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APS1.

NO CASO DESTA DISCIPLINA SERÁ PREVISTA COMO TAL


ATIVIDADE A LEITURA E DISCUSSÃO INTERPRETATIVA DE PRECEDENTES
JURISPRUDENCIAIS SOBRE A MATÉRIA DOS COMPETÊNCIA,
ESPECIFICAMENTE SOBRE SITUAÇÕES DE INCOMPETÊNCIA RELATIVA E
MODIFICAÇÕES DE COMPETÊNCIA, QUE SERÃO DEVIDAMENTE
INDICADOS PELO PROFESSOR. A FAMILIARIZAÇÃO COM OS JULGADOS
SERÁ REALIZADA EM HORÁRIO NÃO PRESENCIAL PELOS ALUNOS,
SEGUIDO DA ELABORAÇÃO PELO ALUNO DE TEXTO DESCRITIVO QUE
SERÁ POSTADO NO AMBIENTE VIRTUAL (BLACKBOARD).

RESUMO:

 Art. 52. É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja
autor Estado ou o Distrito Federal.
 Parágrafo único. Se Estado ou o Distrito Federal for o demandado, a ação poderá
ser proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que
originou a demanda, no de situação da coisa ou na capital do respectivo ente
federado.

Trata-se de agravo interno interposto pelo ESTADO DE MATO GROSSO contra a


decisão de e-STJ fls. 102/103, que conheceu do presente conflito para declarar
competente o JUÍZO DE DIREITO DA 3ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE
ITUIUTABA/MG para processar e julgar ação de indenização proposta por Eliane
Severino da Costa Teodoro contra o ora agravante. O recorrente sustenta,
preliminarmente, a necessidade de suspensão do processo, tendo em conta que a
constitucionalidade do art. 52, parágrafo único, do CPC/2015 vem sendo examinada
pela Suprema Corte, no bojo da ADIN n. 5.492/DF. Quanto ao mérito, defende que o
dispositivo em comento, "ao simplesmente reproduzir a redação do artigo 51 do
CPC/2015, em desacordo com a jurisprudência absolutamente reiterada dos tribunais,
desatento à limitação territorial, evidencia afronta ao pacto federativo, admitindo que o
ente federativo seja julgado por tribunal diverso de seu Estado" (e-STJ fl. 116). Assim,
requer a reforma da decisão, com o reconhecimento da competência do suscitante.

VOTO: MINISTRO GURGEL DE FARIA

"Quanto ao mérito do recurso, constato que, nos termos do art. 52, parágrafo único, do
CPC/2015, se o "Estado ou o Distrito Federal for demandado, a ação poderá ser
proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a
demanda, no de situação da coisa ou na capital do respectivo ente federado". O
dispositivo em destaque elenca concorrentemente os juízos competentes para o
ajuizamento da ação. No caso, levando em consideração que a distribuição originária do
feito deu-se na comarca do domicílio do autor, evidencia-se a competência do
suscitado."

De acordo com Humberto Theodoro Júnior, 20ª Edição (2016)

Artigo 52:

O foro especial da União deve ser examinado em duas


circunstâncias diferentes:
(a) se for autora, a União proporá a ação perante a Justiça Federal
no foro da Seção Judiciaria onde o réu tiver seu domicilio;
(b) se a União for ré, o autor poderá optar entre um dos seguintes
foros para o ajuizamento da ação:

1º) o do Distrito Federal;


2º) o da Seção Judiciaria onde o autor tiver seu domicilio;
3º) o da Seção Judiciaria onde houver ocorrido o ato ou fato que
deu origem à demanda; e
4º) o da Seção Judiciaria onde estiver a coisa litigiosa.

Entendo que o Estado tomou para si a função de dirimir conflitos, de maneira substitutiva, ou
seja, substituindo a vontade das partes como por exemplo: auto-tutela e auto-composição pela
vontade da lei, sendo assim, houve a necessidade de criar mecanismos que organizassem o
exercício desse poder. Um desses mecanismos foi a criação da competência. A
competência, podemos dizer que é um fracionamento da jurisdição, à quem tem o poder
de exercê-la. Presente na Constituição Federal, no Código de Processo Civil e também
em lei, as normas ou regras de competência, irão definir a qual órgão compete cada
ação, levando em consideração: a matéria, as partes, natureza jurídica, o funcionalismo
e o território. Podemos dividir as competências em absoluta, que jamais pode ser
modificada, pois é determinada de acordo com o interesse público, assim não é
plausível de mudança pelas circunstâncias processuais ou vontade das partes e
competência relativa que diz respeito ao interesse privado, ela é fixada de acordo com
critérios em razão do valor da causa (Juizados Especiais Estaduais, Federais e da
Fazenda Pública, que tem um teto previsto para o valor das ações) em razão da
territorialidade (de acordo com a circunscrição territorial judiciária, foro comum:
domicilio do acusado). Por fim, entendo que de acordo com a ação de
inconstitucionalidade, do Art. 52, o estado do Mato Grosso, está apenas tentando
postergar o andamento do processo, pois o Art. 52 é muito claro e objetivo quanto a
questão de foro e competência.

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