Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
empregado, de acordo com a legislação trabalhista. A regra geral estabelece que alterações nas
cláusulas contratuais que prejudiquem o empregado são nulas, a menos que haja
consentimento mútuo. No entanto, existem exceções para transferências de empregados, desde
que sejam cumpridos determinados requisitos e seja pago um adicional de transferência.
No final, o texto destaca que, após o prazo máximo de suspensão, o empregado aposentado por
invalidez passa por um exame médico. Se a condição de invalidez for confirmada, o benefício se
torna definitivo e o contrato de trabalho é encerrado. Se o empregado recuperar a capacidade
de trabalho, a aposentadoria é cancelada, garantindo-se o direito de retorno à função ocupada
anteriormente. No entanto, o empregador tem o direito de rescindir o contrato de trabalho,
respeitando as leis trabalhistas. Se houver possibilidade de recuperação do empregado, a
aposentadoria permanece como provisória, mantendo-se a suspensão do contrato de trabalho.
Caso a aposentadoria por invalidez seja cancelada, mesmo após os cinco anos de suspensão, o
trabalhador tem o direito de retornar ao emprego, mas o empregador pode optar por indenizá-
lo de acordo com a lei. Se o empregado possuir estabilidade no emprego, a indenização deve
ser paga em dobro.
Greve: A lei permite a negociação das relações trabalhistas por meio de acordos, convenções,
laudos arbitrais ou decisões da Justiça do Trabalho. Em caso de greve em atividades não
essenciais, é necessário um acordo com o sindicato patronal ou diretamente com o empregador
para manter serviços indispensáveis que possam causar prejuízo irreparável.
Cargo Eletivo: Nas empresas estatais, é possível que empregados façam parte da diretoria por
meio de eleições, representando os trabalhadores. No caso de empresas privadas, é importante
tomar cuidado para que diretores não empregados não se sujeitem à subordinação que
caracterize um contrato de trabalho. A jurisprudência estabelece que, se um empregado é eleito
diretor, seu contrato de trabalho é suspenso, exceto se permanecer a subordinação jurídica.
O mandato sindical é garantido pela Constituição Federal de 1988 e confere aos sindicatos a
responsabilidade de representar e falar em nome de uma categoria econômica ou profissional.
Durante o mandato sindical, o contrato de emprego do trabalhador é suspenso. A suspensão
disciplinar não remunerada é uma penalidade aplicada pelo empregador quando o empregado
não cumpre as obrigações do contrato de trabalho. Essa suspensão não pode exceder 30 dias
consecutivos, pois resultaria na rescisão injusta do contrato de trabalho. Além disso, o
empregador pode suspender o contrato de trabalho por um período de dois a cinco meses para
permitir a participação do empregado em cursos ou programas de qualificação profissional,
desde que haja previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho e o empregado concorde
por escrito. Durante a suspensão, o empregado não recebe remuneração, mas pode receber
uma ajuda compensatória mensal do empregador. Se o empregador dispensar o empregado
durante a suspensão ou nos três meses seguintes ao seu retorno, deverá pagar multa além das
indenizações previstas em lei. Se o curso ou programa de qualificação profissional não for
ministrado ou se o empregado continuar trabalhando para o empregador durante a suspensão,
a suspensão é invalidada e o empregador deve pagar os salários e encargos sociais do período.
Este texto aborda as causas interruptivas do contrato de trabalho, incluindo as férias, o aviso
prévio não trabalhado, a licença-maternidade, o afastamento por motivo de doença ou acidente
de trabalho, o repouso remunerado e feriados, e as ausências previstas no artigo 473 da CLT.
Férias: São períodos de descanso remunerado em que o trabalhador suspende suas atividades,
mantendo salário, contagem de tempo de serviço e depósitos do FGTS.
Aviso prévio não trabalhado: Durante o aviso prévio, o empregado tem direito a uma redução
na jornada de trabalho ou a se ausentar para procurar novo emprego, sendo considerada uma
interrupção do contrato de trabalho.
Afastamento por motivo de doença ou acidente de trabalho: Nos primeiros quinze dias de
afastamento, o empregador paga o salário, considerando uma interrupção do contrato de
trabalho. Após esse período, o encargo é transferido para o órgão previdenciário, configurando
uma suspensão do pacto laboral.
Artigo 473 da CLT: O empregado tem direito a deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do
salário em casos como falecimento de cônjuge, casamento, nascimento de filho, doação de
sangue, alistamento eleitoral, serviço militar, provas de exame vestibular, comparecimento a
juízo, participação em reuniões internacionais, acompanhamento da esposa em consultas
médicas durante a gravidez, acompanhamento de filho em consulta médica e realização de
exames preventivos de câncer.
Casamento: O empregado pode faltar ao trabalho por até três dias consecutivos em virtude de
seu casamento.
Falecimento do cônjuge: O empregado pode deixar de comparecer ao trabalho por até dois dias
consecutivos em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa
sob sua dependência econômica, comprovada na carteira de trabalho.
Doação de sangue: O empregado tem direito a um dia de ausência a cada doze meses para
doação de sangue voluntária, desde que devidamente comprovada.
Diversos juristas oferecem definições do salário. Amauri Mascaro Nascimento o define como o
conjunto de parcelas contraprestativas pagas pelo empregador ao empregado em decorrência
da relação de emprego. Fábio Leopoldo de Oliveira descreve o salário como um conjunto de
valores canalizados compulsoriamente para instituições de segurança social, através de
contribuições pagas pelas empresas ou pelo Estado, que têm como destino final o patrimônio
do empregado.
Há diferentes denominações para o salário, como o salário mínimo, que é o menor salário que
pode ser pago a um trabalhador no país, atendendo às necessidades básicas de saúde,
educação, moradia, lazer, transporte e previdência social. O salário profissional é adotado por
uma profissão específica e representa o parâmetro mais baixo que pode ser pago a um
empregado dessa profissão. O salário normativo é o mais baixo que pode ser pago a um
empregado em uma determinada categoria profissional. Já o salário isonômico corresponde ao
salário devido ao empregado que possui equiparação salarial em relação a outro colega de
trabalho.
A gorjeta, por sua vez, foi regulamentada pela lei 13.419/17, conhecida como "lei da gorjeta".
No entanto, a reforma trabalhista revogou as disposições dessa lei, deixando a gratificação sem
amparo legal. Posteriormente, a MP 808 foi aprovada para recolocar na CLT as regras
anteriormente estabelecidas pela lei da gorjeta. Agora, as gorjetas passam a integrar o salário
do trabalhador, sendo obrigatório que o empregador anote na carteira de trabalho o salário fixo
acrescido da média das gorjetas dos últimos 12 meses. A distribuição e rateio das gorjetas
devem seguir critérios estabelecidos em convenção ou acordo coletivo. Em caso de atraso no
pagamento das gorjetas, o empregador deve pagar uma multa em favor do empregado. A MP
808 não se converteu em lei definitivamente e perdeu sua validade.
conceito e distinções
A literatura jurídica costuma ensinar que a expressão
Não é por outra razão que o artigo 457 da CLT define remuneração:
§1
§2
2017)
de 2017)
§4
de 28.2.1967)
§ 1º Os valôres atribuídos às prestações "in natura"
§2
nº 10.243, de 19.6.2001)
19.6.2001)
19.6.2001)
2012)
a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte por cento) do saláriocontratual. (Incluído pela Lei
nº 8.860, de 24.3.1994)
§5
do previsto na alínea q do § 9
o do art. 28 da Lei n
o 8.212, de 24 de julho de
execução destes
higiene e transporte”.
.Por seu turno, os salários igualmente comportam distinção porque há uma diversidade deles,
assim o salário mínimo, o salário-base, o piso salarial, o salário profissional, o salário normativo,
o
salário bruto e o salário líquido.
Entende-se por piso salarial a menor contraprestação paga pelo exercício de uma jornada
que pertencem empregados e patrões, o piso salarial acaba definido em sentença normativa
período mensal.
(descontos no salário)
Irredutibilidade salarial
A garantia do trabalhador de não ver o seu salário reduzido pelo
(...)
acordo coletivo;
(...)
referindo-se ao valor nominal, numérico, e não ao valor real do salário, aquele que reconstitui o
CLT, combinado com art. 7º, VI, CF/88). Interpreta-se ainda hoje, portanto, que a regra
não assegura percepção ao salário real pelo obreiro ao longo do contrato. Tal regra
valor do salário.
De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o salário é composto pelo valor fixo
estipulado, gratificações legais e comissões pagas pelo empregador. Por outro lado, certas
vantagens habituais, como ajuda de custo, auxílio-alimentação, diárias para viagem, prêmios e
abonos, não são consideradas salário e não incidem encargos trabalhistas e previdenciários.
Existem várias distinções dentro do conceito de salário, como salário mínimo, salário-base, piso
salarial, salário profissional, salário normativo, salário bruto e salário líquido.
O piso salarial é o valor mínimo pago a um trabalhador dentro de uma determinada categoria
profissional, estabelecido em acordo ou convenção coletiva de trabalho. Caso não haja acordo,
o piso salarial pode ser definido por meio de uma sentença normativa em um processo de
dissídio coletivo.
A Súmula nº 367 do TST estabelece que a habitação, energia elétrica e veículo fornecidos pelo
empregador ao empregado, quando essenciais para a realização do trabalho, não têm natureza
salarial. Da mesma forma, o cigarro não é considerado salário utilidade devido aos seus efeitos
prejudiciais à saúde.
É importante destacar que a alimentação, apesar de ter natureza salarial, não deve ser
confundida com o auxílio-alimentação, que não possui natureza salarial e não pode ser pago em
dinheiro, de acordo com a reforma trabalhista.
Além disso, existem outras utilidades que não possuem natureza salarial, como vestuários,
equipamentos e acessórios fornecidos aos empregados no local de trabalho, educação em
estabelecimentos de ensino, transporte para o trabalho, assistência médica, seguro de vida,
previdência privada, entre outros, conforme estabelecido no artigo 458, § 2º da CLT.
A reforma trabalhista introduziu o artigo 75-D, que trata do teletrabalho e estabelece que as
utilidades mencionadas no artigo 458 não integram a remuneração do empregado.
Antes da reforma trabalhista, o artigo 457 da CLT estabelecia que o salário incluía a importância
fixa estipulada, comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos
pagos pelo empregador. Após a reforma, o mesmo artigo passou a incluir a importância fixa
estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas pelo empregador.
Portanto, não integram o salário as ajudas de custo, auxílio-alimentação (exceto quando pago
em dinheiro), diárias para viagem, prêmios e abonos.
Existem algumas categorias profissionais que possuem jornadas especiais de trabalho devido a
regulamentações específicas. Por exemplo, os bancários têm jornada de seis horas diárias ou 30
horas semanais, os jornalistas têm jornada de cinco horas diárias ou 30 horas semanais, os
médicos têm jornada de quatro horas diárias, os aeronautas podem ter jornadas de até 20
horas devido às peculiaridades da atividade, os radiologistas têm jornada de 24 horas semanais
e os advogados têm jornada de quatro horas diárias ou 20 horas semanais.
No caso dos bancários, a jornada de trabalho é regida pelos artigos 224, 2º parágrafo, e 62 da
CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Os bancários geralmente trabalham seis horas diárias
(30 horas semanais), com direito a um intervalo de 15 minutos nos dias úteis. No entanto,
existem cargos de confiança e de gestão que têm jornadas diferenciadas. Os exercentes de
cargo de confiança têm jornada de oito horas diárias, com direito a uma gratificação de pelo
menos um terço do salário. Já os exercentes de cargo de gestão, como diretores e gerentes, não
têm limitação de jornada e não têm direito a horas extras.
É importante ressaltar que a legislação trabalhista passou por algumas alterações recentes,
como a Medida Provisória 905/2019, que impactou a jornada de trabalho dos bancários. A MP
restringiu a jornada de seis horas diárias apenas para os bancários que atuam exclusivamente
no caixa, permitindo que eles possam acordar uma jornada de até oito horas diárias. Além
disso, os cargos técnicos e administrativos que antes tinham jornada especial de seis horas
diárias foram movidos para a jornada de oito horas diárias, com a possibilidade de trabalho aos
sábados. Os ocupantes de cargos de gestão, por sua vez, estão excluídos dos limites da jornada
bancária e não têm controle de horário.
Essas são algumas informações sobre a duração do trabalho e jornada de trabalho, destacando-
se as peculiaridades relacionadas aos bancários. É importante consultar a legislação e.
Os bancários possuem uma jornada de trabalho especial de 6 horas diárias (30 horas semanais)
com intervalo de 15 minutos. No entanto, a Medida Provisória 905/2019 alterou a jornada de
trabalho dos bancários, permitindo que a jornada especial de 6 horas diárias se aplique apenas
aos caixas, com a possibilidade de pactuar uma jornada de até 8 horas diárias por meio de
acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. Os demais
ocupantes de funções bancárias, que antes estavam sujeitos à jornada especial de 6 horas
diárias, foram movidos para a regra geral de 8 horas diárias, com intervalo intrajornada de 1 a 2
horas e a possibilidade de trabalho aos sábados, limitado a 40 horas semanais.
Para os bancários que exercem cargos de confiança, como diretores, gerentes gerais de agência
e chefes de departamento, não há controle de jornada e não se aplicam as limitações da
jornada bancária. Esses empregados têm remuneração diferenciada e maior autonomia e poder
de decisão.
É importante ressaltar que a jornada de trabalho dos bancários sofreu alterações significativas
com a edição da Medida Provisória 905/2019, que promoveu ajustes na legislação trabalhista
relacionada ao setor bancário devido às mudanças tecnológicas e transformações do mercado
de trabalho. Portanto, é necessário consultar a legislação atualizada e os acordos coletivos de
trabalho para obter informações precisas sobre a jornada de trabalho dos bancários.
Caso o empregador não conceda a redução de jornada dentro do prazo do banco de horas, as
horas não compensadas devem ser pagas como horas extras, com acréscimo de 50% sobre o
valor da hora normal de trabalho. No fim do prazo máximo, encerra-se o banco de horas, e
qualquer saldo positivo é pago em dinheiro, enquanto o próximo banco de horas não começa
com saldo negativo.
Além do banco de horas, existe o regime de compensação, em que o empregado trabalha mais
em alguns dias para obter a redução proporcional da jornada em outros. A compensação pode
ser semanal ou mensal, e as horas trabalhadas além da jornada diária não são consideradas
horas extras.
No trabalho em regime de tempo parcial, a duração não pode exceder 25 horas semanais, e o
salário é proporcional à jornada em relação aos empregados em tempo integral. A jornada
noturna é aquela realizada entre 22:00 e 5:00, sendo que a hora noturna é computada como 52
minutos e 30 segundos.
O sobreaviso ocorre quando o empregado, mesmo fora do local de trabalho, fica à disposição
para ser chamado a qualquer momento. A remuneração nesse período deve ser, no mínimo, um
terço do período normal de trabalho.
O intervalo intrajornada é o período destinado ao repouso e à alimentação e não é computado
na jornada de trabalho. Para jornadas superiores a seis horas, o intervalo mínimo é de uma
hora, podendo ser reduzido para 30 minutos mediante acordo ou convenção coletiva.
O intervalo interjornada é o descanso mínimo de onze horas entre duas jornadas de trabalho.
Essas são algumas das informações abordadas no texto sobre compensação de horário, banco
de horas, trabalho em regime de tempo parcial, trabalho noturno, sobreaviso e intervalos
obrigatórios.
A legislação trabalhista prevê que todo empregado tem direito a 24 horas consecutivas de
descanso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos. No entanto, quando o
empregado trabalha em domingos ou feriados, ele deve receber uma folga compensatória em
qualquer outro dia da mesma semana.
Quanto ao pagamento desses dias trabalhados em domingos e feriados, se for concedida a folga
compensatória durante a semana, eles serão considerados como dias normais e não haverá
pagamento em dobro. No entanto, se a folga não for concedida, o empregado deverá receber o
pagamento desses dias em dobro.
A folga compensatória durante a semana é uma prática comum nos setores autorizados a
trabalhar em domingos e feriados. O empregador deve garantir que o empregado desfrute das
24 horas consecutivas de descanso remunerado em um dia alternativo dentro da mesma
semana.
Quanto à concessão dos domingos de folga, a legislação estabelece que nos serviços que
exigem trabalho aos domingos, deve ser estabelecida uma escala de revezamento, organizada
mensalmente e sujeita à fiscalização. Não há uma regra específica sobre quantos domingos
devem ser descansados por mês, mas a jurisprudência sugere que a folga deve coincidir com
um domingo a cada período máximo de 3 semanas.
É permitido o uso de banco de horas para as atividades que preveem trabalho em domingos e
feriados. Caso existam horas extras, elas podem ser compensadas posteriormente por meio do
banco de horas.
No que diz respeito ao comércio, a Lei 10.101/2000 já permitia o trabalho aos domingos. Além
disso, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) permite que seja estabelecida uma escala de
trabalho aos domingos, mediante acordo coletivo.
Quanto às convenções coletivas que não previam ou já previam essa autorização, os sindicatos
de empregados e empregadores têm o direito de negociar e regular o assunto de forma
diferente da portaria. No entanto, as normas coletivas não podem suprimir ou reduzir o
repouso semanal remunerado, visando a dispensa de compensação, pois isso poderia prejudicar
a saúde e a segurança dos trabalhadores.
A reforma trabalhista, por sua vez, não alterou as normas da CLT relacionadas ao repouso
semanal remunerado e ao trabalho em dias de descanso. Ela trouxe mudanças em outros
aspectos da legislação trabalhista, como a possibilidade de troca do dia do feriado e a adoção
de escalas de trabalho de 12 horas seguidas por 36 horas de descanso, além de novas regras
para a compensação de horas extras.
Existem diversas denominações para o salário, porém nem todas correspondem à realidade
contraprestativa do contrato de emprego. O salário profissional é o estabelecido por lei como o
valor mínimo que pode ser pago a um empregado de determinada profissão. Exemplos são os
salários dos médicos ou advogados. O salário normativo, por sua vez, é o salário mais baixo que
pode ser pago a um empregado dentro de uma determinada categoria profissional, como os
metalúrgicos e bancários.
Quanto às gorjetas, a lei da gorjeta regulamentou o procedimento de rateio da cobrança em
bares, restaurantes, hotéis, entre outros estabelecimentos. Estabeleceu também que a gorjeta é
uma receita própria dos trabalhadores, impondo sanções às empresas que não a pagam. No
entanto, a reforma trabalhista revogou essas disposições, deixando a gratificação sem amparo
legal. Posteriormente, a Medida Provisória 808 restabeleceu as regras da lei da gorjeta,
tornando obrigatória a inclusão das gorjetas na remuneração dos trabalhadores.
No que diz respeito a salário mínimo, salário básico e piso salarial, a remuneração é um gênero
do qual o salário é uma espécie. Nem todas as remunerações são consideradas salário, mas
todos os salários integram a remuneração do empregado. O salário mínimo é a contraprestação
mínima devida e paga pelo empregador, capaz de satisfazer as necessidades básicas do
trabalhador. O piso salarial é a menor contraprestação paga a um trabalhador dentro de uma
categoria profissional. Existem também outras formas de salário, como o salário-base, salário
profissional, salário normativo, salário bruto e salário líquido.
O conceito de férias está relacionado ao descanso e ao lazer. É comum que durante esse
período as rotinas sejam modificadas, permitindo ao indivíduo se afastar dos esforços e
demandas do trabalho ou dos estudos.
No contexto trabalhista, as férias são um direito garantido ao empregado que tenha trabalhado
pelo menos um ano para o empregador. Esse direito está estabelecido no artigo 7º, inciso XVII
da Constituição da República, que determina o gozo de férias anuais remuneradas, com
acréscimo de pelo menos um terço do salário normal.
Todo empregado tem direito a um período de férias anual, garantido pela legislação
trabalhista.
Não é permitido antecipar férias sem que o período aquisitivo tenha sido completado,
exceto em casos de férias coletivas.
A duração das férias é determinada pelo empregador com base nas faltas não
justificadas ocorridas durante o período aquisitivo.
Para empregados em regime de tempo parcial, a duração das férias varia de acordo
com a quantidade de horas trabalhadas por semana.
Faltas justificadas não são descontadas para a concessão das férias individuais.
Existem casos em que o empregado perde o direito a férias, como quando não é
readmitido dentro de 60 dias após a rescisão, permanece em licença remunerada por
mais de 30 dias, deixa de trabalhar por mais de 30 dias em razão de paralisação da
empresa ou recebe benefícios da Previdência Social por mais de seis meses.
Este trecho apresenta informações sobre licença não remunerada, serviço militar,
paralisação parcial ou total da empresa, afastamento por motivo de doença ou acidente
do trabalho, prescrição, concessão das férias e seus requisitos.
Se um empregado ficar afastado por mais de seis meses devido a doença ou acidente
de trabalho, mesmo que descontínuos, ele perderá o direito às férias correspondentes
dentro do mesmo período aquisitivo.
AVISO DE FÉRIAS
Nome do empregado
Comunicamos à V. Sa., de acordo com o art. 135 da CLT, que entrará em gozo de férias
no dia ____________, devendo retornar ao trabalho em ________________.
Essas férias correspondem ao período aquisitivo iniciado em _______________ e
completado em _____________.
Local e data_____________________________________
_______________________________________________
Assinatura do Empregador
Ciente
__________________________________________
Empregado
Não é possível acumular o aviso prévio com o período de férias, pois as férias são
destinadas ao descanso e o aviso prévio visa permitir que o empregado demitido sem
justa causa procure um novo emprego. O aviso prévio, mesmo quando indenizado, é
considerado tempo de serviço para todos os efeitos trabalhistas.
Durante o período de férias, se o empregado adoecer, o gozo das férias não será
interrompido. A empresa deve pagar os primeiros 15 dias de afastamento, e após esse
período, o pagamento do auxílio-doença fica a cargo da Previdência Social.
Se uma gestante der à luz durante suas férias, o gozo das férias será suspenso
durante o período de recebimento do salário-maternidade. Após o término do benefício,
as férias serão retomadas. A empresa também deve pagar as diferenças salariais caso
ocorra reajuste salarial durante o período do benefício previdenciário.
O pagamento da remuneração das férias deve ser efetuado até dois dias antes do
início do período de gozo, podendo ser feito por depósito bancário ou cheque. No caso
de empregados analfabetos, o pagamento deve ser feito em dinheiro. O empregado
pode utilizar um único recibo para quitar o valor recebido a título de férias.
O pagamento das férias deverá ser efetuado até dois dias antes do início do respectivo
período, e o empregado dará quitação do pagamento com indicação do início e do
termo das férias.
A remuneração das férias deverá ser sobre os dias em que o empregado estiver em
gozo, contudo, ocorrerá diferentemente no mês de fevereiro, que tem 28 ou 29 dias.
Neste caso deve-se encontrar primeiramente a remuneração diária.
Exemplos:
a) Mês de 28 dias
b) Mês de 29 dias
c) Mês de 30 dias
d) Mês de 31 dias
Quando o salário for pago por hora, com jornada variável, deve ser apurada a média do
período aquisitivo, aplicando-se o valor do salário na data da concessão das férias.
Um empregado horista com jornada fixa que trabalha normalmente 220 horas diárias,
com salário-base de R$ 6,50, a remuneração bruta de seu período de férias será
determinada da seguinte maneira:
Empregado tarefeiro
Quando o salário for pago por tarefa, para a determinação da remuneração das férias,
tomar-se-á por base a média da produção no período aquisitivo do direito às férias,
aplicando-se o valor da remuneração da tarefa na data da concessão das férias.
Exemplo: Um empregado que perceba, por ocasião das férias vencidas em 19/11/2008
e concedidas a partir de 19/01/2009, o valor de R$ 1,05 por peça confeccionada, e que
tenha realizado a seguinte produção durante o período aquisitivo:
Quando o salário for pago por percentagem, comissão ou viagem, apurar-se-á a média
percebida pelo empregado nos 12 meses que antecederem a concessão das férias, ou
período inferior, conforme determina a convenção ou acordo coletivo.
Exemplo: Um empregado que perceba salário fixo de R$ 980,00 e que, nos meses
anteriores à concessão de suas férias de 30 dias gozadas no mês de abril/09, tenha
percebido as seguintes comissões:
Remuneração normal
O adicional por trabalho extraordinário será computado no salário que servirá de base
para o cálculo da remuneração de férias.
Essa parcela é obtida mediante a apuração da média das horas extras realizadas no
período aquisitivo correspondente, cujo resultado será multiplicado pelo salário/hora
atualizado, incluindo o adicional de horas extras a que o empregado fizer jus.
Os adicionais por trabalho noturno, insalubre, perigoso, entre outros, devem ser
considerados no salário base usado para calcular a remuneração das férias.
Se o funcionário recebe um salário fixo, o valor das férias é determinado com base no
salário vigente na data da concessão.
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) incide sobre o valor das férias mais 1/3,
exceto no caso do abono pecuniário. A contribuição previdenciária deve ser recolhida
até o dia 20 do mês seguinte.
A natureza jurídica das férias pode ser analisada sob dois aspectos:
(a) Não têm caráter de prêmio, mas sim de direito trabalhista e obrigação empresarial.
A concessão e a época das férias são determinadas pelo empregador, podendo ser
usufruídas em até três períodos, desde que um deles seja de pelo menos 14 dias
corridos e os demais não sejam inferiores a 5 dias corridos. As férias não podem
começar dois dias antes de um feriado ou dia de repouso semanal remunerado.
Durante as férias, o empregado não pode prestar serviços a outro empregador, a não
ser que haja um contrato de trabalho regularmente mantido.
Também é possível conceder férias coletivas a todos os empregados de uma empresa
ou de determinados estabelecimentos ou setores da empresa. Nesse caso, o
empregador deve comunicar ao órgão local do Ministério do Trabalho e aos sindicatos
representativos da categoria profissional com antecedência mínima de 15 dias.
O artigo 147 determina que o empregado que for despedido sem justa causa ou cujo
contrato de trabalho se extinguir antes de completar 12 meses terá direito à
remuneração relativa ao período incompleto de férias, conforme mencionado no artigo
anterior.
O artigo 148 estabelece que a remuneração das férias, mesmo que seja devida após a
cessação do contrato de trabalho, terá natureza salarial, para os efeitos do artigo 449.
Na Seção VI, que trata do início da prescrição, o artigo 149 estabelece que o prazo
para reclamar a concessão das férias ou o pagamento da respectiva remuneração
começa a ser contado a partir do término do prazo mencionado no artigo 134 (referente
ao período concessivo das férias) ou, caso seja aplicável, a partir da cessação do
contrato de trabalho.
Outras informações relevantes sobre férias:
As férias não podem ser vendidas, mas é possível converter 1/3 do período em
dinheiro, garantindo-se pelo menos 20 dias de descanso.
Além disso, são abordados tópicos como a aquisição do direito às férias, a concessão,
o início, o fracionamento, as faltas, o trabalho durante as férias, as férias coletivas, a
remuneração, a conversão em dinheiro, as férias não concedidas, o fim do contrato, as
férias pagas, mas não gozadas, e informações específicas para empregados
domésticos e servidores públicos.
Não são consideradas as frações de meses para o cálculo dos dias adicionais no aviso
prévio.
Quando o funcionário solicita demissão, o aviso prévio concedido pelo empregado para
o empregador não é contado como tempo de trabalho.
O prazo máximo de aviso prévio a ser cumprido pelo empregado em caso de demissão
é de 30 dias. Se o aviso prévio for concedido pelo empregador ao empregado e for
trabalhado, o prazo máximo também é de 30 dias. Qualquer período que ultrapasse os
30 dias deve ser indenizado.
Com a Reforma Trabalhista de 2017, foi incluído o artigo 484-A na CLT, que permite o
acordo de rescisão entre empregado e empregador, com o empregado recebendo 50%
da multa sobre o saldo do FGTS e do aviso prévio, além de poder movimentar até 80%
do saldo de seu FGTS.
A opção de cumprimento do aviso prévio trabalhado, seja com a saída com duas horas
de antecedência durante todo o período ou com a isenção de trabalho nos últimos 7
dias do aviso, é sempre do empregado. Conforme a Súmula 230 do TST, as horas
trabalhadas nessas duas formas de cumprimento do aviso prévio não podem ser pagas
como horas extras, caso contrário, o aviso prévio é considerado nulo.
O aviso prévio é a comunicação antecipada do fim das relações de trabalho feita por
uma das partes, seja o funcionário em caso de pedido de demissão ou a empresa em
caso de demissão sem justa causa. O período de aviso prévio é considerado como
tempo de trabalho e está incluso no pacote de rescisão, juntamente com o salário,
décimo terceiro proporcional, férias proporcionais mais 1/3, pagamento de férias
vencidas (se houver) e a multa de 40% sobre o saldo do FGTS.
O aviso prévio é regulamentado pela CLT, que estabelece as diretrizes e tipos de aviso
prévio aplicáveis para cada caso. Cumprir as determinações legais garante que o
funcionário receba corretamente a rescisão devida e que a empresa esteja em
conformidade com a legislação.
O aviso prévio no Brasil teve origem no Código Comercial de 1850 e foi posteriormente
incorporado ao Código Civil em 1916. Somente em 1935, o aviso prévio foi introduzido
no Direito do Trabalho, com regras diferentes das atuais. A definição atual do aviso
prévio foi estabelecida em 1943, por meio da Consolidação das Leis do Trabalho, e
sofreu alterações pela Lei 12.506/2011, conhecida como Lei do Aviso Prévio.
O aviso prévio possui uma natureza jurídica tríplice. Primeiramente, ele serve
para comunicar uma das partes do contrato de trabalho sobre o término do
interesse em continuar com o pacto. Em segundo lugar, estabelece a exigência
de que essa comunicação seja feita dentro de um prazo mínimo. Por fim, o aviso
prévio requer que o empregado continue trabalhando durante o período do aviso,
seja concedido pelo empregador ou solicitado pelo próprio empregado.
No que diz respeito à necessidade de trabalhar nos dias adicionais, ainda não há
uma determinação clara na lei. Isso tem gerado controvérsias quanto à aplicação
da proporcionalidade do aviso prévio. Alguns questionam se o direito ao aviso
prévio proporcional deve ser aplicado de forma bilateral, ou seja, para ambas as
partes (empregador e empregado), ou apenas ao empregado, levando em
consideração o texto da Lei 12.506/2011, que estabelece expressamente a
concessão proporcional do aviso prévio aos empregados.
Existem dois tipos de aviso prévio regulamentados pela lei: o aviso prévio
trabalhado e o aviso prévio indenizado. O aviso prévio trabalhado ocorre quando
o trabalhador solicita a demissão ou é demitido sem justa causa, sendo
necessário cumprir um período determinado de trabalho antes de ser
efetivamente desligado. A duração desse período varia de 30 a 90 dias,
dependendo do tempo de serviço do funcionário na empresa. Durante o aviso
prévio trabalhado, o funcionário pode optar por trabalhar duas horas a menos
por dia ou sair sete dias antes do prazo final. Em casos em que o trabalhador
consegue um novo emprego e aguardar o término do aviso prévio pode
prejudicá-lo, ele pode ser liberado de cumprir todo o período.
Por outro lado, o aviso prévio indenizado é utilizado quando a demissão ocorre
sem justa causa. Nesse caso, o funcionário recebe o valor correspondente ao
salário do mês do aviso prévio, mesmo sem trabalhar durante esse período, pois
a empresa optou pelo desligamento imediato. Se for o próprio funcionário quem
decide não cumprir o aviso prévio, a empresa não precisa efetuar o pagamento.
Após a alteração na lei em 2011, foi estabelecido o aviso prévio proporcional, que
acrescenta três dias ao período do aviso prévio para cada ano de serviço
prestado na mesma empresa. Essa contagem começa após um ano de contrato
de trabalho e vai até o limite de 20 anos de trabalho.
Além dos tipos regulamentados pela lei, algumas empresas adotam um acordo
chamado aviso prévio cumprido em casa, no qual o funcionário recebe pelos 30
dias de aviso prévio sem trabalhá-los. Esse acordo é ilegal, mas é uma forma de
dar ao funcionário um prazo maior para o pagamento da rescisão e permite que
ele comece a procurar outro emprego ou descansar. O cumprimento do aviso
prévio, seja trabalhado ou em casa, é decidido pelo empregado, e o empregador
pode dispensá-lo do aviso prévio se assim desejar. É importante destacar que os
acordos são de responsabilidade entre o empregado e o empregador, podendo
ser negociadas novas formas de cumprimento das determinações.
O aviso prévio não se aplica a estagiários, uma vez que eles não têm um vínculo
empregatício com a empresa previsto na CLT.
A prescrição pode ser total, com prazo máximo de cinco anos para receber os créditos
trabalhistas, ou extintiva, com prazo de dois anos contados a partir da rescisão
contratual. A prescrição total e extintiva podem ser alegadas de ofício, visando a
preservação da ordem jurídica e da segurança pública.
No que se refere aos prazos para pagamento de salários, décimo terceiro salário e
férias, a prescrição inicia-se a partir das datas estabelecidas em lei para a exigibilidade
desses direitos.
Portanto, em relação à situação apresentada sobre Tício, que teve seu contrato de
trabalho rescindido há um ano após trabalhar por dez anos, em regra, ele terá mais um
ano para ingressar com uma reclamação trabalhista contra sua antiga empregadora,
podendo pleitear os últimos quatro anos de seu contrato de trabalho.
Aviso prévio indenizado: O aviso prévio, mesmo que indenizado, é sempre considerado
parte do tempo de serviço. A prescrição começa a contar a partir do final do aviso
prévio.
Acidente de trabalho: O prazo prescricional começa quando o trabalhador tem ciência
da lesão. O termo inicial do prazo prescricional é a data em que o segurado tem
conhecimento inequívoco da incapacidade laboral.
Prazo prescricional: A questão não está totalmente resolvida, mas há uma tendência de
aplicar o prazo prescricional do direito comum aos processos que foram transferidos da
Justiça Comum para o TST devido à EC 45/2004. Quanto aos processos novos, a
maioria defende a aplicação da prescrição trabalhista.