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Hilziane Brito
PROCESSO CIVIL
A jurisdição é una, mas, na prática, exige o concurso de vários
órgãos do Poder Público.
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DISTRIBUIÇÃO DA COMPETÊNCIA
Normas constitucionais – Poder Judiciário Federal.
Leis processuais.
Organização judiciária - distribuição interna nos tribunais.
Art. 44, CPC - Obedecidos os limites estabelecidos pela
Constituição Federal, a competência é determinada pelas
normas previstas neste Código ou em legislação especial,
pelas normas de organização judiciária e, ainda, no que
couber, pelas constituições dos Estados.
PERPETUAÇÃO DA JURISDIÇÃO
Art. 43, CPC – Determina-se a competência no momento do
registro ou da distribuição da petição inicial, sendo
irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito
ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão
judiciário ou alterarem a competência absoluta.
Estabilidade processual.
Exceções: supressão do órgão; alteração superveniente da
competência em razão da matéria ou da hierarquia (comp.
absolutas)/ desmembramento da comarca.
COMPETÊNCIA POR DISTRIBUIÇÃO
Art. 284, CPC - Todos os processos estão sujeitos a registro,
devendo ser distribuídos onde houver mais de um juiz.
Art. 285, CPC - A distribuição, que poderá ser eletrônica, será
alternada e aleatória, obedecendo-se rigorosa igualdade.
Controle da boa-fé.
CLASSIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA
COMPETÊNCIA INTERNACIONAL: define as causas que a Justiça
brasileira deverá conhecer e decidir.
ESPÉCIES:
Cumulativa ou concorrente;
Exclusiva.
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COMPETÊNCIA CONCORRENTE:
Justiça Federal.
Justiça dos Estados.
COMPETÊNCIA DAS JUSTIÇAS ESTADUAIS
NA JURISDIÇÃO CIVIL
Competência residual: questões não atribuídas pela CF à Justiça
Federal.
CRITÉRIOS DETERMINANTES DA DISTRIBUIÇÃO DA
COMPETÊNCIA INTERNA
Art. 49. A ação em que o ausente for réu será proposta no foro de seu último
domicílio, também competente para a arrecadação, o inventário, a partilha e o
cumprimento de disposições testamentárias.
Art. 50. A ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de domicílio de seu
representante ou assistente.
COMPETÊNCIA ABSOLUTA
Proteção de interesse público.
Em razão da matéria, da pessoa (hierarquia) e da função do órgão
jurisdicional.
Podem ser conhecidas ex officio a qualquer tempo e grau de jurisdição e
devem ser alegadas em preliminar da contestação sendo insuscetível de
prorrogação não podendo ser alterada.
Não arguida: pagamento de custas.
Reconhecida a incompetência absoluta, os autos são enviados ao juízo
competente anulando-se os atos decisórios.
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COMPETÊNCIA RELATIVA
Em razão do valor e do território.
Sujeitam-se à prorrogação e modificação.
Não pode ser conhecida ex officio (STJ 33).
Devem ser alegadas por meio de exceção.
A Lei 11.280 (16/02/2006) autorizou o juiz a reconhecer a incompetência
relativa ex officio nos casos de contrato de adesão.
Reconhecida a incompetência relativa, os autos são enviados ao juízo
competente mantidos os atos decisórios.
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ABSOLUTA RELATIVA
INTERESSE PÚBLICO. INTERESSE PARTICULAR.
ALEGADA A QUALQUER TEMPO E GRAU DE SOMENTE PODERÁ SER ARGUIDA PELO RÉU NA
JURISDIÇÃO/ RECONHECIDA EX OFFICIO PELO DEFESA, SOB PENA DE PRECLUSÃO E
JUIZ. PRORROGAÇÃO DA COMPETÊNCIA/
IMPOSSIBILIDADE DE SER RECONHECIDA DE
OFÍCIO.
Art. 240, CPC. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo
incompetente, induz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o
devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 da Lei no 10.406, de 10 de
janeiro de 2002 (Código Civil).
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FORO DE ELEIÇÃO
Art. 63, CPC - As partes podem modificar a competência em razão do valor e
do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e
obrigações.
§ 1º A eleição de foro só produz efeito quando constar de instrumento escrito e
aludir expressamente a determinado negócio jurídico.
§ 2º O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes.
§ 3º Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser
reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao
juízo do foro de domicílio do réu.
§ 4º Citado, incumbe ao réu alegar a abusividade da cláusula de eleição de
foro na contestação, sob pena de preclusão.
CONFLITO DE COMPETÊNCIA
Art. 66, CPC. Há conflito de competência quando:
I – 2 (dois) ou mais juízes se declaram competentes;
II – 2 (dois) ou mais juízes se consideram incompetentes, atribuindo um ao outro a
competência;
III – entre 2 (dois) ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ou
separação de processos.
Parágrafo único. O juiz que não acolher a competência declinada deverá suscitar
o conflito, salvo se a atribuir a outro juízo. O conflito pode ser suscitado por
qualquer das partes, pelo Ministério Público ou pelo juiz.
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QUEM JULGA O CONFLITO?
STF:
Art. 102, CF/88. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição,
cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre
Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal.
STJ:
Art. 105, CF/88. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I - processar e julgar, originariamente:
d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I, "o",
bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos;
TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS: Conflitos envolvendo juízes a ele
vinculados.