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ELEITORAL
Lei das Eleições – Parte II
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
DIREITO ELEITORAL
Lei das Eleições – Parte II
Diogo Surdi
Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Lei das Eleições – Parte II...........................................................................................................................................4
1. Arrecadação e Aplicação de Recursos. ............................................................................................................4
1.1. Limites dos Gastos de Campanha. . ..................................................................................................................6
1.2. Administração da Campanha Eleitoral........................................................................................................8
1.3. Obrigações dos Partidos e Candidatos. .......................................................................................................9
1.4. Doações de Recursos...........................................................................................................................................13
1.5. Gastos Eleitorais....................................................................................................................................................21
2. Fundo Especial de Financiamento de Campanha...................................................................................23
3. Prestação de Contas.. .............................................................................................................................................25
3.1. Disposições Gerais...............................................................................................................................................25
3.2. Sistema Simplificado de Prestação de Contas. ...................................................................................25
3.3. Procedimento na Prestação de Contas. ................................................................................................... 28
3.4. Representação por Captação e Gastos Ilícitos de Recursos......................................................30
3.5. Sobras de Recursos de Campanha..............................................................................................................30
Resumo................................................................................................................................................................................32
Mapas Mentais. . ...............................................................................................................................................................41
Questões de Concurso................................................................................................................................................43
Gabarito............................................................................................................................................................................... 59
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................60
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Apresentação
Olá, pessoal, tudo bem? Acredito e espero que sim!!
Continuamos com o estudo da Lei das Eleições. Na aula de hoje, veremos como ocorre
a Arrecadação, a Aplicação e a Prestação de Contas dos recursos destinados à Campanha
Eleitoral.
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Para termos uma visão geral acerca do processo de financiamento eleitoral, precisamos
ter em mente que as agremiações e candidatos, no curso da campanha eleitoral, arrecadam
recursos, realizam gastos e prestam contas à Justiça Eleitoral.
Assim sendo, a campanha eleitoral pode ser dividida, com relação aos recursos, em três
grande etapas, sendo elas a arrecadação (momento em que os partidos e candidatos obtêm
recursos), os gastos (quando as despesas são realizadas) e a prestação de contas (quan-
do as contas são apresentadas à Justiça Eleitoral para fins de verificação da legalidade
das medidas).
Neste sentido, devemos memorizar, de acordo com o artigo 17, que “As despesas da cam-
panha eleitoral serão realizadas sob a responsabilidade dos partidos, ou de seus candidatos, e
financiadas na forma desta Lei”.
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Art. 18-A. Serão contabilizadas nos limites de gastos de cada campanha as despesas efetuadas
pelos candidatos e as efetuadas pelos partidos que puderem ser individualizadas.
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput deste artigo, os gastos advocatícios e de contabi-
lidade referentes a consultoria, assessoria e honorários, relacionados à prestação de serviços em
campanhas eleitorais e em favor destas, bem como em processo judicial decorrente de defesa de
interesses de candidato ou partido político, não estão sujeitos a limites de gastos ou a limites que
possam impor dificuldade ao exercício da ampla defesa.
Art. 18-B. O descumprimento dos limites de gastos fixados para cada campanha acarretará o pa-
gamento de multa em valor equivalente a 100% (cem por cento) da quantia que ultrapassar o limite
estabelecido, sem prejuízo da apuração da ocorrência de abuso do poder econômico.
Art. 18-C. O limite de gastos nas campanhas dos candidatos às eleições para prefeito e vereador,
na respectiva circunscrição, será equivalente ao limite para os respectivos cargos nas eleições de
2016, atualizado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), aferido pela Funda-
ção Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ou por índice que o substituir.
Parágrafo único. Nas campanhas para segundo turno das eleições para prefeito, onde houver, o
limite de gastos de cada candidato será de 40% (quarenta por cento) do limite previsto no caput
deste artigo.
Inicialmente, que todas as despesas efetuadas pelos candidatos e pelos partidos, des-
de que possam ser individualizadas, serão contabilizadas nos limites de gastos a serem
observados.
Em caráter de exceção, os gastos advocatícios e de contabilidade referentes a consultoria,
assessoria e honorários, relacionados à prestação de serviços em campanhas eleitorais e em
favor destas, bem como em processo judicial decorrente de defesa de interesses de candida-
to ou partido político, não estão sujeitos a limites de gastos ou a limites quando esta medida
possa implicar na imposição de dificuldades ao exercício da ampla defesa.
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Obs.: Muito cuidado: Não estamos afirmando que os gastos advocatícios e de contabilida-
de não estão sujeitos ao limite legal. O que é previsto, em sentido diverso, é que, em
tais serviços, quando a observância ao limite legal puder prejudicar o direito à ampla
defesa do partido ou de candidato, não haverá necessidade de observar tal limite.
Em outros termos, apenas quando a observância do limite legalmente estabelecido
puder prejudicar a garantia da ampla defesa é que haverá a dispensa de tal obrigação.
Em todas as demais situações, o limite de gastos deve ser observado.
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Após a fixação, por intermédio de lei, dos limites para os gastos de campanha, o TSE faz a
divulgação dos respectivos valores. Caso o partido político descumpra estes limites, estará
sujeito, nos termos da Lei 9.504, ao pagamento de multa em valor equivalente a 100% da
quantia que ultrapassar o limite estabelecido.
Art. 18. Os limites de gastos de campanha serão definidos em lei e divulgados pelo Tribunal Supe-
rior Eleitoral.
Art. 18-B. O descumprimento dos limites de gastos fixados para cada campanha acarretará o pa-
gamento de multa em valor equivalente a 100% (cem por cento) da quantia que ultrapassar o limite
estabelecido, sem prejuízo da apuração da ocorrência de abuso do poder econômico.
Letra c.
Já vimos que haverá um limite para os gastos de campanha de cada cargo eletivo. Mas e
o que será que ocorre caso os limites não sejam observado?
De acordo com a norma em estudo, o descumprimento dos limites de gastos fixados para
cada campanha acarretará o pagamento de multa em valor equivalente a 100% da quantia
que ultrapassar o limite estabelecido, sem prejuízo da apuração da ocorrência de abuso do
poder econômico.
EXEMPLO
Para determinado cargo eletivo, o limite de gastos estabelecido foi de R$ 100 mil. Um can-
didato gastou R$ 150 mil em sua campanha eleitoral. Logo, excedeu ele R$ 50 mil do limite
legalmente estabelecido.
Neste caso, deverá ele, além da apuração pela ocorrência de abuso do poder econômico,
pagar uma multa de 100% do valor que exceder ao limite legal. Na situação apresentada, a
multa será de R$ 50 mil.
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Neste sentido, a administração da campanha eleitoral é medida que deverá ser realizada
diretamente pelo candidato ou, alternativamente, por pessoa por ele designada.
Entretanto, ainda que haja a designação de um representante para a administração da
campanha, será o candidato, ainda assim, solidariamente responsável pela veracidade das
informações financeiras e contábeis de sua campanha. A medida tem por objetivo evitar
que os candidatos se eximam da responsabilidade ante a designação de um representante
de campanha.
Art. 20. O candidato a cargo eletivo fará, diretamente ou por intermédio de pessoa por ele de-
signada, a administração financeira de sua campanha usando recursos repassados pelo partido,
inclusive os relativos à cota do Fundo Partidário, recursos próprios ou doações de pessoas físicas,
na forma estabelecida nesta Lei.
Art. 21. O candidato é solidariamente responsável com a pessoa indicada na forma do art. 20 desta
Lei pela veracidade das informações financeiras e contábeis de sua campanha, devendo ambos
assinar a respectiva prestação de contas.
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Art. 22. É obrigatório para o partido e para os candidatos abrir conta bancária específica para re-
gistrar todo o movimento financeiro da campanha.
§ 1º Os bancos são obrigados a:
I – acatar, em até três dias, o pedido de abertura de conta de qualquer candidato escolhido em con-
venção, sendo-lhes vedado condicioná-la a depósito mínimo e à cobrança de taxas ou de outras
despesas de manutenção;
II – identificar, nos extratos bancários das contas correntes a que se refere o caput, o CPF ou o
CNPJ do doador.
III – encerrar a conta bancária no final do ano da eleição, transferindo a totalidade do saldo exis-
tente para a conta bancária do órgão de direção indicado pelo partido, na forma prevista no art. 31,
e informar o fato à Justiça Eleitoral.
DICA
Medidas que devem ser adotada pelos bancos com relação às
contas destinadas à campanha eleitoras:
a) acatar o pedido de abertura dos candidatos escolhidos em
convenção no prazo de 3 dias;
b) não condicionar a abertura da conta a qualquer tipo de
depósito mínimo ou à cobrança de taxas ou despesas de
manutenção;
c) identificar nos respectivos extratos o CPF ou CNPJ do doa-
dor de recursos para a campanha;
d) encerrar a conta bancária ao final do ano eleitoral e trans-
ferir todo o saldo eventualmente existente para a conta do ór-
gão de direção partidário indicado pelo partido.
Com relação à abertura de contas, devemos memorizar que esta medida, em caráter de
exceção, não é exigida nos casos de candidatura para Prefeito e Vereador em Municípios
onde não haja agência bancária ou posto de atendimento bancário.
Veremos oportunamente que as contas apresentadas pelos partidos e candidatos serão
objeto de julgamento pela Justiça Eleitoral. Neste ponto da matéria, no entanto, temos ape-
nas que saber que, sendo rejeitadas as contas, a Justiça Eleitoral remeterá cópia de todo o
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processo para o Ministério Público, que adotará as medidas para o ajuizamento da Ação de
Investigação Judicial Eleitoral (AIJE).
Vejamos a literalidade dos artigos estudados, medida essencial para conseguirmos um
ótimo desempenho nas provas de Direito Eleitoral.
Art. 22. É obrigatório para o partido e para os candidatos abrir conta bancária específica para re-
gistrar todo o movimento financeiro da campanha.
§ 1º Os bancos são obrigados a:
I – acatar, em até três dias, o pedido de abertura de conta de qualquer candidato escolhido em con-
venção, sendo-lhes vedado condicioná-la a depósito mínimo e à cobrança de taxas ou de outras
despesas de manutenção;
II – identificar, nos extratos bancários das contas correntes a que se refere o caput, o CPF ou o
CNPJ do doador.
III – encerrar a conta bancária no final do ano da eleição, transferindo a totalidade do saldo exis-
tente para a conta bancária do órgão de direção indicado pelo partido, na forma prevista no art. 31,
e informar o fato à Justiça Eleitoral.
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos casos de candidatura para Prefeito e Vereador em
Municípios onde não haja agência bancária ou posto de atendimento bancário.
§ 3º O uso de recursos financeiros para pagamentos de gastos eleitorais que não provenham da
conta específica de que trata o caput deste artigo implicará a desaprovação da prestação de con-
tas do partido ou candidato; comprovado abuso de poder econômico, será cancelado o registro da
candidatura ou cassado o diploma, se já houver sido outorgado.
§ 4º Rejeitadas as contas, a Justiça Eleitoral remeterá cópia de todo o processo ao Ministério Pú-
blico Eleitoral para os fins previstos no art. 22 da Lei Complementar no 64, de 18 de maio de 1990.
Merece ser destacado que, na visão do TSE, a abertura de conta bancária é medida essen-
cial para que as contas de campanha sejam consideradas regulares.
JURISPRUDÊNCIA
“A abertura da conta bancária é essencial a que se tenha como regular a prestação de
contas.” AC TSE n. 25.306
Art. 22-A. Os candidatos estão obrigados à inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica -
CNPJ.
§ 1º Após o recebimento do pedido de registro da candidatura, a Justiça Eleitoral deverá fornecer
em até 3 (três) dias úteis, o número de registro de CNPJ.
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§ 2 Cumprido o disposto no § 1 deste artigo e no § 1 do art. 22, ficam os candidatos autorizados a
º º º
O fornecimento do número do CNPJ de cada candidato é medida que deve ser realizada
pela Justiça Eleitoral no prazo de até 3 dias úteis após o recebimento do pedido de registro
de candidatura.
Após a abertura de conta bancária, e estando os candidatos regularmente inscritos no
CNPJ, estarão eles autorizados a promover a arrecadação de recursos financeiros e a reali-
zar as despesas necessárias à campanha eleitoral.
Neste ponto da matéria, temos que ter uma atenção especial, haja vista que a Reforma
Eleitoral de 2017 estabeleceu a possibilidade de arrecadação prévia de recursos por parte
dos pré-candidatos. Assim, poderão os pré-candidatos, a partir de 15 de maio do ano eleito-
ral, arrecadar recursos por meio de instituições que promovam técnicas e serviços de finan-
ciamento coletivo por meio de sítios na internet, aplicativos eletrônicos e outros recursos
similares (são as populares vaquinhas on-line, em que os particulares podem doar recursos
para uma finalidade específica, que, no caso, é o financiamento de uma possível campanha
eleitoral).
Observe que a medida, ainda que possa parecer uma espécie de “doação fora de época”,
tem um claro objetivo: possibilitar que o candidato consiga mensurar a quantidade de recur-
sos que irá dispor para uma eventual candidatura. Caso, por exemplo, seja verificado que os
recursos arrecadados serão insuficientes para os gastos de campanha, poderá o pré-candi-
dato desistir da disputa, devolvendo os recursos para os respectivos doadores.
Ainda que haja a possibilidade de arrecadação prévia a partir de 15 de maio do ano eleitoral,
devemos memorizar que a liberação dos recursos apenas poderá ocorrer, por parte das enti-
dades arrecadadoras, com a comprovação do registro da candidatura. Além disso, eventuais
despesas de campanha apenas poderão ser realizadas no período definido pelo calendário
eleitoral.
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Obs.: Para fins de prova, toda e qualquer questão que afirme que poderão ser realizadas
doações de recursos por parte de pessoas jurídicas deve ser considerada errada.
Após o julgamento da ADI 4.650, o STF vedou expressamente a doação de recursos
financeiros, para fins de campanha eleitoral, por parte das pessoas jurídicas.
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à prestação de serviços próprios, desde que, para isso, o valor estimado não ultrapasse R$
40.000,00 por doador.
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O candidato poderá usar recursos próprios em sua campanha até o total de 10% (dez por cento)
dos limites previstos para gastos de campanha no cargo em que concorrer.
Letra c.
Art. 23. Pessoas físicas poderão fazer doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro para cam-
panhas eleitorais, obedecido o disposto nesta Lei.
§ 1º As doações e contribuições de que trata este artigo ficam limitadas a 10% (dez por cento) dos
rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano anterior à eleição.
§ 2º As doações estimáveis em dinheiro a candidato específico, comitê ou partido deverão ser fei-
tas mediante recibo, assinado pelo doador, exceto na hipótese prevista no § 6º do art. 28.
§ 2º-A. O candidato poderá usar recursos próprios em sua campanha até o total de 10% (dez por
cento) dos limites previstos para gastos de campanha no cargo em que concorrer.
§ 3º A doação de quantia acima dos limites fixados neste artigo sujeita o infrator ao pagamento de
multa no valor de até 100% (cem por cento) da quantia em excesso.
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Pois bem! Em sintonia com esta previsão, a norma em estudo determina que o pagamento
efetuado por pessoas físicas, candidatos ou partidos em decorrência de honorários de ser-
viços advocatícios e de contabilidade, relacionados à prestação de serviços em campanhas
eleitorais e em favor destas, bem como em processo judicial decorrente de defesa de inte-
resses de candidato ou partido político, não será considerado para a aferição do limite esta-
belecido para as doações de recursos, e não constitui doação de bens e serviços estimáveis
em dinheiro.
Ainda sobre as doações de recursos, o artigo 24-C estabelece algumas medidas a serem
adotadas pelo TSE e pela Receita Federal. Vejamos:
Art. 24-C. O limite de doação previsto no § 1º do art. 23 será apurado anualmente pelo Tribunal
Superior Eleitoral e pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.
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§ 1º O Tribunal Superior Eleitoral deverá consolidar as informações sobre as doações registradas
até 31 de dezembro do exercício financeiro a ser apurado, considerando:
I – as prestações de contas anuais dos partidos políticos, entregues à Justiça Eleitoral até 30 de
abril do ano subsequente ao da apuração, nos termos do art. 32 da Lei no 9.096, de 19 de setembro
de 1995;
II – as prestações de contas dos candidatos às eleições ordinárias ou suplementares que tenham
ocorrido no exercício financeiro a ser apurado.
§ 2º O Tribunal Superior Eleitoral, após a consolidação das informações sobre os valores doados
e apurados, encaminhá-las-á à Secretaria da Receita Federal do Brasil até 30 de maio do ano se-
guinte ao da apuração.
§ 3º A Secretaria da Receita Federal do Brasil fará o cruzamento dos valores doados com os ren-
dimentos da pessoa física e, apurando indício de excesso, comunicará o fato, até 30 de julho do
ano seguinte ao da apuração, ao Ministério Público Eleitoral, que poderá, até o final do exercício
financeiro, apresentar representação com vistas à aplicação da penalidade prevista no art. 23 e de
outras sanções que julgar cabíveis.
No artigo 24, encontramos a lista de entidades e pessoas que não poderão realizar doa-
ções, direta ou indiretamente, para os partidos e candidatos.
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Art. 24. É vedado, a partido e candidato, receber direta ou indiretamente doação em dinheiro ou
estimável em dinheiro, inclusive por meio de publicidade de qualquer espécie, procedente de:
I – entidade ou governo estrangeiro;
II – órgão da administração pública direta e indireta ou fundação mantida com recursos provenien-
tes do Poder Público;
III – concessionário ou permissionário de serviço público;
IV – entidade de direito privado que receba, na condição de beneficiária, contribuição compulsória
em virtude de disposição legal;
V – entidade de utilidade pública;
VI – entidade de classe ou sindical;
VII – pessoa jurídica sem fins lucrativos que receba recursos do exterior.
VIII – entidades beneficentes e religiosas;
IX – entidades esportivas;
X – organizações não-governamentais que recebam recursos públicos;
XI – organizações da sociedade civil de interesse público.
Na época da sua edição, o artigo em questão era bastante pertinente. Hoje em dia, após a
decisão do STF acerca da impossibilidade de recebimento de doações, pelos partidos políti-
cos, oriundas de pessoas jurídicas, a regra geral suplantou a literalidade da norma.
Ainda assim, ressalta-se que é perfeitamente possível a exigência de uma questão sobre
as entidades que não podem realizar doações às agremiações partidárias. E isso ocorre na
medida em que o artigo continua em vigor. O que ocorreu, apenas, foi a ampliação e generali-
zação das vedações com a decisão do STF.
DICA
O partido ou candidato que receber recursos provenientes de
fontes vedadas ou de origem não identificada deverá proce-
der à devolução dos valores recebidos ou, não sendo possível
a identificação da fonte, transferi-los para a conta única do
Tesouro Nacional.
Por fim, temos que conhecer a previsão do artigo 25, que apresenta as consequências
para o partido político que descumprir as normas referentes à arrecadação e aplicação de
recursos eleitorais.
Art. 25. O partido que descumprir as normas referentes à arrecadação e aplicação de recursos fixa-
das nesta Lei perderá o direito ao recebimento da quota do Fundo Partidário do ano seguinte, sem
prejuízo de responderem os candidatos beneficiados por abuso do poder econômico.
Parágrafo único. A sanção de suspensão do repasse de novas quotas do Fundo Partidário, por
desaprovação total ou parcial da prestação de contas do candidato, deverá ser aplicada de forma
proporcional e razoável, pelo período de 1 (um) mês a 12 (doze) meses, ou por meio do desconto,
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do valor a ser repassado, na importância apontada como irregular, não podendo ser aplicada a
sanção de suspensão, caso a prestação de contas não seja julgada, pelo juízo ou tribunal compe-
tente, após 5 (cinco) anos de sua apresentação.
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Dentre as alternativas apresentadas, apenas a Letra B está incorreta. De acordo com o pará-
grafo único do artigo 25, temos a previsão de que
A sanção de suspensão do repasse de novas quotas do Fundo Partidário, por desaprovação total
ou parcial da prestação de contas do candidato, deverá ser aplicada de forma proporcional e razo-
ável, pelo período de 1 (um) mês a 12 (doze) meses, ou por meio do desconto, do valor a ser repas-
sado, na importância apontada como irregular, não podendo ser aplicada a sanção de suspensão,
caso a prestação de contas não seja julgada, pelo juízo ou tribunal competente, após 5 (cinco) anos
de sua apresentação.
Todas as demais alternativas estão de acordo com os dispositivos da Lei das Eleições.
Letra b.
Art. 26. São considerados gastos eleitorais, sujeitos a registro e aos limites fixados nesta Lei:
I – confecção de material impresso de qualquer natureza e tamanho, observado o disposto no § 3º
do art. 38 desta Lei;
II – propaganda e publicidade direta ou indireta, por qualquer meio de divulgação, destinada a
conquistar votos;
III – aluguel de locais para a promoção de atos de campanha eleitoral;
IV – despesas com transporte ou deslocamento de candidato e de pessoal a serviço das candida-
turas, observadas as exceções previstas no § 3º deste artigo.
V – correspondência e despesas postais;
VI – despesas de instalação, organização e funcionamento de Comitês e serviços necessários às
eleições;
VII – remuneração ou gratificação de qualquer espécie a pessoal que preste serviços às candida-
turas ou aos comitês eleitorais;
VIII – montagem e operação de carros de som, de propaganda e assemelhados;
IX – a realização de comícios ou eventos destinados à promoção de candidatura;
X – produção de programas de rádio, televisão ou vídeo, inclusive os destinados à propaganda
gratuita;
XII – realização de pesquisas ou testes pré-eleitorais;
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XV – custos com a criação e inclusão de sítios na internet e com o impulsionamento de conteúdos
contratados diretamente com provedor da aplicação de internet com sede e foro no País; (Inclui-se
entre as formas de impulsionamento de conteúdo a priorização paga de conteúdos resultantes de
aplicações de busca na internet)
Ressalta-se que os gastos com alimentação do pessoal que presta serviços às candida-
turas ou aos comitês ficou estipulado em 10% do total gasto na campanha. Da mesma forma,
os gastos com aluguel de veículos automotores ficou estabelecido em 20% dos gastos totais.
A norma em estudo também apresenta uma lista de despesas que não são consideradas
gastos eleitorais e que não estão sujeitas à prestação de contas. É preciso memorizar esta
lista? Certamente que sim!
Logo, devemos saber que não são consideradas gastos eleitorais nem se sujeitam a pres-
tação de contas as seguintes despesas de natureza pessoal do candidato:
a) combustível e manutenção de veículo automotor usado pelo candidato na campanha;
b) remuneração, alimentação e hospedagem do condutor do veículo usado pelo candidato
na campanha;
c) alimentação e hospedagem própria;
d) uso de linhas telefônicas registradas em seu nome como pessoa física, até o limite de
três linhas;
Para o pagamento de todas as despesas eleitorais, poderão ser utilizados recursos de
campanha (que podem ser objeto de doação de pessoas físicas), recursos próprios do candi-
dato, recursos do Fundo Partidário e recursos do Fundo Especial de Financiamento de Cam-
panha, que será estudado em momento posterior.
O artigo 27 da Lei das Eleições estabelece uma importante previsão:
Art. 27. Qualquer eleitor poderá realizar gastos, em apoio a candidato de sua preferência, até a
quantia equivalente a um mil UFIR, não sujeitos a contabilização, desde que não reembolsados.
§ 1º Fica excluído do limite previsto no caput deste artigo o pagamento de honorários decorrentes
da prestação de serviços advocatícios e de contabilidade, relacionados às campanhas eleitorais e
em favor destas.
§ 2º Para fins do previsto no § 1º deste artigo, o pagamento efetuado por terceiro não compreende
doação eleitoral.
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Podemos afirmar que aqui estamos diante de uma exceção às regras gerais que per-
meiam o processo de arrecadação de recursos na campanha eleitoral. Logo, qualquer eleitor
poderá realizar gastos em apoio a candidato de sua preferência até o valor equivalente a 1
mil UFIR. Tais gastos não estão sujeitos à contabilização, desde que, para isso, não sejam
reembolsados.
E como anteriormente estudado, o limite (no caso, de 1 mil UFIR) não precisa ser obser-
vado quando estivermos diante do pagamento de honorários decorrentes da prestação de
serviços advocatícios e de contabilidade relacionados com as campanhas eleitorais e em
favor destas. Neste caso, o pagamento, ainda que efetuado por um terceiro, não compreende
doação eleitoral.
Art. 16-C. O Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) é constituído por dotações
orçamentárias da União em ano eleitoral, em valor ao menos equivalente:
I – ao definido pelo Tribunal Superior Eleitoral, a cada eleição, com base nos parâmetros definidos
em lei;
II – ao percentual do montante total dos recursos da reserva específica a programações decorren-
tes de emendas de bancada estadual impositiva, que será encaminhado no projeto de lei orçamen-
tária anual.
DICA
Onde os recursos serão depositados? No Banco do Brasil, em
conta especial à disposição do TSE.
Quando os recursos serão depositados? Até o primeiro dia útil
do mês de junho do ano eleitoral.
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vados pela maioria absoluta dos membros do órgão de direção executiva nacional do partido,
serão divulgados publicamente.
Como o próprio nome sugere, o fundo em questão é destinado à realização das campa-
nhas eleitorais por parte das agremiações partidárias. Neste sentido, temos que conhecer as
previsões relacionadas com a forma como os recursos serão distribuídos aos partidos:
Art. 16-D. Os recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), para o primeiro
turno das eleições, serão distribuídos entre os partidos políticos, obedecidos os seguintes critérios:
I – 2% (dois por cento), divididos igualitariamente entre todos os partidos com estatutos registra-
dos no Tribunal Superior Eleitoral;
II – 35% (trinta e cinco por cento), divididos entre os partidos que tenham pelo menos um represen-
tante na Câmara dos Deputados, na proporção do percentual de votos por eles obtidos na última
eleição geral para a Câmara dos Deputados;
III – 48% (quarenta e oito por cento), divididos entre os partidos, na proporção do número de repre-
sentantes na Câmara dos Deputados, consideradas as legendas dos titulares;
IV – 15% (quinze por cento), divididos entre os partidos, na proporção do número de representantes
no Senado Federal, consideradas as legendas dos titulares.
§ 2º Para que o candidato tenha acesso aos recursos do Fundo a que se refere este artigo, deverá
fazer requerimento por escrito ao órgão partidário respectivo.
§ 3º Para fins do disposto no inciso III do caput deste artigo, a distribuição dos recursos entre
os partidos terá por base o número de representantes eleitos para a Câmara dos Deputados na
última eleição geral, ressalvados os casos dos detentores de mandato que migraram em razão
de o partido pelo qual foram eleitos não ter cumprido os requisitos previstos no § 3º do art. 17 da
Constituição Federal.
§ 4º Para fins do disposto no inciso IV do caput deste artigo, a distribuição dos recursos entre os
partidos terá por base o número de representantes eleitos para o Senado Federal na última eleição
geral, bem como os Senadores filiados ao partido que, na data da última eleição geral, encontra-
vam-se no 1º (primeiro) quadriênio de seus mandatos.
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3. Prestação de Contas
3.1. Disposições Gerais
Uma vez realizados os gastos de campanha, é hora ser realizada, pelos partidos e candi-
datos, a prestação de contas da campanha eleitoral. Tal prestação será realizada a depender
das eleições a que fizerem referência, ou seja, majoritária ou proporcional.
Obs.: Os gastos com passagens aéreas efetuados nas campanhas eleitorais serão compro-
vados mediante a apresentação de fatura ou duplicata emitida por agência de viagem,
quando for o caso, desde que informados os beneficiários, as datas e os itinerários.
Consequentemente, é vedada a exigência de apresentação de qualquer outro docu-
mento para esse fim.
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nome sugere, é que, em determinadas situações, o processo de prestação de contas seja mais
célere e eficiente, sem a necessidade de observar o rito tradicional da prestação de contas.
Inicialmente, vejamos os parágrafos relacionados com o mencionado sistema simplificado:
Art. 28, § 9º A Justiça Eleitoral adotará sistema simplificado de prestação de contas para can-
didatos que apresentarem movimentação financeira correspondente a, no máximo, R$ 20.000,00
(vinte mil reais), atualizados monetariamente, a cada eleição, pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor - INPC da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE ou por índice
que o substituir.
§ 10. O sistema simplificado referido no § 9º deverá conter, pelo menos:
I – identificação das doações recebidas, com os nomes, o CPF ou CNPJ dos doadores e os respec-
tivos valores recebidos;
II – identificação das despesas realizadas, com os nomes e o CPF ou CNPJ dos fornecedores de
material e dos prestadores dos serviços realizados;
III – registro das eventuais sobras ou dívidas de campanha.
§ 11. Nas eleições para Prefeito e Vereador de Municípios com menos de cinquenta mil eleitores,
a prestação de contas será feita sempre pelo sistema simplificado a que se referem os §§ 9º e 10.
§ 12. Os valores transferidos pelos partidos políticos oriundos de doações serão registrados na
prestação de contas dos candidatos como transferência dos partidos e, na prestação de contas
anual dos partidos, como transferência aos candidatos.
Observa-se, desta forma, que duas são as situações em que o procedimento simplificado
será realizado, a saber:
a) na prestação de contas de candidatos que apresentarem movimentação financeira cor-
respondente a, no máximo, R$ 20.000,00.
b) nas eleições para Prefeito e Vereador de Municípios com menos de 50 mil eleitores.
Ainda que o sistema de prestação de contas seja, nestas hipóteses, simplificado, deverá
ele conter, obrigatoriamente, as seguintes informações:
a) identificação das doações recebidas, com os nomes, o CPF ou CNPJ dos doadores e os
respectivos valores recebidos;
b) identificação das despesas realizadas, com os nomes e o CPF ou CNPJ dos fornecedores
de material e dos prestadores dos serviços realizados;
c) registro das eventuais sobras ou dívidas de campanha.
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004. (CESPE/DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL/2017) Julgue o seguinte item, acerca das regras
relativas ao processo eleitoral previstas na legislação competente.
Para a realização da prestação de contas pelo sistema simplificado, a legislação considera o
critério do montante de recursos financeiros utilizados na campanha e, no caso das eleições
para prefeitos e vereadores, a quantidade de eleitores do município.
A regra, com relação à prestação de contas, é que o processo siga o rito previsto nos artigos
da Lei 9.504. A norma, no entanto, apresenta a possibilidade de utilização do sistema simpli-
ficado de prestação de contas, que levará em consideração dois diferentes critérios: montante
de recursos financeiros utilizados na campanha e a quantidade de eleitores do município.
Para isso, vejamos as regras do artigo 28 da Lei das Eleições:
Art. 28, § 9º A Justiça Eleitoral adotará sistema simplificado de prestação de contas para candida-
tos que apresentarem movimentação financeira correspondente a, no máximo, R$ 20.000,00 (vinte
mil reais), atualizados monetariamente, a cada eleição, pelo Índice Nacional de Preços ao Consu-
midor - INPC da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE ou por índice que o
substituir. (Montante de recursos utilizados na campanha)
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§ 11. Nas eleições para Prefeito e Vereador de Municípios com menos de cinquenta mil eleitores,
a prestação de contas será feita sempre pelo sistema simplificado a que se referem os §§ 9º e 10.
(Quantidade de eleitores no município).
Certo.
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4º) Após receber a prestação de contas, a Justiça Eleitoral verificará a regularidade das
contas de campanha, decidindo:
a) pela aprovação, quando estiverem regulares;
b) pela aprovação com ressalvas, quando verificadas falhas que não lhes comprometam
a regularidade;
c) pela desaprovação, quando verificadas falhas que lhes comprometam a regularidade;
d) pela não prestação, quando não apresentadas as contas após a notificação emitida
pela Justiça Eleitoral, na qual constará a obrigação expressa de prestar as suas contas, no
prazo de 72 horas.
5º) Dada a importância do assunto, a decisão que julgar as contas dos candidatos eleitos
será publicada em sessão até 3 dias antes da diplomação.
6º) Em caso de erros formais e materiais na apresentação das contas, caso eles sejam
corrigidos ou não comprometam o resultado, não haverá motivo, por si só, para a rejeição
das contas.
7º) Para efetuar os exames necessários, a Justiça Eleitoral poderá requisitar técnicos do
Tribunal de Contas da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, pelo tempo
que for necessário. De igual forma, havendo indício de irregularidade na prestação de contas,
a Justiça Eleitoral poderá requisitar do candidato as informações adicionais necessárias, bem
como determinar diligências para a complementação dos dados ou o saneamento das falhas.
8º) Assim como ocorre com praticamente todas as etapas do processo eleitoral, a decisão
da Justiça Eleitoral acerca da prestação de contas poderá ser objeto de recurso, no prazo de
3 dias, ao TRE. Posteriormente, em caso de necessidade, poderá ser interposto recurso espe-
cial para o TSE no mesmo prazo de 3 dias.
Importante destacar que, na visão do TSE, os processos de prestação de contas de cam-
panha têm, atualmente, natureza judicial.
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JURISPRUDÊNCIA
Após a edição da Lei n. 12.034/2009, os processos de prestação de contas de campanha
têm natureza judicial, com possibilidade de interposição de recursos, conforme o dis-
posto nos §§ 5º, 6º e 7º do art. 30 da Lei das Eleições, o que implica a necessidade de
estrita observância das disposições previstas na legislação eleitoral, não havendo pos-
sibilidade de mitigação da coisa julgada com base nos princípios da proporcionalidade
e da razoabilidade. (AC 83414, TSE)
Art. 30-A. Qualquer partido político ou coligação poderá representar à Justiça Eleitoral, no prazo de
15 (quinze) dias da diplomação, relatando fatos e indicando provas, e pedir a abertura de investiga-
ção judicial para apurar condutas em desacordo com as normas desta Lei, relativas à arrecadação
e gastos de recursos.
§ 1º Na apuração de que trata este artigo, aplicar-se-á o procedimento previsto no art. 22 da Lei
Complementar no 64, de 18 de maio de 1990, no que couber.
§ 2º Comprovados captação ou gastos ilícitos de recursos, para fins eleitorais, será negado diplo-
ma ao candidato, ou cassado, se já houver sido outorgado.
§ 3º O prazo de recurso contra decisões proferidas em representações propostas com base neste
artigo será de 3 (três) dias, a contar da data da publicação do julgamento no Diário Oficial.
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Art. 32. Até cento e oitenta dias após a diplomação, os candidatos ou partidos conservarão a do-
cumentação concernente a suas contas.
Parágrafo único. Estando pendente de julgamento qualquer processo judicial relativo às contas, a
documentação a elas concernente deverá ser conservada até a decisão final.
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RESUMO
É por meio da arrecadação dos recursos que as agremiações partidárias conseguem rea-
lizar a campanha eleitoral e angariar votos dos eleitores que se identificam com a ideologia e
propostas defendidas pelos respectivos candidatos.
O atual modelo de financiamento de campanha adotado em nosso ordenamento jurídico
é o misto, sendo que os partidos e candidatos podem fazer uso tanto de recursos públicos
quanto de recursos privados.
Atualmente, apenas as pessoas físicas podem, desde que observados os limites legais,
realizar doações para a campanha eleitoral. Consequentemente, é expressamente vedada
qualquer tipo de doação oriunda de pessoa jurídica.
A campanha eleitoral pode ser dividida, com relação aos recursos, em três grande etapas,
sendo elas a arrecadação (momento em que os partidos e candidatos obtêm recursos), os
gastos (quando as despesas são realizadas) e a prestação de contas (quando as contas são
apresentadas à Justiça Eleitoral para fins de verificação da legalidade das medidas).
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Os limites de gastos de campanha serão definidos em lei e divulgados pelo Tribunal Su-
perior Eleitoral.
Todas as despesas efetuadas pelos candidatos e pelos partidos, desde que possam ser
individualizadas, serão contabilizadas nos limites de gastos a serem observados. Em caráter
de exceção, os gastos advocatícios e de contabilidade referentes a consultoria, assessoria e
honorários, relacionados à prestação de serviços em campanhas eleitorais e em favor destas,
bem como em processo judicial decorrente de defesa de interesses de candidato ou partido
político, não estão sujeitos a limites de gastos ou a limites quando esta medida possa impli-
car na imposição de dificuldades ao exercício da ampla defesa.
O descumprimento dos limites de gastos fixados para cada campanha acarretará o paga-
mento de multa em valor equivalente a 100% da quantia que ultrapassar o limite estabelecido,
sem prejuízo da apuração da ocorrência de abuso do poder econômico.
A administração da campanha eleitoral é medida que deverá ser realizada diretamente
pelo candidato ou, alternativamente, por pessoa por ele designada.
Entretanto, ainda que haja a designação de um representante para a administração da
campanha, será o candidato, ainda assim, solidariamente responsável pela veracidade das
informações financeiras e contábeis de sua campanha. A medida tem por objetivo evitar
que os candidatos se eximam da responsabilidade ante a designação de um representante
de campanha.
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Basicamente, duas são as obrigações impostas pela lei aos partidos e candidatos no cur-
so do processo da campanha eleitoral:
a) a abertura de conta bancária;
b) a inscrição no CNPJ;
Obs.: Medidas que devem ser adotada pelos bancos com relação às contas destinadas à
campanha eleitoras:
a) acatar o pedido de abertura dos candidatos escolhidos em convenção no prazo de
3 dias;
b) não condicionar a abertura da conta a qualquer tipo de depósito mínimo ou à
cobrança de taxas ou despesas de manutenção;
c) identificar nos respectivos extratos o CPF ou CNPJ do doador de recursos para a
campanha;
d) encerrar a conta bancária ao final do ano eleitoral e transferir todo o saldo eventu-
almente existente para a conta do órgão de direção partidário indicado pelo partido.
Com relação à abertura de contas, devemos memorizar que esta medida, em caráter de
exceção, não é exigida nos casos de candidatura para Prefeito e Vereador em Municípios
onde não haja agência bancária ou posto de atendimento bancário.
O fornecimento do número do CNPJ de cada candidato é medida que deve ser realizada
pela Justiça Eleitoral no prazo de até 3 dias úteis após o recebimento do pedido de registro
de candidatura.
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Atualmente, os candidatos podem fazer uso, basicamente, de recursos oriundos das se-
guintes fontes:
a) recursos próprios;
b) doações de pessoas físicas;
c) recursos públicos;
Obs.: Para fins de prova, toda e qualquer questão que afirme que poderão ser realizadas
doações de recursos por parte de pessoas jurídicas deve ser considerada errada
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limite estabelecido para as doações de recursos, e não constitui doação de bens e serviços
estimáveis em dinheiro.
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (VUNESP/PROM JUS/MPE RJ/MPE RJ/2022) Considere que José é candidato a gover-
nador e, durante a campanha eleitoral, teve gastos com correspondência e despesas postais,
realização de pesquisa, aluguel de veículos automotores, alimentação do pessoal que presta
serviço ao seu comitê eleitoral, combustível do carro usado por ele na campanha e alimenta-
ção e hospedagem própria em diversas cidades do estado. Com base na situação hipotética
e no disposto na legislação correlata, é correto afirmar que a(s) despesa(s) com
a) aluguel de veículos automotores não poderá ultrapassar 10% (dez por cento) do total do
gasto da campanha de José.
b) a realização de pesquisa eleitoral não são consideradas gastos eleitorais, mas, assim como
todas as despesas relacionadas com a campanha eleitoral, devem ser informadas na presta-
ção de contas feita pelo próprio candidato.
c) a realização de pesquisa e alimentação do pessoal que presta serviço ao comitê eleitoral
não poderá ultrapassar 05% (cinco por cento) do total do gasto da campanha eleitoral.
d) combustível do carro usado por José na campanha, assim como a sua alimentação e hos-
pedagem, não são consideradas gastos eleitorais nem se sujeitam a prestação de contas.
e) correspondência e despesas postais não são consideradas gastos eleitorais, mas devem
ser informadas na prestação de contas.
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valores aos partidos, e não eram identificados os candidatos que seriam beneficiados. E os
partidos distribuíam o dinheiro sem divulgar a fonte.
Agência Estado, 15/1/2010 (com adaptações).
Tendo o texto acima como referência inicial, julgue o item que se segue.
A doação oculta ocorre quando o partido não informa à justiça eleitoral, na prestação de con-
tas relativas às eleições, o nome da empresa ou da pessoa natural que fez a doação.
024. (COM. EXAM./MPE SC/MPE SC/2019) De acordo com a Lei n. 9.504/1997, as despesas
da campanha eleitoral serão realizadas sob a responsabilidade dos partidos, ou de seus can-
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didatos, e financiadas na forma dessa Lei, enquanto os limites de gastos de campanha serão
definidos e divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral.
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Lei das Eleições – Parte II
Diogo Surdi
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não prestação, constará obrigação expressa de prestar as suas contas, contas de campanha,
no prazo de
a) sete dias úteis.
b) vinte e quatro horas.
c) setenta e duas horas.
d) oito dias antes da diplomação.
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Sobre o assunto, identifique com V ou com F. conforme sejam verdadeiras ou falsas as afir-
mativas a seguir:
( ) A Lei n. 9.504/1997 dispõe que a Justiça Eleitoral decidirá pela aprovação das contas
de campanha, quando estiverem regulares.
( ) A Lei n. 9.504/1997 dispõe que a Justiça Eleitoral decidirá pela desaprovação das con-
tas de campanha, quando verificadas falhas que não lhes comprometam a regularidade.
( ) A Lei n. 9.504/1997 dispõe que a Justiça Eleitoral decidirá pela não prestação das con-
tas de campanha, quando verificadas falhas que lhes comprometam a regularidade.
( ) Os dados relativos às prestações de contas são públicos e podem ser consultados
livremente pelos interessados, que, se desejarem, poderão solicitar cópias impressas
ou em meio magnético, ficando responsáveis pelos respectivos custos e pela utiliza-
ção que derem ás informações recebidas.
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GABARITO
1. d 37. d
2. E 38. E
3. C 39. a
4. C 40. b
5. C 41. E
6. E 42. C
7. a 43. a
8. a 44. C
9. C 45. b
10. a
11. a
12. a
13. b
14. a
15. C
16. E
17. C
18. a
19. d
20. d
21. E
22. C
23. a
24. E
25. d
26. d
27. d
28. C
29. C
30. b
31. C
32. d
33. a
34. C
35. E
36. C
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GABARITO COMENTADO
001. (VUNESP/PROM JUS/MPE RJ/MPE RJ/2022) Considere que José é candidato a gover-
nador e, durante a campanha eleitoral, teve gastos com correspondência e despesas postais,
realização de pesquisa, aluguel de veículos automotores, alimentação do pessoal que presta
serviço ao seu comitê eleitoral, combustível do carro usado por ele na campanha e alimenta-
ção e hospedagem própria em diversas cidades do estado. Com base na situação hipotética
e no disposto na legislação correlata, é correto afirmar que a(s) despesa(s) com
a) aluguel de veículos automotores não poderá ultrapassar 10% (dez por cento) do total do
gasto da campanha de José.
b) a realização de pesquisa eleitoral não são consideradas gastos eleitorais, mas, assim como
todas as despesas relacionadas com a campanha eleitoral, devem ser informadas na presta-
ção de contas feita pelo próprio candidato.
c) a realização de pesquisa e alimentação do pessoal que presta serviço ao comitê eleitoral
não poderá ultrapassar 05% (cinco por cento) do total do gasto da campanha eleitoral.
d) combustível do carro usado por José na campanha, assim como a sua alimentação e hos-
pedagem, não são consideradas gastos eleitorais nem se sujeitam a prestação de contas.
e) correspondência e despesas postais não são consideradas gastos eleitorais, mas devem
ser informadas na prestação de contas.
a) Errada. No caso de aluguel de veículos automotores, o limite de gastos será de 20% do total
estabelecido para a campanha.
Art. 26. São considerados gastos eleitorais, sujeitos a registro e aos limites fixados nesta Lei:
§ 1º São estabelecidos os seguintes limites com relação ao total do gasto da campanha:
II – aluguel de veículos automotores: 20% (vinte por cento).
Art. 26. São considerados gastos eleitorais, sujeitos a registro e aos limites fixados nesta Lei:
XII – realização de pesquisas ou testes pré-eleitorais;
c) Errada. No caso da alimentação, os gastos não podem superar 10% do limite total dos gas-
tos de campanha.
Art. 26. São considerados gastos eleitorais, sujeitos a registro e aos limites fixados nesta Lei:
§ 1º São estabelecidos os seguintes limites com relação ao total do gasto da campanha:
I – alimentação do pessoal que presta serviços às candidaturas ou aos comitês eleitorais: 10%
(dez por cento);
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d) Certa. Assim como informado, as despesas com o combustível do carro usado, assim como
a alimentação e a hospedagem do candidato, não são consideradas gastos eleitorais nem se
sujeitam a prestação de contas.
Art. 26, § 3º Não são consideradas gastos eleitorais nem se sujeitam a prestação de contas as
seguintes despesas de natureza pessoal do candidato:
a) combustível e manutenção de veículo automotor usado pelo candidato na campanha;
c) alimentação e hospedagem própria;
Art. 26. São considerados gastos eleitorais, sujeitos a registro e aos limites fixados nesta Lei:
V – correspondência e despesas postais;
Letra d.
a) Errada. A prestação de contas simplificada poderá ser utilizada nas eleições para Prefeito
e Vereador de Municípios com menos de 50 mil eleitores.
Art. 28, § 11. Nas eleições para Prefeito e Vereador de Municípios com menos de cinquenta mil
eleitores, a prestação de contas será feita sempre pelo sistema simplificado a que se referem os
§§ 9º e 10.
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Art. 28, § 4º Os partidos políticos, as coligações e os candidatos são obrigados, durante as cam-
panhas eleitorais, a divulgar em sítio criado pela Justiça Eleitoral para esse fim na rede mundial de
computadores (internet):
II – no dia 15 de setembro, relatório discriminando as transferências do Fundo Partidário, os recur-
sos em dinheiro e os estimáveis em dinheiro recebidos, bem como os gastos realizados.
c) Errada. De acordo com o entendimento do TSE, concluída a análise técnica, caso tenha sido
oferecida impugnação ou detectada qualquer irregularidade pelo órgão técnico, o prestador
de contas será intimado para se manifestar no prazo de 3 dias, podendo juntar documentos.
d) Errada. Tendo em vista a importância da medida, as contas apenas poderão ser julgadas
sem a realização de diligências quando houver parecer favorável do MPE neste sentido.
e) Certa. O §9º do artigo 28 estabelece justamente que
A Justiça Eleitoral adotará sistema simplificado de prestação de contas para candidatos que apre-
sentarem movimentação financeira correspondente a, no máximo, R$ 20.000,00 (vinte mil reais),
atualizados monetariamente, a cada eleição, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC
da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE ou por índice que o substituir.
Letra e.
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I – Certa. O §12 do artigo 28 estabelece que “Os valores transferidos pelos partidos políticos
oriundos de doações serão registrados na prestação de contas dos candidatos como trans-
ferência dos partidos e, na prestação de contas anual dos partidos, como transferência aos
candidatos”.
II – Errada. A dispensa na comprovação na prestação de contas abrange apenas as cessões
de automóvel do candidato ou de parentes até o terceiro grau.
III – Errada. Como regra geral, o prazo em que a documentação referente às contas deverão
ser conservadas é de 180 dias, contados da diplomação. Estando pendente de julgamento
qualquer processo judicial relativo às contas, a documentação a elas concernente deverá ser
conservada até a decisão final.
Art. 32. Até cento e oitenta dias após a diplomação, os candidatos ou partidos conservarão a do-
cumentação concernente a suas contas.
Parágrafo único. Estando pendente de julgamento qualquer processo judicial relativo às contas, a
documentação a elas concernente deverá ser conservada até a decisão final.
Os gastos com passagens aéreas efetuados nas campanhas eleitorais serão comprovados me-
diante a apresentação de fatura ou duplicata emitida por agência de viagem, quando for o caso,
desde que informados os beneficiários, as datas e os itinerários, vedada a exigência de apresenta-
ção de qualquer outro documento para esse fim.
Letra c.
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A não apresentação de contas impede a obtenção da quitação eleitoral, que é uma das con-
dições para o registro da candidatura.
Art. 30. A Justiça Eleitoral verificará a regularidade das contas de campanha, decidindo:
IV – pela não prestação, quando não apresentadas as contas após a notificação emitida pela Jus-
tiça Eleitoral, na qual constará a obrigação expressa de prestar as suas contas, no prazo de setenta
e duas horas.
Logo, a não apresentação de contas por parte de FULANO DE TAL impede a obtenção da qui-
tação eleitoral, impedindo, por consequência, a sua candidatura.
Letra c.
a) Errada. Neste caso, as despesas mencionadas não serão consideradas gastos eleitorais.
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Art. 26, § 3º Não são consideradas gastos eleitorais nem se sujeitam a prestação de contas as
seguintes despesas de natureza pessoal do candidato:
a) combustível e manutenção de veículo automotor usado pelo candidato na campanha;
Art. 26. São considerados gastos eleitorais, sujeitos a registro e aos limites fixados nesta Lei:
XII – realização de pesquisas ou testes pré-eleitorais;
c) Certa. A alternativa está em sintonia com o artigo 18-A, que apresenta a seguinte redação:
Art. 18-B. O descumprimento dos limites de gastos fixados para cada campanha acarretará o pa-
gamento de multa em valor equivalente a 100% (cem por cento) da quantia que ultrapassar o limite
estabelecido, sem prejuízo da apuração da ocorrência de abuso do poder econômico.
É obrigatório para o partido e para os candidatos abrir conta bancária específica para registrar todo
o movimento financeiro da campanha.
e) Errada. O candidato poderá usar recursos próprios em sua campanha, desde que observe,
para isso, o percentual de 10% dos limites previstos para gastos de campanha no cargo em
que concorrer.
Art. 23, § 2º-A. O candidato poderá usar recursos próprios em sua campanha até o total de 10%
(dez por cento) dos limites previstos para gastos de campanha no cargo em que concorrer.
Letra c.
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Todos os itens estão corretos, retratado formas por meio das quais poderão ser realizadas as
doações de recursos financeiros.
Art. 23, § 4º As doações de recursos financeiros somente poderão ser efetuadas na conta mencio-
nada no art. 22 desta Lei por meio de:
I – cheques cruzados e nominais ou transferência eletrônica de depósitos;
II – depósitos em espécie devidamente identificados até o limite fixado no inciso I do § 1º deste
artigo.
III – mecanismo disponível em sítio do candidato, partido ou coligação na internet, permitindo in-
clusive o uso de cartão de crédito, e que deverá atender aos seguintes requisitos:
a) identificação do doador;
b) emissão obrigatória de recibo eleitoral para cada doação realizada.
Letra e.
Uma das principais questões acerca do processo eleitoral é a forma como se dará a Arreca-
dação e as Despesas de campanha por parte dos candidatos e respectivos Partidos Políticos.
Como forma de regulamentar tais regras e evitar que o poder econômico possa alterar a von-
tade popular é que a Lei 9.504 se dedica a explicitar uma série de vedações e obrigações
àqueles que participam das eleições. Dentre elas, destaca-se o mandamento do artigo 18 da
Lei 9.504 (Lei das Eleições), de seguinte teor:
Art. 18. Os limites de gastos de campanha serão definidos em lei e divulgados pelo Tribunal Supe-
rior Eleitoral.
Letra a.
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As doações até 10% dos rendimentos brutos auferidos no ano anterior podem ser realizadas
pelas pessoas físicas, conforme previsão do artigo 23 da Lei das Eleições:
Art. 23. Pessoas físicas poderão fazer doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro para cam-
panhas eleitorais, obedecido o disposto nesta Lei.
§ 1º As doações e contribuições de que trata este artigo ficam limitadas a 10% (dez por cento) dos
rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano anterior à eleição.
Letra a.
Com relação às pessoas físicas, estas poderão realizar doações até o limite de 10% dos ren-
dimentos brutos recebidos no ano anterior.
No que se refere às pessoas jurídicas, o texto inicial da Lei 9.504 previa que apenas certas
entidades não poderiam realizar doações para as campanhas eleitorais. Posteriormente, o
STF, no julgamento da ADI 4.650, decidiu que toda e qualquer doação realizada por pessoas
jurídicas (independente da natureza jurídica da entidade) é inconstitucional.
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Assim, nos dias atuais, não é mais permitido o recebimento, por parte dos partidos políticos,
de doações realizadas por pessoas jurídicas.
Vejamos as disposições da Lei 9.504 neste sentido:
Art. 23. Pessoas físicas poderão fazer doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro para cam-
panhas eleitorais, obedecido o disposto nesta Lei.
§ 1º As doações e contribuições de que trata este artigo ficam limitadas a 10% (dez por cento) dos
rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano anterior à eleição.
Art. 24. É vedado, a partido e candidato, receber direta ou indiretamente doação em dinheiro ou
estimável em dinheiro, inclusive por meio de publicidade de qualquer espécie, procedente de:
IX – entidades esportivas;
a) Errada. Sebastião poderá realizar a doação, desde que limitada a 10% dos seus rendimen-
tos brutos recebidos no ano anterior.
b) Errada. Apenas a entidade esportiva é que não poderá realizar a doação para campanha.
c) Certa. Trata-se, conforme explicado, da forma como as doações podem ou não ser realiza-
das atualmente.
d) Errada. Para que Sebastião possa realizar a doação, deverá ele observar o limite de 10% dos
rendimentos brutos auferidos no ano anterior.
e) Errada. O limite a ser observado, por Sebastião, é de 10%, e não 20% dos rendimentos brutos.
Letra c.
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a empresa XWY deseja fazer, desde que limitada a 10% dos rendimentos brutos auferidos por
ela no ano anterior à eleição.
e) não ensejará a responsabilidade do candidato, partido político ou coligação nem a rejeição
de suas contas; e é permitida a doação que a empresa XWY deseja fazer, desde que limitada
a 10% dos rendimentos brutos auferidos por ela no ano da eleição.
Art. 23, § 6º Na hipótese de doações realizadas por meio das modalidades previstas nos incisos
III e IV do § 4º deste artigo, fraudes ou erros cometidos pelo doador sem conhecimento dos can-
didatos, partidos ou coligações não ensejarão a responsabilidade destes nem a rejeição de suas
contas eleitorais.
A XWY é empresa jurídica sem fins lucrativos que recebe recursos do exterior e deseja fazer,
indiretamente, doação estimável em dinheiro ao partido político Z.
Ainda que a empresa XWY não possua finalidade lucrativa, não poderá ela realizar doações de
recursos para os partidos políticos, conforme previsão da Lei 9.504:
Art. 24. É vedado, a partido e candidato, receber direta ou indiretamente doação em dinheiro ou
estimável em dinheiro, inclusive por meio de publicidade de qualquer espécie, procedente de:
VII – pessoa jurídica sem fins lucrativos que receba recursos do exterior.
Importante destacar que o STF já decidiu, no julgamento da ADI 4650, que nenhum tipo de
pessoa jurídica, independente da forma de constituição, poderá realizar doações eleitorais
para os partidos políticos.
Letra a.
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Trata-se de questão que exige o conhecimento do artigo 27 da Lei das Eleições (Lei 9.504),
que assim expressa:
Art. 27. Qualquer eleitor poderá realizar gastos, em apoio a candidato de sua preferência, até a
quantia equivalente a um mil UFIR, não sujeitos a contabilização, desde que não reembolsados.
Nesta hipótese, o gasto realizado pelo eleitor não está sujeito a contabilização, mas desde
que não venha a ser objeto de reembolso em momento posterior.
Letra a.
I – Errado. Com a entrada em vigor da Reforma Eleitoral de 2015, deixou de existir, para os
candidatos às eleições majoritárias, a possibilidade de prestação de contas por meio de co-
mitês financeiros. Agora, todas as prestações, independente de estarmos diante de eleições
majoritárias ou proporcionais, devem ser feitas pelo próprio candidato, conforme previsão do
artigo 28 da Lei 9.504:
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II – no caso dos candidatos às eleições proporcionais, de acordo com os modelos constantes do
Anexo desta Lei.
§ 1º As prestações de contas dos candidatos às eleições majoritárias serão feitas pelo próprio
candidato, devendo ser acompanhadas dos extratos das contas bancárias referentes à movimen-
tação dos recursos financeiros usados na campanha e da relação dos cheques recebidos, com a
indicação dos respectivos números, valores e emitentes.
§ 2º As prestações de contas dos candidatos às eleições proporcionais serão feitas pelo próprio
candidato.
III – Errado. Trata-se de regra apresentada no artigo 29, § 2º da norma eleitoral em análise:
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I – Errado. Ao contrário do que afirmado, as sobras de recursos de campanha poderão ser uti-
lizadas pelos partidos políticos. Para isso, os valores deverão ser declarados nas respectivas
prestações de contas com a identificação dos candidatos.
Art. 31, Parágrafo único. As sobras de recursos financeiros de campanha serão utilizadas pelos
partidos políticos, devendo tais valores ser declarados em suas prestações de contas perante a
Justiça Eleitoral, com a identificação dos candidatos.
II – Errado. Caso esteja pendente de julgamento processo judicial relacionado com a presta-
ção de contas, estas deverão ser conservadas até a decisão final do processo.
Art. 32. Até cento e oitenta dias após a diplomação, os candidatos ou partidos conservarão a do-
cumentação concernente a suas contas.
Parágrafo único. Estando pendente de julgamento qualquer processo judicial relativo às contas, a
documentação a elas concernente deverá ser conservada até a decisão final.
III – Certo. Trata-se de previsão da Lei das Eleições, de forma que a diplomação dos eleitos
apenas poderá ocorrer após a apresentação da prestação de contas.
Art. 29, § 2º A inobservância do prazo para encaminhamento das prestações de contas impede a
diplomação dos eleitos, enquanto perdurar.
Letra b.
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I – Certo. As pessoas físicas poderão realizar doações, mas o limite estabelecido é, conforme
afirmado, de 10% dos rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano anterior à eleição.
Art. 23. Pessoas físicas poderão fazer doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro para cam-
panhas eleitorais, obedecido o disposto nesta Lei.
§ 1º As doações e contribuições de que trata este artigo ficam limitadas a 10% (dez por cento) dos
rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano anterior à eleição.
II – Errado. Os extratos das contas bancárias são estão submetidos ao sigilo, uma vez que
devem ser apresentados à Justiça Eleitoral no momento da prestação de contas.
III – Errado. Aqui, estamos diante de uma situação em que é dispensada a comprovação na
prestação de contas. Logo, não há necessidade do candidato emitir recibo eleitoral.
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Uma das principais modificações realizadas pela Reforma Eleitoral de 2015 (e posteriormen-
te referendada pelo STF) refere-se à impossibilidade do recebimento de doações, por parte
dos partidos políticos, de pessoas jurídicas. Com isso, duas passaram a ser, basicamente, as
fontes de recursos dos partidos políticos: doações realizadas por pessoas físicas e recursos
próprios da agremiação partidária. Com base neste entendimento, eliminamos as alterna-
tivas C e D.
No caso das pessoas físicas, o valor das doações não pode exceder a 10% dos rendimentos
brutos recebidos no ano anterior àquele em que irá ocorrer a eleição, conforme previsão da
Lei das Eleições:
Art. 23. Pessoas físicas poderão fazer doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro para cam-
panhas eleitorais, obedecido o disposto nesta Lei.
§ 1º As doações e contribuições de que trata este artigo ficam limitadas a 10% (dez por cento) dos
rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano anterior à eleição.
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Vejamos as entidades que estão impossibilitadas de doar recursos para os partidos políticos,
ainda de acordo com a Lei 9.504/1997:
Art. 24. É vedado, a partido e candidato, receber direta ou indiretamente doação em dinheiro ou
estimável em dinheiro, inclusive por meio de publicidade de qualquer espécie, procedente de:
I – entidade ou governo estrangeiro;
II – órgão da administração pública direta e indireta ou fundação mantida com recursos provenien-
tes do Poder Público;
III – concessionário ou permissionário de serviço público;
IV – entidade de direito privado que receba, na condição de beneficiária, contribuição compulsória
em virtude de disposição legal;
V – entidade de utilidade pública; (Erro da Letra A)
VI – entidade de classe ou sindical;
VII – pessoa jurídica sem fins lucrativos que receba recursos do exterior.
VIII – entidades beneficentes e religiosas;
IX – entidades esportivas; (Erro da Letra B)
X – organizações não-governamentais que recebam recursos públicos;
XI – organizações da sociedade civil de interesse público.
Letra e.
a) Errada. Uma das formas de realização das doações de recursos para a campanha eleitoral
é por meio da utilização de mecanismo de cartão de crédito, nos termos da Lei 9.504:
Art. 23, § 4º As doações de recursos financeiros somente poderão ser efetuadas na conta mencio-
nada no art. 22 desta Lei por meio de:
III – mecanismo disponível em sítio do candidato, partido ou coligação na internet, permitindo in-
clusive o uso de cartão de crédito, e que deverá atender aos seguintes requisitos (...)
b) Errada. Trata-se de uma das vedações ao recebimento de recursos por parte das agremia-
ções partidárias.
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Art. 24. É vedado, a partido e candidato, receber direta ou indiretamente doação em dinheiro ou
estimável em dinheiro, inclusive por meio de publicidade de qualquer espécie, procedente de:
VII – pessoa jurídica sem fins lucrativos que receba recursos do exterior.
c) Certa. A utilização de bens móveis de pessoa física é uma das formas de doação de recurso
para a campanha eleitoral. Neste sentido, merece destaque os dispositivos da Lei 9.504:
Art. 23. Pessoas físicas poderão fazer doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro para cam-
panhas eleitorais, obedecido o disposto nesta Lei.
§ 7º O limite previsto no § 1º deste artigo não se aplica a doações estimáveis em dinheiro relati-
vas à utilização de bens móveis ou imóveis de propriedade do doador ou à prestação de serviços
próprios, desde que o valor estimado não ultrapasse R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) por doador.
d) Errada. Com a entrada em vigor da Lei 13.488/2017, passamos a contar com a possibili-
dade de realização de doações por meio de técnicas e serviços de financiamento coletivo por
meio de sítios na internet, aplicativos eletrônicos e outros recursos similares.
Art. 23, § 4º As doações de recursos financeiros somente poderão ser efetuadas na conta mencio-
nada no art. 22 desta Lei por meio de:
IV – instituições que promovam técnicas e serviços de financiamento coletivo por meio de sítios
na internet, aplicativos eletrônicos e outros recursos similares, que deverão atender aos seguintes
requisitos (...)
e) Errada. As entidades esportivas estão dentre aquelas que não podem realizar doações aos
partidos políticos.
Art. 24. É vedado, a partido e candidato, receber direta ou indiretamente doação em dinheiro ou
estimável em dinheiro, inclusive por meio de publicidade de qualquer espécie, procedente de:
IX – entidades esportivas;
É importante salientar que o STF, no julgamento da ADI 4.650, declarou que é vedado aos par-
tidos políticos o recebimento de valores oriundos de qualquer tipo de pessoa jurídica.
Letra c.
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De acordo com a Lei das Eleições, duas são as medidas necessárias para que os candidatos
possam iniciar o processo de arrecadação de recursos financeiros, sendo eles a abertura de
conta bancária e a inscrição no CNPJ.
Art. 22. É obrigatório para o partido e para os candidatos abrir conta bancária específica para re-
gistrar todo o movimento financeiro da campanha.
Art. 22-A. Os candidatos estão obrigados à inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ.
§ 1º Após o recebimento do pedido de registro da candidatura, a Justiça Eleitoral deverá fornecer
em até 3 (três) dias úteis, o número de registro de CNPJ.
Importante salientar que a abertura de conta bancária não é obrigatória para os casos de
candidatura para Prefeito e Vereador em Municípios onde não haja agência bancária ou posto
de atendimento bancário.
O simples registro da candidatura, por si só, não autoriza a arrecadação de recursos (Erro das
Letras B, C e D). De igual forma, não há a exigência de depósito mínimo (Erro da Letra E).
Letra a.
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Art. 18-B. O descumprimento dos limites de gastos fixados para cada campanha acarretará o pa-
gamento de multa em valor equivalente a 100% (cem por cento) da quantia que ultrapassar o limite
estabelecido, sem prejuízo da apuração da ocorrência de abuso do poder econômico.
b) Errada. De acordo com a Lei 13.165/2015, o limite, nos Municípios de até dez mil eleitores,
era de R$ 100.000,00 (cem mil reais) para Prefeito e de R$ 10.000,00 (dez mil reais) para Ve-
reador. No entanto, o dispositivo em questão foi revogado pela Lei 13.488/2017.
c) Errada. Em caso de segundo turno, os valores serão majorados, haja vista que uma nova
eleição estará sendo realizada.
d) Certa. Trata-se de previsão do artigo 18 da Lei das Eleições, já de acordo com as alterações
promovidas pela Lei 13.488/2017.
Art. 18. Os limites de gastos de campanha serão definidos em lei e divulgados pelo Tribunal Supe-
rior Eleitoral.
e) Errada. Diversamente do que afirma a questão, as despesas que possam ser individuali-
zadas serão contabilizadas nos limites de gastos de campanha, conforme previsão da Lei
das Eleições.
Art. 18-A. Serão contabilizadas nos limites de gastos de cada campanha as despesas efetuadas
pelos candidatos e as efetuadas pelos partidos que puderem ser individualizadas.
Letra d.
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a) Errada. De acordo com o artigo 18 da Lei das Eleições (Lei n. 9.504 de 1997), os limites de
gastos de campanha eleitoral serão definidos por lei e divulgados pelo Tribunal Superior Elei-
toral. Já as despesas de campanha eleitoral, conforme o artigo 17 de tal norma, são de res-
ponsabilidade dos candidatos e dos partidos políticos, sendo que deverão ser apresentadas
à Justiça Eleitoral através da prestação de contas. Artigos mencionados abaixo transcritos:
Art. 17. As despesas da campanha eleitoral serão realizadas sob a responsabilidade dos partidos,
ou de seus candidatos, e financiadas na forma desta Lei.
Art. 18. Os limites de gastos de campanha, em cada eleição, são os definidos pelo Tribunal Supe-
rior Eleitoral com base nos parâmetros definidos em lei.
Art. 28, § 1º As prestações de contas dos candidatos às eleições majoritárias serão feitas pelo
próprio candidato, devendo ser acompanhadas dos extratos das contas bancárias referentes à
movimentação dos recursos financeiros usados na campanha e da relação dos cheques recebidos,
com a indicação dos respectivos números, valores e emitentes.
§ 2º As prestações de contas dos candidatos às eleições proporcionais serão feitas pelo próprio
candidato.
Art. 31. Se, ao final da campanha, ocorrer sobra de recursos financeiros, esta deve ser declarada
na prestação de contas e, após julgados todos os recursos, transferida ao partido, obedecendo aos
seguintes critérios:
I – no caso de candidato a Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador, esses recursos deverão ser transfe-
ridos para o órgão diretivo municipal do partido na cidade onde ocorreu a eleição, o qual será res-
ponsável exclusivo pela identificação desses recursos, sua utilização, contabilização e respectiva
prestação de contas perante o juízo eleitoral correspondente.
d) Certa. Por exemplo, caso um candidato filiado a partido político desobedecer a alguma
norma estatutária e for expulso, tal partido poderá solicitar o cancelamento do seu registro
perante a Justiça Eleitoral até a data do pleito eleitoral. Durante o processo de expulsão, é
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Art. 14. Estão sujeitos ao cancelamento do registro os candidatos que, até a data da eleição, forem
expulsos do partido, em processo no qual seja assegurada ampla defesa e sejam observadas as
normas estatutárias.
Parágrafo único. O cancelamento do registro do candidato será decretado pela Justiça Eleitoral,
após solicitação do partido.
Art. 15, § 1º Aos partidos fica assegurado o direito de manter os números atribuídos à sua legenda
na eleição anterior, e aos candidatos, nesta hipótese, o direito de manter os números que lhes fo-
ram atribuídos na eleição anterior para o mesmo cargo.
Letra d.
Tendo o texto acima como referência inicial, julgue o item que se segue.
A doação oculta ocorre quando o partido não informa à justiça eleitoral, na prestação de con-
tas relativas às eleições, o nome da empresa ou da pessoa natural que fez a doação.
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Art. 28, § 12. Os valores transferidos pelos partidos políticos oriundos de doações serão registra-
dos na prestação de contas dos candidatos como transferência dos partidos e, na prestação de
contas dos partidos, como transferência aos candidatos, sem individualização dos doadores.
Não demorou, contudo, para a questão chegar à análise do STF, que, no julgamento da ADI
5394, concedeu liminar para suspender o trecho da Lei das Eleições introduzido pela Reforma
Eleitoral de 2015.
Atualmente, as doações ocultas estão vedadas em nosso ordenamento jurídico. Em outros
termos, significa em afirmar que todas as doações deverão ser especificadas, na prestação
de contas, detalhando a forma como os recursos foram utilizados.
Vejamos a redação do artigo 28, §12, já de acordo com a alteração legislativa decorrente da
Reforma Eleitoral de 2019:
Art. 28, § 12, Os valores transferidos pelos partidos políticos oriundos de doações serão registra-
dos na prestação de contas dos candidatos como transferência dos partidos e, na prestação de
contas anual dos partidos, como transferência aos candidatos.
Errado.
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Art. 31. Se, ao final da campanha, ocorrer sobra de recursos financeiros, esta deve ser declarada
na prestação de contas e, após julgados todos os recursos, transferida ao partido, obedecendo aos
seguintes critérios(...)
Parágrafo único. As sobras de recursos financeiros de campanha serão utilizadas pelos partidos
políticos, devendo tais valores ser declarados em suas prestações de contas perante a Justiça
Eleitoral, com a identificação dos candidatos.
b) Errada. O uso, na campanha, de recursos provenientes de conta outra que não aquela aber-
ta com essa finalidade específica não implica nas sanções de advertência ao candidato e
multa, mas sim na desaprovação da prestação de contas do partido ou candidato. Em caso de
abuso comprovado, será cancelado o registro da candidatura ou cassado o diploma.
Art. 22, § 3º O uso de recursos financeiros para pagamentos de gastos eleitorais que não prove-
nham da conta específica de que trata o caput deste artigo implicará a desaprovação da prestação
de contas do partido ou candidato; comprovado abuso de poder econômico, será cancelado o re-
gistro da candidatura ou cassado o diploma, se já houver sido outorgado.
c) Certa. Trata-se da literalidade do artigo 29, §2º, da Lei 9.504, de forma que a diplomação
apenas irá ocorrer em caso de envio, dentro do prazo, da prestação de contas relativa à cam-
panha eleitoral respectiva.
Art. 29, § 2º A inobservância do prazo para encaminhamento das prestações de contas impede a
diplomação dos eleitos, enquanto perdurar.
Art. 28, § 4º Os partidos políticos, as coligações e os candidatos são obrigados, durante as cam-
panhas eleitorais, a divulgar em sítio criado pela Justiça Eleitoral para esse fim na rede mundial de
computadores (internet) (...)
I – os recursos em dinheiro recebidos para financiamento de sua campanha eleitoral, em até 72
(setenta e duas) horas de seu recebimento;
e) Errada. Dois são os critérios que podem ser utilizados para a adoção da sistemática sim-
plificada de prestação de contas:
a) populacional (adotada em municípios com menos de 50 mil eleitores);
b) financeira (movimentação de até R$ 20 mil por eleição);
Art. 28, § 9º A Justiça Eleitoral adotará sistema simplificado de prestação de contas para can-
didatos que apresentarem movimentação financeira correspondente a, no máximo, R$ 20.000,00
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(vinte mil reais), atualizados monetariamente, a cada eleição, pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor - INPC da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE ou por índice
que o substituir.
§ 11. Nas eleições para Prefeito e Vereador de Municípios com menos de cinquenta mil eleitores,
a prestação de contas será feita sempre pelo sistema simplificado a que se referem os §§ 9º e 10.
Letra c.
Nas eleições Majoritárias, a prestação de contas será realizada por intermédio do candidato,
conforme previsão no artigo 28, § 1º, da Lei das Eleições:
Art. 28, §1º, As prestações de contas dos candidatos às eleições majoritárias serão feitas pelo
próprio candidato, devendo ser acompanhadas dos extratos das contas bancárias referentes à
movimentação dos recursos financeiros usados na campanha e da relação dos cheques recebidos,
com a indicação dos respectivos números, valores e emitentes.
No caso das eleições Proporcionais, temos que a prestação deverá ser feita por meio do pró-
prio candidato, conforme previsão no § 2º do mesmo artigo da Lei 9.504/1997:
Art. 28, §2º, As prestações de contas dos candidatos às eleições proporcionais serão feitas pelo
próprio candidato.
a) Certa. Como verificado, a prestação de contas dos candidatos às eleições majoritárias deve
ser feita pelo próprio candidato.
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§ 1º As prestações de contas dos candidatos às eleições majoritárias serão feitas pelo próprio
candidato, devendo ser acompanhadas dos extratos das contas bancárias referentes à movimen-
tação dos recursos financeiros usados na campanha e da relação dos cheques recebidos, com a
indicação dos respectivos números, valores e emitentes.
b) Errada. Tal como ocorre com as eleições majoritárias, a prestação de contas dos candida-
tos às eleições proporcionais deve ser feita pelos próprios candidatos, não havendo mais a
participação dos comitês financeiros.
c) Errada. Tendo o candidato vitorioso processo judicial relativo às contas prestadas, a docu-
mentação pertinente deve ser conservada até a decisão final do respectivo processo.
Art. 32, Parágrafo único. Estando pendente de julgamento qualquer processo judicial relativo às
contas, a documentação a elas concernente deverá ser conservada até a decisão final.
d) Errada. De acordo com a Lei 9.504, a Justiça Eleitoral adotará sistema simplificado de pres-
tação de contas para candidatos que apresentarem movimentação financeira correspondente
a, no máximo, R$ 20.000,00 (vinte mil reais). Tal sistemática, no entanto, também será ado-
tada nos municípios com até 50 mil eleitores, independente dos valores relativos aos gastos
de campanha.
Art. 28, § 11. Nas eleições para Prefeito e Vereador de Municípios com menos de cinquenta mil
eleitores, a prestação de contas será feita sempre pelo sistema simplificado a que se referem os
§§ 9º e 10.
Art. 31. Se, ao final da campanha, ocorrer sobra de recursos financeiros, esta deve ser declarada
na prestação de contas e, após julgados todos os recursos, transferida ao partido, obedecendo aos
seguintes critérios (...)
Letra a.
024. (COM. EXAM./MPE SC/MPE SC/2019) De acordo com a Lei n. 9.504/1997, as despesas
da campanha eleitoral serão realizadas sob a responsabilidade dos partidos, ou de seus can-
didatos, e financiadas na forma dessa Lei, enquanto os limites de gastos de campanha serão
definidos e divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral.
De acordo com o artigo 18 da Lei 9.504, “Os limites de gastos de campanha serão definidos em
lei e divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral”.
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Assim, o erro da questão está em afirmar que os limites de gastos de campanha serão defini-
dos e divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral, quando, na verdade, serão definidos em lei,
apenas sendo divulgados pelo TSE.
Errado.
Para responder a questão, temos que fazer uso das disposições do artigo 30 da Lei das Elei-
ções, que estabelece os possíveis resultados decorrentes da apresentação da prestação de
contas pela Justiça Eleitoral.
Art. 30. A Justiça Eleitoral verificará a regularidade das contas de campanha, decidindo:
I – pela aprovação, quando estiverem regulares; (Item I)
II – pela aprovação com ressalvas, quando verificadas falhas que não lhes comprometam a regu-
laridade; (Erro do Item II)
III – pela desaprovação, quando verificadas falhas que lhes comprometam a regularidade;
IV – pela não prestação, quando não apresentadas as contas após a notificação emitida pela Jus-
tiça Eleitoral, na qual constará a obrigação expressa de prestar as suas contas, no prazo de setenta
e duas horas. (Item III)
Letra d.
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a) Errada. De acordo com o artigo 17 da Lei 9.504, temos a previsão de que “As despesas da
campanha eleitoral serão realizadas sob a responsabilidade dos partidos, ou de seus candida-
tos, e financiadas na forma desta Lei”. Logo, é impossível o financiamento da campanha elei-
toral por meio de entidades estrangeiras.
b) Errada. Nos termos do artigo 26, IV, da Lei 9504, são considerados gastos eleitorais, den-
tre outros,
Art. 26. São considerados gastos eleitorais, sujeitos a registro e aos limites fixados nesta Lei:
III – aluguel de locais para a promoção de atos de campanha eleitoral;
Assim, e o partido ou coligação alugar qualquer bem que seja e utilizá-lo na campanha elei-
toral, a despesas incorrida com o respectivo aluguel será considerada um gasto eleitoral e,
como tal, estará sujeito a todos os limites estipulados em lei.
d) Certa. sendo a perfeita definição do artigo 24, VIII, da Lei das Eleições:
e) Errada, uma vez que é obrigatório a abertura de conta corrente, por parte dos partidos po-
líticos, com a finalidade de registrar toda a movimentação financeira da campanha, tal como
as doações e gastos realizados. Nos termos da Lei 9.504, em seu artigo 22:
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É obrigatório para o partido e para os candidatos abrir conta bancária específica para registrar todo
o movimento financeiro da campanha.
Letra d.
Após a Reforma Eleitoral de 2015, inúmeras foram as alterações promovidas na Lei 9.504 com
relação à possibilidade de doação de valores, por parte dos particulares, aos partidos e coli-
gações políticas. Vejamos o atual teor do artigo 23, §4º, III, da norma em análise:
Art. 23. Pessoas físicas poderão fazer doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro para cam-
panhas eleitorais, obedecido o disposto nesta Lei.
§ 4º As doações de recursos financeiros somente poderão ser efetuadas na conta mencionada no
art. 22 desta Lei por meio de:
I – cheques cruzados e nominais ou transferência eletrônica de depósitos;
II – depósitos em espécie devidamente identificados até o limite fixado no inciso I do § 1º deste
artigo.
III – mecanismo disponível em sítio do candidato, partido ou coligação na internet, permitindo in-
clusive o uso de cartão de crédito, e que deverá atender aos seguintes requisitos:
a) identificação do doador;
b) emissão obrigatória de recibo eleitoral para cada doação realizada.
Letra d.
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a) Errada. O limite de gastos com a alimentação do pessoal que trabalha para os candidatos
nas propagandas eleitorais é de 10% do total da campanha. Embasamento no inciso I do ar-
tigo 26 da Lei das Eleições:
Art. 26, Parágrafo único. São estabelecidos os seguintes limites com relação ao total do gasto da
campanha:
I – alimentação do pessoal que presta serviços às candidaturas ou aos comitês eleitorais: 10%
(dez por cento);
II – aluguel de veículos automotores: 20% (vinte por cento).
b) Errada. Da mesma forma que existe limite de gastos com a alimentação do pessoal que
trabalha nas campanhas eleitorais, também há para aluguel de veículos automotores, que
no caso é de 20%. É o que estabelece o inciso II do artigo 26 acima descrito. A banca tentou
confundir os candidatos trocando os percentuais.
c) Certa. No caso, o eleitor não vai fazer doação, mas sim realizar gastos para ajudar seu can-
didato preferido na campanha eleitoral. Conteúdo do artigo 27 da Lei das Eleições:
Art. 27. Qualquer eleitor poderá realizar gastos, em apoio a candidato de sua preferência, até a
quantia equivalente a um mil UFIR, não sujeitos a contabilização, desde que não reembolsados.
d) Errada. Não existe na legislação eleitoral vigente a possibilidade de órgão de direção parti-
dária efetuar doação para candidato na campanha eleitoral.
e) Errada. Pelo contrário, há limite de gastos para qualquer campanha eleitoral, e este é defi-
nido em lei e divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral em todas as eleições. É o que descreve
o artigo 18 da Lei acima citada:
Art. 18. Os limites de gastos de campanha serão definidos em lei e divulgados pelo Tribunal Supe-
rior Eleitoral.
Letra c.
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A questão reproduz, de forma correta, a literalidade do artigo 27 da Lei das Eleições, que apre-
senta a seguinte redação:
Art. 27. Qualquer eleitor poderá realizar gastos, em apoio a candidato de sua preferência, até a
quantia equivalente a um mil UFIR, não sujeitos a contabilização, desde que não reembolsados.
Assim, podem os eleitores realizar gastos a candidatos de sua preferência até a quantia equi-
valente a 1 mil UFIR, não havendo necessidade, até estes valores, de contabilização. Para
isso, os valores não poderão ter sido reembolsados em momento posterior.
Certo.
I – Certa. Os limites para os gastos de campanha serão definidos, de acordo com a Lei 9.504,
pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Art. 18. Os limites de gastos de campanha serão definidos em lei e divulgados pelo Tribunal Supe-
rior Eleitoral.
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Art. 22. É obrigatório para o partido e para os candidatos abrir conta bancária específica para re-
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III – Errada. A inscrição no CNPJ trata-se de medida obrigatória para todos os candidatos.
Art. 22-A. Os candidatos estão obrigados à inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica -
CNPJ.
IV – Certa. De acordo com a Lei das Eleições, a realização de pesquisas e testes pré-eleitorais
são considerados gastos eleitorais.
Art. 26. São considerados gastos eleitorais, sujeitos a registro e aos limites fixados nesta Lei:
XII – realização de pesquisas ou testes pré-eleitorais;
Letra b.
I – Errada. A Receita Federal, órgão do Poder Executivo, não é competente para analisar as
prestações de contas. Como estamos no âmbito da Justiça Especializada, o que vale é que
apenas esta é competente para tal. Assim dispõe o artigo 30 da Lei 9504:
II – Errada. Vejam que não faria nenhum sentido publicar a decisão que julgou a prestação de
contas após a diplomação. Para evitar isso, a Lei 9.504, já com as alterações promovidas pela
Reforma Eleitoral de 2015, determina, no § 1º do artigo 30, que:
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Art. 30, § 1º A decisão que julgar as contas dos candidatos eleitos será publicada em sessão até
três dias antes da diplomação.
III – Certa. Ainda que a prestação de contas seja de extrema importância para a fiscalização
do cumprimento das normas legais, não podemos, sob o risco de tornarmos a prestação al-
tamente burocrática, considerar que a mesma está em desacordo quando estivermos diante
de meros erros formais ou materiais irrelevantes.
E isso decorre diretamente do princípio da eficiência e da noção de administração gerencial,
pessoal. Vejamos o teor da norma (§ 2º do artigo 30 da Lei das Eleições):
Art. 30, § 2º, Erros formais e materiais corrigidos não autorizam a rejeição das contas e a comina-
ção de sanção a candidato ou partido.
Letra c.
Art. 17. As despesas da campanha eleitoral serão realizadas sob a responsabilidade dos partidos,
ou de seus candidatos, e financiadas na forma desta Lei.
Letra d.
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Nos termos da Lei 9.504/1997, em seu artigo 29, III e IV, os comitês devem encaminhar à Jus-
tiça Eleitoral, até o trigésimo dia posterior à realização das eleições, o conjunto da prestação
de contas de seus candidatos e do próprio comitê. Em caso de segundo turno, o partido deve
encaminhar a prestação referente aos dois turnos no prazo de 20 dias, que serão contados da
data da realização das eleições.
Art. 29. Ao receber as prestações de contas e demais informações dos candidatos às eleições
majoritárias e dos candidatos às eleições proporcionais que optarem por prestar contas por seu
intermédio, os comitês deverão:
III – encaminhar à Justiça Eleitoral, até o trigésimo dia posterior à realização das eleições, o con-
junto das prestações de contas dos candidatos e do próprio comitê, na forma do artigo anterior,
ressalvada a hipótese do inciso seguinte;
IV – havendo segundo turno, encaminhar a prestação de contas, referente aos 2 (dois) turnos, até
o vigésimo dia posterior à sua realização.
Letra a.
Dada a importância das eleições, e como forma de evitar que o abuso do poder econômico
possa influenciar na legitimidade popular, a Lei 9.504 apresenta uma série de atribuições que
devem ser satisfeitas pelos candidatos e partidos políticos, dentre as quais se inclui a pres-
tação de contas eleitoral.
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A resposta nos é dada com o §2º do artigo 29 da Lei 9.504/1997, de seguinte teor:
Art. 29, §2º, A inobservância do prazo para encaminhamento das prestações de contas impede a
diplomação dos eleitos, enquanto perdurar.
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I – Errada. A banca trocou apenas a palavra móveis por imóveis. Se o valor da cessão de mó-
veis for de até R$ 4.000,00, esta fica dispensada de apresentação na prestação de contas das
campanhas eleitorais dos candidatos, partidos e coligações. É o que estabelece o inciso I do
artigo 28, §6º, da Lei das Eleições (Lei 9.504 de 1997):
II – Errada. O candidato que concorrer no segundo turno das eleições, deverá encaminhar a
prestação de contas, para a Justiça Eleitoral, referente aos 2 turnos, até o vigésimo dia de-
pois da realização do segundo turno. É o que dispõe do inciso IV do artigo 29 da Lei acima
mencionada:
Art. 29. Ao receber as prestações de contas e demais informações dos candidatos às eleições
majoritárias e dos candidatos às eleições proporcionais que optarem por prestar contas por seu
intermédio, os comitês deverão:
IV – havendo segundo turno, encaminhar a prestação de contas, referente aos 2 (dois) turnos, até
o vigésimo dia posterior à sua realização.
III – Errada. Erros formais ou materiais são, por exemplo, quando deveria ter sido inserido
um valor de R$ 100,00 para pagamento de produção de vinheta e foi inserido R$ 1.000,00 por
engano. Isso não é grave e pode ser retificado sem acarretar a rejeição das contas. Embasa-
mento no § 2º do artigo 30 da Lei acima descrita:
Art. 30, § 2º-A. Erros formais ou materiais irrelevantes no conjunto da prestação de contas, que
não comprometam o seu resultado, não acarretarão a rejeição das contas.
IV – Certa. Se por acaso algum candidato ou partido, numa eleição para governador, por exem-
plo, conseguiu quitar apenas parte das despesas de campanha eleitoral, o restante que ficou
pendente poderá ser assumido pelo partido, mas por decisão do órgão nacional de direção
partidária. É o conteúdo do § 3º do artigo 29 da Lei das Eleições:
Art. 29, § 3º Eventuais débitos de campanha não quitados até a data de apresentação da presta-
ção de contas poderão ser assumidos pelo partido político, por decisão do seu órgão nacional de
direção partidária.
Letra e.
036. (PONTUA/TÉCNICOJUDICIÁRIO/TRESC/2011/”SEMESPECIALIDADE”/ADMINISTRATIVA)
No que diz respeito à arrecadação e à prestação de contas, assinale a alternativa INCORRETA:
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a) Certa. As despesas de campanha, de acordo com a Lei 9.504, podem ser realizadas tanto
sob a responsabilidade do candidato quanto sob a responsabilidade dos respectivos partidos
políticos.
Art. 17. As despesas da campanha eleitoral serão realizadas sob a responsabilidade dos partidos,
ou de seus candidatos, e financiadas na forma desta Lei.
Art. 21. O candidato é solidariamente responsável com a pessoa indicada na forma do art. 20 desta
Lei pela veracidade das informações financeiras e contábeis de sua campanha, devendo ambos
assinar a respectiva prestação de contas.
Art. 21. O candidato é solidariamente responsável com a pessoa indicada na forma do art. 20 desta
Lei pela veracidade das informações financeiras e contábeis de sua campanha, devendo ambos
assinar a respectiva prestação de contas.
Art. 22. É obrigatório para o partido e para os candidatos abrir conta bancária específica para re-
gistrar todo o movimento financeiro da campanha.
Letra c.
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( ) A Lei n. 9.504/1997 dispõe que a Justiça Eleitoral decidirá pela aprovação das contas
de campanha, quando estiverem regulares.
( ) A Lei n. 9.504/1997 dispõe que a Justiça Eleitoral decidirá pela desaprovação das con-
tas de campanha, quando verificadas falhas que não lhes comprometam a regularidade.
( ) A Lei n. 9.504/1997 dispõe que a Justiça Eleitoral decidirá pela não prestação das con-
tas de campanha, quando verificadas falhas que lhes comprometam a regularidade.
( ) Os dados relativos às prestações de contas são públicos e podem ser consultados
livremente pelos interessados, que, se desejarem, poderão solicitar cópias impressas
ou em meio magnético, ficando responsáveis pelos respectivos custos e pela utiliza-
ção que derem ás informações recebidas.
I – Verdadeira. Estando regulares, as contas deverão ser aprovadas pela Justiça Eleitoral.
II – Falsa. Havendo falhas que não comprometam a regularidade das contas, a decisão deverá
ser pela aprovação com ressalvas.
III – Falsa. Havendo falhas que comprometam a regularidade das contas, deve a Justiça Elei-
toral decidir pela desaprovação.
Art. 30. A Justiça Eleitoral verificará a regularidade das contas de campanha, decidindo:
I – pela aprovação, quando estiverem regulares;
II – pela aprovação com ressalvas, quando verificadas falhas que não lhes comprometam a regu-
laridade;
III – pela desaprovação, quando verificadas falhas que lhes comprometam a regularidade;
IV – pela não prestação, quando não apresentadas as contas após a notificação emitida pela Jus-
tiça Eleitoral, na qual constará a obrigação expressa de prestar as suas contas, no prazo de setenta
e duas horas.
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IV – Verdadeira. No Res 21.228, o TSE decidiu que os dados relacionados com a prestação
de contas são públicos e podem ser consultados por todos os interessados. Poderão estes,
ainda, solicitar cópias em meio magnético ou de forma impressa, hipótese em que deverão
arcar com os custos necessários para a disponibilização.
Os dados relativos às prestações de contas são públicos e podem ser consultados livremente pelos
interessados, que, se desejarem, poderão solicitar cópias, impressas ou em meio magnético, fican-
do responsáveis pelos respectivos custos e pela utilização que derem às informações recebidas.
Letra d.
Na situação apresentada pela questão, estamos diante da captação ilícita de recursos para
fins eleitorais, cuja previsão encontra fundamento no artigo 30-A da Lei 9.504, de seguinte teor:
Art. 30-A. Qualquer partido político ou coligação poderá representar à Justiça Eleitoral, no prazo de
15 (quinze) dias da diplomação, relatando fatos e indicando provas, e pedir a abertura de investiga-
ção judicial para apurar condutas em desacordo com as normas desta Lei, relativas à arrecadação
e gastos de recursos.
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Importante frisar que o eleitor não é parte legitimada para a presente representação, mas sim
apenas os partidos políticos, as coligações e, assim como ocorre em todas as ações eleito-
rais, o Ministério Público. Com isso, eliminamos as alternativas A e C.
Na Letra B, o prazo de 15 dias não é contado da data da posse, mas sim da diplomação dos
candidatos. Na Letra D, o prazo é de 15 dias, e não 30.
Letra e.
A Lei 9.504 determina, em plena sintonia com o princípio da eficiência, que os erros formais
e materiais irrelevantes que, no conjunto da prestação de contas, não comprometam o seu
resultado, não serão capazes de ensejar a rejeição das contas de campanha.
Art. 30, § 2º-A. Erros formais ou materiais irrelevantes no conjunto da prestação de contas, que
não comprometam o seu resultado, não acarretarão a rejeição das contas.
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Art. 30-A. Qualquer partido político ou coligação poderá representar à Justiça Eleitoral, no prazo de
15 (quinze) dias da diplomação, relatando fatos e indicando provas, e pedir a abertura de investiga-
ção judicial para apurar condutas em desacordo com as normas desta Lei, relativas à arrecadação
e gastos de recursos.
§ 2º Comprovados captação ou gastos ilícitos de recursos, para fins eleitorais, será negado diplo-
ma ao candidato, ou cassado, se já houver sido outorgado.
Art. 30-A, § 1º Na apuração de que trata este artigo, aplicar-se-á o procedimento previsto no art.
22 da Lei Complementar no 64, de 18 de maio de 1990, no que couber.
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d) Errada. Não há qualquer previsão quanto ao pagamento de multa por parte do candi-
dato eleito.
Letra b.
Dada a importância da análise da Justiça Eleitoral das prestações de contas dos candidatos
(uma vez que é nesse momento que pode ser identificado o abuso do poder econômico como
forma de influência nas eleições), o legislador optou por conferir a possibilidade da Justiça
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Eleitoral requisitar técnicos do Tribunal de Contas da União, dos Estados, do Distrito Federal
ou dos Municípios, pelo tempo que for necessário.
Neste sentido é o texto do artigo 30, §3º, da Lei 9.504, de seguinte redação:
Art. 30, § 3º Para efetuar os exames de que trata este artigo, a Justiça Eleitoral poderá requisitar
técnicos do Tribunal de Contas da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, pelo
tempo que for necessário.
Certo.
a) Certa. Ocorrendo, ao final da campanha, a sobra de recursos financeiros, estes deverão ser
transferidos para o respectivo partido político, tudo conforme previsão da Lei 9.504:
Art. 31. Se, ao final da campanha, ocorrer sobra de recursos financeiros, esta deve ser declarada
na prestação de contas e, após julgados todos os recursos, transferida ao partido, obedecendo aos
seguintes critérios (...)
b) Errada. As pessoas físicas poderão, como regra geral, realizar doações até o limite de 10%
dos valores que tenham recebido, no ano anterior, a título de rendimentos brutos. Caso estes
limites sejam ultrapassados, estará o infrator sujeito ao pagamento de multa no valor de até
100% da quantia recebida em excesso. A penalidade é aplicada ao doador, e não, conforme
informado, solidariamente ao candidato.
Art. 23. Pessoas físicas poderão fazer doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro para campa-
nhas eleitorais, obedecido o disposto nesta Lei.
§ 1º As doações e contribuições de que trata este artigo ficam limitadas a 10% (dez por cento) dos
rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano anterior à eleição.
§ 3º A doação de quantia acima dos limites fixados neste artigo sujeita o infrator ao pagamento de
multa no valor de até 100% (cem por cento) da quantia em excesso.
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c) Errada. Como visto no artigo 23 da Lei 9.504, conforme explicação da alternativa anterior, as
doações poderão ser tanto em dinheiro quanto estimáveis em dinheiro.
d) Errada. A transferência para a conta única do Tesouro Nacional ocorre apenas quando não
for possível identificar a fonte que realizou a doação à agremiação partidária.
Art. 24, § 4º O partido ou candidato que receber recursos provenientes de fontes vedadas ou de
origem não identificada deverá proceder à devolução dos valores recebidos ou, não sendo possível
a identificação da fonte, transferi-los para a conta única do Tesouro Nacional.
Letra a.
Ao receber a prestação de contas dos candidatos, quatro são as diferentes decisões que po-
dem ser proferidas pela Justiça Eleitoral, conforme previsão da Lei 9.504:
Art. 30. A Justiça Eleitoral verificará a regularidade das contas de campanha, decidindo:
I – pela aprovação, quando estiverem regulares; (Letra A)
II – pela aprovação com ressalvas, quando verificadas falhas que não lhes comprometam a regula-
ridade; (Letra B)
III – pela desaprovação, quando verificadas falhas que lhes comprometam a regularidade; (Erro da
Letra C)
IV – pela não prestação, quando não apresentadas as contas após a notificação emitida pela Jus-
tiça Eleitoral, na qual constará a obrigação expressa de prestar as suas contas, no prazo de setenta
e duas horas. (Letra D)
Caso existam erros formais ou materiais irrelevantes e que não sejam capazes de comprome-
ter o resultado da prestação de contas, a Justiça Eleitoral decidirá pela não rejeição, conforme
previsão da Lei das Eleições.
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O erro da Letra C está em afirmar que a desaprovação das contas, quando verificadas falhas
que lhes comprometam a regularidade, enseja a declaração de inelegibilidade do candidato. A
declaração de inelegibilidade, em sentido diverso, depende de decisão transitada em julgado
ou proferida por órgão colegiado.
Letra c.
Para responder a questão, devemos fazer uso da literalidade do artigo 30, § 5º, da Lei 9.504
(Lei das Eleições), que apresenta a seguinte redação:
Art. 30, § 5º Da decisão que julgar as contas prestadas pelos candidatos caberá recurso ao órgão
superior da Justiça Eleitoral, no prazo de 3 (três) dias, a contar da publicação no Diário Oficial.
Assim, a decisão que julgar as contas apresentadas poderá ser objeto de recurso. Para isso, o
recurso deverá ser interposto dentro do prazo de 3 dias, que serão contados do momento em
que ocorrer a publicação no Diário Oficial.
Uma vez ajuizado, o recurso será objeto de decisão por parte do órgão superior da Justiça
Eleitoral àquele que tenha julgado as contas.
Letra b.
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