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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) FEDERAL


DA 1º VARA FEDERAL DE JUNDIAÍ- 28ª SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DO
ESTADO DE SÃO PAULO.

PROCESSO Nº 5000853-42.2023.4.03.6128

AYRTON DE PAULA, já qualificado nos autos do processo


em epígrafe que move em face do Instituto Nacional do Seguro Social
– INSS, por suas advogadas que a esta subscrevem, vem mui
respeitosamente à presença de Vossa Excelência, em atenção ao r.
despacho de fls., manifestar-se em réplica, conforme segue:

No tocante ao mérito do caso, todas as alegações


apresentadas em contestação pelo instituto-réu não devem prosperar,
senão vejamos:

DOS FATOS

A parte Autora aposentou-se por tempo de contribuição


com um valor muito baixo, mesmo tendo a maior parte de sua vida
contribuído para o Requerido em valores próximos ao teto previdenciário.

Ocorre que a maior parte de suas maiores contribuições


foram antes de julho/1994.

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Conforme delineado e amplamente demonstrado na


Inicial, o valor de seu benefício ficou prejudicado.

O Princípio da Isonomia foi violado.

Pessoas que entraram no sistema depois de 1999 tem as


contribuições da vida inteira computadas. A parte Requerente, por sua
vez, que já estava no sistema, foi prejudicada.

Vale lembrar que o cálculo apresentado é idôneo, todas as


informações colocadas no cálculo foram retiradas do CNIS.

DA AUSÊNCIA DE PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA

A DER do presente beneficio é de 23/10/2017, não


havendo prescricao ou decadência.

O Instituto-Réu argui decadência do direito à revisão


pretendida, haja vista o benefício ter sido concedido há mais de dez anos.

Ocorre que um benefício implantado antes da nova regra


estabelecida pela MP 1523, de 27 de junho de 1997, estava desvinculado
do fator tempo. A inclusão da decadência em sua definição representaria
evidente depreciação da situação material do segurado. O que ocorreria
em tal caso seria indevida retroatividade da lei prejudicial.

O prazo de decadência para revisão da renda mensal


inicial, estabelecido pela nona edição da Medida Provisória nº 1.523/97,
de 27/06/1997, somente pode atingir as relações jurídicas constituídas a
partir de sua vigência, vez que a norma não é expressamente retroativa
e trata de instituto de direito material.

Para os benefícios previdenciários concedidos entre


28/06/1997 e 20/11/1998 o prazo é de 10 anos. Para os benefícios

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concedidos após 20 de novembro de 1998, o prazo decadencial de cinco


anos foi majorado para dez anos pela MP 138/2003.

Neste sentido:

PREVIDENCIÁRIO . DECADÊNCIA . CONCESSÃO DE


BENEFÍCIO DISTINTO DO POSTULADO. APOSENTADORIA
POR INVALIDEZ. PROVA PERICIAL CONCLUSIVA NO
SENTIDO DA INCAPACIDADE LABORAL. MARCO INICIAL.
CUSTAS. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.

1. Tratando-se de aposentadoria por invalidez ou auxílio-


doença, o Julgador firma a sua convicção, via de regra, por
meio da prova pericial.

2. O prazo extintivo de todo e qualquer direito ou ação


previsto no art. 103, caput, da Lei 8.213/91 (com a
redação dada pela MP 1.523-9, de 27-06-1997, convertida
na Lei nº 9.528, de 10-12-1997, alterada pela Medida
Provisória nº 1.663-15, de 22-10-1998, que por sua vez
foi transformada na Lei nº 9.711, de 20-11-1998,
novamente alterada pelo MP nº 138, de 19-11-2003,
convertida na Lei nº 10.839, de 05-02-2004, representa
inovação em matéria de revisão do ato de concessão de
benefício e, portanto, não pode ser aplicado
retroativamente.

3. Assim, os benefícios deferidos antes de 27 de junho de


1997 (data da edição da MP 1523-9) não estão sujeitos a
prazo decadencial e, para os concedidos posteriormente,
o referido prazo é de dez anos. Ressalva do ponto de vista
do Des. Victor Luiz dos Santos Laus que entende tratar-se
de prazo prescricional.

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4 a 8. omissis.

(TRF 4ª R, AC 200404010203673/ SC, 5ª Turma, rel. Des.


Celso Kipper, DJU 04/05/2005, p. 784) (grifos nossos)

Assim, tratando-se a decadência de instituto de


direito material, não há como emprestar efeitos retroativos à MP
1523/97, pena de manifesta afronta ao disposto no art. 6º da Lei
de Introdução ao Código Civil Brasileiro e ao artigo 5º,
inciso XXXVI da CRFB/88.

Ainda, no que tange à prescrição, esta também não deve


ser considerada Não há que se reconhecer a decadência no presente caso,
senão veja-se:

O reconhecimento da prescrição na situação em tela


constitui flagrante atentado aos dispositivos da Constituição Federal, em
seu artigo 5º, XXXV, a Carta Magna determina que “a lei não excluirá da
apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”, bem como ao
artigo 7º, XXIV, que consagra a aposentadoria como um direito dos
trabalhadores urbanos e rurais, que tem como propósito a melhoria de
sua condição social.

Ao limitar o espaço temporal para que segurados e


beneficiários solicitem a revisão de seus benefícios, o Poder Público, além
de prejudicar sobremaneira sua condição social, cerceia o pleno exercício
do direito que esses cidadãos têm de recorrer ao Poder Judiciário sempre
que se sentirem lesados em razão dos critérios de cálculo adotados pela
Previdência Social.

Assim, não se há de falar em decadência ou prescrição


para DIREITOS DE NATUREZA SOCIAL que estão intimamente
relacionados às necessidades dos cidadãos que visam garantir, dentre
outros, sua alimentação e saúde.

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Os institutos da decadência e da prescrição afetam de


forma negativa e com maior intensidade os trabalhadores mais humildes,
justamente os que deveriam ser mais protegidos pela Previdência Social,
que têm maior dificuldade de acesso à informação e ao Judiciário, e que,
por isso, acabam condenados a permanecerem com benefícios
financeiramente distantes do que efetivamente teriam direito.

Ressalta-se que o reconhecimento de tempo de serviço


está diretamente relacionado ao direito adquirido, e tal direito passa a ter
proteção constitucional.

Necessário se faz ressaltar que o exercício do direito do


autor em rever o seu benefício é protegido constitucionalmente, de forma
expressa no artigo 201, § 4º:

Art. 201. A previdência social será organizada sob a


forma de regime geral, de caráter contributivo e de
filiação obrigatória, observados critérios que
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e
atenderá, nos termos da lei, a:

§ 4º É assegurado o reajustamento dos benefícios para


preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real,
conforme critérios definidos em lei.

Preservar o valor real do benefício significa assegurar ao


autor, não apenas os reajustamentos anuais, ou atualização dos salários-
de-benefício, mas também garantir que a concessão do benefício na forma
que realmente teria direito quando requereu junto a Previdência Social.

E, fixar decadência para rever o benefício do autor ou a


prescrição, a fim de não pagar os valores devidos, viola frontalmente o
princípio insculpido no artigo 201, § 4º da Constituição Federal, supra
citado, norma esta de direito fundamental social.

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Neste caso a Sumula 85 do Superior Tribunal de Justiça,


apesar de tratar da prescrição, foi aplicada por analogia o que se refere
ao fundo de direito, ou seja, se remete ao direito material do segurado,
que deve se manter intacto, mesmo após o prazo da decadência.

O que deve ser analisado no presente caso é o direito


fundamental ora protegido, ou seja, a verba alimentar a qual se discute
sua majoração. O que se sabe, é que o benefício previdenciário se trata
de política estatal do trabalhador em situação de vulnerabilidade, sendo
classificado como categoria de direitos humanos de segunda dimensão.

Assim, ao impor restrições à legitimidade do exercício de


revisão no benefício do autor, o legislador pretende limitar o gozo do
direito à proteção previdenciária segundo a realidade demonstrada no ato
do requerimento, restringindo, ato contínuo o padrão de vida o qual tem
direito.

Em contraponto, o réu que tem a obrigação de prover de


forma mais ampla possível a proteção previdenciária, não cumpre o seu
papel da forma de deveria, violando a Constituição Federal, bem como
todas as convenções internacionais que determinam expressamente que
o cidadão deve viver de acordo com o seu direito á dignidade, plenamente
protegido não apenas em território brasileiro, mas em convenções
internacionais a qual o país é signatário.

Assim, a previsão constitucional de preservar o valor real


do benefício não pode ser distorcida, garantindo-se o direito de ser
revisado permanentemente, sempre que este esteja fora da realidade de
valor ou de atividade exercida pelo segurado.

Portanto, deve a Constituição Federal e seus princípios ser


efetivamente aplicados, eis que fundamentais, não se restringindo os

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limites que impõe a própria interpretação, como pretende o INSS, não


havendo o que se falar em decadência ou prescrição.

Portanto, a parte Autora faz jus à revisão do benefício, com


pagamento de todos os valores relativos às mensalidades em atraso,
calculadas com base nos salários de contribuições do Período Básico de
Cálculo (PBC), desde a data da entrada do requerimento de aposentadoria
do seu falecido marido.

DA INCOMPATIBILIDADE DO ART. 3º DA LEI Nº 9.876/99

O intento do art. 3º da Lei nº 9.876/99 era beneficiar


quem estava na regra de transição, excluindo-se as menores
contribuições de início de carreira e evitando para o Requerido, cálculos
que envolvessem outras moedas, em razão de despesas de atualização
de índices mensais maior.

No entanto, a regra de transição do citado artigo é


prejudicial para algumas pessoas e fere o Princípio da Isonomia, não se
amoldando a uma interpretação sistemática do Direito Previdenciário.

No caso do Autor houve prejuízo e está em desigualdade


com quem entrou no sistema depois de 1999, recebendo tratamento
desigual e oneroso, mesmo sendo Segurado a mais tempo e antes da Lei
do fator previdenciário.

Dessa forma, em razão de uma interpretação sistemática,


deve-lhe ser afastada a incidência desse artigo.

DO ART. 29 E SEUS INCISOS I E II DA LEI 8.213/91

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A CF determina que todos os salários de contribuição


sejam considerados e os incisos I e II do art. 29 da Lei 8.213/91, que os
benefícios seriam calculados com base na média de 80% dos maiores
salários, durante todo o período contributivo.

No entanto, a própria lei que alterou o art. 29 dispõe de


forma a limitar o PBC, em detrimento da CF.

Dessa forma, sendo prejudicial a regra de transição, deve


ser afastada e computar todo os salários de contribuição, conforme
determina o texto Constitucional.

No presente caso, o beneficio do segurado foi calculado


com marco inicial o PBC em julho de 1994, com a regra prevista no art.
3, da Lei 9.87/99, ou seja, considerando no cálculo apenas os salários de
contribuição posteriores a julho de 1994, o que deve ser revisto, pois
manifestamente prejudicial ao segurado.

Assim, deve ser afastada a regra de transição do art.


3 da Lei 9.876/99, para fim de que sejam aproveitadas todas as
contribuições previdenciárias do segurado, e não somente aquelas
realizadas a partir de julho de 1994, bem como afasta também o
divisor mínimo.

DO PRINCÍPIO DA ISONOMIA

Aqueles que foram prejudicados pela regra de transição,


como é caso da parte Autora, tiveram violado o princípio da isonomia.

O Autor, quando era jovem contribuiu com valores altos


para o Instituto-Réu e não teve essas contribuições computadas. Por outro
lado, qualquer jovem que entrou no sistema depois de 1999 terá
computadas as contribuições da vida inteira.

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Há patente violação do Princípio da Isonomia, devendo,


para aqueles que são prejudicados pela regra de transição ser afastada a
norma de desigualdade.

DO PREJUÍZO AOS SEGURADOS

No presente caso, conforme cálculos anexos, houve


prejuízo ao patrimônio da parte Requerente e a todos os Segurados que
estão na mesma forma do que ela.

Devendo ser afastada a regra de transição prejudicial.

DA POSSIBILIDADE JURÍDICA DE UMA INTERPRETAÇÃO


SISTEMÁTICA CONFORME DECISÃO DO STJ EM REPETITIVO

Diferente do que alega o Requerido, é possível uma


interpretação sistemática para afastar a regra de transição prejudicial, em
razão do melhor benefício, vejamos:

EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL


AFETADO AO RITO DOS REPETITIVOS. ENUNCIADO
ADMINISTRATIVO 3/STJ. REVISÃO DE BENEFÍCIO.
SOBREPOSIÇÃO DE NORMAS. APLICAÇÃO DA REGRA
DEFINITIVA PREVISTA NO ART. 29, I E II DA
LEI 8.213/1991, NA APURAÇÃO DO SALÁRIO DE
BENEFÍCIO, QUANDO MAIS FAVORÁVEL DO QUE A
REGRA DE TRANSIÇÃO CONTIDA NO ART. 3o. DA
LEI 9.876/1999, AOS SEGURADOS QUE
INGRESSARAM NO SISTEMA ANTES DE 26.11.1999
(DATA DE EDIÇÃO DA DA LEI 9.876/1999).
CONCRETIZAÇÃO DO DIREITO AO MELHOR

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BENEFÍCIO. PARECER DO MPF PELO DESPROVIMENTO


DO FEITO. RECURSO ESPECIAL DO SEGURADO
PROVIDO.

1. A Lei 9.876/1999 implementou nova regra de cálculo,


ampliando gradualmente a base de cálculo dos benefícios
que passou a corresponder aos maiores salários de
contribuição correspondentes a 80% de todo o período
contributivo do Segurado.

2. A nova legislação trouxe, também, uma regra de


transição, em seu art. 3o., estabelecendo que no cálculo
do salário de benefício dos Segurados filiados à
Previdência Social até o dia anterior à data de publicação
desta lei, o período básico de cálculo só abarcaria as
contribuições vertidas a partir de julho de 1994.

3. A norma transitória deve ser vista em seu caráter


protetivo. O propósito do artigo 3o. da Lei 9.876/1999 e
seus parágrafos foi estabelecer regras de transição que
garantissem que os Segurados não fossem atingidos de
forma abrupta por normas mais rígidas de cálculo dos
benefícios.

4. Nesse passo, não se pode admitir que tendo o Segurado


vertido melhores contribuições antes de julho de 1994,
tais pagamentos sejam simplesmente descartados no
momento da concessão de seu benefício, sem analisar as
consequências da medida na apuração do valor do
benefício, sob pena de infringência ao princípio da
contrapartida.

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5. É certo que o sistema de Previdência Social é regido


pelo princípio contributivo, decorrendo de tal princípio a
necessidade de haver, necessariamente, uma relação
entre custeio e benefício, não se afigurando razoável que
o Segurado verta contribuições e não possa se utilizar
delas no cálculo de seu benefício.

6. A concessão do benefício previdenciário deve ser regida


pela regra da prevalência da condição mais vantajosa ou
benéfica ao Segurado, nos termos da orientação do STF e
do STJ. Assim, é direito do Segurado o recebimento de
prestação previdenciária mais vantajosa dentre aquelas
cujos requisitos cumpre, assegurando,
consequentemente, a prevalência do critério de cálculo
que lhe proporcione a maior renda mensal possível, a
partir do histórico de suas contribuições.

7. Desse modo, impõe-se reconhecer a possibilidade de


aplicação da regra definitiva prevista no art. 29, I e II da
Lei 8.213/1991, na apuração do salário de benefício,
quando se revelar mais favorável do que a regra de
transição contida no art. 3o. da Lei 9.876/1999,
respeitados os prazos prescricionais e decadenciais. Afinal,
por uma questão de racionalidade do sistema normativo,
a regra de transição não pode ser mais gravosa do que a
regra definitiva.

8. Com base nessas considerações, sugere-se a fixação da


seguinte tese: Aplica-se a regra definitiva prevista no
art. 29, I e II da Lei 8.213/1991, na apuração do
salário de benefício, quando mais favorável do que a
regra de transição contida no art. 3o. da

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Lei 9.876/1999, aos Segurado que ingressaram no


Regime Geral da Previdência Social até o dia anterior
à publicação da Lei 9.876/1999.

9. Recurso Especial do Segurado provido.

(RECURSO ESPECIAL Nº 1.554.596 - SC (2015/0089796-


6), 1ª Seção do STJ, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho,
v. u. Data do julgamento: 11/12/2019. Publicação: DJE)

Dessa forma, por se tratar de decisão de Plenário, com


votação unânime, em IRDR, vincula todos os Tribunais e a Administração
Pública em geral. Devendo ser aplicado o entendimento pacificado, sob
pena de violação ao efeito vinculante dessas decisões.

EQUILÍBRIO ATUARIAL E FINANCEIRO NÃO SE SOBREPÕE AOS


PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS BASILARES DA ISONOMIA E DA
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

O equilíbrio atuarial não se sobrepõe a Leis e nem a


Princípios basilares de direito. Na verdade deriva de Seguradoras privadas
e nem deveria fazer parte de Seguradora Pública.

O Instituto-Réu é Administrado pelo Poder Executivo e


suas regras são votadas no Congresso Nacional. Não pode o cidadão ter
seus direitos legais e Constitucionais violados pela má Administração do
Executivo ou pela falta de leis atualizadas pelo Congresso Nacional.

As leis devem acompanhar o desenvolvimento econômico


da população e a expectativa de vida. Não pode o Judiciário legislar e nem
administrar sob o argumento de equivalência atuarial.

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Dessa forma, qualquer argumento de equivalência atuarial


não deverá revogar leis e nem Princípios basilares do direito.

FONTE DE CUSTEIO E EQUILÍBRIO FINANCEIRO E ATUARIAL

Também não há que se falar em falta de fonte de custeio,


porque a Segurada contribuiu antes de julho de 1994, próximo ao teto da
época. Para onde foram essas contribuições?

Embora o sistema ainda não se evoluiu para um sistema


capitalizado, falar em falta de custeio no presente caso é ilógico.

Da mesma forma do que falar em equilíbrio financeiro e


atuarial para quem está reclamando direitos com base em contribuições
perto do teto.

DA AUSÊNCIA DE SUSPENSÃO DO FEITO EM RAZÃO DO


JULGAMENTO DO TEMA 810

O TEMA 810 já foi julgado e deve ser aplicado a todos os


processos em andamento por se tratar de decisão vinculante, embora a
tese da contestação não tenha acompanhado os julgados.

A correção monetária deve ser pelo IPCAE, conforme


determina o TEMA 810, que tem efeito vinculante para todos os Tribunais
e para Administração Pública em geral.

TEMA 1102 , PUBLICADO ACORDÃO EM 13/04/2023, NÃO


PODENDO ASSIM SER AFASTADO

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Julgado mérito de tema com repercussão geral

TRIBUNAL PLENO

Decisão: O Tribunal, por maioria, apreciando o tema 1.102


da repercussão geral, negou provimento ao recurso
extraordinário, vencidos os Ministros Nunes Marques,
Roberto Barroso, Luiz Fux, Dias Toffoli e Gilmar Mendes.
Em seguida, por unanimidade, foi fixada a seguinte tese:
"O segurado que implementou as condições para o
benefício previdenciário após a vigência da Lei 9.876, de
26.11.1999, e antes da vigência das novas regras
constitucionais, introduzidas pela EC 103/2019, tem o
direito de optar pela regra definitiva, caso esta lhe seja
mais favorável", nos termos do voto do Ministro Alexandre
de Moraes (Redator para o acórdão). Não votou o Ministro
André Mendonça, sucessor do Ministro Marco Aurélio
(Relator). Ausente, justificadamente, o Ministro Nunes
Marques. Presidência da Ministra Rosa Weber. Plenário,
1º.12.2022.

DOS CÁLCULOS APRESENTADOS

O cálculo apresentado é idôneo, caso a Autarquia


não concorde que apresente um calculo considerando toda a vida
contributiva do seguragdo.

DOS PEDIDOS

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Por derradeiro, à vista do exposto, ficam refutadas todas


as alegações ofertadas em contestação pelo instituto-réu, devendo ser
rejeitadas as alegações da autarquia-ré, julgando TOTALMENTE
PROCEDENTE a presente demanda, reiterando, assim, todos os pedidos
apresentados na inicial em seus ulteriores termos.

Assim sendo, aguarda-se a condenação do instituto


requerido, realizando dessa forma a aplicação do melhor direito, como
medida da mais pura e lídima JUSTIÇA!

Termos em que,

Pede deferimento.

Itupeva, 17 de abril de 2023.

Fabiana de Souza Culbert

OAB/SP 306.459

Glaciene Amoroso

OAB/SP 305.809

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