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Introdução..................................................................................................................................2
1. Conceito de auditoria de contas.............................................................................................4
2. Procedimentos de auditoria de contas....................................................................................4
3. A execução de uma auditoria de contas.................................................................................5
4. Implicações negativas............................................................................................................6
5. Observações pós auditoria......................................................................................................7
7. Condições de valorimetria dos inventários............................................................................8
8. Risco da auditoria de contas de classe 3................................................................................9
7. Vantagens da auditoria e contas...........................................................................................10
9. Os seis tipos de opinião no relatório de auditoria................................................................10
Conclusão.................................................................................................................................13
Bibliografia..............................................................................................................................14
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Introdução
A presente pesquisa tem como tema: auditoria de contas classe 3. O mesmo tem
enquadramento quando se coloca a pretensão de reflectir em como se pode fazer uma
auditoria face à diversidade das entidades sob o ponto de vista de investimento bem como
tamanha da empresa. É nesse sentido ainda que a presente pesquisa propõe-se como uma
resposta a necessidade de saber como funciona uma auditoria de contas em empresas de
grande porte e que aspectos principais podem ser tidos em conta sempre que pretende fazer
uma auditoria das mesmas.
A escolha do presente tem ganha relevância quando se percebe que na sociedade actual,
grande parte das empresas são susceptíveis de enfrentas grandes quedas devido a uma
auditoria adequada, por isso, a presente pesquisa serve de subsídio para entender que cada
empresa deve ter uma auditoria de acordo com o nível no qual se encontra, pois, se não se se
fizer uma auditoria de acordo com a classe será difícil chegar a apuramento real da situação
da empresa ou entidade.
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Lista de siglas
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1. Conceito de auditoria de contas
A auditoria de contas de classe 3 é um processo que visa verificar a fidelidade e a adequação
das demonstrações financeiras relacionadas aos inventários e aos ativos de uma empresa ou
entidade. Essas contas são classificadas na classe 3 do Sistema de Normalização
Contabilística, sendo o conjunto de normas contáveis adoptado em Moçambique e em outros
países embora com as suas particularidades. De modo geral, a (CREPALDI, 2007: 89) refere
que auditoria de contas tem como objectivo o exame das demonstrações contábeis para que
desta possa vir a emitir opinião sobre a regularidade das mesmas.
A auditoria de contas classe 3 pode ser realizada tanto interna quanto externamente. A
auditoria interna é realizada por profissionais da empresa, enquanto a auditoria externa é
realizada por auditores independentes, sem relação com a empresa auditada.
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Uma auditoria financeira envolve procedimentos para obter evidências a respeito dos valores
e divulgações nas demonstrações financeiras, independentemente se causadas por fraude ou
erro (TCDF, 2021: 5). Assim a auditoria de contas de classe 3 envolve os seguintes passos:
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O total do balanço,
O volume de negócios líquido,
Número médio de trabalhadores empregados durante a auditoria:
4. Implicações negativas
A implicação da não realização de contas classe 3 em Moçambique e para todos os países que
adotpam o Sistema de Contabilidade para o Sector Empresarial (SCE) baseado nas Normas
Internacionais de Relato Financeiro (NIRF) são alarmantes para toda a empresa bem como
para a sociedade de modo geral. Assim, as contas classe 3 são as que registam os inventários
e os ativos de uma entidade. A não realização dessas contas pode ter as seguintes
consequências:
Prejuízo para a gestão e o controlo dos recursos: A entidade pode ter dificuldades para
atender à demanda dos seus clientes, planejar as suas compras e produções, evitar perdas e
desperdícios, calcular o custo das mercadorias vendidas e apurar o seu lucro ou prejuízo.
Infracção às normas contábeis e fiscais: A entidade pode ser punida pelos órgãos
reguladores, como o Ministério das Finanças, a Autoridade Tributária de Moçambique, o
Tribunal Administrativo e outros, por não seguir os critérios de reconhecimento, mensuração,
apresentação e divulgação dos inventários e dos in.
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5. Observações pós auditoria
Após a auditoria de contas de classe 3, o auditor deve estar em condições de estabelecer
alguns aspectos que visam a potencialização dos aspectos positivos bem como dar resposta
aos problemas e desafios que a empresa ou entidade apresentar, isto é, deve estar em
condições de concluir segundo (COSTA, 2010: 345) se:
A para de todas as observações, deve ficar claro que as mesmas devem ser feitas tendo em
conta que o objectivo de todo um trabalho de auditoria de classe 3 deve ter em última
instância a capacidade de fornecer uma opinião independente e verdadeira relativamente às
demonstrações financeiras de uma empresa vista em todos os seus aspectos materiais, (DRA,
2010) como procurar também desenvolver uma auditoria não apenas como projecto destinado
á emissão de relatórios sobre actividades passadas, mas também como um processo de apoio
á gestão das organizações sem se esquecer do seu principal objectivo.
A auditoria de contas classe 3 pode compreender inventários detidos para venda no percurso
da actividade empresarial, no processo de produção para essa venda e na forma de materiais
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consumíveis a serem utilizados no processo de produção ou na prestação de serviços entre
outras; agrega também, os ativos tangíveis, isto é, tudo aquilo que pode ser considerado como
activo, quer de produção ou regeneração.
Mercadorias, respeita aos bens adquiridos pela empresa com destino a venda, desde que não
sejam objecto de trabalho posterior de natureza industrial.
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colocar no estado em que se encontra e no local de armazenagem; Os custos de distribuição,
de administração geral e os financeiros (excepto para alguns inventários, os financeiros) não
são incorporáveis no custo de produção dos inventários; Os gastos industriais fixos poderão
ser imputados ao custo de produção, tendo em conta a capacidade normal dos meios de
produção (ISA, 2010);
1. Custo médio ponderado, o custo de cada elemento é determinado a partir de uma média
ponderada do custo dos elementos existentes. Tanto o custo das saídas como o dos
inventários finais são mensurados a custos médios. É um método de aplicação simples e a
utilização dos custos médios permite minimizar os efeitos das variações dos custos de
aquisição ou de produção.
2. FIFO, neste método presume-se que os bens adquiridos ou produzidos em primeiro lugar
são também os primeiros a ser vendidos ou consumidos, o que significa que o CMVMC é
mensurado a custos mais antigos e os inventários finais são mensurados aos custos mais
recentes, ou seja, muito próximos dos de mercado. O método FIFO é desaconselhável em
períodos de inflação acentuada (os créditos são mensurados a preços mais recentes enquanto
os gastos correspondem às aquisições mais antigas).
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concebido em três dimensões, onde a primeira corresponde ao risco inerente, risco e por fim
o risco de detecção.
Vantagens para o fisco: permite maior exactidão das demonstrações contábeis; assegura
maior exactidão dos resultados apurados; contribui para maior observância das Leis fiscais.
Na mesma linha das vantagens acrescenta Jund (2006) que existe outra vantagem tais como:
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9. Os seis tipos de opinião no relatório de auditoria
1. Opinião sem reservas: Diz-se que a opinião de um auditor é sem ressalvas quando,
perante uma análise do material que constitui objecto de seu trabalho em um empresa ou
entidade constata que todas as contas reflectem de forma satisfatória a real situação da
empresa, isso inclui tanto o âmbito financeiro bem como o patrimonial. O auditor opta por
esta modalidade de opinião quando resulta do seu exame, realizado de acordo com as normas
técnicas aplicáveis, que não existem distorções com materialidade nas demonstrações
financeiras. É a chamada opinião não modificada ou limpa.
2. Opinião com reservas: Este tipo de posicionamento só é tomado quando após uma análise
das contas da empresa ou entidade, o auditor conclui que não pode exprimir um relatório sem
ressalvas pelo facto de que o nível de distorção é relativamente considerável, ou seja, quando
há uma disparidade acentuada entre a realidade da empresa e das contas da mesma.
(COELHO, 2013: 23)Avaliado o motivo da distorção, isto é, a razão da incompatibilidade
acentuada entre as contas da empresa ou entidade e a realidade da empresa é possível que se
emita uma opinião mediana, daí que a opinião será adversa, reconhecendo assim, a existência
de uma situação problemática na empresa, sem contudo deixar de validar os aspectos
positivos sempre que os mesmos existirem.
3. Opinião adversa: diz-se que estamos perante uma opinião adversa após a análise de todas
as contas da empresa ou entidade, concluir-se que as mesmas não reflectem de modo geral a
situação real da empresa. O auditor reuniu provas de que não existem distorções com
materialidade nas demonstrações financeiras; no entanto, se o auditor tiver obtido prova sobre
a existência de uma incerteza material relacionada com a continuidade, o auditor deve
identificá-la. Se a entidade auditada não tiver mencionado alguma incerteza material, haverá
lugar a uma opinião com reservas ou adversa.
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emitir opinião com a segurança requerida sobre as demonstrações financeiras de uma
empresa.
5. Opinião modificada: Toda a auditoria inclui um objectivo de emitir uma opinião no fim,
mas esta será sempre determinada por uma série de condições, pelo que, sempre que após
uma análise das contas da empresa o auditor emitir uma opinião adversa, com ressalvas ou
negativa de opinião, anexa sempre um parágrafo com o objectivo de dar destaque a uma
situação relevante constatada ao longo da auditoria. Este ponto constitui em si um destaque
que em regra não significa somente uma nota negativa, pelo que é apenas um aspecto que o
auditor considera relevante para a empresa.
6. Opinião não modificada: O tipo de opinião não modificada é aquela em que o auditor
após a análise de todas as contas da empresa emite uma opinião sem ressalvas e mais que
isso, inclui no fim uma nota dando destaque a um aspecto positivo e relevante ou alerta sobre
algum aspecto da empresa. Resulta do facto de o auditor, por motivos que não lhe são
imputáveis, não ter realizado o seu exame com a profundidade e extensão desejáveis, o que o
impossibilitou de obter prova sobre se determinada área das demonstrações financeiras está
isenta de eventuais distorções com materialidade, (COELHO, 2013: 68) O auditor expressa
também uma opinião com reservas por limitação de âmbito quando faltem componentes das
demonstrações financeiras, tais como a demonstração dos fluxos de caixa e/ou a
demonstração das alterações nos capitais próprios, sempre que sejam de elaboração
obrigatória e indispensáveis para a compreensão da situação da empresa auditada.
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Conclusão
Com a materialização desta pesquisa é possível concluir que há uma razão na divisão da
auditoria em classes e que a da classe 3 apresenta-se de forma peculiar o que implica uma
mudança substancial no tratamento da mesma quando se trata de uma auditoria quer seja
interna ou externa. Ainda nesta pesquisa, foi possível perceber que a auditoria de contas de
classe é de suma importância em qualquer empresa desta classe na medida em que se
posiciona como um elemento que além de fornecer uma visão clara da situação da empresa,
possibilita com que se existirem problemas, através desta auditoria se possa chegara uma
solução.
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Bibliografia
COELHO, Dina Adriana Carvalho. Contabilidade e administração.Porto, Coimbra.2013
COSTA, Carlos Baptista. Auditoria Financeira – Teoria & Prática, 9ed, Porto, Editora Rei
dos Livros, 2010, pp345.
CREPALDI, Sílvio Aparecido. Auditoria Contábil: teoria e prática. 4ª Ed. São Paulo: Atlas,
2007. 558p.
ISA 200 – Objetivo e Princípios Gerais que Regem uma Auditoria de Demonstrações
Financeiras, 2006
ISA 400. Objectivo e Princípios Gerais que Regem uma Auditoria de Demonstrações
Financeiras, 2010
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