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Instituto Superior de Gestão, Comercio e Finanças

Estudante:
Samilto da Silva Mugude

Auditoria de Formação e Seu Papel no Subsistema de Formação nas Organizações


(Licenciatura em Gestão do Recursos Humanos)

ISGECOF
Maputo
2023
1

Samilto da Silva Magude

Auditoria de Formação e Seu Papel no Subsistema de Formação nas Organizações


(Licenciatura em Gestão do Recursos Humanos)

Trabalho da cadeira de Técnicas de


Desenvolvimento Pessoal, centro de
Recursos de Lichinga. Para fins
avaliativos.

ISGECOF

Maputo

2023
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Índice
1.Introdução ...................................................................................................................... 3

1.1.Objectivos do Trabalho .............................................................................................. 3

1.2.Objectivo Geral........................................................................................................... 3

1.3.Objectivos Específicos ............................................................................................... 3

1.4.Metodologia do trabalho............................................................................................. 3

2.Auditoria de Formação e seu papel no subsistema de Formação nas organizações ...... 4

2.1.Auditoria ..................................................................................................................... 4

2.2.Papel e actividades do Auditor de Formação ............................................................. 5

2.3.Tipos de Auditoria de Formação ................................................................................ 5

2.4.Auditor de Formação Interno ..................................................................................... 6

2.5.Vantagens do Auditor Interno de Formação............................................................... 6

2.6.Desvantagens do Auditor Interno de Formação ......................................................... 7

2.7.Auditor externa de Formação ..................................................................................... 8

2.8.Vantagens do Auditor externo .................................................................................... 8

2.9.Desvantagens do Auditor externo .............................................................................. 9

3.Conclusão .................................................................................................................... 10

3.1.Referências Bibliográficas ........................................................................................ 11


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1.Introdução

O presente trabalho reflecte claramente sobre Auditoria de Formação e seu papel no


subsistema de Formação nas organizações, onde a auditoria proporciona ao usuário
dados e informações necessárias para um melhor controlo, clareza e transparência das
várias entidades empresariais. É uma técnica contábil que pode ser adoptada como
ferramenta estratégica, e tem como objectivo normalizar, supervisionar, fiscalizar e
avaliar os dados contábeis, financeiros, orçamentários, operacionais e patrimoniais,
visando facilitar a gestão de entidades com ou sem fins lucrativos. Juntamente com os
controles internos que são um conjunto de processos, constituídos de sistemas, métodos
e regras específicas, actualmente aprimoradas com o desenvolvimento das tecnologias
de informação, atingindo uma escala de confiabilidade de seus resultados.

1.1.Objectivos do Trabalho

1.2.Objectivo Geral

 Mostrar um estudo sobre a auditoria de formação e seu papel no subsistema de


formação nas organizações.

1.3.Objectivos Específicos

 Demonstrar como os processos de Auditoria Interna e externa elevam o valor na


formação nas organizações;
 Descrever e mostrar as vantagens e desvantagens na auditoria interna e externa
no processo decisório nas organizações.

1.4.Metodologia do trabalho

Para a realização do trabalho, usou-se a metodologia de pesquisa bibliográfica cingida


através da leitura do livro principal que aborda o mesmo tema e alguns artigos. O
trabalho está estruturado da seguinte maneira: Introdução, Desenvolvimento, Conclusão
e Referências Bibliográficas.
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2.Auditoria de Formação e seu papel no subsistema de Formação nas organizações

2.1.Auditoria

De acordo com a definição do Institute of Internal Auditors (IIA), a auditoria interna é


uma actividade independente, de avaliação objectiva e de consultoria, que tem como
objectivo acrescentar valor e melhorar as operações de uma organização. Ela pretende
ajudar a organização na prossecução dos seus objectivos através de uma abordagem
sistemática e disciplinada, na avaliação da eficácia da gestão do risco, do controlo e dos
processos de governação.

“A auditoria é, simplesmente, a comparação imparcial entre o fato concreto e o


desejado, com o intuito de expressar uma opinião ou de emitir comentários,
materializados em relatórios de auditoria.” (ARAÚJO, 2001 p.13).

O crescimento da auditoria se deu pelo desenvolvimento do sistema familiar após a


revolução industrial. As empresas começaram a buscar novos mercados, competindo
por espaço. Como consequência, foi necessário rever as formas de controlo das
empresas, visando, sobretudo, a redução dos custos de produção (ALMEIDA, 1996).

Com a expansão das organizações e dos mercados consumidores, impulsionados pelo


fenómeno da globalização, o controle e a adequada utilização das normas e
procedimentos contáveis se tornaram fundamentais para um bom desempenho
económico das empresas.

De acordo com Ricardo Ferreira, os procedimentos de auditoria são o conjunto


de procedimentos técnicos com base nos quais o auditor obtém evidências ou
provas que sejam suficientes e adequadas para fundamentar o seu parecer sobre
as demonstrações contáveis auditadas. Os procedimentos de auditoria são
adoptados: antes do encerramento do exercício; na data de seu término; após o
encerramento do exercício e antes da elaboração das demonstrações; depois da
elaboração das demonstrações.

A auditoria está ancorada na necessidade de confirmação, por parte dos investidores e


proprietários, da realidade económico-financeira, espelhada no património das empresas
investidas e ao desenvolvimento económico que propiciou a participação accionaria na
formação do capital das organizações. De nada adianta um engendrado sistema de
controlo interno sem que alguém verifique, diga se, audite, periodicamente se os
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funcionários estão cumprindo as determinações (ATTIE, 2010; ALMEIDA, 2010;


SANTOS et al., 2006).

De acordo com Gil (1999,p.59) a auditoria é uma função administrativa que


exerce a verificação/constatação/validação, via testes e analises dos resultados
dos testes, com consequente emissão de opinião, em momento independente
das demais três funções administrativas (planejamento, execução, controle),
consoante os três níveis empresariais principais (operacional, táctico e
estratégico).

Auditor aplica os procedimentos de auditoria que compreendem um conjunto de


técnicas que possibilitam reunir evidências e provas adequadas para a fundamentação e
suporte do seu parecer.

2.2.Papel e actividades do Auditor de Formação

O papel e actividades do Auditor de formação é de corrigir, prever e evitar a ocorrência


de falhas ou fraudes, garantindo veracidade das informações prestadas por uma
organização em seus documentos.

Segundo Gil (2000), descreve a auditoria como uma função da organização institucional
que visa a revisão, avaliação e emissão de opinião referente a todo o ciclo
administrativo, entendendo-se como ciclo administrativo o planeamento, a execução e o
controle, considerando a auditoria item importante em todos os momentos e/ou
ambientes das entidades.

A partir destes conceitos, infere-se que a auditoria está relacionada à avaliação das
actividades desenvolvidas nas organizações no produto de trabalho auditado, buscando
por uma análise coerente e objectiva, a mudança e o aprimoramento de processos para
obtenção de um resultado com a verificação de rotinas ineficientes, mensurando e
minimizando riscos, implantando como ferramenta a auditoria interna na organização
no intuito de conferir e revisar as possíveis falhas

2.3.Tipos de Auditoria de Formação

Existem diversos tipos de auditoria, os quais, de um modo geral, têm a designação


diferente consoante o seu objecto, finalidade, âmbito, extensão, periodicidade e agente
executante.
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AQUINO, (1980), O Auditor possui conhecimentos de normas e procedimentos de


auditoria e o mesmo procurará obter elementos que levem a fundamentar e a emitir sua
opinião sobre o objecto de estudo. Entretanto, diversas são as modalidades na aplicação
da auditoria, tais como:

Auditor interno: Empregado de alto nível dentro de uma empresa;

Auditor fiscal: Servidor do Poder Público;

Auditor externo: Profissional independente e autónomo.

2.4.Auditor de Formação Interno

Auditor de Formação Interno actua como “o radar” do Conselho Directivo, verificando


o controlo das operações de forma profunda e pormenorizada. As suas análises e
recomendações são uma ajuda valiosa para o Conselho Directivo e para os dirigentes de
cada área específica, com o objectivo de promover um controlo mais eficaz, melhorar a
operacionalidade e acrescentar valor.

A responsabilidade do auditor interno para com o Conselho Directivo vai muito para
além da realização de simples exames e verificações. Mais do que uma avaliação, o
Conselho Directivo necessita de uma orientação por parte da auditoria interna. Ou seja,
para além de identificar e avaliar deficiências do sistema, o auditor interno deverá ser
um assessor do Conselho Directivo.

2.5.Vantagens do Auditor Interno de Formação

De acordo com Furtado (2009), as principais vantagens da auditoria interna de formação


são:

 Fiscalizar a eficiência dos controles internos;


 Assegurar maior correcção dos registos contáveis;
 Opinar sobre a adequação dos demonstrativos contáveis.
 Dificultar desvios de activos e pagamentos indevidos; Contribuir para a
obtenção de melhores informações sobre a real situação da entidade;
 Apontar falhas na organização administrativa e nos controles internos;
 Garantir maior atenção e rigor dos funcionários contra erros e evita fraudes.
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2.6.Desvantagens do Auditor Interno de Formação

Para Gil (2000) cita que “as desvantagens da auditoria interna ocorrem em razão de:
Laços de amizade que o auditor interno estabelece com os demais funcionários,
podendo gerar afrouxamento dos controles e do rigor dos exames”.

Franco e Marra (2007) explicam que “a vantagem da auditoria interna é a existência


dentro da própria organização, de um departamento que exerce o permanente controlo
prévio, concomitante e consequente de todos os actos da administração”. Quanto às
desvantagens das mesmas, descrevem:

A desvantagem da auditoria interna é o risco de que os funcionários do


departamento de auditoria sejam envolvidos pela rotina de trabalho e só
examinem aquilo que lhe é oferecido pelo exame. Além disso, os laços de
amizade e o coleguismo que podem advir entre funcionários desse
departamento e dos demais sectores da empresa poderão provocar um
arrefecimento no rigor dos controles na fiscalização dos serviços. Essa situação
poderá gerar desvirtuamento da função e contribuir para a perda de força moral
que os auditores internos devem ter em relação a todos os demais elementos
que actuam na empresa, inclusive aos administradores. (2007, p.219).

Auditoria interna possui vantagem a mais de que seus concorrentes que não possuem,
pois ela transmite mais confiança aos seus accionistas e investidores. Ela ainda por ter
um controle maior pode minimizar ou evitar possíveis prejuízos, e assim poder tomar
decisão a tempo de ter grandes avarias. Além disso, ela serve para impedir desfalques
temporários, que nada mais é que quando um funcionário se apossa de um bem, da
empresa e não modifica os registos da contabilidade. Agindo desta maneira o mesmo
não coloca em prática os princípios contáveis, tendo a desvantagem de não relatar as
deficiências da empresa de maneira correcta, ou seja, ocultando erros graves na
organização. A rotina na administração também é um factor gerador que faz com que o
auditor venha examinar somente os documentos apresentados, não fazendo o
levantamento devido para estabelecer regras necessárias. A organização deverá contar
com tais riscos prevendo uma possível punição caso o auditor venha a proceder desta
maneira, em todo caso, a organização deve avaliar que os benefícios que terão com a
aplicação da auditoria interna serão muito maiores e valorosos ao sucesso de sua
organização no mercado comparado a um erro de conduta do auditor.
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2.7.Auditor externa de Formação

Antes de pensarmos sobre auditoria externa devemos crer que a auditoria é um processo
de estudo e avaliação das informações empresariais que realiza operações,
procedimentos, rotinas e demonstrações de resultados das organizações por meio de
análise sistémico das informações para verificação e certificação de acções
predeterminadas.

Para ATTIE (1998) afirma que:

“ (...) a auditoria é uma especialização contabil voltada a testar a eficiência e a


eficácia do controle patrimonial implantado com o objectivo de expressar uma
opinião sobre determinado dado (ATTIE 1998, p. 25).”

Segundo ARAUJO (1998), conceitua:

“ (...) a auditoria pode ser encontrada como um conjunto de procedimentos


aplicados sobre determinados acções, objectivando verificar se elas foram ou
são realizadas em conformidade com normas, regras, orçamentos e objectivos.
É o confrontar a condição -situação encontrada - com o critério - situação que
deve ser (ARAUJO, 1998, p. 15).”

Compreendendo o conceito de auditoria, fica fácil entender auditoria externa, uma vez
que é o mesmo processo, porém realizado por uma empresa ou instituição externa que
seja independente e imparcial aos resultados verificados, de forma a não influenciar ou
beneficiar interesses de outros, dentro ou fora da organização.

A auditoria externa tem como objectivo a comprovação e exactidão dos registos


contáveis, sugerir soluções e melhorias para o aprimoramento examinar (como, por
exemplo, elaborar lançamentos contáveis), para que não interfira em sua independência
(MAUTZ, 1978; ALMEIDA, 2010).

2.8.Vantagens do Auditor externo

As principais vantagens da auditoria externa de formação são:

 Examinar as demonstrações contábeis de acordo com as normas de Auditoria


geralmente aceitas;
 Detectar irregularidades (roubos, erros propósitais, etc.).

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2.9.Desvantagens do Auditor externo

Segundo Almeida (1996,p.32) as desvantagens da auditoria interna decorrem quando a


auditoria externa não e realizada para detectar fraudes, erros ou para interferir na
administração da empresa, ou ainda, reorganizar o processo produtivo ou demitir
pessoas ineficientes. Naturalmente, no decorrer do processo da auditoria, o auditor pode
encontrar fraudes ou erros, mas seu objectivo não e este. Seu objectivo é emitir um
parecer.
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3.Conclusão

Conclui a auditoria é uma ferramenta fundamental importância para auxiliar o sector


administrativo da organização, garantindo que os processos e as rotinas internas sejam
executadas de forma segura, sendo assim, com esse subsídio cada vez mais aperfeiçoado
e várias organizações aderindo para seu sucesso, resultando na escolha de acções
criativas e avaliando mudanças quando essas forem necessárias.

Portanto a auditoria contribui no processo de tomada de decisão, pois havendo um


conhecimento abrangente da organização auditada pode-se propor melhorias, assim
como, apontar as irregularidades e sugerir acções que a administração da organização
poderá tomar, onde a auditoria vem complementar em um sistema mais amplo de
análise e aprofundar sobre o funcionamento organizacional que envolve a área de
recursos humanos, sob os aspectos: qualitativo do serviço e de gestão de pessoas,
rotinas, com o intuito de prevenir ou evitar demandas judiciais e infracções
administrativas.
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3.1.Referências Bibliográficas

Almeida, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. São Paulo:


Saraiva, 1985.

Aquino, C. P. Administração de recursos humanos: São Paulo: Atlas, 1980.

ARAÚJO, Inaldo da Paixão Santos, et al. Auditoria contábil: enfoque teórico,


normativo e prático. São Paulo: Saraiva, 2008.

ATTIE, William. Auditoria Interna. São Paulo: Atlas, 1992.

ATTIE, William. Auditoria interna. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2007.

Chiavenato, Idalberto. Idalberto. Administração de empresas: uma abordagem


contingencial. São Paulo: Mc Graw Hill, Ltda., 1987.

Franco, Hilário & Marra, Ernesto. Auditoria contábil. São Paulo: Atlas, 1982.

______, Hilário & Marra, Ernesto. Auditoria Contábil 4. Ed. Actual. São Paulo. Atlas
2001.

______, Hilário & Marra, Ernesto Auditoria Contábil 4. Ed. Actual. São Paulo, Atlas
2007.

Gil, António Carlos. Administração de recursos humanos. São Paulo: Atlas, 2000.

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