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Módulo I

2022

ESTÁGIO SETORIAL
PARA AUXILIARES
DE FISCALIZAÇÃO
ADMINISTRATIVA
Módulo I – Função de Auxiliar da Fiscalização
Administrativa

5º Centro de Gestão, Contabilidade e Finanças do Exército

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Atualizações

Breve descrição da
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(Atenção: esta apostila não deve ser usada como amparo


legal, tratando-se apenas de um material didático de apoio
para estudo e eventuais consultas)

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Sumário

INTRODUÇÃO............................................................................................................................................4
1. AGENTES DA ADMINISTRAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES MILITARES..........................................................5
1.1. Auxiliares dos Agentes da Administração.......................................................................................6

2. CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO....................................................................................7


3. CONTABILIDADE PATRIMONIAL...........................................................................................................11
4. CONTABILIDADE DE CUSTOS................................................................................................................14
5. ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS.....................................................................................15
6. LEGISLAÇÃO, NORMAS E DOCUMENTOS DE INTERESSE DA FISCALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA............17
CONCLUSÃO............................................................................................................................................19
REFERÊNCIAS...........................................................................................................................................20

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INTRODUÇÃO

Prezado instruendo,

Cada vez mais a Administração Pública vem se adequando aos conceitos de


eficiência, eficácia e efetividade. Hoje em dia a sociedade acompanha, fiscaliza e
cobra dos gestores públicos responsabilidade com o tratamento dos recursos que lhes
são conferidos para administrar. Ferramentas cada vez mais eficientes de controle
são disponibilizadas ao cidadão para que verifique aquilo que está sendo executado
pelos agentes públicos.
Como não poderia deixar de ser, as Organizações Militares (OM), onde muitas
são também Unidades Gestoras (UG), estão inseridas neste contexto, pois a
Administração no Exército é parte integrante da Administração Pública como um todo.
Dessa maneira, não podemos jamais esquecer que em tudo somos subordinados às
normas e princípios legais. Mais do que nunca, nossos agentes administrativos
precisam estar preparados e capacitados para exercerem com responsabilidade e
idoneidade as funções pelas quais a sociedade lhes confiou.

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1. AGENTES DA ADMINISTRAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES MILITARES

Conforme constante no Regulamento de Administração do Exército (RAE), no


seu artigo 21, os agentes da administração de uma Organização Militar são:

I. Dirigente Máximo;
II. Gestor de Ação orçamentária;
III. Ordenador de Despesas;
IV. Fiscal Administrativo;
V. Encarregado do Setor de Pessoal;
VI. Encarregado do Setor de Contabilidade;
VII. Encarregado do Setor Financeiro (Tesoureiro);
VIII. Encarregado do Setor de Material (Almoxarife);
IX. Encarregado do Setor de Aprovisionamento (Aprovisionador);
X. Encarregado da Seção de Aquisições, Licitações e Contratos (SALC);
XI. Agente de Contratação;
XII. Encarregado da Conformidade dos Registros de Gestão;
XIII. Gestor de Contrato;
XIV. Fiscal de Contrato;
XV. Comandante de Subunidade (SU) incorporada;
XVI. Chefe de Serviços;
XVII. Militares e Servidores Públicos Civis em geral;
XVIII. Oficial de Dia;
XIX. Encarregado de material da SU;
XX. Encarregados de depósitos, de oficinas ou de material; e
XXI. Qualquer pessoa física a que se tenha atribuído competência para exercer
atividade administrativa, de acordo com a legislação em vigor.

As atribuições dos agentes da administração e a capacitação exigida para o


exercício dessas funções serão reguladas pela Secretaria de Economia e Finanças
(SEF).

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1.1. Auxiliares dos Agentes da Administração

Além dos agentes mencionados no tópico anterior, o artigo 42, do RAE trata
sobre os auxiliares dos agentes da administração cuja função, como o próprio nome já
diz, é de prestar auxílio aos agentes da administração em suas respectivas
atribuições.
“Art. 42. Os auxiliares dos agentes da administração são militares ou servidores
civis, designados pelo comandante da OM, para auxiliá-los em suas respectivas
funções.”
O RAE não estabelece as atribuições dos auxiliares dos agentes da
administração e a devida capacitação exigida para o exercício dessas funções, tendo
em vista que serão reguladas pela Secretaria de Economia e Finanças (SEF).

Há, ainda, no RAE outros artigos que tratam das responsabilidades dos agentes
e seus auxiliares, como os artigos transcritos abaixo, os quais entendemos que é de
suma importância o conhecimento pelos auxiliares da fiscalização administrativa.

Art. 97. A responsabilidade dos agentes da administração decorre do princípio


da prevalência total do interesse público ou coletivo sobre o particular.
Art. 98. Todo militar ou servidor civil, investido em função, cargo ou encargo, que
vier a causar prejuízos ou danos à União, a pessoas físicas e/ou jurídicas ou ao
serviço, terá sua responsabilidade administrativa, civil e/ou criminal, vinculadas às
omissões ou atos ilegais em que incorrer ou praticar.
Art. 102. A isenção de culpa, quando for o caso, só caberá ao responsável que
tenha adotado providências de sua alçada, adequadas e oportunas, para evitar o
prejuízo ou dano.
Art. 103. O fato de uma inspeção, verificação, apuração, prestação de contas ou
tomada de contas considerar regular a situação de qualquer agente da administração
não impede que este se torne responsável por irregularidades apuradas
posteriormente.
Parágrafo único. Na situação descrita no caput deste artigo, os agentes
encarregados da inspeção, verificação, apuração, prestação de contas ou tomada de

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contas compartilharão da responsabilidade em que tiver incorrido o agente


responsável, caso seja constatado que estes encarregados tiveram conhecimento da
irregularidade e seja evidenciado o nexo causal, ou seja, a relação de causa e efeito
entre a conduta do responsável e o resultado ilícito ou a situação que teria dado
origem ao dano.
“Art. 106. Os auxiliares dos agentes da administração respondem perante os
respectivos chefes diretos.”
Art. 107. A responsabilidade que resultar de perda, dano ou extravio de recursos,
valores ou outros bens entregues aos auxiliares do agente, será a estes imputada,
exceto se ficar comprovada a responsabilidade de seu chefe ou de outrem.

No caso específico da Fiscalização Administrativa, geralmente existe a divisão


das atividades nas chamadas “carteiras”, as quais são ocupadas por auxiliares do
Fiscal que têm atribuições específicas sobre determinados assuntos inerentes à
seção. No decorrer deste estágio serão abordados assuntos e questões que deverão
ajudar direta ou indiretamente os Auxiliares da Fiscalização Administrativa a bem
cumprir seu papel de auxiliar o Fiscal Administrativo junto a execução de
procedimentos nas áreas orçamentária, financeira e patrimonial dentro da OM.

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2. CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO

O Conselho Federal de Contabilidade – CFC e a Secretaria do Tesouro Nacional


– STN estão intensificando ações para que a contabilidade aplicada ao setor público
seja, também, uma contabilidade que siga os princípios e normas contábeis
direcionados à gestão do patrimônio de entidades, oferecendo informações úteis
sobre os resultados alcançados e os aspectos orçamentários, financeiros e
patrimoniais, em apoio ao processo de decisão.
A Ciência Contábil, que tem no patrimônio seu objeto, passou recentemente
por uma das mais profundas transformações em sua história no Brasil – a
convergência aos padrões internacionais – e a Contabilidade Aplicada ao Setor
Público, neste sentido, materializa esse avanço no Novo Plano de Contas Aplicado ao
Setor Público que passou a vigorar na Administração Pública Federal a partir de 1º de
Janeiro de 2015.
A Secretaria do Tesouro Nacional – STN é o Órgão Central do Sistema de
Contabilidade Federal responsável, dentre outras competências, pela padronização
dos registros contábeis, no âmbito da União. E em decorrência das grandes
alterações que ocorreram no Sistema de Administração Financeira do Governo
Federal – SIAFI, a partir da implantação do PCASP, divulgou e tem divulgado material
didático de treinamentos das novas rotinas e procedimentos contábeis adotados pelo
Governo Federal a partir de 2015.
O Plano de Contas Aplicado ao Setor Público – PCASP representa uma das
maiores conquistas da contabilidade aplicada ao setor público. Trata-se de uma
ferramenta para a consolidação das contas nacionais e instrumento para a adoção
das normas internacionais de contabilidade.

O PCASP permitiu diversas inovações como por exemplo:

- Segregação das informações orçamentárias e patrimoniais:


registros orçamentários não influenciem ou alterem os registros patrimoniais, e
vice-versa.

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- Registro dos fatos que afetam o patrimônio público segundo o regime de


competência:
Transações que aumentam ou diminuem o patrimônio líquido, reconhecidas nos
períodos a que se referem, segundo seu fato gerador, sejam elas dependentes ou
independentes da execução orçamentária.
- Registro de procedimentos contábeis gerais em observância às normas
internacionais:
Intangíveis, reavaliação, depreciação, amortização, exaustão, redução ao valor
recuperável (impairment), dentre outros.

Esse processo de convergência visa ainda facilitar a consolidação das contas


públicas nos três níveis de governo, com a elaboração do Balanço do Setor Público
Nacional – BSPN.

Figura 1: Plano de Contas

A figura acima representa com está estruturado atualmente o PCASP.


Os grupos 1, 2, 3 e 4 se referem as contas patrimoniais. Um exemplo é a conta
1.2.3.1.1.08.01 - ESTOQUE INTERNO, que se refere ao estoque de bens móveis da
UG, inserida no grupo 1 – Ativo. Essa é uma das contas que deve estar sob total
controle da Fiscalização Administrativa.
Os grupos 5 e 6 se referem as contas orçamentárias. Todo o movimento de
crédito, empenho e liquidação, estará contido dentro das contas desse grupo.
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Um exemplo é a conta 6.2.2.1.1.00.00 - CREDITO DISPONÍVEL, onde constarão


os saldos de créditos disponíveis da UG. Outra conta que deve estar sob total controle
da Fiscalização Administrativa. Além disso, dentro desse grupo de contas teremos os
saldos de empenhos a liquidar, em liquidação, liquidados e pagos, restos a pagar,
entre outros.
Por fim, temos as contas do tipo 7 e 8 que se destinam a controles específicos
de movimentações.
Como exemplo, podemos citar as contas 8.9.9.9.2.02.01 - BENS MOVEIS A
RECEBER e 8.9.9.9.2.02.02 - BENS MOVEIS ENVIADOS, que também são contas
que devem estar sob total controle da Fiscalização Administrativa.
Todas essas contas, de interesse da fiscalização, serão melhores tratadas em
módulos específicos mais à frente.
O importante de todo esse entendimento, é observarmos que no PCASP a
divisão entre contas patrimoniais e orçamentárias proporcionaram um melhor controle
daquilo que é orçamentário e daquilo que é patrimonial cumprindo, com isso, um dos
objetivos da implantação desse novo plano de contas que foi o de dar ênfase no
objeto da Contabilidade que é o Patrimônio.
O Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público – MCASP, é hoje o
principal documento balizador das práticas contábeis nesse âmbito. É recomendável
que todo agente responsável por trabalhar com recursos públicos tenha noção e
procure se inteirar de seu conteúdo que pode ajudar em muito na realização de
práticas e tratamentos contábeis adequados.
A Diretoria de Contabilidade incentiva as Unidades Gestoras (UG) a
aperfeiçoarem seus processos administrativos, na busca permanente da melhoria
contínua da gestão pública e, consequentemente, a excelência na operacionalidade
da Força Terrestre.
Mas por que essa conceituação sobre Plano de Contas Aplicado ao Setor
Público é importante para o Auxiliar da Fiscalização Administrativa?
Como já mencionado, o objeto da Contabilidade é o Patrimônio. Várias
atividades desempenhadas pela fiscalização administrativa influenciam diretamente
aspectos relacionados ao patrimônio das Unidades Gestoras e, consequentemente,

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movimentam contas contábeis e saldos relacionados ao seu Plano de Contas. Como


exemplo podemos citar:
- Inclusão em carga de material permanente aumentará o patrimônio da UG e
ocasionará registros patrimoniais em suas contas contábeis patrimoniais.
- Transferência de materiais para outras UG diminuirá o patrimônio da UG e
ocasionará registros de saída em contas contábeis patrimoniais e contas contábeis de
controle (bens móveis em trânsito).
- Alienação de bens ocasionará registros em contas contábeis patrimoniais e de
controle da UG.
- Arrecadação de receitas oriundas de diversas fontes como, por exemplo,
aluguéis de cessionários, afetarão as contas contábeis patrimoniais de natureza
financeira e contas contábeis de controle relacionadas a receitas e contratos.
Esses exemplos procuram demonstrar ao Auxiliar da Fiscalização Administrativa
sua responsabilidade quando da execução de registros e lançamentos patrimoniais
pois estes afetarão diretamente o patrimônio da UG e, consequentemente,
ocasionarão reflexos nas contas da UG.
Mais a frente serão melhores detalhados os aspectos relacionados a contas
contábeis que devem ser de conhecimento do auxiliar nas atividades do seu dia a dia.

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3. CONTABILIDADE PATRIMONIAL

Como pudemos observar, no processo de convergência do setor público às


normas internacionais de contabilidade, o orçamento deixou de ser protagonista de
nossa administração pública dando ênfase ao patrimônio sendo este, o objeto de
estudo da ciência contábil. A grande maioria das atividades desenvolvidas pela
Fiscalização Administrativa terá reflexo na Contabilidade Patrimonial da UG. Dessa
maneira, com base em orientações já emitidas pela Diretoria de Contabilidade,
seguem algumas orientações consideradas importantes de serem observadas pelo
Fiscal Administrativo, relacionadas aos aspectos da Contabilidade Patrimonial da UG,
as quais também devem ser de conhecimento dos auxiliares deste agente, já que
caberá a ele a execução direta da maioria dessas atividades:

1. Conciliar os saldos contábeis do SIAFI e do SISCOFIS, no que se refere ao


RMA, ao RMB e ao Relatório Sintético de Depreciação (RSD), considerando as
informações contábeis do Sistema de Acompanhamento da Gestão SAG, disponível
no Portal de Contabilidade do Exército Brasileiro (intranet.dcont.eb.mil.br).
2. Cumprir as determinações do COLOG, no que se refere às rotinas do
SISCOFIS, observando as orientações disponíveis na página da intranet do COLOG,
tendo especial atenção quanto a:
a. Enviar, pelo SISCOFIS-WEB, os estoques do RMA e RMB, mensalmente,
conforme calendário estabelecido pelo Comando Logístico (COLOG);
b. Conferir pelo SISCOFIS WEB se os estoques enviados foram efetivamente
carregados; e
c. Acompanhar, pelo SAG, a situação da compatibilidade de contas e da
divergência contábil, validando assim o carregamento dos estoques. No caso de
inexistência de saldo, verificar a necessidade de enviar o estoque na modalidade
“somente contábil”.
3. Consultar periodicamente as orientações do COLOG, em sua página na
intranet, no que se refere ao controle patrimonial.

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4. Acompanhar pelo SAG a situação da depreciação mensal e acumulada,


tomando as providências necessárias para manter a plena convergência contábil dos
saldos no SIAFI e no SISCOFIS.
5. Solicitar ao Centro de Contabilidade, Gestão, Contabilidade e Finanças do
Exército (CGCFEx) de vinculação as senhas para os operadores do SAG.
6. Acompanhar as publicações disponibilizadas no Portal de Contabilidade do
Exército Brasileiro (intranet.dcont.eb.mil.br) e da SEF.
7. Envidar esforços para que não ocorra saldo alongado nas contas de Bens e
Material em trânsito.
8. Seguir as orientações contábeis emitidas pelo CGCFEx e pela D Cont.
9. Utilizar plenamente as funcionalidades do aplicativo SISCOFIS OM/OP para a
execução da movimentação de material.
10. Acompanhar as contas de “bens móveis a reparar”, “em reparo”, e “em posse
de terceiros para manutenção” se estão espelhando a realidade do bem.
11. Verificar se o registro da depreciação amortização e exaustão nas contas-
correntes específicas foram apropriadas até a data do fechamento contábil mensal da
UG, considerando o correto preenchimento das datas de emissão e valorização da
PA, de acordo com o previsto no Caderno de Orientação aos Agentes da
Administração – Gestão Patrimonial disponível no Portal da SEF
(http://intranet.sef.eb.mil.br/memento.html) e também disponível na biblioteca deste
módulo. Ressalta-se que a falta de lançamento contábil da depreciação no SIAFI
motivará o registro da conformidade contábil “com restrição”, conforme orientação da
Secretaria do Tesouro Nacional (Macro Função SIAFI 020315 – CONFORMIDADE
CONTÁBIL).
12. Executar o estabelecido na Orientação Técnica nº 02 – Emprego de
Recursos para Realização de Despesas de Capital, disponível no endereço
http://intranet.sef.eb.mil.br/a2/2584-legislacao-e-orientacoes-de-interesse-geral-a-
partir-de-2016.html e também disponível na biblioteca deste módulo.
13. Controlar o saldo e movimentação da conta de Bens Móveis em Elaboração
de acordo com o estabelecido na Orientação citada no parágrafo anterior. (Atentar
para o contido no DIEx nº 306-ASSE2/SSEF/SEF – CIRCULAR, de 27Mai2020,
disponível na biblioteca deste módulo)

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14. O saldo na conta Bens Móveis em Elaboração só deve existir enquanto o


Bem ainda estiver em processo de elaboração. Assim que possível deve ser
registrado na conta de estoque ou uso.
15. Não permitir a existência de saldo alongado nas contas de importação em
andamento de Material/Bem. Só deve existir saldo nestas quando o Bem/Material,
realmente estiverem em trânsito para o seu destino (Brasil).
16. Fazer com que os Bens e Materiais sejam registrados nas contas corretas do
SIAFI, caracterizando sua real situação.
17. Coordenar a publicação, em Boletim Administrativo, do movimento geral de
entrada e saída do material permanente e de consumo, para fins de alteração no
patrimônio da OM.
18. Solicitar ao OD, sempre que julgar necessário, a presença de técnicos ou
peritos, para exame qualitativo de material especializado a ser recebido pela OM.
19. Realizar semestralmente conferência do material carga, sendo esta ação
devidamente publicada em BI.
20. Mandar incluir em carga os materiais adquiridos de maneira tempestiva.
21. Verificar se está sendo realizada periodicamente a baixa de materiais de
consumo dos depósitos.

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4. CONTABILIDADE DE CUSTOS

Além dos aspectos relacionados ao patrimônio, a D Cont tem dado ênfase às


questões relacionadas a Contabilidade de Custos. Nesse sentido, cumprindo a Diretriz
Especial de Gestão Orçamentária e Financeira de 2020 do Comandante o Exército
que determina propor medidas visando à melhoria contínua da governança e da
gestão dos processos relacionados às áreas orçamentária, contábil, financeira, de
custos e patrimonial, com o intuito de buscar maior eficiência, economicidade e
efetividade no emprego dos recursos disponíveis e, ainda, orientação do Secretário de
Economia e Finanças, a D Cont, após estudo técnico, decidiu mudar o modus
operandi do acompanhamento das informações de custos do Comando do Exército,
deixando de utilizar Módulo de Custos, passando a buscar informações e gerar
relatórios gerenciais por meio do Tesouro Gerencial com dados do Sistema de
Informação de Custos do Governo Federal – SIC.
O Fiscal Administrativo tem o papel de Gestor de Custos da Unidade com a
competência de coordenar e orientar os demais agentes da administração. Dessa
maneira, torna-se fundamental que esse agente e seus auxiliares tenham
conhecimento dos aspectos relacionados a custos, para melhor executar o
desempenho dessa atribuição.
Este estágio é composto de um módulo específico sobre custos, onde serão
observados aspectos relacionados ao sistema de custos do Exército e orientações
específicas aos Auxiliares da Fiscalização Administrativa, responsáveis pela execução
dos registros de custos nos sistemas.

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5. ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Entre as atribuições relacionadas ao Fiscal Administrativo contidas no RAE, além


de aspectos patrimoniais, estão aquelas relacionadas às questões financeiras da OM.
Dessa maneira, torna-se interessante aos seus auxiliares terem conhecimento de
alguns aspectos básicos relacionados as questões orçamentárias e financeiras, bem
como quais atribuições são de responsabilidade do Fiscal, tendo em vista que, assim
como nos aspectos patrimoniais e de custos, grande parte dos auxiliares da
fiscalização executarão essas atividades.
Dentro das várias atribuições do Fiscal Administrativo dentro dessa área é
recomendável que observe alguns aspectos importantes como:
1. Verificar e controlar periodicamente a conta contábil de créditos disponíveis,
empenhos a liquidar, liquidados e pagos, as quais serão abordadas mais a frente
dentro desse estágio.
2. Verificar e controlar o recolhimento na conta única do tesouro, por meio de
GRU, das receitas geradas com permissionários, uso de dependências desportivas,
Hotéis de Trânsito, terminais bancários, etc.
3. Verificar se os pagamentos das faturas/Notas Fiscais, principalmente nas
contratações de serviços, estão acompanhados de todos os documentos que auxiliem
na comprovação da execução da despesa, tais como: relatórios fotográficos, relatórios
do Fiscal de Contrato, etc.
4. Possuir um controle de empenhos emitidos a mais de sessenta dias que ainda
não foram liquidados, que possam resultar na inscrição desnecessária de empenhos
em Restos a Pagar Não Processados.
5. Verificar se os empenhos dos recursos constantes do Plano de
Descentralização de Recursos (PDR), antigo Contrato de Objetivos Logísticos (COL),
estão sendo realizados dentro da finalidade prevista no Livro COL.
6. Controlar, podendo para isso ser assessorado pelo Encarregado do Setor
Financeiro, os cancelamentos de empenhos inscritos em restos a pagar não
processados e verificar se foram instaurados processos administrativos para apurar os
motivos desse cancelamento, quando for o caso, fazendo constar as informações no
RPCM da UG.

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7. Verificar a realização de empenhos de acordo com a correta classificação da


despesa, observando documentos de orientação sobre o assunto como, por exemplo,
o Caderno de Orientação aos Agentes da Administração – Apoio Administrativo e
Fundo do Exército, Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – MCASP,
DIEx nº 41-Asse2/SSEF/SEF (todos disponíveis na biblioteca deste módulo), entre
outros documentos que tratam do assunto.

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6. LEGISLAÇÃO, NORMAS E DOCUMENTOS DE INTERESSE DA FISCALIZAÇÃO


ADMINISTRATIVA

A seguir, vamos elencar algumas legislações, normas, regulamentos e


documentos que recomendamos aos auxiliares da fiscalização a observarem, das
quais algumas delas serão tratadas com mais detalhes no decorrer deste estágio:

- Constituição Federal/88.
- Lei nº 4.320/64 - Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e
controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do
Distrito Federal.
- Decreto-Lei nº 200/67 - Dispõe sobre a organização da Administração Federal,
estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa e dá outras providências.
- Lei Complementar nº 101/2000 - LRF - Estabelece normas de finanças públicas
voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências.
- Lei nº 14.133/2021 – Lei de Licitações e Contratos Administrativos.
- Decreto nº 93.872/86 - Dispõe sobre a unificação dos recursos de caixa do Tesouro
Nacional, atualiza e consolida a legislação pertinente e dá outras providências.
(Também trata sobre Restos a Pagar).
- Portaria – C Ex nº 1.555/2021 - Regulamento de Administração do Exército (RAE).
Especial atenção deve ser dada aos seguintes assuntos:
CAPÍTULO IV - Dos Procedimentos Administrativos:
Seção II - Dos bens Patrimoniais;
Seção III - Do suprimento;
Seção IV - Do recebimento e exame;
Seção V - Da inclusão no patrimônio;
Seção VI – Dos Registros Contábeis;
Seção VII - Da distribuição às frações da Organização Militar;
Seção VIII - Da descarga;
Seção IX - Dos recolhimentos; e
Seção X - Da alienação
Lembrando que existem outros temas de interesse no RAE, sendo os elencados
acima aqueles mais voltados ao Patrimônio propriamente dito.
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- Regulamento Interno e dos Serviços Gerais – RISG.


- Normas Gerais de Ação (NGA) da Unidade.
- Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público - MCASP - STN.
- Macrofunções do SIAFI (https://conteudo.tesouro.gov.br)
- Cadernos de Orientações aos Agentes da Administração da SEF
- outras Portarias do Comandante do Exército, e Portarias e pareceres da SEF e
de outros Órgãos de Direção Setorial – ODS.

Essa lista não é exaustiva e por isso é importante que se tenha fontes confiáveis
de consulta. Dentre outras fontes temos:
- Páginas dos CGCFEx na internet e intranet.
- site da SEF (intranet) no link http://intranet.sef.eb.mil.br/. Onde podem ser acessados
os diversos Cadernos de Orientação aos Agentes da Administração, assim como os
Ofícios, Pareceres, a Legislação e outras orientações expedidas pelas Assessorias
(A1 e A2) da SEF.

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CONCLUSÃO

Caros participantes, chegamos ao final deste módulo. Espero que o mesmo


tenha cumprido a finalidade de ambientá-los sobre alguns aspectos que servirão como
suporte para o decorrer do nosso estágio. Muitos dos assuntos aqui introduzidos
serão objetos de estudo mais detalhados.
No próximo módulo trataremos de alguns sistemas de interesse, os quais
envolvem atividades desenvolvidas pela Fiscalização Administrativa.

Realizaremos uma avaliação somativa que fará


parte da nota final do estágio

Bons estudos! Maj Bisler

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REFERÊNCIAS

- BRASIL. Decreto Nr 98.820, de 12 de janeiro de 1990. Aprova o Regulamento de


Administração do Exército (RAE)-(R-3). Presidência da República, Brasília, DF,
1990.

- BRASIL. Exército. Regulamento Interno e dos Serviços Gerais (RISG - R-1).


Brasília, DF, 2003.

- BRASIL. Tesouro Nacional. Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público –


8ª Edição. Brasília, DF, Ed. 2019.

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