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Índice

1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................1

2. Problemática............................................................................................................................. 2

3. Objectivos.................................................................................................................................3

3.1. Objectivo geral.................................................................................................................. 3

3.2. Objectivos específicos.......................................................................................................3

4. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE AUDITORIA..........................................................4

4.1. Planeamento de auditoria.................................................................................................. 5

4.1.1. Conceito..................................................................................................................... 5

4.1.2. Objectivos do Planeamento de auditoria....................................................................6

4.1.3. Importância do planeamento de auditoria..................................................................6

4.1.4. As fases da etapa do planeamento de auditoria......................................................... 6

4.2. Execução do trabalho de auditoria.................................................................................. 14

4.3. Evidências de trabalho realizado..................................................................................... 15

4.3.1. Conceito de evidências.............................................................................................15

4.3.2. Caracteristícas de evidências de trabalho realizado................................................. 15

4.3.3. Classificação das Evidências....................................................................................16

4.4. Papéis de trabalho de auditoria........................................................................................18

4.4.1. Características dos papéis de trabalho......................................................................19

4.4.2. Objectivos dos papéis de trabalho............................................................................19

4.4.3. Tipos de papéis de trabalho......................................................................................19

4.4.4. Técnicas de Elaboração dos Papéis de Trabalho......................................................20


4.5. Métodos de selecção e técnicas de amostragem..............................................................21

4.5.1. Amostragem em auditoria........................................................................................ 21

4.5.2. Métodos de selecção da amostra.............................................................................. 21

4.5.3. Técnicas de amostragem.......................................................................................... 22

5. METODOLOGIA...................................................................................................................24

6. CONCLUSÃO........................................................................................................................ 25

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................... 26
Lista de Abreviaturas

ISA/ NIR - International Standard Board/ Norma Internacional de Revisão/ Auditoria

IIA – The Institute of Internal Auditors

PT – Programa de Trabalho
1. INTRODUÇÃO
Sabe-se que mesmo no nosso cotidiano, assim como nas entidades, a principal finalidade é a de
alcançar os objectivos traçados. As entidades procuram aperfeiçoar cada vez mais os seus
trabalhos, garantindo uma melhor administração e controle de suas operações e processos, e por
via de confirmar a confiabilidade de seus processos e operações, e caso necessário aprimorar os
mesmos, as entidades recorrem a uma auditoria interna, que é feita por um auditor interno,
encarregado da entidade, na qual o mesmo deve actuar de forma independente e imparcial. Antes
de iniciar a sua actividade, o auditor deve fazer uma organização do trabalho de auditoria, de
modo que possa entender melhor cada passo do seu trabalho, podendo assim concretizar os seus
objectivos.

No presente trabalho abordaremos em torno da Organização do trabalho de auditoria, que é uma


prática indispensável pois, garante a condução eficaz das auditorias internas. É a partir da
organização do trabalho que o auditor irá definir cada passo a ser seguido, que lhe permitirá
melhorar a funcionalidade da entidade, e garantir que o controlo interno da entidade está em
conformidade com as normas vigentes.

O presente trabalho é de carácter académico, por atribuição da docente aos discentes, tendo em
vista o aprimoramento do conhecimento em relação ao tema, na qual o mesmo terá um
contributo naquilo que diz respeito a formação de estudantes para que possa ser aplicado na vida
profissional, assim, como servirá de base para o desenvolvimento de habilidades para a
elaboração da organização do trabalho de auditoria para uma auditoria bem executada.

Em termos de estrutura, o presente trabalho está organizado em 5 partes, onde primeiramente são
apresentados os elementos introdutórios, seguido pela revisão da literatura, a metodologia, a
conclusão, e por fim as referências bibliográficas.

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2. Problemática
Segundo (Gil, 2002), o problema é uma questão não solvida e que não e objecto de discussão, em
qualquer domínio do conhecimento.

Segundo (Lakatos, 2003), problema é uma dificuldade, teórica ou pratica, no conhecimento de


alguma coisa de real importância, para qual se deve encontrar uma solução. O problema deve ser
levantado, formulado, de preferência em forma interrogativa e delimitado com indicações das
variáveis que intervêm no estudo de possíveis relações entre si.

Segundo os autores acima referenciados entramos em conclusão que o problema pode ser
definido como sendo uma questão que precisa ser respondida, ou seja, é encontrar respostas as
perguntas ou reforçar os resultados existentes para atenuar o défice de conhecimentos com vista
a resolução de problemas.

Deste modo, para o trabalho em apreço, a problemática é levantada por meio da seguinte questão:
De que maneira a organização do trabalho de auditoria contribui para uma auditoria eficiente
e eficaz?

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3. Objectivos

3.1.Objectivo geral
Apresentar o funcionamento da organização do trabalho do Auditoria como um todo.

3.2.Objectivos específicos
 Conceituar a organização do trabalho de auditoria;

 Dar a conhecer as fases do planeamento bem como a sua importância na organização do


trabalho de Auditoria;
 Falar sobre execução de auditoria;
 Abordar sobre as evidências do trabalho de Auditoria realizado;
 Explicar os papéis de trabalho do auditor e as técnicas de amostragem adequadas.

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REVISÃO DA LITERATURA

4. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE AUDITORIA


Para (Attie, 1998, p. 25) , “Auditoria é uma especialização contabilística voltada a testar a
eficiência e eficácia do controle patrimonial implantado, com o objetivo de expressar uma
opinião sobre o determinado dado.ˮ

De acordo com (Oliveira) , “Auditoria é um tipo de actividade que tem como objectivo verificar
se os controles internos, procedimentos e regras estabelecidas pela entidade se estão a ser
cumpridas, e, se os documentos, registos e papéis estão regulares.ˮ

De acordo com (Moreira, 2018) , o trabalho de auditoria é uma actividade que envolve a revisão
sistemática e independente de informações, processos, transacções, registos ou sistemas de uma
organização, de modo a avaliar a sua exactidão, confiabilidade e conformidade com as normas e
regulamentos, eficácia operacional e eficiência.

De acordo com (IIA, 2012) , “trabalho de auditoria consiste numa atribuição específica de
auditoria interna, tarefa ou actividade de revisão, tais como uma auditoria interna, uma revisão
de autoavaliação de controlo, investigação de fraude ou consultoria.”

O objectivo principal do trabalho de auditoria é o de fornecer uma avaliação objectiva e


imparcial das operações e controlo interno de uma organização, identificando as ineficiências ou
não conformidades. O trabalho de auditoria desempenha um papel essencial na avaliação e
melhoria da governança corporativa, gestão de riscos e prestações de contas, com vista a garantir
que as organizações operem de maneira transparente, ética e eficaz.

Sendo assim, a organização do trabalho de auditoria é definida como um processo de estruturar e


coordenar as actividades de auditoria interna de forma a atender as necessidades da organização
e alcançar os objectivos pretendidos, e de modo a garantir que a auditoria seja conduzida de
maneira eficaz, eficiente e de acordo com as normas e os objectivos estabelecidos. A organização
de trabalho de auditoria deve incluir:

 O planeamento de auditoria;
 A execução do trabalho de auditoria;

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 As evidências do trabalho realizado;
 Os papéis de trabalho;
 Bases de selecção e técnicas de amostragem.

4.1. Planeamento de auditoria

4.1.1. Conceito
Segundo (Araujo, p. 43) , “planear é técnica de prever hoje o que poderá ocorrer amanhã. É o
processo de estabelecer objectivos ou metas, determinando a melhor maneira de atingi-las.ˮ

De acordo com a (NIR300) , “o Planeamento significa desenvolver uma estratégia geral e uma
abordagem geral e pormenorizada quanto a natureza, oportunidade e extensão esperadas da
auditoria.ˮ

Ainda de acordo com a (NIR300), “o auditor deve planear o trabalho de auditoria de modo que a
auditoria seja levada a efeito de uma maneira eficaz.ˮ

Segundo (Attie, 2018) “o planeamento estabelece antecipadamente o que deve ser feito, como,
onde, quando e por quem em um nível de detalhes suficiente, sem se perder em múltiplos
detalhes a essência do significado global.ˮ

De acordo com (Pinheiro, 2014, p. 238) , “o planeamento de auditoria é a etapa do trabalho na


qual os auditores internos desenvolvem e anotam um plano para cada trabalho incluindo o
âmbito, objectivos, prazos de execução e distribuição de recursos.ˮ

De acordo com a (IIA, 2012) norma 2200 “os auditores internos devem desenvolver e documentar
um planeamento para cada trabalho de auditoria, na qual devem incluir, o escopo, o prazo, e a
alocação de recursos do trabalho.ˮ

Sendo assim, o planeamento de auditoria é definido como a etapa na qual o auditor desenvolve a
estratégia geral de como os trabalhos serão executados, definindo os objectivos pretendidos, de
modo a desempenhar uma auditoria eficaz.

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4.1.2. Objectivos do Planeamento de auditoria
Para (Morais & Martins, 2013, p. 144) “planear antecipadamente o trabalho a realizar, é um
factor determinante para o êxito do trabalho da equipa de Auditoria Interna.ˮ

O planeamento de auditoria tem como objectivos de acordo com (Attie, 2018, p. 372):

 Permitir a realização de um exame adequado e eficiente que facilite aos auditores de


atingirem os seus objectivos em um prazo razoável de tempo;
 Facilitar o controlo sobre o desenvolvimento do trabalho e sobre o tempo que se gasta;
 Estabelecer racionalmente a extensão dos diversos procedimentos de auditoria;
 Evitar a sobrecarga de trabalho.

O planeamento de auditoria irá ajudar, portanto, a direccionar as actividades que serão realizadas
de modo a garantir que o foco e os esforços estejam no lugar certo durante todo o processo.

4.1.3. Importância do planeamento de auditoria


Ao realizar uma auditoria sem planeamento, o foco pode se distorcer, como por exemplo, a
equipe foca-se em um produto ou sector específico, e ao longo do tempo acabam por focar-se em
outros sectores, atrasando e dificultando algumas análises. Daí surge a importância do
planeamento, sendo o planeamento de auditoria fundamental na medida que permite ao auditor
organizar o processo e manter o foco correcto na auditoria.

4.1.4. As fases da etapa do planeamento de auditoria


De acordo com (Pardini, 2020, p. 7) para a realização do planeamento de auditoria, o auditor deve
obedecer a três (3) fases, nomeadamente:

 Primeira fase: definição dos objectivos e escopo de trabalho de auditoria, colecta de


informações, e alocação de recursos;
 Segunda fase: mapeamento e matrizes
 Terceira fase: elaboração do programa de trabalho.

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4.1.4.1. Primeira fase

4.1.4.1.1. Definição dos objectivos de trabalho de auditoria


Esta é uma fase extremamente importante, pois ela irá direccionar todas as outras fases e etapas
da auditoria.

De acordo com (IIA, 2012) norma 2210 “os objectivos devem ser estabelecidos para cada
trabalho de auditoria.”

De acordo com (Pardini, 2020, p. 9) , o primeiro passo do auditor é definir quais serão os
objectivos que deverão ser alcançados com a execução do trabalho de auditoria, devendo os
objectivos estar alinhados de acordo com a sua natureza, o que quer dizer que o objectivo pode
variar de uma auditoria para outra, na qual pode se incluir como objectivos, a avaliação da
eficácia dos controlos internos ou identificação de áreas de melhoria.

4.1.4.1.2. Definição do escopo do trabalho de auditoria


Após a definição dos objectivos, o segundo passo é definir o escopo de auditoria, sendo o mesmo
determinado com base nos objectivos da auditoria, com a finalidade de direcionar os esforços da
equipe de auditoria de forma eficaz.

De acordo com (IIA, 2012) norma 2220 “o escopo estabelecido deve ser suficiente para alcançar
os objectivos do trabalho da auditoria. O escopo do trabalho de auditoria deve incluir
considerações sobre sistemas, registos, pessoal e propriedades físicas relevantes, incluindo
aqueles sob o controlo de terceiros.ˮ

Para (Pardini, 2020) , “o escopo é delimitação da avaliação, na qual são considerados os


seguintes elementos estruturais que devem estar presentes no escopo:

 Abrangência: É a delimitação do universo auditável, ou seja identificamos o que deverá


ser auditado;
 Tempo: Identifica quando deve ser realizado o exame, e também qual será período de
cobertura da avaliação.
 Extensão: Corresponde à amplitude dos exames, inclusive a configuração da base
amostral.

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 Localidade: Onde será realizado o exame, incluindo a possibilidade de avaliação em
ambiente de terceiros, dependendo da materialidade envolvida.

O objectivo é o que queremos alcançar com nossa avaliação, e o escopo define as linhas macros
em como vamos alcançar este objetivo.

A título de exemplo (Pardini, 2020):

O processo de compras da organização

É o processo a ser avaliado, o qual é responsável pelas compras de materiais produtivos e de


consumo, como também de serviços. Um exemplo de escopo, neste caso:

“Para que possamos alcançar os objetivos da auditoria estabelecidos, somente será avaliado o
processo de compras de material produtivo A, que ocorre na unidade fabril I. O período de
cobertura para avaliação será todas as compras de material produtivo A, realizadas no período
compreendido de 01/01/2019 até 31/12/2019, sem expceção. Vamos dar ênfase na avaliação dos
controles internos que mitigam o risco de aquisições não necessárias. Para a definição da amostra
iremos aplicar a amostragem estatística, considerando 90% como confiança da amostra. A
extração da amostra deverá ser aleatória, através de números randômicos.ˮ

Desta forma definimos o objecto da avaliação, o local, o período de avaliação e a metodologia de


amostragem. Não existe uma regra para definição do escopo. É importante apenas que ele
ofereça condições possíveis para que possamos nos posicionar sobre o objetivo de auditoria.

4.1.4.1.3. Colecta de informações


Neste ponto, procura-se reunir toda e qualquer informação disponível sobre o processo que será
avaliado, que irá auxiliar na forma, um pré-entendimento para o direccionamento da avaliação.
Deve-se reunir tudo que possa acrescentar informações para o conhecimento do auditor
auxiliando na definição prévia dos procedimentos a serem adoptados, incluindo os limites do
processo. Como exemplo destacam-se os seguintes documentos e informações:

 Organograma para identificação das pessoas chaves;


 Sistemas eletrónicos ou manuais utilizados;
 Localidades na qual o processo esteja presente;
 Políticas e procedimentos, também as leis e regulamentos;

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 Relatórios anteriores de auditoria;
 Fluxogramas;
 Relatórios financeiros, entre outros.

4.1.4.1.4. Alocação de recursos


A norma 2230 do (IIA, 2012) , sobre alocação de recursos para o trabalho de auditoria determina
que os recursos alocados sejam apropriados e suficientes para cumprir os objetivos do trabalho,
levando-se em conta as restrições de tempo e recursos disponíveis.

A alocação de recursos é uma etapa que tem por finalidade garantir que a auditoria seja
conduzida de maneira eficaz e eficiente. A alocação de recursos envolve: a equipe de trabalho,
orçamento e o cronograma.

De acordo com (Pardini, 2020, p. 12) na definição da equipe que participará do trabalho, deve-se
ter em consideração as competências, grau de proficiência e habilidades existentes no grupo,
para o direcionamento correcto da equipe que irá conduzir o trabalho.

Os auditores devem considerar o seguinte para definição da equipe:

 O tamanho do pessoal da auditoria;


 O nível de experiência;
 Os conhecimentos, as habilidades e outras competências;
 A disponibilidade de recursos externos;
 A necessidade de treinamento.

Neste ponto, se houver a falta de competências necessárias para a condução da avaliação, deve-
se avaliar a possibilidade de contratar por demanda, um profissional com a experiência
necessária para resultado da avaliação. Segundo o (IIA, 2012) , ao planear um trabalho de
auditoria a ser executado por terceiros externos à organização, deve-se estabelecer um
entendimento por escrito dos objetivos, do escopo, das respectivas responsabilidades, incluindo
restrições na distribuição dos resultados do trabalho e acesso aos registros do trabalho.

É importante executar o orçamento do custo do trabalho de auditoria, para cobrir os custos


associados a auditoria, e para que no final, quando com o trabalho realizado, entender o grau de
eficiência na gestão recursos, podendo também comparar o custo da auditoria com o valor das

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melhorias resultantes do trabalho, com vista a demonstrar a mais-valia da existência da
actividade de auditoria na corporação.

Exemplo da previsão de custos com o trabalho de auditoria

Previsão dos gastos


Auditores Horas Taxa Total das Transporte e Hotel Alimentação Total
previstas hora horas deslocamento
média alocadas
ao
trabalho
Osmar 260 60,00 15.600,00 200,00 0 812,50 16.612,50
Talita 470 40,00 18.800,00 200,00 0 1468,75 20.468,70
Homero 304 30,00 9.120,00 200,00 0 950,00 10.270,00
Salomé 204 10,00 2,040,00 200,00 0 638,00 2.878,00
Total 45.560,00 800,00 0 3.869,27 50.229,00
Fonte: (Pardini, 2020, p. 13).

É necessário que se realize um cronograma, pois é uma parte fundamental do planeamento de


auditoria na medida que permite a organização do trabalho da equipe de auditoria ao longo do
tempo. O cronograma define se como uma representação visual do plano de auditoria que
específica informações relacionadas ao início e conclusão das actividades de auditoria, bem
como a sequência em que as actividades serão realizadas.

4.1.4.2. Segunda fase: elaboração do mapeamento do processo


A segunda fase do planeamento é a obtenção de um entendimento mais detalhado do processo ou
do objeto de avaliação.

Segundo (Pardini, 2020, p. 15), é a fase onde faz-se o levantamento do processo ou do objeto, de
forma compreensiva, conhecendo as actividades de início, o detalhe das tarefas que são
executadas, o sistema de informação, o processo de monitoramento e as entregas do processo.

O auditor deverá, por meio de entrevistas com os diversos colaboradores que executam as tarefas,
conhecer e mapear todos os procedimentos envolvidos na execução, onde de uma forma

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sumarizada. A entrevista deve ser estruturada para que se possa levantar o que (dados e/ou
documentos) o entrevistado recebe, o que ele executa e depois, o que ele entrega para a próxima
tarefa e/ou atividade.1

o que
recebe? o que
o que
entrega?
executa?

tarefas

O mapeamento deve abranger toda e qualquer informação relevante para uma avaliação objetiva.
Todas estas informações, devem ser formalizadas em papel de trabalho, podendo ser utilizado
para isto, a forma de narrativa e/ou por meio de fluxograma, sendo este, o gráfico com tendência
de tornar a descrição do processo mais claro e objetivo.

4.1.4.3. Terceira fase: Elaboração do Programa de trabalho


Com base no trabalho realizado até este ponto, o auditor deverá elaborar um programa de
trabalho o qual irá nortear todo o trabalho de validação na etapa da execução.

De acordo com (Camoes, 2014), “programa de trabalho constitui um conjunto de instruções para
os membros da equipa envolvidos na auditoria e uma forma de controlar e registar a adequada
execução do trabalho.”

O PT deve ser aprovado antes de ser implantado e quaisquer ajustes devem ser prontamente
aprovados.

De acordo com (IIA, 2012) , os auditores internos devem desenvolver e documentar PT que
atendam aos objetivos do trabalho, incluindo os procedimentos para identificar, analisar, avaliar
e documentar as informações durante o trabalho de auditoria.

De acordo com (Pardini, 2020) , para a elaboração do programa, o auditor precisará conhecer os
procedimentos e técnicas de auditoria que podem ser aplicados para a colecta de evidências.

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Fonte: (Pardini, 2020, p. 15)
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De acordo com (Pardini, 2020), “procedimentos de auditoria consistem no detalhamento, passo a
passo, das actividades necessárias para obtenção e tratamento das informações, e quanto as
técnicas, as mesmas são as base para os procedimentos.”

Segundo (Sawyer, 1973) , existem seis categorias de procedimentos que os auditores podem
utilizar em seu trabalho para examinar, mensurar e avaliar os documentos, transações e processos,
tais como:

1. Observação – é o exame visual, preliminar à confirmação por outros procedimentos.


Pode ser realizada para a verificação das características físicas do fluxo do trabalho, do
ambiente de controlo, do local, etc.
2. Indagação – pode ser conduzida de forma oral ou escrita, através de uma entrevista ou
através de um questionário.
3. Análise – é a compreensão do todo através do estudo de suas partes e do relacionamento
de cada parte com o todo. Ela é realizada para identificar qualidades, causas, efeitos e
motivos, que serão base para um julgamento ou de verificações adicionais.
4. Verificação – é o processo de corroboração e comparação, por exemplo, de um
documento com uma declaração verbal, uma aprovação de gerência com a política de
alçada, ou da documentação de um processo de compras com as políticas de suprimento.
5. Avaliação – consiste na emissão de um julgamento. É um passo após a análise e
verificação, ou seja é a conclusão do auditor sobre os fatos encontrados.
6. Investigação – é a busca sistemática por fatos ocultos quando existe um desvio de
conduta ou outras condições suspeitas. Diferencia-se dos métodos análise e verificação,
pois estes são aplicados sobre informações não suspeitas. É utilizada em casos de fraude.

Testes substantivos e testes de controlo

Com base nos procedimentos e técnicas de auditoria, aplicamos os testes, que são divididos em
dois: testes substantivos e testes de controlo.

Os testes substantivos são utilizados, em sua maioria, para o trabalho de auditoria financeira,
pois são procedimentos de validação de saldos e transações contabilísticas.

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Os testes de controlo são os testes para avaliarmos a qualidade do sistema de controlos internos
de um processo operacional, programa e/ou projeto, seja para aplicação de testes de eficiência ou
testes de eficácia.

Podem e devem ser utilizados em uma auditoria operacional, em uma auditoria de conformidade,
ou em uma auditoria contábil. Estas técnicas de auditoria são as formas utilizadas na aplicação
dos procedimentos com vistas à obtenção de diferentes tipos de evidências.

O programa de trabalho deve ser elaborado por auditor com competência e proficiência para
identificar o melhor procedimento de auditoria que será aplicado para a coleta da evidência, a
qual será base a opinião do auditor. Também é necessário, no momento da elaboração do
programa, a definição do processo de amostragem e da extração que será utilizado.

Com o objetivo de manter um padrão de qualidade na elaboração e construção do programa de


trabalho, sugerimos que exista um formato padronizado e uma estrutura mínima de informações
que devam fazer parte do mesmo.

Alguns tópicos que devem fazer parte de um programa de trabalho são:

1. Identificação do processo objeto da avaliação;


2. Período de cobertura da avaliação;
3. Tipo da auditoria;
4. Número do passo do programa;
5. Objectivo do controle que mitiga o risco;
6. Risco relacionado
7. Objectivo do teste;
8. Descrição do passo do programa, definindo procedimento e técnica de auditoria para o
teste certificador;
9. Evidência de quem cumpriu o passo;
10. Data do cumprimento do passo.

Uma vez aprovado o PT, recomenda-se que seja discutido com todos os auditores compõem a
equipe, de forma que todos estejam alinhados e cientes do trabalho que deverão realizar. Esta
discussão servirá de base para aumentar a eficiência da execução do programa, inclusive servirá
de treinamento para os auditores menos experientes.

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4.2. Execução do trabalho de auditoria
De acordo com (do Rosario & Furtado, 2018, p. 22) , nesta fase são realizados os procedimentos
de auditoria planeados para obter evidências que, depois de avaliadas, permitirão retirar
conclusões.

Na fase da execução o auditor está em contacto direto com os profissionais da entidade auditada,
aplica as técnicas e os testes de auditoria pré-definidos e recolhe as correspondentes evidências,
cujos suportes ficarão documentados.

A execução inicia-se e conclui-se através de uma reunião com o órgão de gestão, dirigente
máximo do serviço ou seu representante, na qual deverá estar sempre presente o coordenador da
equipa de auditoria e, preferencialmente, o Chefe de Equipa Multidisciplinar.

De acordo com (Gerais, 2013) , a execução é precedida, em pelo menos 5 dias úteis, de uma
comunicação oficial.

 Identificação da acção, coordenador da mesma e respectivos inspectores;


 Tempo estimado de permanência na entidade;
 Os fundamentos das primeiras reuniões;
 Aspectos logísticos a preparar pela entidade auditada.

Caso seja adequado, juntamente com o ofício de comunicação de início da acção é também
enviada, em anexo, a listagem de documentos a disponibilizar antes do início dos trabalhos de
campo ou no início dos mesmos.

A etapa de execução consiste em colocar em prática o programa de trabalho. Serão realizados os


testes previstos, por meio das técnicas de auditoria selecionadas, e registrados os achados da
equipe de auditoria, com base nos resultados obtidos. Os achados possibilitarão responder às
questões de auditoria levantadas na fase de planeamento, atendendo ao objetivo estabelecido
inicialmente para a avaliação. Nesse processo de coleta e de análise de dados, a equipe de
auditoria irá comparar a situação encontrada com os critérios preestabelecidos no programa de
trabalho. Os resultados dessa comparação, ou seja, os achados de auditoria, deverão estar
apoiados em evidências suficientes, confiáveis, fidedignas, relevantes e úteis.

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É imprescindível que, durante todo o processo de auditoria, haja comunicação clara e eficiente
com o auditado, obtendo junto a ele as informações necessárias ao trabalho, bem como
fornecendo informações sobre os achados identificados pela equipe de auditores. Após a
elaboração dos achados de auditoria, estes devem ser discutidos com a Unidade Auditada.

Em decorrência dos achados, podem ser emitidas recomendações, cujas propostas também
devem ser apresentadas e debatidas com o auditado, a fim de se estabelecerem conjuntamente as
medidas mais adequadas para mitigar as causas. A etapa de execução do trabalho de auditoria
também consiste em testes de procedimentos de controlos internos.

Para (Attie, 2018) os testes de procedimentos de controlos internos executados para determinar
que as informações obtidas pelo estudo e avaliação dos controles internos estão vigentes, são
reais e permitem que as transações de igual natureza tenham idênticos processos e registros.

4.3. Evidências de trabalho realizado

4.3.1. Conceito de evidências


Segundo (Araujo A. , 2020, p. 20) “a evidência de uma auditoria compreende as informações
utilizadas pelo auditor para chegar as conclusões em que se fundamentam sua opinião.ˮ

De acordo com a (ISA500, 2019) , “a evidência de auditoria é a informação usada pelo auditor
para chegar as conclusões sobre as quais se baseia a sua opinião. A evidência de auditoria não só
inclui a informação contida nos registos contabilisticos como também outras informações.”

De um modo geral as evidências de auditoria são as informações e os dados colectados,


analisados e avaliados pelo auditor, utilizando as técnicas de auditoria para sustentar os achados
e as conclusões do trabalho.

4.3.2. Caracteristícas de evidências de trabalho realizado

De acordo com a (ISA500), as evidências devem ser suficientes e adequadas

Suficiência: é a medida da quantidade da prova de auditoria, e o auditor não necessita de coletar


provas adicionais para dar sua conclusão.

Adequada: é a medida da qualidade da prova de auditoria.

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E essas características incluem alguns requisitos que são:

1. Validade: deve dar credibilidade e suporte à conclusão do auditor;

2. Relevância: deve ter relação com os objetivos da auditoria;

3. Objetividade: deve ser objetiva e respaldar as conclusões do auditor de forma mais


profunda do que a simples aparência.

4.3.3. Classificação das Evidências

Segundo (Santos), as evidências podem ser classificadas principalmente quanto a sua forma e sua
fonte, cada uma tendo suas subdivisões quanto a forma e quanto a fonte, conforme apresentado:

Formas de evidência Fontes de evidências

Evidências fisicas Conhecimento profissional

Evidências testemunhais Evidência externa

Evidências documentais Evidência interna

Evidências Analiticas Evidências justapostas

Evidências de reexames

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Classificação das evidências quanto a forma:

Evidências físicas – Obtida em decorrência de uma inspeção física ou observação direta de


pessoas, bens ou transações.Normalmente é apresentada sob a forma de fotografias, gráficos,
memorandos descritivos, mapas, amostras físicas etc.

Evidências testemunhais – Representa informações recebidas de outros agindo como


especialistas observadores relacionadas com as pesquisas feitas pelos auditores. Quantidade
substancial de evidência testemunhal é coletada das entrevistas pessoais ou solicitações de
declarações escritas e cartas de confirmação realizadas pela auditoria interna. Esse tipo de
evidência pode ser usada para descrever a maioria dos aspectos das operações reais sob exame.

Evidências documentais – É prova derivada de registros escritos diversos como manuais de


procedimentos, registros contábeis, contratos e documentos de todos os tipos. Os registros são
examinados para verificar a ocorrência de transações ou eventos por meio de fontes documentais.
Os registros podem, também, fornecer uma descrição do modelo pretendido pelo sistema sob
exame. Finalmente, os resultados registrados podem ser analisados como modo de determinar a
eficácia dos controles das operações sob exame.

Evidências analíticas – Decorre da conferência de cálculos, comparações, correlações e análises


feitas pelo auditor, dentre outras.

Evidências de reexames – É utilizada para verificar a exatidão das medidas e avaliações.


Conferência de preços, extensões ou outros dados são exemplos de procedimentos usados nesse
tipo de prova. O reexame das adições de listas também ajuda conferir a existência de itens
incompletos, já que imprevistos podem indicar inclusões acidentais, duplas contagens ou
omissões. O reexame pode demonstrar se o exame original de um controle foi eficaz. Um
exemplo seria a repetição do cálculo de uma folha de pagamento que um funcionário tenha
executado para verificação.

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Classificação das evidências quanto a fonte:

Evidências do conhecimento profissional – Conhecimentos pessoais diretos são normalmente


derivados do exame físico do auditor e da observação das atividades. Este tipo de evidência
tende a ser a mais confiável, desde que o auditor possa minimizar o risco de erros de observação.

Evidências externas – Representa a evidência obtida de terceiros que são organizacionalmente


independentes do auditado. Há, evidentemente, graus de independência organizacional desde
aqueles terceiros que estão no mesmo departamento do auditado como aqueles que não estão. A
confiabilidade deste tipo de evidência depende da avaliação do auditor quanto a sua integridade,
competência e objetividade. Onde estes fatores não são problema, a evidência externa é tida
como sendo mais persuasiva que a evidência criada dentro da organização auditada.

Evidências internas – Representa a evidência originada na organização auditada. Em uma


auditoria, este é o mais prevalente e econômico tipo de evidência a obter, tende também a ser a
menos confiável.

Evidências justapostas – Esta é a evidência que é derivada da consistência mútua entre


diferentes partes de uma informação pertencente a uma declaração de controle. A confiabilidade
das evidências desta fonte depende do grau de consistência encontrado entre partes separadas da
informação, da persuasão da consistência e da habilidade do auditor em avaliar a relação entre
partes distintas da evidência.

4.4. Papéis de trabalho de auditoria


De acordo com (Motta, 1992), “os papéis de trabalho são instrumentos importantes usados pelos
auditores, pois constitui um elo de ligação entre os registos da empresa e os relatórios de
auditoria.ˮ

Segundo (Pinheiro, 2014) , “papéis de trabalho é o registo de informação, em que os auditores


internos deverão registar a informação relevante para fundamentar as conclusões e os resultados
do trabalho.ˮ

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Ainda na teoria do mesmo autor, papéis de trabalho é a supervisão do trabalho, onde os trabalhos
deverão ser devidamente supervisionados de forma a garantir que os objectivos são alcançados,
que a qualidade e assegurada e que existe um desenvolvimento dos quadros.

Papéis de trabalho é um conjunto de documentos e apontamentos que contem dados e


informações obtidos pelo auditor ao longo do processo de auditoria, sendo preparados de forma
manual ou electrónica ou outros, que o auditor possa precisar para realizar uma auditoria, e que
esses devem ser preparados próprio auditor ou por ele obtida e retida, e que devem ser
preparadas de acordo com as normas e regras internacionais de auditoria aplicáveis, para que
sirvam devam aos interessados.

4.4.1. Características dos papéis de trabalho


Correspondem as características dos papéis do trabalho:

 Objectividade – os papéis de trabalho devem ser objectivos e claros, de modo que possa
ser compreendido a finalidade dos exames.
 Precisão – os papéis de trabalho devem ser elaborados sob extremo rigor técnico;
 Concisão – os papéis de trabalho devem ser concisos, de modo que qualquer interessado
e conhecedor das normas e procedimentos de auditoria entenda-os.

4.4.2. Objectivos dos papéis de trabalho


Segundo (Pinheiro, 2014), são os objectivos dos papeis de trabalho de auditoria:

 Auxiliar no planeamento, execução das acções;

 Avaliar o processo de qualidade de departamento;

 Cumprir com as normas para a Prática Profissional da Auditoria Interna;

4.4.3. Tipos de papéis de trabalho


Segundo (Pinheiro, 2014, p. 242), são tipos de papéis de trabalho:

 Carta de confirmação de saldos;


 Cópias de contracto;
 Correspondência;
 Notas e resumos de entrevistas;

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 Análises e testes;
 Procedimentos e regulamentos;
 Dados da organização: organograma, estruturas e funções.

4.4.4. Técnicas de Elaboração dos Papéis de Trabalho


Segundo (Almeida, 2019), existem algumas técnicas básicas na elaboração dos papéis de trabalho
a serem observados pelos auditores

 Os papéis de trabalho devem, sempre que possível, ser escritos a lápis (preto), a fim de
facilitar possíveis alterações durante a execução dos serviços em função das revisões
feitas por auditores mais experientes auditores;
 Na parte superior do papel de trabalho devem ser colocados o nome da empresa auditada,
a data-base do exame e o título (caixa, bancos, teste de amortização, teste das
depreciações, etc);
 Os números e as informações devem ser colocados na parte superior do papel de trabalho
(logo após o titulo) e as explicações sobre o trabalho executado na parte inferior;
 Os tiques ou símbolos são colocados ao lado do número auditado e explicados na parte
inferior do papel de trabalho, evidenciado, dessa forma, o serviço executado;
 O auditor também pode utilizar o sistema de notas para dar explicações necessárias nos
papéis de trabalho;
 Somente devem ser elaborados os papéis de trabalho que têm um fim útil;
 O auditor deve evitar a utilização excessiva de tiques em uma mesma folha( o ideal é até
oito símbolos), devido ao fato de que dificultam consultas e revisões dos papéis de
trabalho. Caso seja necessário, o auditor poderá usar letras ou números dentro de círculos,
em vez de símbolos;
 Os tiques ou as letras ou números dentro de círculos devem ser escriturados com lápis de
cor (normalmente vermelho), a fim de identificar claramente o trabalho executado e
também para facilitar revisão dos papéis de trabalho;
 O auditor também pode utilizar o sistema de notas para dar explicações necessárias nos
papéis de trabalho;
 As informações nos papéis de trabalho devem limitar-se aos dados necessários;
 Os comentários devem ser sucintos e com redação clara e compreensíveis;

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 A forma de apresentação e o conteúdo dos papéis de trabalho devem ser de modo a
permitir que uma pessoa não participou do serviço de auditoria possa compreendê-lo de
imediato;
 Os papéis de trabalho devem indicar as conclusões alcançadas.

4.5. Métodos de selecção e técnicas de amostragem


Um teste eficaz fornece evidência de auditoria apropriada e suficiente quando, considerada com
outra evidência de auditoria obtida ou a ser obtida, será suficiente para as finalidades do auditor.

Os meios a disposição do auditor para a selecção dos itens a serem testados são:

 Selecção de todos os itens (selecção a 100%),


 Selecção de itens específicos,
 Amostragem de auditoria,

4.5.1. Amostragem em auditoria


De acordo com a (ISA530, 2019) , “a amostragem de auditoria é aplicação de procedimentos a
menos de 100% dos itens de uma população relevante para auditoria de tal forma que todas as
unidades da amostra tenham uma probabilidade de selecção, com o objectivo de proporcionar ao
auditor uma base razoável para extrair conclusões acerca de toda população.ˮ

O objectivo do auditor ao usar amostragem de auditoria bem como suas técnicas e o de


proporcionar uma base razoável para o auditor concluir quanto a população da qual a amostra e
selecionada, a definição do tamanho do tamanho da amostra e de responsabilidade do auditor, o
seu tamanho e definido com base na avaliação do controlo interno, revisão analítica e assuntos
pontuais classificados como relevantes pela auditoria.

População

De acordo com (ISA530, 2019) , “o conjunto completo de dados a partir dos quais se seleciona
uma amostra, sobre os quais o auditor deseja extrair conclusões.ˮ

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4.5.2. Métodos de selecção da amostra

4.5.2.1. Amostragem em unidades monetárias


E um tipo de seleção com base em valor na qual o tamanho. A seleção e a avaliação da amostra
resultam em conclusão em valores monetários.

4.5.2.2. Selecção sistemática


Selecção do item ocorre de maneira que sempre haja um intervalo constante entre cada item
selecionado.

4.5.2.3. Selecção ao acaso


Sucede que quando o auditor selecciona a amostragem a seguir uma técnica estruturada, o
auditor deverá, apesar de isso evitar qualquer erro sistemático ou previsibilidades conscientes
(por exemplo evitando itens difíceis de localizar ou escolhendo ou evitando sempre o primeiro
ou ultimo registro de uma pagina) e por consequência assegurar que todos itens da população
possam selecionados.

4.5.2.4. Selecção aleatória


Assegura que todos os itens da população tenham a mesma possibilidade de serem escolhidos.

4.5.2.5. Selecção de bloco


Envolve a selecção de um ou mais blocos contingentes contíguos da população. A seleção de
bloco geralmente não pode ser usada em amostragem de auditoria porque a maioria das
populações está estruturada de modo que esses itens em sequência podem ter características
semelhantes entre si, mas diferente de itens noutra parte da população. Embora em algumas
circunstâncias examinar um bloco de itens possa constituir um procedimento de auditoria,
raramente é uma técnica apropriada de selecção de amostra quando o auditor pretende tirar
inferências válidas acerca de toda população com base na amostra.

4.5.3. Técnicas de amostragem

4.5.3.1. Estratificação
Se uma classe de operações ou o saldo de uma conta tiver sido dividido em extractos, a distorção
é projetada para cada extracto separadamente. As distorções para cada extracto estão combinadas
na consideração do efeito possível das distorções no total das classes de operações ou saldo da

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conta, os resultados dos procedimentos de auditoria aplicados a uma amostra de itens dentro de
um estrato podem ser projetados para itens que compõem esses estratos, para concluir sobre toda
a população, o auditor precisa considerar o risco de distorção relevante em relação a quaisquer
outros extractos que componham toda população.

4.5.3.2. Escolha ponderada pelo valor


Ao executar testes de detalhes, pode ser eficaz identificar a unidade de amostragens como
unidades monetárias individuais que compõe a população, Após ter seleccionado unidades
específicas da população, o auditor pode então examinar os itens específicos.

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5. METODOLOGIA
Segundo (Lakatos, 2003), o método é o conjunto de atividades sistemáticas e racionais, que
permite com a maior segurança e economia alcançar o objetivo, traçando o caminho a ser
seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista. Entende-se, desta forma, que o
método é a ordem que se deve impor aos diferentes processos necessários para atingir
determinado fim ou resultado desejado.

Como forma de alcançar os objectivos traçados, para elaboração do presente trabalho realizou-se
uma pesquisa bibliográfica sobre as matérias literárias, internet para suportar a pesquisa, no que
diz respeito a Organização do trabalho de auditoria.

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6. CONCLUSÃO
Após um estudo profundo acerca da Organização do trabalho de auditoria constatamos, que ela é
uma chave indispensável para a realização do trabalho de Auditoria qualificado pois ela permite
estruturar e cordenar as actividades de auditoria interna de forma a entender as nessecidades da
organização e atender os objetivos pretendidos.
A fase embrionária da organização do trabalho de Auditoria é o planeamento onde ela estabelece
antecipadamente o que efectivamente deve ser feito, existem várias etapas no planeamento de
auditoria onde elas possuem uma relação de dependência, o sucesso da primeira fase garante o
sucesso das fases seguintes.
Os papéis de trabalho de Auditoria devem obedecer técnicas pré definidas, que devem ser
observadas pelo auditor.
Existem várias ferramentas para a seleção de itens onde a mais recomendada é amostragem pois
usa técnicas estatísticas e culmina com a redução do risco da amostragem, ajudando numa
auditoria eficaz e efeciente.

Este trabalho foi muito importante para o nosso conhecimento, uma vez que permitiu-nos,
compreender melhor como decorre a organização do trabalho de auditoria. Para além da
compreensão, o trabalho foi importante pois, permitiu-nos aperfeiçoar as nossas habilidades de
investigação, selecção e organização do trabalho.

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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 Araujo, A. (2020). Auditoria II. Salvador.

 Araujo, I. d. Auditoria Contabil. Rede Prima.

 Attie, W. (2018). Auditoria: Conceitos e Aplicacoes (7 ed.). Sao Paulo: Atlas.

 Attie, W. (1998). Auditoria: Conceitos e Aplicaoes (3 ed.). Sao Paulo: Atlas.

 Camoes, I. d. (2014). Manual de Auditoria Interna. (3). Lisboa.

 do Rosario, L., & Furtado, M. (2018). Manual de Auditoria. IGAS.

 Gerais, U. F. (2013). Manual de Auditoria Interna: Auditoria Geral da UFMG (2ª Versão).
Belo Horizonte.

 Gil, A. C. (2002 ). Como Elaborar Projectos de Pesquisa. Sao Paulo: Editora Atlas.

 IIA. (2012). Normas Internacionais para a Pratica Profissional de Auditoria Interna.

 ISA500. (15 de Dezembro de 2019). Prova de auditoria.

 ISA530. (2019, Dezembro 15). Amostragem em auditoria.

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 Marconi, M. d., & Lakatos, E. M. (2003). Fundamentos de Metodologia Cientifica. Sao
Paulo: Editora Atlas.

 Morais, G., & Martins, I. (2013). Auditoria Interna: Funcao e Processo (4 ed.). Areas
Editora.

 Moreira,A.d.(2018,0324).https://www.nucleodoconhecimento.com.br/contabilidade/audito
ria-interna.

 Motta, J. M. (1992). Auditoria: Principios e tecnicas (2 ed.). Sao Paulo: Atlas.

 NIR300. Norma Internacional de Revisao/ Auditoria 300- Planeamento.

 Oliveira,C.A.(n.d.).www.faculdadedelta.edu.br/downloads_alunos/1345746737_Conteudo
_01.pdf.

 Pardini, E. P. (2020). Auditoria Interna: Planejamento. Sao Paulo .

 Pinheiro, J. L. (2014). Auditoria Interna (3 ed.). Rei dos Livros.

 Santos, R. A. (n.d.). Auditoria Interna-Evidencia.

 Sawyer, L. (1973). The practice of Modern Internal Auditing (6th ed.). USA: Altamonte
Springs.

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