O documento discute os conceitos de jurisdição e competência no novo Código de Processo Civil brasileiro (NCPC). Apresenta três tipos de jurisdição (internacional concorrente, internacional exclusiva e territorial) e discute os conceitos de incompetência relativa e absoluta, reconhecimento do juiz e prorrogação de competência segundo o NCPC.
O documento discute os conceitos de jurisdição e competência no novo Código de Processo Civil brasileiro (NCPC). Apresenta três tipos de jurisdição (internacional concorrente, internacional exclusiva e territorial) e discute os conceitos de incompetência relativa e absoluta, reconhecimento do juiz e prorrogação de competência segundo o NCPC.
O documento discute os conceitos de jurisdição e competência no novo Código de Processo Civil brasileiro (NCPC). Apresenta três tipos de jurisdição (internacional concorrente, internacional exclusiva e territorial) e discute os conceitos de incompetência relativa e absoluta, reconhecimento do juiz e prorrogação de competência segundo o NCPC.
Inicialmente, três artigos tratam da competência do juiz nacional e
das aplicações de normas do Direito estrangeiro.
1. Jurisdição Internacional Concorrente
- Exerce simultaneamente sobre a mesma matéria (processo) com dois ou
mais órgãos.
Art. 21. Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as
ações em que:
I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no
Brasil;
II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;
III - o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil.
Parágrafo único. Para o fim do disposto no inciso I, considera-se
domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal.
Art.22, NCPC de 2015:
Compete ainda, á autoridade judiciária brasileira processar e julgar ações:
I – de alimentos, quando:
a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil;
b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de
bens, recebimento de renda ou obtenção de benefícios econômicos;
II – decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver
domicílio ou residência no Brasil;
III – em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à
jurisdição nacional.
No referido dispositivo, a relação do estrangeiro no andamento e
julgamento de determinado processo bem como a permissão da apreciação da autoridade estrangeira. 2. Jurisdição Internacional Exclusiva
- Somente a União, ou seja, a autoridade brasileira poderá legislar sobre
uma mesma matéria, sendo, portanto, indelegáveis.
Art. 23, NCPC. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de
qualquer outra:
I – conhecer as ações relativas a imóveis situados no Brasil;
II – em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de
testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional;
III – em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável,
proceder à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicilio fora do território nacional.
3. Competência Territorial
- É critério da incompetência relativa. O foro competente para julgar,
podendo ser modificado, sendo alegado pelas partes na contestação.
Art. 53 NCPC. É competente o foro:
III – do lugar:
e) de residência do idoso, para a causa que verse sobre direito previsto no
respectivo estatuto;
f) da sede da serventia notarial ou de registro, para a ação de reparação de
dano por ato praticado em razão do ofício;
V – de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de
dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves.
4. Incompetência Relativa e Absoluta
No CPC/73, a relativa, era arguida por meio de exceção.
Agora, no CPC de 2015 ocorre uma mudança, no caso da relativa, ela terá que ser alegada na contestação, não podendo ser de ofício pelo juiz. Outra observação importante é a possibilidade da absoluta também ser alegada nas preliminares, como expresso:
Art. 64 NCPC. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como
questão preliminar de contestação.
4.1. Reconhecimento do juiz
No CPC/73, dizia que na competência absoluta, apenas os atos decisórios
serão nulos. Agora, observe o que diz no Novo Código de 2015:
Ainda no art. 64:
§ 1° A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau
de jurisdição e deve ser declarada de ofício.
§ 2º Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá imediatamente a
alegação de incompetência;
§ 3° Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão
remetidos ao juízo competente.
§ 4° Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos
de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente.
4.2 Prorrogação de Competência
A modificação de uma competência compete somente à relativa, tendo em
vista que a absoluta é improrrogável, ou seja, não pode ser modificada.
Art. 65. NCPC. Prorrogar-se-à a competência relativa se o réu não alegar a
incompetência em preliminar de contestação.
Parágrafo único. A incompetência relativa pode ser alegada pelo Ministério