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RIO DE JANEIRO
2010
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Rio de Janeiro
2010
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Prof. Orientador: Luciano Gerard.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ..............................................................................................................................06
CONCLUSÃO ...............................................................................................................................36
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................38
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INTRODUÇÃO
O controle do Ativo Imobilizado é de suma importância, pois exerce influência direta na formação
da “Estrutura de uma Organização”, bem como na determinação dos encargos formadores de
custo ou despesas. Embora não exista técnica específica para a realização deste controle, é
necessário que o mesmo seja feito de maneira eficiente, demonstrando informações necessárias
para a tomada de decisões dos gestores e que atenda eventuais fiscalizações e auditorias.
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Como dito por Willian Attie, esses ativos são contabilizados por todos os custos envolvidos em
sua aquisição, instalação ou para pôr em funcionamento. Esses custos são acrescidos também
de reavaliação, a representa a diferença entre o valor de mercado do bem e seu valor contábil
(custo menos a depreciação acumulada). Os bens do ativo imobilizado são deduzidos da
depreciação, que representa um processo de apropriação de custo e despesa e consequente
redução do valor contábil desses bens. A existência da depreciação é devida ao fato que a
maioria dos bens do ativo imobilizado tem uma vida útil limitada, e, de acordo com os princípios
contábeis, o valor desses bens deve ser registrado com despesa ou custo nos períodos
contábeis para os quais a empresa deles se utiliza.
Como procedimento de auditoria, todas as contas relacionadas com o ativo imobilizado devem
ser consideradas por ocasião de sua auditoria. Representam:
- custo;
- despesa de depreciação;
- reserva de avaliação;
- etc.
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1.1- AQUISIÇÕES
Os bens do ativo imobilizado são capitalizados por todos os custos incorridos até serem postos
em funcionamento. Na compra de um equipamento, os custos incluem, além do seu preço,
custos de transporte, de seguro de trânsito, de instalação, etc.
Os gastos com manutenção e reparos são incorridos para manter os bens em bom estado
operacional. Esses gastos que prolongam a vida útil dos bens do ativo imobilizado devem ser
debitados no ativo.
Na aquisição de um bem, fixa-se nele uma plaqueta numerada de identificação. Seu registro é
feito com as seguintes informações:
Exemplos de bens classificados no ativo fixo: terrenos, edifícios, máquinas, instalações, móveis
e utensílios, bibliotecas, veículos, computadores, ferramentas, fundo de comércio, patentes,
construções em andamento.
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1.4- DEPRECIAÇÕES
Está associada aos processos de deterioração e obsolescência, tendo em vista que um bem
pode funcionar quinze anos, entretanto a sua vida útil estimada é de dez anos devido ao fato de
que a partir desse tempo, ele passa a ser economicamente inviável e a empresa, portanto, terá
de adquirir um novo bem mais aperfeiçoado.
- edifícios: 25 anos
- máquinas: 10 anos
- instalações: 10 anos
- veículos: 5 anos
- ferramentas: 5 anos
- computadores: 5 anos
O método de alocar o valor dos bens do ativo imobilizado às contas de despesas ou custos
chama-se método de depreciação.
1.5- BAIXAS
Quando os bens não estão mais sendo utilizados na manutenção das atividades da empresa,
por estarem deteriorados, obsoletos, por terem sido postos a venda, são baixados das contas do
ativo imobilizado. O valor baixado é o valor por quanto o bem está registrado no ativo, ou seja
custo menos a depreciação acumulada (valor contábil do bem). O valor baixado é contabilizado
normalmente em uma conta de despesa, e no caso de venda é registrado em uma conta de
receita.
Os controles internos, também, não podem ser vistos simplesmente como um sistema ou
como um processo dissociado dos aspectos comportamentais. Os controles são exercidos por
pessoas para atender a necessidade de pessoas. A atividade de controle é antes de tudo uma
atitude, e reflete a forma de agir e reagir dos membros da organização, perante as exigências do
ambiente endógeno e exógeno.
posições importantes de mercado podem ter sido perdidas e poderão até levar à
descontinuidade do empreendimento. Esta concepção faz com que se tornem elementos
fundamentais de controle as atividades de monitoramento do sistema de informações gerenciais
que se desenvolvem por intermédio das ferramentas de gestão estratégica e orçamentária e o
gerenciamento do risco empresarial. Neste contexto, incluem-se as ferramentas de gestão e
avaliação do capital humano que auxiliam a construir um ambiente de controle capaz de conduzir
à melhoria do desempenho organizacional e suportar o plano estratégico.
Classificam-se em:
DEFINIÇÕES:
De acordo com José Miguel Aguilera, o controle interno é uma parte integrante da administração
de riscos da empresa. Esta estrutura da administração de riscos da empresa abrange o controle
interno, formando uma conceitualização mais robusta e uma ferramenta para a administração. O
controle interno é definido e descrito em “Controle Interno – Estrutura Integrada”. Porque aquela
estrutura passou no teste de tempo e é a base para papéis existentes, regulamentos, e leis este
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documento fica no lugar como a definição do e a estrutura para o controle interno. Enquanto
apenas porções do texto do “Controle Interno – Estrutura Integrada” é reproduzido nesta
estrutura, a totalidade daquela estrutura está aqui incorporada através de referências.
Caso ainda não exista uma filosofia de controle bem assimilada dentro da organização, uma
apresentação prévia deve ser feita àqueles que deverão ser os principais interlocutores durante
o trabalho, para que possam compreender os questionamentos que virão na fase das
entrevistas. Será ressaltada a necessidade de colaboração dos envolvidos, para que se alcance
o entendimento da estrutura de controle adotada pela empresa e se estabeleça um plano para
reforçá-los, quando necessário.
CAPÍTULO 3- A AUDITORIA
Tal como ocorreu com a Contabilidade, a auditoria, dito por Marcelo Cavalcanti: “desenvolveu-se
mais aceleradamente durante o século XIX e, por se tratar de um campo da ciência contábil
aplicada, esse desenvolvimento foi mais intenso na Inglaterra e nos Estados Unidos, locais onde
a contabilidade sempre foi encarada com maior pragmatismo. Entretanto, foi somente no século
XX que passou a ser utilizada em larga escala, notadamente, após a quebra da bolsa de Nova
York em 1929. No Brasil, a técnica da auditoria começou a se desenvolver após o advento da Lei
4.728 de 1965, com a normatização do Mercado de Capitais e tornou-se mais intensa após a
publicação da Lei 6.404/76, a Leis das Sociedades Anônimas. Durante toda a história, sofrendo,
obviamente, pequenas adaptações ao ambiente social em que estava inserida, a auditoria
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manteve seus objetivos básicos. O conceito de auditoria como sendo uma técnica contábil, com
características próprias, cujo objetivo é a emissão de uma opinião sustentada sobre exames
realizados nas demonstrações contábeis e controles internos da entidade examinada, visando a
determinar a fidedignidade dos registros e demonstrações. Portanto, funciona como um “cartório”
autenticando o trabalho realizado pelos contadores das entidades auditadas. Essa assertiva
pode ser comprovada pela leitura dos pareceres de auditoria”.
Controle gerencial que funciona por meio de medição e avaliação da eficiência e eficácia de
outros controles. Deve ser entendida como uma atividade de assessoramento a administração
quanto ao desempenho das atribuições definidas para cada área da empresa, mediante as
diretrizes políticas e objetivos por aquela determinados.
Não deve haver limitação, no âmbito da empresa, para atuação da auditoria interna. O auditor
interno deve ter acesso a todas as áreas e informações, terreno no qual e para qual
desenvolverá seu trabalho.
Os sistemas de controle não se limitam às áreas contábil, financeira, mas englobam os planos
da organização e todos os métodos usados para proteger seus ativos, verificar na exatidão e
fidedignidade de suas informações contábeis, financeiras, administrativas e operacionais, e
promover a eficiência e eficácia operacional, bem como estimular a observância de normas e
diretrizes da administração, inclusive no âmbito das empresas controladas e coligadas.
- Auditoria na Área Contábil – tem por objetivo identificar a adequação dos registros e
procedimentos levados a efeito na empresa, a qualidade dos controles internos existentes, a
observação das normas e regulamentos traçados pela administração, bem como a avaliação da
correta aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de
Contabilidade.
reflete a necessidade cada vez maior da interação entre os diversos ramos do conhecimento
para atuar na atividade empresarial.
Para desempenhar o seu papel com a independência necessária a auditoria interna deve
responder aos mais altos níveis hierárquicos da empresa. Nas organizações mais modernas e
de capital pulverizado ou de interesse publico existe a tendência da auditoria interna reporta-se a
um a um comitê de auditoria que é órgão independente da administração executiva. A
subordinação ao mais alto nível hierárquico (Presidente, Diretor Geral) é o mais aconselhável
quando não existe o comitê de auditoria. Qualquer outra subordinação hierárquica ou funcional
desqualificaria o departamento de auditoria para trabalhos de avaliação do ambiente de controle
como um todo.
Algumas empresas podem ter auditorias internas com atuação limitada a algumas áreas
tais como: estoques, caixa, etc. Nestes casos impera a regra geral de que a auditoria, para atuar
com independência plena, deve esta subordinada a pessoas de nível hierarquicamente mais alto
do que os auditados.
Outra regra é que para desempenhar o seu papel o auditor deve obster-se de realizar
quaisquer tarefas operacionais, tais como: registros contábeis, análises de rotineiras de contas,
participação em comissões de licitação, etc.
informáticos, operacional, etc, ou por área de negócio, por exemplo distribuição e revenda de
petróleo, varejo, navegação, etc.
O trabalho dos auditores internos deve estar devidamente documentado por meios físicos ou
eletrônicos. Fazem parte da documentação: o planejamento do trabalho; os programas de
trabalho; os papéis de trabalho; e o relatório de recomendações. O uso cada vez mais
generalizado do gerenciamento de risco dentro das empresas permite que a auditoria interna
baseie-se na matriz de riscos para fazer o planejamento dos trabalhos atuando sobre os
controles que auxiliem a mitigar os riscos de maior impacto e probabilidade.
Este conhecimento permitirá que o auditor possa julgar a razoabilidade e pertinência das
informações produzidas pelo sistema de informações gerenciais e que utilize o
benchmarking para avaliar a eficiência e eficácia dos processos internos. Esta fase se
caracteriza pela obtenção de diversas informações, que serão posteriormente confirmadas
pela observação “in loco” durante as entrevistas e testes.
- Entrevistas com a alta direção para obter informações sobre os objetivos estratégicos,
procurando obter metas quantitativas ou financeiras e as ações esperadas.
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Este processo deve ser efetuado em conjunto com a administração abrangendo os riscos
estratégicos, riscos operacionais, riscos de reporting, e riscos de conformidade.
Caso ainda não exista uma filosofia de controle bem assimilada dentro da organização,
uma apresentação prévia deve ser feita àqueles que deverão ser os principais interlocutores
durante o trabalho, para que possam compreender os questionamentos que virão na fase de
entrevistas. Será ressaltada a necessidade de colaboração dos envolvidos, para que se alcance
o entendimento da estrutura de controle adotada pela empresa e se estabeleça um plano para
reforçá-los, quando necessário.
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i)Risco Inerente - Traduz o risco intrínseco a determinadas tarefas ou operações que podem
fazer que venham a acarretar não conformidades.
ii) Risco de controle – É o risco que não conformidades não sejam detectadas pelos controles
internos da entidade.
iii) Risco de detecção - É o risco do auditor não detectar uma não conformidade.
RA=RI x RC x RD
i)Testes de observância – são utilizados para confirmar a eficácia dos sistemas de controle
interno e constituem-se de:
Para afirmar quanto à integridade dos saldos parte-se de registros auxiliares ou arquivos de
documentos primários e constata-se a sua inclusão nos registros.
Para afirmar quanto à fidedignidade dos registros parte-se dos registros e verifica-se a
documentação comprobatória.
Os testes podem, também, ser efetuados por sistemas informáticos, o que é aconselhável nas
seguintes situações:
- Quando uma parte significativa dos controles internos está embutida em um programa de
computador.
- Simulação paralela
Os dados reais são reprocessados com um software controlado e previamente testado quanto
aos seus resultados.
- Dados de teste
Situações válidas e não válidas são introduzidas no sistema a ser testado e compara-se o output
do sistema com o output esperado para identificar possíveis falhas.
- Teste integrado
Cria-se uma empresa fictícia no sistema informático, com a mesma parametrização do ambiente
de produção, onde são introduzidos dados com todos os tipos de erros e exceções.
- Log da Auditoria
Evidências de auditoria
Os trabalhos de auditoria devem estar suportados por papéis de trabalho que demonstrem
o trabalho efetuado a extensão dos testes e fundamentem a conclusão a que se chegou. É
comum o uso de programas de trabalho e de questionários padronizados para documentar o
trabalho realizado e para orientar as equipes quanto ao que, quando e onde deve ser realizado.
Plano organizacional
- Segregação de funções.
- Limites de autoridade.
- Estrutura organizacional .
Ambiente informático
- Novos softwares.
- Organização e operação.
- Restrição de acessos.
- Inventários regulares.
- Cadastros adequados.
Sistema contábil
- Plano de contas consistente com as atividades e com os níveis necessários para controle das
operações e apresentação de resultados.
- Identificação de possíveis efeitos colaterais ocasionado pela escolha dos vetores de avaliação
de desempenho.
- Capital humano.
- Adequação às tarefas.
- Adequação à estratégia.
* é um dos meios pelo qual a alta administração julga e avalia a qualidade da auditoria.
b) A metodologia adotada;
O relatório, por ser produto de um trabalho técnico, deve ser redigido de forma impessoal, de
preferência no modo infinitivo, preservando-se os atributos de concisão e clareza. As
recomendações devem estar devidamente justificadas.
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- Relatórios Finais- são completos e abrangentes; incluem informações quanto à natureza dos
assuntos, escopo do trabalho e índice de pontos; incluem, além dos fatos e recomendações,
uma opinião geral sobre a área auditada.
d) assuntos confidenciais, que não podem ser tratados em relatórios normais, trabalhos
específicos.
- Custo: saldo no início do período, aquisições, baixas, transferências, saldo no fim do período.
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- Listagem individual dos bens do ativo imobilizado, com data-base do fim do período.
- Verificar se a listagem concorda com o saldo do custo no fim do período, apresentado no papel
de trabalho de movimentação de contas.
- Selecione itens para serem testados. Observe se os gastos com manutenção e os gastos com
reparos não aumentam a vida útil do bem e, portanto, devem ser tratados como despesa do ano.
- Verifique se a vida útil, estabelecida para cada classe de bens, é adequada e está consistente
com o ano anterior.
- Selecione, por meio dos registros contábeis, itens a serem testados e execute os seguintes
procedimentos de auditoria:
- Selecione alguns bens vendidos, partindo da conta de receita na venda de bens do ativo
imobilizado, e verifique se o valor contábil dos bens vendidos foi baixado do ativo imobilizado.
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- Para os projetos encerrados durante o período, verifique se todos os custos forma transferidos
para as contas definitivas do ativo imobilizado e confira a data da transferência com a
documentação comprobatória.
- Obtenha certidões negativas dos imóveis para a data do exame. Verifique se nessas certidões
negativas os imóveis estão em nome da empresa e se não existem ônus sobre os mesmos.
Caso existam ônus, observe se a transação foi devidamente aprovada. Na hipótese do imóvel ter
sido dado de garantia de um financiamento, certifique-se de que o financiamento foi registrado
no passivo da empresa e que essa informação foi divulgada em nota explicativa das
demonstrações financeiras.
Caso a empresa tenha reavaliado bens do ativo imobilizado durante o exercício social,
inspecione o laudo dos peritos ou da empresa avaliadora e confira-o com as informações
registradas no razão geral. Se a reavaliação de um terreno for debitada na conta de edifícios,
têm influência direta na depreciação, e, consequentemente, no lucro líquido do exercício. O
auditor deve examinar também a ata da assembléia de acionistas que aprovou a reavaliação.
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CONCLUSÃO
A depreciação pode ser conceituada como o modo pelo qual se registra, contabilmente, a
diminuição do valor de bens do ativo imobilizado resultante do desgaste pelo uso, pela ação da
natureza, perecimento ou obsolescência normal. Esta é apenas uma das várias definições.
Contudo, sintetiza bem o termo. O valor depreciável de um bem do ativo imobilizado deve ser
apropriado numa base sistemática durante sua vida útil econômica. À medida que os bens são
utilizados nas operações, o valor contábil do ativo é reduzido para refletir esse benefício
econômico, gerando uma despesa de depreciação. A depreciação dever ser registrada mesmo
que o valor justo do ativo exceda o seu valor contábil. No processo de uma auditoria no Ativo
Imobilizado de uma determinada empresa um dos focos do auditor deverá ser se o bem ainda
está produzindo, pode ser que esteja no cadastro do ativo fixo e que não exista mais fisicamente
sendo depreciado normalmente.
A Instrução Normativa SRF 162/98, alterada posteriormente pela Instrução Normativa SRF
130/99, relacionou alguns bens de acordo com a NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul), e
definiu seus respectivos prazos de vida útil e taxas de depreciação, porém, é importante
considerarmos os seguintes fatores ao determinar a vida útil econômica;
• Desgaste físico esperado, que depende de fatores operacionais, tais como número de turnos
que exigem a sua utilização;
• Limites legais ou semelhantes sobre o uso do bem, tais como datas de expiração de
arrendamentos, etc.
É comum encontramos nas grandes organizações deficiências em uma área tão importante
como a de Gestão do Ativo Imobilizado, por isso, é necessário a conscientização dos
administradores quanto a eficiência sobre um item de grande representatividade em seu Ativo.
Em países desenvolvidos, este trabalho é realizado de maneira constante, pois uma estrutura
patrimonial evoluída e que não gere custos desnecessários, tais como manutenções freqüentes,
produção parada, acidentes de trabalho, entre outros, refletem diretamente nos resultados
obtidos.
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REFERÊNCIAS:
Aragão, Marcelo – Auditoria Cespe Séries e Questões Comentadas; Ed. Método.