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e) Ações fundadas em direito obrigacional em que uma empresa pública federal atue
como ré.
Trata-se de ações que serão propostas no foro do domicílio do autor, no de
ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou no Distrito
Federal (art. 51, parágrafo único).
f) Ação de inventário em que o de cujus possuía bens imóveis, mas não tinha
domicílio certo.
Será competente o foro da situação dos bens imóveis (art. 48, parágrafo único).
Nesse sentido, também versa a jurisprudência que “Havendo incerteza quanto ao lugar
exato do domicílio do de cujus, é razoável admitir, para efeito de inventário, o lugar do
óbito, que no caso também o é de várias propriedades imóveis do autor da herança” (TJSP,
AI 3.500-0, Rel. Des. Pinheiro Franco, Câmara Especial, jul. 16.08.1984, RT 589/57).
j) Ações fundadas em direito real sobre imóveis envolvendo locação e tendo sido
determinado em contrato o foro de eleição.
Quando a ação é fundada em direito real sobre imóveis, o foro competente é
necessariamente o de situação da coisa, do local onde o imóvel objeto da disputa judicial
está situado.
“Tratando-se de ação fundada em direito real sobre imóvel, anulação de atos
jurídicos, cancelamentos de transcrições e reivindicação, mesmo sendo réu o Estado, que
normalmente responde perante vara especializada da Capital, deve prevalecer a
competência do foro da situação do imóvel” (STF, RE 90.676/PR, Rel. Min. Xavier de
Albuquerque, 1ª Turma, jul. 23.09.1980; RTJ 95/347).
“A competência para processar julgar ação fundada em direito real sobre imóvel
é o do lugar onde estiver a coisa” (STJ, CC 34393/GO, Rel. Min. Antônio de Pádua
Ribeiro, 2ª Seção, jul. 25.05.2005, DJ 01.07.2005, p. 362).
No entanto, as ações inquilinarias que advêm de problemas decorrentes do uso de
bem imóvel, sem que isso seja suficiente para caracterizá-las como ações fundadas em
direito real, pois o que se discute nessas ações é o adimplemento (ou não) de obrigações
contratuais, sem que a propriedade do bem locado seja disputada, podem ser propostas
perante o foro eleito pelas partes no contrato firmado, e, na ausência deste, no foro de
situação da coisa (inciso II do art. 58 da LI).
m) Ação de inventário em que o de cujus não possuía domicílio certo e bens imóveis.
A competência será do local de qualquer dos bens do espólio (art. 48, parágrafo
único).
q) Ação fundada em direito obrigacional em que tenha como réu pessoa jurídica de
direito privado.
Ação proposta para exigir o cumprimento de determinada obrigação tem
competência no foro do local em que ela deveria ser satisfeita (art. 53, III, “d”). Porém,
uma ação fundada em direito obrigacional em que tenha como réu pessoa jurídica de
direito privado pode ser remetida para a Justiça Federal em qualquer momento.
s) Ação de divórcio, na qual nenhuma das partes reside no antigo domicílio do casal.
As ações de divórcio, separação, anulação de casamento, reconhecimento ou
dissolução de união estável serão propostas no foro de domicílio do guardião do filho
incapaz (art. 53). Se não existir filho incapaz, a competência será do foro do último
domicílio do casal, mas se nenhuma das partes residir no antigo domicílio, conforme o
enunciado em questão, será competente o foro de domicílio do réu (regra geral do art.
46).