Você está na página 1de 82

UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ – UNIFESSPA

INSTITUTO DE ESTUDOS EM DIREITO E SOCIEDADE – IEDS


FACULDADE DE DIREITO – FADIR

Do Aviso Prévio e das Estabilidades e Garantias de Emprego.


Discentes: Débora Maia
Hudinilza Pompeu
Janette Gomes
Maria Maia
Nivaldo Beckman
Reinaldo Costa
Vinícius Pinto

Docente: Dra. Rejane P. de Lima Oliveira


DO AVISO PRÉVIO
TÓPICOS ABORDADOS

1. AVISO PRÉVIO:
Conceito e características / Finalidade / Cabimento /
Fundamento legal e prazo / Contagem do prazo e forma
Reciprocidade da obrigação e irrenunciabilidade / Base de
cálculo do aviso prévio / Garantias de emprego/ Jornada
reduzida no curso do aviso prévio/ Aviso prévio e justa
causa/ Aviso prévio e prescrição
DA ESTABILIDADE E GARANTIAS DE
EMPREGO
TÓPICOS ABORDADOS
2. ESTABILIDADE E GARANTIAS DE EMPREGO:
Generalidades e antecedentes históricos/ Terminologia e
classificação/ Garantia de emprego do dirigente sindical/
Representantes dos trabalhadores na CIPA / Gestante/
Empregado acidentado/ Representantes dos trabalhadores no
conselho curador do FGTS/ Empregado eleito diretor de
cooperativa de consumo...
DA ESTABILIDADE E GARANTIAS DE
EMPREGO
TÓPICOS ABORDADOS
2. ESTABILIDADE E GARANTIAS DE EMPREGO:
...Membro da comissão de representantes dos empregados/
Aprendiz/ Empregado reabilitado ou portador de
necessidades especiais/ Empregado portador de doença
grave/ Efeitos jurídicos da dispensa irregular/ Prazo para
ajuizar ação em face de dispensa arbitrária/ Extinção da
estabilidade.
DO AVISO PRÉVIO
CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Previsto no artigo 7º, inciso XXI, da Constituição Federal de


1988;

Regulamentado pela Lei nº 12.506/2011;

Também encontra previsão no artigo 487, do Decreto Lei nº


5.452 de 01 de Maio de 1943.
DO AVISO PRÉVIO
❖ CONCEITO
✔ À luz da CLT, o aviso prévio é uma declaração unilateral de
vontade da parte que pretende dar por extinto o contrato de
trabalho que não tenha prazo determinado;

✔ É híbrida a natureza jurídica do aviso prévio, ou seja, quando


há trabalho durante o prazo respectivo, ele possui natureza
salarial. Caso contrário, isto é, inexistindo trabalho durante o
aviso, este passa a ter natureza indenizatória;
DO AVISO PRÉVIO
❖ CARACTERÍSTICAS
✔ Unilateralidade;
✔ Natureza constitutiva;
✔ Produção de efeitos?

❖ FINALIDADE
✔ Evitar que uma das partes se depare, inesperadamente, com
o término do vínculo trabalhista.
DO AVISO PRÉVIO
❖ CABIMENTO
O aviso prévio é cabível, em regra, nos contratos por tempo
indeterminado;
Estão excluídos, portanto, os contratos com data prefixada, os
de execução de determinado serviço ou os que dependam de
acontecimento previsto (CLT, art. 443, §§ 1º e 2º).
A doutrina e a jurisprudência (TST, Súmula 163) admitem,
com base no art. 481 da CLT, o aviso prévio na resilição
antecipada do contrato de experiência.
DO AVISO PRÉVIO
❖ CABIMENTO
O aviso prévio é cabível, nas seguintes situações extintivas do
contrato de trabalho de duração indeterminada:
✔ Na dispensa do empregado, em face da extinção da empresa
ou estabelecimento;
✔ Na chamada dispensa indireta, isto é, resolução contratual
por infração do empregador;
✔ Dissolução do contrato por extinção da empresa;
DO AVISO PRÉVIO
FUNDAMENTO LEGAL E PRAZO
O aviso prévio é direito constitucional assegurado aos
empregados, nos termos do art. 7º, XXI, da CRFB:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social: (...) XXI – aviso prévio
proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos
termos da lei;
E a proporcionalidade ao tempo de serviço? Quem trabalhou onze
anos em determinada empresa, terá direito aos mesmos trinta dias
de aviso prévio concedidos a alguém que trabalhou apenas um ano?
DO AVISO PRÉVIO
FUNDAMENTO LEGAL E PRAZO
Dispõe o art. 1º da Lei nº 12.506/2011 (23 anos após a
promulgação da CRFB/88), in verbis:
Art. 1º O aviso prévio, de que trata o Capítulo VI do Título IV da
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº
5.452, de 1º de maio de 1943, será concedido na proporção de 30 (trinta)
dias aos empregados que contem até 1 (um) ano de serviço na mesma
empresa.
Parágrafo único. Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3
(três) dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo
de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias.
DO AVISO PRÉVIO
FUNDAMENTO LEGAL E PRAZO
A CLT já regulava o aviso prévio, porém fixava-lhe os prazos
conforme a periodicidade do pagamento dos salários. Neste
sentido, o art. 487:
Art. 487. Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo,
quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a
antecedência mínima de: I – oito dias, se o pagamento for efetuado por
semana ou tempo inferior; II – trinta dias aos que perceberem por
quinzena ou mês, ou que tenham mais de 12 (doze) meses de serviço na
empresa.
DO AVISO PRÉVIO
CONTAGEM DO PRAZO E FORMA
A contagem do prazo do aviso prévio obedece à regra civilista
clássica constante do art. 132 do Código Civil de 2002,
segundo a qual, “salvo disposição legal ou convencional em
contrário, computam-se os prazos, excluído o dia do
começo, e incluído o do vencimento”.
Exemplo:
Aviso prévio em 13.04.2009
Início da contagem: 14.04.2009
Término do aviso prévio: 13.05.2009
DO AVISO PRÉVIO
RECIPROCIDADE DA OBRIGAÇÃO E
IRRENUNCIABILIDADE

Tanto o empregador quanto o empregado têm a obrigação de


conceder o aviso prévio, conforme quem tiver dado causa à
terminação do contrato de trabalho.
DO AVISO PRÉVIO
AVISO PRÉVIO CONCEDIDO PELO EMPREGADOR
Se o empregador demitiu o empregado sem justa causa, deve
conceder-lhe o aviso prévio, sob pena de indenizar o período
respectivo, o qual será contado como tempo de serviço para o
cálculo das demais parcelas com repercussão pecuniária.
Neste sentido, o § 1º do art. 487:
Art. 487. (...) § 1º A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao
empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso,
garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço. (...)
DO AVISO PRÉVIO

Portanto, o aviso prévio concedido pelo empregador pode ser:


a) trabalhado, hipótese em que o empregado presta serviços
normalmente durante o prazo do aviso prévio, salvo se
optar pela redução de sete dias corridos, como se verá
adiante. Naturalmente, o pagamento deste período será
devido como verdadeiro salário;
DO AVISO PRÉVIO
... o aviso prévio concedido pelo empregador pode ser:
b) indenizado, caso o empregador não queira que o obreiro
permaneça na empresa trabalhando durante o prazo
correspondente ao aviso prévio. Neste caso, o valor
correspondente ao salário dos dias referentes ao aviso prévio
é pago ao empregado juntamente com as verbas rescisórias.
Além disso, a projeção do aviso prévio indenizado é
computada como tempo de serviço, refletindo no cálculo de
outras parcelas.
DO AVISO PRÉVIO
AVISO PRÉVIO POR PEDIDO DO EMPREGADO
O empregado que pede demissão deve conceder o aviso prévio
ao empregador. Nesta hipótese, o aviso prévio não é direito do
empregado, e sim dever, pelo que a não concessão implica o
direito de o empregador descontar, das parcelas rescisórias
devidas ao trabalhador, o valor correspondente ao aviso
prévio não cumprido.
Este é o teor do § 2º do art. 487:
Art. 487. (...) § 2º A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao
empregador o direito de descontar os salários correspondentes ao prazo
respectivo.
DO AVISO PRÉVIO
Exemplo: o empregado comunica ao empregador, no dia
30.06.2011, que pretende romper o contrato de trabalho, ou
seja, dá ao empregador o aviso prévio. Tendo em vista a
possibilidade de arranjar novo emprego de imediato, o
empregado solicita ao empregador a dispensa do cumprimento
do aviso prévio. Neste caso, o que pode fazer o empregador?
a) pode dispensar o empregado do cumprimento do aviso
prévio, hipótese em que o término do contrato de trabalho se
dará em 30.06.2011, não sendo devidas, por óbvio, quaisquer
parcelas referentes ao prazo do aviso prévio não cumprido.
DO AVISO PRÉVIO
...O que pode fazer o empregador?
b) neste caso, não há renúncia de direito do trabalhador,
porque o aviso prévio constitui dever e não direito; pode negar
ao empregado a dispensa solicitada. Se esta for a opção do
empregador, há ainda duas soluções possíveis: o empregado
cumpre o aviso prévio, trabalhando durante os 30 dias; ou o
empregado deixa o trabalho imediatamente, e o empregador
desconta os salários correspondentes ao prazo do aviso prévio
não cumprido.
DO AVISO PRÉVIO
Obs.: no que diz respeito ao aviso prévio proporcional,
regulado pela Lei nº 12.506/2011, tem prevalecido o
entendimento no sentido de que não há bilateralidade, ou
seja, não se aplica a proporcionalidade quando o
empregado pede demissão.
BASE DE CÁLCULO DO AVISO PRÉVIO
O aviso prévio tem como base de cálculo o salário (art. 487, §§
1º e 2º, CLT), e não a remuneração. Assim, as gorjetas
porventura recebidas não integram a base de cálculo do
aviso prévio.
DO AVISO PRÉVIO
Salário, no caso, inclui parcelas salariais em geral, sempre que
pagas com habitualidade, por exemplo, os adicionais. Se o
salário do empregado for fixo, o aviso prévio
corresponderá ao próprio salário. Entretanto, se for
variável, computar-se-á a média dos últimos 12 meses,
conforme art. 487, § 3º:
Art. 487. (...) § 3º Em se tratando de salário pago na base de tarefa, o
cálculo, para os efeitos dos parágrafos anteriores, será feito de acordo com
a média dos últimos 12 (doze) meses de serviço.
DO AVISO PRÉVIO
O valor das horas extras habitualmente prestadas, que integra
o salário para todos os fins legais, integra também o cálculo do
aviso prévio, inclusive indenizado, nos termos do § 5º do art.
487 da CLT, segundo o qual “o valor das horas extraordinárias
habituais integra o aviso prévio indenizado”.
As gratificações semestrais, caso pagas, não integram a base
de cálculo do aviso prévio, nos termos da Súmula 253 do TST.
DO AVISO PRÉVIO E GARANTIAS DE
EMPREGO
✓ Regra geral: as garantias de emprego não se aplicam aos
fatos geradores ocorridos durante o aviso prévio.
✓ Exceções: Gestante (art. 391-A da CLT e Súmula 244, III);
Acidente de trabalho (Súmula 378, III).
DO AVISO PRÉVIO E GARANTIAS DE
EMPREGO
Exemplo: Janette é detentora de garantia de emprego até
24.01.2023. Neste caso, não poderá Reinaldo, o empregador,
decidido a demitir Janette sem justa causa, comunicar a
dispensa em 25.12.2022, pois o aviso prévio não pode ser
concedido na fluência da garantia de emprego. Desse modo,
Reinaldo deve comunicar a dispensa a Janette, quando menos,
em 25.01.2023, hipótese em que os 30 dias do aviso prévio
serão contados de 26.01.2023 a 25.02.2023.
DO AVISO PRÉVIO
❖ JORNADA REDUZIDA NO CURSO DO AVISO PRÉVIO
✔Consiste na redução da jornada de trabalho durante o curso do
aviso prévio, havendo duas possibilidades:
Dispõe o art. 488 da CLT:
Art. 488. O horário normal de trabalho do empregado, durante o prazo do aviso, e
se a rescisão tiver sido promovida pelo empregador, será reduzido de 2 (duas)
horas diárias, sem prejuízo do salário integral.
Parágrafo único. É facultado ao empregado trabalhar sem a redução das 2 (duas)
horas diárias previstas neste artigo, caso em que poderá faltar ao serviço, sem
prejuízo do salário integral, por 1 (um) dia, na hipótese do inciso l, e por 7 (sete)
dias corridos, na hipótese do inciso II do art. 487 desta Consolidação.
DO AVISO PRÉVIO
✔ O empregado que trabalha à noite em regime de plantões
(12x36) também tem direito à redução de jornada?
✔ A quem cabe a decisão sobre a redução?
Há duas correntes:
a) cabe ao empregador decidir (Mozart Victor Russomano,
Orlando Gomes, Sérgio Pinto Martins e Valentin Carrion);
b) cabe ao empregado decidir, devendo o mesmo avisar ao
empregador antecipadamente sua escolha (Vólia Bomfim
Cassar);
DO AVISO PRÉVIO
✔ O que acontece em casos de jornadas já reduzidas?
a) Aplica-se proporcionalmente a redução (Valentim Carrion e
Vólia Bomfim Cassar);
b) A redução é sempre de duas horas, independentemente da
jornada contratual (Homero Batista Mateus da Silva, Irany
Ferrari e Melchíades Martins, Mozart Victor Russomano,
Orlando Gomes, Sérgio Pinto Martins);
DO AVISO PRÉVIO
✔ É possível ocorrer a substituição da redução da jornada
pelo pagamento das horas?
Súmula 230 do TST: Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. “É ilegal
substituir o período que se reduz da jornada de trabalho, no aviso prévio, pelo
pagamento das horas correspondentes”.
✔ Qual o tratamento dispensado ao empregado rurícola e ao
doméstico?
O art. 15 da Lei nº 5.889/1973, dispõe: “durante o prazo do aviso prévio, se a
rescisão tiver sido promovida pelo empregador, o empregado rural terá direito
a um dia por semana, sem prejuízo do salário integral, para procurar outro
DO AVISO PRÉVIO
Ao empregado doméstico, a redução segue a mesma
sistemática celetista, conforme previsto no art. 24 da Lei
Complementar nº 150/2015:
Art. 24. O horário normal de trabalho do empregado durante o aviso
prévio, quando a rescisão tiver sido promovida pelo empregador, será
reduzido de 2 (duas) horas diárias, sem prejuízo do salário integral.
Parágrafo único. É facultado ao empregado trabalhar sem a redução das 2
(duas) horas diárias previstas no caput deste artigo, caso em que poderá
faltar ao serviço, sem prejuízo do salário integral, por 7 (sete) dias
corridos, na hipótese dos §§ 1º e 2º do art. 23.
DO AVISO PRÉVIO E JUSTA CAUSA
✔ Arts. 490 e 491 da CLT – Decreto Lei nº 5.452/1943:
Art. 490. O empregador que, durante o prazo do aviso prévio dado ao
empregado, praticar ato que justifique a rescisão imediata do contrato,
sujeita-se ao pagamento da remuneração correspondente ao prazo do
referido aviso, sem prejuízo da indenização que for devida.
Art. 491. O empregado que, durante o prazo do aviso prévio, cometer
qualquer das faltas consideradas pela lei como justas para a rescisão, perde
o direito ao restante do respectivo prazo.
DO AVISO PRÉVIO E JUSTA CAUSA
✔ Qual o posicionamento do TST?
Súm. 73. Despedida. Justa causa (nova redação). Res. 121/2003, DJ 19, 20
e 21.11.2003.
A ocorrência de justa causa, salvo a de abandono de emprego, no decurso
do prazo do aviso prévio dado pelo empregador, retira do empregado
qualquer direito às verbas rescisórias de natureza indenizatória.
DO AVISO PRÉVIO E PRESCRIÇÃO
CRFB/88: “Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e
rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição
social: (...) XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das
relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para
os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após
a extinção do contrato de trabalho.”
Ao final do contrato de trabalho, o trabalhador terá o prazo de
2 anos para reclamar judicialmente os créditos resultantes da
relação de trabalho, sob pena de ver prescrito o seu direito de
ação.
DA ESTABILIDADE E GARANTIAS DE
EMPREGO
GENERALIDADES E ANTECEDENTES HISTÓRICOS
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DA
RELAÇÃO DE EMPREGO.
É exatamente em razão deste princípio que o
natural seria, na seara trabalhista, a estabilidade
do vínculo empregatício, isto é, a relativa
segurança jurídica do trabalhador no sentido da
manutenção de seu emprego, salvo motivo
relevante. Era este o sentido do antigo sistema
celetista da indenização e da estabilidade
Com efeito, dispunha o art. 478 da
CLT, não expressamente revogado,
mas não recepcionado pela
CRFB/1988, que, em caso de
demissão imotivada do empregado
que contasse com mais de um ano de
casa, caberia ao empregador pagar
indenização equivalente a um mês
de remuneração por ano de serviço
efetivo ou fração igual ou superior a
seis meses.
A CRFB/1988 tornou obrigatório
o FGTS e, com isso, sepultou de
vez o regime celetista da
indenização e da estabilidade.
Assim, a partir de 1988, deixou de
existir a estabilidade decenal (salvo
para quem já tinha adquirido o
direito, ou seja, já contava com dez
anos no mesmo emprego em 1988).
ESTABILIDADE DECENAL/ CLT
O art. 492 da CLT previa a chamada
estabilidade decenal, segundo a qual
o empregado que completasse dez
anos de serviço na empresa não
poderia ser demitido, salvo por justa
causa, comprovada em inquérito
judicial. Este sistema aproximava a
legislação trabalhista do espírito que
originou o princípio da continuidade
da relação de emprego.
Em 1966 foi instituído o FGTS, à época facultativo, com vistas a
substituir o regime da indenização. O recolhimento mensal do FGTS é
uma espécie de provisão (ou de poupança) para demissão imotivada
para o empregador, pois 8% vezes 12 meses do ano resultam
praticamente um salário anual, como ocorria com a antiga indenização
do art. 478.
Desse modo, hoje não existe
mais estabilidade no serviço
privado, ao menos não no
sentido próprio do termo. A
única estabilidade que
persiste é aquela conferida
aos servidores públicos, nos
termos do art. 41 da
CRFB/1988.
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados
para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
DA ESTABILIDADE E GARANTIAS DE
EMPREGO
TERMINOLOGIA E CLASSIFICAÇÃO
Como dito, atualmente não existe, exceto no caso dos servidores
públicos (art. 41 da CRFB), estabilidade no direito brasileiro. O
que se prevê, em várias hipóteses legais, são garantias de
emprego, também denominadas estabilidades provisórias.
ESTABILIDADE - CLASSIFICAÇÕES
•Definitiva ou provisória - É definitiva a garantia que não tem
prazo determinado (estável decenal, servidores públicos etc.).
Provisória, por sua vez, é aquela garantia de emprego que só
vale pelo prazo estipulado em lei (exemplo: dirigente sindical,
cipeiro, gestante, acidentado etc.).
•Absoluta ou relativa - Tem estabilidade absoluta o empregado
que só pode ser demitido por justa causa (ex.: dirigente
sindical). O detentor de estabilidade relativa, por sua vez, só
não pode ser dispensado arbitrariamente, mas o pode por um
dos motivos do art. 165 da CLT, ou ainda, no caso do aprendiz,
nas hipóteses do art. 433 da CLT.
ESTABILIDADE – CLASSIFICAÇÕES

•Pessoal ou altruísta - A estabilidade pessoal (ou


personalíssima) é adquirida em função de circunstância
pessoal do trabalhador (acidentado, gestante etc.). A
estabilidade altruísta, por sua vez, visa à representação de
terceiros (cipeiro, dirigente sindical etc.).
DA ESTABILIDADE E GARANTIAS DE
EMPREGO
GARANTIA DE EMPREGO DO DIRIGENTE SINDICAL
O empregado eleito dirigente sindical goza de garantia de
emprego desde o registro da candidatura até um ano após o
término do mandato, nos termos do art. 8º, VIII, da CRFB/88:
Art. 8º (...) VIII – é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do
registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se
eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se
cometer falta grave nos termos da lei.
O art. 543, § 3º, da CLT, já previa a garantia de emprego do
dirigente sindical, o que não foi recepcionado totalmente pela CF.
DA ESTABILIDADE E GARANTIAS DE
EMPREGO
GARANTIA DE EMPREGO DO DIRIGENTE SINDICAL

OBS: A CRFB/1988 não recepcionou a garantia de emprego conferida aos dirigentes de


associações profissionais, e sim apenas aos dirigentes dos sindicatos. EX: COREN-PA24.
DA ESTABILIDADE E GARANTIAS DE
EMPREGO
REPRESENTANTES DOS TRABALHADORES DA
CIPA(CIPEIRO)/ (COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO
DE ACIDENTES)

Muitas vezes contrariando interesses do


empregador, o(s) representante(s) dos
empregados na CIPA tem garantido o
emprego, desde o registro da candidatura até
um ano após o término do mandato.
DA ESTABILIDADE E GARANTIAS DE
EMPREGO
REPRESENTANTES DOS TRABALHADORES DA
CIPA(CIPEIRO)/ (COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO
DE ACIDENTES)

O cipeiro é um profissional que trabalha na empresa em questão


e é eleito, junto a um grupo com outros membros também eleitos
igualmente para atuar em programas que inibam os riscos no
ambiente de trabalho.
OBS: É importante lembrar que essa função é adicional à função a qual o
colaborador exerce.
O fundamento legal, guindado ao status de norma constitucional,
é encontrado no art. 10, II, “a”, do ADCT da CRFB/88:
Art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º,
I, da Constituição: (...)
II – fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa: a) do empregado
eleito para cargo de direção de comissões internas de prevenção de acidentes,
desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato;
Em relação à garantia de emprego do cipeiro, diz-se que a
mesma é apenas relativa, pois se refere somente à dispensa
arbitrária, nos termos do art. 165 da CLT:
Art. 165. Os titulares da representação dos empregados nas CIPA (s) não
poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se
fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro.
Como a lei menciona, somente
empregado eleito, abrange
apenas os representantes dos
empregados, pois os
representantes do empregador
são por ele designados, e não
eleitos (art. 164, § 1º, CLT).
FGV – 2021 – OAB – XXXIII – Exame da Ordem Unificado – Primeira Fase)
Jorge e Manoel integram a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)
da empresa na qual trabalham. Jorge é representante do empregador e Manoel,
representante dos empregados. Durante a vigência dos seus mandatos, ambos
foram dispensados, sem justa causa, na mesma semana, recebendo aviso prévio
indenizado. Considerando a situação de fato e a previsão da CLT, assinale a
afirmativa correta.
A) Não há empecilho à dispensa de Jorge, mas Manoel tem garantia no
emprego e não poderia ser desligado sem justa causa.
B) Ambos os empregados podem ser dispensados, porque o empregador
concedeu aviso prévio indenizado.
C) Jorge, por ser representante do empregador junto à CIPA e dele ter
confiança, não poderá ser dispensado, exceto por justa causa.
D) Nenhum empregado integrante da CIPA pode ser dispensado sem justa causa
durante o mandato e até 1 ano após.
DA ESTABILIDADE E GARANTIAS DE EMPREGO
GESTANTES

DECRETO-LEI Nº 5.452, DE 1º DE MAIO


DE 1943 (CLT)
“Art. 391-A A confirmação do estado de
gravidez advindo no curso do contrato de
trabalho, ainda que durante o prazo do aviso
prévio trabalhado ou indenizado, garante à
empregada gestante a estabilidade provisória
prevista na alínea b do inciso II do art.10 do
Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias”.
DA ESTABILIDADE E GARANTIAS DE EMPREGO
GESTANTES

“Neste sentido, o art. 10, II, “b”, do ADCT da CRFB/88:

II – fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa: (...)

b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco


meses após o parto”.
DA ESTABILIDADE E GARANTIAS DE EMPREGO
GESTANTES
Súmula 244 do TST
INDENIZAÇÃO VS. REINTEGRAÇÃO
I – O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o
direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II,
“b” do ADCT).
II – A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se
der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se
aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade
DA ESTABILIDADE E GARANTIAS DE EMPREGO
GESTANTES
CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO (INCLUSIVE
CONTRATO DE EXPERIÊNCIA)
O STF assegurando a estabilidade à gestante mesmo em contratos a
termo, o TST modificou seu entendimento, alterando, por meio da
Resolução nº 185/2012, o item III da Súmula 244, o qual passou a ter a
seguinte redação:
III – A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art.
10, inciso II, alínea “b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias,
mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado.
DA ESTABILIDADE E GARANTIAS DE EMPREGO
GESTANTES
ABORTO E NASCIMENTO SEM VIDA
O nascimento com vida é, portanto, o suporte fático abstratamente
previsto na letra “b” do inciso II do art. 10 do ADCT. Uma vez não
consumado, em razão do óbito do nascituro, poucos dias após o parto,
não faz jus a empregada à estabilidade provisória ou a eventual
conversão do período estabilidade em indenização equivalente. Recurso
de revista conhecido e provido, em parte (TST, RR 142600-
59.2005.5.15.0088, 8ª Turma, Rel. Min. Dora Maria da Costa, DJ
22.02.2008).
DA ESTABILIDADE E GARANTIAS DE EMPREGO
GESTANTES
ADOÇÃO
Aplica-se ao empregado adotante ao qual tenha sido concedida
guarda provisória para fins de adoção. Portanto, desde que tenha
sido concedida a guarda provisória para fins de adoção, o
adotante (homem ou mulher, insista-se) faz jus à garantia de
emprego, até cinco meses após a adoção.
DA ESTABILIDADE E GARANTIAS DE EMPREGO
DOMÉSTICA GESTANTE

A empregada doméstica já fazia jus a esta garantia, por força do


disposto no art. 4º-A da Lei nº 5.859/1972, com a redação dada
pela Lei nº 11.324/2006.
Art. 7º da CRFB/1988:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa
causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização
compensatória, dentre outros direitos;
DA ESTABILIDADE E GARANTIAS DE EMPREGO
DOMÉSTICA GESTANTE

Lei Complementar nº 150/2015


Art. 25. Parágrafo único. A confirmação do estado de gravidez durante
o curso do contrato de trabalho, ainda que durante o prazo do aviso
prévio trabalhado ou indenizado, garante à empregada gestante a
estabilidade provisória prevista na alínea “b” do inciso II do art. 10 do
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias”.
DA ESTABILIDADE E GARANTIAS DE EMPREGO
EMPREGADO ACIDENTADO

Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre


pelo exercício do trabalho a serviço da
empresa ou pelo exercício do trabalho dos
segurados referidos no inciso VII do art. 11
desta Lei, provocando lesão corporal ou
perturbação funcional que cause a morte ou
a perda ou redução, permanente ou
temporária, da capacidade para o trabalho.
DA ESTABILIDADE E GARANTIAS DE EMPREGO
EMPREGADO ACIDENTADO
Vólia Bomfim Cassar ensina que acidente do trabalho tem duas
espécies:

TÍPICO: Ocorre no interior da empresa.

ATÍPICO OU EQUIPARADO: aquele que, embora não


tenha sido a causa única, tenha contribuído para a morte do
trabalhador, para perda de sua capacidade ou ainda produzido
lesão que exija atenção médica para a sua recuperação
DA ESTABILIDADE E GARANTIAS DE EMPREGO
EMPREGADO ACIDENTADO
AVISO PRÉVIO E ESTABILIDADE ACIDENTÁRIA

•Lei nº 8.213/1991

"Art. 118 O segurado que sofreu acidente do trabalho tem


garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção do
seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-
doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-
acidente."
DA ESTABILIDADE E GARANTIAS DE EMPREGO
EMPREGADO ACIDENTADO
REPRESENTANTES DOS TRABALHADORES NO CONSELHO CURADOR DO FGTS

LEI Nº 8.036/1990
Art. 3º O FGTS será regido segundo normas e diretrizes estabelecidas por um
Conselho Curador, integrado por três representantes da categoria dos
trabalhadores e três representantes da categoria dos empregadores, além de um
representante de cada órgão e entidade a seguir indicados:
(...) § 9º Aos membros do Conselho Curador, enquanto representantes dos
trabalhadores, efetivos e suplentes, é assegurada a estabilidade no emprego, da
nomeação até um ano após o término do mandato de representação, somente
podendo ser demitidos por motivo de falta grave, regularmente comprovada
através de processo sindical.
DA ESTABILIDADE E GARANTIAS DE EMPREGO
EMPREGADO ELEITO DIRETOR DE COOPERATIVA
DE CONSUMO

Lei nº 5.764/1971

“Art. 55. Os empregados de empresas, que sejam eleitos diretores de


sociedades cooperativas pelos mesmos criadas, gozarão das garantias
asseguradas aos dirigentes sindicais pelo art. 543 da Consolidação das Leis
do Trabalho (Decreto-Lei n.º 5.452, de 1° de maio de 1943)”.
DA ESTABILIDADE E GARANTIAS DE EMPREGO
MEMBRO DE COMISSÃO DE REPRESENTANTES DOS
EMPREGADOS.

O que é ?

Quem pode ser?


DA ESTABILIDADE E GARANTIAS DE EMPREGO
MEMBRO DE COMISSÃO DE REPRESENTANTES DOS
EMPREGADOS.
DISPOSITIVOS LEGAIS

CRFB/88
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a
eleição de um representante destes com a finalidade exclusiva de
promover-lhes o entendimento direto com os empregadores.
DA ESTABILIDADE E GARANTIAS DE EMPREGO
MEMBRO DE COMISSÃO DE REPRESENTANTES DOS
EMPREGADOS.
DISPOSITIVOS LEGAIS / CRFB/88
Art. 510-B. A comissão de representantes dos empregados terá as
seguintes atribuições:
• I - representar os empregados perante a administração da empresa;
• II - aprimorar o relacionamento entre a empresa e seus empregados com base nos
princípios da boa-fé e do respeito mútuo;
• III - promover o diálogo e o entendimento no ambiente de trabalho com o fim de
prevenir conflitos;
• IV - buscar soluções para os conflitos decorrentes da relação de trabalho, de forma rápida
e eficaz, visando à efetiva aplicação das normas legais e contratuais;
• V - assegurar tratamento justo e imparcial aos empregados, impedindo qualquer forma de
discriminação por motivo de sexo, idade, religião, opinião política ou atuação sindical;
DA ESTABILIDADE E GARANTIAS DE EMPREGO
MEMBRO DE COMISSÃO DE REPRESENTANTES DOS
EMPREGADOS.
• IV - buscar soluções para os conflitos decorrentes da relação de trabalho, de forma rápida
e eficaz, visando à efetiva aplicação das normas legais e contratuais;
• V - assegurar tratamento justo e imparcial aos empregados, impedindo qualquer forma de
discriminação por motivo de sexo, idade, religião, opinião política ou atuação sindical;
• VI - encaminhar reivindicações específicas dos empregados de seu âmbito de
representação;
• VII - acompanhar o cumprimento das leis trabalhistas, previdenciárias e das convenções
coletivas e acordos coletivos de trabalho.
• §1º As decisões da comissão de representantes dos empregados serão sempre colegiadas,
observada a maioria simples.
• §2º A comissão organizará sua atuação de forma independente.
DA ESTABILIDADE E GARANTIAS DE EMPREGO
MEMBRO DE COMISSÃO DE REPRESENTANTES DOS
EMPREGADOS.

Art. 510-D, CLT. O mandato dos membros da comissão de representantes


dos empregados será de um ano. [...]
• §3º Desde o registro da candidatura até um ano após o fim do mandato, o
membro da comissão de representantes dos empregados não poderá sofrer
despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo
disciplinar, técnico, econômico ou financeiro.
DA ESTABILIDADE E GARANTIAS DE EMPREGO
MEMBRO DE COMISSÃO DE REPRESENTANTES DOS
EMPREGADOS.
QUANTIDADE

• + 200 até 3000_________________3 membros;


• + 3000 até 5000________________5 membros;
• + 5000________________________7 membros
DA ESTABILIDADE E GARANTIAS DE EMPREGO
APRENDIZ
Quais os deveres de um jovem aprendiz?
• Manter um bom desempenho e rendimento
escolar;
• Zelo no cumprimento das tarefas a ele
designadas pela empresa;
• Ser pontual em relação aos seus horários de
aprendizagem e de trabalho;
• Respeitar as regras da empresa à qual realiza
suas atividades;
DA ESTABILIDADE E GARANTIAS DE EMPREGO
APRENDIZ

Quais os deveres de um jovem aprendiz?

• Cumprir o acordado em seu contrato de


trabalho;
• Caso não tenha concluído o Ensino Médio,
é obrigatório estar matriculado e
frequentando a escola.
DA ESTABILIDADE E GARANTIAS DE EMPREGO
APRENDIZ

Quais os direitos de um jovem aprendiz?

•Ter a carteira de Trabalho assinada;


•Salário mínimo-hora;
•Jornada de trabalho reduzida
•Vale-transporte;
•Férias, de preferência durante o período de recesso escolar;
•13º salário e recolhimento de FGTS.
DA ESTABILIDADE E GARANTIAS DE EMPREGO
EXTINÇÃO DO CONTRATO DE APRENDIZ
O contrato de aprendizagem extingue-se:
- No seu termo final certo;
- Quando o aprendiz completar 24 (vinte e quatro) anos,
ressalvada a hipótese prevista no § 5º do art. 428 da CLT;
- Antecipadamente, na hipótese de desempenho insuficiente ou
Inadaptação do aprendiz;
- Falta disciplinar grave;
- Ausência injustificada à escola que implique perda do ano
letivo;
- A pedido do aprendiz.
DA ESTABILIDADE E GARANTIAS DE EMPREGO
EMPREGADO REABILITADO OU PORTADOR DE
NECESSIDADES ESPECIAIS

Art. 93 – (…) § 1o A dispensa de pessoa


com deficiência ou de beneficiário
reabilitado da Previdência Social ao final de
contrato por prazo determinado de mais de
90 (noventa) dias e a dispensa imotivada
em contrato por prazo indeterminado
somente poderão ocorrer após a
contratação de outro trabalhador com
deficiência ou beneficiário reabilitado da
Previdência Social...
DA ESTABILIDADE E GARANTIAS DE EMPREGO
EMPREGADO REABILITADO OU PORTADOR DE
NECESSIDADES ESPECIAIS
De acordo com o artigo 93 da Lei 8.213/1991, a empresa com
100 (cem) ou mais empregados deverá preencher de 2% a 5%
por cento dos seus cargos, com beneficiários reabilitados ou
pessoas portadoras de deficiência habilitadas, na seguinte
proporção:
• I – até 200 empregados 2%;
•II – de 201 a 500 empregados 3%;
•III – de 501 a 1.000 empregados 4%;
•IV – de 1.001 em diante 5%;
DA ESTABILIDADE E GARANTIAS DE EMPREGO
EMPREGADO PORTADOR DE DOENÇA GRAVE

São elas:
Alienação mental / Cardiopatia grave
Cegueira / HIV / Doença de Paget /
Radiação por medicina especializada /
Espondiloartrose anquilosante / Doença
de Parkinson / Paralisia incapacitante /
Nefropatias graves / Neoplasia Maligna /
Hepatopatia grave / Esclerose Múltipla /
Hanseníase / Tuberculose ativa
DA ESTABILIDADE E GARANTIAS DE
EMPREGO
EFEITOS JURÍDICOS DA DISPENSA IRREGULAR
Demissão arbitrária = ato nulo
Status quo ante impossível = indenização compensatória ao
obreiro (é devida simples e corresponde aos salários e demais
direitos do período estabilitário)
Art. 496 - CLT. Quando a reintegração do empregado estável for
desaconselhável, dado o grau de incompatibilidade resultante do dissídio,
especialmente quando for o empregador pessoa física, o tribunal do trabalho
poderá converter aquela obrigação em indenização devida nos termos do
artigo seguinte.
DA ESTABILIDADE E GARANTIAS DE
EMPREGO
EFEITOS JURÍDICOS DA DISPENSA IRREGULAR
Inviabilidade da reintegração, possibilidades:
_o período de estabilidade provisória já se encontra esgotado ao tempo
da sentença;
_extinção da empresa ou do estabelecimento;
_hipóteses em que a reintegração seja desaconselhável, a critério do juiz
(art. 496 da CLT);
_no caso da empregada doméstica, se o empregador não concordar com
a reintegração, visto que a casa é asilo inviolável do indivíduo (art. 5º,
XI, CRFB/88).
DA ESTABILIDADE E GARANTIAS DE
EMPREGO
PRAZO PARA AJUIZAR AÇÃO EM FACE DE
DISPENSA ARBITRÁRIA
TST - OJ-SDI1-399. Estabilidade provisória. Ação trabalhista
ajuizada após o término do período de garantia no emprego.
Abuso do exercício do direito de ação. Não configuração.
Indenização devida (DEJT divulgado em 02, 03 e 04.08.2010).
Indenização devida desde a dispensa até a data do término do
período estabilitário.
DA ESTABILIDADE E GARANTIAS DE
EMPREGO
EXTINÇÃO DA ESTABILIDADE
Decurso do prazo / morte do empregado / pedido de demissão /
extinção da empresa ou do estabelecimento / morte do
empregador pessoa física / dispensa por justa causa / extinção
do contrato por culpa recíproca / hipóteses previstas no art. 165
da CLT, ou em outros dispositivos legais (ex.: casos de dispensa
do aprendiz).

Renuncia-se a estabilidade?
DO AVISO PRÉVIO E DA ESTABILIDADE E
GARANTIAS DE EMPREGO

FIM.
Obrigad@!
REFERÊNCIAS
RESENDE, Ricardo. Direito do Trabalho. – 8. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO 2020.

Você também pode gostar