Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
02. (TRF 5ª Região – Juiz – 2011) Mohamed, filho concebido fora do matrimônio,
requereu, na justiça brasileira, pensão alimentícia do pai, Said, residente e domiciliado no
Brasil. Said negou o requerido e não reconheceu Mohamed como filho, alegando que,
perante a Tunísia, país no qual ambos nasceram, somente são reconhecidos como filhos
os concebidos no curso do matrimônio.
A partir dessa situação hipotética, assinale a opção correta à luz da legislação brasileira
de direito internacional privado.
03. (OAB – VI Exame Unificado – 2011) Arnaldo Butti, cidadão brasileiro, falece em
Roma, Itália, local onde residia e tinha domicílio. Em seu testamento, firmado em sua
residência poucos dias antes de sua morte, Butti, que não tinha herdeiros naturais, deixou
um imóvel localizado na Avenida Atlântica, na cidade do Rio de Janeiro, para Júlia, neta
de sua enfermeira, que vive no Brasil. Inconformada com a partilha, Fernanda, brasileira,
sobrinha-neta do falecido, que há dois anos vivia de favor no referido imóvel, questiona
no Judiciário brasileiro a validade do testamento. Alega, em síntese, que, embora
obedecesse a todas as formalidades previstas na lei italiana, o ato não seguiu todas as
formalidades preconizadas pela lei brasileira. Com base na hipótese acima aventada,
assinale a alternativa correta.
05. (FGV - 2011 - OAB - Exame de Ordem Unificado - III - Primeira Fase) Em junho de
2009, uma construtora brasileira assina, na Cidade do Cabo, África do Sul, contrato de
empreitada com uma empresa local, tendo por objeto a duplicação de um trecho da
rodovia que liga a Cidade do Cabo à capital do país, Pretória. As contratantes elegem o
foro da comarca de São Paulo para dirimir eventuais dúvidas. Um ano depois, as partes
se desentendem quanto aos critérios técnicos de medição das obras e não conseguem
chegar a uma solução amigável. A construtora brasileira decide, então, ajuizar, na justiça
paulista, uma ação rescisória com o objetivo de colocar termo ao contrato.
a. o Poder Judiciário brasileiro não é competente para conhecer e julgar a lide, pois
o foro para dirimir questões em matéria contratual é necessariamente o do local
onde o contrato é assinado.
b. o juiz brasileiro poderá conhecer e julgar a lide, mas deverá basear sua decisão na
legislação sul-africana, pois os contratos se regem pela lei do local de sua
assinatura.
c. o juiz brasileiro poderá conhecer e julgar a lide, mas deverá basear sua decisão na
legislação brasileira, pois um juiz brasileiro não pode ser obrigado a aplicar leis
estrangeiras.
d. o juiz brasileiro poderá conhecer e julgar a lide, mas deverá se basear na legislação
brasileira, pois em litígios envolvendo brasileiros e estrangeiros aplica-se a lex
fori.
06. (CESPE - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO - Juiz Federal) No que diz respeito às fontes do
direito internacional privado, ao conflito de leis, ao reenvio e à interpretação do direito
estrangeiro, assinale a opção correta.
a. A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei que nele vigorar,
quanto ao ônus e aos meios de produzir- se, não admitindo, porém, os tribunais
brasileiros provas que a lei brasileira desconheça.
b. As partes têm liberdade para escolher a lei de regência em contratos internacionais
em razão da regra geral da autonomia da vontade, em matéria contratual. Nesse
sentido, as leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações
de vontade, terão plena eficácia no Brasil, independentemente de qualquer
condição ou ressalva.
c. Entre as fontes do direito internacional privado incluem-se as convenções
internacionais, o costume internacional e os princípios gerais do direito, mas não
as decisões judiciais e a doutrina dos juristas, estas, somente obrigatórias para as
partes litigantes e a respeito dos casos em questão.
d. Embora entenda o STF que haja paridade entre o tratado e a lei nacional, esse
tribunal firmou a tese de que, no conflito entre tratado de qualquer natureza e lei
posterior, esta há sempre de prevalecer, pois a CF não garante privilégio
hierárquico do tratado sobre a lei, sendo inevitável que se garanta a autoridade da
norma mais recente.
e. Para resolver os conflitos de lei no espaço, o Brasil adota a prática do reenvio,
mediante a qual se substitui a lei nacional pela estrangeira, desprezando-se o
elemento de conexão apontado pela ordenação nacional, para dar preferência à
indicada pelo ordenamento jurídico alienígena.
07. (TRF - 3ª REGIÃO - 2018 - TRF - 3ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto) Consoante
ensinamentos da doutrina, na seara do Direito Internacional Privado, sabe-se que as regras
de conexão estabelecem qual o direito aplicável às diversas situações jurídicas conectadas
a mais de um sistema legal, após a necessária qualificação e em determinadas situações
pode ocorrer o fenômeno denominado reenvio. Avalie, a seguir, as seguintes assertivas e,
depois, expresse sua convicção:
II – Como exemplos de regras de conexão, podemos citar: lex loci solutionis (lei do local
onde as obrigações ou a obrigação principal do contrato, deve ser cumprida); lex
damni (lei do local onde se manifestaram as consequências do ato ilícito, para reger a
obrigação de indenizar); lex monetae (lei do país em cuja moeda a dívida ou outra
obrigação legal é expressa); lei mais favorável, descrita como a lei mais benéfica em
situações específicas.
IV – O reenvio pode ocorrer em dois graus; em primeiro grau, quando um país nega
competência à sua lei em favor de outro país, que, a seu turno, também nega competência
à sua lei, configurando uma recusa recíproca; em segundo grau, o reenvio pode ocorrer
quando a lei do país “A” manda aplicar a lei do país “B”, e a lei do país “B” determina
que se aplique a lei do país “C”.
a. Todas as assertivas estão corretas.
b. Apenas as assertivas I, II e IV estão corretas.
c. Apenas as assertivas I, III e IV estão corretas.
d. A assertiva I é a única correta.
08. (TRF - 4ª REGIÃO - 2009 - TRF - 4ª REGIÃO - Juiz Federal) Dadas as assertivas
abaixo, assinalar a alternativa correta.
II. Hipótese comum de conflito de regras de Direito Internacional ocorre quanto ao foro
competente para os inventários e partilhas de bens situados no Brasil, pertencentes a
estrangeiro.
III. São exemplos de regras de conexão ou elementos de conexão a lex patriæ (da
nacionalidade), a lex loci actus (do local da realização do ato jurídico), a lex
voluntatis(escolhida pelos contratantes), a lex loci celebrationis (do local da celebração
do matrimônio).
IV. Para regular as relações concernentes aos bens, segundo as normas brasileiras de
Direito Internacional, aplicar-se-á a lei do país em que estiverem situados.