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ESFC Módulo III

2022

ESTÁGIO SETORIAL
FISCAL DE
CONTRATOS

Módulo III – OBRIGAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS


E TRABALHISTAS

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10º Centro de Gestão, Contabilidade e Finanças do


Exército
ESFC Módulo III

Atualizações

Breve descrição da
Autor Data (dd mmm) Item alterado
alteração

(Atenção: esta apostila não deve ser usada como amparo legal,
tratando-se apenas de um material didático de apoio para estudo e
eventuais consultas)

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Sumário

1. APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................4
1.1. Objetivos do Curso ........................................................................................................................ 4

1.2 Objetivos de Aprendizagem do Modulo ........................................................................................ 4

2.OBRIGAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS E TRABALHISTAS ...................................................................5


2.1 Responsabilidade da Administração ............................................................................................. 6

2.2 Normas tributárias........................................................................................................................... 8

3. PLANILHA DE CUSTOS .......................................................................................................................8


3.1 Modelos de Planilha ..................................................................................................................... 12

3.2. Diretrizes ou tipos de Fiscalização Administrativa .................................................................... 14

3.3 Finalidade das Planilhas de Custos ............................................................................................ 15

4. CONTA DEPÓSITO VINCULADA...................................................................................................... 17


5.GARANTIAS .......................................................................................................................................... 18

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1. APRESENTAÇÃO

Prezado instruendo,
Esta apostila foi estruturada para servir de guia para o Estágio Setorial Fiscal de
Contratos, que será coordenado pelo 10º Centro de Gestão, Contabilidade e Finanças do
Exército e ministrado na modalidade de Ensino a Distância (EAD).

1.1. Objetivos do Curso

De maneira geral, contribuir com o Instituto de Economia e Finanças do Exército


(IEFEx) nas atividades de ensino de interesse da Secretaria de Economia e Finanças,
desenvolvidas na modalidade de Ensino a Distância (EaD) e, principalmente
disponibilizar, aos Agentes da Administração das Unidades Gestoras do Exército, um
material didático de fácil entendimento e mais direcionado as nossas atividades.
Oferecer aos Agentes da Administração das Organizações Militares, responsáveis
pela fiscalização de contratos, a oportunidade de refletirem sobre a importância dos
mesmos na fiscalização dos contratos de aquisição ou contratação de serviços, e sobre o
quanto a fiscalização contratual adequada são cruciais para o sucesso do processo
licitatório.

1.2 Objetivos de Aprendizagem do Modulo

Ao final do Modulo, o instruindo será capaz de:


Reconhecer as principais atividades pelo Gestor de Contrato e seus assessores,
os Fiscais de contratos

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2. OBRIGAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS E TRABALHISTAS

Conforme a IN 5/2017-SEGES:

Art. 39. As atividades de gestão e fiscalização da execução contratual são o


conjunto de ações que tem por objetivo aferir o cumprimento dos resultados previstos
pela Administração para os serviços contratados, verificar a regularidade das obrigações
previdenciárias, fiscais e trabalhistas, bem como prestar apoio à instrução processual e o
encaminhamento da documentação pertinente ao setor de contratos para a formalização
dos procedimentos relativos a repactuação, alteração, reequilíbrio, prorrogação,
pagamento, eventual aplicação de sanções, extinção dos contratos, dentre outras, com
vista a assegurar o cumprimento das cláusulas avençadas e a solução de problemas
relativos ao objeto.

(...)

Art. 40. O conjunto de atividades de que trata o artigo anterior compete ao gestor
da execução dos contratos, auxiliado pela fiscalização técnica, administrativa, setorial e
pelo público usuário, conforme o caso, de acordo com as seguintes disposições:

(...)

III - Fiscalização Administrativa: é o acompanhamento dos aspectos administrativos


da execução dos serviços nos contratos com regime de dedicação exclusiva de mão de
obra quanto às obrigações previdenciárias, fiscais e trabalhistas, bem como quanto às
providências tempestivas nos casos de inadimplemento;
As atividades da Fiscalização administrativa estão previstas no Anexo VIII-B da IN
5/2017-SEGES que trata de todas as fases da contratação, de onde destacamos as
atividades mensais:

10.2. Fiscalização mensal (a ser feita antes do pagamento da fatura)

a) Deve ser feita a retenção da contribuição previdenciária no valor de 11% (onze


por cento) sobre o valor da fatura e dos impostos incidentes sobre a prestação do serviço.
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b) Deve ser consultada a situação da empresa junto ao SICAF.

c) Serão exigidas a Certidão Negativa de Débito (CND) relativa a Créditos


Tributários Federais e à Dívida Ativa da União, o Certificado de Regularidade do FGTS
(CRF) e a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT), caso esses documentos
não estejam regularizados no Sicaf.

d) Exigir, quando couber, comprovação de que a empresa mantém reserva de


cargos para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social, conforme
disposto no art. 66-A da Lei nº 8.666, de 1993.

2.1 Responsabilidade da Administração

É importante identificar as responsabilidades subsidiárias e solidárias da


Administração Pública.

A responsabilidade da Administração pode gerar processos para apurar se agentes


públicos que deram causa e aplicar penalidades nesses agentes.

Culpa in vigilando e culpa in elegendo

No processo de terceirização, a empresa tomadora do serviço assume o risco de


responder pelos danos causados ao trabalhador, no caso de inadimplência da prestadora.

No entanto, quando a tomadora for integrante da Administração Pública Direta ou


Indireta, a responsabilidade pelas obrigações trabalhistas só será transferida quando
ficarem demonstradas, além da inadimplência do empregador direto, a culpa in
vigilando (falta de fiscalização do cumprimento das obrigações trabalhistas) ou/e a culpa
in eligendo (má escolha da prestadora de serviços) da entidade.

(texto extraído da página do TST)

a. Lei 8.666/1993

Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários,


fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato.

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§ 1o A inadimplência do contratado, com referência aos encargos trabalhistas,


fiscais e comerciais não transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu
pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso
das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis.(Redação dada pela Lei
nº 9.032, de 1995).

§ 2o A Administração Pública responde solidariamente com o contratado pelos


encargos previdenciários resultantes da execução do contrato, nos termos do art. 31 da
Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991.(Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995).

b. Súmula 331 – TST (Tribunal Superior do Trabalho)

CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE (nova redação do


item IV e inseridos os itens V e VI à redação) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30
e 31.05.2011.

I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o


vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário
(Lei nº 6.019, de 03.01.1974).

II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera


vínculo de emprego com os órgãos da Administração Pública direta, indireta ou
fundacional (art. 37, II, da CF/1988).

III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de


vigilância (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de
serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a
pessoalidade e a subordinação direta.

IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica


a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações,
desde que haja participado da relação processual e conste também do título executivo
judicial.

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V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta respondem


subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta
culposa no cumprimento das obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente
na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de
serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero
inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente
contratada.

VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas


decorrentes da condenação referentes ao período da prestação laboral.

2.2 Normas tributárias


a. IN 1.234/2012 - Dispõe sobre a retenção de tributos nos pagamentos efetuados
pelos órgãos da administração pública federal direta, autarquias e fundações federais,
empresas públicas, sociedades de economia mista e demais pessoas jurídicas que
menciona a outras pessoas jurídicas pelo fornecimento de bens e serviços.

b. IN 971/2009 - Dispõe sobre normas gerais de tributação previdenciária e de


arrecadação das contribuições sociais destinadas à Previdência Social e as destinadas a
outras entidades ou fundos, administradas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil
(RFB).

c. LC 116/2003 - Dispõe sobre o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de


competência dos Municípios e do Distrito Federal, e dá outras providências.

3. PLANILHA DE CUSTOS
Conforme o Acórdão 2.215/2012-TCU-P, a planilha tem caráter demonstrativo dos
custos que permite estabelecer parâmetros de comparação da proposta. A proposta
formulada na licitação vincula o contratado, mas quanto aos aspectos relacionados à
própria contratante, tais como os preços que serão cobrados da Administração, as
especificações dos materiais que serão empregados, as características dos serviços que
serão prestados, as técnicas empregadas, o ritmo de execução etc. Não quanto ao preço
de insumos a serem adquiridos de terceiros.

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A planilha de custos servirá de base análise do preço oferecido, para


reajustes a alterações contratuais.

Lei 8.666/1993

Art. 7º/§2º As obras e os serviços somente poderão ser licitados quando:

II - existir orçamento detalhado em planilhas que expressem a composição de


todos os seus custos unitários;

Art. 40/§2o Constituem anexos do edital, dele fazendo parte integrante:

II - orçamento estimado em planilhas de quantitativos e preços unitários;

Art. 58/§1o As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos


administrativos não poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado.

Decreto 10.024/2019

Art. 3º. (...)

XI - termo de referência - documento elaborado com base nos estudos técnicos


preliminares, que deverá conter:

a) os elementos que embasam a avaliação do custo pela administração pública, a


partir dos padrões de desempenho e qualidade estabelecidos e das condições de entrega
do objeto, com as seguintes informações:

1. a definição do objeto contratual e dos métodos para a sua execução, vedadas


especificações excessivas, irrelevantes ou desnecessárias, que limitem ou frustrem a
competição ou a realização do certame;

2. o valor estimado do objeto da licitação demonstrado em planilhas, de acordo


com o preço de mercado; e

3. o cronograma físico-financeiro, se necessário;

b) o critério de aceitação do objeto;

c) os deveres do contratado e do contratante;

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d) a relação dos documentos essenciais à verificação da qualificação técnica e


econômico-financeira, se necessária;

e) os procedimentos de fiscalização e gerenciamento do contrato ou da ata de


registro de preços;

f) o prazo para execução do contrato; e

g) as sanções previstas de forma objetiva, suficiente e clara.

§ 1º A classificação de bens e serviços como comuns depende de exame


predominantemente fático e de natureza técnica.

§ 2º Os bens e serviços que envolverem o desenvolvimento de soluções


específicas de natureza intelectual, científica e técnica, caso possam ser definidos nos
termos do disposto no inciso II do caput, serão licitados por pregão, na forma eletrônica.

Decreto 7.983/2013

Art. 1o Este Decreto estabelece regras e critérios a serem seguidos por órgãos e
entidades da administração pública federal para a elaboração do orçamento de referência
de obras e serviços de engenharia, contratados e executados com recursos dos
orçamentos da União.

Art. 2o Para os fins deste Decreto, considera-se:

I - custo unitário de referência - valor unitário para execução de uma unidade de


medida do serviço previsto no orçamento de referência e obtido com base nos sistemas
de referência de custos ou pesquisa de mercado;

II - composição de custo unitário - detalhamento do custo unitário do serviço que


expresse a descrição, quantidades, produtividades e custos unitários dos materiais, mão
de obra e equipamentos necessários à execução de uma unidade de medida;

- custo total de referência do serviço - valor resultante da multiplicação do


quantitativo do serviço previsto no orçamento de referência por seu custo unitário de
referência;

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IV - custo global de referência - valor resultante do somatório dos custos totais de


referência de todos os serviços necessários à plena execução da obra ou serviço de
engenharia;

V - benefícios e despesas indiretas - BDI - valor percentual que incide sobre o


custo global de referência para realização da obra ou serviço de engenharia;

VI - preço global de referência - valor do custo global de referência acrescido do


percentual correspondente ao BDI;

VII - valor global do contrato - valor total da remuneração a ser paga pela
administração pública ao contratado e prevista no ato de celebração do contrato para
realização de obra ou serviço de engenharia;

VIII - orçamento de referência - detalhamento do preço global de referência que


expressa a descrição, quantidades e custos unitários de todos os serviços, incluídas as
respectivas composições de custos unitários, necessários à execução da obra e
compatíveis com o projeto que integra o edital de licitação;

IN 05/2017-SEGES/PDG/MinEcon

O anexo VII da IN estabelece as diretrizes para elaboração do instrumento


convocatório e no anexo VII-D está previsto o modelo de planilha de custos.

7.6. A análise da exequibilidade da proposta de preços nos serviços continuados


com dedicação exclusiva da mão de obra deverá ser realizada com o auxílio da planilha
de custos e formação de preços, a ser preenchida pelo licitante em relação à sua
proposta final;

7.7. O modelo de planilha de custos e formação de preços previsto no Anexo VII-D


desta Instrução Normativa deverá ser adaptado às especificidades do serviço e às
necessidades do órgão ou entidade contratante, de modo a permitir a identificação de
todos os custos envolvidos na execução do serviço, e constituirá anexo do ato
convocatório a ser preenchido pelos proponentes;

7.8. Quando a modalidade de licitação for pregão, realizado na forma eletrônica, a


planilha de custos e formação de preços deverá ser entregue e analisada no momento da
aceitação do lance vencedor;
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7.9. Erros no preenchimento da planilha não são motivos suficientes para a


desclassificação da proposta, quando a planilha puder ser ajustada sem a necessidade
de majoração do preço ofertado, e desde que se comprove que este é o bastante para
arcar com todos os custos da contratação;

Súmula 254/TCU

O IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica – e a CSLL – Contribuição Social


sobre o Lucro Líquido – não se consubstanciam em despesa indireta passível de inclusão
na taxa de Bonificações e Despesas Indiretas „ BDI do orçamento-base da licitação, haja
vista a natureza direta e personalística desses tributos, que oneram pessoalmente o
contratado.

3.1 Modelos de Planilha

Conforme o anexo VII-D da IN 5/2017-SEGES


QUADRO-RESUMO DO CUSTO POR EMPREGADO

Mão de obra vinculada à execução contratual Valor (R$)


(valor por empregado)

A Módulo 1 - Composição da Remuneração

B Módulo 2 - Encargos e Benefícios Anuais, Mensais e Diários

C Módulo 3 - Provisão para Rescisão

D Módulo 4 - Custo de Reposição do Profissional Ausente

E Módulo 5 - Insumos Diversos

Subtotal (A + B +C+ D+E)

F Módulo 6 - Custos Indiretos, Tributos e Lucro

Valor Total por Empregado

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QUADRO DEMONSTRATIVO DO VALOR GLOBAL DA PROPOSTA

VALOR GLOBAL DA PROPOSTA

DESCRIÇÃO VALOR
(R$)

A Valor proposto por unidade de medida *

B Valor mensal do serviço

C Valor global da proposta


(Valor mensal do serviço multiplicado pelo número de meses
do contrato).

COMPLEMENTO DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA E CONSERVAÇÃO


PREÇO MENSAL UNITÁRIO POR M² (metro quadrado)

ÁREA INTERNA - (Fórmulas exemplificativas de cálculo para área interna - alíneas “a” e
“b” do subitem 3.1. do Anexo VI-B; para as demais alíneas, deverão ser incluídos novos campos
na planilha com a metragem adequada).

(1) (2) (1x2)


PRODUTIVIDADE PREÇO HOMEM-MÊS SUBTOTAL
MÃO DE OBRA (1/M²) (R$) (R$/M²)

ENCARREGADO _____1______
(30** x P*)

SERVENTE __1__
P*

TOTAL

P = produtividade de referência do trabalhador prevista no subitem 3.1.


PRODUTIVIDADE: capacidade de realização de determinado volume de tarefas, em função de
uma determinada rotina de execução de serviços, considerando-se os recursos humanos,
materiais e tecnológicos disponibilizados, o nível de qualidade exigido e as condições do local de
prestação do serviço.
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Vejamos os valores de produtividade previstos para áreas internas


3. Nas condições usuais serão adotados índices de produtividade por servente em jornada de oito
horas diárias, de acordo com os seguintes parâmetros:
3.1. Áreas Internas:
a) Pisos acarpetados: 800 m2 a 1200 m2;
b) Pisos frios: 800 m² a 1200 m2;
c) Laboratórios: 360 m² a 450 m2;
d) Almoxarifados/galpões: 1500 m² a 2500 m2;
e) Oficinas: 1200 m² a 1800 m2;
f) Áreas com espaços livres - saguão, hall e salão: 1000 m² a 1500 m2; e
g) Banheiros: 200 m² a 300 m².
* Caso as produtividades mínimas adotadas sejam diferentes, estes valores das planilhas, bem
como os coeficientes deles decorrentes (Ki e Ke), deverão ser adequados à nova situação.

** Caso a relação entre serventes e encarregados sejam diferentes, os valores das planilhas, bem
como os coeficientes deles decorrentes (Ki e Ke), deverão ser adequados à nova situação.

3.2. Diretrizes ou tipos de Fiscalização Administrativa


1) Fiscalização inicial (no momento em que a prestação de serviços é iniciada);

2) Fiscalização mensal (a ser feita antes do pagamento da fatura);

3) Fiscalização diária (verificações e inspeções);

4) Fiscalização procedimental (Férias, reajustes salarias etc.);

5) Fiscalização por amostragem (contracheques, extratos de FGTS e INSS);

PLANILHA-RESUMO

Conforme a IN 5/2017-SEGES, no momento em que a prestação de serviços é


iniciada, deve ser elaborada planilha-resumo de todo o contrato administrativo, pelo Fiscal
Administrativo. Ela conterá informações sobre todos os empregados terceirizados que
prestam serviços no órgão ou entidade, divididos por contrato, com os seguintes dados:
nome completo, número de inscrição no CPF, função exercida, salário, adicionais,
gratificações, benefícios recebidos, sua especificação e quantidade (vale-transporte,

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auxílio-alimentação), horário de trabalho, férias, licenças, faltas, ocorrências e horas


extras trabalhadas.

De acordo com a Portaria 37/2020-SEF, art. 18/IIao Fiscal Administrativo do


Contrato incumbe elaborar a planilha-resumo do contrato, contendo as informações sobre
todos os empregados terceirizados que prestam serviços na unidade, com os seguintes
dados: nome completo, número de inscrição no CPF, função exercida, salário, adicionais,
gratificações, benefícios recebidos, sua especificação e quantidade (vale-transporte,
auxílio-alimentação), horário de trabalho, férias, licenças, faltas, ocorrências e horas
extras trabalhadas.

No art. 21/VIII Compete à Administração da UA (por meio da Fiscalização


Administrativa/Divisão Administrativa ou seção equivalente), entre outras
responsabilidades, elaborar planilha-resumo dos contratos administrativos, evidenciando
o acompanhamento dos estágios da despesa, a qual deverá ser anexada ao Relatório de
Prestação de Contas Mensal.

3.3 Finalidade das Planilhas de Custos

ACÓRDÃO 2.215/2012-TCU-PLENÁRIO

14.8. Acata-se o entendimento expresso pelo MP/TCU no referido parecer, cujos


principais fundamentos podem ser assim sintetizados (o que não dispensa, contudo, a
consideração, na íntegra, do citado estudo, pela inter-relação das teses desenvolvidas):

a) a composição de custos apresentada na licitação é demonstrativa do preço a ser


cobrado da Administração pelos bens e serviços contratados, mas não dos custos que
serão incorridos pelo contratado para cumprir o objeto;

b) a apresentação da planilha é necessária como meio de viabilizar a comparação


objetiva das propostas em disputa, a análise da compatibilidade dos preços ofertados na
licitação com os praticados no mercado e o exame de futuros pleitos de reajustes
contratuais. Não, porém, para vincular o contratado quanto aos custos unitários, sujeitos a
oscilações próprias da dinâmica do mercado;
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c) o contrato por empreitada é celebrado por preço fixo; a retribuição do contratado


se dá mediante o preço avençado, e não por uma margem de lucro. Se, de um lado, o
empreiteiro assume os riscos de eventuais variações de preço dos materiais e da mão de
obra, de outro tem a garantia de receber remuneração prévia e precisamente definida;

d) fixado o preço do contrato, variações normais do custo dos insumos constituem


riscos do negócio, a serem suportados pelas partes. Assim como variações que elevem o
preço devem ser assumidas pelo contratado, a Administração, por outro lado, não poderá
reivindicar ganhos oriundos de reduções havidas dentro da dinâmica normal dos preços.
Essas oscilações ordinárias motivam, tão somente, a aplicação de reajustes anuais,
segundo índices setoriais ou globais, conforme disponha o edital da licitação e o contrato;

e) a proposta formulada na licitação vincula o contratado, mas quanto aos aspectos


relacionados à própria contratante, tais como os preços que serão cobrados da
Administração, as especificações dos materiais que serão empregados, as características
dos serviços que serão prestados, as técnicas empregadas, o ritmo de execução etc. Não
quanto ao preço de insumos a serem adquiridos de terceiros. Caso contrário, estar-se-ia
ajustando estipulações em favor de terceiros (os fornecedores dos insumos) e de difícil
conformação: "se a empresa contratada, ao ser citada, proceder ao pagamento da
diferença apurada pelo TCU aos seus funcionários [ou a outros fornecedores, conforme o
caso], ainda assim poder-se-ia falar em descumprimento da cláusula contratual e em
dano à Administração?";

f) uma vez que tenha obtido o menor preço oferecido na licitação e que este seja
compatível com o mercado, a Administração não atende ao interesse público ao
expropriar o contratado de vantagens conseguidas como resultado de seu esforço e de
seus méritos;

g) em resumo, as planilhas de custos servem à avaliação de exequibilidade das


propostas oferecidas na licitação, à comparação com os preços de mercado e como
parâmetro para aferição do equilíbrio econômico-financeiro do contrato se este for
alcançado por eventos imprevisíveis, não representando um compromisso do contratado
sobre o quanto ele vai gastar na aquisição dos insumos necessários, incluída aí a mão de
obra;

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h) fosse o caso de o Poder Público firmar contrato que não corresponda a essa
regra geral, estabelecendo fórmula específica de retribuição do contratado, isso deveria
ser objeto de explícita disposição do edital, e não de mera dedução a partir da
composição de custos oferecidas pelo licitante;

i) por tudo isso, a referência do sobrepreço deve ser preferencialmente o valor de


mercado, e não eventuais diferenças, a menor, entre o valor dos insumos cotados e
aqueles efetivamente adquiridos, e que se situem dentro de margens de oscilação
naturais do mercado.

14.9. Por essas razões, opina-se pelo provimento do presente recurso, com a
consequente exclusão dos subitens 9.1.1.3, 9.1.2, 9.1.3 e subitens, 9.1.4 e 9.1.5 do
acórdão recorrido.

Acórdão TCU Plenário 2.438/2013

O referido acórdão prevê em seu item 9.2. conhecer dos pedidos de reexame,
para, no mérito, dar-lhes provimento, de modo a tornar insubsistentes os itens 9.2.1,
9.2.1.1, 9.2.2.1, 9.2.2.2, 9.2.3.2 e 9.3 do Acórdão 1233/2008-Plenário.

4. CONTA DEPÓSITO VINCULADA


As provisões realizadas pela Administração contratante para o pagamento dos
encargos trabalhistas, em relação à mão de obra das empresas contratadas para prestar
serviços de forma contínua, por meio de dedicação exclusiva de mão de obra, serão
destacadas do valor mensal do contrato e depositadas pela Administração em Conta-
Depósito Vinculada ― bloqueada para movimentação, aberta em nome do prestador de
serviço.

A utilização da Conta-Depósito Vinculada está prevista no anexo XII da IN


05/2017-PDG/MinEcon, Conta-Depósito Vinculada bloqueada para movimentação.

No gerenciamento de riscos, art. 18/§1º da IN 5/2017-SEGES, está previsto o risco


de descumprimento das obrigações trabalhistas, previdenciárias e com FGTS da
contratada, para isso foram previstas as seguintes medidas:

I - Conta-Depósito Vinculada ― bloqueada para movimentação, conforme disposto


em Caderno de Logística, elaborado pela SEGES/PDG/MinEcon; ou
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II - Pagamento pelo Fato Gerador, conforme disposto em Caderno de Logística,


elaborado pela SEGES/PDG/MinEcon.

Na página do comprasnet estão disponíveis no Caderno de logística:

- caderno sobre Conta Vinculada;

- caderno sobre Fato Gerador.

Quais provisões devem ser retidas quando do pagamento e depositadas na conta


vinculada?

a. 13º (décimo terceiro) salário;

b. férias e 1/3 (um terço) constitucional de férias;

c) multa sobre o FGTS e contribuição social para as rescisões sem justa causa; e

d) encargos sobre férias e 13o (décimo terceiro) salário.

5.GARANTIAS

TIPOS DE GARANTIA

a. de habilitação Art. 31/III

b. adicional (de exequibilidade) Art. 48/§2º

c. de execução Art. 56

d. de fiel depositário Art. 56/§5º

e. complementar (reajustes e Item 3.1/k) do Anexo VII-F da IN 5/2017-


repactuações) SEGES

De acordo com a Lei 8.666/1993:

Art. 31.A documentação relativa à qualificação econômico-financeira limitar-se-á a:

(...)

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III - garantia, nas mesmas modalidades e critérios previstos no "caput" e § 1o do


art. 56 desta Lei, limitada a 1% (um por cento) do valor estimado do objeto da
contratação.

(...)

§ 2º A Administração, nas compras para entrega futura e na execução de obras e


serviços, poderá estabelecer, no instrumento convocatório da licitação, a exigência de
capital mínimo ou de patrimônio líquido mínimo, ou ainda as garantias previstas no
§ 1o do art. 56 desta Lei, como dado objetivo de comprovação da qualificação econômico-
financeira dos licitantes e para efeito de garantia ao adimplemento do contrato a ser
ulteriormente celebrado.

(...)

Art. 48

§ 2º Dos licitantes classificados na forma do parágrafo anterior cujo valor global da


proposta for inferior a 80% (oitenta por cento) do menor valor a que se referem as alíneas
"a" e "b", será exigida, para a assinatura do contrato, prestação de garantia adicional,
dentre as modalidades previstas no § 1º do art. 56, igual a diferença entre o valor
resultante do parágrafo anterior e o valor da correspondente proposta.

(...)

Art. 56.A critério da autoridade competente, em cada caso, e desde que prevista no
instrumento convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações de
obras, serviços e compras.

§ 1º Caberá ao contratado optar por uma das seguintes modalidades de garantia:

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MODALIDADES DE GARANTIA

Caução em dinheiro

Caução em títulos da dívida pública

Seguro-garantia

Fiança bancária

I - caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública, devendo estes ter sido


emitidos sob a forma escritural, mediante registro em sistema centralizado de liquidação e
de custódia autorizado pelo Banco Central do Brasil e avaliados pelos seus valores
econômicos, conforme definido pelo Ministério da Fazenda;

II - seguro-garantia;

III - fiança bancária.

§ 2o A garantia a que se refere o caput deste artigo não excederá a cinco por cento
do valor do contrato e terá seu valor atualizado nas mesmas condições daquele,
ressalvado o previsto no parágrafo 3o deste artigo.

§ 3º Para obras, serviços e fornecimentos de grande vulto envolvendo alta


complexidade técnica e riscos financeiros consideráveis, demonstrados através de
parecer tecnicamente aprovado pela autoridade competente, o limite de garantia previsto
no parágrafo anterior poderá ser elevado para até dez por cento do valor do contrato.

§ 4º A garantia prestada pelo contratado será liberada ou restituída após a


execução do contrato e, quando em dinheiro, atualizada monetariamente.

§ 5º Nos casos de contratos que importem na entrega de bens pela Administração,


dos quais o contratado ficará depositário, ao valor da garantia deverá ser acrescido o
valor desses bens.

(...)

Art. 79.

(...)

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ESFC Módulo III

§ 2º Quando a rescisão ocorrer com base nos incisos XII a XVII do artigo anterior,
sem que haja culpa do contratado, será este ressarcido dos prejuízos regularmente
comprovados que houver sofrido, tendo ainda direito a:

I - devolução de garantia;

(...)

Art. 80. A rescisão (determinada por ato unilateral e escrita da Administração, nos
casos enumerados nos incisos I a XII e XVII do artigo 78) acarreta as seguintes
consequências, sem prejuízo das sanções previstas nesta Lei:

(...)

III - execução da garantia contratual, para ressarcimento da Administração, e dos


valores das multas e indenizações a ela devidos;

(...)

Art. 86.O atraso injustificado na execução do contrato sujeitará o contratado à


multa de mora, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato.

(...)

§ 2º A multa, aplicada após regular processo administrativo, será descontada da


garantia do respectivo contratado.

§ 3º Se a multa for de valor superior ao valor da garantia prestada, além da perda


desta, responderá o contratado pela sua diferença, a qual será descontada dos
pagamentos eventualmente devidos pela Administração ou ainda, quando for o caso,
cobrada judicialmente.

Os depósitos serão efetuados na Caixa Econômica Federal conforme o Decreto-


Lei 1.737/1979 e alteração pelo Decreto-Lei 2.323/1987.

Conforme o item 5 da Revista 114/TCU

RECEBIMENTO DO OBJETO COMO ETAPA FINAL DA LIQUIDAÇÃO DA


DESPESA

Somente após o recebimento definitivo deverá ser providenciado o pagamento do


saldo existente em relação ao valor contratual e liberada a garantia (§ 4º do artigo 56 da
Lei nº 8.666/1993). A vigência dessa garantia, portanto, no caso de utilização da
modalidade seguro-garantia, deverá estender-se até o recebimento definitivo da obra.

- Conforme a IN 5/2017 – SEGES

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Art. 65. Até que a contratada comprove o disposto no artigo anterior, o órgão ou
entidade contratante deverá reter:

I - a garantia contratual, conforme art. 56 da Lei nº 8.666, de 1993, prestada com


cobertura para os casos de descumprimento das obrigações de natureza trabalhista e
previdenciária pela contratada, que será executada para reembolso dos prejuízos sofridos
pela Administração, nos termos da legislação que rege a matéria; e

II - os valores das Notas fiscais ou Faturas correspondentes em valor proporcional


ao inadimplemento, até que a situação seja regularizada.

Parágrafo único. Na hipótese prevista no inciso II do caput, não havendo quitação


das obrigações por parte da contratada no prazo de quinze dias, a contratante poderá
efetuar o pagamento das obrigações diretamente aos empregados da contratada que
tenham participado da execução dos serviços objeto do contrato.

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