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A jurisdição (função estatal) deve ser considerada una (alcance sobre todo o território
nacional). Impraticável que cada magistrado exerça jurisdição sobre todas as
discussões jurídicas de todos os assuntos e em todas as comarcas e tribunais.
Regras de competências: divisão do serviço prestado pelo poder judiciário
(jurisdição) dentro da organização judiciária (compartimentada) – especialização,
otimização e eficiência.
Competência é a quantidade ou a medida da jurisdição cujo exercício é atribuído a
cada órgão jurisdicional.
COMPETÊNCIA: primeiras considerações
A competência é exatamente o resultado de critérios para distribuir entre vários órgãos as atribuições
relativas ao desempenho da jurisdição – Fredie Didier.
CPC – Título III, Livro II da Parte Geral do CPC – título – Da competência interna subdivide-se em 2
Capítulos:
• 1.) Identificação do órgão jurisdicional brasileiro competente, modificações de competência e
reconhecimento de incompetência;
• 2.) inovação CC – cooperação nacional e internacional
Vide art.: 102 (STF), 105 (STJ), 108 (TRF), 109 e 125 (JF), 22, XVII (DF).
COMPETÊNCIA: Guia de verificação
Guia prático de busca do “juízo competente” (p. 450, BUENO);
*Vide art. 10 LINDB e art. 5° CF, inc. XXXI (normas de direito material) - (art. 23 CPC – norma
de direito processual) – sempre em benefício dos cônjuges e/ou herdeiros brasileiros, portanto:
As partes não podem fazer contrato incluindo competência exclusiva do artigo 23, ou seja, o
artigo 25 não pode dispor sobre as restrições do art. 23. Por ex.: não pode julgar escolher foro
Arts. 62 e 63 do CPC/2015;
COMPETÊNCIA ABSOLUTA:
Pode ser analisada de ofício pelo juiz (sem provocação das partes) a qualquer
tempo (inexistência de preclusão);
Não pode ser alterada pela vontade das partes;
3.) COMPETÊNCIA FUNCIONAL: determina qual órgão competente de acordo com a função que este órgão desempenha dentro da
estrutura do poder judiciário. Hierárquica.
3.1) HORIZONTAL: quando se dá entre órgãos do mesmo nível hierárquico, mas com diferentes atribuições
Ex.: competência originária e recursal dentro do mesmo tribunal
3.2) VERTICAL: a competência se altera a partir das instâncias
Ex.: juiz de primeiro grau – competência para proferir sentença
desembargador – competência para proferir acórdão- ambos analisam o mesmo processo mas em instâncias diferentes.
COMPETÊNCIA: Absoluta e Relativa
COMPETÊNCIA RELATIVA:
Pode ser modificada, inclusive por vontade das partes (eleição de foro);
REGRA GERAL: art. 46 CPC: direito pessoal ou real sobre bens MÓVEIS, o
foro competente será o do domicílio do réu e art. 47: imóveis – local do
bem
COMPETÊNCIA – critério territorial
RÉU COM + DE 1 DOMICÍLIO: foro competente à escolha do autor;
2.) herança (art. 48 CPC): foro do domicílio do autor da herança mesmo que tenha falecido no
exterior. No caso de não ter domicílio certo, pode ser competente o foro da situação do bem ou,
havendo vários, de qualquer um deles ou, ainda, não havendo bens imóveis, no foro do local de
qualquer bem do espólio.
3.) réu incapaz (art. 50 CPC): foro do domicílio daquele que é seu representante ou assistente.
4.) União como autora ou assistente (art. 51 CPC): foro do domicílio do réu.
5.) União como ré (art. 51, parágrafo único): foro do domicílio do autor, da ocorrência do ato ou fato
que deu origem à ação, no foro da situação da coisa ou ainda, no DF.
COMPETÊNCIA – critério territorial
EXCEÇÕES À REGRA GERAL DO ART. 46 CPC (cont.):
Exclusiva ou Concorrente
Competência de Juízo
Identificação do específico órgão jurisdicional que atuará no caso;
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória
de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;
b) o crime político;
COMPETÊNCIA NO ÂMBITO DA CF/88
Supremo Tribunal Federal
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de
responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito
Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos
Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros
dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União
que oficiem perante tribunais;
COMPETÊNCIA NO ÂMBITO DA CF/88
b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal
c) os habeas corpus , quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas
na alínea "a", ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado
ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da
Justiça Eleitoral;
a) os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou
pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória;
III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais
Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão
recorrida:
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
COMPETÊNCIA NO ÂMBITO DA CF/88
Tribunais Regionais Federais
a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do Trabalho, nos
crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do Ministério Público da União, ressalvada a
competência da Justiça Eleitoral;
b) as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados seus ou dos juízes federais da região;
c) os mandados de segurança e os habeas data contra ato do próprio Tribunal ou de juiz federal;
II - julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes federais e pelos juízes estaduais no
exercício da competência federal da área de sua jurisdição.
COMPETÊNCIA NO ÂMBITO DA CF/88
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na
condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e
as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;
III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo
internacional;
COMPETÊNCIA NO ÂMBITO DA CF/88
IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou
interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as
contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral;
V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º deste artigo;(Incl. EC nº 45/2004)
VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema
financeiro e a ordem econômico-financeira;
Art. 42. As causas cíveis serão processadas e decididas pelo juiz nos limites de sua
competência, ressalvado às partes o direito de instituir juízo arbitral, na forma da lei.
Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação.
§ 1º A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser
declarada de ofício.
§ 2º Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá imediatamente a alegação de incompetência.
§ 3º Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo competente.
§ 4º Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo
juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente.
Art. 65. Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preliminar de
contestação.
Parágrafo único. A incompetência relativa pode ser alegada pelo Ministério Público nas causas em que
atuar.
COMPETÊNCIA DE JUÍZO
Regra prevista no art. 284 do CPC/2015
Art. 284.Todos os processos estão sujeitos a registro, devendo ser distribuídos onde houver mais de um
juiz.
A pesquisa do juízo é que revela a “vara” perante a qual o processo será registrado e,
existindo mais de um competente, perante qual a petição inicial será distribuída;
MODIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIA
Art. 67. Aos órgãos do Poder Judiciário, estadual ou federal, especializado ou comum, em todas as
instâncias e graus de jurisdição, inclusive aos tribunais superiores, incumbe o dever de recíproca
cooperação, por meio de seus magistrados e servidores.
Art. 68. Os juízos poderão formular entre si pedido de cooperação para prática de qualquer ato processual.
Art. 69. O pedido de cooperação jurisdicional deve ser prontamente atendido, prescinde de forma
específica e pode ser executado como:
I - auxílio direto;
II - reunião ou apensamento de processos;
III - prestação de informações;
IV - atos concertados entre os juízes cooperantes.
§ 1º As cartas de ordem, precatória e arbitral seguirão o regime previsto neste Código.
COOPERAÇÃO NACIONAL
§ 2º Os atos concertados entre os juízes cooperantes poderão consistir, além de outros,
no estabelecimento de procedimento para: