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Curso de Contabilidade
Auditoria Interna
Quelimane
2022
Universidade Licungo
Curso de Contabilidade
Auditoria Interna
Quelimane
2022
Índice
1. Introdução..................................................................................................................1
1.1. Objectivos...........................................................................................................1
2. Auditoria Interna........................................................................................................2
2.1. Conceito..............................................................................................................2
3. Conclusão.................................................................................................................11
4. Referencias Bibliográficas.......................................................................................12
1. Introdução
O presente trabalho cujo tema é “Auditoria Interna” veremos que a Auditoria Interna
tem um conceito moderno, apesar de que já existiam actividades parecidas com o da
auditoria interna ou com a mesma finalidade, ela merece uma atenção especial pois
muitas empresas ainda não conseguiram detectar a suas vantagens. De facto, a auditoria
interna é uma actividade independente e objectiva de avaliação e de consultoria,
desenhada para adicionar valor e melhorar as operações de uma organização. Ela auxilia
uma organização a realizar seus objectivos a partir da aplicação de uma abordagem
sistemática e disciplinada para avaliar e melhorar a eficácia dos processos de gestão de
riscos, controlo e governança. A globalização da economia e o surgimento de mercados
comuns fazem com que a Auditoria Interna deixe de ter uma função com conotação
Policialesca e Repressiva para ter uma função de acessoramento à alta Administração e
Gestores para o cumprimento da missão empresarial e, para isso a Auditoria Interna
precisa estar preparada e com suporte adequado para que possa cumprir sua missão com
eficácia e eficiência. Empregada como ferramenta de Controlo e Gestão de Riscos
Empresariais, a Auditoria Interna estará contribuindo com seu trabalho de forma eficaz
na condução dos negócios pelos Gestores. Os resultados do trabalho da Auditoria
Interna, além de se constituírem em algo precioso para a tranquilização dos Gestores do
alto comando, fornecem recomendações correctivas e preventivas à exposição da
organização face aos riscos empresariais que podem ser de natureza; sistémica,
operacional, financeira, tecnologia da informação, recursos humanos, mercadológicas e
de factores externos que podem impactar os resultados e estratégias globais da empresa.
1.1. Objectivos
1
2. Auditoria Interna
2.1. Conceito
A auditoria interna é uma actividade que esteve em constante evolução o que faz com
que haja várias formas de a conceituar e por diferentes autores: O Institute of Internal
Auditors (2009, p. 10) define auditoria interna da seguinte forma: “A auditoria interna é
uma actividade independente, de garantia e consultoria, destinada a acrescentar valor e a
melhorar as operações de uma organização. Ajuda a organização a alcançar os seus
objectivos, através de uma abordagem sistemática e disciplinada, na avaliação e
melhoria da eficácia dos processos de gestão de risco, de controlo e de governação”.
Morais e Martins (2003, p.61) definem: “A auditoria interna é uma actividade de
avaliação que, de forma independente dentro de uma empresa, tem por objecto a revisão
das operações contabilísticas, financeiras e de todo o tipo, com o fim de prestar um
serviço à direcção. É um controlo administrativo, cuja função é medir e avaliar a
eficácia de outros controlos.” “A auditoria interna é uma actividade de avaliação
independente, estabelecida numa organização como um serviço à mesma. É um sistema
de controlo que funciona pelo exame e avaliação da adequação e eficácia dos outros
sistemas de controlo.” De acordo com Attie (1992, p.28): “A auditoria interna é uma
função independente de avaliação, criada dentro da empresa para examinar e avaliar
suas actividades, como um serviço a essa mesma organização.”
2
Examinar a integridade e fidedignidade das informações financeiras e
operacionais e os meios utilizados para aferir, localizar classificar e comunicar
essas informações;
Examinar os sistemas estabelecidos, para certificar a observância às políticas,
planos, leis e regulamentos que tenham, ou possam ter, impacto sobre operações
e relatórios, e determinar se a organização está em conformidade com as
directrizes;
Examinar os meios usados para a protecção dos activos e, se necessário,
comprovar sua existência real;
Verificar se os recursos são empregados de maneira eficiente e económica;
Examinar operações e programas e verificar se os resultados são compatíveis
com os planos e se essas operações e esses programas são executados de acordo
com o que foi planeado;
Comunicar o resultado do trabalho de auditoria e certificar que foram tomadas as
providências necessárias a respeito de suas descobertas.
3
o conselho de administração, os gestores, os accionistas e outros intervenientes – e dita
as regras e os procedimentos para a tomada de decisões nas questões empresariais.
Estes princípios assumem-se como ponto de referência para que empresas e países
desenvolvam os seus próprios princípios, obedecendo às suas especificidades e
necessidades.
Não sendo uma área totalmente nova, a conjuntura actual deu-lhe uma maior relevância,
pelo que a definição de regras internas de funcionamento e tomada de decisão,
equilíbrio das relações entre accionistas e investidores e a equipa de gestão, da ética
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empresarial e de controlo interno e gestão do risco, são prementes e críticas para as
organizações.
Com esta forma de actuação, a auditoria interna estará a contribuir para a consecução
das metas previamente estabelecidas, ao contribuir para a preservação do património e
maximização dos resultados da organização, enquadrando-se no modelo de governação
corporativa, abordagem presente no próprio conceito de auditoria interna no que
concerne aos processos de governance.
Segundo Attie (1992), a área de auditoria deve executar três tipos de planejamento,
assim explicados pelo autor (1992, p.73):
7
a. Planejamento de longo prazo que cubra períodos de um a três anos e
constitui-se num instrumento administrativo de conteúdo genérico, utilizado
como orientador de áreas a serem cobertas e como suporte para elaboração
orçamentária, de padrões, de controles etc.
b. Plano Anual cuja elaboração seja feita com base no plano a longo prazo e
desenvolvido com detalhes operacionais, em função do número de dias
disponíveis para a realização de exames específicos; o total disponível de
dias/auditor, dividido entre as atividades planejadas e não planejadas. Os dias
não planejados constituem uma reserva para eventualidade, como exames
especiais, solicitações da diretoria, treinamento etc.
c. Programas de Auditoria que é a versão analítica do plano anual desenhado
por tarefa-exame. Dele devem constar todos os passos a serem seguidos, dentro
de um cronograma operacional.
As Normas Usuais de Auditoria, definidas pelo The Institute of Internal Auditor, INC
(Attie, 1992, p.66), quando tratam do âmbito de trabalho , estabelecem que o auditor
interno precisa planejar toda a auditoria, documentando todo seu estudo , que consiste,
entre outros aspectos em: estabelecer os objetivos da auditoria, obter informações
básicas, determinar os recursos necessários, elaborara um programa de auditoria,
determinar a forma de comunicação dos resultados e obter aprovação para o plano de
trabalho.
Attie (1992, p.69) destaca que o planejamento da auditoria serve para distribuir as
responsabilidades do dirigente da auditoria interna, sendo que o plano produzido deve
estar de acordo com os objetivos da auditoria, sendo estes mensuráveis, passíveis de
realização.
Macroprocessos/
Previsão
Processos/ Temas (Item
Item Objetivos da Auditoria Colaboradores/
II, Art.5º, IN CGU
Horas
09/2019)
8
Registro Centralizado 2/700
Verificar a existência de
Registro Centralizado de
Projetos na Furg e a deficiência
nas informações divulgadas
pelas Fundações de
1 Apoio, conforme Decreto
7.423/2010 (Art.12, § 2º) e a Lei
12.527/11 (Art. 7º, VI, VII, "a" e
Art.8º,§1º,V).
OBJETIVO 8 DO
Relacionamento entre MACROPROCESSO GESTÃO
IFES e Fundações de INSTITUCIONAL (XIII)
Apoio Transparência 2/750
Análise das informações
divulgadas em relação as
determinações legais e a
granularidade, suficiência,
2
completude e tempestividade
dos dados.
OBJETIVO 3 DO
MACROPROCESSO GESTÃO
INSTITUCIONAL (XIII)
Ética no Uso Animal 2/750
Avaliar a disposição
da infraestrutura do
Biotério e a adequação do
processo de
produção e
manutenção de
espécies animais destinados a
pesquisa e ensino quanto ao
Infraestrutura de atendimento dos objetivos
3
Pesquisa - Biotérios organizacionais e
quanto a
conformidade em
relação a legislação
aplicável.
OBJETIVO 2 DO
MACROPROCESSO
PESQUISA (III)
Macroprocessos/
Previsão
Processos/ Temas (Item
Item Objetivos da Auditoria Colaboradores/
II, Art.5º, IN CGU
Horas
09/2019)
4 Avaliar as ações realizadas para: 2/712
1) a não geração, redução,
reutilização, reciclagem,
Gestão de Resíduos
tratamento dos resíduos
sólidos e disposição final
ambientalmente adequada de
rejeitos que tenham sido
produzidos na Universidade;
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2) Capacitação técnica
continuada na área de resíduos
sólidos;
3) O estabelecimento do Plano
de Resíduos sólidos.
OBJETIVO 2 DO
MACROPROCESSO GESTÃO
AMBIENTAL (X)
10
3. Conclusão
Ao concluir o presente trabalho, notei que a auditoria interna tem evoluído cada vez
mais desde o seu surgimento até hoje, deixando de lado o seu papel de polícia e voltar
mais para o controlo interno ajudando a organização na sua melhoria ou substituição
quando necessário. Conseguiu-se atingir os objectivos do trabalho, analisando os dados
recolhidos na pesquisa e responder as perguntas de partidas. Afinal, no gabinete em
causa considera importante o serviço da auditoria interna e também que a auditoria
interna permite aperfeiçoar as operações de uma empresa, através da melhoria do
sistema do controlo interno e uma maior rigorosidade quanto ao cumprimento das
normas que são os benefícios predominantes da implementação da auditoria interna
segundo o inquérito. No decorrer da pesquisa constatou-se que mesmo as empresas que
não dispõem dos serviços de auditoria interna compreendem a sua importância para um
bom funcionamento da empresa. O motivo verificado nas empresas que não dispõem
deste serviço é o alto custo para algumas e desnecessário para outas normas. O que
nunca deve ser considerado, pois a auditoria interna é sempre necessário. Conclui-se
ainda que a maioria das empresas públicas sediadas na cidade da Praia realizam
auditoria interna, pois ela acrescenta valor às empresas, melhora o controlo interno e
fomenta maior rigorosidade quanto ao cumprimento das normas. Com o estudo feito no
gabinete do Governador, deu para verificar que a auditoria interna é muito importante
para qualquer empresa que queira ter um controlo mais eficaz dos seus regulamentos e
normas. O pessoal do gabinete fez o possível para que todos os colaboradores tenham
ideias positivas sobre a auditoria interna, pois no início foi difícil compreender o real
significado da auditoria interna. A única falha verificada no departamento da auditoria
interna do gabinete é a questão do posicionamento, pois, além de não estar exposta no
organograma, encontra-se mal posicionada. A auditoria interna depende do
departamento de Gabinete de estratégia, planeamento e controlo quando deveria
depender do conselho do gabinete.
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4. Referencias Bibliográficas
ATTIE, Willian (1987). Auditoria Interna (1ª ed.). S. Paulo: Atlas S.A. ATTIE, Willian
(1992). Auditoria interna. São Paulo: Atlas S.A. ATTIE Willian (1998).
Auditoria: Conceitos e aplicações (3ª ed.). São Paulo: Atlas S.A. BARATA, Alberto
Silva (1999). Contabilidade, auditoria e ética nos negócios (2ª ed.). Lisboa: Editorial
Notícias. BARBIER, Etienne (1999).
Auditoria Financeira: Teoria e Prática (1ª ed.). Lisboa: Rei dos Livros. COSTA, Carlos
Baptista (2010).
Auditoria Financeira: Teoria e Prática (9ª ed.). Lisboa: Rei dos Livros. CREPALDI,
Sílvio Aparecido (2000). Auditoria Contábil: Teoria e Prática (2ª ed.). Atlas S.A.
MARÇAL,
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Nelson e MARQUES, Fernando Luís (2011). Manual de Auditoria e Controlo Interno
no Sector Público (1ª ed.). Lisboa: Sílabo lda. MARQUES,
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