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Sd jurisadvogando – Sandra Mara Dobjenski

DIREITO DO TRABALHO – SALÁRIO REMUNERAÇÃO

*Remuneração = salário + gorjeta (quantia recebida de terceiro) – a gorjeta


integra a remuneração e não o salário – não serve de base de cálculo para o
aviso prévio, para as horas extras, adicional noturno, repouso semanal
remunerado.
Ex.: Maria trabalha em uma empresa recebendo um salário de R$1.000,00 e + R$
600,00 de gorjeta – Maria recebe por mês R$ 1.600,00 de remuneração. Maria foi
mandada embora e vai receber o aviso prévio, tendo este o valor de R$1.000,00.
SÚMULA Nº 354 - GORJETAS. NATUREZA JURÍDICA. REPERCUSSÕES
As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas
espontaneamente pelos clientes, integram a remuneração do empregado, não
servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno,
horas extras e repouso semanal remunerado.
Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos
legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como
contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. (Redação dada pela Lei nº
1.999, de 1.10.1953)
§ 3º Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente
ao empregado, como também o valor cobrado pela empresa, como serviço ou
adicional, a qualquer título, e destinado à distribuição aos
empregados. (Redação dada pela Lei nº 13.419, de 2017) (Gorjeta)
SALÁRIO
Quantia que o empregado recebe diretamente do empregador – quantia fixa
estipulada pelo empregador.
Parcelas que integram o salário: (possuem natureza salarial)
1. Gratificações legais
2. Comissões
Art. 457. § 1o Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais
e as comissões pagas pelo empregador. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de
2017)
Súmula nº 247 do TST
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QUEBRA DE CAIXA. NATUREZA JURÍDICA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20


e 21.11.2003
A parcela paga aos bancários sob a denominação "quebra de caixa" possui natureza
salarial, integrando o salário do prestador de serviços, para todos os efeitos legais.
(natureza da quebra de caixa = natureza salarial) (possui reflexo no pagamento
das demais verbas trabalhistas)
EXCEÇÃO:
1. Ajuda de custo
2. Auxílio alimentação (vedado seu pagamento em dinheiro)
3. Diárias
4. Prêmios (quando o empregado tem um desempenho extraordinário –
pode ser pago em bens, serviços ou em dinheiro)
5. Abonos pagos pelo trabalhador
*Ainda que essas remunerações sejam pagas de forma habitual, elas não
incorporam o salário, não serve de base de cálculo para os direitos
trabalhistas, bem como as contribuições previdenciárias. (não possuem
natureza salarial)
Art. 457, § 2o As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de
custo, auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem,
prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, não se
incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de
qualquer encargo trabalhista e previdenciário. (Redação dada pela Lei nº
13.467, de 2017)
Art. 457, § 4o Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador
em forma de bens, serviços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo de
empregados, em razão de desempenho superior ao ordinariamente esperado no
exercício de suas atividades. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) (
conceito de prêmio)
*O salário pode ser pago todo em dinheiro ou uma parte em dinheiro e outra em
utilidades (salário in natura) o empregador não pode pagar o salário todo em
utilidades.
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*Utilidades – Art. 458 CLT - Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no


salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras
prestações "in natura" que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer
habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com
bebidas alcoólicas ou drogas nocivas. (Redação dada pelo Decreto-lei
nº 229, de 28.2.1967)
*Salário = dinheiro + utilidades (alimentação + habitação + vestuário + outras
prestações in natura que o empregador fornece mediante lei ou contrato) de forma
habitual.

Art. 458, § 2o Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como
salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador: (Redação dada pela
Lei nº 10.243, de 19.6.2001) (utilidades que não estão compreendidas no salário
por expressa previsão legal)
I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e
utilizados no local de trabalho, para a prestação do serviço; (Incluído pela Lei nº
10.243, de 19.6.2001)
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros,
compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e
material didático; (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001)
III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso
servido ou não por transporte público; (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001)
IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou
mediante seguro-saúde; (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001)
V – seguros de vida e de acidentes pessoais; (Incluído pela Lei nº 10.243, de
19.6.2001)
VI – previdência privada; (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001)
VII – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001)
VIII - o valor correspondente ao vale-cultura. (Incluído pela Lei nº 12.761, de 2012)
§ 5o O valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico,
próprio ou não, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos,
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aparelhos ortopédicos, próteses, órteses, despesas médico-hospitalares e outras


similares, mesmo quando concedido em diferentes modalidades de planos e
coberturas, não integram o salário do empregado para qualquer efeito nem o salário
de contribuição, para efeitos do previsto na alínea q do § 9o do art. 28 da Lei
no 8.212, de 24 de julho de 1991. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
Ex.: mensalidade de faculdade = utilidade que não consta do salário
Súmula nº 367 do TST
UTILIDADES "IN NATURA". HABITAÇÃO. ENERGIA ELÉTRICA. VEÍCULO.
CIGARRO. NÃO INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO (conversão das Orientações
Jurisprudenciais nºs 24, 131 e 246 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e
25.04.2005
I - A habitação, a energia elétrica e veículo fornecido pelo empregador ao
empregado, quando indispensáveis para a realização do trabalho, não têm natureza
salarial, ainda que, no caso de veículo, seja ele utilizado pelo empregado também
em atividades particulares. (ex-Ojs da SBDI-1 nºs 131 - inserida em 20.04.1998 e
ratificada pelo Tribunal Pleno em 07.12.2000 - e 246 - inserida em 20.06.2001)
II - O cigarro não se considera salário utilidade em face de sua nocividade à saúde.
(ex-OJ nº 24 da SBDI-1 - inserida em 29.03.1996) (se a habitação e a energia
forem essenciais para a prestação do serviço não tem natureza salarial)
(veículo fornecido para o empregado com a função não exclusiva de prestação
do serviço (podendo ser utilizado para fins particulares) – não possui natureza
salarial)
*Valor para habitação 25% e para alimentação 20% (limite para salário utilidade)
Art. 458. § 3º - A habitação e a alimentação fornecidas como salário-utilidade
deverão atender aos fins a que se destinam e não poderão exceder,
respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte por cento) do salário-
contratual. (Incluído pela Lei nº 8.860, de 24.3.1994)
Súmula nº 258 do TST
SALÁRIO-UTILIDADE. PERCENTUAIS (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20
e 21.11.2003
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Os percentuais fixados em lei relativos ao salário "in natura" apenas se referem às


hipóteses em que o empregado percebe salário mínimo, apurando-se, nas demais, o
real valor da utilidade.
*Quando o salário é fixado mensalmente, este deve ser pago até o 5º dia útil de
cada mês subsequente – o salário pode ser fixado de forma semanal e quinzenal –
não pode ser fixado salário acima do mês.
Art. 459 - O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não
deve ser estipulado por período superior a 1 (um) mês, salvo no que concerne a
comissões, percentagens e gratificações.
EXCEÇÃO: O QUE PODE SER FIXADO ALÉM DE MÊS COMISSÕES,
PERCENTAGENS E GRATIFICAÇÕES – NÃO OBSERVAM A REGRA DO ART.
459.
§ 1º Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o
mais tardar, até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido. (Redação dada
pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)
Orientação Jurisprudencial 159/TST-SDI-I - - Salário. Data de pagamento.
Alteração. CLT, art. 458 e CLT, art. 459, parágrafo único.
«Diante da inexistência de previsão expressa em contrato ou em instrumento
normativo, a alteração de data de pagamento pelo empregador não viola o art. 468,
desde que observado o parágrafo único, do art. 459, ambos da CLT.»
Ex.: Uma empresa contrata o empregado e lhe promete o pagamento do salário
todo dia 30 de forma contratual, o empregador por algum motivo precisou
alterar a data desse pagamento, via de REGRA para haver mudança no
contrato é preciso o mútuo consentimento e nem cause prejuízo ao empregado
de forma direta ou indireta – TST entende que o empregador pode de forma
unilateral alterar a data de 30 para pagar até o 5º dia útil do mês subsequente.
(jus variande – empregador pode fazer pequenas modificações no contrato
sem a anuência do empregado)
*Princípio da irredutibilidade salarial (Art.7º, VI CR) – via de regra o salário do
empregado não pode ser reduzido, salvo se a redução vier por meio de convenção
ou acordo coletivo. (Art.611ACLT) quando houver a redução do salário ou da
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jornada o empregado tem garantia do emprego, enquanto durar a vigência do


acordo coletivo.
*Intangibilidade salarial – salário é intangível – via de regra o salário do empregado
não pode sofrer desconto, salvo nos casos de adiantamento, dispositivo de lei,
convenção ou acordo coletivo e nos casos de prejuízo.
*Não se pode pagar salários distintos a empregados que exerçam a mesma função.
EQUIPARAÇÃO SALARIAL
*Para que dois ou mais empregados tenham o direito a receber o mesmo salário é
preciso:
1. Verificar se eles exercem a mesma função
2. Se tratar-se de trabalho de igual valor – trabalho realizado com a mesma
produtividade e com a mesma perfeição técnica.
2.1. Tempo de serviço – superior a 04 anos (antes da reforma não existia o tempo
de serviço)
2.2. Tempo na função – não exerça a função a mais de 02 anos
Ex.: Maria trabalha na empresa e ganha R$1500,00, mas ela exerce a mesma
função de João (trabalho de igual valor) e ele recebe R$5000,00 – isso não pode
acontecer – nesse caso Maria possui direito a equiparação salarial – TODA VEZ
QUE FOR PEDIDA A EQUIPARAÇÃO SALARIAL DEVE-SE INDICAR O
PARADIGMA (pessoa que ganha a mais). A pessoa que pede a equiparação salarial
é chamada de PARAGONADO – reclamante = autor na justiça do trabalho.
3. As pessoas devem prestar serviço ao mesmo empregador
4. Trabalhem no mesmo estabelecimento
Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao
mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual
salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade. (Redação dada pela
Lei nº 13.467, de 2017)
§ 1o Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com
igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença
de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior a quatro anos e a
diferença de tempo na função não seja superior a dois anos. (Redação dada pela
Lei nº 13.467, de 2017)
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*Se dentro da empresa existir um planos de cargos e salários ou um quadro de


carreira nesse caso não se fala em equiparação salarial. A progressividade do
empregado vai se dar conforme estabelecido no plano de cargos ou quadro de
carreira, levando em conta a antiguidade e ou merecimento.
Súmula nº 6 do TST
EQUIPARAÇÃO SALARIAL. ART. 461 DA CLT (redação do item VI alterada) –
Res. 198/2015, republicada em razão de erro material – DEJT divulgado em 12,
15 e 16.06.2015
I - Para os fins previstos no § 2º do art. 461 da CLT, só é válido o quadro de pessoal
organizado em carreira quando homologado pelo Ministério do Trabalho, excluindo-
se, apenas, dessa exigência o quadro de carreira das entidades de direito público da
administração direta, autárquica e fundacional aprovado por ato administrativo da
autoridade competente. (ex-Súmula nº 06 – alterada pela Res. 104/2000, DJ
20.12.2000) (quadro de carreira – para o TST se houver um quadro de carreira
na empresa nãoo há que se falar em equiparação salarial e sim pela
progressividade pela antiguidade ou merecimento – TST entendia que
necessitava ocorrer a homologação do Ministério do Trabalho hoje Ministério
da economia – a partir da reforma trabalhista não é mais necessário a
homologação)
§ 2o Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver
pessoal organizado em quadro de carreira ou adotar, por meio de norma interna da
empresa ou de negociação coletiva, plano de cargos e salários, dispensada
qualquer forma de homologação ou registro em órgão público. (Redação dada pela
Lei nº 13.467, de 2017)
§ 3o No caso do § 2o deste artigo, as promoções poderão ser feitas por
merecimento e por antiguidade, ou por apenas um destes critérios, dentro de cada
categoria profissional. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
Ex.: Maria exerce a função X recebendo R$10.000,00 de salários. Maria sofreu
um acidente de trabalho e o INSS mandou readaptar – por causa dessa
readaptação Maria agora passou a exercer a função Y, continuando com seu
salário de R$10.000,00, mas João também exerce a função Y e ganha
R$5.000,00 – neste caso João não pode pleitear equiparação salarial.
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§ 4º - O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou


mental atestada pelo órgão competente da Previdência Social não servirá de
paradigma para fins de equiparação salarial. (Incluído pela Lei nº 5.798, de
31.8.1972)
*Para que se peça a equiparação salarial é necessária à indicação do paradigma –
esse paradigma pode ser:
1. Contemporâneo
2. Remoto
*Para fins de equiparação somente é aceito a indicação de paradigma
contemporâneo no cargo ou na função – mês,o que o paradigma contemporâneo
esteja ganhando a mais por meio de uma ação judicial – é possível a equiparação
salarial.
§ 5o A equiparação salarial só será possível entre empregados contemporâneos no
cargo ou na função, ficando vedada a indicação de paradigmas remotos, ainda que
o paradigma contemporâneo tenha obtido a vantagem em ação judicial
própria. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
*Na equiparação salarial – se o pedido foi julgado procedente – o empregado tem o
direito a receber as diferenças salariais com todos seus reflexos – entretanto se
verificado nessa equiparação salarial que a pessoa ganhava menos por se tratar de
discriminação (sexo ou etnia) o empregador irá pagar uma multa que será revertida
ao empregado no valor de 50% do limite do regime geral de previdência social.
§ 6o No caso de comprovada discriminação por motivo de sexo ou etnia, o juízo
determinará, além do pagamento das diferenças salariais devidas, multa, em favor
do empregado discriminado, no valor de 50% (cinquenta por cento) do limite máximo
dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.
Súmula 06 TST - III - A equiparação salarial só é possível se o empregado e o
paradigma exercerem a mesma função, desempenhando as mesmas tarefas, não
importando se os cargos têm, ou não, a mesma denominação. (ex-OJ da SBDI-1 nº
328 - DJ 09.12.2003)
IV - É desnecessário que, ao tempo da reclamação sobre equiparação salarial,
reclamante e paradigma estejam a serviço do estabelecimento, desde que o pedido
se relacione com situação pretérita. (ex-Súmula nº 22 - RA 57/1970, DO-GB
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27.11.1970) (para pedir equiparação salarial não é necessário se estar


trabalhando para o empregador)
VII - Desde que atendidos os requisitos do art. 461 da CLT, é possível a equiparação
salarial de trabalho intelectual, que pode ser avaliado por sua perfeição técnica, cuja
aferição terá critérios objetivos. (ex-OJ da SBDI-1 nº 298 - DJ 11.08.2003) (é
possível a equiparação de trabalho intelectual segundo entendimento do TST –
juiz se utiliza de critérios objetivos)
VIII - É do empregador o ônus da prova do fato impeditivo, modificativo ou extintivo
da equiparação salarial. (ex-Súmula nº 68 - RA 9/1977, DJ 11.02.1977) (quando o
empregado ajuíza uma ação trabalhista pedindo a equiparação salarial quem
tem que provar o fato constitutivo, os requisitos do vínculo é o empregado)
(quando se tratar de fato constitutivo o ônus é do reclamante/empregado/
autor) (se o empregador em sua defesa trouxer um fato modificativo,
impeditivo ou instintivo esse ônus da prova agora é do empregador)
Art. 818. O ônus da prova incumbe: (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
I - ao reclamante, quanto ao fato constitutivo de seu direito; (Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017)
II - ao reclamado, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do
direito do reclamante.
Súmula 06 - IX - Na ação de equiparação salarial, a prescrição é parcial e só
alcança as diferenças salariais vencidas no período de 5 (cinco) anos que
precedeu o ajuizamento. (ex-Súmula nº 274 - alterada pela Res. 121/2003, DJ
21.11.2003) (para ajuizamento da ação se tem dois anos a contar da extinção
do ajuizamento da ação somente se pode cobrar os créditos dos últimos 05
anos)
SÚMULA Nº 159 - SUBSTITUIÇÃO DE CARÁTER NÃO EVENTUAL E VACÂNCIA
DO CARGO
I - Enquanto perdurar a substituição que não tenha caráter meramente eventual,
inclusive nas férias, o empregado substituto fará jus ao salário contratual do
substituído. (se o empregado está substituindo alguém desde que não em
caráter eventual, o empregado tem o direito de receber o salário da pessoa a
qual esta substituindo)
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II - Vago o cargo em definitivo, o empregado que passa a ocupá-lo não tem direito a
salário igual ao do antecessor. (EX.:Maria é analista e ganha R$ 10.000,00 – ela foi
dispensada – o cargo de analista ficou vago por 05 meses – o empregador lançou
agora o cargo de analista com o salário de R$ 5.000,00 – João foi contratado não
possuindo direito de salário igual ao seu antecessor)
PROTEÇÃO DO SALÁRIO
*Salário é protegido – irredutibilidade salarial, intangibilidade salarial.
*O salário do empregado é protegido em face do empregador – Art. 7º da CR – a
retenção dolosa do salário constitui crime – salário é irredutível – em regra não pode
ser reduzido. O salário é intangível – via de regra é proibido ao empregador efetuar
descontos no salário do empregado. O empregador possui prazo para efetuar o
pagamento (até o 5º dia útil do mês subsequente).
*O salário do empregado é protegido em face dos seus credores – o salário é
impenhorável, via de regra – Exceção: pensão alimentícia. (Art. 833 CPC)
* O salário é protegido em face dos credores do empregador – se leva em
consideração a lei de falência – havendo a falência existe uma ordem de
recebimento - o crédito trabalhista que tem característica alimentar ele tem
preferência até R$ 150 salários mínimos por empregado - o que for superior vira
crédito quirografário.
SALÁRIO COMPLESSIVO – salário que é pago de forma global, não há um
detalhamento do que vem sendo pago.
*Não é permitido
Súmula nº 91 do TST
SALÁRIO COMPLESSIVO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância ou percentagem para
atender englobadamente vários direitos legais ou contratuais do trabalhador.
Súmula nº 440 do TST
AUXÍLIO-DOENÇA ACIDENTÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ.
SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO. RECONHECIMENTO DO
DIREITO À MANUTENÇÃO DE PLANO DE SAÚDE OU DE ASSISTÊNCIA
MÉDICA - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012
Assegura-se o direito à manutenção de plano de saúde ou de assistência médica
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oferecido pela empresa ao empregado, não obstante suspenso o contrato de


trabalho em virtude de auxílio-doença acidentário ou de aposentadoria por invalidez.
(empregado em auxílio doença por mais de 15 dias contrato fica suspenso)
(invalidez contrato fica suspenso)
ADICIONAIS
1. Hora Extra – é do mínimo 50% da hora normal (Art.7º, XVI CR -
reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho; (Ex.: Maria
ganha por hora R$ 10,00 e agora vai fazer hora extra – hora extra paga =
hora normal + adicional de 50% (aplicação da regra mais favorável ao
empregado) (no caso de convenção coletiva que disponham que o percentual
da hora extra é de 70% e um acordo coletivo dispõe que o adicional é de 50%
- Art. 620 CLT – entre convenção e acordo sempre aplica o acordo)
2. Noturno
Urbano Rural
Período noturno das 22h até as 05 h da Lavoura – 21 h às 05 h
manhã Pecuária – 20 h às 04 h
Hora noturna reduzida para 52 m e 30 s Hora de 60 m
Adicional = 20% sobre a hora diurna Adicional = 25%

3. Adicional de transferência – só vai haver adicional de transferência se a


transferência for provisória – Art. 469, parágrafo 3º CLT – adicional de pelo
menos 25% do salário do empregado enquanto durar a transferência. (Salário
condição). Se for gerente ou pessoa que possui previsão em contrato não
importa para fins de pagamento adicional
113. ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. CARGO DE CONFIANÇA OU PREVISÃO
CONTRATUAL DE TRANSFERÊNCIA. DEVIDO. DESDE QUE A
TRANSFERÊNCIA SEJA PROVISÓRIA (inserida em 20.11.1997)
O fato de o empregado exercer cargo de confiança ou a existência de previsão de
transferência no contrato de trabalho não exclui o direito ao adicional. O pressuposto
legal apto a legitimar a percepção do mencionado adicional é a transferência
provisória.
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4. Insalubridade – empregado tem contato com agentes nocivos (agentes


prejudiciais a saúde do empregado) – agentes estão acima do limite de tolerância
(limites de tolerância fixados pelo Ministério do Trabalho = Ministério da economia) –
trabalha em condições insalubres – é necessário saber o grau de exposição:
4.1. Mínimo – adicional 10%
4.2. Médio – adicional 20%
4.3. Máximo – adicional 40%
*Adicional de insalubridade não incide sobre o salário do empregado e sim sobre o
salário mínimo.
EX.: Empregado recebe R$ 15.000,00 e está exposto ao grau mínimo – seu
adicional será de 10% sobre o salário mínimo e não sobre o salário de R$
15.000,00.
OBS.: Art.195 - A caracterização e a classificação da insalubridade e da
periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de
perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no
Ministério do Trabalho. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
(para se saber se uma atividade é perigosa ou insalubre deve haver perícia –
quem realiza essa perícia é um médico do trabalho ou engenheiro do trabalho)
(quando feita a perícia e o perito identificar que a atividade é insalubre, o
simples fato da identificação por meio de perícia não dá direito
automaticamente a receber o adicional de insalubridade – a atividade deve
estar caracterizada no rol das atividades como uma atividade insalubre)
Art.. 189 CLT - Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que,
por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a
agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da
natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus
efeitos. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
Art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de
tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de
adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10%
(dez por cento) do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus
máximo, médio e mínimo. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
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Súmula nº 47 do TST
INSALUBRIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
O trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente, não afasta,
só por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo adicional.
Súmula nº 80 do TST
INSALUBRIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos protetores
aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo exclui a percepção do
respectivo adicional. (se ao fornecer o equipamento de proteção individual
houver a eliminação total nesse caso o empregado não tem o direito a receber
o adicional) (eliminação total o empregado não recebe o adicional)
Súmula nº 139 do TST
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº
102 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
Enquanto percebido, o adicional de insalubridade integra a remuneração para todos
os efeitos legais. (ex-OJ nº 102 da SBDI-1 - inserida em 01.10.1997 (adicional de
insalubridade tem natureza salarial e reflete no pagamento de todos os outros
direitos, enquanto o empregado estiver na atividade)
Súmula nº 248 do TST
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. DIREITO ADQUIRIDO (mantida) - Res.
121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
A reclassificação ou a descaracterização da insalubridade, por ato da autoridade
competente, repercute na satisfação do respectivo adicional, sem ofensa a direito
adquirido ou ao princípio da irredutibilidade salarial. (salário insalubridade é um
salário condição o empregado só recebe enquanto está na condição) (não o
que se falar em direito adquirido) (nem em irredutibilidade salarial)
Súmula nº 293 do TST
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. CAUSA DE PEDIR. AGENTE NOCIVO
DIVERSO DO APONTADO NA INICIAL (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e
21.11.2003
Sd jurisadvogando – Sandra Mara Dobjenski

A verificação mediante perícia de prestação de serviços em condições nocivas,


considerado agente insalubre diverso do apontado na inicial, não prejudica o pedido
de adicional de insalubridade.
Ex.: Maria tenha ajuizado uma ação em face da empresa Alfa – seu pedido foi a
condenação da empresa ao pagamento de insalubridade – na RT (petição
inicial) ela disse que estava exposta a um agente nocivo X – a perícia alegou
ser uma condição insalubre, mas não ao agente X e sim ao agente Y – ainda
que tenha errado qual o adicional, qual o agente nocivo, mas verificada a
condição insalubre Maria terá direito ao adicional, desde que a atividade esteja
classificada.
Súmula nº 448 do TST
ATIVIDADE INSALUBRE. CARACTERIZAÇÃO. PREVISÃO NA NORMA
REGULAMENTADORA Nº 15 DA PORTARIA DO MINISTÉRIO DO TRABALHO Nº
3.214/78. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS. (conversão da Orientação
Jurisprudencial nº 4 da SBDI-1 com nova redação do item II ) – Res. 194/2014,
DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014.
I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o
empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação
da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho.
II – A higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de grande
circulação, e a respectiva coleta de lixo, por não se equiparar à limpeza em
residências e escritórios, enseja o pagamento de adicional de insalubridade em grau
máximo, incidindo o disposto no Anexo 14 da NR-15 da Portaria do MTE nº 3.214/78
quanto à coleta e industrialização de lixo urbano.
Orientação Jurisprudencial 165/TST-SDI-I - - Prova pericial. Perícia. Engenheiro
ou médico. Adicional de insalubridade e periculosidade. Válido. CLT, art. 189 e CLT,
art. 195.
«O art. 195 da CLT não faz qualquer distinção entre o médico e o engenheiro para
efeito de caracterização e classificação da insalubridade e periculosidade, bastando
para a elaboração do laudo seja o profissional devidamente qualificado.»
OJ-SDI1-103 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. REPOUSO SEMANAL E
FERIADOS (nova redação) - DJ 20.04.2005
Sd jurisadvogando – Sandra Mara Dobjenski

O adicional de insalubridade já remunera os dias de repouso semanal e feriados.


Histórico: Redação original - Inserida em 01.10.1997
103. Adicional de insalubridade. Repouso semanal e feriados. O adicional de
insalubridade, porque calculado sobre o salário-mínimo legal, já remunera os dias de
repouso semanal e feriados. (valor que se recebe a título de adicional de
insalubridade, dentro desse valor já está inserido o repouso semanal e os
feriados)
Orientação Jurisprudencial 121/TST-SDI-I - - Sindicato. Substituição processual.
Diferença do adicional de insalubridade. Legitimidade. CLT, art. 189 e CLT, art. 195,
§ 2º.
«O sindicato tem legitimidade para atuar na qualidade de substituto processual para
pleitear diferença de adicional de insalubridade.»
 Redação dada pela Res. 129, de 05/04/2005 - DJ 20, 22, 25/04/2005,
 Redação anterior (inserida em 20/11/97): «Orientação Jurisprudencial 121 -
O sindicato, com base no § 2º, do art. 195 da CLT, tem legitimidade para
atuar na qualidade de substituto processual para pleitear diferença de
adicional de insalubridade.» (o sindicado possui legitimidade
extraordinária, atua como substituto processual – pode atuar em nome
próprio defendendo direito alheio) (Ex.: Dois mil empregados não estão
recebendo o adicional de insalubridade o sindicato pode pleitear por
meio de ação esse adicional em nome dos empregados – o sindicato
atua como substituo processual)
OJ 173. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. ATIVIDADE A CÉU ABERTO.
EXPOSIÇÃO AO SOL E AO CALOR. (redação alterada na sessão do Tribunal
Pleno realizada em 14.09.2012) – Res. 186/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e
27.09.2012
I – Ausente previsão legal, indevido o adicional de insalubridade ao trabalhador em
atividade a céu aberto, por sujeição à radiação solar (art. 195 da CLT e Anexo 7 da
NR 15 da Portaria Nº 3214/78 do MTE). ( se o empregado trabalha exposto a
radiação solar – não existe previsão legal – nesse caso ele não tem o direito de
receber o adicional)
Sd jurisadvogando – Sandra Mara Dobjenski

II – Tem direito ao adicional de insalubridade o trabalhador que exerce atividade


exposto ao calor acima dos limites de tolerância, inclusive em ambiente externo
com carga solar, nas condições previstas no Anexo 3 da NR 15 da Portaria Nº
3214/78 do MTE. (Ex.: trabalhadores de minas)
Orientação Jurisprudencial 278/TST-SDI-I - 11/08/2003 - Insalubridade.
Adicional. Prova pericial. Perícia. Local de trabalho desativado. CLT, art. 189.
«A realização de perícia é obrigatória para a verificação de insalubridade. Quando
não for possível sua realização, como em caso de fechamento da empresa, poderá
o julgador utilizar-se de outros meios de prova.»
5 Periculosidade – empregado tem contato permanente com Atividades
perigosas: empregado tem contato com inflamáveis, explosivos, energia elétrica,
segurança pessoal ou patrimonial a que o empregado esteja sujeito a roubos ou
qualquer outro tipo de violência, empregados que trabalham em motocicleta –
adicional = 30% sobre o salário básico (salário sem nenhum acréscimo) – o contato
é permanente ou intermitente – eventualmente não dá o direito de receber o
adicional.
Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da
regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por
sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de
exposição permanente do trabalhador a: (Redação dada pela Lei nº 12.740, de
2012)
- inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; (Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012)
II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de
segurança pessoal ou patrimonial. (Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012)
§ 4o São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em
motocicleta. (Incluído pela Lei nº 12.997, de 2014)
Art. 193, § 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado
um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes
de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. (Incluído pela
Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
Sd jurisadvogando – Sandra Mara Dobjenski

*Se o perito detectar que a situação é perigosa e insalubre o empregado não


possui o direito aos dois adicionais, neste caso o empregado faz a opção por
um deles.
Art. 193, § 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que
porventura lhe seja devido. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
Súmula nº 39 do TST
PERICULOSIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
Os empregados que operam em bomba de gasolina têm direito ao adicional de
periculosidade (Lei nº 2.573, de 15.08.1955).
Súmula nº 191
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. INCIDÊNCIA. BASE DE
CÁLCULO (cancelada a parte final da antiga redação e inseridos os itens II e III)
- Res. 214/2016, DEJT divulgado em 30.11.2016 e 01 e 02.12.2016
I – O adicional de periculosidade incide apenas sobre o salário básico e não sobre
este acrescido de outros adicionais.
II – O adicional de periculosidade do empregado eletricitário, contratado sob a égide
da Lei nº 7.369/1985 (os empregados tem o direito a receber o adicional sobre
todas as parcelas que possuam natureza salarial), deve ser calculado sobre a
totalidade das parcelas de natureza salarial. Não é válida norma coletiva mediante a
qual se determina a incidência do referido adicional sobre o salário básico.
(eletricitário = 30% do salário base sem acréscimo)
III - A alteração da base de cálculo do adicional de periculosidade do eletricitário
promovida pela Lei nº 12.740/2012 atinge somente contrato de trabalho firmado a
partir de sua vigência, de modo que, nesse caso, o cálculo será realizado
exclusivamente sobre o salário básico, conforme determina o § 1º do art. 193 da
CLT. (Regra geral)
Súmula nº 364 do TST
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO EVENTUAL, PERMANENTE E
INTERMITENTE (inserido o item II) - Res. 209/2016, DEJT divulgado em 01, 02 e
03.06.2016
I - Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto
permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco.
Sd jurisadvogando – Sandra Mara Dobjenski

Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim considerado o


fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido. (ex-Ojs
da SBDI-1 nºs 05 - inserida em 14.03.1994 - e 280 - DJ 11.08.2003) (Ex.:
empregado que habitualmente ele fica exposto em média de 01 a 02 min. – TST
entende que não tem direito ao adicional – o contato deve ser permanente ou
intermitente) (Se o contato é habitual por período pequeno o TST entende que
não tem direito ao adicional)
II - Não é válida a cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho fixando o
adicional de periculosidade em percentual inferior ao estabelecido em lei e
proporcional ao tempo de exposição ao risco, pois tal parcela constitui medida de
higiene, saúde e segurança do trabalho, garantida por norma de ordem pública (arts.
7º, XXII e XXIII, da CF e 193, §1º, da CLT). (não pode acordo ou convenção
coletiva reduzir o adicional, também não podem dizer que o empregado
receberá esse adicional de forma proporcional)
OJ-SDI1-345 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. RADIAÇÃO IONIZANTE OU
SUBSTÂNCIA RADIOATIVA. DEVIDO (DJ 22.06.2005)
A exposição do empregado à radiação ionizante ou à substância radioativa enseja a
percepção do adicional de periculosidade, pois a regulamentação ministerial
(Portarias do Ministério do Trabalho nºs 3.393, de 17.12.1987, e 518, de
07.04.2003), ao reputar perigosa a atividade, reveste-se de plena eficácia, porquanto
expedida por força de delegação legislativa contida no art. 200, “caput”, e inciso VI,
da CLT. No período de 12.12.2002 a 06.04.2003, enquanto vigeu a Portaria nº 496
do Ministério do Trabalho, o empregado faz jus ao adicional de insalubridade.
OJ-SDI1-385. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. DEVIDO. ARMAZENAMENTO
DE LÍQUIDO INFLAMÁVEL NO PRÉDIO. CONSTRUÇÃO VERTICAL. (DEJT
divulgado em 09, 10 e 11.06.2010)
É devido o pagamento do adicional de periculosidade ao empregado que desenvolve
suas atividades em edifício (construção vertical), seja em pavimento igual ou distinto
daquele onde estão instalados tanques para armazenamento de líquido inflamável,
em quantidade acima do limite legal, considerando-se como área de risco toda a
área interna da construção vertical.
Súmula nº 132 do TST
Sd jurisadvogando – Sandra Mara Dobjenski

ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. INTEGRAÇÃO (incorporadas as


Orientações Jurisprudenciais nºs 174 e 267 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20,
22 e 25.04.2005
I - O adicional de periculosidade, pago em caráter permanente, integra o cálculo de
indenização e de horas extras (ex-Prejulgado nº 3). (ex-Súmula nº 132 - RA
102/1982, DJ 11.10.1982/ DJ 15.10.1982 - e ex-OJ nº 267 da SBDI-1 - inserida em
27.09.2002)
II - Durante as horas de sobreaviso, o empregado não se encontra em condições de
risco, razão pela qual é incabível a integração do adicional de periculosidade sobre
as mencionadas horas. (ex-OJ nº 174 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000) (horas
de sobreaviso = horas em que o empregado fica em sua residência
aguardando o chamado do empregador para ele prestar serviços) (horas de
sobreaviso são remuneradas)
OJ-SDI1-259 ADICIONAL NOTURNO. BASE DE CÁLCULO. ADICIONAL DE
PERICULOSIDADE. INTEGRAÇÃO (inserida em 27.09.2002)
O adicional de periculosidade deve compor a base de cálculo do adicional noturno,
já que também neste horário o trabalhador permanece sob as condições de risco.
GRATIFICAÇÃO NATALINA = 13º SALÁRIO
*Data limite para o empregado efetuar o pagamento da gratificação natalina é até o
dia 20 de dezembro.
*13º pago em duas parcelas:
1. 1ª parcela = metade o empregador paga entre os meses de fevereiro a novembro
– empregador não é obrigado a todos os empregados no mesmo mês. *Se o
empregado quiser receber essa parcela no ensejo (junto com suas férias) de
suas férias ele tem que requerer no mês de janeiro.
2. 2ª parcela = segunda metade – pagamento será efetuado até 20 dezembro.
Lei 4090/62
Lei 4749/65
Art. 1º Lei 4749 - A gratificação salarial instituída pela Lei número 4.090, de 13 de
julho de 1962, será paga pelo empregador até o dia 20 de dezembro de cada ano,
compensada a importância que, a título de adiantamento, o empregado houver
recebido na forma do artigo seguinte.
Sd jurisadvogando – Sandra Mara Dobjenski

Art. 2º - Entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano, o empregador


pagará, como adiantamento da gratificação referida no artigo precedente, de uma só
vez, metade do salário recebido pelo respectivo empregado no mês anterior.
§ 1º - O empregador não estará obrigado a pagar o adiantamento, no mesmo mês, a
todos os seus empregados.
§ 2º - O adiantamento será pago ao ensejo das férias do empregado, sempre que
este o requerer no mês de janeiro do correspondente ano.
Ex.: empregado admitido no dia 20/10/2019 e dispensado em 26/06/2020 – não
tendo recebido a gratificação natalina no período trabalhado – quando foi mandado
embora também não recebeu.
2019 – 20/10 31/12 – no mês de
outubro ele trabalhou 10 dias + novembro + dezembro (02 meses) = 2 meses e 10
dias – décimo terceiro proporcional
2020 – 01/01 26/06 – trabalhou de
janeiro a junho (26 dias)- 05 meses e 26 dias -13º salário proporcional
*Se os dias são abaixo de 15 se despreza – o empregado recebe proporcional de
2/12.
* 15 ou mais dias = 01 mês – o empregado receberá 6/12.
Art. 7º, VIII CR - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no
valor da aposentadoria;
PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS OU RESULTADOS (PLR) – valor recebido a título
de participação está desvinculado da remuneração – valor não repercute dos demais
direitos – Art.7º, XI CR - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da
remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme
definido em lei;
Lei 10101/2000 - Art. 2o A participação nos lucros ou resultados será objeto de
negociação entre a empresa e seus empregados, mediante um dos procedimentos a
seguir descritos, escolhidos pelas partes de comum acordo:
I - comissão paritária escolhida pelas partes, integrada, também, por um
representante indicado pelo sindicato da respectiva categoria; (Redação dada pela
Lei nº 12.832, de 2013) (Produção de efeito)
II - convenção ou acordo coletivo.
Sd jurisadvogando – Sandra Mara Dobjenski

Para fins de estabelecimento da distribuição da repartição da PLR isso pode se dar


internamente entre empregado e empregador em que será formada uma comissão
paritária tendo a participação do sindicato justamente para que possam estabelecer
a forma com que essa repartição será feita ou a instituição da repartição dessa
participação nos lucros ou resultados ela vem por meio de acordo ou convenção
coletiva.
Art. 3o § 2o É vedado o pagamento de qualquer antecipação ou distribuição de
valores a título de participação nos lucros ou resultados da empresa em mais de 2
(duas) vezes no mesmo ano civil e em periodicidade inferior a 1 (um) trimestre
civil. (Redação dada pela Lei nº 12.832, de 2013) (Produção de efeito)
Art. 611-A.CLT A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm
prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: (Incluído
pela Lei nº 13.467, de 2017) (negociado sobre o legislado – o que for
estabelecido no acordo ou convenção coletiva prevalece sobre a lei)
XV - participação nos lucros ou resultados da empresa. (Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017)
Súmula nº 451 do TST
PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS. RESCISÃO CONTRATUAL
ANTERIOR À DATA DA DISTRIBUIÇÃO DOS LUCROS. PAGAMENTO
PROPORCIONAL AOS MESES TRABALHADOS. PRINCÍPIO DA
ISONOMIA. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 390 da SBDI-1) – Res.
194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014
Fere o princípio da isonomia instituir vantagem mediante acordo coletivo ou norma
regulamentar que condiciona a percepção da parcela participação nos lucros e
resultados ao fato de estar o contrato de trabalho em vigor na data prevista para a
distribuição dos lucros. Assim, inclusive na rescisão contratual antecipada, é devido
o pagamento da parcela de forma proporcional aos meses trabalhados, pois o ex-
empregado concorreu para os resultados positivos da empresa.
*Convenção coletiva do trabalho colocou que será repartido no mês de dezembro de
cada ano, somente os contratos que estiverem em vigor em dezembro de cada ano
– Maria trabalhou do mês de janeiro até o mês de julho – no mês de dezembro
Sd jurisadvogando – Sandra Mara Dobjenski

quando ocorrer a repartição o contrato dela não estará em vigor – TST entendeu que
Maria tem direito ao PLR de forma proporcional.

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