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Auditoria de Marketing
Discentes:
Auditoria de Marketing
Índice
I. Introdução...........................................................................................................................4
III. Conclução......................................................................................................................14
I. Introdução
A Auditoria de Marketing é uma ferramenta analítica fundamental que permite às
organizações avaliarem de maneira abrangente suas estratégias, táticas e resultados no âmbito
do marketing. Assim como uma auditoria financeira examina minuciosamente os registros
contábeis de uma empresa para garantir sua saúde financeira, a auditoria de marketing analisa
todos os aspectos das atividades de marketing para garantir que estejam alinhados com os
objetivos estratégicos e proporcionem o máximo retorno sobre o investimento.
Segundo Basso (2005, p. 100) “a auditoria teve início na Inglaterra, no século XIV, para
examinar as contas da coroa”. Com o passar do tempo esta prática foi se disseminando pelo
mundo, sendo que, no Brasil, ganhou maior visibilidade após a Lei 4.728 de 1965, com a
regulamentação do Mercado de Capitais.
Conforme Crepaldi (2002) em uma visão mais contábil e financeira, a auditoria pode ser
entendida como o estudo e julgamento de forma sistemática das transações, operações,
processos, e rotinas das demonstrações financeira de uma organização.
Quanto ao objetivo da auditoria, Attie (1993) contribui afirmando que ela fornece subsidio
para a gerência, através da emissão de um parecer acerca da situação atual o qual aponta
recomendações em relação às atividades auditadas.
Existem vários tipos de auditoria, entre as mais conhecidas e utilizadas pode-se citar: a
auditoria interna, auditoria externa, auditoria contábil, auditoria de recursos humanos,
auditoria operacional e auditoria de marketing (CREPALDI, 2002).
i. Auditoria interna
A auditoria contábil se caracteriza por ser uma análise minuciosa e de forma independente de
livros, documentos, registros e coleta de informações relevantes de fontes internas e externas
a organização. A auditoria se limita a verificar os aspectos relacionados ao patrimônio da
mesma (CREPALDI, 2002).
v. Auditoria operacional
A auditoria operacional busca realizar uma revisão dos processos operacionais de setores
públicos e privados a fim de verificar se os recursos estão sendo utilizados de forma eficiente,
e se estão atingindo os objetivos operacionais.
Segundo Boynton (2002, p. 938) “as partes essenciais que constituem esse tipo de auditoria
são: processo sistemático, avaliação de operações, eficácia, eficiência e economia de
operações, relato a pessoas adequadas e recomendações para aperfeiçoamento”.
A auditoria de marketing segundo Kotler e Armstrong (1999, p.39), é "um exame abrangente,
sistemático, independente e periódico do ambiente, objetivos, estratégias e atividades da
empresa, para determinar as áreas problemas e as oportunidades". A partir da auditoria é
possível se ter um diagnóstico amplo desta área para então, se necessário, criar planos de ação
para melhorá-la. A seguir, o tema auditoria de marketing é mais bem detalhado.
Desta forma é preciso que a área de marketing esteja em plena sintonia em seus diversos
processos, fazendo com que toda a organização trabalhe em conjunto para estar totalmente
voltada ao cliente. A auditoria de marketing permite que as organizações alcancem isso
através de um mapeamento de todas as áreas de marketing, que fornecerá um grande subsidio
para se criar planos de ação, visando otimizar o desempenho do marketing da empresa
(KOTLER e ARMSTRONG, 1999).
Pode-se ver que Kotler e Armstrong (1999), definem a auditoria de marketing sobre quatro
aspectos: Periódica, que deve ser aplicada regularmente, não apenas quando se tem algum
problema na área, e serve tanto para a empresa que está passando por um momento favorável,
quanto para a que está em dificuldades. A auditoria deve ser completa, analisando toda a área
de marketing, sendo assim abrangente. Deve ser sistemática, seguindo uma série de processos
que culmina com a preposição de um plano de ação. E por fim, deve ser feito de forma
independente, por alguém que tenha acesso a todas as informações necessárias, não sofrendo
restrições que afetem o resultado.
Segundo Cobra (1992), a auditoria de marketing vem ganhando valorização desde a década de
50, quando começou a desenvolver novos entendimentos sobre conceitos que anteriormente
eram restritos a uma visão simplória. Estes conceitos são relacionados ao ambiente da
empresa, margens de lucro, estratégias usadas, vendas e o composto de marketing, passando a
utilizarem estratégias mais voltadas para os clientes.
A seguir, apresenta-se cada uma dessas áreas de forma mais abrangente, onde, é possível ter o
entendimento do que cada uma representa e o que é analisado pela auditoria.
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Na figura acima é possível notar o microambiente, formado por seis variáveis: a empresa,
concorrentes, públicos, intermediários, clientes e fornecedores. Já o macroambiente é formado
pelo ambiente demográfico, ambiente econômico, ambiente político/legal, ambiente natural,
ambiente tecnológico e ambiente sociocultural.
Kotler e Armstrong (1999), ainda complementam dizendo que este ambiente oferece ameaças
e oportunidades, sendo que, as empresas de sucesso sabem fazer a leitura deste cenário, e
desta forma conseguem estar à frente, tanto quanto na hora de aproveitar uma oportunidade,
quanto na hora de se precaver de uma ameaça.
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Desta forma, pode-se notar que as organizações precisam estar atentas e realizar um contínuo
monitoramento do ambiente de marketing para serem capazes de potencializar as
oportunidades e minimizar as ameaças.
Para Kotler (2000, p.122) “o ambiente de marketing está mudando a um ritmo cada vez mais
acelerado. Sendo assim, a necessidade de informações de mercado em tempo real é maior do
que em qualquer outra época”. Nesta afirmação do autor, destaca-se a importância de se
analisar o ambiente de marketing periodicamente.
Para Etzel (2001), o sistema de informação de marketing, também denominado SIM, possui
as seguintes funções básicas:
Segundo Cobra (1992), o posicionamento se caracteriza por criar uma imagem da organização
e o valor oferecido do produto nos vários segmentos de maneira que os consumidores
entendam claramente a empresa, e a apreciem em relação à concorrência.
Já para Al Ries e Trout (1999, apud DARONCO 2008, p.65), “o posicionamento é o que você
faz com a mente do cliente potencial. Ou seja, você posiciona o produto na mente do cliente
potencial”. Segundo os mesmos autores, as pessoas classificam os produtos e marcas em
degraus, ou patamares dentro da mente, onde em cada degrau se encontra um nome ou marca,
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e quando pensamos em determinado produto pensamos primeiro nos que estão em melhor
patamar de classificação.
Quando uma empresa entra no mercado ela se dispõe a vender algum produto que pode ser
um bem ou um serviço. Logo, esta empresa pensa em conquistar e atender muitos clientes que
lhe trarão o retorno desejado. Para tanto, a empresa precisa definir para quem irá direcionar
suas estratégias, pois, segundo Boone e Kurtz (apud LAS CASAS 2009, p.124), “o mundo é
muito grande e preenchido com muitas pessoas diferentes para que gerentes de marketing
construam um composto de marketing que satisfaça a todos”.
LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Marketing: conceitos, exercícios, casos. 8ª ed. - São Paulo:
Atlas, 2009.
McCarthy e Perreault (1997) concordam com Kotler (1996) e complementam dizendo que a
segmentação é uma atividade de agrupamento de pessoas com necessidades similares.
Para Cobra (1997), a função de controle de marketing é valida para empresa de qualquer porte
econômico ou tamanho físico. O que muda é a intensidade em que o controle é empregado.
A partir da visão dos autores pode-se ter o entendimento que o mix de marketing é constituído
de elementos dos quais a empresa possui o controle e que dependem do seu controle para
atingir os objetivos. Trabalhar bem as estratégias de produto, preço, praça e promoção é de
vital importância para a organização, independentemente do tamanho, uma vez que estes
afetam o mercado e suas decisões de compra.
III. Conclução
Após esta abordagem, pude perceber que a auditoria de marketing não é apenas uma
ferramenta de avaliação, mas também um catalisador de melhorias contínuas e uma base
sólida para o planejamento estratégico. Ela capacita as empresas a permanecerem
competitivas, relevantes e adaptáveis em um cenário de negócios dinâmico e desafiador, onde
a compreensão profunda das atividades de marketing é fundamental para o sucesso a longo
prazo.
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ETZEL, M. J., WALKER, B. J., & STANTON, W. J. (2001). Marketing. Makron Books.
KOTLER, P., & ARMSTRONG, G. (1999). Princícpios de Marketing. Rio de Janeiro: PHB.
McCARTHY, E. J., & PERREAULT, W. D. (1997). Marketing essencial. São Paulo: Atlas.