívidas de campanha.

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004. (CESPE/DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL/2017) Julgue o seguinte item, acerca das regras
relativas ao processo eleitoral previstas na legislação competente.
Para a realização da prestação de contas pelo sistema simplificado, a legislação considera o
critério do montante de recursos financeiros utilizados na campanha e, no caso das eleições
para prefeitos e vereadores, a quantidade de eleitores do município.

A regra, com relação à prestação de contas, é que o processo siga o rito previsto nos artigos
da Lei 9.504. A norma, no entanto, apresenta a possibilidade de utilização do sistema simpli-
ficado de prestação de contas, que levará em consideração dois diferentes critérios: montante
de recursos financeiros utilizados na campanha e a quantidade de eleitores do município.
Para isso, vejamos as regras do artigo 28 da Lei das Eleições:

Art. 28, § 9º A Justiça Eleitoral adotará sistema simplificado de prestação de contas para candida-
tos que apresentarem movimentação financeira correspondente a, no máximo, R$ 20.000,00 (vinte
mil reais), atualizados monetariamente, a cada eleição, pelo Índice Nacional de Preços ao Consu-
midor - INPC da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE ou por índice que o
substituir. (Montante de recursos utilizados na campanha)

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§ 11. Nas eleições para Prefeito e Vereador de Municípios com menos de cinquenta mil eleitores,
a prestação de contas será feita sempre pelo sistema simplificado a que se referem os §§ 9º e 10.
(Quantidade de eleitores no município).
Certo.

3.3. Procedimento na Prestação de Contas


O procedimento de prestação de contas compreende medidas a serem adotadas pelos
comitês partidários, pelos candidatos, pelos partidos políticos e, por fim, pela Justiça Eleitoral.
Para facilitar a compreensão, relaciono a seguir o fluxo a ser observado no momento da
prestação de contas:
1º) Inicialmente, compete ao comitê partidário, após receber as prestações de contas e de-
mais informações dos candidatos às eleições majoritárias e dos candidatos às eleições pro-
porcionais que optarem por prestar contas por seu intermédio, adotar as seguintes medidas:
a) resumir as informações contidas na prestação de contas, de forma a apresentar de-
monstrativo consolidado das campanhas;
b) caso não haja segundo turno, encaminhar à Justiça Eleitoral, até o 30º dia posterior
à realização das eleições, o conjunto das prestações de contas dos candidatos e do pró-
prio comitê.
c) havendo segundo turno, encaminhar a prestação de contas, referente aos 2 turnos, até
o 20º dia posterior à sua realização.

2º) A inobservância do prazo para encaminhamento das prestações de contas impede a


diplomação dos eleitos, enquanto perdurar.
3º) Eventuais débitos de campanha não quitados até a data de apresentação da prestação
de contas poderão ser assumidos pelo partido político, por decisão do seu órgão nacional de
direção partidária. Neste caso, o órgão partidário da respectiva circunscrição eleitoral pas-
sará a responder por todas as dívidas solidariamente com o candidato, hipótese em que a
existência do débito não poderá ser considerada como causa para a rejeição das contas.

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4º) Após receber a prestação de contas, a Justiça Eleitoral verificará a regularidade das
contas de campanha, decidindo:
a) pela aprovação, quando estiverem regulares;
b) pela aprovação com ressalvas, quando verificadas falhas que não lhes comprometam
a regularidade;
c) pela desaprovação, quando verificadas falhas que lhes comprometam a regularidade;
d) pela não prestação, quando não apresentadas as contas após a notificação emitida
pela Justiça Eleitoral, na qual constará a obrigação expressa de prestar as suas contas, no
prazo de 72 horas.

Decisão da Justiça Eleitoral Situação Ensejadora


Aprovação Quando as contas estiverem regulares
Quando forem verificadas falhas que não
Aprovação com Ressalvas
comprometam a regularidade
Quando forem verificadas falhas que
Desaprovação
comprometam a regularidade
Quando não apresentadas após a notificação
emitida pela Justiça Eleitoral, na qual constará a
Não Apresentação
obrigação expressa de prestar as contas no prazo
de 72 horas

5º) Dada a importância do assunto, a decisão que julgar as contas dos candidatos eleitos
será publicada em sessão até 3 dias antes da diplomação.
6º) Em caso de erros formais e materiais na apresentação das contas, caso eles sejam
corrigidos ou não comprometam o resultado, não haverá motivo, por si só, para a rejeição
das contas.
7º) Para efetuar os exames necessários, a Justiça Eleitoral poderá requisitar técnicos do
Tribunal de Contas da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, pelo tempo
que for necessário. De igual forma, havendo indício de irregularidade na prestação de contas,
a Justiça Eleitoral poderá requisitar do candidato as informações adicionais necessárias, bem
como determinar diligências para a complementação dos dados ou o saneamento das falhas.
8º) Assim como ocorre com praticamente todas as etapas do processo eleitoral, a decisão
da Justiça Eleitoral acerca da prestação de contas poderá ser objeto de recurso, no prazo de
3 dias, ao TRE. Posteriormente, em caso de necessidade, poderá ser interposto recurso espe-
cial para o TSE no mesmo prazo de 3 dias.
Importante destacar que, na visão do TSE, os processos de prestação de contas de cam-
panha têm, atualmente, natureza judicial.

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JURISPRUDÊNCIA
Após a edição da Lei n. 12.034/2009, os processos de prestação de contas de campanha
têm natureza judicial, com possibilidade de interposição de recursos, conforme o dis-
posto nos §§ 5º, 6º e 7º do art. 30 da Lei das Eleições, o que implica a necessidade de
estrita observância das disposições previstas na legislação eleitoral, não havendo pos-
sibilidade de mitigação da coisa julgada com base nos princípios da proporcionalidade
e da razoabilidade. (AC 83414, TSE)

3.4. Representação por Captação e Gastos Ilícitos de Recursos


A representação contra candidato por captação ou gastos ilícitos de recursos encontra
previsão no artigo 30-A da Lei das Eleições, de seguinte redação:

Art. 30-A. Qualquer partido político ou coligação poderá representar à Justiça Eleitoral, no prazo de
15 (quinze) dias da diplomação, relatando fatos e indicando provas, e pedir a abertura de investiga-
ção judicial para apurar condutas em desacordo com as normas desta Lei, relativas à arrecadação
e gastos de recursos.
§ 1º Na apuração de que trata este artigo, aplicar-se-á o procedimento previsto no art. 22 da Lei
Complementar no 64, de 18 de maio de 1990, no que couber.
§ 2º Comprovados captação ou gastos ilícitos de recursos, para fins eleitorais, será negado diplo-
ma ao candidato, ou cassado, se já houver sido outorgado.
§ 3º O prazo de recurso contra decisões proferidas em representações propostas com base neste
artigo será de 3 (três) dias, a contar da data da publicação do julgamento no Diário Oficial.

A legitimidade para a mencionada ação judicial é de qualquer partido político ou candi-


dato, sendo que o prazo para adoção da medida é de 15 dais após a diplomação dos eleitos.
A competência para julgamento depende da esfera da eleição que está sendo objeto de
representação. No caso de eleições municipais, quem julga é o Juiz Eleitoral. Nas eleições
estaduais e gerais, a competência é do TRE. Por fim, nas eleições presidenciais, o julgamento
será realizado pelo TSE.
Uma vez proposta, a representação seguirá o mesmo rito processual observado para a
AIJE (Ação de Investigação Judicial Eleitoral). Neste ponto da matéria, não há necessidade
de compreendermos a forma como ocorrerá esta ação e específico. Basta que saibamos que,
após o julgamento, o prazo para recurso será de 3 dias, a contar da data da publicação do
julgamento no Diário Oficial.

3.5. Sobras de Recursos de Campanha


Caso, ao término da campanha eleitoral, ocorrer a sobra de recursos financeiros, deverá
esta ser declarada na prestação de contas e, após julgados todos os recursos, transferida ao
partido, de acordo com os seguintes critérios:

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a) no caso de candidato a Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador, esses recursos deverão ser


transferidos para o órgão diretivo municipal do partido na cidade onde ocorreu a eleição, o
qual será responsável exclusivo pela identificação desses recursos, sua utilização, contabili-
zação e respectiva prestação de contas perante o juízo eleitoral correspondente;
b) no caso de candidato a Governador, Vice-Governador, Senador, Deputado Federal e De-
putado Estadual ou Distrital, esses recursos deverão ser transferidos para o órgão diretivo
regional do partido no Estado onde ocorreu a eleição ou no Distrito Federal, se for o caso, o
qual será responsável exclusivo pela identificação desses recursos, sua utilização, contabili-
zação e respectiva prestação de contas perante o Tribunal Regional Eleitoral correspondente;
c) no caso de candidato a Presidente e Vice-Presidente da República, esses recursos de-
verão ser transferidos para o órgão diretivo nacional do partido, o qual será responsável ex-
clusivo pela identificação desses recursos, sua utilização, contabilização e respectiva presta-
ção de contas perante o Tribunal Superior Eleitoral;
d) o órgão diretivo nacional do partido não poderá ser responsabilizado nem penalizado
pelo descumprimento das regras relacionadas com as sobras eleitorais, quando estas forem
cometidas por parte dos órgãos diretivos municipais e regionais.
e) após as transferências devidas, as sobras de recursos financeiros de campanha serão
utilizadas pelos partidos políticos, devendo tais valores ser declarados em suas prestações
de contas perante a Justiça Eleitoral, com a identificação dos candidatos.
Finalizando as disposições acerca da prestação de contas, a Lei das Eleições determina
que toda a documentação relativa às contas de campanha deverá, como regra geral, ser con-
servada pelos partidos pelo prazo de 180 dias.
A ressalva fica por conta das situações em que os processos estiverem pendente de jul-
gamento, quando a documentação deverá ser conservada até a respectiva decisão final.

Art. 32. Até cento e oitenta dias após a diplomação, os candidatos ou partidos conservarão a do-
cumentação concernente a suas contas.
Parágrafo único. Estando pendente de julgamento qualquer processo judicial relativo às contas, a
documentação a elas concernente deverá ser conservada até a decisão final.

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RESUMO
É por meio da arrecadação dos recursos que as agremiações partidárias conseguem rea-
lizar a campanha eleitoral e angariar votos dos eleitores que se identificam com a ideologia e
propostas defendidas pelos respectivos candidatos.
O atual modelo de financiamento de campanha adotado em nosso ordenamento jurídico
é o misto, sendo que os partidos e candidatos podem fazer uso tanto de recursos públicos
quanto de recursos privados.
Atualmente, apenas as pessoas físicas podem, desde que observados os limites legais,
realizar doações para a campanha eleitoral. Consequentemente, é expressamente vedada
qualquer tipo de doação oriunda de pessoa jurídica.

A campanha eleitoral pode ser dividida, com relação aos recursos, em três grande etapas,
sendo elas a arrecadação (momento em que os partidos e candidatos obtêm recursos), os
gastos (quando as despesas são realizadas) e a prestação de contas (quando as contas são
apresentadas à Justiça Eleitoral para fins de verificação da legalidade das medidas).

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Os limites de gastos de campanha serão definidos em lei e divulgados pelo Tribunal Su-
perior Eleitoral.
Todas as despesas efetuadas pelos candidatos e pelos partidos, desde que possam ser
individualizadas, serão contabilizadas nos limites de gastos a serem observados. Em caráter
de exceção, os gastos advocatícios e de contabilidade referentes a consultoria, assessoria e
honorários, relacionados à prestação de serviços em campanhas eleitorais e em favor destas,
bem como em processo judicial decorrente de defesa de interesses de candidato ou partido
político, não estão sujeitos a limites de gastos ou a limites quando esta medida possa impli-
car na imposição de dificuldades ao exercício da ampla defesa.
O descumprimento dos limites de gastos fixados para cada campanha acarretará o paga-
mento de multa em valor equivalente a 100% da quantia que ultrapassar o limite estabelecido,
sem prejuízo da apuração da ocorrência de abuso do poder econômico.
A administração da campanha eleitoral é medida que deverá ser realizada diretamente
pelo candidato ou, alternativamente, por pessoa por ele designada.
Entretanto, ainda que haja a designação de um representante para a administração da
campanha, será o candidato, ainda assim, solidariamente responsável pela veracidade das
informações financeiras e contábeis de sua campanha. A medida tem por objetivo evitar
que os candidatos se eximam da responsabilidade ante a designação de um representante
de campanha.

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Basicamente, duas são as obrigações impostas pela lei aos partidos e candidatos no cur-
so do processo da campanha eleitoral:
a) a abertura de conta bancária;
b) a inscrição no CNPJ;

 Obs.: Medidas que devem ser adotada pelos bancos com relação às contas destinadas à
campanha eleitoras:
 a) acatar o pedido de abertura dos candidatos escolhidos em convenção no prazo de
3 dias;
 b) não condicionar a abertura da conta a qualquer tipo de depósito mínimo ou à
cobrança de taxas ou despesas de manutenção;
 c) identificar nos respectivos extratos o CPF ou CNPJ do doador de recursos para a
campanha;
 d) encerrar a conta bancária ao final do ano eleitoral e transferir todo o saldo eventu-
almente existente para a conta do órgão de direção partidário indicado pelo partido.

Com relação à abertura de contas, devemos memorizar que esta medida, em caráter de
exceção, não é exigida nos casos de candidatura para Prefeito e Vereador em Municípios
onde não haja agência bancária ou posto de atendimento bancário.
O fornecimento do número do CNPJ de cada candidato é medida que deve ser realizada
pela Justiça Eleitoral no prazo de até 3 dias úteis após o recebimento do pedido de registro
de candidatura.

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Após a abertura de conta bancária, e estando os candidatos regularmente inscritos no


CNPJ, estarão eles autorizados a promover a arrecadação de recursos financeiros e a realizar
as despesas necessárias à campanha eleitoral.
Poderão os pré-candidatos, a partir de 15 de maio do ano eleitoral, arrecadar recursos por
meio de instituições que promovam técnicas e serviços de financiamento coletivo por meio
de sítios na internet, aplicativos eletrônicos e outros recursos similares (são as populares va-
quinhas on-line, em que os particulares podem doar recursos para uma finalidade específica,
que, no caso, é o financiamento de uma possível campanha eleitoral).
Ainda que haja a possibilidade de arrecadação prévia a partir de 15 de maio do ano elei-
toral, devemos memorizar que a liberação dos recursos apenas poderá ocorrer, por parte das
entidades arrecadadoras, com a comprovação do registro da candidatura. Além disso, even-
tuais despesas de campanha apenas poderão ser realizadas no período definido pelo calen-
dário eleitoral.

Atualmente, os candidatos podem fazer uso, basicamente, de recursos oriundos das se-
guintes fontes:
a) recursos próprios;
b) doações de pessoas físicas;
c) recursos públicos;

 Obs.: Para fins de prova, toda e qualquer questão que afirme que poderão ser realizadas
doações de recursos por parte de pessoas jurídicas deve ser considerada errada

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As pessoas físicas poderão fazer doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro, desde


que não excedam ao limite de 10% dos rendimentos brutos auferidos no ano anterior à eleição.
Os candidatos também poderão utilizar recursos próprios na campanha eleitoral. Ainda
assim, a utilização destes recursos estará limitada a 10% dos limites previstos para os gastos
de campanha no cargo em que concorrer.
Em ambas as situações, a doação de quantia acima dos limites fixados neste artigo sujei-
ta o infrator ao pagamento de multa no valor de até 100% da quantia em excesso.
No entanto, o limite estabelecido para as doações não se aplica às doações estimáveis
em dinheiro relativas à utilização de bens móveis ou imóveis de propriedade do doador ou
à prestação de serviços próprios, desde que, para isso, o valor estimado não ultrapasse R$
40.000,00 por doador.

O pagamento efetuado por pessoas físicas, candidatos ou partidos em decorrência de


honorários de serviços advocatícios e de contabilidade, relacionados à prestação de serviços
em campanhas eleitorais e em favor destas, bem como em processo judicial decorrente de
defesa de interesses de candidato ou partido político, não será considerado para a aferição do

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limite estabelecido para as doações de recursos, e não constitui doação de bens e serviços
estimáveis em dinheiro.

O partido ou candidato que receber recursos provenientes de fontes vedadas ou de origem


não identificada deverá proceder à devolução dos valores recebidos ou, não sendo possível a
identificação da fonte, transferi-los para a conta única do Tesouro Nacional.
Os gastos com alimentação do pessoal que presta serviços às candidaturas ou aos co-
mitês ficou estipulado em 10% do total gasto na campanha. Da mesma forma, os gastos com
aluguel de veículos automotores ficou estabelecido em 20% dos gastos totais.

Como forma de possibilitar que a população e os demais interessados possam acompa-


nhar a evolução dos gastos de campanha, os partidos políticos, as coligações e os candida-
tos são obrigados, durante as campanhas eleitorais, a divulgar em site criado pela Justiça
Eleitoral para esse fim, com a indicação dos nomes, do CPF ou CNPJ dos doadores e dos
respectivos valores doados:

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a) os recursos em dinheiro recebidos para financiamento de sua campanha eleitoral, em


até 72 horas de seu recebimento;
b) no dia 15 de setembro, relatório discriminando as transferências do Fundo Partidário, os
recursos em dinheiro e os estimáveis em dinheiro recebidos, bem como os gastos realizados.
Duas são as situações em que o procedimento simplificado de apresentação de contas
será realizado, a saber:
a) na prestação de contas de candidatos que apresentarem movimentação financeira cor-
respondente a, no máximo, R$ 20.000,00.
b) nas eleições para Prefeito e Vereador de Municípios com menos de 50 mil eleitores.
Ainda que o sistema de prestação de contas seja, nestas hipóteses, simplificado, deverá
ele conter, obrigatoriamente, as seguintes informações:
a) identificação das doações recebidas, com os nomes, o CPF ou CNPJ dos doadores e os
respectivos valores recebidos;
b) identificação das despesas realizadas, com os nomes e o CPF ou CNPJ dos fornecedores
de material e dos prestadores dos serviços realizados;
c) registro das eventuais sobras ou dívidas de campanha.

Compete ao comitê partidário, após receber as prestações de contas e demais informa-


ções dos candidatos às eleições majoritárias e dos candidatos às eleições proporcionais que
optarem por prestar contas por seu intermédio, adotar as seguintes medidas:

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a) resumir as informações contidas na prestação de contas, de forma a apresentar de-


monstrativo consolidado das campanhas;
b) caso não haja segundo turno, encaminhar à Justiça Eleitoral, até o 30º dia posterior
à realização das eleições, o conjunto das prestações de contas dos candidatos e do pró-
prio comitê.
c) havendo segundo turno, encaminhar a prestação de contas, referente aos 2 turnos, até
o 20º dia posterior à sua realização.

A inobservância do prazo para encaminhamento das prestações de contas impede a di-


plomação dos eleitos, enquanto perdurar. Após receber a prestação de contas, a Justiça Elei-
toral verificará a regularidade das contas de campanha, decidindo:
a) pela aprovação, quando estiverem regulares;
b) pela aprovação com ressalvas, quando verificadas falhas que não lhes comprometam
a regularidade;
c) pela desaprovação, quando verificadas falhas que lhes comprometam a regularidade;
d) pela não prestação, quando não apresentadas as contas após a notificação emitida
pela Justiça Eleitoral, na qual constará a obrigação expressa de prestar as suas contas, no
prazo de 72 horas.

Decisão da Justiça Eleitoral Situação Ensejadora


Aprovação Quando as contas estiverem regulares
Quando forem verificadas falhas que não
Aprovação com Ressalvas
comprometam a regularidade
Quando forem verificadas falhas que comprometam a
Desaprovação
regularidade
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expressa de prestar as contas no prazo de 72 horas

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Caso, ao término da campanha eleitoral, ocorrer a sobra de recursos financeiros, deverá


esta ser declarada na prestação de contas e, após julgados todos os recursos, transferida ao
partido, de acordo com os seguintes critérios:
a) no caso de candidato a Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador, esses recursos deverão ser
transferidos para o órgão diretivo municipal do partido na cidade onde ocorreu a eleição, o
qual será responsável exclusivo pela identificação desses recursos, sua utilização, contabili-
zação e respectiva prestação de contas perante o juízo eleitoral correspondente;
b) no caso de candidato a Governador, Vice-Governador, Senador, Deputado Federal e De-
putado Estadual ou Distrital, esses recursos deverão ser transferidos para o órgão diretivo
regional do partido no Estado onde ocorreu a eleição ou no Distrito Federal, se for o caso, o
qual será responsável exclusivo pela identificação desses recursos, sua utilização, contabili-
zação e respectiva prestação de contas perante o Tribunal Regional Eleitoral correspondente;
c) no caso de candidato a Presidente e Vice-Presidente da República, esses recursos de-
verão ser transferidos para o órgão diretivo nacional do partido, o qual será responsável ex-
clusivo pela identificação desses recursos, sua utilização, contabilização e respectiva presta-
ção de contas perante o Tribunal Superior Eleitoral;
d) o órgão diretivo nacional do partido não poderá ser responsabilizado nem penalizado
pelo descumprimento das regras relacionadas com as sobras eleitorais, quando estas forem
cometidas por parte dos órgãos diretivos municipais e regionais.
e) após as transferências devidas, as sobras de recursos financeiros de campanha serão
utilizadas pelos partidos políticos, devendo tais valores ser declarados em suas prestações
de contas perante a Justiça Eleitoral, com a identificação dos candidatos.
A documentação relativa às contas de campanha deverá, como regra geral, ser conserva-
da pelos partidos pelo prazo de 180 dias. A ressalva fica por conta das situações em que os
processos estiverem pendente de julgamento, quando a documentação deverá ser conserva-
da até a respectiva decisão final.

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (VUNESP/PROM JUS/MPE RJ/MPE RJ/2022) Considere que José é candidato a gover-
nador e, durante a campanha eleitoral, teve gastos com correspondência e despesas postais,
realização de pesquisa, aluguel de veículos automotores, alimentação do pessoal que presta
serviço ao seu comitê eleitoral, combustível do carro usado por ele na campanha e alimenta-
ção e hospedagem própria em diversas cidades do estado. Com base na situação hipotética
e no disposto na legislação correlata, é correto afirmar que a(s) despesa(s) com
a) aluguel de veículos automotores não poderá ultrapassar 10% (dez por cento) do total do
gasto da campanha de José.
b) a realização de pesquisa eleitoral não são consideradas gastos eleitorais, mas, assim como
todas as despesas relacionadas com a campanha eleitoral, devem ser informadas na presta-
ção de contas feita pelo próprio candidato.
c) a realização de pesquisa e alimentação do pessoal que presta serviço ao comitê eleitoral
não poderá ultrapassar 05% (cinco por cento) do total do gasto da campanha eleitoral.
d) combustível do carro usado por José na campanha, assim como a sua alimentação e hos-
pedagem, não são consideradas gastos eleitorais nem se sujeitam a prestação de contas.
e) correspondência e despesas postais não são consideradas gastos eleitorais, mas devem
ser informadas na prestação de contas.

002. (CEBRASPE/CESPE/PJ/MPE AP/2021) A respeito da prestação de contas simplificada à


justiça eleitoral, assinale a opção correta.
a) Esse tipo de prestação de contas poderá ser adotado nas eleições para prefeito e vereado-
res em municípios com até duzentos mil eleitores.
b) Os candidatos são dispensados de apresentar os comprovantes de recursos utilizados que
tenham sido provenientes do fundo partidário.
c) Havendo irregularidades sanáveis detectadas pelo órgão técnico, o prestador de con-
tas será intimado a se manifestar no prazo de trinta dias, sendo vedada a juntada de novos
documentos.
d) As contas poderão ser julgadas regulares, sem a realização de diligências, independente-
mente de parecer favorável do Ministério Público Eleitoral (MPE).
e) Os candidatos não eleitos às prefeituras municipais com gastos de até vinte mil reais — va-
lor que pode ser atualizado monetariamente a cada eleição — poderão submeter-se ao exame
simplificado.

003. (IBFC/AJ TRE PA/TRE PA/JUDICIÁRIA/”SEM ESPECIALIDADE”/2020) Com relação à


prestação de contas de campanhas eleitorais, considere a Lei n. 9.504/1997 e suas altera-
ções, e analise as afirmativas abaixo:

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I – Os valores transferidos pelos partidos políticos oriundos de doações serão registrados


na prestação de contas dos candidatos como transferência dos partidos e, na prestação de
contas anual dos partidos, como transferência aos candidatos.
II – Ficam dispensadas de comprovação na prestação de contas a cessão de automóvel de
propriedade do candidato, do cônjuge e de seus parentes até o quarto grau para seu uso pes-
soal durante a campanha.
III – Até doze meses após a diplomação, os candidatos ou partidos conservarão a docu-
mentação concernente a suas contas. Estando pendente de julgamento qualquer processo
judicial relativo às contas, a documentação a elas concernente deverá ser conservada até o
término do mandato eletivo.
IV – Os gastos com passagens aéreas efetuados nas campanhas eleitorais serão comprova-
dos mediante a apresentação de fatura ou duplicata emitida por agência de viagem, quando
for o caso, desde que informados os beneficiários, as datas e os itinerários, vedada a exigên-
cia de apresentação de qualquer outro documento para esse fim.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas
b) Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas
c) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas
d) Apenas a afirmativa I está correta

004. (INSTITUTO CONSULPLAN/ADV MD/CM ARCOS/2020) Nas eleições de 2016, FULANO


DE TAL foi candidato a vereador no Município de Capelinha/MG. Apresentadas as suas contas
de campanha, foram desacompanhadas de documentos que permitissem a análise dos re-
cursos arrecadados e dos gastos de campanha, sendo julgadas como não prestadas. Agora,
nas eleições de 2020, FULANO DE TAL requer seu registro como candidato a vereador. Mar-
que, a seguir, a alternativa que contenha a situação jurídica de FULANO.
a) A falta de prestação de contas de campanha não tem qualquer consequência jurídica no
âmbito eleitoral.
b) Apenas se as contas de campanha tivessem sido rejeitadas é que FULANO DE TAL estaria
sem quitação eleitoral.
c) A não apresentação de contas impede a obtenção da quitação eleitoral, impedindo a can-
didatura de FULANO DE TAL.
d) Tanto reprovação das contas quanto a não apresentação das contas de campanha impe-
dem a obtenção da quitação eleitoral.

005. (FCC/JE TJMS/TJ MS/2020) Ao disciplinar a arrecadação e a aplicação de recursos nas


campanhas eleitorais, a Lei n. 9.504, de 30 de setembro de 1997, estabelece que

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a) as despesas de natureza pessoal do candidato com combustível e manutenção de veículo


automotor por ele usado na campanha são consideradas gastos eleitorais, sujeitando-se à
prestação de contas.
b) as despesas relativas à realização de pesquisas ou testes pré-eleitorais não são conside-
radas gastos eleitorais, não se lhes aplicando o dever de registro, nem os limites fixados na lei.
c) o descumprimento dos limites de gastos fixados para cada campanha acarretará o paga-
mento de multa em valor equivalente a 100% (cem por cento) da quantia que ultrapassar o
limite estabelecido, sem prejuízo da apuração da ocorrência de abuso do poder econômico.
d) é facultativo para o partido e para os candidatos abrir conta bancária específica para regis-
trar o movimento financeiro da campanha.
e) é vedado ao candidato utilizar recursos próprios em sua campanha.

006. (FUNDATEC/PROC/ALERS/2018) Em relação ao fundo Partidário, as doações de recur-


sos financeiros somente poderão ser efetuadas na conta do partido político por meio de:
I – Cheques cruzados e nominais ou transferência eletrônica de depósitos.
II – Depósitos em espécie devidamente identificados.
III – Mecanismo disponível em sítio do partido na internet que permita inclusive o uso de car-
tão de crédito ou de débito e que atenda aos seguintes requisitos: identificação do doador e
emissão obrigatória de recibo eleitoral para cada doação realizada.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

007. (FCC/ASSISTENTE JURÍDICO/ALMS/2016) Os limites de gastos de campanha, em cada


eleição, são os
a) definidos pelo Tribunal Superior Eleitoral, com base nos parâmetros definidos em lei.
b) fixados por cada partido político, comunicando à Justiça Eleitoral que dará a essas infor-
mações ampla publicidade.
c) definidos pelo Tribunal Regional Eleitoral respectivo, comunicando à Justiça Eleitoral que
dará a essas informações ampla publicidade.
d) definidos por cada candidato, em cada eleição, que deverá declará-los e informá-los à Jus-
tiça Eleitoral.
e) fixados pelo juiz eleitoral de cada Zona Eleitoral que deverá declará-los e informá-los à
Justiça Eleitoral.

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008. (FCC/TJ TRE TO/TRE TO/ADMINISTRATIVA/2011) Os partidos políticos poderão receber


doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro, até dez por cento dos rendimentos brutos
auferidos no ano anterior à eleição, de
a) pessoas físicas.
b) entidades esportivas.
c) entidades beneficentes.
d) entidades religiosas.
e) entidades de classe ou sindical.

009. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE SP/2017/”SEM ESPECIALIDADE”/ADMINISTRATIVA)


Sebastião, eleitor, e a entidade esportiva J desejam fazer doação em dinheiro para utilização
nas campanhas eleitorais para o partido político K. Obedecido o disposto em lei, Sebastião
a) e a entidade esportiva J poderão fazer a doação, desde que limitada a 10% dos rendimentos
brutos auferidos por cada um deles no ano anterior à eleição.
b) e a entidade esportiva J não poderão fazer doação de qualquer quantia em dinheiro ou es-
timável em dinheiro.
c) poderá fazer a doação, desde que limitada a 10% dos rendimentos brutos auferidos por ele
no ano anterior à eleição, sendo vedada a doação pela entidade esportiva J.
d) poderá fazer a doação de qualquer quantia, sem limitação, sendo vedada a doação pela
entidade esportiva J.
e) poderá fazer a doação, desde que limitada a 20% dos rendimentos brutos auferidos por ele
no ano anterior à eleição, sendo vedada a doação pela entidade esportiva J.

010. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE PR/2017/ADMINISTRATIVA) Considere:


Ciro, brasileiro, maior, casado, cometeu fraude, sem o conhecimento do partido político, da
coligação ou do candidato, ao fazer doação de determinada quantia em dinheiro, por meio da
internet, para a campanha eleitoral do candidato X.
A XWY é empresa jurídica sem fins lucrativos que recebe recursos do exterior e deseja fazer,
indiretamente, doação estimável em dinheiro ao partido político Z.
De acordo com Lei n. 9.504/1997, a fraude cometida por Ciro
a) não ensejará a responsabilidade do candidato, partido político ou coligação nem a rejeição
de suas contas; e é vedada a doação que a empresa XWY deseja fazer.
b) ensejará a responsabilidade do candidato, partido político ou coligação, bem como a rejei-
ção de suas contas, pois foram beneficiários da doação realizada; e é vedada a doação que a
empresa XWY deseja fazer.
c) não ensejará a responsabilidade do candidato, partido político ou coligação nem a rejeição
de suas contas; e é permitida a doação que a empresa XWY deseja fazer, desde que limitada
a 10% dos rendimentos brutos auferidos por ela no ano anterior à eleição.

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d) ensejará a responsabilidade do candidato, partido político ou coligação, bem como a rejei-


ção de suas contas, pois foram beneficiários da doação realizada; e é permitida a doação que
a empresa XWY deseja fazer, desde que limitada a 10% dos rendimentos brutos auferidos por
ela no ano anterior à eleição.
e) não ensejará a responsabilidade do candidato, partido político ou coligação nem a rejeição
de suas contas; e é permitida a doação que a empresa XWY deseja fazer, desde que limitada
a 10% dos rendimentos brutos auferidos por ela no ano da eleição.

011. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE RR/2015/ADMINISTRATIVA) O eleitor Josué promoveu


um almoço com três empresários, em apoio ao candidato de sua preferência, com gasto de
seiscentos reais. Esse gasto
a) não está sujeito a contabilização, desde que não reembolsado.
b) não poderia ter sido efetivado sem autorização da Justiça Eleitoral.
c) deve ser contabilizado pelo partido, ainda que não reembolsado.
d) só poderia ser realizado pelo partido, sendo obrigatório o reembolso.
e) deve ser obrigatoriamente reembolsado pelo candidato e devidamente contabilizado.

012. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE AL/2010/JUDICIÁRIA) A respeito das prestações de


contas referentes à arrecadação e aplicação de recursos nas campanhas eleitorais, considere:
I – As prestações de contas dos candidatos às eleições proporcionais serão feitas pelo comi-
tê financeiro ou pelo próprio candidato.
II – A indicação dos nomes dos doadores e os respectivos valores deverá obrigatoriamente
ser divulgada, pela rede mundial de computadores (internet), nos relatórios dos dias 6 de
agosto e 6 de setembro do ano das eleições.
III – A inobservância do prazo para encaminhamento das prestações de contas não impede a
diplomação dos candidatos, enquanto perdurar.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I.
b) I e II.
c) I e III.
d) II e III.
e) II.

013. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE PB/2007/”SEM ESPECIALIDADE”/ADMINISTRATIVA)A


respeito da prestação de contas das campanhas eleitorais, considere:
I – Se, ao final da campanha, ocorrer sobra de recursos financeiros, esta deverá ser encami-
nhada à Justiça Eleitoral, para recolhimento ao Fundo Partidário.

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II – A documentação concernente a suas contas será conservada pelos candidatos e partidos


até cento e oitenta dias após a diplomação, ainda que esteja pendente processo judicial a elas
referente.
III – A inobservância do prazo para encaminhamento das prestações de contas impede a di-
plomação dos eleitos, enquanto perdurar.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) I.
b) III.
c) I e II.
d) I e III.
e) II e III.

014. (CEBRASPE/CESPE/JE TJSC/TJ SC/2019) A respeito da prestação de contas por par-


tidos políticos e candidatos e da arrecadação de dinheiro para fins eleitorais, julgue os se-
guintes itens.
I – As doações realizadas por pessoas físicas a partido político são limitadas a 10% dos ren-
dimentos brutos auferidos pelo doador no ano-calendário anterior à eleição.
II – As contas bancárias utilizadas para o registro da movimentação financeira de campanha
eleitoral estão submetidas ao sigilo, e seus extratos integram informações de natureza priva-
da, não compondo a prestação de contas à justiça eleitoral.
III – O candidato deverá emitir recibo eleitoral referente à cessão de automóvel de propriedade
de seu cônjuge que tenha sido destinado ao uso pessoal do candidato durante a campanha.
IV – Os partidos políticos devem destinar, no mínimo, 20% do montante do Fundo Especial de
Financiamento de Campanha para aplicação nas campanhas de suas candidatas.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item II está certo.
c) Apenas o item III está certo.
d) Apenas os itens II e IV estão certos.
e) Apenas os itens I, III e IV estão certos.

015. (CEBRASPE/CESPE/JE TJPA/TJ PA/2019) A prestação de contas relativamente ao uso


de bem móvel em campanha eleitoral é
a) dispensada se o bem for de propriedade do candidato em coparticipação com pes-
soa jurídica.
b) obrigatória se o bem for de propriedade do candidato em coparticipação com pessoa jurídica.
c) dispensada na cessão de automóvel de propriedade do candidato, do cônjuge e de seus
parentes, até o terceiro grau, para seu uso pessoal.

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d) obrigatória se o bem for de propriedade do candidato em coparticipação com pessoa jurí-


dica, exceto quando se tratar de veículo automotor, embarcação ou aeronave.
e) dispensada na cessão de automóvel de propriedade do candidato, do cônjuge e de seus
parentes, até o terceiro grau, para seu uso pessoal ou de terceiros.

016. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE R/2015/ADMINISTRATIVA) Eleito deputado federal


em 2014, e já preocupado em planejar sua campanha à reeleição para as eleições de 2018,
Jorge sondou os possíveis doadores de recursos para sua campanha e elaborou seu planeja-
mento. No entanto, em razão das alterações havidas na lei a respeito da matéria, ele solicitou
parecer sobre a legalidade das possíveis fontes de financiamento de sua futura campanha.
Acerca dessa situação hipotética, assinale a opção que relaciona apenas fontes de recursos
de campanha em conformidade com a legislação ora vigente.
a) entidades de utilidade pública e recursos próprios sem limitação
b) entidades esportivas e pessoas físicas até o limite de R$ 20.000 por doador
c) empresas até o limite de R$ 20.000 por doador e entidades beneficentes e religiosas
d) pessoas físicas até o limite de 10% dos rendimentos brutos do doador no ano de 2017 e
empresas até o limite de 2% do faturamento bruto de 2017
e) pessoas físicas até o limite de 10% dos rendimentos brutos do doador no ano de 2017 e
recursos próprios até o limite de gastos estabelecidos na lei para o cargo pretendido

017. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIOTRE TO/2017/CONTABILIDADE/ADMINISTRATIVA)Res-


peitando-se os dispositivos legais pertinentes, a doação de recursos a campanhas eleitorais
a) não poderá ser feita por meio de pagamento com cartão de crédito.
b) poderá ser caracterizada por serviço de publicidade realizado por pessoa jurídica sem fins
lucrativos que receba recursos do exterior.
c) poderá ser caracterizada mediante a utilização de bens móveis de propriedade de pes-
soa física.
d) não poderá ser feita por meio de ferramentas bancárias na Internet.
e) poderá ser caracterizada mediante a utilização de imóvel de entidade esportiva, estiman-
do-se seu valor em dinheiro.

018. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE TO/2017/CONTABILIDADE/ADMINISTRATIVA) De


acordo com a legislação pertinente, exceto nos casos de candidaturas para prefeito e verea-
dor em municípios nos quais não haja agência ou posto de atendimento bancário, serão con-
dições suficientes para que os candidatos promovam a arrecadação de recursos financeiros
a) o fornecimento, pela justiça eleitoral, de CNPJ ao candidato e a abertura de conta bancária
específica para registrar o movimento financeiro da campanha.
b) o registro da candidatura e a indicação de conta bancária de titularidade exclusiva do can-
didato para registrar o movimento financeiro da campanha.

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c) o registro da candidatura e o recebimento de depósito mínimo oriundo do fundo partidário


em conta de titularidade exclusiva do candidato.
d) o registro da candidatura e o fornecimento de CNPJ ao candidato pela justiça eleitoral.
e) o fornecimento, pela justiça eleitoral, de CNPJ ao candidato e o recebimento de depósito
mínimo oriundo do fundo partidário em conta de titularidade exclusiva do candidato.

019. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE TO/2017/CONTABILIDADE/ADMINISTRATIVA)


Quanto ao limite de gastos em campanhas eleitorais, assinale a opção correta.
a) A extrapolação desse limite acarretará multa em valor equivalente ao dobro da quantia
excedente.
b) Nas campanhas para a eleição de prefeitos em municípios com até dez mil habitantes, o
limite será de cem mil reais.
c) O limite de gastos é fixado por lei no início de cada campanha, não sendo majorado em
caso de ocorrência de segundo turno nas eleições.
d) O Tribunal Superior Eleitoral define o limite de gastos a cada eleição, com base em parâ-
metros estabelecidos em lei.
e) Estarão excluídas do limite de gastos as despesas efetuadas pelos candidatos e as realiza-
das pelos partidos e que possam ser individualizadas em relação ao candidato.

020. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE MT/2015/”SEM ESPECIALIDADE”/ADMINISTRATI-


VA) Conforme disposto na Lei n. 9.504/1997, assinale a opção correta.
a) Os partidos políticos devem arcar com as despesas de campanha e de seus candidatos,
sendo também sua atribuição definir, com base nos parâmetros legais, os limites de gastos.
b) O administrador financeiro de campanha a cargo eletivo é o responsável, na esfera penal,
por eventuais irregularidades verificadas nas contas, ficando a responsabilidade do candidato
restrita à área civil.
c) No fim de campanha eleitoral a prefeito, vice-prefeito e vereador, os recursos que porven-
tura tiverem sobrado devem ser transferidos para o órgão diretivo nacional do partido dos
candidatos.
d) O registro de candidato expulso de seu partido até a data da eleição está sujeito a cancela-
mento, que deve ser solicitado pelo partido que o expulsou e decretado pela justiça eleitoral.
e) Embora seja assegurado aos partidos políticos, a cada eleição, o direito de manter os nú-
meros que lhe foram atribuídos na eleição anterior, essa garantia se estende aos candidatos
eleitos na última eleição.

021. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE BA/2010/JUDICIÁRIA) O Tribunal Superior Eleitoral


(TSE) estuda um meio de barrar as doações ocultas na campanha eleitoral deste ano. De
acordo com uma resolução em estudo pelo tribunal, os partidos deverão especificar a origem
dos recursos repassados aos candidatos. Nas eleições anteriores, os doadores repassavam

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valores aos partidos, e não eram identificados os candidatos que seriam beneficiados. E os
partidos distribuíam o dinheiro sem divulgar a fonte.
Agência Estado, 15/1/2010 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial, julgue o item que se segue.
A doação oculta ocorre quando o partido não informa à justiça eleitoral, na prestação de con-
tas relativas às eleições, o nome da empresa ou da pessoa natural que fez a doação.

022. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE PE/2017/”SEM ESPECIALIDADE”/ADMINISTRATI-


VA) Assinale a opção correta acerca de prestação de contas dos gastos de campanha.
a) Se, ao final da campanha, ocorrer sobra de recursos financeiros, esta deverá ser utilizada na
criação e manutenção de instituto ou fundação de pesquisa e educação política.
b) O uso, na campanha, de recursos provenientes de conta outra que não aquela aberta com
essa finalidade específica implica as sanções de advertência ao candidato e multa.
c) A inobservância do prazo para a prestação de contas impede a diplomação dos eleitos,
enquanto perdurar.
d) Os partidos políticos, as coligações e os candidatos são obrigados a criar um sítio eletrôni-
co na rede mundial de computadores, para declarar os recursos recebidos nas suas campa-
nhas em até setenta e duas horas do seu recebimento.
e) O critério que autoriza a utilização do sistema simplificado de prestação de contas é ape-
nas a reduzida movimentação financeira do candidato.

023. (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE PE/2017/”SEM ESPECIALIDADE”/ADMINISTRATIVA)


Assinale a opção correta a respeito da prestação de contas de campanha eleitoral e da pres-
tação de contas partidárias.
a) Em eleição majoritária, a prestação de contas de candidato terá de ser feita pelo próprio
candidato.
b) A prestação de contas de candidato participante de eleição proporcional deverá ser feita
pelo comitê financeiro do partido.
c) Caso esteja pendente processo judicial relativo às contas de candidato vitorioso, a docu-
mentação quanto a elas só poderá ser destruída depois de cento e oitenta dias da diplomação.
d) Nas eleições para prefeito de municípios com menos de cinquenta mil eleitores, a pres-
tação de contas será feita por sistema simplificado, desde que os gastos sejam inferiores a
vinte e cinco mil reais.
e) Eventual sobra de valores ao final de campanha eleitoral deve ser declarada na prestação
de contas e, após julgados todos os recursos, devolvida ao candidato.

024. (COM. EXAM./MPE SC/MPE SC/2019) De acordo com a Lei n. 9.504/1997, as despesas
da campanha eleitoral serão realizadas sob a responsabilidade dos partidos, ou de seus can-

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didatos, e financiadas na forma dessa Lei, enquanto os limites de gastos de campanha serão
definidos e divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral.

025. (FUNDATEC/PROC/ALERS/2018) Quanto à prestação de contas prevista na Lei n.


9.504/1997, a Justiça Eleitoral verificará a regularidade das contas de campanha, decidindo:
I – Pela aprovação, quando estiverem regulares.
II – Pela desaprovação, mesmo quando verificadas falhas que não lhes comprometam a re-
gularidade, devendo ser ajustada conforme decisão.
III – Pela não prestação, quando não apresentadas as contas após a notificação emitida pela
Justiça Eleitoral, na qual constará a obrigação expressa de prestar as suas contas, no prazo
de setenta e duas horas.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.

026. (IADES/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE PA/2014/”SEM ESPECIALIDADE”/ADMINISTRATIVA)


Considerando a arrecadação e a aplicação de recursos nas campanhas eleitorais, assinale a
alternativa correta.
a) As despesas da campanha eleitoral serão realizadas sob a responsabilidade dos partidos,
candidatos ou entidades estrangeiras.
b) As despesas com transporte ou deslocamento de candidato e de pessoal a serviço da can-
didatura não são consideradas gasto eleitoral.
c) O aluguel de bens particulares para veiculação por qualquer meio de propaganda eleitoral
não configura despesa eleitoral sujeita a limite.
d) É vedado a partido político e a candidato receber direta ou indiretamente doação em dinhei-
ro procedente de entidades beneficentes e religiosas.
e) Não é obrigatório para o partido e para os candidatos abrir conta bancária específica com
o objetivo de registrar o movimento financeiro da campanha política.

027. (CONSULPLAN/ANALISTA JUDICIÁRIO/TSE/2012/JUDICIÁRIA) Fulgêncio Baptista fez


doação à campanha eleitoral de Ernesto Insurgente mediante transferência bancária, via In-
ternet, sem assinar recibo. Neste caso,
a) haverá vício insanável, eis que a lei obriga a assinatura do recibo.
b) Fulgêncio poderá regularizar a situação, assinando o recibo.
c) em qualquer hipótese, a transferência eletrônica de recursos dispensa o recibo.
d) a transferência eletrônica, identificado o doador, dispensa a assinatura do recibo.

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028. (AOCP/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE AC/2015/ADMINISTRATIVA) Conforme a Lei n.


9.504/1997, alguns gastos eleitorais são limitados. Em relação a esses gastos, assinale a
alternativa correta.
a) É de 20% o limite de gastos com alimentação com as pessoas que prestam serviços às
candidaturas e comitês eleitorais.
b) É de 10% o limite de gastos com aluguel de veículos automotores que prestam serviços às
candidaturas e comitês eleitorais.
c) Qualquer eleitor poderá realizar gastos, em apoio a candidato de sua preferência, até a quan-
tia equivalente a um mil UFIR, não sujeitos à contabilização, desde que não reembolsados.
d) A doação do órgão de direção partidária correspondente poderá representar, no máximo,
30% das receitas utilizadas pelo candidato na campanha eleitoral.
e) Não há limite de gastos para a campanha presidencial, sendo os eventuais abusos objeto
de apuração mediante as ações eleitorais pertinentes.

029. (COMISSÃO EXAMINADORA DO PME SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/MPE SC/2013) De


acordo com a Lei 9.504/1997, qualquer eleitor poderá realizar gastos, em apoio a candidato
de sua preferência, até a quantia equivalente a um mil UFIR, não sujeitos a contabilização,
desde que não reembolsados.

030. (CONSULPLAN/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE RJ/2017/ADMINISTRATIVA) As despesas


da campanha eleitoral serão realizadas sob a responsabilidade dos partidos, ou de seus can-
didatos, e financiadas na forma da Lei n. 9.504, de 30 de setembro de 1997. Sobre o tema,
analise as afirmativas a seguir.
I – Os limites de gastos de campanha serão definidos em lei e divulgados pelo Tribunal Su-
perior Eleitoral.
II – É facultativo para o partido e para os candidatos abrir conta bancária específica para re-
gistrar todo o movimento financeiro da campanha.
III – Aos candidatos é facultada a inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ.
IV – A realização de pesquisas ou testes pré-eleitorais são considerados gastos eleitorais,
sujeitos a registro e aos limites fixados na lei.
Estão corretas apenas as afirmativas
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) III e IV.

031. (FGV/JUIZ ESTADUAL/TJ AM/2013) Sobre o tema prestação de contas de campanha,


analise as afirmativas a seguir.

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I – Compete à Receita Federal verificar a regularidade das contas de campanha, decidindo


pela sua aprovação ou por sua desaprovação.
II – A decisão que julgar as contas dos candidatos eleitos será publicada após a diplomação.
III – Erros formais ou materiais irrelevantes no conjunto da prestação de contas, que não
comprometem seu resultado, não acarretarão a rejeição das contas.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

032. (FGV/PROCURADOR LEGISLATIVO/ALMT/2013) Sobre o tema “Despesas de Campanha


Eleitoral”, assinale a afirmativa correta.
a) As despesas de campanha eleitoral não se sujeitam a qualquer controle.
b) As despesas de campanha eleitoral serão realizadas apenas sob a responsabilidade exclu-
siva dos partidos e financiadas na forma da lei.
c) As despesas da campanha eleitoral serão realizadas sob a responsabilidade exclusiva dos
candidatos e financiadas na forma da lei.
d) As despesas da campanha eleitoral serão realizadas sob a responsabilidade dos partidos,
ou dos candidatos, e serão financiadas na forma da lei.
e) As despesas de campanha eleitoral serão realizadas exclusivamente através de ver-
ba pública.

033. (IADES/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE PA/2014/JUDICIÁRIA) Com relação à prestação de


contas, assinale a alternativa em que a Lei n. 9.504/1996 (Lei das Eleições) disciplina o prazo
de entrega.
a) Até o trigésimo dia posterior à realização das eleições.
b) Até o nonagésimo dia posterior à realização das eleições.
c) Até o encerramento do ano em que realizada as eleições.
d) Até a cessação da apuração das eleições.
e) Até um ano após o encerramento das eleições.

034. (CONSULPLAN/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE MG/2015/CONTABILIDADE/ADMINISTRA-


TIVA) A Justiça Eleitoral verificará a regularidade das contas de campanha, decidindo: pela
aprovação, quando estiverem regulares; pela aprovação com ressalvas, quando verificadas
falhas que não lhes comprometam a regularidade; pela desaprovação, quando verificadas
falhas que lhes comprometam a regularidade; pela não prestação, quando não apresenta-
das as contas após a notificação emitida pela Justiça Eleitoral. Caso a decisão seja pela

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não prestação, constará obrigação expressa de prestar as suas contas, contas de campanha,
no prazo de
a) sete dias úteis.
b) vinte e quatro horas.
c) setenta e duas horas.
d) oito dias antes da diplomação.

035. (AOCP/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE AC/2015/JUDICIÁRIA) Findas as eleições, é neces-


sária a prestação de contas das campanhas eleitorais referente à arrecadação e aplicação de
recursos financeiros. Referente ao assunto, analise as assertivas e assinale a alternativa que
aponta a(s) correta(s).
I – A prestação de contas de cessão de bens imóveis de valor inferior a R$4.000,00 (quatro mil
reais) por pessoa cedente é dispensada.
II – O candidato que concorrer ao segundo turno deverá prestar contas separadas para as
duas etapas.
III – Erros formais ou materiais irrelevantes, que não comprometam o resultado, acarretarão
a rejeição das contas.
IV – Débitos de campanha não quitados até a data de apresentação de contas poderão ser
assumidos pelo partido político.
a) Apenas I e II.
b) Apenas I e IV.
c) Apenas II e IV.
d) Apenas II, III e IV.
e) Apenas IV.

036. (PONTUA/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE SC/2011/”SEM ESPECIALIDADE”/ADMINISTRA-


TIVA) No que diz respeito à arrecadação e à prestação de contas, assinale a alternativa
INCORRETA:
a) A responsabilidade pelas despesas de campanha é autônoma em relação a candidatos
e partidos.
b) Nos documentos integrantes da prestação de contas, são obrigatórias as assinaturas do
candidato e do seu administrador financeiro, caso exista.
c) Quanto à veracidade das informações financeiras e contábeis da campanha, a responsabi-
lidade é autônoma entre o candidato e o seu administrador financeiro.
d) É obrigatória a abertura de conta específica para registrar o movimento financeira
da campanha.

037. (CONSULTEC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE SC/2014/JUDICIÁRIA) O artigo 30, da Lei n.


9.504/1997, estabelece que a Justiça Eleitoral verificará a regularidade das contas de campanha.

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Sobre o assunto, identifique com V ou com F. conforme sejam verdadeiras ou falsas as afir-
mativas a seguir:

( ) A Lei n. 9.504/1997 dispõe que a Justiça Eleitoral decidirá pela aprovação das contas
de campanha, quando estiverem regulares.
( ) A Lei n. 9.504/1997 dispõe que a Justiça Eleitoral decidirá pela desaprovação das con-
tas de campanha, quando verificadas falhas que não lhes comprometam a regularidade.
( ) A Lei n. 9.504/1997 dispõe que a Justiça Eleitoral decidirá pela não prestação das con-
tas de campanha, quando verificadas falhas que lhes comprometam a regularidade.
( ) Os dados relativos às prestações de contas são públicos e podem ser consultados
livremente pelos interessados, que, se desejarem, poderão solicitar cópias impressas
ou em meio magnético, ficando responsáveis pelos respectivos custos e pela utiliza-
ção que derem ás informações recebidas.

A alternativa que contém a sequência correta, baixo, é a de cima para


a) F F F V
b) F F V F
c) V F V V
d) V F F V
e) V V F V

038. (VUNESP/ANALISTA LEGISLATIVO/CM REGISTRO/2016) No que se refere a captação ou


gastos ilícitos de recursos para fins eleitorais, é correto afirmar que
a) qualquer eleitor ou partido político poderá representar à Justiça Eleitoral, no prazo de 30 (trinta)
dias da posse, relatando fatos e indicando provas, e pedir a abertura de investigação judicial para
apurar condutas em desacordo com as normas relativas à arrecadação e gastos de recursos.
b) qualquer partido político ou coligação poderá representar à Justiça Eleitoral, no prazo de 15
(quinze) dias da posse, relatando fatos e indicando provas, e pedir a abertura de investigação
judicial para apurar condutas em desacordo com as normas relativas ao processo eleitoral.
c) qualquer eleitor, partido político ou coligação poderá representar ao Ministério Público, no
prazo de 30 (trinta) dias da diplomação, relatando fatos e indicando provas, e pedir a abertura
de inquérito judicial para apurar condutas em desacordo com as normas relativas à arreca-
dação e gastos de recursos.
d) qualquer partido político ou coligação poderá representar à Justiça Eleitoral, no prazo de 30
(trinta) dias da diplomação, relatando fatos e indicando provas, e pedir a abertura de investiga-
ção judicial para apurar condutas em desacordo com as normas relativas ao processo eleitoral.
e) qualquer partido político ou coligação poderá representar à Justiça Eleitoral, no prazo de 15
(quinze) dias da diplomação, relatando fatos e indicando provas, e pedir a abertura de inves-
tigação judicial para apurar condutas em desacordo com as normas relativas à arrecadação
e gastos de recursos.

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039. (VUNESP/PROCURADOR JURÍDICO/CM POÁ/2016) Quanto aos erros formais ou mate-


riais que no conjunto da prestação de contas não comprometam o conhecimento da origem
das receitas e a destinação das despesas, assinale a alternativa correta.
a) Não acarretarão a desaprovação das contas.
b) Suspenderão a apreciação das contas pelo Tribunal Regional Eleitoral.
c) Implicarão a suspensão de novas cotas do Fundo Partidário.
d) Acarretarão na aplicação de multas e penalidades pecuniárias.
e) Implicarão na devolução da importância apurada no erro.

040. (NC-UFPR/JUIZ ESTADUAL/TJ PR/2013) José Afrânio, candidato eleito e empossado


vereador nas eleições de 2012, foi processado por ter arrecadado recursos em sua campanha
sem que tivessem passado pela conta corrente aberta para este fim, bem como por ter rea-
lizado gastos sem origem conhecida. Tais fatos foram devidamente comprovados. O juiz, ao
julgar a representação jurisdicional eleitoral, com esteio na norma constante do artigo 30-A
da Lei Eleitoral (Lei n. 9.504/1997),
a) julgará improcedente a demanda por ausência de fato típico, uma vez que arrecadação
de recursos para campanha e gastos sem comprovação de origem não constituem ilícito
eleitoral.
b) julgará procedente a demanda, cassando o diploma do candidato.
c) julgará procedente a demanda, cassando o diploma do candidato e reconhecendo a ine-
legibilidade do candidato pelo prazo de 08 anos, nos termos do § 2º do artigo 30-A da Lei
Eleitoral, em vigor por força da Lei da Ficha Limpa.
d) julgará procedente a demanda, cassando o diploma do candidato e condenando-o ao pa-
gamento de multa.

041. (COMISSÃO EXAMINADORA MPE/SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/MPE SC/2016/40º)


Reza a Lei n. 9.504/1997 (Lei das Eleições) que a regularidade das contas de campanha será
verificada pela Justiça Eleitoral, que poderá decidir: pela aprovação, quando estiverem regula-
res; pela aprovação com ressalvas, no caso de falhas que não comprometam a sua regulari-
dade; e, pela desaprovação, nas hipóteses de verificação de falhas graves ou de ausência de
sua apresentação, quando precedida de notificação emitida pela Justiça Eleitoral contendo a
obrigação expressa de prestar contas no prazo de setenta e duas horas.

042. (COMISSÃO EXAMINADORA MPE/SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/MPE SC/2016/40º) Para


o exame acerca da regularidade das contas de campanha a Justiça Eleitoral poderá requisi-
tar o auxílio de técnicos do Tribunal de Contas da União, dos Estados, do Distrito Federal ou
dos Municípios. O Ministério Público Eleitoral, todavia, não está vinculado às conclusões dos
referidos técnicos, possuindo amplo e irrestrito poder de se posicionar de maneira diversa.

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043. (VUNESP/JUIZ ESTADUAL/TJ SP/2017/187º) Sobre a arrecadação e aplicação de recur-


sos nas campanhas eleitorais, é correto afirmar:
a) eventuais recursos financeiros que sobrarem ao final da campanha deverão ser transferi-
dos ao partido.
b) a doação feita por pessoa física acima do limite legal sujeita o infrator e o candidato soli-
dariamente ao pagamento de multa.
c) não são admissíveis doações estimáveis em dinheiro, ressalvado o emprego de recursos
próprios do candidato, nos limites da lei.
d) o partido ou candidato que receber recursos de fontes identificadas, mas vedadas pela lei,
deverá transferi-los para conta única do Tesouro Nacional.

044. (FMP/PROMOTOR DE JUSTIÇA/MPE RO/2017) Assinale a alternativa INCORRETA. A


Justiça Eleitoral verificará a regularidade das contas de campanha, decidindo
a) pela aprovação, quando estiverem regulares.
b) pela aprovação com ressalvas, quando verificadas falhas que não lhes comprometam a
regularidade.
c) pela desaprovação, quando verificadas falhas que lhes comprometam a regularidade, de-
clarando a inelegibilidade do candidato.
d) pela não prestação, quando não apresentadas as contas após a notificação emitida pela
Justiça Eleitoral, na qual constará a obrigação expressa de prestar as suas contas, no prazo
de setenta e duas horas.
e) pela não rejeição das contas que, na sua prestação, apresentarem erros formais ou mate-
riais irrelevantes que não comprometam o seu resultado.

045. (FMP/PROMOTOR DE JUSTIÇA/MPE RO/2017) Assinale a alternativa CORRETA. Da de-


cisão que julgar as contas prestadas pelos candidatos caberá recurso:
a) ao Tribunal Regional Eleitoral, caso seja candidato ao cargo de vereador, no prazo de 48
(quarenta e oito) horas, a contar da publicação no Diário Oficial.
b) ao órgão superior da Justiça Eleitoral, no prazo de 3 (três) dias, a contar da publicação no
Diário Oficial.
c) ao Tribunal Regional Eleitoral, caso seja candidato ao cargo de vereador, no prazo de 24
(vinte e quatro) horas, a contar da publicação no Diário Oficial.
d) ao Tribunal Regional Eleitoral, caso seja candidato ao cargo de prefeito, no prazo de 48
(quarenta e oito) horas, a contar da publicação no Diário Oficial.
e) ao órgão superior da Justiça Eleitoral, no prazo de 2 (dois) dias, a contar da publicação no
Diário Oficial.

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GABARITO
1. d 37. d
2. E 38. E
3. C 39. a
4. C 40. b
5. C 41. E
6. E 42. C
7. a 43. a
8. a 44. C
9. C 45. b
10. a
11. a
12. a
13. b
14. a
15. C
16. E
17. C
18. a
19. d
20. d
21. E
22. C
23. a
24. E
25. d
26. d
27. d
28. C
29. C
30. b
31. C
32. d
33. a
34. C
35. E
36. C

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GABARITO COMENTADO
001. (VUNESP/PROM JUS/MPE RJ/MPE RJ/2022) Considere que José é candidato a gover-
nador e, durante a campanha eleitoral, teve gastos com correspondência e despesas postais,
realização de pesquisa, aluguel de veículos automotores, alimentação do pessoal que presta
serviço ao seu comitê eleitoral, combustível do carro usado por ele na campanha e alimenta-
ção e hospedagem própria em diversas cidades do estado. Com base na situação hipotética
e no disposto na legislação correlata, é correto afirmar que a(s) despesa(s) com
a) aluguel de veículos automotores não poderá ultrapassar 10% (dez por cento) do total do
gasto da campanha de José.
b) a realização de pesquisa eleitoral não são consideradas gastos eleitorais, mas, assim como
todas as despesas relacionadas com a campanha eleitoral, devem ser informadas na presta-
ção de contas feita pelo próprio candidato.
c) a realização de pesquisa e alimentação do pessoal que presta serviço ao comitê eleitoral
não poderá ultrapassar 05% (cinco por cento) do total do gasto da campanha eleitoral.
d) combustível do carro usado por José na campanha, assim como a sua alimentação e hos-
pedagem, não são consideradas gastos eleitorais nem se sujeitam a prestação de contas.
e) correspondência e despesas postais não são consideradas gastos eleitorais, mas devem
ser informadas na prestação de contas.

a) Errada. No caso de aluguel de veículos automotores, o limite de gastos será de 20% do total
estabelecido para a campanha.

Art. 26. São considerados gastos eleitorais, sujeitos a registro e aos limites fixados nesta Lei:
§ 1º São estabelecidos os seguintes limites com relação ao total do gasto da campanha:
II – aluguel de veículos automotores: 20% (vinte por cento).

b) Errada. A realização de pesquisa eleitoral é consideradas, diferente do que afirmado, um


gasto eleitoral.

Art. 26. São considerados gastos eleitorais, sujeitos a registro e aos limites fixados nesta Lei:
XII – realização de pesquisas ou testes pré-eleitorais;

c) Errada. No caso da alimentação, os gastos não podem superar 10% do limite total dos gas-
tos de campanha.

Art. 26. São considerados gastos eleitorais, sujeitos a registro e aos limites fixados nesta Lei:
§ 1º São estabelecidos os seguintes limites com relação ao total do gasto da campanha:
I – alimentação do pessoal que presta serviços às candidaturas ou aos comitês eleitorais: 10%
(dez por cento);

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d) Certa. Assim como informado, as despesas com o combustível do carro usado, assim como
a alimentação e a hospedagem do candidato, não são consideradas gastos eleitorais nem se
sujeitam a prestação de contas.

Art. 26, § 3º Não são consideradas gastos eleitorais nem se sujeitam a prestação de contas as
seguintes despesas de natureza pessoal do candidato:
a) combustível e manutenção de veículo automotor usado pelo candidato na campanha;
c) alimentação e hospedagem própria;

e) Errada. A correspondência e as despesas postais são considerados gastos eleitorais.

Art. 26. São considerados gastos eleitorais, sujeitos a registro e aos limites fixados nesta Lei:
V – correspondência e despesas postais;
Letra d.

002. (CEBRASPE/CESPE/PJ/MPE AP/2021) A respeito da prestação de contas simplificada à


justiça eleitoral, assinale a opção correta.
a) Esse tipo de prestação de contas poderá ser adotado nas eleições para prefeito e vereado-
res em municípios com até duzentos mil eleitores.
b) Os candidatos são dispensados de apresentar os comprovantes de recursos utilizados que
tenham sido provenientes do fundo partidário.
c) Havendo irregularidades sanáveis detectadas pelo órgão técnico, o prestador de con-
tas será intimado a se manifestar no prazo de trinta dias, sendo vedada a juntada de novos
documentos.
d) As contas poderão ser julgadas regulares, sem a realização de diligências, independente-
mente de parecer favorável do Ministério Público Eleitoral (MPE).
e) Os candidatos não eleitos às prefeituras municipais com gastos de até vinte mil reais — va-
lor que pode ser atualizado monetariamente a cada eleição — poderão submeter-se ao exame
simplificado.

a) Errada. A prestação de contas simplificada poderá ser utilizada nas eleições para Prefeito
e Vereador de Municípios com menos de 50 mil eleitores.

Art. 28, § 11. Nas eleições para Prefeito e Vereador de Municípios com menos de cinquenta mil
eleitores, a prestação de contas será feita sempre pelo sistema simplificado a que se referem os
§§ 9º e 10.

b) Errada. Os partidos políticos, as coligações e os candidatos são obrigados a divulgar, du-


rante as campanhas eleitorais, dentre outras informações, relatório discriminando as transfe-
rências do Fundo Partidário.
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Art. 28, § 4º Os partidos políticos, as coligações e os candidatos são obrigados, durante as cam-
panhas eleitorais, a divulgar em sítio criado pela Justiça Eleitoral para esse fim na rede mundial de
computadores (internet):
II – no dia 15 de setembro, relatório discriminando as transferências do Fundo Partidário, os recur-
sos em dinheiro e os estimáveis em dinheiro recebidos, bem como os gastos realizados.

c) Errada. De acordo com o entendimento do TSE, concluída a análise técnica, caso tenha sido
oferecida impugnação ou detectada qualquer irregularidade pelo órgão técnico, o prestador
de contas será intimado para se manifestar no prazo de 3 dias, podendo juntar documentos.
d) Errada. Tendo em vista a importância da medida, as contas apenas poderão ser julgadas
sem a realização de diligências quando houver parecer favorável do MPE neste sentido.
e) Certa. O §9º do artigo 28 estabelece justamente que

A Justiça Eleitoral adotará sistema simplificado de prestação de contas para candidatos que apre-
sentarem movimentação financeira correspondente a, no máximo, R$ 20.000,00 (vinte mil reais),
atualizados monetariamente, a cada eleição, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC
da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE ou por índice que o substituir.
Letra e.

003. (IBFC/AJ TRE PA/TRE PA/JUDICIÁRIA/”SEM ESPECIALIDADE”/2020) Com relação à


prestação de contas de campanhas eleitorais, considere a Lei n. 9.504/1997 e suas altera-
ções, e analise as afirmativas abaixo:
I – Os valores transferidos pelos partidos políticos oriundos de doações serão registrados
na prestação de contas dos candidatos como transferência dos partidos e, na prestação de
contas anual dos partidos, como transferência aos candidatos.
II – Ficam dispensadas de comprovação na prestação de contas a cessão de automóvel de
propriedade do candidato, do cônjuge e de seus parentes até o quarto grau para seu uso pes-
soal durante a campanha.
III – Até doze meses após a diplomação, os candidatos ou partidos conservarão a docu-
mentação concernente a suas contas. Estando pendente de julgamento qualquer processo
judicial relativo às contas, a documentação a elas concernente deverá ser conservada até o
término do mandato eletivo.
IV – Os gastos com passagens aéreas efetuados nas campanhas eleitorais serão comprova-
dos mediante a apresentação de fatura ou duplicata emitida por agência de viagem, quando
for o caso, desde que informados os beneficiários, as datas e os itinerários, vedada a exigên-
cia de apresentação de qualquer outro documento para esse fim.
Assinale a alternativa correta.

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a) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas


b) Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas
c) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas
d) Apenas a afirmativa I está correta

I – Certa. O §12 do artigo 28 estabelece que “Os valores transferidos pelos partidos políticos
oriundos de doações serão registrados na prestação de contas dos candidatos como trans-
ferência dos partidos e, na prestação de contas anual dos partidos, como transferência aos
candidatos”.
II – Errada. A dispensa na comprovação na prestação de contas abrange apenas as cessões
de automóvel do candidato ou de parentes até o terceiro grau.

Art. 28, § 6º Ficam também dispensadas de comprovação na prestação de contas:


III – a cessão de automóvel de propriedade do candidato, do cônjuge e de seus parentes até o ter-
ceiro grau para seu uso pessoal durante a campanha.

III – Errada. Como regra geral, o prazo em que a documentação referente às contas deverão
ser conservadas é de 180 dias, contados da diplomação. Estando pendente de julgamento
qualquer processo judicial relativo às contas, a documentação a elas concernente deverá ser
conservada até a decisão final.

Art. 32. Até cento e oitenta dias após a diplomação, os candidatos ou partidos conservarão a do-
cumentação concernente a suas contas.
Parágrafo único. Estando pendente de julgamento qualquer processo judicial relativo às contas, a
documentação a elas concernente deverá ser conservada até a decisão final.

IV – Certa. O §8º do artigo 28 determina que

Os gastos com passagens aéreas efetuados nas campanhas eleitorais serão comprovados me-
diante a apresentação de fatura ou duplicata emitida por agência de viagem, quando for o caso,
desde que informados os beneficiários, as datas e os itinerários, vedada a exigência de apresenta-
ção de qualquer outro documento para esse fim.
Letra c.

004. (INSTITUTO CONSULPLAN/ADV MD/CM ARCOS/2020) Nas eleições de 2016, FULANO


DE TAL foi candidato a vereador no Município de Capelinha/MG. Apresentadas as suas contas
de campanha, foram desacompanhadas de documentos que permitissem a análise dos re-
cursos arrecadados e dos gastos de campanha, sendo julgadas como não prestadas. Agora,
nas eleições de 2020, FULANO DE TAL requer seu registro como candidato a vereador. Mar-
que, a seguir, a alternativa que contenha a situação jurídica de FULANO.

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a) A falta de prestação de contas de campanha não tem qualquer consequência jurídica no


âmbito eleitoral.
b) Apenas se as contas de campanha tivessem sido rejeitadas é que FULANO DE TAL estaria
sem quitação eleitoral.
c) A não apresentação de contas impede a obtenção da quitação eleitoral, impedindo a can-
didatura de FULANO DE TAL.
d) Tanto reprovação das contas quanto a não apresentação das contas de campanha impe-
dem a obtenção da quitação eleitoral.

A não apresentação de contas impede a obtenção da quitação eleitoral, que é uma das con-
dições para o registro da candidatura.

Art. 30. A Justiça Eleitoral verificará a regularidade das contas de campanha, decidindo:
IV – pela não prestação, quando não apresentadas as contas após a notificação emitida pela Jus-
tiça Eleitoral, na qual constará a obrigação expressa de prestar as suas contas, no prazo de setenta
e duas horas.

Logo, a não apresentação de contas por parte de FULANO DE TAL impede a obtenção da qui-
tação eleitoral, impedindo, por consequência, a sua candidatura.
Letra c.

005. (FCC/JE TJMS/TJ MS/2020) Ao disciplinar a arrecadação e a aplicação de recursos nas


campanhas eleitorais, a Lei n. 9.504, de 30 de setembro de 1997, estabelece que
a) as despesas de natureza pessoal do candidato com combustível e manutenção de veículo
automotor por ele usado na campanha são consideradas gastos eleitorais, sujeitando-se à
prestação de contas.
b) as despesas relativas à realização de pesquisas ou testes pré-eleitorais não são conside-
radas gastos eleitorais, não se lhes aplicando o dever de registro, nem os limites fixados na lei.
c) o descumprimento dos limites de gastos fixados para cada campanha acarretará o paga-
mento de multa em valor equivalente a 100% (cem por cento) da quantia que ultrapassar o
limite estabelecido, sem prejuízo da apuração da ocorrência de abuso do poder econômico.
d) é facultativo para o partido e para os candidatos abrir conta bancária específica para regis-
trar o movimento financeiro da campanha.
e) é vedado ao candidato utilizar recursos próprios em sua campanha.

a) Errada. Neste caso, as despesas mencionadas não serão consideradas gastos eleitorais.

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Art. 26, § 3º Não são consideradas gastos eleitorais nem se sujeitam a prestação de contas as
seguintes despesas de natureza pessoal do candidato:
a) combustível e manutenção de veículo automotor usado pelo candidato na campanha;

b) Errada. As despesas relativas à realização de pesquisas ou testes pré-eleitorais são consi-


deradas, diferente do que afirmado, gastos eleitorais.

Art. 26. São considerados gastos eleitorais, sujeitos a registro e aos limites fixados nesta Lei:
XII – realização de pesquisas ou testes pré-eleitorais;

c) Certa. A alternativa está em sintonia com o artigo 18-A, que apresenta a seguinte redação:

Art. 18-B. O descumprimento dos limites de gastos fixados para cada campanha acarretará o pa-
gamento de multa em valor equivalente a 100% (cem por cento) da quantia que ultrapassar o limite
estabelecido, sem prejuízo da apuração da ocorrência de abuso do poder econômico.

d) Errada. O artigo 22 determina que

É obrigatório para o partido e para os candidatos abrir conta bancária específica para registrar todo
o movimento financeiro da campanha.

e) Errada. O candidato poderá usar recursos próprios em sua campanha, desde que observe,
para isso, o percentual de 10% dos limites previstos para gastos de campanha no cargo em
que concorrer.

Art. 23, § 2º-A. O candidato poderá usar recursos próprios em sua campanha até o total de 10%
(dez por cento) dos limites previstos para gastos de campanha no cargo em que concorrer.
Letra c.

006. (FUNDATEC/PROC/ALERS/2018) Em relação ao fundo Partidário, as doações de recur-


sos financeiros somente poderão ser efetuadas na conta do partido político por meio de:
I – Cheques cruzados e nominais ou transferência eletrônica de depósitos.
II – Depósitos em espécie devidamente identificados.
III – Mecanismo disponível em sítio do partido na internet que permita inclusive o uso de car-
tão de crédito ou de débito e que atenda aos seguintes requisitos: identificação do doador e
emissão obrigatória de recibo eleitoral para cada doação realizada.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

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Todos os itens estão corretos, retratado formas por meio das quais poderão ser realizadas as
doações de recursos financeiros.

Art. 23, § 4º As doações de recursos financeiros somente poderão ser efetuadas na conta mencio-
nada no art. 22 desta Lei por meio de:
I – cheques cruzados e nominais ou transferência eletrônica de depósitos;
II – depósitos em espécie devidamente identificados até o limite fixado no inciso I do § 1º deste
artigo.
III – mecanismo disponível em sítio do candidato, partido ou coligação na internet, permitindo in-
clusive o uso de cartão de crédito, e que deverá atender aos seguintes requisitos:
a) identificação do doador;
b) emissão obrigatória de recibo eleitoral para cada doação realizada.
Letra e.

007. (FCC/ASSISTENTE JURÍDICO/ALMS/2016) Os limites de gastos de campanha, em cada


eleição, são os
a) definidos pelo Tribunal Superior Eleitoral, com base nos parâmetros definidos em lei.
b) fixados por cada partido político, comunicando à Justiça Eleitoral que dará a essas infor-
mações ampla publicidade.
c) definidos pelo Tribunal Regional Eleitoral respectivo, comunicando à Justiça Eleitoral que
dará a essas informações ampla publicidade.
d) definidos por cada candidato, em cada eleição, que deverá declará-los e informá-los à Jus-
tiça Eleitoral.
e) fixados pelo juiz eleitoral de cada Zona Eleitoral que deverá declará-los e informá-los à
Justiça Eleitoral.

Uma das principais questões acerca do processo eleitoral é a forma como se dará a Arreca-
dação e as Despesas de campanha por parte dos candidatos e respectivos Partidos Políticos.
Como forma de regulamentar tais regras e evitar que o poder econômico possa alterar a von-
tade popular é que a Lei 9.504 se dedica a explicitar uma série de vedações e obrigações
àqueles que participam das eleições. Dentre elas, destaca-se o mandamento do artigo 18 da
Lei 9.504 (Lei das Eleições), de seguinte teor:

Art. 18. Os limites de gastos de campanha serão definidos em lei e divulgados pelo Tribunal Supe-
rior Eleitoral.
Letra a.

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008. (FCC/TJ TRE TO/TRE TO/ADMINISTRATIVA/2011) Os partidos políticos poderão receber


doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro, até dez por cento dos rendimentos brutos
auferidos no ano anterior à eleição, de
a) pessoas físicas.
b) entidades esportivas.
c) entidades beneficentes.
d) entidades religiosas.
e) entidades de classe ou sindical.

As doações até 10% dos rendimentos brutos auferidos no ano anterior podem ser realizadas
pelas pessoas físicas, conforme previsão do artigo 23 da Lei das Eleições:

Art. 23. Pessoas físicas poderão fazer doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro para cam-
panhas eleitorais, obedecido o disposto nesta Lei.
§ 1º As doações e contribuições de que trata este artigo ficam limitadas a 10% (dez por cento) dos
rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano anterior à eleição.
Letra a.

009. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE SP/2017/”SEM ESPECIALIDADE”/ADMINISTRATIVA)


Sebastião, eleitor, e a entidade esportiva J desejam fazer doação em dinheiro para utilização
nas campanhas eleitorais para o partido político K. Obedecido o disposto em lei, Sebastião
a) e a entidade esportiva J poderão fazer a doação, desde que limitada a 10% dos rendimentos
brutos auferidos por cada um deles no ano anterior à eleição.
b) e a entidade esportiva J não poderão fazer doação de qualquer quantia em dinheiro ou es-
timável em dinheiro.
c) poderá fazer a doação, desde que limitada a 10% dos rendimentos brutos auferidos por ele
no ano anterior à eleição, sendo vedada a doação pela entidade esportiva J.
d) poderá fazer a doação de qualquer quantia, sem limitação, sendo vedada a doação pela
entidade esportiva J.
e) poderá fazer a doação, desde que limitada a 20% dos rendimentos brutos auferidos por ele
no ano anterior à eleição, sendo vedada a doação pela entidade esportiva J.

Com relação às pessoas físicas, estas poderão realizar doações até o limite de 10% dos ren-
dimentos brutos recebidos no ano anterior.
No que se refere às pessoas jurídicas, o texto inicial da Lei 9.504 previa que apenas certas
entidades não poderiam realizar doações para as campanhas eleitorais. Posteriormente, o
STF, no julgamento da ADI 4.650, decidiu que toda e qualquer doação realizada por pessoas
jurídicas (independente da natureza jurídica da entidade) é inconstitucional.

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Assim, nos dias atuais, não é mais permitido o recebimento, por parte dos partidos políticos,
de doações realizadas por pessoas jurídicas.
Vejamos as disposições da Lei 9.504 neste sentido:

Art. 23. Pessoas físicas poderão fazer doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro para cam-
panhas eleitorais, obedecido o disposto nesta Lei.
§ 1º As doações e contribuições de que trata este artigo ficam limitadas a 10% (dez por cento) dos
rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano anterior à eleição.
Art. 24. É vedado, a partido e candidato, receber direta ou indiretamente doação em dinheiro ou
estimável em dinheiro, inclusive por meio de publicidade de qualquer espécie, procedente de:
IX – entidades esportivas;

a) Errada. Sebastião poderá realizar a doação, desde que limitada a 10% dos seus rendimen-
tos brutos recebidos no ano anterior.
b) Errada. Apenas a entidade esportiva é que não poderá realizar a doação para campanha.
c) Certa. Trata-se, conforme explicado, da forma como as doações podem ou não ser realiza-
das atualmente.
d) Errada. Para que Sebastião possa realizar a doação, deverá ele observar o limite de 10% dos
rendimentos brutos auferidos no ano anterior.
e) Errada. O limite a ser observado, por Sebastião, é de 10%, e não 20% dos rendimentos brutos.
Letra c.

010. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE PR/2017/ADMINISTRATIVA) Considere:


Ciro, brasileiro, maior, casado, cometeu fraude, sem o conhecimento do partido político, da
coligação ou do candidato, ao fazer doação de determinada quantia em dinheiro, por meio da
internet, para a campanha eleitoral do candidato X.
A XWY é empresa jurídica sem fins lucrativos que recebe recursos do exterior e deseja fazer,
indiretamente, doação estimável em dinheiro ao partido político Z.
De acordo com Lei n. 9.504/1997, a fraude cometida por Ciro
a) não ensejará a responsabilidade do candidato, partido político ou coligação nem a rejeição
de suas contas; e é vedada a doação que a empresa XWY deseja fazer.
b) ensejará a responsabilidade do candidato, partido político ou coligação, bem como a rejei-
ção de suas contas, pois foram beneficiários da doação realizada; e é vedada a doação que a
empresa XWY deseja fazer.
c) não ensejará a responsabilidade do candidato, partido político ou coligação nem a rejeição
de suas contas; e é permitida a doação que a empresa XWY deseja fazer, desde que limitada
a 10% dos rendimentos brutos auferidos por ela no ano anterior à eleição.
d) ensejará a responsabilidade do candidato, partido político ou coligação, bem como a rejei-
ção de suas contas, pois foram beneficiários da doação realizada; e é permitida a doação que

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a empresa XWY deseja fazer, desde que limitada a 10% dos rendimentos brutos auferidos por
ela no ano anterior à eleição.
e) não ensejará a responsabilidade do candidato, partido político ou coligação nem a rejeição
de suas contas; e é permitida a doação que a empresa XWY deseja fazer, desde que limitada
a 10% dos rendimentos brutos auferidos por ela no ano da eleição.

Vejamos cada uma das situações apresentadas:


Ciro, brasileiro, maior, casado, cometeu fraude, sem o conhecimento do partido político, da
coligação ou do candidato, ao fazer doação de determinada quantia em dinheiro, por meio da
internet, para a campanha eleitoral do candidato X.
No caso, ainda que Ciro tenha cometido fraude no momento da realização da doação eleitoral
pela internet, a conduta não implica na responsabilidade solidária do partido beneficiado, uma
vez que este não tinha conhecimento do procedimento. De igual forma, a conduta não ense-
jará a rejeição das contas da agremiação partidária.

Art. 23, § 6º Na hipótese de doações realizadas por meio das modalidades previstas nos incisos
III e IV do § 4º deste artigo, fraudes ou erros cometidos pelo doador sem conhecimento dos can-
didatos, partidos ou coligações não ensejarão a responsabilidade destes nem a rejeição de suas
contas eleitorais.

A XWY é empresa jurídica sem fins lucrativos que recebe recursos do exterior e deseja fazer,
indiretamente, doação estimável em dinheiro ao partido político Z.
Ainda que a empresa XWY não possua finalidade lucrativa, não poderá ela realizar doações de
recursos para os partidos políticos, conforme previsão da Lei 9.504:

Art. 24. É vedado, a partido e candidato, receber direta ou indiretamente doação em dinheiro ou
estimável em dinheiro, inclusive por meio de publicidade de qualquer espécie, procedente de:
VII – pessoa jurídica sem fins lucrativos que receba recursos do exterior.

Importante destacar que o STF já decidiu, no julgamento da ADI 4650, que nenhum tipo de
pessoa jurídica, independente da forma de constituição, poderá realizar doações eleitorais
para os partidos políticos.
Letra a.

011. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE RR/2015/ADMINISTRATIVA) O eleitor Josué promoveu


um almoço com três empresários, em apoio ao candidato de sua preferência, com gasto de
seiscentos reais. Esse gasto
a) não está sujeito a contabilização, desde que não reembolsado.
b) não poderia ter sido efetivado sem autorização da Justiça Eleitoral.

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c) deve ser contabilizado pelo partido, ainda que não reembolsado.


d) só poderia ser realizado pelo partido, sendo obrigatório o reembolso.
e) deve ser obrigatoriamente reembolsado pelo candidato e devidamente contabilizado.

Trata-se de questão que exige o conhecimento do artigo 27 da Lei das Eleições (Lei 9.504),
que assim expressa:

Art. 27. Qualquer eleitor poderá realizar gastos, em apoio a candidato de sua preferência, até a
quantia equivalente a um mil UFIR, não sujeitos a contabilização, desde que não reembolsados.

Nesta hipótese, o gasto realizado pelo eleitor não está sujeito a contabilização, mas desde
que não venha a ser objeto de reembolso em momento posterior.
Letra a.

012. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE AL/2010/JUDICIÁRIA) A respeito das prestações de


contas referentes à arrecadação e aplicação de recursos nas campanhas eleitorais, considere:
I – As prestações de contas dos candidatos às eleições proporcionais serão feitas pelo comi-
tê financeiro ou pelo próprio candidato.
II – A indicação dos nomes dos doadores e os respectivos valores deverá obrigatoriamente
ser divulgada, pela rede mundial de computadores (internet), nos relatórios dos dias 6 de
agosto e 6 de setembro do ano das eleições.
III – A inobservância do prazo para encaminhamento das prestações de contas não impede a
diplomação dos candidatos, enquanto perdurar.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I.
b) I e II.
c) I e III.
d) II e III.
e) II.

I – Errado. Com a entrada em vigor da Reforma Eleitoral de 2015, deixou de existir, para os
candidatos às eleições majoritárias, a possibilidade de prestação de contas por meio de co-
mitês financeiros. Agora, todas as prestações, independente de estarmos diante de eleições
majoritárias ou proporcionais, devem ser feitas pelo próprio candidato, conforme previsão do
artigo 28 da Lei 9.504:

Art. 28. A prestação de contas será feita:


I – no caso dos candidatos às eleições majoritárias, na forma disciplinada pela Justiça Eleitoral;

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II – no caso dos candidatos às eleições proporcionais, de acordo com os modelos constantes do
Anexo desta Lei.
§ 1º As prestações de contas dos candidatos às eleições majoritárias serão feitas pelo próprio
candidato, devendo ser acompanhadas dos extratos das contas bancárias referentes à movimen-
tação dos recursos financeiros usados na campanha e da relação dos cheques recebidos, com a
indicação dos respectivos números, valores e emitentes.
§ 2º As prestações de contas dos candidatos às eleições proporcionais serão feitas pelo próprio
candidato.

II – Errado. Antes da Reforma Eleitoral de 2015, os partidos políticos tinham a obrigação de


divulgar, na internet, nos dias 6 de agosto e 6 de setembro, a relação de doadores e valores
recebidos. Após a reforma, as agremiações devem divulgar estas informações no prazo de 72
horas a contar do efetivo recebimento, conforme previsão do artigo 28, § 4º, I da Lei 9.504:

§ 4º Os partidos políticos, as coligações e os candidatos são obrigados, durante as campanhas


eleitorais, a divulgar em sítio criado pela Justiça Eleitoral para esse fim na rede mundial de com-
putadores (internet):
I – os recursos em dinheiro recebidos para financiamento de sua campanha eleitoral, em até 72
(setenta e duas) horas de seu recebimento;

III – Errado. Trata-se de regra apresentada no artigo 29, § 2º da norma eleitoral em análise:

Art. 29 - § 2º A inobservância do prazo para encaminhamento das prestações de contas impede a


diplomação dos eleitos, enquanto perdurar.
Letra a.

013. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE PB/2007/”SEM ESPECIALIDADE”/ADMINISTRATIVA)A


respeito da prestação de contas das campanhas eleitorais, considere:
I – Se, ao final da campanha, ocorrer sobra de recursos financeiros, esta deverá ser encami-
nhada à Justiça Eleitoral, para recolhimento ao Fundo Partidário.
II – A documentação concernente a suas contas será conservada pelos candidatos e partidos
até cento e oitenta dias após a diplomação, ainda que esteja pendente processo judicial a elas
referente.
III – A inobservância do prazo para encaminhamento das prestações de contas impede a di-
plomação dos eleitos, enquanto perdurar.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) I.
b) III.
c) I e II.
d) I e III.
e) II e III.

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Lei das Eleições – Parte II
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I – Errado. Ao contrário do que afirmado, as sobras de recursos de campanha poderão ser uti-
lizadas pelos partidos políticos. Para isso, os valores deverão ser declarados nas respectivas
prestações de contas com a identificação dos candidatos.

Art. 31, Parágrafo único. As sobras de recursos financeiros de campanha serão utilizadas pelos
partidos políticos, devendo tais valores ser declarados em suas prestações de contas perante a
Justiça Eleitoral, com a identificação dos candidatos.

II – Errado. Caso esteja pendente de julgamento processo judicial relacionado com a presta-
ção de contas, estas deverão ser conservadas até a decisão final do processo.

Art. 32. Até cento e oitenta dias após a diplomação, os candidatos ou partidos conservarão a do-
cumentação concernente a suas contas.
Parágrafo único. Estando pendente de julgamento qualquer processo judicial relativo às contas, a
documentação a elas concernente deverá ser conservada até a decisão final.

III – Certo. Trata-se de previsão da Lei das Eleições, de forma que a diplomação dos eleitos
apenas poderá ocorrer após a apresentação da prestação de contas.

Art. 29, § 2º A inobservância do prazo para encaminhamento das prestações de contas impede a
diplomação dos eleitos, enquanto perdurar.
Letra b.

014. (CEBRASPE/CESPE/JE TJSC/TJ SC/2019) A respeito da prestação de contas por par-


tidos políticos e candidatos e da arrecadação de dinheiro para fins eleitorais, julgue os se-
guintes itens.
I – As doações realizadas por pessoas físicas a partido político são limitadas a 10% dos ren-
dimentos brutos auferidos pelo doador no ano-calendário anterior à eleição.
II – As contas bancárias utilizadas para o registro da movimentação financeira de campanha
eleitoral estão submetidas ao sigilo, e seus extratos integram informações de natureza priva-
da, não compondo a prestação de contas à justiça eleitoral.
III – O candidato deverá emitir recibo eleitoral referente à cessão de automóvel de propriedade
de seu cônjuge que tenha sido destinado ao uso pessoal do candidato durante a campanha.
IV – Os partidos políticos devem destinar, no mínimo, 20% do montante do Fundo Especial de
Financiamento de Campanha para aplicação nas campanhas de suas candidatas.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item II está certo.

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c) Apenas o item III está certo.


d) Apenas os itens II e IV estão certos.
e) Apenas os itens I, III e IV estão certos.

I – Certo. As pessoas físicas poderão realizar doações, mas o limite estabelecido é, conforme
afirmado, de 10% dos rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano anterior à eleição.

Art. 23. Pessoas físicas poderão fazer doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro para cam-
panhas eleitorais, obedecido o disposto nesta Lei.
§ 1º As doações e contribuições de que trata este artigo ficam limitadas a 10% (dez por cento) dos
rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano anterior à eleição.

II – Errado. Os extratos das contas bancárias são estão submetidos ao sigilo, uma vez que
devem ser apresentados à Justiça Eleitoral no momento da prestação de contas.
III – Errado. Aqui, estamos diante de uma situação em que é dispensada a comprovação na
prestação de contas. Logo, não há necessidade do candidato emitir recibo eleitoral.

Art. 28, § 6º Ficam também dispensadas de comprovação na prestação de contas:


III – a cessão de automóvel de propriedade do candidato, do cônjuge e de seus parentes até o ter-
ceiro grau para seu uso pessoal durante a campanha.

IV – Errado. De acordo com o entendimento do TSE (Resolução 23.575/2018), os partidos


políticos devem destinar no mínimo 30% do montante do Fundo Especial de Financiamento de
Campanha (FEFC) para aplicação nas campanhas de suas candidatas.
Letra a.

015. (CEBRASPE/CESPE/JE TJPA/TJ PA/2019) A prestação de contas relativamente ao uso


de bem móvel em campanha eleitoral é
a) dispensada se o bem for de propriedade do candidato em coparticipação com pes-
soa jurídica.
b) obrigatória se o bem for de propriedade do candidato em coparticipação com pessoa jurídica.
c) dispensada na cessão de automóvel de propriedade do candidato, do cônjuge e de seus
parentes, até o terceiro grau, para seu uso pessoal.
d) obrigatória se o bem for de propriedade do candidato em coparticipação com pessoa jurí-
dica, exceto quando se tratar de veículo automotor, embarcação ou aeronave.
e) dispensada na cessão de automóvel de propriedade do candidato, do cônjuge e de seus
parentes, até o terceiro grau, para seu uso pessoal ou de terceiros.

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A resposta da questão é a Letra C, apresentando uma das específicas situações em que a


cessão de bens não estará sujeita da comprovação na prestação de contas.

Art. 28, § 6º Ficam também dispensadas de comprovação na prestação de contas:


III – a cessão de automóvel de propriedade do candidato, do cônjuge e de seus parentes até o ter-
ceiro grau para seu uso pessoal durante a campanha.
Letra c.

016. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE R/2015/ADMINISTRATIVA) Eleito deputado federal


em 2014, e já preocupado em planejar sua campanha à reeleição para as eleições de 2018,
Jorge sondou os possíveis doadores de recursos para sua campanha e elaborou seu planeja-
mento. No entanto, em razão das alterações havidas na lei a respeito da matéria, ele solicitou
parecer sobre a legalidade das possíveis fontes de financiamento de sua futura campanha.
Acerca dessa situação hipotética, assinale a opção que relaciona apenas fontes de recursos
de campanha em conformidade com a legislação ora vigente.
a) entidades de utilidade pública e recursos próprios sem limitação
b) entidades esportivas e pessoas físicas até o limite de R$ 20.000 por doador
c) empresas até o limite de R$ 20.000 por doador e entidades beneficentes e religiosas
d) pessoas físicas até o limite de 10% dos rendimentos brutos do doador no ano de 2017 e
empresas até o limite de 2% do faturamento bruto de 2017
e) pessoas físicas até o limite de 10% dos rendimentos brutos do doador no ano de 2017 e
recursos próprios até o limite de gastos estabelecidos na lei para o cargo pretendido

Uma das principais modificações realizadas pela Reforma Eleitoral de 2015 (e posteriormen-
te referendada pelo STF) refere-se à impossibilidade do recebimento de doações, por parte
dos partidos políticos, de pessoas jurídicas. Com isso, duas passaram a ser, basicamente, as
fontes de recursos dos partidos políticos: doações realizadas por pessoas físicas e recursos
próprios da agremiação partidária. Com base neste entendimento, eliminamos as alterna-
tivas C e D.
No caso das pessoas físicas, o valor das doações não pode exceder a 10% dos rendimentos
brutos recebidos no ano anterior àquele em que irá ocorrer a eleição, conforme previsão da
Lei das Eleições:

Art. 23. Pessoas físicas poderão fazer doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro para cam-
panhas eleitorais, obedecido o disposto nesta Lei.
§ 1º As doações e contribuições de que trata este artigo ficam limitadas a 10% (dez por cento) dos
rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano anterior à eleição.

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Vejamos as entidades que estão impossibilitadas de doar recursos para os partidos políticos,
ainda de acordo com a Lei 9.504/1997:

Art. 24. É vedado, a partido e candidato, receber direta ou indiretamente doação em dinheiro ou
estimável em dinheiro, inclusive por meio de publicidade de qualquer espécie, procedente de:
I – entidade ou governo estrangeiro;
II – órgão da administração pública direta e indireta ou fundação mantida com recursos provenien-
tes do Poder Público;
III – concessionário ou permissionário de serviço público;
IV – entidade de direito privado que receba, na condição de beneficiária, contribuição compulsória
em virtude de disposição legal;
V – entidade de utilidade pública; (Erro da Letra A)
VI – entidade de classe ou sindical;
VII – pessoa jurídica sem fins lucrativos que receba recursos do exterior.
VIII – entidades beneficentes e religiosas;
IX – entidades esportivas; (Erro da Letra B)
X – organizações não-governamentais que recebam recursos públicos;
XI – organizações da sociedade civil de interesse público.
Letra e.

017. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIOTRE TO/2017/CONTABILIDADE/ADMINISTRATIVA)Res-


peitando-se os dispositivos legais pertinentes, a doação de recursos a campanhas eleitorais
a) não poderá ser feita por meio de pagamento com cartão de crédito.
b) poderá ser caracterizada por serviço de publicidade realizado por pessoa jurídica sem fins
lucrativos que receba recursos do exterior.
c) poderá ser caracterizada mediante a utilização de bens móveis de propriedade de pes-
soa física.
d) não poderá ser feita por meio de ferramentas bancárias na Internet.
e) poderá ser caracterizada mediante a utilização de imóvel de entidade esportiva, estiman-
do-se seu valor em dinheiro.

a) Errada. Uma das formas de realização das doações de recursos para a campanha eleitoral
é por meio da utilização de mecanismo de cartão de crédito, nos termos da Lei 9.504:

Art. 23, § 4º As doações de recursos financeiros somente poderão ser efetuadas na conta mencio-
nada no art. 22 desta Lei por meio de:
III – mecanismo disponível em sítio do candidato, partido ou coligação na internet, permitindo in-
clusive o uso de cartão de crédito, e que deverá atender aos seguintes requisitos (...)

b) Errada. Trata-se de uma das vedações ao recebimento de recursos por parte das agremia-
ções partidárias.

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Art. 24. É vedado, a partido e candidato, receber direta ou indiretamente doação em dinheiro ou
estimável em dinheiro, inclusive por meio de publicidade de qualquer espécie, procedente de:
VII – pessoa jurídica sem fins lucrativos que receba recursos do exterior.

c) Certa. A utilização de bens móveis de pessoa física é uma das formas de doação de recurso
para a campanha eleitoral. Neste sentido, merece destaque os dispositivos da Lei 9.504:

Art. 23. Pessoas físicas poderão fazer doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro para cam-
panhas eleitorais, obedecido o disposto nesta Lei.
§ 7º O limite previsto no § 1º deste artigo não se aplica a doações estimáveis em dinheiro relati-
vas à utilização de bens móveis ou imóveis de propriedade do doador ou à prestação de serviços
próprios, desde que o valor estimado não ultrapasse R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) por doador.

d) Errada. Com a entrada em vigor da Lei 13.488/2017, passamos a contar com a possibili-
dade de realização de doações por meio de técnicas e serviços de financiamento coletivo por
meio de sítios na internet, aplicativos eletrônicos e outros recursos similares.

Art. 23, § 4º As doações de recursos financeiros somente poderão ser efetuadas na conta mencio-
nada no art. 22 desta Lei por meio de:
IV – instituições que promovam técnicas e serviços de financiamento coletivo por meio de sítios
na internet, aplicativos eletrônicos e outros recursos similares, que deverão atender aos seguintes
requisitos (...)

e) Errada. As entidades esportivas estão dentre aquelas que não podem realizar doações aos
partidos políticos.

Art. 24. É vedado, a partido e candidato, receber direta ou indiretamente doação em dinheiro ou
estimável em dinheiro, inclusive por meio de publicidade de qualquer espécie, procedente de:
IX – entidades esportivas;

É importante salientar que o STF, no julgamento da ADI 4.650, declarou que é vedado aos par-
tidos políticos o recebimento de valores oriundos de qualquer tipo de pessoa jurídica.
Letra c.

018. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE TO/2017/CONTABILIDADE/ADMINISTRATIVA) De


acordo com a legislação pertinente, exceto nos casos de candidaturas para prefeito e verea-
dor em municípios nos quais não haja agência ou posto de atendimento bancário, serão con-
dições suficientes para que os candidatos promovam a arrecadação de recursos financeiros
a) o fornecimento, pela justiça eleitoral, de CNPJ ao candidato e a abertura de conta bancária
específica para registrar o movimento financeiro da campanha.
b) o registro da candidatura e a indicação de conta bancária de titularidade exclusiva do can-
didato para registrar o movimento financeiro da campanha.

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c) o registro da candidatura e o recebimento de depósito mínimo oriundo do fundo partidário


em conta de titularidade exclusiva do candidato.
d) o registro da candidatura e o fornecimento de CNPJ ao candidato pela justiça eleitoral.
e) o fornecimento, pela justiça eleitoral, de CNPJ ao candidato e o recebimento de depósito
mínimo oriundo do fundo partidário em conta de titularidade exclusiva do candidato.

De acordo com a Lei das Eleições, duas são as medidas necessárias para que os candidatos
possam iniciar o processo de arrecadação de recursos financeiros, sendo eles a abertura de
conta bancária e a inscrição no CNPJ.

Art. 22. É obrigatório para o partido e para os candidatos abrir conta bancária específica para re-
gistrar todo o movimento financeiro da campanha.
Art. 22-A. Os candidatos estão obrigados à inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ.
§ 1º Após o recebimento do pedido de registro da candidatura, a Justiça Eleitoral deverá fornecer
em até 3 (três) dias úteis, o número de registro de CNPJ.

Importante salientar que a abertura de conta bancária não é obrigatória para os casos de
candidatura para Prefeito e Vereador em Municípios onde não haja agência bancária ou posto
de atendimento bancário.
O simples registro da candidatura, por si só, não autoriza a arrecadação de recursos (Erro das
Letras B, C e D). De igual forma, não há a exigência de depósito mínimo (Erro da Letra E).
Letra a.

019. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE TO/2017/CONTABILIDADE/ADMINISTRATIVA)


Quanto ao limite de gastos em campanhas eleitorais, assinale a opção correta.
a) A extrapolação desse limite acarretará multa em valor equivalente ao dobro da quantia
excedente.
b) Nas campanhas para a eleição de prefeitos em municípios com até dez mil habitantes, o
limite será de cem mil reais.
c) O limite de gastos é fixado por lei no início de cada campanha, não sendo majorado em
caso de ocorrência de segundo turno nas eleições.
d) O Tribunal Superior Eleitoral define o limite de gastos a cada eleição, com base em parâ-
metros estabelecidos em lei.
e) Estarão excluídas do limite de gastos as despesas efetuadas pelos candidatos e as realiza-
das pelos partidos e que possam ser individualizadas em relação ao candidato.

a) Errada. Em caso de descumprimento dos limites de campanha, deverá haver o pagamento


de multa no valor equivalente a 100% da quantia que ultrapassar o limite.

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Art. 18-B. O descumprimento dos limites de gastos fixados para cada campanha acarretará o pa-
gamento de multa em valor equivalente a 100% (cem por cento) da quantia que ultrapassar o limite
estabelecido, sem prejuízo da apuração da ocorrência de abuso do poder econômico.

b) Errada. De acordo com a Lei 13.165/2015, o limite, nos Municípios de até dez mil eleitores,
era de R$ 100.000,00 (cem mil reais) para Prefeito e de R$ 10.000,00 (dez mil reais) para Ve-
reador. No entanto, o dispositivo em questão foi revogado pela Lei 13.488/2017.
c) Errada. Em caso de segundo turno, os valores serão majorados, haja vista que uma nova
eleição estará sendo realizada.
d) Certa. Trata-se de previsão do artigo 18 da Lei das Eleições, já de acordo com as alterações
promovidas pela Lei 13.488/2017.

Art. 18. Os limites de gastos de campanha serão definidos em lei e divulgados pelo Tribunal Supe-
rior Eleitoral.

e) Errada. Diversamente do que afirma a questão, as despesas que possam ser individuali-
zadas serão contabilizadas nos limites de gastos de campanha, conforme previsão da Lei
das Eleições.

Art. 18-A. Serão contabilizadas nos limites de gastos de cada campanha as despesas efetuadas
pelos candidatos e as efetuadas pelos partidos que puderem ser individualizadas.
Letra d.

020. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE MT/2015/”SEM ESPECIALIDADE”/ADMINISTRATI-


VA) Conforme disposto na Lei n. 9.504/1997, assinale a opção correta.
a) Os partidos políticos devem arcar com as despesas de campanha e de seus candidatos,
sendo também sua atribuição definir, com base nos parâmetros legais, os limites de gastos.
b) O administrador financeiro de campanha a cargo eletivo é o responsável, na esfera penal,
por eventuais irregularidades verificadas nas contas, ficando a responsabilidade do candidato
restrita à área civil.
c) No fim de campanha eleitoral a prefeito, vice-prefeito e vereador, os recursos que porven-
tura tiverem sobrado devem ser transferidos para o órgão diretivo nacional do partido dos
candidatos.
d) O registro de candidato expulso de seu partido até a data da eleição está sujeito a cancela-
mento, que deve ser solicitado pelo partido que o expulsou e decretado pela justiça eleitoral.
e) Embora seja assegurado aos partidos políticos, a cada eleição, o direito de manter os nú-
meros que lhe foram atribuídos na eleição anterior, essa garantia se estende aos candidatos
eleitos na última eleição.

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a) Errada. De acordo com o artigo 18 da Lei das Eleições (Lei n. 9.504 de 1997), os limites de
gastos de campanha eleitoral serão definidos por lei e divulgados pelo Tribunal Superior Elei-
toral. Já as despesas de campanha eleitoral, conforme o artigo 17 de tal norma, são de res-
ponsabilidade dos candidatos e dos partidos políticos, sendo que deverão ser apresentadas
à Justiça Eleitoral através da prestação de contas. Artigos mencionados abaixo transcritos:

Art. 17. As despesas da campanha eleitoral serão realizadas sob a responsabilidade dos partidos,
ou de seus candidatos, e financiadas na forma desta Lei.
Art. 18. Os limites de gastos de campanha, em cada eleição, são os definidos pelo Tribunal Supe-
rior Eleitoral com base nos parâmetros definidos em lei.

b) Errada. Após a Reforma Eleitoral, através da Lei n. 13.165/2015, somente os candidatos às


eleições majoritárias e proporcionais são os responsáveis pelas suas respectivas prestações
de contas sendo, consequentemente, responsáveis pelas esferas civil e penal. Conteúdo dos
§§ 1º e 2º do artigo 28 da Lei das Eleições alternados pela Reforma:

Art. 28, § 1º As prestações de contas dos candidatos às eleições majoritárias serão feitas pelo
próprio candidato, devendo ser acompanhadas dos extratos das contas bancárias referentes à
movimentação dos recursos financeiros usados na campanha e da relação dos cheques recebidos,
com a indicação dos respectivos números, valores e emitentes.
§ 2º As prestações de contas dos candidatos às eleições proporcionais serão feitas pelo próprio
candidato.

c) Errada. No caso de sobra de recursos de campanha eleitoral para os cargos de prefeito,


vice-prefeito e vereador, como se refere às eleições municipais, tais sobras deverão ser re-
passadas ao diretório municipal do partido ao qual o candidato está filiado. Embasamento no
artigo 31, I, da Lei das Eleições:

Art. 31. Se, ao final da campanha, ocorrer sobra de recursos financeiros, esta deve ser declarada
na prestação de contas e, após julgados todos os recursos, transferida ao partido, obedecendo aos
seguintes critérios:
I – no caso de candidato a Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador, esses recursos deverão ser transfe-
ridos para o órgão diretivo municipal do partido na cidade onde ocorreu a eleição, o qual será res-
ponsável exclusivo pela identificação desses recursos, sua utilização, contabilização e respectiva
prestação de contas perante o juízo eleitoral correspondente.

d) Certa. Por exemplo, caso um candidato filiado a partido político desobedecer a alguma
norma estatutária e for expulso, tal partido poderá solicitar o cancelamento do seu registro
perante a Justiça Eleitoral até a data do pleito eleitoral. Durante o processo de expulsão, é

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assegurado o direito constitucional de ampla defesa ao candidato. É o que estabelece o artigo


14 da Lei das Eleições:

Art. 14. Estão sujeitos ao cancelamento do registro os candidatos que, até a data da eleição, forem
expulsos do partido, em processo no qual seja assegurada ampla defesa e sejam observadas as
normas estatutárias.
Parágrafo único. O cancelamento do registro do candidato será decretado pela Justiça Eleitoral,
após solicitação do partido.

e) Errada. Vejam a sutileza do erro da assertiva: claramente se observa, conforme o § 1º do


artigo 15 da Lei 9.504, que aos partidos políticos ficam assegurados os números de suas
legendas referentes à última eleição. Entretanto, aos candidatos, eleitos e não eleitos, ficam
assegurados os mesmos números se concorrerem ao mesmo cargo.

Art. 15, § 1º Aos partidos fica assegurado o direito de manter os números atribuídos à sua legenda
na eleição anterior, e aos candidatos, nesta hipótese, o direito de manter os números que lhes fo-
ram atribuídos na eleição anterior para o mesmo cargo.
Letra d.

021. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE BA/2010/JUDICIÁRIA) O Tribunal Superior Eleitoral


(TSE) estuda um meio de barrar as doações ocultas na campanha eleitoral deste ano. De
acordo com uma resolução em estudo pelo tribunal, os partidos deverão especificar a origem
dos recursos repassados aos candidatos. Nas eleições anteriores, os doadores repassavam
valores aos partidos, e não eram identificados os candidatos que seriam beneficiados. E os
partidos distribuíam o dinheiro sem divulgar a fonte.
Agência Estado, 15/1/2010 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial, julgue o item que se segue.
A doação oculta ocorre quando o partido não informa à justiça eleitoral, na prestação de con-
tas relativas às eleições, o nome da empresa ou da pessoa natural que fez a doação.

A doação oculta ocorre quando os doadores de recursos financeiros para as agremiações


partidárias não fazem menção acerca do candidato para quem possuem o interesse de reali-
zar a contribuição financeira.
Consequentemente, a doação acaba sendo feita para o Partido Político, que pode utilizar os
recursos da forma que entender mais conveniente. Posteriormente, na prestação de contas,
o Partido menciona o nome dos doadores e os respectivos valores doados. Contudo, não há
qualquer identificação acerca de como ou quem fez uso dos recursos doados.
A doação oculta ganhou ênfase com a entrada em vigor da Reforma Eleitoral de 2015, que, ao
acrescentar o § 12 no artigo 28 da Lei das Eleições, institucionalizou e regulamentou a prática.

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Art. 28, § 12. Os valores transferidos pelos partidos políticos oriundos de doações serão registra-
dos na prestação de contas dos candidatos como transferência dos partidos e, na prestação de
contas dos partidos, como transferência aos candidatos, sem individualização dos doadores.

Não demorou, contudo, para a questão chegar à análise do STF, que, no julgamento da ADI
5394, concedeu liminar para suspender o trecho da Lei das Eleições introduzido pela Reforma
Eleitoral de 2015.
Atualmente, as doações ocultas estão vedadas em nosso ordenamento jurídico. Em outros
termos, significa em afirmar que todas as doações deverão ser especificadas, na prestação
de contas, detalhando a forma como os recursos foram utilizados.
Vejamos a redação do artigo 28, §12, já de acordo com a alteração legislativa decorrente da
Reforma Eleitoral de 2019:

Art. 28, § 12, Os valores transferidos pelos partidos políticos oriundos de doações serão registra-
dos na prestação de contas dos candidatos como transferência dos partidos e, na prestação de
contas anual dos partidos, como transferência aos candidatos.
Errado.

022. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE PE/2017/”SEM ESPECIALIDADE”/ADMINISTRATI-


VA) Assinale a opção correta acerca de prestação de contas dos gastos de campanha.
a) Se, ao final da campanha, ocorrer sobra de recursos financeiros, esta deverá ser utilizada na
criação e manutenção de instituto ou fundação de pesquisa e educação política.
b) O uso, na campanha, de recursos provenientes de conta outra que não aquela aberta com
essa finalidade específica implica as sanções de advertência ao candidato e multa.
c) A inobservância do prazo para a prestação de contas impede a diplomação dos eleitos,
enquanto perdurar.
d) Os partidos políticos, as coligações e os candidatos são obrigados a criar um sítio eletrôni-
co na rede mundial de computadores, para declarar os recursos recebidos nas suas campa-
nhas em até setenta e duas horas do seu recebimento.
e) O critério que autoriza a utilização do sistema simplificado de prestação de contas é ape-
nas a reduzida movimentação financeira do candidato.

a) Errada. Ocorrendo sobras de recursos financeiros decorrentes da campanha eleitoral, estes


deverão ser transferidos aos partidos políticos. Após a Reforma Eleitoral de 2015, os recursos
provenientes de sobras eleitorais não mais precisam ser utilizados para uma finalidade espe-
cífica, devendo apenas tais valores ser declarados, na prestação de contas, com a indicação
dos candidatos.

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Art. 31. Se, ao final da campanha, ocorrer sobra de recursos financeiros, esta deve ser declarada
na prestação de contas e, após julgados todos os recursos, transferida ao partido, obedecendo aos
seguintes critérios(...)
Parágrafo único. As sobras de recursos financeiros de campanha serão utilizadas pelos partidos
políticos, devendo tais valores ser declarados em suas prestações de contas perante a Justiça
Eleitoral, com a identificação dos candidatos.

b) Errada. O uso, na campanha, de recursos provenientes de conta outra que não aquela aber-
ta com essa finalidade específica não implica nas sanções de advertência ao candidato e
multa, mas sim na desaprovação da prestação de contas do partido ou candidato. Em caso de
abuso comprovado, será cancelado o registro da candidatura ou cassado o diploma.

Art. 22, § 3º O uso de recursos financeiros para pagamentos de gastos eleitorais que não prove-
nham da conta específica de que trata o caput deste artigo implicará a desaprovação da prestação
de contas do partido ou candidato; comprovado abuso de poder econômico, será cancelado o re-
gistro da candidatura ou cassado o diploma, se já houver sido outorgado.

c) Certa. Trata-se da literalidade do artigo 29, §2º, da Lei 9.504, de forma que a diplomação
apenas irá ocorrer em caso de envio, dentro do prazo, da prestação de contas relativa à cam-
panha eleitoral respectiva.

Art. 29, § 2º A inobservância do prazo para encaminhamento das prestações de contas impede a
diplomação dos eleitos, enquanto perdurar.

d) Errada. A divulgação dos recursos recebidos para financiamento da campanha eleitoral


deve ser feita, na internet, no prazo de 72 horas do recebimento. Contudo, ao contrário do que
informado pela alternativa, a divulgação deverá ser feita em sítio eletrônico criado pela Justi-
ça Eleitoral, e não pelos partidos políticos.

Art. 28, § 4º Os partidos políticos, as coligações e os candidatos são obrigados, durante as cam-
panhas eleitorais, a divulgar em sítio criado pela Justiça Eleitoral para esse fim na rede mundial de
computadores (internet) (...)
I – os recursos em dinheiro recebidos para financiamento de sua campanha eleitoral, em até 72
(setenta e duas) horas de seu recebimento;

e) Errada. Dois são os critérios que podem ser utilizados para a adoção da sistemática sim-
plificada de prestação de contas:
a) populacional (adotada em municípios com menos de 50 mil eleitores);
b) financeira (movimentação de até R$ 20 mil por eleição);

Art. 28, § 9º A Justiça Eleitoral adotará sistema simplificado de prestação de contas para can-
didatos que apresentarem movimentação financeira correspondente a, no máximo, R$ 20.000,00

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(vinte mil reais), atualizados monetariamente, a cada eleição, pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor - INPC da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE ou por índice
que o substituir.
§ 11. Nas eleições para Prefeito e Vereador de Municípios com menos de cinquenta mil eleitores,
a prestação de contas será feita sempre pelo sistema simplificado a que se referem os §§ 9º e 10.
Letra c.

023. (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE PE/2017/”SEM ESPECIALIDADE”/ADMINISTRATIVA)


Assinale a opção correta a respeito da prestação de contas de campanha eleitoral e da pres-
tação de contas partidárias.
a) Em eleição majoritária, a prestação de contas de candidato terá de ser feita pelo próprio
candidato.
b) A prestação de contas de candidato participante de eleição proporcional deverá ser feita
pelo comitê financeiro do partido.
c) Caso esteja pendente processo judicial relativo às contas de candidato vitorioso, a docu-
mentação quanto a elas só poderá ser destruída depois de cento e oitenta dias da diplomação.
d) Nas eleições para prefeito de municípios com menos de cinquenta mil eleitores, a pres-
tação de contas será feita por sistema simplificado, desde que os gastos sejam inferiores a
vinte e cinco mil reais.
e) Eventual sobra de valores ao final de campanha eleitoral deve ser declarada na prestação
de contas e, após julgados todos os recursos, devolvida ao candidato.

Nas eleições Majoritárias, a prestação de contas será realizada por intermédio do candidato,
conforme previsão no artigo 28, § 1º, da Lei das Eleições:

Art. 28, §1º, As prestações de contas dos candidatos às eleições majoritárias serão feitas pelo
próprio candidato, devendo ser acompanhadas dos extratos das contas bancárias referentes à
movimentação dos recursos financeiros usados na campanha e da relação dos cheques recebidos,
com a indicação dos respectivos números, valores e emitentes.

No caso das eleições Proporcionais, temos que a prestação deverá ser feita por meio do pró-
prio candidato, conforme previsão no § 2º do mesmo artigo da Lei 9.504/1997:

Art. 28, §2º, As prestações de contas dos candidatos às eleições proporcionais serão feitas pelo
próprio candidato.

a) Certa. Como verificado, a prestação de contas dos candidatos às eleições majoritárias deve
ser feita pelo próprio candidato.

Art. 28. A prestação de contas será feita:

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§ 1º As prestações de contas dos candidatos às eleições majoritárias serão feitas pelo próprio
candidato, devendo ser acompanhadas dos extratos das contas bancárias referentes à movimen-
tação dos recursos financeiros usados na campanha e da relação dos cheques recebidos, com a
indicação dos respectivos números, valores e emitentes.

b) Errada. Tal como ocorre com as eleições majoritárias, a prestação de contas dos candida-
tos às eleições proporcionais deve ser feita pelos próprios candidatos, não havendo mais a
participação dos comitês financeiros.
c) Errada. Tendo o candidato vitorioso processo judicial relativo às contas prestadas, a docu-
mentação pertinente deve ser conservada até a decisão final do respectivo processo.

Art. 32, Parágrafo único. Estando pendente de julgamento qualquer processo judicial relativo às
contas, a documentação a elas concernente deverá ser conservada até a decisão final.

d) Errada. De acordo com a Lei 9.504, a Justiça Eleitoral adotará sistema simplificado de pres-
tação de contas para candidatos que apresentarem movimentação financeira correspondente
a, no máximo, R$ 20.000,00 (vinte mil reais). Tal sistemática, no entanto, também será ado-
tada nos municípios com até 50 mil eleitores, independente dos valores relativos aos gastos
de campanha.

Art. 28, § 11. Nas eleições para Prefeito e Vereador de Municípios com menos de cinquenta mil
eleitores, a prestação de contas será feita sempre pelo sistema simplificado a que se referem os
§§ 9º e 10.

e) Errada. Em caso de sobra de recursos financeiros, os valores, após o julgamento de todos


os recursos, serão transferidos ao partido político, e não ao candidato.

Art. 31. Se, ao final da campanha, ocorrer sobra de recursos financeiros, esta deve ser declarada
na prestação de contas e, após julgados todos os recursos, transferida ao partido, obedecendo aos
seguintes critérios (...)
Letra a.

024. (COM. EXAM./MPE SC/MPE SC/2019) De acordo com a Lei n. 9.504/1997, as despesas
da campanha eleitoral serão realizadas sob a responsabilidade dos partidos, ou de seus can-
didatos, e financiadas na forma dessa Lei, enquanto os limites de gastos de campanha serão
definidos e divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral.

De acordo com o artigo 18 da Lei 9.504, “Os limites de gastos de campanha serão definidos em
lei e divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral”.

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Assim, o erro da questão está em afirmar que os limites de gastos de campanha serão defini-
dos e divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral, quando, na verdade, serão definidos em lei,
apenas sendo divulgados pelo TSE.
Errado.

025. (FUNDATEC/PROC/ALERS/2018) Quanto à prestação de contas prevista na Lei n.


9.504/1997, a Justiça Eleitoral verificará a regularidade das contas de campanha, decidindo:
I – Pela aprovação, quando estiverem regulares.
II – Pela desaprovação, mesmo quando verificadas falhas que não lhes comprometam a re-
gularidade, devendo ser ajustada conforme decisão.
III – Pela não prestação, quando não apresentadas as contas após a notificação emitida pela
Justiça Eleitoral, na qual constará a obrigação expressa de prestar as suas contas, no prazo
de setenta e duas horas.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.

Para responder a questão, temos que fazer uso das disposições do artigo 30 da Lei das Elei-
ções, que estabelece os possíveis resultados decorrentes da apresentação da prestação de
contas pela Justiça Eleitoral.

Art. 30. A Justiça Eleitoral verificará a regularidade das contas de campanha, decidindo:
I – pela aprovação, quando estiverem regulares; (Item I)
II – pela aprovação com ressalvas, quando verificadas falhas que não lhes comprometam a regu-
laridade; (Erro do Item II)
III – pela desaprovação, quando verificadas falhas que lhes comprometam a regularidade;
IV – pela não prestação, quando não apresentadas as contas após a notificação emitida pela Jus-
tiça Eleitoral, na qual constará a obrigação expressa de prestar as suas contas, no prazo de setenta
e duas horas. (Item III)
Letra d.

026. (IADES/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE PA/2014/”SEM ESPECIALIDADE”/ADMINISTRATIVA)


Considerando a arrecadação e a aplicação de recursos nas campanhas eleitorais, assinale a
alternativa correta.

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a) As despesas da campanha eleitoral serão realizadas sob a responsabilidade dos partidos,


candidatos ou entidades estrangeiras.
b) As despesas com transporte ou deslocamento de candidato e de pessoal a serviço da can-
didatura não são consideradas gasto eleitoral.
c) O aluguel de bens particulares para veiculação por qualquer meio de propaganda eleitoral
não configura despesa eleitoral sujeita a limite.
d) É vedado a partido político e a candidato receber direta ou indiretamente doação em dinhei-
ro procedente de entidades beneficentes e religiosas.
e) Não é obrigatório para o partido e para os candidatos abrir conta bancária específica com
o objetivo de registrar o movimento financeiro da campanha política.

a) Errada. De acordo com o artigo 17 da Lei 9.504, temos a previsão de que “As despesas da
campanha eleitoral serão realizadas sob a responsabilidade dos partidos, ou de seus candida-
tos, e financiadas na forma desta Lei”. Logo, é impossível o financiamento da campanha elei-
toral por meio de entidades estrangeiras.
b) Errada. Nos termos do artigo 26, IV, da Lei 9504, são considerados gastos eleitorais, den-
tre outros,

despesas com transporte ou deslocamento de candidato e de pessoal a serviço das candidaturas,


observadas as exceções previstas no § 3º deste artigo.

A exceção mencionada refere-se às despesas de natureza pessoal do candidato.


c) Errada. Nos termos do artigo 26, III, temos a seguinte previsão:

Art. 26. São considerados gastos eleitorais, sujeitos a registro e aos limites fixados nesta Lei:
III – aluguel de locais para a promoção de atos de campanha eleitoral;

Assim, e o partido ou coligação alugar qualquer bem que seja e utilizá-lo na campanha elei-
toral, a despesas incorrida com o respectivo aluguel será considerada um gasto eleitoral e,
como tal, estará sujeito a todos os limites estipulados em lei.
d) Certa. sendo a perfeita definição do artigo 24, VIII, da Lei das Eleições:

É vedado, a partido e candidato, receber direta ou indiretamente doação em dinheiro ou estimável


em dinheiro, inclusive por meio de publicidade de qualquer espécie, procedente de:
VIII – entidades beneficentes e religiosas;

e) Errada, uma vez que é obrigatório a abertura de conta corrente, por parte dos partidos po-
líticos, com a finalidade de registrar toda a movimentação financeira da campanha, tal como
as doações e gastos realizados. Nos termos da Lei 9.504, em seu artigo 22:

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É obrigatório para o partido e para os candidatos abrir conta bancária específica para registrar todo
o movimento financeiro da campanha.
Letra d.

027. (CONSULPLAN/ANALISTA JUDICIÁRIO/TSE/2012/JUDICIÁRIA) Fulgêncio Baptista fez


doação à campanha eleitoral de Ernesto Insurgente mediante transferência bancária, via In-
ternet, sem assinar recibo. Neste caso,
a) haverá vício insanável, eis que a lei obriga a assinatura do recibo.
b) Fulgêncio poderá regularizar a situação, assinando o recibo.
c) em qualquer hipótese, a transferência eletrônica de recursos dispensa o recibo.
d) a transferência eletrônica, identificado o doador, dispensa a assinatura do recibo.

Após a Reforma Eleitoral de 2015, inúmeras foram as alterações promovidas na Lei 9.504 com
relação à possibilidade de doação de valores, por parte dos particulares, aos partidos e coli-
gações políticas. Vejamos o atual teor do artigo 23, §4º, III, da norma em análise:

Art. 23. Pessoas físicas poderão fazer doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro para cam-
panhas eleitorais, obedecido o disposto nesta Lei.
§ 4º As doações de recursos financeiros somente poderão ser efetuadas na conta mencionada no
art. 22 desta Lei por meio de:
I – cheques cruzados e nominais ou transferência eletrônica de depósitos;
II – depósitos em espécie devidamente identificados até o limite fixado no inciso I do § 1º deste
artigo.
III – mecanismo disponível em sítio do candidato, partido ou coligação na internet, permitindo in-
clusive o uso de cartão de crédito, e que deverá atender aos seguintes requisitos:
a) identificação do doador;
b) emissão obrigatória de recibo eleitoral para cada doação realizada.
Letra d.

028. (AOCP/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE AC/2015/ADMINISTRATIVA) Conforme a Lei n.


9.504/1997, alguns gastos eleitorais são limitados. Em relação a esses gastos, assinale a
alternativa correta.
a) É de 20% o limite de gastos com alimentação com as pessoas que prestam serviços às
candidaturas e comitês eleitorais.
b) É de 10% o limite de gastos com aluguel de veículos automotores que prestam serviços às
candidaturas e comitês eleitorais.
c) Qualquer eleitor poderá realizar gastos, em apoio a candidato de sua preferência, até a quan-
tia equivalente a um mil UFIR, não sujeitos à contabilização, desde que não reembolsados.

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Lei das Eleições – Parte II
Diogo Surdi

d) A doação do órgão de direção partidária correspondente poderá representar, no máximo,


30% das receitas utilizadas pelo candidato na campanha eleitoral.
e) Não há limite de gastos para a campanha presidencial, sendo os eventuais abusos objeto
de apuração mediante as ações eleitorais pertinentes.

a) Errada. O limite de gastos com a alimentação do pessoal que trabalha para os candidatos
nas propagandas eleitorais é de 10% do total da campanha. Embasamento no inciso I do ar-
tigo 26 da Lei das Eleições:

Art. 26, Parágrafo único. São estabelecidos os seguintes limites com relação ao total do gasto da
campanha:
I – alimentação do pessoal que presta serviços às candidaturas ou aos comitês eleitorais: 10%
(dez por cento);
II – aluguel de veículos automotores: 20% (vinte por cento).

b) Errada. Da mesma forma que existe limite de gastos com a alimentação do pessoal que
trabalha nas campanhas eleitorais, também há para aluguel de veículos automotores, que
no caso é de 20%. É o que estabelece o inciso II do artigo 26 acima descrito. A banca tentou
confundir os candidatos trocando os percentuais.
c) Certa. No caso, o eleitor não vai fazer doação, mas sim realizar gastos para ajudar seu can-
didato preferido na campanha eleitoral. Conteúdo do artigo 27 da Lei das Eleições:

Art. 27. Qualquer eleitor poderá realizar gastos, em apoio a candidato de sua preferência, até a
quantia equivalente a um mil UFIR, não sujeitos a contabilização, desde que não reembolsados.

d) Errada. Não existe na legislação eleitoral vigente a possibilidade de órgão de direção parti-
dária efetuar doação para candidato na campanha eleitoral.
e) Errada. Pelo contrário, há limite de gastos para qualquer campanha eleitoral, e este é defi-
nido em lei e divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral em todas as eleições. É o que descreve
o artigo 18 da Lei acima citada:

Art. 18. Os limites de gastos de campanha serão definidos em lei e divulgados pelo Tribunal Supe-
rior Eleitoral.
Letra c.

029. (COMISSÃO EXAMINADORA DO PME SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/MPE SC/2013) De


acordo com a Lei 9.504/1997, qualquer eleitor poderá realizar gastos, em apoio a candidato
de sua preferência, até a quantia equivalente a um mil UFIR, não sujeitos a contabilização,
desde que não reembolsados.

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Lei das Eleições – Parte II
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A questão reproduz, de forma correta, a literalidade do artigo 27 da Lei das Eleições, que apre-
senta a seguinte redação:

Art. 27. Qualquer eleitor poderá realizar gastos, em apoio a candidato de sua preferência, até a
quantia equivalente a um mil UFIR, não sujeitos a contabilização, desde que não reembolsados.

Assim, podem os eleitores realizar gastos a candidatos de sua preferência até a quantia equi-
valente a 1 mil UFIR, não havendo necessidade, até estes valores, de contabilização. Para
isso, os valores não poderão ter sido reembolsados em momento posterior.
Certo.

030. (CONSULPLAN/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE RJ/2017/ADMINISTRATIVA) As despesas


da campanha eleitoral serão realizadas sob a responsabilidade dos partidos, ou de seus can-
didatos, e financiadas na forma da Lei n. 9.504, de 30 de setembro de 1997. Sobre o tema,
analise as afirmativas a seguir.
I – Os limites de gastos de campanha serão definidos em lei e divulgados pelo Tribunal Su-
perior Eleitoral.
II – É facultativo para o partido e para os candidatos abrir conta bancária específica para re-
gistrar todo o movimento financeiro da campanha.
III – Aos candidatos é facultada a inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ.
IV – A realização de pesquisas ou testes pré-eleitorais são considerados gastos eleitorais,
sujeitos a registro e aos limites fixados na lei.
Estão corretas apenas as afirmativas
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) III e IV.

I – Certa. Os limites para os gastos de campanha serão definidos, de acordo com a Lei 9.504,
pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Art. 18. Os limites de gastos de campanha serão definidos em lei e divulgados pelo Tribunal Supe-
rior Eleitoral.

II – Errada. A abertura de conta bancária, diversamente do que previsto, é obrigatória para os


partidos e candidatos.

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Art. 22. É obrigatório para o partido e para os candidatos abrir conta bancária específica para re-
gistrar todo o movimento financeiro da campanha.

III – Errada. A inscrição no CNPJ trata-se de medida obrigatória para todos os candidatos.

Art. 22-A. Os candidatos estão obrigados à inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica -
CNPJ.

IV – Certa. De acordo com a Lei das Eleições, a realização de pesquisas e testes pré-eleitorais
são considerados gastos eleitorais.

Art. 26. São considerados gastos eleitorais, sujeitos a registro e aos limites fixados nesta Lei:
XII – realização de pesquisas ou testes pré-eleitorais;
Letra b.

031. (FGV/JUIZ ESTADUAL/TJ AM/2013) Sobre o tema prestação de contas de campanha,


analise as afirmativas a seguir.
I – Compete à Receita Federal verificar a regularidade das contas de campanha, decidindo
pela sua aprovação ou por sua desaprovação.
II – A decisão que julgar as contas dos candidatos eleitos será publicada após a diplomação.
III – Erros formais ou materiais irrelevantes no conjunto da prestação de contas, que não
comprometem seu resultado, não acarretarão a rejeição das contas.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

I – Errada. A Receita Federal, órgão do Poder Executivo, não é competente para analisar as
prestações de contas. Como estamos no âmbito da Justiça Especializada, o que vale é que
apenas esta é competente para tal. Assim dispõe o artigo 30 da Lei 9504:

A Justiça Eleitoral verificará a regularidade das contas de campanha (...).

II – Errada. Vejam que não faria nenhum sentido publicar a decisão que julgou a prestação de
contas após a diplomação. Para evitar isso, a Lei 9.504, já com as alterações promovidas pela
Reforma Eleitoral de 2015, determina, no § 1º do artigo 30, que:

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Art. 30, § 1º A decisão que julgar as contas dos candidatos eleitos será publicada em sessão até
três dias antes da diplomação.

III – Certa. Ainda que a prestação de contas seja de extrema importância para a fiscalização
do cumprimento das normas legais, não podemos, sob o risco de tornarmos a prestação al-
tamente burocrática, considerar que a mesma está em desacordo quando estivermos diante
de meros erros formais ou materiais irrelevantes.
E isso decorre diretamente do princípio da eficiência e da noção de administração gerencial,
pessoal. Vejamos o teor da norma (§ 2º do artigo 30 da Lei das Eleições):

Art. 30, § 2º, Erros formais e materiais corrigidos não autorizam a rejeição das contas e a comina-
ção de sanção a candidato ou partido.
Letra c.

032. (FGV/PROCURADOR LEGISLATIVO/ALMT/2013) Sobre o tema “Despesas de Campanha


Eleitoral”, assinale a afirmativa correta.
a) As despesas de campanha eleitoral não se sujeitam a qualquer controle.
b) As despesas de campanha eleitoral serão realizadas apenas sob a responsabilidade exclu-
siva dos partidos e financiadas na forma da lei.
c) As despesas da campanha eleitoral serão realizadas sob a responsabilidade exclusiva dos
candidatos e financiadas na forma da lei.
d) As despesas da campanha eleitoral serão realizadas sob a responsabilidade dos partidos,
ou dos candidatos, e serão financiadas na forma da lei.
e) As despesas de campanha eleitoral serão realizadas exclusivamente através de ver-
ba pública.

As despesas de campanha eleitoral constituem-se em tema de grande importância para o


Direito Eleitoral, que regula o tema, basicamente, por meio da Lei das Eleições. O objetivo de
termos uma forte regulamentação é evitar que o poderio econômico de determinados candi-
datos prejudique a lisura e o correto funcionamento das eleições.
Para responder à questão, temos que fazer uso das disposições do artigo 17 da Lei 9.504:

Art. 17. As despesas da campanha eleitoral serão realizadas sob a responsabilidade dos partidos,
ou de seus candidatos, e financiadas na forma desta Lei.
Letra d.

033. (IADES/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE PA/2014/JUDICIÁRIA) Com relação à prestação de


contas, assinale a alternativa em que a Lei n. 9.504/1996 (Lei das Eleições) disciplina o prazo
de entrega.

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a) Até o trigésimo dia posterior à realização das eleições.


b) Até o nonagésimo dia posterior à realização das eleições.
c) Até o encerramento do ano em que realizada as eleições.
d) Até a cessação da apuração das eleições.
e) Até um ano após o encerramento das eleições.

Nos termos da Lei 9.504/1997, em seu artigo 29, III e IV, os comitês devem encaminhar à Jus-
tiça Eleitoral, até o trigésimo dia posterior à realização das eleições, o conjunto da prestação
de contas de seus candidatos e do próprio comitê. Em caso de segundo turno, o partido deve
encaminhar a prestação referente aos dois turnos no prazo de 20 dias, que serão contados da
data da realização das eleições.

Art. 29. Ao receber as prestações de contas e demais informações dos candidatos às eleições
majoritárias e dos candidatos às eleições proporcionais que optarem por prestar contas por seu
intermédio, os comitês deverão:
III – encaminhar à Justiça Eleitoral, até o trigésimo dia posterior à realização das eleições, o con-
junto das prestações de contas dos candidatos e do próprio comitê, na forma do artigo anterior,
ressalvada a hipótese do inciso seguinte;
IV – havendo segundo turno, encaminhar a prestação de contas, referente aos 2 (dois) turnos, até
o vigésimo dia posterior à sua realização.
Letra a.

034. (CONSULPLAN/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE MG/2015/CONTABILIDADE/ADMINISTRA-


TIVA) A Justiça Eleitoral verificará a regularidade das contas de campanha, decidindo: pela
aprovação, quando estiverem regulares; pela aprovação com ressalvas, quando verificadas
falhas que não lhes comprometam a regularidade; pela desaprovação, quando verificadas
falhas que lhes comprometam a regularidade; pela não prestação, quando não apresenta-
das as contas após a notificação emitida pela Justiça Eleitoral. Caso a decisão seja pela
não prestação, constará obrigação expressa de prestar as suas contas, contas de campanha,
no prazo de
a) sete dias úteis.
b) vinte e quatro horas.
c) setenta e duas horas.
d) oito dias antes da diplomação.

Dada a importância das eleições, e como forma de evitar que o abuso do poder econômico
possa influenciar na legitimidade popular, a Lei 9.504 apresenta uma série de atribuições que
devem ser satisfeitas pelos candidatos e partidos políticos, dentre as quais se inclui a pres-
tação de contas eleitoral.

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Mas o que acontece se o candidato ou comitê não apresentar a respectiva prestação de


contas dentro do prazo definido em lei?

A resposta nos é dada com o §2º do artigo 29 da Lei 9.504/1997, de seguinte teor:

Art. 29, §2º, A inobservância do prazo para encaminhamento das prestações de contas impede a
diplomação dos eleitos, enquanto perdurar.

Recebidas as contas, é o momento de a Justiça Eleitoral analisar toda a documentação e


emitir parecer. Quatro são os possíveis resultados, a depender da regularidade das contas
apresentadas, de forma que a Justiça Eleitoral irá decidir:

I – pela aprovação, quando estiverem regulares;


II – pela aprovação com ressalvas, quando verificadas falhas que não lhes comprometam a regu-
laridade;
III – pela desaprovação, quando verificadas falhas que lhes comprometam a regularidade;
IV – pela não prestação, quando não apresentadas as contas após a notificação emitida pela Jus-
tiça Eleitoral, na qual constará a obrigação expressa de prestar as suas contas, no prazo de setenta
e duas horas;
Letra c.

035. (AOCP/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE AC/2015/JUDICIÁRIA) Findas as eleições, é neces-


sária a prestação de contas das campanhas eleitorais referente à arrecadação e aplicação de
recursos financeiros. Referente ao assunto, analise as assertivas e assinale a alternativa que
aponta a(s) correta(s).
I – A prestação de contas de cessão de bens imóveis de valor inferior a R$4.000,00 (quatro mil
reais) por pessoa cedente é dispensada.
II – O candidato que concorrer ao segundo turno deverá prestar contas separadas para as
duas etapas.
III – Erros formais ou materiais irrelevantes, que não comprometam o resultado, acarretarão
a rejeição das contas.
IV – Débitos de campanha não quitados até a data de apresentação de contas poderão ser
assumidos pelo partido político.
a) Apenas I e II.
b) Apenas I e IV.
c) Apenas II e IV.
d) Apenas II, III e IV.
e) Apenas IV.

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I – Errada. A banca trocou apenas a palavra móveis por imóveis. Se o valor da cessão de mó-
veis for de até R$ 4.000,00, esta fica dispensada de apresentação na prestação de contas das
campanhas eleitorais dos candidatos, partidos e coligações. É o que estabelece o inciso I do
artigo 28, §6º, da Lei das Eleições (Lei 9.504 de 1997):

Art. 28, § 6º Ficam também dispensadas de comprovação na prestação de contas:


I – a cessão de bens móveis, limitada ao valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) por pessoa cedente.

II – Errada. O candidato que concorrer no segundo turno das eleições, deverá encaminhar a
prestação de contas, para a Justiça Eleitoral, referente aos 2 turnos, até o vigésimo dia de-
pois da realização do segundo turno. É o que dispõe do inciso IV do artigo 29 da Lei acima
mencionada:

Art. 29. Ao receber as prestações de contas e demais informações dos candidatos às eleições
majoritárias e dos candidatos às eleições proporcionais que optarem por prestar contas por seu
intermédio, os comitês deverão:
IV – havendo segundo turno, encaminhar a prestação de contas, referente aos 2 (dois) turnos, até
o vigésimo dia posterior à sua realização.

III – Errada. Erros formais ou materiais são, por exemplo, quando deveria ter sido inserido
um valor de R$ 100,00 para pagamento de produção de vinheta e foi inserido R$ 1.000,00 por
engano. Isso não é grave e pode ser retificado sem acarretar a rejeição das contas. Embasa-
mento no § 2º do artigo 30 da Lei acima descrita:

Art. 30, § 2º-A. Erros formais ou materiais irrelevantes no conjunto da prestação de contas, que
não comprometam o seu resultado, não acarretarão a rejeição das contas.

IV – Certa. Se por acaso algum candidato ou partido, numa eleição para governador, por exem-
plo, conseguiu quitar apenas parte das despesas de campanha eleitoral, o restante que ficou
pendente poderá ser assumido pelo partido, mas por decisão do órgão nacional de direção
partidária. É o conteúdo do § 3º do artigo 29 da Lei das Eleições:

Art. 29, § 3º Eventuais débitos de campanha não quitados até a data de apresentação da presta-
ção de contas poderão ser assumidos pelo partido político, por decisão do seu órgão nacional de
direção partidária.
Letra e.

036. (PONTUA/TÉCNICOJUDICIÁRIO/TRESC/2011/”SEMESPECIALIDADE”/ADMINISTRATIVA)
No que diz respeito à arrecadação e à prestação de contas, assinale a alternativa INCORRETA:

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a) A responsabilidade pelas despesas de campanha é autônoma em relação a candidatos


e partidos.
b) Nos documentos integrantes da prestação de contas, são obrigatórias as assinaturas do
candidato e do seu administrador financeiro, caso exista.
c) Quanto à veracidade das informações financeiras e contábeis da campanha, a responsabi-
lidade é autônoma entre o candidato e o seu administrador financeiro.
d) É obrigatória a abertura de conta específica para registrar o movimento financeira
da campanha.

a) Certa. As despesas de campanha, de acordo com a Lei 9.504, podem ser realizadas tanto
sob a responsabilidade do candidato quanto sob a responsabilidade dos respectivos partidos
políticos.

Art. 17. As despesas da campanha eleitoral serão realizadas sob a responsabilidade dos partidos,
ou de seus candidatos, e financiadas na forma desta Lei.

b) Certa. No momento da realização da prestação de contas, tanto o candidato quanto seu


administrador devem assinar o documento entregue à Justiça Eleitoral.

Art. 21. O candidato é solidariamente responsável com a pessoa indicada na forma do art. 20 desta
Lei pela veracidade das informações financeiras e contábeis de sua campanha, devendo ambos
assinar a respectiva prestação de contas.

c) Errada. Como analisado na alternativa anterior, a responsabilidade entre o candidato e seu


eventual administrador financeiro é solidária, de forma que eventuais erros ou omissões po-
dem ser exigidos, diretamente, de qualquer uma das partes.

Art. 21. O candidato é solidariamente responsável com a pessoa indicada na forma do art. 20 desta
Lei pela veracidade das informações financeiras e contábeis de sua campanha, devendo ambos
assinar a respectiva prestação de contas.

d) Certa. Para a movimentação de recursos destinados ao financiamento da campanha elei-


toral, os partidos políticos e os candidatos devem, obrigatoriamente, abrir conta corrente,
conforme previsão na Lei das Eleições.

Art. 22. É obrigatório para o partido e para os candidatos abrir conta bancária específica para re-
gistrar todo o movimento financeiro da campanha.
Letra c.

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037. (CONSULTEC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE SC/2014/JUDICIÁRIA) O artigo 30, da Lei


n. 9.504/1997, estabelece que a Justiça Eleitoral verificará a regularidade das contas
de campanha.
Sobre o assunto, identifique com V ou com F. conforme sejam verdadeiras ou falsas as afir-
mativas a seguir:

( ) A Lei n. 9.504/1997 dispõe que a Justiça Eleitoral decidirá pela aprovação das contas
de campanha, quando estiverem regulares.
( ) A Lei n. 9.504/1997 dispõe que a Justiça Eleitoral decidirá pela desaprovação das con-
tas de campanha, quando verificadas falhas que não lhes comprometam a regularidade.
( ) A Lei n. 9.504/1997 dispõe que a Justiça Eleitoral decidirá pela não prestação das con-
tas de campanha, quando verificadas falhas que lhes comprometam a regularidade.
( ) Os dados relativos às prestações de contas são públicos e podem ser consultados
livremente pelos interessados, que, se desejarem, poderão solicitar cópias impressas
ou em meio magnético, ficando responsáveis pelos respectivos custos e pela utiliza-
ção que derem ás informações recebidas.

A alternativa que contém a sequência correta, baixo, é a de cima para


a) F F F V
b) F F V F
c) V F V V
d) V F F V
e) V V F V

I – Verdadeira. Estando regulares, as contas deverão ser aprovadas pela Justiça Eleitoral.
II – Falsa. Havendo falhas que não comprometam a regularidade das contas, a decisão deverá
ser pela aprovação com ressalvas.
III – Falsa. Havendo falhas que comprometam a regularidade das contas, deve a Justiça Elei-
toral decidir pela desaprovação.

Art. 30. A Justiça Eleitoral verificará a regularidade das contas de campanha, decidindo:
I – pela aprovação, quando estiverem regulares;
II – pela aprovação com ressalvas, quando verificadas falhas que não lhes comprometam a regu-
laridade;
III – pela desaprovação, quando verificadas falhas que lhes comprometam a regularidade;
IV – pela não prestação, quando não apresentadas as contas após a notificação emitida pela Jus-
tiça Eleitoral, na qual constará a obrigação expressa de prestar as suas contas, no prazo de setenta
e duas horas.

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IV – Verdadeira. No Res 21.228, o TSE decidiu que os dados relacionados com a prestação
de contas são públicos e podem ser consultados por todos os interessados. Poderão estes,
ainda, solicitar cópias em meio magnético ou de forma impressa, hipótese em que deverão
arcar com os custos necessários para a disponibilização.

Os dados relativos às prestações de contas são públicos e podem ser consultados livremente pelos
interessados, que, se desejarem, poderão solicitar cópias, impressas ou em meio magnético, fican-
do responsáveis pelos respectivos custos e pela utilização que derem às informações recebidas.
Letra d.

038. (VUNESP/ANALISTA LEGISLATIVO/CM REGISTRO/2016) No que se refere a captação ou


gastos ilícitos de recursos para fins eleitorais, é correto afirmar que
a) qualquer eleitor ou partido político poderá representar à Justiça Eleitoral, no prazo de 30
(trinta) dias da posse, relatando fatos e indicando provas, e pedir a abertura de investigação
judicial para apurar condutas em desacordo com as normas relativas à arrecadação e gastos
de recursos.
b) qualquer partido político ou coligação poderá representar à Justiça Eleitoral, no prazo de 15
(quinze) dias da posse, relatando fatos e indicando provas, e pedir a abertura de investigação
judicial para apurar condutas em desacordo com as normas relativas ao processo eleitoral.
c) qualquer eleitor, partido político ou coligação poderá representar ao Ministério Público, no
prazo de 30 (trinta) dias da diplomação, relatando fatos e indicando provas, e pedir a abertura
de inquérito judicial para apurar condutas em desacordo com as normas relativas à arreca-
dação e gastos de recursos.
d) qualquer partido político ou coligação poderá representar à Justiça Eleitoral, no prazo de
30 (trinta) dias da diplomação, relatando fatos e indicando provas, e pedir a abertura de in-
vestigação judicial para apurar condutas em desacordo com as normas relativas ao processo
eleitoral.
e) qualquer partido político ou coligação poderá representar à Justiça Eleitoral, no prazo de 15
(quinze) dias da diplomação, relatando fatos e indicando provas, e pedir a abertura de inves-
tigação judicial para apurar condutas em desacordo com as normas relativas à arrecadação
e gastos de recursos.

Na situação apresentada pela questão, estamos diante da captação ilícita de recursos para
fins eleitorais, cuja previsão encontra fundamento no artigo 30-A da Lei 9.504, de seguinte teor:

Art. 30-A. Qualquer partido político ou coligação poderá representar à Justiça Eleitoral, no prazo de
15 (quinze) dias da diplomação, relatando fatos e indicando provas, e pedir a abertura de investiga-
ção judicial para apurar condutas em desacordo com as normas desta Lei, relativas à arrecadação
e gastos de recursos.

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Importante frisar que o eleitor não é parte legitimada para a presente representação, mas sim
apenas os partidos políticos, as coligações e, assim como ocorre em todas as ações eleito-
rais, o Ministério Público. Com isso, eliminamos as alternativas A e C.
Na Letra B, o prazo de 15 dias não é contado da data da posse, mas sim da diplomação dos
candidatos. Na Letra D, o prazo é de 15 dias, e não 30.
Letra e.

039. (VUNESP/PROCURADOR JURÍDICO/CM POÁ/2016) Quanto aos erros formais ou mate-


riais que no conjunto da prestação de contas não comprometam o conhecimento da origem
das receitas e a destinação das despesas, assinale a alternativa correta.
a) Não acarretarão a desaprovação das contas.
b) Suspenderão a apreciação das contas pelo Tribunal Regional Eleitoral.
c) Implicarão a suspensão de novas cotas do Fundo Partidário.
d) Acarretarão na aplicação de multas e penalidades pecuniárias.
e) Implicarão na devolução da importância apurada no erro.

A Lei 9.504 determina, em plena sintonia com o princípio da eficiência, que os erros formais
e materiais irrelevantes que, no conjunto da prestação de contas, não comprometam o seu
resultado, não serão capazes de ensejar a rejeição das contas de campanha.

Art. 30, § 2º-A. Erros formais ou materiais irrelevantes no conjunto da prestação de contas, que
não comprometam o seu resultado, não acarretarão a rejeição das contas.

Dentre as alternativas apresentadas, apenas a Letra A trata-se de uma consequência para


tais tipos de erros.
Letra a.

040. (NC-UFPR/JUIZ ESTADUAL/TJ PR/2013) José Afrânio, candidato eleito e empossado


vereador nas eleições de 2012, foi processado por ter arrecadado recursos em sua campanha
sem que tivessem passado pela conta corrente aberta para este fim, bem como por ter rea-
lizado gastos sem origem conhecida. Tais fatos foram devidamente comprovados. O juiz, ao
julgar a representação jurisdicional eleitoral, com esteio na norma constante do artigo 30-A
da Lei Eleitoral (Lei n. 9.504/1997),
a) julgará improcedente a demanda por ausência de fato típico, uma vez que arrecadação
de recursos para campanha e gastos sem comprovação de origem não constituem ilícito
eleitoral.
b) julgará procedente a demanda, cassando o diploma do candidato.

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c) julgará procedente a demanda, cassando o diploma do candidato e reconhecendo a ine-


legibilidade do candidato pelo prazo de 08 anos, nos termos do § 2º do artigo 30-A da Lei
Eleitoral, em vigor por força da Lei da Ficha Limpa.
d) julgará procedente a demanda, cassando o diploma do candidato e condenando-o ao pa-
gamento de multa.

Na situação narrada, temos a comprovação de fatos que ensejam a representação à Justiça


Eleitoral, nos termos do artigo 30-A da Lei 9.504:

Art. 30-A. Qualquer partido político ou coligação poderá representar à Justiça Eleitoral, no prazo de
15 (quinze) dias da diplomação, relatando fatos e indicando provas, e pedir a abertura de investiga-
ção judicial para apurar condutas em desacordo com as normas desta Lei, relativas à arrecadação
e gastos de recursos.
§ 2º Comprovados captação ou gastos ilícitos de recursos, para fins eleitorais, será negado diplo-
ma ao candidato, ou cassado, se já houver sido outorgado.

Com base nisso, vejamos as alternativas propostas:


a) Errada. A demanda deverá ser julgada procedente, ensejando a cassação do diploma de
José Afrânio (uma vez que este já estava eleito).
b) Certa. Trata-se da previsão legal para a situação apresentada. Como José Afrânio já estava
eleito, terá ele o seu diploma cassado.
c) Errada. De acordo com a Lei 9.504, o rito a ser observado na apuração da infração encontra
previsão nas disposições da Lei Complementar 64:

Art. 30-A, § 1º Na apuração de que trata este artigo, aplicar-se-á o procedimento previsto no art.
22 da Lei Complementar no 64, de 18 de maio de 1990, no que couber.

E, de acordo com as disposições da Lei Complementar 64, a decretação da inelegibilidade


apenas poderá ser feita por decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado.
No caso, como a decisão foi tomada pelo Juiz Eleitoral, não há, ainda, que se falar em inele-
gibilidade, uma vez que a parte ré pode, dentro do prazo legal, interpor recurso para a instân-
cia superior.

Art. 1º São inelegíveis:


I – para qualquer cargo:
j) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado
da Justiça Eleitoral, por corrupção eleitoral, por captação ilícita de sufrágio, por doação, captação
ou gastos ilícitos de recursos de campanha ou por conduta vedada aos agentes públicos em cam-
panhas eleitorais que impliquem cassação do registro ou do diploma, pelo prazo de 8 (oito) anos a
contar da eleição;

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d) Errada. Não há qualquer previsão quanto ao pagamento de multa por parte do candi-
dato eleito.
Letra b.

041. (COMISSÃO EXAMINADORA MPE/SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/MPE SC/2016/40º)


Reza a Lei n. 9.504/1997 (Lei das Eleições) que a regularidade das contas de campanha será
verificada pela Justiça Eleitoral, que poderá decidir: pela aprovação, quando estiverem regula-
res; pela aprovação com ressalvas, no caso de falhas que não comprometam a sua regulari-
dade; e, pela desaprovação, nas hipóteses de verificação de falhas graves ou de ausência de
sua apresentação, quando precedida de notificação emitida pela Justiça Eleitoral contendo a
obrigação expressa de prestar contas no prazo de setenta e duas horas.

Recebidas as contas de campanha, é o momento de a Justiça Eleitoral analisar toda a docu-


mentação e emitir parecer. Quatro são os possíveis resultados, a depender da regularidade
das contas apresentadas, de forma que a Justiça Eleitoral irá decidir:
I – pela aprovação, quando estiverem regulares;
II – pela aprovação com ressalvas, quando verificadas falhas que não lhes comprometam a
regularidade;
III – pela desaprovação, quando verificadas falhas que lhes comprometam a regularidade;
IV – pela não prestação, quando não apresentadas as contas após a notificação emitida pela
Justiça Eleitoral, na qual constará a obrigação expressa de prestar as suas contas, no prazo
de setenta e duas horas;
O erro da questão, conforme analisado, é que, em caso de não apresentação da prestação de
contas, a Justiça Eleitoral não irá decidir pela desaprovação, mas sim pela “não prestação”,
conforme disposição da Lei 9.504.
Errado.

042. (COMISSÃO EXAMINADORA MPE/SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/MPE SC/2016/40º) Para


o exame acerca da regularidade das contas de campanha a Justiça Eleitoral poderá requisi-
tar o auxílio de técnicos do Tribunal de Contas da União, dos Estados, do Distrito Federal ou
dos Municípios. O Ministério Público Eleitoral, todavia, não está vinculado às conclusões dos
referidos técnicos, possuindo amplo e irrestrito poder de se posicionar de maneira diversa.

Dada a importância da análise da Justiça Eleitoral das prestações de contas dos candidatos
(uma vez que é nesse momento que pode ser identificado o abuso do poder econômico como
forma de influência nas eleições), o legislador optou por conferir a possibilidade da Justiça

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Eleitoral requisitar técnicos do Tribunal de Contas da União, dos Estados, do Distrito Federal
ou dos Municípios, pelo tempo que for necessário.
Neste sentido é o texto do artigo 30, §3º, da Lei 9.504, de seguinte redação:

Art. 30, § 3º Para efetuar os exames de que trata este artigo, a Justiça Eleitoral poderá requisitar
técnicos do Tribunal de Contas da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, pelo
tempo que for necessário.
Certo.

043. (VUNESP/JUIZ ESTADUAL/TJ SP/2017/187º) Sobre a arrecadação e aplicação de re-


cursos nas campanhas eleitorais, é correto afirmar:
a) eventuais recursos financeiros que sobrarem ao final da campanha deverão ser transferidos
ao partido.
b) a doação feita por pessoa física acima do limite legal sujeita o infrator e o candidato solida-
riamente ao pagamento de multa.
c) não são admissíveis doações estimáveis em dinheiro, ressalvado o emprego de recursos
próprios do candidato, nos limites da lei.
d) o partido ou candidato que receber recursos de fontes identificadas, mas vedadas pela lei,
deverá transferi-los para conta única do Tesouro Nacional.

a) Certa. Ocorrendo, ao final da campanha, a sobra de recursos financeiros, estes deverão ser
transferidos para o respectivo partido político, tudo conforme previsão da Lei 9.504:

Art. 31. Se, ao final da campanha, ocorrer sobra de recursos financeiros, esta deve ser declarada
na prestação de contas e, após julgados todos os recursos, transferida ao partido, obedecendo aos
seguintes critérios (...)

b) Errada. As pessoas físicas poderão, como regra geral, realizar doações até o limite de 10%
dos valores que tenham recebido, no ano anterior, a título de rendimentos brutos. Caso estes
limites sejam ultrapassados, estará o infrator sujeito ao pagamento de multa no valor de até
100% da quantia recebida em excesso. A penalidade é aplicada ao doador, e não, conforme
informado, solidariamente ao candidato.

Art. 23. Pessoas físicas poderão fazer doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro para campa-
nhas eleitorais, obedecido o disposto nesta Lei.
§ 1º As doações e contribuições de que trata este artigo ficam limitadas a 10% (dez por cento) dos
rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano anterior à eleição.
§ 3º A doação de quantia acima dos limites fixados neste artigo sujeita o infrator ao pagamento de
multa no valor de até 100% (cem por cento) da quantia em excesso.

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c) Errada. Como visto no artigo 23 da Lei 9.504, conforme explicação da alternativa anterior, as
doações poderão ser tanto em dinheiro quanto estimáveis em dinheiro.
d) Errada. A transferência para a conta única do Tesouro Nacional ocorre apenas quando não
for possível identificar a fonte que realizou a doação à agremiação partidária.

Art. 24, § 4º O partido ou candidato que receber recursos provenientes de fontes vedadas ou de
origem não identificada deverá proceder à devolução dos valores recebidos ou, não sendo possível
a identificação da fonte, transferi-los para a conta única do Tesouro Nacional.
Letra a.

044. (FMP/PROMOTOR DE JUSTIÇA/MPE RO/2017) Assinale a alternativa INCORRETA. A


Justiça Eleitoral verificará a regularidade das contas de campanha, decidindo
a) pela aprovação, quando estiverem regulares.
b) pela aprovação com ressalvas, quando verificadas falhas que não lhes comprometam a
regularidade.
c) pela desaprovação, quando verificadas falhas que lhes comprometam a regularidade, decla-
rando a inelegibilidade do candidato.
d) pela não prestação, quando não apresentadas as contas após a notificação emitida pela
Justiça Eleitoral, na qual constará a obrigação expressa de prestar as suas contas, no prazo de
setenta e duas horas.
e) pela não rejeição das contas que, na sua prestação, apresentarem erros formais ou mate-
riais irrelevantes que não comprometam o seu resultado.

Ao receber a prestação de contas dos candidatos, quatro são as diferentes decisões que po-
dem ser proferidas pela Justiça Eleitoral, conforme previsão da Lei 9.504:

Art. 30. A Justiça Eleitoral verificará a regularidade das contas de campanha, decidindo:
I – pela aprovação, quando estiverem regulares; (Letra A)
II – pela aprovação com ressalvas, quando verificadas falhas que não lhes comprometam a regula-
ridade; (Letra B)
III – pela desaprovação, quando verificadas falhas que lhes comprometam a regularidade; (Erro da
Letra C)
IV – pela não prestação, quando não apresentadas as contas após a notificação emitida pela Jus-
tiça Eleitoral, na qual constará a obrigação expressa de prestar as suas contas, no prazo de setenta
e duas horas. (Letra D)

Caso existam erros formais ou materiais irrelevantes e que não sejam capazes de comprome-
ter o resultado da prestação de contas, a Justiça Eleitoral decidirá pela não rejeição, conforme
previsão da Lei das Eleições.

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Art. 30, § 2º-A. Erros formais ou materiais irrelevantes no conjunto da prestação de contas, que
não comprometam o seu resultado, não acarretarão a rejeição das contas. (Letra E)

O erro da Letra C está em afirmar que a desaprovação das contas, quando verificadas falhas
que lhes comprometam a regularidade, enseja a declaração de inelegibilidade do candidato. A
declaração de inelegibilidade, em sentido diverso, depende de decisão transitada em julgado
ou proferida por órgão colegiado.
Letra c.

045. (FMP/PROMOTOR DE JUSTIÇA/MPE RO/2017) Assinale a alternativa CORRETA. Da de-


cisão que julgar as contas prestadas pelos candidatos caberá recurso:
a) ao Tribunal Regional Eleitoral, caso seja candidato ao cargo de vereador, no prazo de 48
(quarenta e oito) horas, a contar da publicação no Diário Oficial.
b) ao órgão superior da Justiça Eleitoral, no prazo de 3 (três) dias, a contar da publicação no
Diário Oficial.
c) ao Tribunal Regional Eleitoral, caso seja candidato ao cargo de vereador, no prazo de 24
(vinte e quatro) horas, a contar da publicação no Diário Oficial.
d) ao Tribunal Regional Eleitoral, caso seja candidato ao cargo de prefeito, no prazo de 48
(quarenta e oito) horas, a contar da publicação no Diário Oficial.
e) ao órgão superior da Justiça Eleitoral, no prazo de 2 (dois) dias, a contar da publicação no
Diário Oficial.

Para responder a questão, devemos fazer uso da literalidade do artigo 30, § 5º, da Lei 9.504
(Lei das Eleições), que apresenta a seguinte redação:

Art. 30, § 5º Da decisão que julgar as contas prestadas pelos candidatos caberá recurso ao órgão
superior da Justiça Eleitoral, no prazo de 3 (três) dias, a contar da publicação no Diário Oficial.

Assim, a decisão que julgar as contas apresentadas poderá ser objeto de recurso. Para isso, o
recurso deverá ser interposto dentro do prazo de 3 dias, que serão contados do momento em
que ocorrer a publicação no Diário Oficial.
Uma vez ajuizado, o recurso será objeto de decisão por parte do órgão superior da Justiça
Eleitoral àquele que tenha julgado as contas.
Letra b.

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Diogo Surdi
Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo em concursos
públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se destacam: Auditor-Fiscal da Receita
Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do
Brasil (2012) e Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-MS e MPU.

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