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ESTABILIDADES PROVISÓRIAS - Considerações

Matéria elaborada com base na legislação vigente: 31/07/2009.

Sumário:

1 - Introdução
2 - Acidente de Trabalho
2.1 - Acidente de Trabalho no Contrato por Prazo Determinado
2.2 - Interrupção ou Suspensão no Contrato por Prazo Determinado
2.3 - Aposentado Previdenciário que sofre Acidente de Trabalho
3 - Dirigente Sindical
4 - Diretor de Sociedades Cooperativas
5 - Gestante
5.1 - Gestante no Contrato por Prazo Determinado
6 - Membro da CIPA
6.1 - Suplente da CIPA
7 - Membros do Conselho Curador do FGTS
8 - Membros do Conselho Nacional de Previdência Social
9 - Representantes dos Empregados na Comissão de Conciliação Prévia
10 - Decenal
11 - Serviço Militar Obrigatório
12 - Instrumento Coletivo de Trabalho
13 - Discriminação
14 - Pedido de Demissão do Empregado em Condição Estável
15 - Do Aviso Prévio em Curso na Conquista da Estabilidade Provisória
16 - Da Possibilidade de Renúncia da Estabilidade de Emprego
17 - Fundamentação Legal

1 - INTRODUÇÃO

A estabilidade provisória representa uma conquista adquirida pelo trabalhador, ao


longo do tempo, sendo o direito deste, em permanecer no emprego, após
acontecimentos que venham por em situação de fragilidade sua relação no
emprego. Impossibilitando o empregador, de dispensar sem justo motivo, o
trabalhador em condição estável.

Vamos verificar neste artigo, algumas hipóteses de estabilidade provisória no


emprego.

2 - ACIDENTE DE TRABALHO

Considera-se acidente de trabalho o ocorrido durante o exercício da atividade


profissional, pelo desenvolvimento de doença profissional ou por acidente de
trajeto.

O empregado, exceto o doméstico, o trabalhador avulso e o segurado especial, se


virem a sofrer acidente de trabalho terão garantia de emprego de 12 (doze) meses
após o término do beneficio de auxílio-doença acidentário.

O beneficio de auxílio-doença acidentário inicia a partir do 16º (décimo sexto) dia


de incapacidade ao trabalho, pois cabe ao empregador, remunerar os 15 (quinze)
primeiros dias de atestado.

Para a concessão do beneficio de auxílio-doença acidentário não será exigido


carência, basta que, o acidentado esteja na condição de segurado previdenciário no
momento que ocorrer o acidente.

Ressaltamos que o período estável inicia-se após o retorno do beneficio


previdenciário, assim, quando a incapacidade laboral for inferior a 15 (quinze) dias,
não há o que se falar em estabilidade provisória.

2.1 - Acidente de Trabalho no Contrato por Prazo Determinado

O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácito ou expresso, verbal ou


por escrito, e ainda, por prazo determinado ou indeterminado.

Pode a empresa firmar contrato de trabalho individual por prazo determinado, cuja
vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou
ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada,
como a contratação de um trabalhador para determinado projeto, período sazonal,
ou a substituição de funcionário licenciado.

Observando que o contrato por prazo determinado só será válido em se tratando:

a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do


prazo;

b) de atividades empresariais de caráter transitório;

c) de contrato de experiência de até 90 (noventa) dias.

O contrato de trabalho por prazo determinado não poderá ser estipulado por mais
de 2 (dois) anos, podendo ocorrer uma prorrogação durante este período.

O contrato de experiência tem como objetivo propiciar a liberdade ao empregador


em avaliar o desempenho do profissional do empregado, terminando o respectivo
contrato no prazo, caso o mesmo não se adapte as condições de trabalho
implantadas por ele.

Assim quanto à estabilidade provisória, observa-se que ao empregado que sofrer


acidente de trabalho verifica-se que a mesma não se justifica, posto que, o
trabalhador encontra-se sob um contrato por prazo determinado, que tem uma
data pré-fixada para a sua terminação (Art. 443, § 2º, alínea "c", da CLT).

2.2 - Interrupção ou Suspensão no Contrato por Prazo Determinado

Existe uma polêmica no meio doutrinário e jurisprudencial se a partir do 16º dia de


afastamento, que é quando se inicia a concessão do auxílio-doença acidentário, se
este contrato por prazo determinado, inclusive o de experiência, teria efeito de
suspensão contratual ou de mera interrupção.

Algumas decisões sustentam que ocorre a suspensão do contrato de trabalho, posto


que, nesse período, a empresa não tem obrigação de pagar salários, o empregado
é considerado em licença. Assim, durante a suspensão o empregador não pode
dispensar o empregado e quando o mesmo retornar do benefício cumpre com os
dias que ficaram faltando. (TRT - 12ª R - RO 08934-2005-035-12-00-0).

Todavia, alguns juristas defendem que o afastamento do trabalhador em auxílio-


doença por acidente de trabalho é mera interrupção, posto que, o empregador tem
obrigação de fazer o depósito do FGTS e o tempo é computado como serviço
efetivo, podendo, dessa forma, a empresa fazer o término do contrato de
experiência no prazo certo. (TRT - 12ª R - RO 02501-2005-032-12-00-2).

Asseveramos, contudo, que prevê o § 2º do art. 472 da CLT que nos contratos por
prazo determinado (incluindo o de experiência), o tempo de afastamento, se assim
acordarem as partes interessadas, não será computado na contagem do prazo para
a respectiva terminação.

Ante o exposto, a questão da aplicação da suspensão ou de interrupção contratual


pode ser resolvida através do contrato de trabalho. Porém, se o mesmo não trata
sobre o assunto, caberá a empresa ponderar e deliberar pela aplicação da regra da
suspensão do contrato ou da interrupção do mesmo.

2.3 - Aposentado Previdenciário que sofre Acidente de Trabalho

A Previdência Social proíbe expressamente o acumulo de benefícios por ela


concedidos, salvo no caso de direito adquirido, não será permitido o recebimento
conjunto dos seguintes benefícios:

I - aposentadoria e auxílio-doença;

II - mais de uma aposentadoria;

III - aposentadoria e abono de permanência em serviço;

IV - salário-maternidade e auxílio-doença;

V - mais de um auxílio-acidente;

VI - mais de uma pensão deixada por cônjuge ou companheiro, ressalvado o direito


de opção pela mais vantajosa.

É vedado o recebimento conjunto do seguro-desemprego com qualquer benefício de


prestação continuada da Previdência Social, exceto pensão por morte ou auxílio-
acidente.

Contudo, em se tratando do empregado aposentado previdenciário, o fato do


mesmo não fazer jus ao benefício de auxílio-doença acidentário não retira do
mesmo o direito a estabilidade provisória e ao recebimento do FGTS, é o que tem
decido os Tribunais do Trabalho.

3 - DIRIGENTE SINDICAL

O empregado que venha se candidatar para cargo sindical, sendo este, de dirigente
ou representação sindical ou de associação profissional, ainda que em cargo de
suplente, terá estabilidade provisória a partir da candidatura, e se eleito, até 01
(hum) ano após o termino do mandato, salvo se cometer falta grave devidamente
comprovada nos termos da lei.

Observa-se que, é considerado cargo de direção ou de representação sindical


aquele cujo exercício ou indicação decorre de eleição prevista em lei.

É de responsabilidade da entidade sindical ou associação profissional, informar em


até 24 (vinte e quatro) horas, a empresa sobre a candidatura de seu empregado
para o cargo referido.

Nesse sentido o TST se pronuncia por meio da Súmula nº 369, abaixo reproduzida:
Nº 369 – Dirigente Sindical. Estabilidade Provisória (conversão das
Orientações Jurisprudenciais nºs 34, 35, 86, 145 e 266 da SDI-ISDI-1) –
Res. 129/2005 – DJ 20.04.2005

I - É indispensável à comunicação, pela entidade sindical, ao empregador, na forma


do § 5º do art. 543 da CLT. (ex-OJ nº 34 - Inserida em 29.04.1994)

II - O art. 522 da CLT, que limita a sete o número de dirigentes sindicais, foi
recepcionado pela Constituição Federal de 1988. (ex-OJ nº 266 - Inserida em
27.09.2002)

III - O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de


estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do
sindicato para o qual foi eleito dirigente. (ex-OJ nº 145 - Inserida em 27.11.1998)

IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do


sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade. (ex-OJ nº 86 - Inserida em
28.04.1997)

V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o


período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade,
visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do
Trabalho. (ex-OJ nº 35 - Inserida em 14.03.1994).

4 - DIRETOR DE SOCIEDADES COOPERATIVAS

Os empregados de empresas que foram eleitos para a diretoria de sociedade


cooperativa pelos mesmos criadas, gozam de estabilidade provisória da mesma
forma que os dirigentes sindicais.

A Lei nº 5764, de 1971, em seu art. 55, define a política nacional de


cooperativismo e dá outras providências.

5 - GESTANTE

A empregada gestante, inclusive a doméstica, tem garantia de emprego e salário,


desde a confirmação da gravidez até 05 (cinco) meses após o parto.

Entende-se por confirmação de gravidez, a data da comprovação da concepção do


estado gravídico.

A falta de conhecimento do empregador, do estado de gravidez da empregada


dispensada sem justo motivo, não sobrepõe o direito de estabilidade provisória
desta adquirido, podendo ocorrer à reintegração ao emprego ou até mesmo a
indenização deste período, conforme determinação judicial.

Nesse sentido o TST se pronuncia por meio da Súmula nº 244, abaixo reproduzida:

244 - Gestante. Estabilidade Provisória - Nova redação (Incorporadas as


Orientações Jurisprudenciais nºs 88 e 196 da SBDI-1) (Nova redação dada
pela Resolução/TST 129/2005 - DJU 20.04.2005)

I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao


pagamento da indenização decorrente da estabilidade. (Art. 10, II, "b" do ADCT).
(ex-OJ nº 88 - DJ 16.04.2004)

II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der


durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários
e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade. (ex-Súmula nº 244 -
Res. 121/2003, DJU 21.11.2003)

III - Não há direito da empregada gestante à estabilidade provisória na hipótese de


admissão mediante contrato de experiência, visto que a extinção da relação de
emprego, em face do término do prazo, não constitui dispensa arbitrária ou sem
justa causa. (ex-OJ nº 196 - Inserida em 08.11.2000).

5.1 - Gestante no contrato Por Prazo Determinado

Conforme comentários anteriores nesta matéria, o contrato por prazo determinado,


incluso o contrato de experiência, tem finalidade especifica para existir, e é de
consentimento das partes, que tem data prevista para se extinguir.

Assim, a condição de gestante não garante a estabilidade mencionada quando da


adoção de um contrato por prazo determinado, inclusive de experiência, em face a
sua forma de extinção, conforme parte III da Súmula nº 244 do TST, anteriormente
reproduzida.

6 - MEMBRO DA CIPA

O empregado eleito para o cargo de direção de Comissões Internas de Prevenção


de Acidentes - CIPA tem garantia de emprego contra a dispensa arbitrária ou sem
justa causa, deste o registro de sua candidatura até 01 (hum) ano após o final de
seu mandato.

A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA tem a finalidade de garantir


aos empregados condições seguras e locais adequados para o exercício de suas
atividades, para tanto, se faz necessário representantes dos empregados e do
empregador.

O direito de estabilidade provisória aos dirigentes e suplentes da CIPA, sendo eles


eleitos pelos demais empregados, tem por finalidade garantir o exercício de
atribuições ao cargo, protegendo estes de sofrer represálias ou inibições.

Observa-se que, o mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de 1 (um)
ano, permitida uma reeleição.

Os representantes dos empregados na CIPA, não podem ser dispensados sem justa
causa ou arbitrariamente, exceto se por motivo disciplinar, técnico, econômico ou
financeiro.

Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador, em caso de reclamação à Justiça do


Trabalho, comprovar a existência de qualquer dos motivos mencionados, sob pena
de ser condenado a reintegrar o empregado.

Não existindo estabilidade provisória, ao dirigente ou suplente da CIPA, eleito pelos


empregados que vier a solicitar exoneração do cargo.

6.1 - Suplente da CIPA

A Justiça do Trabalho tem entendido que a estabilidade provisória, concedida ao


representante da CIPA se estende também ao suplente da CIPA.

Conforme Súmula nº 339 do Tribunal Superior do Trabalho, reproduzida abaixo:

339 - CIPA. SUPLENTE. GARANTIA DE EMPREGO. CF/1988. (Incorporadas


as Orientações Jurisprudenciais nos 25 e 329 da SBDI-1). Nova redação
dada pela Resolução/TST 129/2005 - DJU 20.04.2005.

I - O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, II, "a", do
ADCT a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988. (ex-Súmula nº 339
- Res. 39/1994, DJ 20.12.1994 e ex-OJ nº 25 - Inserida em 29.03.1996)

II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas


garantia para as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser
quando em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a
despedida arbitrária, sendo impossível a reintegração e indevida a indenização do
período estabilitário. (ex-OJ nº 329 - DJ 09.12.2003).

O Supremo Tribunal Federal (STF), sobre o tema, profere:

Garantia de emprego - Integrante de comissão interna de prevenção de acidente -


Suplente. O preceito da alínea “a” do inciso II do artigo 10 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias, da Carta de 1988, encerra garantia de emprego
considerando o cargo de direção de comissões internas de prevenção de acidente,
sem distinguir as figuras do titular e do suplente, mesmo porque este é comumente
chamado a atuar em substituição ao titular, podendo, assim, arrostar interesses do
empregador.” (Acórdão unânime da 2º Turma do STF – AgRg em Ag 191, 864-1-SP
– Rel. Min. Marco Aurelio – DJU 14.11,1997, p 58, 772).

7 - MEMBROS DO CONSELHO CURADOR DO FGTS

Aos membros do Conselho Curador do FGTS, na posição de representação dos


trabalhadores, sendo efetivos ou suplentes, estão amparados por estabilidade
provisória desde a nomeação até 01 (hum) ano após o termino do mandato.

Somente poderão ser demitidos por falta grave, regularmente comprovada em


processo judicial.

8 - MEMBROS DO CONSELHO NACIONAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL

Aos membros do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS), na posição de


representação dos trabalhadores, sendo titulares e suplentes, estão amparados por
estabilidade provisória deste a data da nomeação até 01 (hum) ano após o termino
do mandato, conforme determina a Lei nº 8036, de 1990.

Como no caso dos membros do Conselho Curador do FGTS, somente poderão ser
demitidos por falta grave, regularmente comprovada em processo judicial.

9 - REPRESENTANTES DOS EMPREGADOS NA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA

Veda-se a dispensa dos representantes dos empregados, membros da Comissão de


Conciliação Prévia, titulares e suplentes, até 01 (hum) ano após o final do mandato,
salvo se cometerem falta grave, apurada nos termos da lei.
Ressalta-se que, o mandato tem duração de 01 (hum) ano, sendo permitida uma
recondução.

10 - DECENAL

A legislação trabalhista garante estabilidade de emprego aos empregados admitidos


como não optantes pelo regime do FGTS, anteriormente a Constituição Federal de
1988, desde que tenham completado 10 (dez) anos ou mais de atividades na
mesma empresa em 05/10/1988.

11 - SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO

O empregado uma vez incorporado ou matriculado em órgão de formação de


Reserva e forçado a abandonar o emprego, terá assegurado o seu retorno ao
emprego, logo, o empregado terá garantido seu emprego desde sua incorporação
ou matrícula no Serviço Militar, até 30 (trinta) dias contados do término da
prestação do serviço militar.

Corroborando esse entendimento temos o Precedente Normativo do TST nº 80,


publicado no DJU de 08/09/1992, que estabelece: Garante-se o emprego do
alistando, desde a data da incorporação no serviço militar até 30 (trinta) dias após
a baixa.

Logo, o empregado goza de estabilidade no emprego da data da incorporação até


30 (trinta) dias após a baixa do serviço militar.

12 - INSTRUMENTO COLETIVO DE TRABALHO

Algumas Convenções Coletivas de Trabalho ou Acordos Coletivos estendem o


período de estabilidade provisória previstos em Lei, devendo verificar-se de
condição mais benéfica imposta por entidade de representação sindical.

Pode ainda ocorrer garantia de estabilidade após retorno de férias ou auxílio-


doença, ou diversas situações, se o instrumento coletivo da entidade sindical
representativa da categoria, assim determinar.

13 - DISCRIMINAÇÃO

É proibida a dispensa sem justo motivo do trabalhador, por motivo discriminatório


de sexo, origem, raça, cor, estado civil, situação familiar ou idade. Exceto para o
cumprimento da proteção ao menor de 18 (dezoito) anos e maior de 16 (dezesseis)
anos, ao qual não é permitido o exercício de atividades em locais que prejudiquem
seu desenvolvimento psíquico, físico e moral.

Sendo permitida a contratação do maior de 14 (quatorze) anos, na condição de


aprendiz.

14 - PEDIDO DE DEMISSÃO DO EMPREGADO EM CONDIÇÃO ESTÁVEL

O direito da estabilidade provisória visa à vantagem pessoal, para aqueles que


exercem cargo de dirigentes (cipeiro ou representante sindical) ou segurança, para
aqueles por motivo físico ou biológico (acidentado ou gestante) necessitam de a
garantia da manutenção do emprego.

Não permitindo que o empregador venha a perseguir ou inibir o trabalhador,


impossibilitando a dispensa arbitraria ou sem justo motivo desses trabalhadores.

No entanto, a legislação não impede que o empregado em condição estável, venha


a solicitar seu desligamento ao empregador, desde que, não o faça por coação.

15 - AVISO PRÉVIO EM CURSO NA CONQUISTA DA ESTABILIDADE PROVISÓRIA

Existindo de qualquer parte a intenção de romper com o contrato individual de


trabalho, deverá a parte interessada, pré avisar à outra num período de
antecedência de 30 (trinta) dias, a sua intenção, ou indenizar no Termo Rescisório
do Contrato de Trabalho - TRCT.

O aviso prévio tem apenas a intenção de pré-avisar a outrem, que não mais se tem
a intenção de dar continuidade a relação de trabalho, porém, o contrato de trabalho
neste período flui normalmente.

Quando a comunicação do aviso prévio se dá por parte do empregador, e no curso


do cumprimento deste, o empregado se acidenta por motivo de trabalho, ou no
caso de mulher engravida, automaticamente a comunicação que anteriormente fora
dada perde sua validade.

No entanto, se o empregado que sofrer a dispensa, durante o cumprimento do


aviso prévio se candidatar a cargo da CIPA ou Sindical, com a intenção de se
manter no empregado, é invalida sua tentativa, pois prevalece a comunicação
realizada antes da condição da candidatura.

16 - POSSIBILIDADE DE RENÚNCIA DA ESTABILIDADE DE EMPREGO

Quando a estabilidade é conquistada por vantagem pessoal, ou seja, tem como


intenção proporcionar ao trabalhador condições para o efetivo exercício da função
conquistada, como por exemplos dos cipeiros ou dirigentes sindicais, os quais, se
não protegidos por lei, ficariam em situação de sujeição ao empregador, o que
inibiria o desempenho da função destes.

A candidatura ao cargo que garanta estabilidade se dá por vontade própria, desta


forma, a qualquer momento, até mesmo durante o mandato, poderá pedir
exoneração ao cargo.

Assim, quando a garantia de emprego se encontra atrelada à atividade exercida,


deixando de haver o exercício da função, perde-se automaticamente a estabilidade
provisória.

Ressaltamos que, este entendimento não se aplica quando se tratar de estabilidade


conquistada por motivo físico ou biológico (acidente ou gestação).

17 - FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

* Art. 7º da Constituição Federal de 1988;


* Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-lei nº 5452, de
1943;
* Lei nº 5764, de 1971;
* Lei nº 8036, de 1990;
* Lei nº 8213, de 1991;
* Decreto nº 3048, de 1999.

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