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01.

(TRF 3ª Região – Juiz – 132 Concurso) Em controvérsia submetida ao juiz brasileiro


sobre contrato firmado no exterior por brasileiro domiciliado no exterior e estrangeiro
domiciliado no Brasil, aplica-se ao mérito:

a. A lei do local da celebração do contrato;


b. A lei do local da execução do contrato;
c. A lei da nacionalidade das partes;
d. A lei do domicílio da parte autora.

02. (TRF 5ª Região – Juiz – 2011) Mohamed, filho concebido fora do matrimônio,
requereu, na justiça brasileira, pensão alimentícia do pai, Said, residente e domiciliado no
Brasil. Said negou o requerido e não reconheceu Mohamed como filho, alegando que,
perante a Tunísia, país no qual ambos nasceram, somente são reconhecidos como filhos
os concebidos no curso do matrimônio.

A partir dessa situação hipotética, assinale a opção correta à luz da legislação brasileira
de direito internacional privado.

a. A reserva da ordem pública não está expressa na Lei de Introdução às Normas de


Direito Brasileiro.
b. O juiz, ao julgar a referida relação jurídica, deve obedecer à lei da Tunísia.
c. Nesse caso, não se aplicam normas de ordem pública, pois se trata de relação
jurídica de direito internacional privado, e não, de direito internacional público.
d. O juiz não deverá aplicar, nessa situação, o direito estrangeiro.
e. A lei brasileira assemelha-se à da Tunísia, razão pela esta deverá ser aplicada.

03. (OAB – VI Exame Unificado – 2011) Arnaldo Butti, cidadão brasileiro, falece em
Roma, Itália, local onde residia e tinha domicílio. Em seu testamento, firmado em sua
residência poucos dias antes de sua morte, Butti, que não tinha herdeiros naturais, deixou
um imóvel localizado na Avenida Atlântica, na cidade do Rio de Janeiro, para Júlia, neta
de sua enfermeira, que vive no Brasil. Inconformada com a partilha, Fernanda, brasileira,
sobrinha-neta do falecido, que há dois anos vivia de favor no referido imóvel, questiona
no Judiciário brasileiro a validade do testamento. Alega, em síntese, que, embora
obedecesse a todas as formalidades previstas na lei italiana, o ato não seguiu todas as
formalidades preconizadas pela lei brasileira. Com base na hipótese acima aventada,
assinale a alternativa correta.

a. Fernanda tem razão em seu questionamento, pois a sucessão testamentária de


imóvel localizado no Brasil rege-se, inclusive quanto à forma, pela lei do local
onde a coisa se situa.
b. Fernanda tem razão em questionar a validade do testamento, pois a LINDB veda
a partilha de bens imóveis situados no Brasil por ato testamentário firmado no
exterior.
c. Fernanda não tem razão em questionar a validade do testamento, pois o ato
testamentário se rege, quanto à forma, pela lei do local onde foi celebrado.
d. O questionamento de Fernanda não será apreciado, pois a Justiça brasileira não
possui competência para conhecer e julgar o mérito de ações que versem sobre
atos testamentários realizados no exterior.
04. (ND - 2006 - OAB-DF - Exame de Ordem - 3 - Primeira Fase) Um cidadão
estrangeiro, com 20 anos de idade, pretende casar-se no Brasil, onde está em viagem de
turismo. O Oficial de Registro Civil brasileiro negou a habilitação, ao argumento de que,
embora no Brasil a capacidade civil se alcance aos 18 anos, o habilitante é incapaz,
segundo o direito de seu país de domicílio.
Assinale a alternativa CORRETA:

a. o indeferimento é ilegal, porque a capacidade civil das pessoas que se encontram


no território nacional se rege sempre pelo direito brasileiro;
b. o indeferimento é legal, porque a capacidade civil para o casamento se rege pela
lei do país de nacionalidade da pessoa;
c. o indeferimento é legal, porque a capacidade civil para o casamento se rege pela
lei do país do domicílio da pessoa;
d. o indeferimento é ilegal, porque quando o casamento se realiza no Brasil, aplica-
se o direito brasileiro quanto aos impedimentos dirimentes.

05. (FGV - 2011 - OAB - Exame de Ordem Unificado - III - Primeira Fase) Em junho de
2009, uma construtora brasileira assina, na Cidade do Cabo, África do Sul, contrato de
empreitada com uma empresa local, tendo por objeto a duplicação de um trecho da
rodovia que liga a Cidade do Cabo à capital do país, Pretória. As contratantes elegem o
foro da comarca de São Paulo para dirimir eventuais dúvidas. Um ano depois, as partes
se desentendem quanto aos critérios técnicos de medição das obras e não conseguem
chegar a uma solução amigável. A construtora brasileira decide, então, ajuizar, na justiça
paulista, uma ação rescisória com o objetivo de colocar termo ao contrato.

Com relação ao caso hipotético acima, é correto afirmar que

a. o Poder Judiciário brasileiro não é competente para conhecer e julgar a lide, pois
o foro para dirimir questões em matéria contratual é necessariamente o do local
onde o contrato é assinado.
b. o juiz brasileiro poderá conhecer e julgar a lide, mas deverá basear sua decisão na
legislação sul-africana, pois os contratos se regem pela lei do local de sua
assinatura.
c. o juiz brasileiro poderá conhecer e julgar a lide, mas deverá basear sua decisão na
legislação brasileira, pois um juiz brasileiro não pode ser obrigado a aplicar leis
estrangeiras.
d. o juiz brasileiro poderá conhecer e julgar a lide, mas deverá se basear na legislação
brasileira, pois em litígios envolvendo brasileiros e estrangeiros aplica-se a lex
fori.
06. (CESPE - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO - Juiz Federal) No que diz respeito às fontes do
direito internacional privado, ao conflito de leis, ao reenvio e à interpretação do direito
estrangeiro, assinale a opção correta.

a. A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei que nele vigorar,
quanto ao ônus e aos meios de produzir- se, não admitindo, porém, os tribunais
brasileiros provas que a lei brasileira desconheça.
b. As partes têm liberdade para escolher a lei de regência em contratos internacionais
em razão da regra geral da autonomia da vontade, em matéria contratual. Nesse
sentido, as leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações
de vontade, terão plena eficácia no Brasil, independentemente de qualquer
condição ou ressalva.
c. Entre as fontes do direito internacional privado incluem-se as convenções
internacionais, o costume internacional e os princípios gerais do direito, mas não
as decisões judiciais e a doutrina dos juristas, estas, somente obrigatórias para as
partes litigantes e a respeito dos casos em questão.
d. Embora entenda o STF que haja paridade entre o tratado e a lei nacional, esse
tribunal firmou a tese de que, no conflito entre tratado de qualquer natureza e lei
posterior, esta há sempre de prevalecer, pois a CF não garante privilégio
hierárquico do tratado sobre a lei, sendo inevitável que se garanta a autoridade da
norma mais recente.
e. Para resolver os conflitos de lei no espaço, o Brasil adota a prática do reenvio,
mediante a qual se substitui a lei nacional pela estrangeira, desprezando-se o
elemento de conexão apontado pela ordenação nacional, para dar preferência à
indicada pelo ordenamento jurídico alienígena.

07. (TRF - 3ª REGIÃO - 2018 - TRF - 3ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto) Consoante
ensinamentos da doutrina, na seara do Direito Internacional Privado, sabe-se que as regras
de conexão estabelecem qual o direito aplicável às diversas situações jurídicas conectadas
a mais de um sistema legal, após a necessária qualificação e em determinadas situações
pode ocorrer o fenômeno denominado reenvio. Avalie, a seguir, as seguintes assertivas e,
depois, expresse sua convicção:

I – O processo de qualificação, ou de classificação, que leva ao elemento de conexão,


considera um de três diferentes aspectos: o sujeito, o objeto ou o ato jurídico.

II – Como exemplos de regras de conexão, podemos citar: lex loci solutionis (lei do local
onde as obrigações ou a obrigação principal do contrato, deve ser cumprida); lex
damni (lei do local onde se manifestaram as consequências do ato ilícito, para reger a
obrigação de indenizar); lex monetae (lei do país em cuja moeda a dívida ou outra
obrigação legal é expressa); lei mais favorável, descrita como a lei mais benéfica em
situações específicas.

III – A lei qualificadora não coincide, necessariamente, com a lei aplicável.

IV – O reenvio pode ocorrer em dois graus; em primeiro grau, quando um país nega
competência à sua lei em favor de outro país, que, a seu turno, também nega competência
à sua lei, configurando uma recusa recíproca; em segundo grau, o reenvio pode ocorrer
quando a lei do país “A” manda aplicar a lei do país “B”, e a lei do país “B” determina
que se aplique a lei do país “C”.
a. Todas as assertivas estão corretas.
b. Apenas as assertivas I, II e IV estão corretas.
c. Apenas as assertivas I, III e IV estão corretas.
d. A assertiva I é a única correta.

08. (TRF - 4ª REGIÃO - 2009 - TRF - 4ª REGIÃO - Juiz Federal) Dadas as assertivas
abaixo, assinalar a alternativa correta.

I. Dá-se reenvio de 3º grau no caso de conflito de regras de Direito Internacional que


envolva quatro países.

II. Hipótese comum de conflito de regras de Direito Internacional ocorre quanto ao foro
competente para os inventários e partilhas de bens situados no Brasil, pertencentes a
estrangeiro.

III. São exemplos de regras de conexão ou elementos de conexão a lex patriæ (da
nacionalidade), a lex loci actus (do local da realização do ato jurídico), a lex
voluntatis(escolhida pelos contratantes), a lex loci celebrationis (do local da celebração
do matrimônio).

IV. Para regular as relações concernentes aos bens, segundo as normas brasileiras de
Direito Internacional, aplicar-se-á a lei do país em que estiverem situados.

a. Está correta apenas a assertiva II.


b. Estão corretas apenas as assertivas I e III.
c. Estão corretas apenas as assertivas II e IV.
d. Estão corretas apenas as assertivas I, III e IV.

09. (CESPE - 2011 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz Federal) Os elementos de conexão


brasileiros constituem parte da norma do direito internacional privado que determina o
ordenamento jurídico a ser aplicado a determinada causa. Assinale a opção
correspondente à correta correlação entre fato(s) jurídico(s) e elemento de conexão na Lei
de Introdução do Código Civil

a. situação do regime de bens — nacionalidade dos cônjuges


b. qualificação e regulação das obrigações — domicílio dos contratantes
c. formalidades de celebração e impedimentos do casamento — nacionalidade dos
nubentes
d. personalidade e capacidade — domicílio da pessoa
e. penhor — local do bem

1. A -> art. 9, LINDB


2. D -> art. 7, LINDB
3. C -> art. 10, LINDB
4. D -> art. 7, LINDB
5. B -> art. 9, LINDB
6. A -> art. 13, LINDB
7. A
8. D -> art. 23, CPC
9. D

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