Você está na página 1de 35

6.

Caderno de Orientação
aos Agentes da
Administração
NOÇOES BÁSICAS DE
PAGAMENTO DE PESSOAL

“Gerindo recursos para gerar poder de combate.”

2ª Edição (atualizada em JUL/22)

2022
Caderno de Orientação aos Agentes da Administração – 6.1 1
Noções Básicas de Pagamento de Pessoal

INTRODUÇÃO

Caro agente da administração,

Este documento tem por finalidade esclarecer aspectos importantes para o exercício
da sua função.
É natural que, ao assumir a função de agente da administração, os militares e
servidores civis tenham dúvidas a respeito das atividades que devem executar e as
responsabilidades envolvidas. Assim, elaborou-se este documento informativo, que, além de
renovar conhecimentos e destacar pontos importantes, tem o intuito de permitir a melhor
gestão dos recursos públicos colocados à disposição do Exército.
A fim de facilitar a compreensão, os assuntos são apresentados, observando-se as
dúvidas corriqueiras e os pontos mais importantes da legislação pertinente.
Se restarem interrogações, por favor, procure o Centro de Gestão, Contabilidade e
Finanças do Exército apoiador de sua organização militar. Caso, ainda assim, persistam
dúvidas, utilize os canais de contato disponibilizados pela SEF. Será uma satisfação esclarecer
suas dúvidas.
Convém destacar que este documento tem objetivo meramente informativo, não se
sobrepondo à legislação vigente e nem servindo como amparo legal para quaisquer
postulações.

Boa leitura!

Secretaria de Economia e Finanças


Caderno de Orientação aos Agentes da Administração – 6.1 2
Noções Básicas de Pagamento de Pessoal

SUMÁRIO

1. FINALIDADE ........................................................................................................................... 3
2. COMPOSIÇÃO DO PAGAMENTO ............................................................................................. 3
3. DIREITOS REMUNERATÓRIOS ................................................................................................. 4
3.1 ADICIONAL DE COMPENSAÇÃO ORGÂNICA ..............................................................................................4
3.2 ADICIONAL DE COMPENSAÇÃO POR DISPONIBILIDADE MILITAR ...................................................................5
3.3 ADICIONAL DE FÉRIAS ........................................................................................................................7
3.4 ADICIONAL DE HABILITAÇÃO................................................................................................................8
3.5 ADICIONAL DE PERMANÊNCIA............................................................................................................10
3.6 ADICIONAL DE TEMPO DE SERVIÇO .....................................................................................................12
3.7 ADICIONAL NATALINO ......................................................................................................................12
3.8 AJUDA DE CUSTO ............................................................................................................................12
3.9 ASSISTÊNCIA PRÉ-ESCOLAR ...............................................................................................................14
3.10 AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO .................................................................................................................15
3.11 AUXÍLIO-FARDAMENTO ..................................................................................................................15
3.12 AUXÍLIO-FUNERAL.........................................................................................................................16
3.13 AUXÍLIO-INVALIDEZ .......................................................................................................................17
3.14 AUXÍLIO-NATALIDADE ....................................................................................................................17
3.15 AUXÍLIO-TRANSPORTE ...................................................................................................................18
3.16 COMPENSAÇÃO PECUNIÁRIA ...........................................................................................................19
3.17 DIÁRIA .......................................................................................................................................20
3.18 GRATIFICAÇÃO DE LOCALIDADE ESPECIAL ...........................................................................................21
3.19 GRATIFICAÇÃO DE REPRESENTAÇÃO 2% (DOIS POR CENTO) ...................................................................22
3.20 GRATIFICAÇÃO DE REPRESENTAÇÃO DE COMANDO ..............................................................................25
3.21 PENSÃO ALIMENTÍCIA ....................................................................................................................25
3.22 PENSÃO MILITAR..........................................................................................................................27
3.23 TRANSPORTE ...............................................................................................................................27
4. ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS .................................................................................................. 29
4.1 AJUSTE DE CONTAS .........................................................................................................................29
4.2 MILITARES REINTEGRADOS POR DECISÃO JUDICIAL .................................................................................29
4.3 RENDIMENTOS ISENTOS OU NÃO TRIBUTÁVEIS ......................................................................................31
5. DISPOSIÇÕES FINAIS ............................................................................................................. 31
LEGISLAÇÃO DE REFERÊNCIA .................................................................................................... 33
Caderno de Orientação aos Agentes da Administração – 6.1 3
Noções Básicas de Pagamento de Pessoal

1. FINALIDADE

O presente caderno foi elaborado com vistas a revisar, atualizar e consolidar orientações
sobre pagamento de pessoal e remuneração, quanto aos militares no país e em tempo de paz, de
forma a proporcionar uma fonte de consulta acerca dos principais conceitos e praxes sobre a
temática aos agentes da administração.

Contudo, em virtude do presente material não ter sido concebido com o intuito de exaurir
todos os assuntos afetos à remuneração, faz-se necessário utilizá-lo como norteador para as
demandas relacionadas à área de pagamento de pessoal e não como única fonte de consulta.

2. COMPOSIÇÃO DO PAGAMENTO

A Medida Provisória nº 2.215-10, de 31 de agosto de 2001, traz nos artigos 1º e 2º os


direitos remuneratórios que compõem a remuneração dos militares do Exército, conforme se
segue:

CAPÍTULO I
DA REMUNERAÇÃO

Art. 1º A remuneração dos militares integrantes das Forças Armadas - Marinha, Exército e
Aeronáutica, no País, em tempo de paz, compõe-se de:

I - soldo;

II - adicionais:
a) militar;
b) de habilitação;
c) de tempo de serviço, observado o disposto no art. 30 desta Medida Provisória;
d) de compensação orgânica;
e) de permanência; e
f) adicional de compensação por disponibilidade militar, nos termos do disposto nos art. 8º, art.
12 e art. 20 da Lei nº 13.954, de 2019;

III - gratificações:
a) de localidade especial; e
b) de representação.

Parágrafo único. As tabelas de soldo, adicionais e gratificações são as constantes dos Anexos I,
II e III desta Medida Provisória.

Art. 2º Além da remuneração prevista no art. 1º desta Medida Provisória, os militares têm os
seguintes direitos remuneratórios:

I - observadas as definições do art. 3º desta Medida Provisória:


a) diária;
b) transporte;
c) ajuda de custo;
Caderno de Orientação aos Agentes da Administração – 6.1 4
Noções Básicas de Pagamento de Pessoal

d) auxílio-fardamento;
e) auxílio-alimentação;
f) auxílio-natalidade;
g) auxílio-invalidez; e
h) auxílio-funeral;

II - observada a legislação específica:


a) auxílio-transporte;
b) assistência pré-escolar;
c) salário-família;
d) adicional de férias; e
e) adicional natalino.

3. DIREITOS REMUNERATÓRIOS

3.1 Adicional de compensação orgânica

Parcela remuneratória mensal devida ao militar para compensação de desgaste orgânico


resultante do desempenho continuado de atividades especiais, conforme regulamentação.

Observações:
a. Ao militar que tenha feito jus ao adicional de compensação orgânica é assegurada sua
incorporação à remuneração, por quotas correspondentes ao período de efetivo desempenho da
atividade especial considerada;

b. Em função de futuras promoções, o militar terá assegurada a evolução dos cálculos para
o pagamento definitivo do adicional de compensação orgânica incidente sobre o soldo do novo
posto ou graduação, desde que, após a promoção, execute, pelo menos, um novo plano de provas
ou de exercícios;

c. Trabalho com Raios X ou substâncias radioativas: 1 cota de 1% (um por cento) do soldo
por ano de exercício da atividade num total de 10 cotas;

d. Salto em paraquedas, cumprindo missão militar: 1 cota de 1% (um por cento) do soldo
por trimestre de cumprimento de plano de provas, num total de 20 cotas;

e. Voo em aeronave militar como Tripulante Orgânico, observador aéreo, observador


meteorológico e fotogramétrico: 1 cota de 2% (dois por cento) do soldo por ano de cumprimento
de plano de provas num total de 10 cotas;

f. Imersão a bordo de submarino, mergulho com escafandro e controle de trafego aéreo: 1


cota de 2% (dois por cento) do soldo por ano de cumprimento de plano de provas, num total de
10 cotas;

g. Ao militar que exercer mais de uma atividade especial será atribuído somente o
adicional de maior valor;

h. O percentual devido aos militares que realizam a atividade especial de vôo (tripulante
orgânico e observador aéreo) e mergulho NUNCA PODERÁ SER IGUAL A 20% (vinte por cento) para
Caderno de Orientação aos Agentes da Administração – 6.1 5
Noções Básicas de Pagamento de Pessoal

aqueles que possuem menos de 10 anos cumprindo plano de provas dessas atividades especiais,
exceto para quem estiver no exercício da função;

i. O percentual devido aos militares que realizam a atividade especial de paraquedismo


NUNCA PODERÁ SER IGUAL A 20% (vinte por cento) para aqueles que possuem menos de 05 anos
de cumprimento de plano de provas dessa atividade especial, exceto para quem estiver no
exercício da função;

j. O percentual devido aos militares que realizam a atividade especial de operador de Raio
‘X’ NUNCA PODERÁ SER IGUAL A 10% (dez por cento) para aqueles que possuem menos de 10 anos
de exercício continuado dessas atividades especiais, exceto para quem estiver no exercício da
função; e

k. HVOO: 1 cota de 1% (um por cento) do soldo num total de 10 cotas – O militar que, até
1º de março de 1976, tinha direito a compensação orgânica pela metade do valor, quando em
deslocamento em aeronave militar, a serviço de natureza militar, não sendo tripulante orgânico,
observador meteorológico, observador aéreo ou observador fotogramétrico, tem o seu direito
assegurado (Art. 24 da MP nº 2.215-10, de 31 de agosto de 2001).

VALORES PERCENTUAIS INCIDENTES SOBRE O SOLDO

Situações Percentual
Voo em aeronave militar como tripulante orgânico, observador
meteorológico, observador aéreo e fotogramétrico.
Salto em paraquedas, cumprindo missão militar.
20
Imersão no exercício de funções regulamentares a bordo de submarinos.
Mergulho com escafandro ou com aparelho.
Controle de Tráfego Aéreo.
Trabalho com Raios X ou substâncias radioativas. 10
Tabela 1: elaborada conforme o ANEXO V da MP nº 2.215-10, de 31 de agosto de 2001.

3.2 Adicional de compensação por disponibilidade militar

É a parcela remuneratória mensal devida ao militar em razão da disponibilidade


permanente e da dedicação exclusiva, nos termos estabelecidos em regulamento (criado pela Lei
nº 13.954, de 16 de dezembro de 2019).

Observações:

a. É vedada a concessão cumulativa do adicional de compensação por disponibilidade


militar com o adicional de tempo de serviço, sendo assegurado, caso o militar faça jus a ambos os
adicionais, o recebimento do mais vantajoso;

b. O percentual do adicional de compensação por disponibilidade militar é irredutível e


corresponde sempre ao maior percentual inerente aos postos ou graduações alcançados pelo
militar durante sua carreira no serviço ativo, independentemente de mudança de círculos
hierárquicos, postos ou graduações;

c. O percentual do adicional de compensação por disponibilidade militar a que o militar faz


jus incidirá sobre o soldo do posto ou da graduação atual, e não serão considerados:
Caderno de Orientação aos Agentes da Administração – 6.1 6
Noções Básicas de Pagamento de Pessoal

I - postos ou graduações alcançados pelo militar como benefício, na forma prevista em lei,
em decorrência de reforma, morte ou transferência para a reserva;

II - percepção de soldo ou de remuneração correspondente a grau hierárquico superior ao


alcançado na ativa, em decorrência de reforma, morte ou transferência para a reserva; e

III - percepção de pensão militar correspondente a grau hierárquico superior ao alcançado


pelo militar em atividade, em decorrência de benefícios concedidos pela Lei nº 3.765, de 4 de maio
de 1960.

PERCENTUAIS DO ADICIONAL DE COMPENSAÇÃO POR DISPONIBILIDADE MILITAR

Posto ou Graduação Percentual


General de Exército 41
General de Divisão 38
General de Brigada 35
Coronel 32
Tenente-Coronel 26
Major 20
Capitão do Quadro Auxiliar de Oficiais 32
Capitão 12
Primeiro-Tenente do Quadro Auxiliar de Oficiais 32
Primeiro-Tenente 6
Segundo-Tenente do Quadro Auxiliar de Oficiais 32
Segundo-Tenente 5
Aspirante a Oficial 5
Cadete (último ano) e Aluno do Instituto Militar de
5
Engenharia (último ano)
Cadete (demais anos), Aluno de Órgão de Formação de
Oficiais da Reserva e Aluno do Instituto Militar de 5
Engenharia (demais anos)
Aluno da Escola Preparatória de Cadetes (último ano) e
5
Aluno da Escola de Formação de Sargentos
Aluno da Escola Preparatória de Cadetes (demais anos) 5
Subtenente 32
Primeiro-Sargento 20
Segundo-Sargento do Quadro Especial de Sargentos 26
Segundo-Sargento 12
Terceiro-Sargento do Quadro Especial de Sargentos 16
Terceiro-Sargento 6
Cabo (engajado) 6
Cabo (não engajado) 6
Taifeiro-Mor 5
Taifeiro de Primeira Classe 5
Taifeiro de Segunda Classe 5
Soldado Paraquedista (engajado) 5
Soldado-Clarim ou Corneteiro de Segunda Classe e
5
Soldado
Soldado-Recruta e Soldado-Clarim ou Corneteiro de
5
Terceira Classe
Tabela 2: elaborada conforme o ANEXO II da Lei nº 13.954, de
16 de dezembro de 2019.
Caderno de Orientação aos Agentes da Administração – 6.1 7
Noções Básicas de Pagamento de Pessoal

3.3 Adicional de férias

Valor correspondente a 1/3 (um terço) da remuneração do mês de início das férias, pago
antecipadamente.

Observações:

a. Os períodos de férias não gozadas, adquiridos até 29 de dezembro de 2000, poderão ser
contados em dobro para efeito de inatividade (não cabe direito a adicional de férias ou indenização
de férias relativas a esse período);

b. As férias dos militares podem ser gozadas em um período de trinta dias corridos, em três
períodos de dez dias ou dois períodos de quinze dias, contudo, caso as férias sejam parceladas, o
adicional de férias será pago por ocasião da concessão do primeiro período, sendo o valor
correspondente a um terço da remuneração do mês de início das férias;

c. O militar operador de raios-X ou substâncias radioativas, a cada seis meses no exercício


ininterrupto de atividades radiológicas, terá direito a um período de 20 (vinte) dias consecutivos de
férias, não acumuláveis (o período de atividade radiológica, para este fim, é contado a partir do
início da atividade radiológica);

d. O militar operador de raios-X ou substâncias radioativas que, durante o ano civil, não
houver gozado nenhum período de férias relativo ao exercício da atividade radiológica terá direito
a gozar suas férias normais de 30 (trinta) dias;

e. O militar excluído do serviço ativo, por transferência para a reserva remunerada,


reforma, demissão, licenciamento, no retorno à inatividade após a convocação ou na designação
para o serviço ativo, perceberá o valor relativo ao período de férias a que tiver direito e ao
incompleto, na proporção de um doze avos por mês de efetivo serviço, ou fração superior a quinze
dias (observar a Portaria nº 287-DGP, de 15 DEZ 20);

f. O militar que retornar ao serviço ativo por força de liminar fará jus ao adicional de férias
proporcional ao período que efetivamente prestou serviço na OM, ou seja, da data de
apresentação pronto para o serviço (por força da liminar), até a data do seu desligamento (observar
o DIEx nº 757-Asse1/SEF, de 9 DEZ 21);

g. Os militares excluídos do serviço ativo mediante “anulação de incorporação” não têm


direito às férias vencidas por ausência de amparo legal;

h. O pagamento a sucessores de militares falecidos deverá ser efetuado à pessoa


legalmente habilitada constante da declaração de beneficiário;

i. Se o Estabelecimento de Ensino conceder férias escolares com duração inferior a 30


(trinta) dias, tal período não será computado como férias regulamentares;

j. O militar reincluído por decisão judicial e licenciado por outra decisão judicial, não
havendo tempo hábil para gozar férias, poderá receber o adicional de férias bem como a
indenização de remuneração de férias (aplica-se o mesmo entendimento à situação de agregado
por problemas de saúde, ao ser licenciado ou desincorporado sem que haja tempo hábil para gozar
férias) (observar o DIEx nº 757-Asse1/SEF, de 9 DEZ 21); e
Caderno de Orientação aos Agentes da Administração – 6.1 8
Noções Básicas de Pagamento de Pessoal

k. O recruta, os convocados durante o tempo em que estiverem incorporados a


organizações militares da ativa ou matriculados em órgãos de formação de reserva que tenham
prestado serviço militar obrigatório por período inferior a 12 meses fará jus à indenização relativa
às férias, que deverá ser paga de forma proporcional incidindo sobre tal indenização o adicional
de 1/3 de férias proporcional, nos termos do §1º do art. 80 do Decreto n° 4.307/2002, respeitado
o prazo prescricional de 05 anos. Da mesma forma, tem direito à benesse o recruta excluído do
Serviço Ativo Militar a bem da disciplina ou por deserção (DIEx nº 120-SAAJ/DSM – CIRCULAR, 29
de julho de 2021 /PARECER nº 00394/2021/CONJUR-MD/CGU/AGU, 16 de junho de 2021).

3.4 Adicional de habilitação

É a parcela remuneratória mensal devida ao militar, inerente aos cursos realizados com
aproveitamento, conforme regulamentado na Portaria n° 1.443 - Cmt Ex, de 7 de janeiro de 2021,
em conformidade com o estabelecido na Portaria Normativa nº 86/GM-MD, de 22 de setembro de
2020.

Observações:

a. Os tipos de cursos existentes devem obedecer às seguintes condições:

I - de altos estudos categoria I, realizados a partir de oficiais superiores e de primeiros


sargentos;

II - de altos estudos categoria II, realizados a partir de oficiais superiores e de segundos


sargentos;

III - de aperfeiçoamento, realizados a partir de oficiais subalternos e de terceiros


sargentos;

IV - de especialização, realizados a partir de aspirantes a oficial e de terceiros sargentos; e

V - de formação, a partir da conclusão com aproveitamento dos cursos e estágios de


formação ou adaptação de oficiais e praças, realizados nas organizações militares das Forças
Armadas.

b. Os cursos do sistema de ensino civil, realizados por iniciativa própria, por militares de
carreira ou temporários, em qualquer situação, não dão direito ao adicional de habilitação;

c. A autorização para a realização de curso do sistema de ensino civil por militar de


carreira ou temporário, oficial ou praça, em qualquer situação, somente será realizada por ato do
Chefe do Estado Maior do Exército;

d. Os oficiais médicos, dentistas, farmacêuticos e veterinários, temporários, voluntários


ou não, incorporados por força da Lei nº 5.292, de 8 de junho de 1967, ou com base no art. 27 da
Lei nº 4.375, de 1964, receberão o adicional de habilitação relacionado aos cursos exigidos no edital
ou aviso de convocação, após a conclusão da primeira fase do estágio de adaptação e serviço, ainda
como aspirantes a oficial;

e. Os oficiais e praças temporários incorporados voluntariamente para o serviço militar,


com base no art. 27 da Lei nº 4.375, de 1964, receberão o adicional de habilitação relacionado aos
Caderno de Orientação aos Agentes da Administração – 6.1 9
Noções Básicas de Pagamento de Pessoal

cursos do sistema de ensino civil de nível técnico ou superior exigidos no edital ou aviso de
convocação, ainda como aspirantes a oficial e terceiros sargentos, após a conclusão da primeira fase
do estágio de adaptação técnica ou equivalente;

f. As praças incorporadas em organização militar que concluírem o serviço militar


obrigatório, por força da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964, receberão o adicional de habilitação
de formação, a partir do início da primeira prorrogação de tempo de serviço;

g. Aos egressos de órgãos de formação de oficiais da reserva, que concluírem o serviço


militar obrigatório, será concedido o adicional de habilitação de formação, após a conclusão do
Estágio de Instrução e de Preparação para Oficiais Temporários (EIPOT) e mediante convocação para
o serviço ativo para realizar o Estágio de Instrução Complementar (EIC).

h. Para a equivalência de cursos, com vistas à concessão do adicional de habilitação aos


militares temporários, serão considerados aqueles que constem no aviso ou edital de convocação
como requisito obrigatório, ou aqueles realizados após a incorporação, observado o art. 3º, § 2º, da
Portaria Normativa nº 86/GM-MD, de 22 de setembro de 2020;

i. Poderá ser concedido o adicional de habilitação, desde que atendido o estabelecido


durante a vigência da Portaria do Comandante do Exército nº 084, de 25 de janeiro de 2019, para os
cursos do sistema de ensino civil decorrentes de iniciativa própria e ainda não concluídos, desde que
possuam autorização prévia do comandante da sua organização militar ou do comando
enquadrante, concedida até 30 de setembro de 2020, devidamente registrada em boletim antes da
mencionada data;

j. O direito à percepção do adicional de habilitação é assegurado aos militares, por conta


dos cursos concluídos com aproveitamento enquanto na ativa e requeridos, quando for o caso, até
o ato de passagem para a inatividade, nos termos da Portaria n° 1.443 – Cmt Ex, de 7 de janeiro de
2021;

k. A conclusão do período de serviço militar obrigatório, disciplinado pela Lei nº 4.375, de


17 de agosto de 1964, constitui a formação exigida para a implantação do adicional de habilitação
no percentual de 12% (doze por cento) a partir da primeira prorrogação de tempo de serviço. À luz
da Portaria - C Ex n° 1.443, de 7 JAN 21, é devido o pagamento do adicional de habilitação
correspondente a formação após a conclusão do serviço militar obrigatório, devendo ser implantado
a partir do início da primeira prorrogação de tempo de serviço, independentemente de qualificação
adicional específica (DIEx nº 277-ASSE1/SSEF/SEF, de 17 de junho de 2021);

l. Não é devido o adicional de habilitação de formação para os militares temporários


incorporados na Força Terrestre em 2019 e 2020 nas condições delimitadas no item 14 do PARECER
nº 00727 / 2021 / CONJUR - EB / CGU / AGU, de 29 de julho de 2021, que em 1º de outubro de 2020
tivessem concluído apenas a primeira fase de seus respectivos estágios (DIEx nº 385-
ASSE1/SSEF/SEF – CIRCULAR, de 4 de agosto de 2021);

m. Aplica-se aos Cabos Especialistas Temporários (CET), quanto à percepção do adicional


de habilitação após a 1ª fase do Estágio de Serviço Técnico ou equivalente, a inteligência do Art. 13
da Portaria – C Ex nº 1.443, de 7 de janeiro de 2021: “Os militares temporários do serviço voluntário,
convocados com base no art. 27 da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964, receberão, a partir da
conclusão da primeira fase do Estágio de Serviço Técnico ou equivalente, o adicional de habilitação
correspondente ao tipo de curso considerado como requisito obrigatório no processo seletivo
Caderno de Orientação aos Agentes da Administração – 6.1 10
Noções Básicas de Pagamento de Pessoal

simplificado, de acordo com o previsto no respectivo edital ou aviso de convocação”. O


retromencionado entendimento pode, ainda, ser observado no DIEx nº 398-ASSE1/SSEF/SEF, de 5
de agosto de 2021; e

n. Os casos omissos serão encaminhados à SEF, por intermédio dos Centros de Gestão,
Contabilidade e Finanças do Exército (CGCFEx). Caberá à SEF analisá-los e emitir parecer, com
remessa ao Estado-Maior do Exército para consolidação e submissão ao Comandante do Exército,
para solução.

PERCENTUAIS DO ADICIONAL DE HABILITAÇÃO

PERCENTUAL INCIDENTE SOBRE O SOLDO


CURSOS MILITARES CURSOS CIVIS ATÉ A PARTIR DE
30 JUN 20 01 JUL 20 01 JUL 21 01 JUL 22 01 JUL 23
Altos Estudos I Pós-Graduação Stricto Sensu Doutorado 30 42 54 66 73
Altos Estudos II Pós-Graduação Stricto Sensu Mestrado 25 37 49 61 68
Aperfeiçoamento Pós-Graduação Lato Sensu 20 27 34 41 45
Especialização Curso de Especialização 16 19 22 25 27
Formação -x-x-x-x- 12 12 12 12 12
Tabela 3: elaborada conforme ANEXO III da Lei nº 13.954, de 16 de dezembro de 2019, e Portaria nº 1.443 – Cmt Ex, de 7 de janeiro de 2021.

3.5 Adicional de permanência

É a parcela remuneratória devida ao militar, mensalmente, incidente sobre o soldo do posto


ou da graduação, referente ao período em que continuar ou tenha continuado em serviço, após
ter completado o tempo mínimo de permanência no serviço ativo.

Observações:

a. Situações e percentuais a serem observados:

I – 5 (cinco) por cento: militar que, em atividade, a partir de 29 de dezembro de 2000, tenha
completado ou venha a completar 720 (setecentos e vinte dias) a mais que o tempo requerido para
a transferência para a inatividade remunerada; e

II – 5 (cinco) por cento a cada promoção: militar que, tendo satisfeito o requisito do item
acima, venha a ser promovido em atividade ao posto ou graduação superior.

b. Os percentuais acima mencionados são acumuláveis entre si;

c. Para efeito do Adicional de Permanência devem ser computados os tempos prescritos no


art. 5º da Portaria nº 466 – Cmt Ex, de 13 de setembro de 2001;

d. O Período de tempo passado por ocasião de Licença para Tratar de Interesse Particular
(LTIP), deserção e Licença para Acompanhamento de Cônjuge caracterizam interrupção da
contagem do tempo de serviço;

e. O militar que prestou serviços nas Guarnições Especiais elencadas na Portaria GM-MD nº
379, de 25 de janeiro de 2022, e que faz jus ao acréscimo de tempo de serviço, conforme previsto
no art. 137, inciso VI, da Lei nº 6.880/80, poderá computar tal acréscimo de tempo de serviço para
quando de sua passagem para a inatividade ou contagem para o Adicional de Permanência, se for
Caderno de Orientação aos Agentes da Administração – 6.1 11
Noções Básicas de Pagamento de Pessoal

o caso (DIEx nº 748-A2.3/A2/Gab Cmt Ex, 15 de setembro de 2021/ Parecer nº 00939/2021/CONJUR-


EB/CGU/AGU e Despacho nº 1303/2021/CONJUR – EB/CGU/AGU);

f. Somente fará jus ao acréscimo de 1/3 (um terço) ao tempo de serviço o militar que tenha
passado 2 (dois) anos, consecutivos ou não, nas guarnições especiais a Categoria “A”, sendo certo
que qualquer ato administrativo que reconheça o acréscimo de tempo de serviço referente ao
tempo passado em Gu Esp Catg “A” antes do militar haver completado 2 (dois) anos de serviço em
Gu Esp Catg “A” é ilegal. Inobstante a ilegalidade do ato, o artigo 54 da Lei 9.784 prevê a limitação
do direito potestativo da Administração Pública de anular, nos casos de boa-fé, atos administrativos
de que decorram efeitos favoráveis para os seus destinatários após o decurso de cinco anos de sua
edição (DIEx nº 748-A2.3/A2/Gab Cmt Ex, 15 de setembro de 2021 / Parecer nº
00939/2021/CONJUR-EB/CGU/AGU e Despacho nº 1303/2021/CONJUR – EB/CGU/AGU);

g. Somente os atos que geraram efetivamente a averbação desse tempo na ficha cadastral
do militar estão impossibilitados de serem anulados, com estabilização da situação jurídica do
militar, pelo decurso do prazo decadencial de 5 (cinco) anos previstos no artigo 54 da Lei nº 9.784.
Portanto, resta consumada a decadência do direito de a Administração revisar o ato de averbação
do tempo, ante o decurso do prazo de cinco anos, contados do ato administrativo originário
(averbação de tempo de serviço) e aquele que determinou a sua revisão (DIEx nº 748-A2.3/A2/Gab
Cmt Ex, 15 de setembro de 2021 / Parecer nº 00939/2021/CONJUR-EB/CGU/AGU e Despacho nº
1303/2021/CONJUR – EB/CGU/AGU);

h. O militar que possui o período passado em Gu Esp Cat “A” registrado no SIAPPES, cinco
anos ou mais, fará jus ao acréscimo de tempo de serviço de 8 (oito) meses, bem como os direitos
financeiros por ele gerados, conforme prevê o Art 54, da Lei da Lei nº 9.784, que prevê a limitação
do direito da Administração Pública de anular, nos casos de boa-fé. Neste caso a OM deverá
encaminhar DIRETORIA DE CIVIS INATIVOS PENSIONISTAS E ASSISTÊNCIA SOCIAL - DCIPAS, cópia da
folha de alterações do militar que contém a transcrição do radiograma e documento comprobatório
que determinou o cadastro no SIAPPES, para homologação do acréscimo na BDCP (DIEx nº 748-
A2.3/A2/Gab Cmt Ex, 15 de setembro de 2021 / Parecer nº 00939/2021/CONJUR-EB/CGU/AGU e
Despacho nº 1303/2021/CONJUR – EB/CGU/AGU);

i. O militar que possui o período passado em Gu Esp Cat “A” registrado no SIAPPES, a menos
de 5 (cinco) anos, não fará jus ao acréscimo de tempo de serviço, bem como os direitos financeiros.
Neste caso, a OM deverá proceder de acordo com a Portaria nº 1.324-Cmt Ex, de 4 OUT 17, que
aprova as Normas para a Apuração de Irregularidades Administrativas (DIEx nº 748-A2.3/A2/Gab
Cmt Ex, 15 de setembro de 2021 / Parecer nº 00939/2021/CONJUR-EB/CGU/AGU e Despacho nº
1303/2021/CONJUR – EB/CGU/AGU); e

j. Os períodos de férias não gozadas, adquiridos até 29 de dezembro de 2000, desde que
registrados nos assentamentos do militar e utilizados para efeito de inatividade, na forma do art.
36 da MP nº 2215-10/2001 c/c o §2º do art. 93 do Decreto nº 4.307/2002, devem ser computados
como tempo de efetivo serviço (tempo "em serviço") para fins de majoração de eventual adicional
de permanência, destacando-se que casual pagamento de verbas retroativas está condicionado ao
disposto no Decreto nº 20.910/1932, referente ao prazo prescricional de 5 anos, a contar de quando
o militar formulou requerimento (PARECER nº 01286/2021/CONJUR-EB/CGU/AGU, de 25 de
novembro de 2021 / DIEx nº 30-ASSE1/SSEF/SEF, 25 de janeiro de 2022).
Caderno de Orientação aos Agentes da Administração – 6.1 12
Noções Básicas de Pagamento de Pessoal

3.6 Adicional de tempo de serviço

É a parcela remuneratória mensal devida ao militar, inerente ao tempo de serviço e os


acréscimos permitidos por lei, observado o disposto no art. 30 da Medida Provisória 2215/01: “Fica
extinto o adicional de tempo de serviço previsto na alínea "c" do inciso II do art. 1º desta Medida
Provisória, assegurado ao militar o percentual correspondente aos anos de serviço a que fizer jus
em 29 de dezembro de 2000.”

Observações:

a. Conforme o § 1º do art. 8º da Lei nº 13.954, de 16 de dezembro de 2019, é vedada a


concessão cumulativa do adicional de compensação por disponibilidade militar com o adicional de
tempo de serviço, sendo assegurado, caso o militar faça jus a ambos os adicionais, o recebimento
do mais vantajoso; e

b. O tempo passado em órgão de formação da reserva não é computado para fins de


adicional de tempo de serviço.

3.7 Adicional natalino

O Adicional Natalino corresponde a 1/12 da remuneração a que o militar fizer jus no mês
de dezembro, por mês de serviço, no respectivo ano, conforme art. 81 do Decreto nº 4.307, de 18
de julho de 2002.

Observações:

a. O militar excluído do serviço ativo e desligado da organização militar a que estiver


vinculado, por motivo de demissão, licenciamento ou desincorporação, receberá o adicional de
forma proporcional, calculado sobre a remuneração do mês do desligamento;

b. A fração igual ou superior a quinze dias será considerada como mês integral;

c. A título de adiantamento e, mediante requerimento do interessado, ao ensejo das férias,


poderá ser realizado o saque da primeira parcela do adicional natalino (até o pagamento de MAIO);

d. O Adicional Natalino integra o rendimento bruto para fins do imposto de renda, não
estando, o adiantamento da primeira parcela, sujeito à incidência na fonte; e

e. O Adicional Natalino será pago em duas parcelas, sendo:

- a primeira parcela, correspondente à metade da remuneração percebida no pagamento


de junho ou, mediante requerimento do interessado, no mês anterior às férias; e

- a segunda parcela será paga até vinte de dezembro de cada ano, descontado o
adiantamento da primeira parcela.

3.8 Ajuda de custo

É o direito pecuniário devido ao militar, pago adiantadamente, para custeio das despesas
Caderno de Orientação aos Agentes da Administração – 6.1 13
Noções Básicas de Pagamento de Pessoal

de locomoção e instalação, exceto as de transporte, nas movimentações com mudança de sede, ou


por ocasião de transferência para a inatividade remunerada, conforme disposições em
regulamento.

Observações:

a. Fará jus à ajuda de custo, para custeio das despesas de locomoção, também, o militar
deslocado com a OM que tenha sido transferida de sede, desde que, com isso, seja obrigado a mudar
de residência;

b. Não terá direito à ajuda de custo o militar movimentado por: interesse próprio;
operação de guerra; manutenção da ordem pública; ou por ocasião do regresso à OM de origem,
quando desligado de curso ou escola por falta de aproveitamento ou trancamento voluntário de
matrícula;

c. Ocorrendo a movimentação de militares cônjuges ou companheiros estáveis, por


interesse do serviço ou ex officio, para uma mesma sede, será devida ajuda de custo somente a um
dos militares, com base na maior remuneração, sendo o outro considerado seu dependente.

d. Para efeito do cálculo do seu valor, determinação do exercício financeiro e constatação


de dependentes, tomar-se-á como base a data do ajuste de contas do militar beneficiado com a
concessão da ajuda de custo (Art. 56, do Decreto 4.307, de 18 de junho de 2002); e

e. Na hipótese de afastamento acima de três meses, será devida somente a ajuda de custo
(§2º do art. 18, do Decreto 4.307, de 18 de junho de 2002).

TABELA DE AJUDA DE CUSTO

Situações Valor Representativo


a) Militar que possua dependente, nas movimentações com
Duas vezes o valor da remuneração.
desligamento da organização militar;
b) Militar que possua dependente, nas movimentações para
Duas vezes o valor da remuneração na ida e uma
comissão superior a 3 (três) e igual ou inferior a 12 (doze)
vez na volta.
meses, sem desligamento da organização militar;
c) Militar que possua dependente, nas movimentações para
Uma vez o valor da remuneração na ida e outra vez
comissão superior a 15 (quinze) dias e igual ou inferior a 3
na volta.
(três) meses, sem desligamento da organização militar;
d) Militar que possua dependente, quando transferido para
Localidade Especial Categoria A ou de uma Localidade Especial
Quatro vezes o valor da remuneração.
Categoria A para qualquer outra localidade, nas
movimentações com desligamento da organização militar; e
e) Militar que não possua dependente e se encontre nas Metade dos valores representativos estabelecidos
situações “a”, “b”, “c”, ou “d” desta Tabela. para as situações “a”, “b”, “c”, e “d” desta Tabela.
Oficial: oito vezes o valor da remuneração
calculado com base no soldo do último posto do
f) Militar que possua ou não dependente, por ocasião de círculo hierárquico a que pertencer o militar.
transferência para a inatividade remunerada.
Praça: oito vezes o valor da remuneração calculado
com base no soldo de Suboficial.
Tabela 4: elaborada conforme ANEXO V da Lei nº 13.954, de 16 de dezembro de 2019.
Caderno de Orientação aos Agentes da Administração – 6.1 14
Noções Básicas de Pagamento de Pessoal

3.9 Assistência pré-escolar

É benefício que se destina a assegurar a assistência pré-escolar aos dependentes dos


militares do Exército, compreendidos na faixa etária de 0 (zero) a 6 (seis) anos de idade.

Observações:

a. A geração do direito para concessão do benefício ocorre a partir da data do


preenchimento da ficha cadastro pelo interessado;

b. A assistência pré-escolar poderá ser prestada nas modalidades de assistência direta,


através de creches próprias, e indireta, através de auxílio pré-escolar, que consiste em valor
expresso em moeda referente ao mês em curso, que o servidor receberá do órgão ou entidade;

c. O militar participará com cota-parte, com a sua anuência, consignada em folha de


pagamento, com percentuais que variarão de 5% a 25% incidindo sobre o valor teto proporcional ao
nível de sua remuneração, referente ao mês de competência da concessão do benefício; e

d. As OM não poderão implantar uma pensão judicial para repassar o valor da assistência
pré-escolar para a pessoa detentora da guarda do filho de militar, tendo em vista que o benefício
da assistência pré-escolar não compõe a base de cálculo para dedução do imposto de renda,
devendo, portanto, sacar o benefício normalmente para o militar e implantar um desconto no
mesmo valor da assistência pré-escolar em favor da própria OM. Sendo assim, tão logo o numerário
seja repassado pelo CPEx, a OM deverá repassá-lo à pessoa que detém a guarda do(s) filho(s) do
militar;

e. O militar no serviço militar obrigatório ou matrícula em curso de formação ou


graduação no regime de internato, que adquire a condição superveniente de arrimo de família à
matrícula/incorporação, que permanece vinculado ao Sistema de Pagamento do Exército, FAZ JUS
à percepção do auxílio-natalidade e assistência pré-escolar, desde que cumpridos os requisitos já
delineados. Eventuais providências ou consequências acerca da aquisição da situação de arrimo
para o conscrito no serviço militar obrigatório ou aluno no curso de formação ou graduação em
regime de internato deverá ser decidida, caso a caso, pelos respectivos Comandantes, Chefes ou
Diretores de OM e Estabelecimentos de Ensino, à luz das normas vigentes, sob supervisão do
Escalão Superior ao qual estiver subordinado e/ou vinculado (Nota Técnica nº 026-
ASSE1/SSEF/SEF, de 10 de agosto de 2021 / DIEx Nº 584-ASSE1/SSEF/SEF, de 18 de outubro de 2021
/ DIEx Nº 668-S1/Gab/CPEx, de 19 de outubro de 2021), conforme se segue:

1) militar conscrito (serviço militar obrigatório): abrir sindicância a fim de apurar a


condição de arrimo de família. Ao final decidir conforme o que prescreve a Lei do Serviço Militar e
o seu regulamento; e

2) aluno no curso de formação ou graduação em regime de internato: devido à concessão


contrariar a legislação em vigor, verificar se o militar incorreu nos art. 144, 144-A e 145, do Estatuto
dos Militares, a fim de avaliar a sua possível exclusão;

f. Fará jus ao benefício, também, o dependente excepcional de qualquer idade, desde que
comprovado mediante laudo médico que o seu desenvolvimento biológico, psicológico e sua
motricidade correspondem à idade mental relativa à faixa etária de até 6 anos. Se o Agente Médico
Caderno de Orientação aos Agentes da Administração – 6.1 15
Noções Básicas de Pagamento de Pessoal

Pericial atestar em seu parecer que a condição do dependente excepcional, com idade mental
relativa à faixa etária de até 6 (seis) anos, é permanente e definitiva, isto é, não há possibilidade de
evolução no quadro clínico, o período para pagamento do referido auxílio será indeterminado
(Entendimento extraído da Portaria C Ex nº 014, de 16 de janeiro de 2008).

3.10 Auxílio-alimentação

Valor devido conforme situações previstas na Tabela III do Anexo IV da Medida Provisória
nº 2.215-10, de 2001.

Observações:

a. O militar, quando não puder receber alimentação por sua organização ou por outra nas
proximidades do local de serviço ou expediente, ou quando, por imposição do horário de trabalho
e distância de sua residência, seja obrigado a fazer refeições fora dela, tendo para tanto despesas
extraordinárias, fará jus ao auxílio-alimentação, por dia em que cumprir integralmente o expediente,
cujos valores serão:

- 10 (dez) vezes o valor da etapa comum fixada para a localidade, quando em serviço de
escala de duração de vinte e quatro horas; ou

- 5 (cinco) vezes o valor da etapa comum fixada para a localidade, quando em serviço ou
expediente de duração superior a oito horas de efetivo trabalho e inferior a vinte e quatro horas.

b. É vedada a acumulação do auxílio-alimentação com o pagamento de diárias, exceto nos


casos previstos no art. 70 do Decreto nº 4.307, de 18 de julho de 2002; e

c. O militar, quando servir em organização militar que não tenha serviço de rancho
organizado e não possa ser arranchado por outra organização nas proximidades, fará jus a uma vez
a etapa comum fixada para a localidade, nos dias em que cumprir expediente diário integral.

3.11 Auxílio-fardamento

É o direito pecuniário devido ao militar para custear gastos com fardamento, cujo valor
será calculado sobre o valor do soldo do militar vigente na data em que for efetivado o pagamento.

Observações:

a. O auxílio-fardamento equivalente a 1 ½ (um e meio) soldo será pago nas seguintes


situações:
- O militar, declarado Aspirante a Oficial da Ativa (AMAN), ou promovido a Terceiro
Sargento; e
- Os nomeados Oficiais ou Sargentos, ou matriculados em escolas de formação mediante
habilitação em concurso e os nomeados Capelães Militares.

b. O auxílio-fardamento equivalente a 1 (um) soldo será pago nas seguintes situações:


- O Oficial promovido ao primeiro posto de Oficial General;
- Os Aspirantes a Oficial, oriundos dos Órgãos de Formação de Oficiais da Reserva,
convocados para a prestação do Serviço Militar (EIC);
Caderno de Orientação aos Agentes da Administração – 6.1 16
Noções Básicas de Pagamento de Pessoal

- Os médicos, farmacêuticos, dentistas e veterinários, quando convocados para o Serviço


Militar Inicial;
- O Oficial, Subtenente e Sargento ao ser promovido;
- A cada 3 (três) anos no mesmo posto ou graduação;
- O militar reincluído, convocado ou designado para o serviço ativo;
- O militar que retornar à ativa por convocação, designação ou reinclusão, desde que há
mais de seis meses de inatividade.

c. Se o militar for promovido, ou enquadrado nas alíneas "b" ou "c" da Tabela II do Anexo
IV da Medida Provisória nº 2.215-10, de 31 de agosto de 2001, no período de até um ano após fazer
jus ao Auxílio-Fardamento, ser-lhe-á devida a diferença entre o valor do auxílio referente ao novo
posto ou graduação, e o efetivamente recebido;

d. Quando o militar perder o uniforme em sinistro ou calamidade, a concessão do Auxílio-


Fardamento será avaliada mediante sindicância, determinada pelo Comandante, Chefe ou Diretor
da OM a qual pertence o militar, mediante solicitação do sinistrado; e

e. O militar que estiver em missão no exterior e que durante o período da missão for
promovido ou completar 3 (três) anos no mesmo posto ou graduação fará jus ao recebimento do
benefício somente por ocasião do seu retorno ao Brasil por término de missão, uma vez que se
encontra regido pela Lei nº 5.809, de 10 de outubro de 1972, conforme DIEx nº 344-Asse1/SSEF/SEF
– CIRCULAR, de 21 de novembro de 2017.

3.12 Auxílio-funeral

É o direito pecuniário devido ao militar por morte do cônjuge, do companheiro ou


companheira ou do dependente, ou ainda ao beneficiário no caso de falecimento do militar,
conforme regulamentação.

Observações:

a. A Portaria nº 250-DGP, de 10 de novembro de 2014, aprova as normas para o


processamento e o pagamento do Auxílio-Funeral no âmbito do Exército Brasileiro (EB30-N-50.007);

b. O valor representativo corresponde a uma vez a remuneração percebida, não podendo


ser inferior ao soldo de Subtenente;

c. O adicional de três décimos, incidente sobre os proventos na inatividade do militar PTTC


integra a totalidade de direitos percebidos por aquele para efeitos de pagamento de auxílio-
funeral;

d. O contrato particular de assistência funeral, tal como do FHE/decessos, não inviabiliza o


pagamento do auxílio-funeral;

e. O auxílio-funeral deverá ser pago, em espécie, no prazo máximo de quarenta e oito


horas seguintes à comunicação do óbito à OM, desde que o funeral não tenha sido custeado pela
União; e

f. As despesas de preparação e do translado do corpo não são custeadas pelo auxílio-


Caderno de Orientação aos Agentes da Administração – 6.1 17
Noções Básicas de Pagamento de Pessoal

funeral, estando previstas nos arts. 34 e 35 do Decreto nº 4.307, de 18 de julho de 2002.

3.13 Auxílio-invalidez

Direito pecuniário devido ao militar na inatividade, reformado como inválido, por


incapacidade para o serviço ativo e que necessita de internação especializada, de assistência direta
ou cuidados permanentes de enfermagem, devidamente constatadas por Junta Militar de Saúde.

Observações:

a. O militar reformado por incapacidade definitiva para o serviço ativo das Forças Armadas
ou reformado por invalidez poderá ser convocado, por iniciativa da Administração Militar, a
qualquer momento, para revisão das condições que ensejaram a reforma (Incluído pela Lei nº
13.954, de 16 de dezembro de 2019); e

b. O militar reformado por incapacidade definitiva para o serviço ativo das Forças Armadas
ou reformado por invalidez é obrigado, sob pena de suspensão da remuneração, a submeter-se à
inspeção de saúde a cargo da Administração Militar (Incluído pela Lei nº 13.954, de 16 de dezembro
de 2019).

3.14 Auxílio-natalidade

É o direito pecuniário devido ao militar por motivo de nascimento do filho, adoção ou


reconhecimento de paternidade, conforme Decreto nº 4.307, de 18 de julho de 2002, e corresponde
a uma vez o soldo do posto ou graduação.

Observações:

a. Na hipótese de ambos os genitores serem militares, o auxílio-natalidade será pago


apenas à parturiente, com base no soldo daquele que possuir a maior remuneração ou provento;

b. Sendo um dos genitores servidor público, o pagamento será feito por renúncia expressa
do outro genitor ao mesmo benefício, nos termos da legislação específica;

c. Na ocorrência de parto múltiplo, o auxílio-natalidade será acrescido de cinquenta por


cento (50%) por cada recém-nascido, sendo 1 ½ soldo ao 1º filho, acrescido de ½ soldo a cada
nascido. Exemplo: Parto de trigêmeos ou adoção de 3 (três) crianças: 1 soldo e 50% (1º filho) + 50%
(2º filho) + 50% (3º filho) = 2,5 soldos;

d. O militar, pai ou mãe do natimorto, faz jus ao auxílio-natalidade e ao auxílio-funeral,


cujos pagamentos serão feitos mediante apresentação do atestado de óbito;

e. Quando houver o falecimento de mais de (um) filho na mesma gestação, será aplicada a
mesma lógica do parto múltiplo para fins de cálculo;

f. O auxilio-natalidade tem como fato gerador o nascimento do filho e deverá ser pago com
base no soldo do militar correspondente ao mês do nascimento, da adoção ou do reconhecimento
da paternidade;
Caderno de Orientação aos Agentes da Administração – 6.1 18
Noções Básicas de Pagamento de Pessoal

g. A situação de LTIP não é extintiva do Auxilio Natalidade, contudo, o direito ficará


suspenso enquanto perdurar a licença;

h. O auxílio-natalidade também é extensivo aos Soldados do Efetivo Variável, sendo


necessário que o interessado participe o fato gerador à autoridade competente;

i. O militar em missão no exterior fará jus apenas aos benefícios remuneratórios previstos
na Lei nº 5.809/1972, não havendo o que se falar no pagamento de qualquer verba não prevista no
citado diploma legal até que retorne ao país;

j. O militar no serviço militar obrigatório ou matrícula em curso de formação ou graduação


no regime de internato, que adquire a condição superveniente de arrimo de família à
matrícula/incorporação, que permanece vinculado ao Sistema de Pagamento do Exército, FAZ JUS
à percepção do auxílio-natalidade e assistência pré-escolar, desde que cumpridos os requisitos já
delineados. Eventuais providências ou consequências acerca da aquisição da situação de arrimo
para o conscrito no serviço militar obrigatório ou aluno no curso de formação ou graduação em
regime de internato deverá ser decidida, caso a caso, pelos respectivos Comandantes, Chefes ou
Diretores de OM e Estabelecimentos de Ensino, à luz das normas vigentes, sob supervisão do
Escalão Superior ao qual estiver subordinado e/ou vinculado (Nota Técnica nº 026-
ASSE1/SSEF/SEF, de 10 de agosto de 2021 / DIEx nº 584-ASSE1/SSEF/SEF, de 18 de outubro de 2021
/ DIEx Nº 668-S1/Gab/CPEx, de 19 de outubro de 2021), conforme se segue:

1) militar conscrito (serviço militar obrigatório): abrir sindicância a fim de apurar a


condição de arrimo de família. Ao final decidir conforme o que prescreve a Lei do Serviço Militar e
o seu regulamento; e

2) aluno no curso de formação ou graduação em regime de internato: devido a concessão


contrariar a legislação em vigor, verificar se o militar incorreu nos art. 144, 144-A e 145, do Estatuto
dos Militares, a fim de avaliar a sua possível exclusão.

k. São devidos o auxílio-natalidade e as licenças maternidade e paternidade aos militares


que obtiverem a guarda judicial para fins de adoção nos mesmos patamares monetários e
temporais do auxílio-natalidade e licenças maternidade e paternidade conferidos aos pais
biológicos e adotivos, tendo em vista que o Termo de guarda/guarda judicial se equipara à Tutela
ou Adoção. (DIEx nº 341-A2.3/A2/GabCmtEx – CIRCULAR, de 4 de maio de 2021 / Parecer nº
00154/2021/CONJUR-MD/CGU/AGU)

3.15 Auxílio-transporte

Benefício que se destina a indenizar, parcialmente, as despesas com o transporte


municipal, intermunicipal e interestadual do militar da ativa, do prestador de tarefa por tempo
certo e do convocado para o serviço ativo.

Observações:

a. O auxílio-transporte de que trata a alínea “a” do inciso II do caput do art. 2º da Medida


Provisória nº 2.215-10, de 31 de agosto de 2001, será devido a todos os militares,
independentemente do meio de transporte utilizado, nos termos estabelecidos em regulamento
(art. 11 da Lei nº 13.954, de 16 de dezembro de 2019);
Caderno de Orientação aos Agentes da Administração – 6.1 19
Noções Básicas de Pagamento de Pessoal

b. Conforme DIEx nº 1037-11 - Ch SPG/SPG/1, de 14 de setembro de 2021, o DGP, por


intermédio da DCIPAS, se manifestou nos seguintes termos quanto ao auxílio-transporte para
militares que utilizam transporte particular: “informo que seguem as orientações para que as
Unidades Gestoras (UG) continuem processando as solicitações de auxílio transporte conforme
legislação vigente (Portaria nº 849-Cmt Ex, de 14 JUL 16 e Portaria 098-DGP, de 31 OUT 01) e
aguardem a regulamentação da lei." (DIEx nº 493-ASSE1/SSEF/SEF – CIRCULAR, 16 de setembro de
2021);

c. O desconto relativo ao auxílio-transporte do dia em que for verificada ocorrência que


vede o seu pagamento (faltas, deserção, falecimento, exercícios de campo, baixas ao hospital,
punição com permanência no aquartelamento, sábados, domingos e feriados não trabalhados,
entre outras) será processado no mês subsequente, considerada a proporcionalidade de 22 dias; e

d. Nos termos do DIEx nº 14-AApAJur/VCh DGP/Ch DGP, 6 de janeiro de 2022, concluiu o


DGP que, enquanto não ocorrer alteração normativa, deve prevalecer a regra específica contida na
Portaria nº 098-DGP, de 31 de outubro de 2001, segundo a qual o comprovante de endereço a ser
apresentado para fins de percepção do auxílio transporte deve ser “documento emitido pelo
poder público, ou concessionárias, que prestam serviço público, constando o nome do beneficiário
e endereço ”, exceto os militares do Efetivo Variável, os quais podem apresentar “declaração
assinada pelo próprio requerente” a ser verificada periodicamente (DIEx nº 27-ASSE1/SSEF/SEF, de
21 de janeiro de 2022).

3.16 Compensação pecuniária

É a indenização paga ao militar temporário ou praça não estabilizada, por ocasião de seu
licenciamento ex officio por “TÉRMINO DE PRORROGAÇÃO DE TEMPO DE SERVIÇO”.

Observações:

a. O militar temporário ou praça não estabilizada, LICENCIADA “EX OFFICIO” POR


TÉRMINO DE PRORROGAÇÃO DO TEMPO DE SERVIÇO, fará jus à Compensação Pecuniária
equivalente a 01 (uma) remuneração mensal por ano de efetivo serviço militar prestado, tomando-
se como base de cálculo o valor da remuneração correspondente ao posto ou à graduação na data
do processamento do pagamento da referida compensação, excluindo-se do cálculo o período
referente ao serviço militar obrigatório.

b. Os militares temporários e às praças não estabilizadas devem ser LICENCIADAS “EX


OFFICIO” POR TÉRMINO DE PRORROGAÇÃO DO TEMPO DE SERVIÇO no último dia da prorrogação,
cumprindo desta forma todo o tempo de serviço a que se obrigou.

c. O art. 3º da Lei nº 7.963, de 21 de dezembro de 1989, traz que o oficial ou a praça que
for licenciado ex officio a bem da disciplina ou por condenação transitada em julgado não fará jus
ao recebimento da Compensação Pecuniária;

d. Para efeito de apuração dos anos de efetivo serviço, a fração de tempo igual ou superior
a 180 (cento e oitenta) dias será considerada um ano;

e. Os MFDV do segmento feminino fazem jus à compensação pecuniária por todo o


período trabalhado, eis que, em tempo de paz, prestam serviço militar voluntário;
Caderno de Orientação aos Agentes da Administração – 6.1 20
Noções Básicas de Pagamento de Pessoal

f. Quanto aos MFDV do segmento masculino, conforme entendimento dispensado no Of


n° 122 – Asse Jur – 10 (A1/SEF), de 11 de junho de 2010:
- Os MFDV que já prestaram serviço militar obrigatório fazem jus à compensação
pecuniária por todo o período em que serviram como profissionais destas áreas, haja vista que já se
encontram em dia com o dever cívico de servir à Pátria;
- Os MFDV que adiaram a incorporação e que, diante da conclusão do curso superior,
apresentaram-se para o cumprimento do serviço militar obrigatório, não fazem jus à compensação
pecuniária pelo primeiro ano, vez que ainda pendente o cumprimento do dever de servir à Pátria;
- Os MFDV que receberam o CDI e que tiveram o ato de dispensa ratificado, fazem jus à
compensação pecuniária pelo primeiro ano de serviço, já que a dispensa foi confirmada, não
havendo que se falar em qualquer pendência quanto ao serviço militar obrigatório; e
- Os MFDV que receberam o CDI e que tiveram o ato de dispensa retificado, mediante
recolhimento do aludido certificado, não fazem jus à compensação pecuniária pelo primeiro ano
trabalhado, porquanto se encontram em serviço militar obrigatório;

g. Caso o militar permaneça em serviço ativo por força de medida judicial liminar
(antecipação de tutela) e ao final do processo (julgamento do mérito) o pedido for denegado, ou
seja, o militar demandante não tiver seu pleito acolhido, este tempo passado na ativa não será
computado para fins do pagamento de compensação pecuniária;

h. O tempo passado no curso de formação de sargentos de carreira é tido como Serviço


Militar Inicial/Obrigatório, exceto para os militares que possuírem o Certificado de Reservista
(Ofício nº 165- Asse Jur – 05 (A1/SEF), de 6 de outubro de 2005, ou Certificado de Dispensa de
Incorporação (DIEx nº 185- Asse1/SSEF/SEF, de 21 de novembro de 2013);

i. O sargento de carreira, não estabilizado, licenciado ex officio, na modalidade “por término


da prorrogação de tempo de serviço”, faz jus à compensação pecuniária. A necessidade de pedido
de prorrogação de tempo de serviço, com a consequente denegação, inexiste como condicionante
para o pagamento do benefício, seja na lei que o instituiu, seja no decreto que o regulamentou.
Adstrita ao Princípio da Legalidade, deve a Administração Militar proceder ao pagamento do aludido
direito por ocasião do término do tempo da prorrogação do tempo de serviço, inclusive quando o
militar não a tiver requerido (Parecer nº 49/AJ/SEF, de 16 de setembro de 2005); e

j. O militar reintegrado por força de medida liminar, caso já tenha recebido a Compensação
Pecuniária de que trata a Lei nº 7.963, de 21 de dezembro de 1989, terá que restituir integralmente
o pecúlio que lhe foi pago no ato da sua apresentação. Caso não o faça, terá descontado de sua
remuneração mensal os valores correspondentes, até que se complete o ressarcimento por
completo, respeitada a sua margem consignável e o devido exercício da ampla defesa e do
contraditório (DIEx nº 51-ASSE1/SSEF/SEF, de 8 de março de 2019).

3.17 Diária

Direito pecuniário devido ao militar que se afastar de sua sede, em serviço de caráter
eventual ou transitório, para outro ponto do território nacional, destinado a cobrir as
correspondentes despesas de pousada, alimentação e locomoção urbana, conforme
regulamentação.

Observações:
Caderno de Orientação aos Agentes da Administração – 6.1 21
Noções Básicas de Pagamento de Pessoal

a. A diária é devida ao militar, por dia de afastamento, quando este se der por até três
meses, sendo paga integralmente quando o pernoite ocorrer fora da sede e não for fornecido
alojamento em OM ou concedida outra pousada pela União, pelos Estados, pelos Municípios ou por
instituições públicas ou privadas, sem ônus para o militar;

b. A diária será paga pela metade do valor quando o afastamento: não exigir pernoite fora
de sua sede; quando for fornecido alojamento em OM ou concedida outra pousada pela União, pelos
Estados, pelos Municípios ou por instituições públicas ou privadas, sem ônus para o militar; ou no
dia do retorno à sua sede;

c. Na hipótese de afastamento acima de três meses, será devida somente a ajuda de custo
(§2º do art. 18, do Decreto 4.307, de 18 de junho de 2002);

d. No caso de enquadramento simultâneo em hipótese de diária ou ajuda de custo, será


devido ao militar o direito pecuniário de menor valor (§3º do art. 18, do Decreto 4.307, de 18 de
junho de 2002);

e. Não serão concedidas diárias: quando a alimentação, a pousada e a locomoção urbana


forem garantidas pela União, pelos Estados, pelos Municípios ou por instituições públicas ou
privadas, nem quando o afastamento for inferior a oito horas consecutivas; ou cumulativamente
com a ajuda de custo; e

f. O militar afastado de sua sede, para acompanhar autoridade superior, fará jus à diária da
respectiva autoridade, desde que designado em ato próprio, onde conste a obrigatoriedade de sua
hospedagem no mesmo local daquela autoridade (art. 16 da Port. nº 209-DGP, de 9 DEZ 13).

3.18 Gratificação de localidade especial

O direito do militar à gratificação de localidade especial, quando for transferido, começa no


dia da sua apresentação à OM de destino e cessa no seu desligamento.

Observações:

a. Segundo o DIEx n° 363-ASSE1/SSEF/SEF, de 29 de junho de 2022:


- após a análise legislativa, observa-se que a gratificação de localidade especial é o direito
pecuniário que tem por finalidade remunerar mensalmente o militar que serve em regiões inóspitas,
conforme a definição inicialmente destacada pelo inciso VII do art. 3º da Medida Provisória nº 2.215-
10, de 31 de agosto de 2001;
- em um segundo momento, também regulamentando o assunto, o Decreto nº 4.307, de 18
JUL 02, que dispõe, em seu art. 11, que o saque da gratificação em tela tem início no dia da
apresentação do militar na OM situada em localidade classificada como especial, seja Categoria A,
seja Categoria B, cessando quando de seu desligamento;
- em complemento legislativo, em 5 JAN 06, veio a lume a Portaria Normativa nº 13/MD, que
regulamentou o pagamento da aludida gratificação a todas as Forças, dispondo, no ponto que
interessa, contido no § 3º de seu art. 1º, que militares “em comissão, operação, exercício ou
destaque no período compreendido entre a data de sua apresentação e a de partida da localidade
considerada como especial” também fariam jus a esse direito;
Caderno de Orientação aos Agentes da Administração – 6.1 22
Noções Básicas de Pagamento de Pessoal

- em consequência, tendo esta Secretaria considerado necessário o pronunciamento da


Consultoria Jurídica Adjunta ao Comando do Exército (CONJUR-EB);
- em resposta, a CONJUR-EB, por meio do DIEx nº 1.355-CONJUR-EB/GabCmtEx, de 12 JUN
19, encaminhou à SEF o Parecer nº 00663/2019/CONJUR-EB/CGU/AGU, de 11 JUN 19, momento em
que entendeu que a Portaria Normativa nº 13/MD, de 5 JAN 06, teria ultrapassado o previsto nas
normas hierarquicamente superiores. Assim, concluiu que deslocamentos temporários para
localidades especiais não teriam o condão de conferir direito à gratificação respectiva, devendo a
concessão dessa parcela se restringir às hipóteses de transferência definitiva de seu vínculo para
OM situada em região considerada inóspita;
- diante do posicionamento da CONJUR-MD, pois, a CONJUR-EB adotou a mesma linha
interpretativa, considerando, ao final, ser incabível o pagamento de gratificação de localidade
especial em face de deslocamentos temporários para regiões consideradas inóspitas.

b. Para fins do cálculo do número de dias a que faz jus o militar à gratificação de localidade
especial, será computado como um dia o período igual ou superior a oito horas e inferior a vinte e
quatro horas.

c. Na hipótese de o militar fazer jus à gratificação de localidade especial e à gratificação de


representação referentes à mesma missão, serão pagos ambos os direitos pecuniários." (NR)

d. O militar em Localidade Especial Tipo “A” faz jus ao percentual de 20% (vinte por cento)
do soldo e o militar em Localidade Especial Tipo “B” faz jus ao percentual de 10% (dez por cento)
do soldo, nos termos da Portaria GM/MD nº 379-MD, de 25 JAN 22;

e. O direito do militar à gratificação de localidade especial, quando for transferido, começa


no dia da sua apresentação à OM de destino e cessa no seu desligamento;

f. É assegurado ao militar o direito à continuidade da percepção da gratificação de


localidade especial nos afastamentos sem desligamento da OM (observar Parecer nº
00663/2019/CONJUREB/CGU/AGU, em consonância com o Parecer nº 00393/2015/CONJUR-
MD/CGU/AGU).

3.19 Gratificação de representação 2% (dois por cento)

Parcela remuneratória eventual devida ao militar pela participação em viagem de


representação, viagem de instrução, emprego operacional ou por estar às ordens de autoridade
estrangeira no país, nos termos dos art. 4º ao 9º do Decreto nº 11.002, de 17 MAR 22.

Observações:

a. Para efeito do pagamento da gratificação de representação, considera-se:


- viagem de representação - o deslocamento realizado por militar da ativa para fora de sua
sede, por interesse da instituição, na condição de representante do Ministério da Defesa ou dos
Comandos das Forças, para participação em eventos de natureza militar ou civil, inclusive os de
cunho cultural ou desportivo;
Caderno de Orientação aos Agentes da Administração – 6.1 23
Noções Básicas de Pagamento de Pessoal

- viagem de instrução - atividade realizada por militar da ativa fora de sua sede, cujo
objetivo esteja relacionado com ensino, instrução, orientação técnica ou inspeção de comando; e
- emprego operacional - atividade realizada por militar da ativa, por meio de designação
específica ou como tripulante de embarcação ou aeronave, diretamente relacionada a:
1) operação real ou de adestramento, estabelecida para fins administrativos,
operacionais ou logísticos;
2) ações militares de vigilância de fronteira destinadas à preservação da integridade
territorial do País e à garantia da soberania nacional desenvolvidas por militares que componham o
efetivo de pelotões especiais de fronteira ou de destacamentos especiais de fronteira;
3) ações militares de operações de garantia da lei e da ordem, de que trata o art. 15 da
Lei Complementar nº 97, de 9 de junho de 1999;
4) ações relacionadas às atribuições subsidiárias das Forças Armadas, de que tratam o
art. 16, o art. 16-A, o inciso V do caput do art. 17, o inciso III do caput do 17-A e o inciso VI do caput
do art. 18 da Lei Complementar nº 97, de 1999;
5) adestramento para participação em missões de paz; e
6) participação, fora de sua sede, em:
a) serviços de engenharia;
b) serviços de cartografia;
c) levantamento topográfico;
d) escolta;
e) perícia;
f) produção de geoinformação;
g) implantação e manutenção da infraestrutura de tecnologia de comunicações;
h) avaliação de sistemas e materiais de emprego militar e de produtos de defesa; ou
i) atividades relacionadas à manutenção.

b. Para fins de cálculo do número de dias da gratificação de representação nas hipóteses de


viagem de representação, viagem de instrução, emprego operacional ou de militar às ordens de
autoridade estrangeira no país, será computado como um dia o período igual ou superior a oito
horas e inferior a vinte e quatro horas. Para se calcular os períodos/dias a que fazem jus os militares,
inicialmente, divide-se o total de horas da missão por 24h (vinte e quatro horas), observando-se
que as frações iguais ou superiores a 8h (oito horas) deverão ser consideradas um dia. Exemplo:
Missão cuja duração foi de 80 (oitenta) horas, equivale a 3 (três) dias e 8 (oito) horas. Assim sendo,
o militar fará jus ao pagamento de 4 (quatro) dias de gratificação de representação.

Parecer de Referência
DIEx nº 202-ASSE1/SSEF/SEF, de 30 de setembro de 2019, versando sobre o cálculo de dias para fins
de gratificação de representação, disponível em: http://intranet.sef.eb.mil.br/index.php/a1/oficios-pareceres

c. O valor da gratificação de representação 2% (dois por cento) deverá ser calculado com
base no soldo que o militar fazia jus à época em que ocorreu a viagem de representação, viagem de
instrução, emprego operacional ou que esteve às ordens de autoridade estrangeira no país, e não
com o soldo a que fazia jus na época do pagamento.

d. O pagamento da gratificação de representação nas hipóteses de viagem de representação,


viagem de instrução, emprego operacional ou de militar às ordens de autoridade estrangeira no país
são inacumuláveis entre si.
Caderno de Orientação aos Agentes da Administração – 6.1 24
Noções Básicas de Pagamento de Pessoal

e. A participação de militar em adestramento realizado na sede da organização militar em


que esteja servindo não será considerada emprego operacional para fins de pagamento da
gratificação de representação, exceto quando o adestramento estiver enquadrado na hipótese de
participação em missão de paz.

f. A gratificação de representação devida em razão de viagem de representação, viagem de


instrução, emprego operacional ou de militar às ordens de autoridade estrangeira no país será paga
somente após autorização, por meio de ato do Ministro de Estado da Defesa, no âmbito do
Ministério da Defesa, ou por meio de ato dos Comandantes, no âmbito dos Comandos das Forças.

g. A solicitação da gratificação de representação à autoridade competente, por meio da


cadeia de comando, deverá conter o motivo para a sua efetivação, não sendo aceitos como amparo:
Plano Geral de Ensino (PGE), Plano Básico de Instrução Militar (PBIM) e outros documentos
similares

h. O pagamento da gratificação de representação poderá ser realizado antecipadamente,


desde que a autoridade competente justifique essa excepcionalidade, hipótese em que o militar
deverá restituir os valores recebidos a maior se a missão não for realizada ou se ocorrer em prazo
inferior ao previsto.

i. A competência para autorizar o pagamento da gratificação de representação poderá ser


delegada.

j. A gratificação de representação não comporá a pensão militar.

k. A gratificação de representação devida em razão de viagem de representação, viagem de


instrução, emprego operacional ou de militar às ordens de autoridade estrangeira no país não será
considerada para fins de cálculo de férias, adicional de férias, adicional natalino ou outras parcelas
remuneratórias e não será paga cumulativamente com diárias.

l. Na hipótese de ocorrência da cumulatividade de que trata o item anterior, será excluído o


pagamento da gratificação de representação e mantido o pagamento das diárias.

m. A gratificação de representação de que trata o art. 10 da Lei 13.954/2019, constitui


parcela pecuniária devida apenas a militares do serviço ativo das Forças Armadas, não sendo
juridicamente viável se cogitar, em qualquer hipótese, sua extensão a servidores públicos civis,
ainda que ambos exerçam funções equivalentes em determinadas situações, conforme DIEx nº
501-CONJUR-EB, de 23 de setembro de 2021, versando sobre uniformização de tese quanto à
possibilidade de pagamento de gratificação de representação para militares e servidores civis
empregados nas ações de combate à pandemia da COVID-19.

IMPORTANTE!

Em razão das alterações promovidas pelo Decreto nº 11.002, de 17 de março de 2022, a Portaria n°
927, de 1° de agosto de 2016 que estabelece as condições para o pagamento, no âmbito do Exército
Brasileiro, da gratificação de representação, está sendo revisada e deve ser atualizada em breve.
Caderno de Orientação aos Agentes da Administração – 6.1 25
Noções Básicas de Pagamento de Pessoal

3.20 Gratificação de representação de comando

Parcela remuneratória mensal devida aos oficiais-generais e aos demais oficiais em cargo
de comando, direção e chefia de organização militar, conforme percentuais definidos no Anexo IV
da Lei nº 13.954, de 16 de dezembro de 2019.

Observações:

a. Na ocorrência de assunção interina do comando da OM por oficial, em virtude do


afastamento do cargo pelo titular, por prazo superior a 30 (trinta) dias, o substituto fará jus ao
recebimento da gratificação de representação de comando pelo período que exercer interinamente
o cargo. Em contrapartida, deixará de fazer jus à referida gratificação, por igual período, o titular,
conforme parecer constante no DIEx nº 130-ASSE1/SSEF/SEF, de 21 de maio de 2018;

b. Quaisquer verbas que componham a remuneração do militar (inclusive a gratificação de


representação de comando), na OM de origem, deverão ser consideradas no cálculo da ajuda de
custo. Por conseguinte, o mesmo raciocínio se aplicará quando do cabimento de eventual
complementação daquela verba indenizatória (DIEx nº 408-VCh DGP/Ch DGP, de 29 de setembro de
2017);

c. A complementação da ajuda de custo somente será devida quando a alteração legislativa


que promoveu o reajuste nos vencimentos entrar em vigor em data anterior à data do ajuste de
contas (último dia do trânsito regulamentar). Se ocorrer APÓS a data do ajuste de contas, a
complementação não será devida (DIEx nº 408-VCh DGP/Ch DGP, de 29 de setembro de 2017);

d. Nos termos da Portaria – C Ex nº 1.697, de 2 MAR 22, os Tiros de Guerra equiparam-se


às organizações militares do Exército Brasileiro, para fins, exclusivamente, de percepção da
gratificação de representação pelo Chefe da Instrução; e

e. Os Postos Médicos de Guarnição tipo III e IV são considerados OMS, nível subunidade,
sem autonomia administrativa (§2º do art. 2º das IG 10-86, aprovadas pela Portaria nº 728-Cmt Ex,
de 7 de outubro de 2009). Sendo assim, o oficial médico nomeado para exercer a função de Chefe
do Posto Médico da Guarnição faz jus ao recebimento da gratificação de representação de
comando, ainda que esteja subordinado para fins administrativos e disciplinares a outra
Organização Militar, conforme entendimento extraído do DIEx nº 100-Asse1/SSEF/SEF, de 12 de
abril de 2017.

VALORES PERCENTUAIS INCIDENTES SOBRE O SOLDO

Situações Percentual
Oficial-General 10
Militar em cargo de comando, direção ou chefia de OM ou TG 10
Participante em viagem de representação, atividade de instrução,
operação de emprego operacional ou que esteja às ordens de 2
autoridade estrangeira no País
Tabela 4: elaborada conforme o ANEXO IV da Lei nº 13.954, de 16 de dezembro de 2019.

3.21 Pensão alimentícia

É direito estabelecido nos artigos 1.694 a 1.710 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002
(Código Civil), que garante aos parentes, cônjuges ou companheiros a possibilidade de solicitar à
Caderno de Orientação aos Agentes da Administração – 6.1 26
Noções Básicas de Pagamento de Pessoal

outra parte auxílio financeiro.

Observações:

a. Quando o militar passar a fazer jus ao Adicional de Permanência, ou ao Adicional de


Compensação Orgânica, ou à Gratificação de Localidade Especial, ou quando for criada uma nova
vantagem remuneratória sem haver aumento do soldo, o valor da Pensão Judiciária (PJ) deve ser
reajustado à luz da sentença judicial;

b. O artigo 102 da Instrução Normativa nº 1500, de 29 de outubro de 2014, da Secretaria


da Receita Federal do Brasil, traz: “Quando a fonte pagadora não for responsável pelo desconto da
pensão, o valor mensal pago pode ser considerado para fins de determinação da base de cálculo
sujeita ao imposto na fonte, desde que o alimentante forneça à fonte pagadora o comprovante do
pagamento”;

c. O valor da PJ a ser paga ao alimentado é o fixado na sentença judicial, que deve ser
diligentemente observada e cumprida;

d. Somente outra sentença judicial poderá modificar ou suspender a que foi proferida
anteriormente;

e. Caso ocorram reclamações a respeito dos valores estipulados na sentença, tanto da parte
do ALIMENTANTE quanto da parte do ALIMENTADO, a solução deverá ser procurada na justiça;

f. A UG não poderá repassar o benefício da assistência pré-escolar a partir da implantação


dos códigos de Pensão Judicial ou Pensão Extrajudicial, tendo em vista que este benefício não entra
na base de cálculo para dedução do imposto de renda;

g. A certidão de óbito da pessoa beneficiada/alimentada é documento idôneo e suficiente


para atestar a sua morte perante a administração, assim como para ensejar o fim da obrigação de
prestar alimentos por parte do alimentante, justificando, no momento em que tal documento é
apresentado, a suspensão da PJ pelo órgão pagador. Entretanto, nessa hipótese, o juízo competente
deve ser oficiado de imediato quanto às razões da suspensão, ressaltando-se que a cópia
autenticada da certidão de óbito deve seguir como anexo;

h. Convém destacar que as orientações constantes acima (letra “g”) somente são válidas
para sentenças judiciais que concederam pensão alimentícia a apenas um alimentado, ou seja, se
houver na sentença mais de um beneficiário e for apresentada certidão de óbito de um deles, deve
o OP ou a parte alimentante solicitar informações ao juízo competente, de forma a elucidar se o
valor dos descontos a título de alimentos permanecerá inalterado ou se sofrerá minoração. Nesse
caso, somente a informação judicial poderá modificar a incidência de descontos;

i. Conforme entendimento dispensado no DIEx nº 351-ASSE1/SSEF/SEF, de 6 de dezembro


de 2018, é consolidada no âmbito do Exército a orientação de que deve haver incidência de
alimentos no décimo terceiro salário, mesmo quando silente a sentença respectiva, ressalvando-
se os casos em que haja vedação expressa em sentido contrário na sentença judicial; e

j. Somente podem gerar efeitos tributários, para fins de dedução do Imposto de renda (IR),
as pensões extrajudiciais homologadas judicialmente, segundo entendimento extraído do DIEx nº
342-ASSE1/SSEF/SEF, de 28 de novembro de 2018.
Caderno de Orientação aos Agentes da Administração – 6.1 27
Noções Básicas de Pagamento de Pessoal

3.22 Pensão Militar

É o desconto obrigatório incidente sobre a remuneração do militar para custeio das futuras
pensões destinadas aos seus beneficiários.

Observações:

a. São contribuintes obrigatórios da pensão militar, mediante desconto mensal em folha


de pagamento, os militares das Forças Armadas e os seus pensionistas;

b. O desconto da pensão militar tem alíquota de 10,5% (dez e meio por cento), conforme
previsto na Lei nº 13.954, de 16 de dezembro de 2019;

c. A contribuição para a pensão militar incidirá sobre as parcelas que compõem os


proventos na inatividade e sobre o valor integral da quota-parte percebida a título de pensão militar;

d. Nenhum militar ou beneficiário de pensão militar pode receber, como remuneração,


proventos mensais ou pensão militar, valor inferior ao do salário mínimo vigente, sendo-lhe paga,
como complemento, a diferença encontrada. Ressalte-se, contudo, que tal assertiva refere-se à
pensão militar tronco e não as cotas partes resultantes das subdivisões aos beneficiários;

e. Ficam assegurados os direitos dos militares que até 29 de dezembro de 2000 contribuíam
para a pensão militar correspondente a um ou dois postos ou graduações acima da que fizerem jus
(Art. 32 da MP 2.215-10, de 31 de agosto de 2001);

f. O desconto da pensão militar de 1,5% (um e meio por cento) destina-se à manutenção
dos benefícios previstos na Lei nº 3.765, de 4 de maio de 1960, ou seja, anteriores à vigência da MP
2.215-10, de 31 de agosto de 2001;

g. A restituição de valores referentes aos pedidos de cancelamento do desconto de 1,5%


estarão limitados à emissão do parecer contido no Ofício Circular nº 623/DIREM/DEPES/SEPESD/SG-
MD, de 30 de novembro de 2018, ou seja, o militar fará jus a valores pretéritos desde que tenha
entrado com o pedido de renúncia administrativa a partir de 1º de dezembro de 2018, sendo vedada
a restituição de valores recolhidos anteriormente ao pedido administrativo; e

h. Ambas as contribuições à pensão militar incidirão sobre as seguintes parcelas da


remuneração:
I- Soldo;
II- Adicional militar;
III- Adicional de habilitação;
IV- Adicional de tempo de serviço;
V- Adicional de compensação orgânica;
VI- Adicional de permanência; e
VII- Adicional de compensação de disponibilidade militar.

3.23 Transporte

Direito pecuniário devido ao militar da ativa, quando o transporte não for realizado por
conta da União, para custear despesas nas movimentações por interesse do serviço, nelas
Caderno de Orientação aos Agentes da Administração – 6.1 28
Noções Básicas de Pagamento de Pessoal

compreendidas a passagem e a translação da respectiva bagagem, para si, seus dependentes e um


empregado doméstico, da localidade onde residir para outra, onde fixará residência dentro do
território nacional (inciso X do art. 3º da MP nº 2.215-10, de 31 de agosto de 2001).

Observações:

a. A bagagem, para efeitos de transporte, é definida como o conjunto de objetos de uso


pessoal do militar e de seus dependentes, correspondente a móveis, aparelhos e utensílios de uso
doméstico, um automóvel e uma motocicleta, registrados em órgão de trânsito, inclusive sob a
forma de arrendamento mercantil - leasing, em seu nome ou em nome de um de seus dependentes
(Inciso IV do art. 23 do Decreto 4.307, de 18 de junho de 2002);

b. Ocorrendo a movimentação de militares cônjuges ou companheiros estáveis, por


interesse do serviço ou ex officio, para outra sede, caberá o transporte de um automóvel e de uma
motocicleta a ambos, desde que registrados em órgão de trânsito (art. 26 do Decreto 4.307, de 18
de junho de 2002);

c. O militar da ativa terá direito apenas ao transporte pessoal, cujas passagens deverão ser
adquiridas pelo órgão competente, quando tiver de efetuar deslocamento fora da sede de sua OM,
nos seguintes casos (art. 28 do Decreto 4.307, de 18 de junho de 2002):
I - interesse da Justiça ou da disciplina, quando o assunto envolver interesse da Força
Armada a que pertence o militar, quando a União for autora, litisconsorte ou ré;
II - concurso para ingresso em escolas, cursos ou centros de formação, especialização,
aperfeiçoamento ou atualização, de interesse da respectiva Força;
III - por motivo de serviço decorrente do desempenho da sua atividade;
IV - baixa à organização hospitalar ou alta desta, em virtude de prescrição médica
competente ou realização de inspeção de saúde;
V - consulta ou exame de saúde por recomendação médica; e
VI - designação para curso ou estágio sem obrigatoriedade de mudança de sede ou de
residência.

d. Caso seja necessário acompanhante para o militar da ativa ou seu dependente, por baixa
ou alta de organização hospitalar, em razão de prescrição médica competente, este terá, também,
direito ao transporte pessoal por conta da União;

e. O militar terá direito ao transporte pessoal e para o cônjuge ou acompanhante, dentro


do território nacional, quando for obrigado a se afastar do seu domicílio para ser submetido à
inspeção de saúde, para efeito de recebimento do auxílio-invalidez, ou na sua promoção aos
postos de Oficial-General para a solenidade de apresentação ao Presidente da República;

f. Cabe à União o custeio das despesas com o translado do corpo do militar da ativa
falecido, para a localidade, dentro do território nacional, solicitada pela família, incluindo despesas
indispensáveis à efetivação desse transporte, conforme disposto na alínea "f" do inciso IV do art.
50 da Lei no 6.880, de 1980, bem como por ocasião do falecimento do militar inativo ou dependente
de militar em organização hospitalar, fora da localidade onde residia, para a qual tenha sido
removido por determinação médica competente;

g. O militar restituirá o valor recebido em espécie pelo transporte, quando deixar de seguir
destino: em cumprimento de ordem superior; por motivo outro independente de sua vontade,
acatado pela autoridade competente; ou por interesse próprio; e
Caderno de Orientação aos Agentes da Administração – 6.1 29
Noções Básicas de Pagamento de Pessoal

h. O militar beneficiado e os responsáveis pela concessão do transporte responderão


solidariamente pelos atos praticados em desacordo com o prescrito no Decreto 4.307, de 18 de
junho de 2002.

4. ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS

4.1 Ajuste de contas

É a liquidação de débitos e créditos pendentes junto ao Órgão Pagador de origem.

Observações:

a. O militar licenciado do serviço ativo a bem da disciplina (art. 121 – Estatuto dos
Militares), faz jus ao adicional natalino correspondente a um doze avos da remuneração por mês de
efetivo serviço, e também as férias proporcionais (se já tiverem completado um ano ininterrupto de
efetivo serviço). Contudo, não faz jus à compensação pecuniária, tendo em vista seu licenciamento
não ter sido por término de prorrogação de tempo de serviço;

b. A exclusão a bem da disciplina será aplicada ex officio ao Aspirante a Oficial ou às praças


com estabilidade assegurada (art. 125 – Estatuto dos Militares), sem direito a qualquer remuneração
ou indenização (Parágrafo único do art. 127 do Estatuto dos Militares);

c. Por ocasião da transferência para a reserva remunerada ou reforma, por ser um ato
previsível, os direitos adquiridos até a data do desligamento deverão ser solicitados no sistema de
Militar da Ativa, com exceção do adicional de férias e da indenização de férias, tendo em vista que
deverão ser pagos pelo sistema de Militar na Inatividade;

d. Em razão da natureza indenizatória da Compensação Pecuniária, não poderá haver a


incidência de descontos sobre os valores a serem pagos ao militar;

e. A data do ajuste de contas é a data limite para pagamento ao militar da ativa, em caso
de movimentação, poderá ser até o último dia do trânsito, conforme art. 452 da Portaria n° 816-Cmt
Ex, de 19 de dezembro de 2003 (Regulamento Interno e dos Serviços Gerais / R-1).

4.2 Militares reintegrados por decisão judicial

Seção destinada às orientações básicas sobre o pagamento de militares reincluídos por


decisão judicial.

Observações:

a. A UG ao receber a Decisão Judicial deverá cumpri-la o mais rápido possível, ou seja,


reintegrar o ex-militar e, se for o caso, pagar os atrasados a partir da data da assinatura da
notificação de reintegração;

b. A UG, ao receber o requerimento para dar início ao processo para o pagamento de


exercício anterior oriundo do cumprimento de determinação judicial de reintegração de militar por
anulação de ato administrativo de desincorporação ou de licenciamento, deverá atentar para as
Caderno de Orientação aos Agentes da Administração – 6.1 30
Noções Básicas de Pagamento de Pessoal

observações abaixo, sob o risco de interpretação errônea da determinação e solicitação indevida de


atrasados:
- Decisão de 1ª instância: não há amparo legal para pagamento de EA, tendo em vista a
possibilidade de reforma da decisão;
- Trânsito em julgado: não cabe mais recurso, pois a sentença se torna imutável e
indiscutível, devendo neste caso, se houver determinação expressa na Decisão para pagamento pela
via administrativa, solicitar os atrasados através de EA; e
- Normalmente quando a Ré é a União, o pagamento dos atrasados se dá através de
Precatório Judicial, conforme art. 100 da Constituição Federal: “Os pagamentos devidos pelas
Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-
se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos
respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos
créditos adicionais abertos para este fim”.

c. No que concerne ao Direito às Férias dos Militares Reintegrados por Decisão Judicial,
deve-se observar o caráter constitucional do referido direito, nos ditames do inciso XVII do art. 7º,
associado ao inciso VIII do art. 142 da Constituição Federal de 1988, regulado pelo art. 63 e art. 80
da Lei nº 6880 de 1980, Estatuto dos Militares, que concedem o direito à férias, com o referido terço
constitucional aos militares das Forças Armadas Federais, conforme se segue (DIEx Nº 757-
ASSE1/SSEF/SEF – CIRCULAR, de 9 de dezembro de 2021 / DIEx Nº 35-Análise
Pagamento/S1/Gab/CPEx, de 7 de fevereiro de 2022):

1) se houver anulação do licenciamento ou desincorporação por parte da decisão judicial,


esta terá efeito retroativo, retornando o militar ao status anterior, entretanto, não lhe poderá ser
concedido férias, em virtude da impossibilidade de interrupção do respectivo tratamento de saúde,
sendo assim, o militar fará jus à indenização pelas férias não gozadas por ocasião de seu
desligamento da Força, nos termos da Portaria nº 28-GM/MD de 3 de maio de 2019, regulada no
âmbito do Exército pela Portaria nº 287-DGP, de 15 de dezembro de 2020, que dispõe sobre os
procedimentos a serem adotados para análise e pagamento de férias não gozadas; e

2) no caso de a decisão judicial não fazer alusão a anulação do ato administrativo de


licenciamento ou desincorporação do militar, não haveria coerência em conceder período de gozo
de férias ou indenização para quem requereu judicialmente e obteve a reintegração para a
finalidade apenas de tratamento médico.

d. Quanto ao direito à percepção de Auxílio-Fardamento por parte de militar reintegrado,


cumpre mencionar a orientação expedida pelo Departamento-Geral do Pessoal, por meio da Cartilha
Sobre Reintegrados de 2019, esclarecendo que tal direito é de natureza indenizatória, não sendo
devido a militar que não responde ao expediente (DIEx nº 757-ASSE1/SSEF/SEF – CIRCULAR, de 9
de dezembro de 2021 / DIEx nº 35-Análise Pagamento/S1/Gab/CPEx, de 7 de fevereiro de 2022):

"Deve-se considerar, também, que o auxílio-fardamento está previsto na MP nº 2.215, de


31 de agosto de 2001, nos termos regulamentados pelo Decreto nº 4.307, de 18 de julho de
2002, e possui natureza indenizatória, vale dizer, visa recompor ou compensar o
patrimônio do militar diante dos custos do fardamento de uso obrigatório. Se o
reintegrado sequer está obrigado a responder expediente em sua OM de vinculação,
pode-se inferir que não arcará com custos de fardamento, logo não há como lhe
reconhecer o direito ao benefício em comento, sob pena de onerar o tesouro sem que haja
motivo plausível para tanto"

e. Segundo entendimento do DGP, constante no Parecer nº 61/10-DGP/Asse Jur.3, de 02


Caderno de Orientação aos Agentes da Administração – 6.1 31
Noções Básicas de Pagamento de Pessoal

de junho de 2010, não há como reintegrar um militar e não permitir a reinclusão dos seus
dependentes no FuSEx, pois se ele foi reintegrado e recebe normalmente, assim como também
contribui para o Fundo como qualquer outro militar, devem ser observados os mesmos direitos, já
que possui as mesmas obrigações. Frise-se que o entendimento acima mencionado NÃO SE APLICA
aos casos em que o ex-militar é ENCOSTADO apenas para fins de tratamento de saúde.
4.3 Rendimentos isentos ou não tributáveis

A Instrução Normativa (IN) RFB nº 1500, de 29 de outubro de 2014, dispondo sobre normas
gerais de tributação relativas ao Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas, estabelece no seu art.
5º, os rendimentos originários do trabalho e assemelhados que são isentos ou não se sujeitam ao
imposto sobre a renda.

Rol resumido:

I - alimentação, inclusive in natura, transporte, vale-transporte e uniformes ou vestimentas


especiais de trabalho, fornecidos gratuitamente pelo empregador a seus empregados, ou a
diferença entre o preço cobrado e o valor de mercado;

II - auxílio-alimentação pago em pecúnia aos servidores públicos federais civis ativos da


Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional;

III - valor recebido de pessoa jurídica de direito público a título de auxílio-moradia, não
integrante da remuneração dos beneficiários, em substituição ao direito de uso de imóvel funcional;

IV - auxílio-transporte em pecúnia, pago pela União, destinado ao custeio parcial das


despesas realizadas com transporte coletivo municipal, intermunicipal ou interestadual pelos
militares, servidores e empregados públicos da Administração Federal direta, autárquica e
fundacional da União, nos deslocamentos de suas residências para os locais de trabalho e vice-versa;

V - indenização de transporte a servidor público da União que realizar despesas com a


utilização de meio próprio de locomoção para a execução de serviços externos por força das
atribuições próprias do cargo;

VI - diárias destinadas, exclusivamente, ao pagamento de despesas de alimentação e


pousada, por serviço eventual realizado em município diferente do da sede de trabalho, inclusive no
exterior;

VII - valor do salário-família;

VIII - ajuda de custo destinada a atender às despesas com transporte, frete e locomoção do
beneficiado e seus familiares, em caso de remoção de um município para outro, sujeita à
comprovação posterior pelo contribuinte; e

IX - valor dos serviços médicos, hospitalares e dentários mantidos, ressarcidos ou pagos


pelo empregador em benefício de seus empregados.

5. DISPOSIÇÕES FINAIS

As consultas sobre o aspecto econômico-financeiro, inclusive sobre aspectos


remuneratórios, devem ser direcionadas aos CGCFEx, valendo-se do documento Memória para
Caderno de Orientação aos Agentes da Administração – 6.1 32
Noções Básicas de Pagamento de Pessoal

Decisão. Caso os Centros não possam solucionar a questão, a demanda será encaminhada à SEF.

Destarte, cumpre informar que a Assessoria de Apoio para Assuntos Jurídicos da Secretaria
de Economia e Finanças (A1/SEF) mantém repositório de pareceres em sua página na intranet
(http://intranet.sef.eb.mil.br/a1/destaque.html), sendo extremamente pertinente que as OM/UG
pesquisem quanto à existência de situações análogas às suas demandas antes de encaminhar
consultas aos CGCFEx, de forma a otimizar os documentos produzidos e evitar a desnecessária
reiteração de análises cujos entendimentos restem pacificados.

Ainda, cumpre destacar a competência do DGP e suas Diretorias sobre o tema:

a. Departamento-Geral do Pessoal (DGP): detentor da competência para dirimir


questões afetas ao pagamento de transporte e ajuda de custo, por tais direitos pecuniários serem
provenientes da sua cota. Portanto, demandas dessa ordem devem ser encaminhadas ao DGP por
meio da respectiva Região Militar de vinculação;

b. Diretoria de Civis, Inativos e Pensionistas (DCIPAS): detentora da atribuição técnico-


normativa para disciplinar temas relativos aos inativos e pensionistas do Exército (EB30-IR-50.001),
razão pela qual assuntos dessa seara devem ser encaminhados ao respectivo ODS, via de regra, por
meio da Região Militar de vinculação; e

c. A Diretoria de Saúde (DSau): detentora da atribuição técnico-normativa para


disciplinar temas relativos às férias radiológicas (DIEx nº 332-ASSE1/SSEF/SEF, de 14 de outubro de
2020).
Caderno de Orientação aos Agentes da Administração – 6.1 33
Noções Básicas de Pagamento de Pessoal

LEGISLAÇÃO DE REFERÊNCIA

a. LEI Nº 13.954, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2019 - Reestrutura a carreira militar e dispõe


sobre o Sistema de Proteção Social dos Militares;

b. LEI Nº 11.421, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2006 - Altera o valor do auxílio-invalidez devido


aos militares das Forças Armadas na inatividade remunerada e revoga a Tabela V do Anexo IV da
Medida Provisória nº 2.215-10, de 31 de agosto de 2001;

c. LEI Nº 7.963, DE 21 DE DEZEMBRO DE 1989 – Concede compensação pecuniária, a título


de benefício, ao militar temporário das Forças Armadas, por ocasião, de seu licenciamento;

d. LEI Nº 6.880, DE 9 DE DEZEMBRO DE 1980 - Dispõe sobre o Estatuto dos Militares;

e. LEI Nº 5.292, DE 8 DE JUNHO DE 1967 - Dispõe sobre a prestação do Serviço Militar pelos
estudantes de Medicina, Farmácia, Odontologia e Veterinária e pelos Médicos, Farmacêuticos,
Dentistas e Veterinários em decorrência de dispositivos da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964;

f. LEI Nº 4.375, DE 17 DE AGOSTO DE 1964 - Lei do Serviço Militar;

g. LEI Nº 3.765, DE 4 DE MAIO DE 1960 - Dispõe sobre as Pensões Militares;

h. MEDIDA PROVISÓRIA Nº 2.215-10, DE 31 DE AGOSTO DE 2001 - Dispõe sobre a


reestruturação da remuneração dos militares das Forças Armadas, altera as Leis nos 3.765, de 4 de
maio de 1960, e 6.880, de 9 de dezembro de 1980, e dá outras providências;

i. DECRETO Nº 11.002, DE 17 DE MARÇO DE 2022 - Regulamenta a Lei nº 13.954, de 16 de


dezembro de 2019, e a Medida Provisória nº 2215-10, de 31 de agosto de 2001, para dispor sobre a
remuneração dos militares na ativa, os proventos na inatividade e as pensões militares;

j. DECRETO Nº 4.307, DE 18 DE JULHO DE 2002 - Regulamenta a Medida Provisória no


2.215-10, de 31 de agosto de 2001, que dispõe sobre a reestruturação da remuneração dos militares
das Forças Armadas, altera as Leis nos 3.765, de 4 de maio de 1960, e 6.880, de 9 de dezembro de
1980, e dá outras providências;

k. DECRETO Nº 99.425, DE 30 DE JULHO DE 1990 – Regulamenta a Lei nº 7.963, de 21 de


dezembro de 1989, que concede compensação pecuniária, a título de benefício, ao militar
temporário das Forças Armadas, por ocasião de seu licenciamento;

l. PORTARIA NORMATIVA nº 86/GM-MD, de 22 de setembro de 2020 - Estabelece os


cursos que dão direito à concessão do adicional de habilitação aos militares das Forças Armadas

m. PORTARIA GM/MD Nº 379, de 25 de janeiro de 2022 - Dispõe sobre a gratificação de


localidade especial de que tratam a alínea "a" do inciso III do art. 1º, o inciso VII do art. 3º e a Tabela
I do Anexo III da Medida Provisória nº 2.215-10, de 31 de agosto de 2001, regulamentada pelos arts.
11, 12 e 13 do Decreto nº 4.307, de 18 de julho de 2002, e o acréscimo de tempo de serviço previsto
no art. 137, inciso VI e § 1º da Lei nº 6.880, de 9 de dezembro de 1980;

n. PORTARIA n° 816-Cmt Ex, de 19 de dezembro de 2003 - Regulamento Interno e dos


Serviços Gerais / R-1;
Caderno de Orientação aos Agentes da Administração – 6.1 34
Noções Básicas de Pagamento de Pessoal

o. PORTARIA n° 927-Cmt Ex, de 1° de agosto de 2016 - Estabelece as condições para o


pagamento, no âmbito do Exército Brasileiro, da gratificação de representação. (Em revisão)

p. PORTARIA - C Ex nº 1.443, de 7 de janeiro de 2021 - Estabelece a equivalência entre os


cursos realizados no Brasil e no exterior, em instituições civis ou militares de ensino e os tios de
cursos constantes no Anexo III da Lei nº 13.954, de 16 de dezembro de 2019, e os critérios iara a
concessão do Adicional de Habilitação; e

q. PORTARIA nº 219-DGP, de 9 de dezembro de 2013 - Aprova as Normas para a Gestão


dos Recursos Financeiros Destinados à Movimentação de Pessoal e Deslocamento Fora da Sede no
Âmbito do Exército Brasileiro (EB30-N-10.003).

Você também pode gostar