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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Faculdade de Ciências Sociais e Políticas

Licenciatura em Contabilidade e Auditoria

3º Ano – Laboral – Semestre II

Auditoria Financeira II

1º Grupo

Técnicas e Procedimentos de Auditoria

Normas Internacionais de Auditoria (ISA)

Discente:

Júnior Duarte

Faiaze Micail

Soyab Patel

Ivan Carlos

Quelimane, Outubro de 2021


Auditoria Financeira II

Técnicas e Procedimentos de Auditoria

Normas Internacionais de Auditoria (ISA)

Trabalho Científico da Cadeira de


Auditoria Financeira II,
requisitado pela Docente Tarcila
Chambule

Quelimane, Outubro de 2021


Indice

1. Objectivo Geral........................................................................................................................ 5

1.1. Objectivos Específicos ..................................................................................................... 5

2. Justificativa .............................................................................................................................. 5

3. Metodologia ............................................................................................................................. 5

4. Introdução ................................................................................................................................ 6

5. Técnicas e Procedimentos de Auditoria .................................................................................. 7

5.1. Técnicas de Auditoria....................................................................................................... 7

5.2. Procedimentos de Auditoria ............................................................................................. 7

5.3. Objectivos das Técnicas e Procedimentos de Auditoria .................................................. 7

5.4. Responsabilidade do Auditor ........................................................................................... 8

5.5. Factos, Evidências e Informações .................................................................................... 9

5.6. Extensão e Profundidade .................................................................................................. 9

5.7. Julgamento do Auditor ..................................................................................................... 9

5.8. Oportunidade .................................................................................................................. 10

6. Técnicas de Auditoria ............................................................................................................ 10

6.1. Exame Físico e Contagem Física ................................................................................... 11

6.2. Confirmação com Terceiros (Circularização) ................................................................ 12

6.3. Exame dos Documentos Originais ou Inspeção de Documentos ................................... 12

6.4. Conferência dos Cálculos ............................................................................................... 12

6.5. Exame da Escrituração ................................................................................................... 12

6.6. Investigação Minuciosa .................................................................................................. 13

6.7. Inquérito ......................................................................................................................... 13

6.8. Exame de Registros Auxiliares ...................................................................................... 13


6.9. Correlação das Informações Obtidas.............................................................................. 14

6.9.1. Observação ................................................................................................................. 14

7. Normas Internacionais de Auditoria (ISA) ............................................................................ 14

7.1. Listagem das Normas Internacionais de Auditoria (ISA) .............................................. 16

8. Outras Normas de Auditoria .................................................................................................. 19

8.1. Normas de Auditoria do AICPA (Costa, 2007) ............................................................. 20

8.1.1. Normas Gerais ............................................................................................................ 20

8.1.2. Normas Relativas ao Trabalho de Campo .................................................................. 20

8.1.3. Normas para a Elaboração de Relatórios .................................................................... 21

8.2. Normas de auditoria da Union Européenne des Experts Comptables Economiques et


Financiers (UEC)....................................................................................................................... 22

9. Conclusão .............................................................................................................................. 23

10. Referências Bibliográficas ................................................................................................. 24


1. Objectivo Geral

• Noção das Técnicas e Procedimentos em Auditoria


• Normas Internacionais de Auditoria

1.1. Objectivos Específicos

• Aplicação das técnicas e Procedimentos levados a cabo na auditoria


• Saber quais as técnicas e procedimentos e seus objectivos
• Ter conhecimento das diversas Normas Internacionais e suas áreas

2. Justificativa

Este trabalho é fundamental pois com o mesmo teremos a oportunidade de adquirir conhecimentos
relacionados com o tema. Sendo assim, é fundamental entender o funcionamento das Técnicas e
Procedimentos de Auditoria bem como das Normas Internacionais de Auditoria (ISA).

3. Metodologia

Para a realização deste trabalho utilizou-se uma metodologia de caráter de pesquisas bibliográficas,
isto é, leitura e interpretação dos textos de vários autores. A mesmo está organizado e sequenciado
de acordo com o índice que poderá servir como mapa do trabalho, permitindo a focalização e
melhor localização dos conteúdos. Esta metodologia foi pensada com o intuito de explicar
detalhadamente o essencial e melhorar o desenvolvimento científico do trabalho.

5
4. Introdução

Os procedimentos de auditoria são investigações técnicas aplicadas das quais o auditor se utiliza
para realizar o seu trabalho que tomadas em conjunto permitem a formação fundamentada de sua
opinião sobre o trabalho realizado de forma imparcial isenta e inquestionável.

Segundo Freitas (2014), Técnica de Auditoria é o conjunto de processos e ferramentas


operacionais de que se serve o controle para a obtenção de evidências, as quais devem ser
suficientes, adequadas, relevantes e úteis para conclusão dos trabalhos.

O conhecimento em detalhes das técnicas de auditoria é muito importante para a obtenção de


evidências de auditoria robustas e com baixo risco de auditoria, isto é, o risco de se emitir uma
opinião ou conclusão de forma equivocada é mitigado.

As evidências são suficientes quando o auditor não necessitar colectar provas adicionais para sua
conclusão e, são adequadas, quando a informação condiz com a natureza dos trabalhos (tipos) de
auditoria realizados. (Chaves, 2003)

As evidências de auditoria são relevantes quando indicam alto grau de importância para a
conclusão e, são úteis quando são obtidas de forma legal e servem para colaborar a opinião do
auditor.

6
5. Técnicas e Procedimentos de Auditoria
5.1. Técnicas de Auditoria

Segundo Marques (2018), Técnicas de auditoria são o conjunto de investigações empregadas pelo
auditor para reunir todas as evidências necessárias para a emissão de um parecer bem
fundamentado. As técnicas não são provas entre si, elas proporcionam a obtenção das provas
necessárias para o auditor emitir sua opinião.

Todo o trabalho de auditoria é sustentado por um conjunto de normas técnicas que recebem o nome
de Normas Internacionais de Auditoria (ISA).

5.2. Procedimentos de Auditoria

São as investigações técnicas que, tomadas em conjunto, permitem a formação fundamentada da


opinião do auditor sobre o trabalho realizado.

Constituem ferramentas técnicas, das quais o auditor se utiliza para a realização de seu trabalho,
consistindo na reunião das informações possíveis e necessárias e avaliação dessas informações,
para a formação de sua opinião imparcial. (Chaves, 2003)

São o conjunto de técnicas que permitem ao auditor obter evidências ou provas suficientes e
adequadas para fundamentar sua opinião sobre as demonstrações contábeis auditadas, e abrangem
testes de observância e testes substantivos.

5.3. Objectivos das Técnicas e Procedimentos de Auditoria

As Técnicas de Auditoria correspondem a utilização de ferramentas de trabalho, que possibilitam


ao auditor formar a sua opinião. O objectivo da auditoria é fundamentar seu ponto de vista com
factos, evidências e informações possíveis, necessárias e materiais. (Handnelle, 2012)

A aplicação dos procedimentos de auditoria tem que estar atrelada ao objetivo que se quer atingir.
Os objetivos é a meta a ser alcançada. Os procedimentos são os caminhos (meios) que levam à
execução do objetivo.

Se o objectivo é determinar a existência física de um bem, o caminho a seguir é inspecioná-lo


fisicamente, buscar uma prova material e satisfatória.

7
5.4. Responsabilidade do Auditor

Segundo (Handnelle, 2012), Cabe ao auditor identificar e atestar a validade de qualquer afirmação,
aplicando os procedimentos adequados a cada caso, na extensão e profundidade que cada caso
requer, até a obtenção de provas materiais que comprovem, satisfatoriamente, a afirmação
analisada.

A atitude no recolhimento e avaliação das provas necessita ser independente e impessoal, e o


auditor deve agir com critério de forma isenta e inquestionável.

Dessa forma, cabe ao auditor aplicar os procedimentos de auditoria adequados para cada caso, na
extensão e profundidade necessárias, até a obtenção de provas materiais ou informações
persuasivas que comprovem satisfatoriamente o facto investigado.

A avaliação desses elementos fica a critério do auditor, obedecido o seguinte:

- Simples registro contábil em outras comprovações não constitui elemento comprobatório;

- Na ausência de comprovantes idôneos, corroboram, para a determinação de validade dos registros


contábeis, sua objectividade, sua tempestividade e sua correlação com outros registros contábeis
ou elementos extracontábeis;

- Para ser aceitável, a correlação deve ser legítima e relevante, dependendo das seguintes
circunstâncias:

- Quando a correlação puder ser verificada relativamente à fonte externa, ela proporciona maior
grau de confiança do que quando verificada na própria empresa;

- Quando as condições do sistema contábil e do controle interno forem satisfatórias, os registros e


as demonstrações contábeis proporcionam maior de confiança;

- O conhecimento directo e pessoal, obtido pelo auditor por meio de verificações físicas,
observações, cálculos e inspeções, oferece maior segurança do que as informações colhidas
indirectamente.

8
5.5. Factos, Evidências e Informações

Segundo Marques (2018), A opinião formada pelo auditor precisa estar apoiada em bases sólidas,
alicerçada em factos comprovados, evidências factuais e informações irrefutáveis”. Dessa forma,
o auditor precisa adotar algumas posturas, tais como:

- Ser seu próprio controlador: actuar como fiel da balança, não chegar a conclusões precipitadas
devido à falta de substância das provas colhidas ou à interferência de pontos de vista diferentes
dos seus.

- Cada prova obtida tem que ser adequadamente pesada: avaliar cada elemento quanto à sua
objetividade, importância, validade e confiabilidade.

- Obtenção de provas: a dificuldade ou o custo da prova a ser obtida não deve ser impedimentos
para não obtê-la, a menos que o auditor a julgue desnecessária. Caso obtenha provas concretas
suficientes que o convençam, tem que estar seguro para convencer, por outro lado, pessoas que
não estejam ligadas ao facto.

5.6. Extensão e Profundidade

A complexidade e o volume das operações realizadas pelas empresas fazem com que os
procedimentos de auditoria sejam aplicados por meio de provas selectivas, testes e amostragem.

Dessa forma, cabe ao auditor, com base nos elementos de juízos de que disponha, determinar o
número e a profundidade de operações a serem examinadas, de forma a obter elementos de
convicção que sejam válidos para o todo.

5.7. Julgamento do Auditor

Os seguintes elementos devem ser analisados pelo auditor para exercer seu juízo à luz de elementos
palpáveis:

• A natureza do item em exame;


• A materialidade;
• O risco envolvido;
• O tipo de material como prova disponível

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Segundo Chaves (2003), O uso de amostragem estatística têm sido, em alguns casos, considerado
vantajoso. O emprego dessa prática não restringe o julgamento do auditor, mas fornece fórmulas
estatísticas para a medição dos resultados obtidos, que, de outro modo, poderiam não ser
considerados.

Os padrões reconhecidos de auditoria exigem que, em cada exame, o nível do trabalho seja
adequado para fundamentar um parecer competente. Isso não significa que o nível de teste em
profundidade e extensão deva ser o mesmo, para cada caso, significa que deva ser igual de um ano
para outro. (Morais, 2007)

5.8. Oportunidade

Consiste na fixação de época apropriada para aplicação de procedimentos de auditoria. Um


procedimento de auditoria proporciona maior ou menor benefício em decorrência de ser aplicado
no momento oportuno.

A oportunidade deve ser vista e perseguida permanentemente. A astúcia e perspicácia tornam-se


factores imprescindíveis para a aplicação do procedimento em momento oportuno.

Segundo Cordeiro (2006), À medida que o conhecimento do auditor avança em todos os sentidos,
sua visão torna-se mais ampla e periférica, conhecendo em detalhes a forma com que se processam
os elementos e seus riscos, podendo determinar a aplicação de determinados procedimentos nos
momentos mais oportunos.

6. Técnicas de Auditoria

Para colher as evidências que lhe proporcionem atestar a fidedignidade das demonstrações
contábeis, o auditor emprega vários métodos, chamados de técnicas de auditoria.

As técnicas de auditoria mais usuais são as seguintes:

• Exame Físico e Contagem Física


• Confirmação com Terceiros (Circularização)
• Exame dos Documentos Originais ou Inspeção de Documentos
• Conferência dos Cálculos
• Exame da Escrituração

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• Investigação Minuciosa
• Inquérito
• Exame de Registros Auxiliares
• Correlação das Informações Obtidas
• Observação

6.1. Exame Físico e Contagem Física

É a verificação in loco. Proporciona ao auditor a formação de opinião quanto a existência física do


objecto ou item examinado. Esse procedimento é utilizado para as contas do activo e consiste em
identificar fisicamente o bem declarado nas demonstrações contábeis.

O exame físico trata-se da verificação in loco. Através desta técnica o auditor procura certificar a
existência de um objecto ou item examinado. Do exame físico exige-se que tenha as seguintes
características:

- Identificação: feito através do exame visual;

- Existência física: feita através da constatação visual;

- Autenticidade: discernir que o objecto analisado é fidedigno;

- Quantidade: certificar que as quantidade apuradas realmente existem;

- Qualidade: certificar que o objecto examinado permanece em uso.

Podemos citar como exemplos de exames físicos:

- contagem de caixa;

- contagem de estoques;

- contagem de clientes a receber;

- contagem do imobilizado.

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6.2. Confirmação com Terceiros (Circularização)

Verificação junto a fontes externas ao auditado, da fidedignidade das informações obtidas


internamente. Uma das técnicas, consiste na circularização das informações com a finalidade de
obter confirmações em fonte diversa da origem dos dados.

6.3. Exame dos Documentos Originais ou Inspeção de Documentos

Verificação dos registros constantes de controles regulamentares, relatórios sistematizados, mapas


e demonstrativos formalizados, elaborados de forma manual ou por sistemas informatizados. A
técnica pressupõe a verificação desses registros em todas as suas formas.

Podemos citar como exemplos de exame dos documentos originais:

- documentação da aquisição de imobilizado;

- documentação de contratos de empréstimos;

- documentação da compra de matéria-prima.

6.4. Conferência dos Cálculos

Revisão das memórias de cálculos ou a confirmação de valores por meio do cotejamento de


elementos numéricos correlacionados, de modo a constatar a adequação dos cálculos apresentados.

Podemos citar exemplos das conferências de cálculos:

- soma do razão auxiliar de clientes;

- soma do relatório de estoques;

- soma do razão auxiliar de fornecedores.

6.5. Exame da Escrituração

Basicamente é a técnica de auditoria utilizada para atestar a veracidade das informações ou


registros contábeis.

Podemos citar como exemplos do exame da escrituração

- análise do contas a receber;

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- análise das PDD (provisão para devedores duvidosos);

- análise das despesas de viagem.

6.6. Investigação Minuciosa

É o procedimento que consiste em ir aprofundar-se nas investigações e exames das matérias


auditadas (documentos, informações recebidas, análise, etc.). Deve o auditor lançar mão de toda
sua experiência e julgamento profissionais para atestar se a informação recebida é fidedigna.

Podemos citar como exemplos da investigação minuciosa:

- exame minucioso da possibilidade de ganho nas causas trabalhistas;

- exame minucioso dos relatórios e despesas de viagem;

- exame minucioso das comissões pagas.

6.7. Inquérito

O inquérito trata da formulação de perguntas para obtenção de respostas satisfatórias. O auditor,


na busca por confirmações, lança questionamentos formais ou informais com o objectivo de obter
informações úteis ao andamento do trabalho.

Podemos citar como exemplo de inquérito:

- inquérito sobre o aumento dos custos de produção;

- inquérito acerca do aumento de salários;

- inquérito sobre prorrogações de juros de clientes vencidos.

6.8. Exame de Registros Auxiliares

O exame de registros auxiliares representa a análise que o auditor realiza com base nos registros
elaborados como suporte a registros principais. Um exemplo que podemos dar é no caso de uma
empresa manter razão sintético de fornecedores e um controle auxiliar onde detalha a composição
por fornecedor.

Os exemplos que podemos citar são:

- registro auxiliar de contas a pagar e receber;

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- registro auxiliar de imobilizado;

- registro auxiliar de estoques.

6.9. Correlação das Informações Obtidas

Nada mais é do que o auditor realizar uma correlação entre áreas do balanço auditadas verificando
sua harmonia e congruência. Na medida que realiza seus trabalhos o auditor utiliza áreas que têm
relações entre si no balanço da empresa e precisa realizar e certificar-se do balanceamento entre
elas.

Os exemplos que citamos das correlações são:

- recebimento de contas a receber que vão afectar as disponibilidades e o resultado da empresa;

- venda de activo imobilizado que vai afectar o resultados e o caixa da empresa;

- pagamento de fornecedores que irá afectar o caixa e o resultado da empresa.

6.9.1. Observação

A observação é uma técnica importantíssima e que depende da habilidade, experiência e sentido


do auditor. Esta técnica pode revelar erros, distorções, irregularidades através de exames.

Os exemplos que citamos sobre observação são:

- Identificar despesas que são consideradas como disponível;

- Observação de itens obsoletos na contagem de estoque;

- Observação de inobservância de princípios contábeis ou éticos.

7. Normas Internacionais de Auditoria (ISA)

A auditoria interna é conduzida em diversos ambientes legais e culturais; entre organizações que
variam de propósito, tamanho, complexidade e estrutura; e por pessoas dentro ou fora da
organização. Enquanto as diferenças possam afetar a prática de auditoria interna em cada ambiente,
a conformidade com as Normas Internacionais para a Prática Profissional de Auditoria Interna do
IIA (Normas) é essencial para o atendimento das responsabilidades dos auditores internos e da
atividade de auditoria interna.

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Se os auditores internos ou a atividade de auditoria interna estão proibidos por força de lei ou de
regulamentações a seguir determinadas partes das Normas, é necessária a conformidade com todas
as demais partes das Normas e a apropriada divulgação desta situação.

Se as Normas são utilizadas em conjunto com normas emitidas por outros órgãos reguladores, as
comunicações de auditoria interna podem também citar a utilização de outras normas, como for
apropriado. Neste caso, se houver inconsistências entre as Normas e outras normas, os auditores
internos e a atividade de auditoria interna devem sujeitar-se às Normas, e podem obedecer às outras
normas caso elas forem mais restritivas.

Os propósitos das Normas são:

• Delinear os princípios básicos que representam a prática de auditoria interna.


• Fornecer uma estrutura para a execução e promoção de um amplo espectro de auditoria
interna de valor agregado.
• Estabelecer as bases para a avaliação de desempenho da auditoria interna.
• Promover a melhoria dos processos e operações organizacionais

As Normas são focadas em princípios, requerimentos mandatórios consistidos de:

• Declarações dos requerimentos básicos para a prática profissional de auditoria interna e


para a avaliação da eficácia do desempenho, as quais são internacionalmente aplicáveis
às organizações e aos indivíduos.
• Interpretações, as quais esclarecem termos ou conceitos contidos nas Declarações.

As Normas empregam termos aos quais foram atribuídos significados específicos que estão
incluídos no Glossário. Especificamente, as Normas utilizam a palavra “deve” para especificar um
requerimento incondicional e a palavra “deveria” onde há a expectativa de conformidade a não ser
que, ao aplicar o julgamento profissional, as circunstâncias justificam o desvio.

As Normas são aplicáveis a auditores internos e a atividades de auditoria interna. Todos os


auditores internos são responsáveis pela conformidade com as normas em relação à objetividade,
proficiência e zelo profissional devido individual. Além disso, os auditores internos são
responsáveis responsabilidades profissionais. Os executivos chefes de auditoria são responsáveis
pela conformidade geral com as Normas.

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A revisão e o desenvolvimento das Normas é um processo contínuo. O Conselho Internacional de
Normas de Auditoria Interna (The International Internal Audit Standards Board) se empenha
em extensa consulta e discussão antes da publicar as Normas. Isto inclui a solicitação de críticas
do público de todas as partes do mundo através de um processo de exposição de versões de
rascunho. Todas as exposições de rascunhos são postados no Web site do The IIA, assim como
são distribuídos a todos os institutos afiliados ao The IIA.

7.1. Listagem das Normas Internacionais de Auditoria (ISA)

Princípios e Responsabilidades Gerais

ISA 200 Objetivos Gerais do Auditor Independente e Condução de uma Auditoria de Acordo com
as Normas Internacionais de Auditoria – Overall Objetives of the Independent Auditor and the
Conduct of an Audit in Accordance with International Standars on Auditing.

ISA 200 Objetivos Gerais do Auditor Independente e Condução de uma Auditoria de Acordo com
as Normas Internacionais de Auditoria – Overall Objetives of the Independent Auditor and the
Conduct of an Audit in Accordance with International Standars on Auditing

ISA 210 Acordar os Termos de Trabalhos de Auditoria – Agreeing the Terms of Audit
Engagements

ISA 220 Controlo de Qualidade para uma Auditoria de Demonstrações Financeiras – Quality
Control for an audit of Finacial Statements

ISA 230 Documentação de Auditoria – Audit Documentation

ISA 240 As Responsabilidades do Auditor Relativas a Fraude numa Auditoria de Demonstrações


Financeiras – The Auditor’s Responsabilities Relating to Fraud in an Audit o f Financial
Statements.

ISA 250 Consideração de Leis e Regulamentos numa Auditoria de Demonstrações Financeiras –


Consideration of Laws and Regulations in an Audit o f Financial Statements

ISA 260 Comunicação com os Encarregados da Governação – Communication with Those


Charged with Governance

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ISA 265 Comunicar Deficiências no Controlo Interno aos Encarregados da Governação e à
Gerência – Communicating Defeciencies in Internal Control to Those Charged with Governance
and Management

Avaliação do Risco e Resposta aos Riscos Avaliados

ISA 300 Planear uma Auditoria de Demonstrações Financeiras – Planning an Audit of Financial
Statements

ISA 315 Identificar e Avaliar os Riscos de Distorção Material Através do Conhecimento da


Entidade e do Seu Ambiente – Identifying and Assessing the Risks of Material Misstatement
through Understanding the Entity and Its Environment

ISA 320 A Materialidade no Planeamento e na Execução de uma Auditoria – Materiality in


Planning and Performing an Audit

ISA 330 As Respostas do Auditor a Riscos Avaliados – The Auditor’s Responses to Assessed
Risks

ISA 402 Considerações de Auditoria Relativas a uma Entidade que Utiliza uma Organização de
Serviços – Audit Considerations Relating to an Entity Using a Service Organization

ISA 450 Avaliação de Distorções Identificadas durante a Auditoria – Evaluation of Misstatements


Identified during the Audit

Prova de Auditoria

ISA 500 Prova de Auditoria – Audit Evidence

ISA 501 Prova de Auditoria - Considerações Especificas para Itens Selecionados - Audit Evidence
– Specific Considerations for Select Items

ISA 505 Confirmações Externas – External Confirmations

ISA 510 Trabalhos de Auditoria Iniciais - Saldos de Abertura – Initial Audit Engagements –
Opening Balances

ISA 520 Procedimentos Analíticos – Analytical Procedures

ISA 530 Amostragem de Auditoria – Audit Sampling

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ISA 540 Auditar Estimativas Contabilísticas, Incluindo Estimativas Contabilísticas de Justo Valor
e Respetivas Divulgações – Auditing Accounting Estimates, Including Fair Value Accounting
Estimates, and Related Disclosures

ISA 550 Partes Relacionadas – Related PartiesAnexo 2

ISA 560 Acontecimentos Subsequentes – Subsequent Events

ISA 570 Continuidade – Going Concern

ISA 580 Declarações Escritas – Written Representations

Usar o Trabalho de Terceiros

ISA 600 Considerações Especiais - Auditorias de Demonstrações Financeiras de Grupos – Special


Considerations – Audits of Group Financial Statements (Including the Work of Component
Auditors)

ISA 610 Usar o Trabalho de Auditores Internos – Using the Work of Internal Auditors)

ISA 620 Usar o Trabalho de um Perito do Auditor – Using the Work of an Auditor’s Expert

Conclusões de Auditoria e Relato

ISA 700 Formar uma Opinião e Relatar sobre Demonstrações Financeiras - Forming an Opinion
and Reporting on Financial Statements

ISA 705 Modificações à Opinião no Relatório do Auditor Independente – Modifications to the


Opinion in the Independen Auditor’s Report

ISA 706 Parágrafos de Ênfase e Parágrafos de Outras Matérias no Relatório do Auditor


Independente – Emphasis of Matter Paragrafs and Other Matter Paragrafs in the Independen
Auditor’s Report

ISA 710 Informação Comparativa - Números Correspondentes e Demonstrações Financeiras


Comparativas – Comparative Figures and Comparative Financial Statements

ISA 720 As Responsabilidades do Auditor Relativas a Outra Informação em Documentos que


Contenham Demonstrações Financeiras Auditadas – The Auditor’s Responsabilities Relating to
Other Information in Documents Containing Audited Financial Statements.

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Áreas Especializadas

ISA 800 Considerações Especiais - Auditorias de Demonstrações Financeiras Preparadas de


Acordo com Referenciais com Finalidade Especial – Special Considerations – Audits of Financial
Statements Prepared in Accordance with Special Purpose Frameworks.

ISA 805 Considerações Especiais - Auditorias de Demonstrações Financeiras Isoladas e de


Elementos, Contas ou Itens Específicos de uma Demonstração Financeira – Audits of Single
Financial Statements and Specific Elements or Items of a Financial Statements

ISA 810 Trabalhos para Relatar Sobre Demonstrações Financeiras Resumidas – Engagements to
Report on Summary Financial Statements.

8. Outras Normas de Auditoria

Em termos gerais uma norma significa "lei, regra, fórmula pela qual se deve dirigir qualquer
pessoa, coisa, etc.; modelo, exemplo, regra, procedimento".

Segundo Costa (2007), Aplicadas a uma qualquer actividade profissional, as normas têm
fundamentalmente a ver com a qualidade do trabalho executado pelo que, no que respeita à
auditoria, elas debruçam-se não só sobre as qualidades profissionais dos auditores como também
sobre o julgamento pelos mesmos exercido na execução do seu exame e na elaboração do
consequente relatório.

Neste capítulo iremos fazer referência às normas emitidas pelos seguintes três organismos:

• O American Institute of Certified Public Accountants (AICPA) que, como referimos


anteriormente, foi o primeiro organismo profissional que publicou normas de auditoria;
• A Union Européenne des Experts Comptables Economiques et Financiers (UEC),
organismo representativo da profissão contabilística a nível europeu e que existiu de 1951
a 1986;
• A International Federation of Accountants (IFAC) organismo representativo da
profissão contabilistica a nível mundial, que foi criado em 1977.

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Normas de auditoria do American Institute of Certified Public Accountants (AICPA)

A origem das normas de auditoria geralmente aceites (generally accepted auditing standards)
remonta a 1917 quando o então American Institute of Accountants (antecessor do AICPA)
preparou um memorandum sobre auditorias de balanços, a pedido da Federal Trade Commission.
Por outro lado, desde Outubro de 1939 que o Committee on Auditing Procedure (hoje em dia
denominado Auditing Standards Board) do AICPA tem vindo a emitir diversos Statements on
Auditing Standards que anteriormente se chamavam Statements on Auditing Procedure. (Costa,
2007).

Tais documentos referem-se aos procedimentos de auditoria a seguir em assuntos específicos


embora não limitando o julgamento profissional do auditor o qual deve reconhecer que o exercício
de tal julgamento pode conduzi-lo a realizar procedimentos adicionais aos recomendados pelo
referido conselho .

As primeiras normas de auditoria geralmente aceites foram aprovadas em 1948 e dividem-se em


três grandes grupos: normas gerais, normas relativas ao trabalho de campo e normas para a
elaboração de relatórios.

8.1. Normas de Auditoria do AICPA (Costa, 2007)


8.1.1. Normas Gerais
• O exame deve ser realizado por uma pessoa ou pessoas que tenha(m) adequado treino e
competência como auditor(es):
• Deve ser mantida pelo auditor ou auditores uma independência mental em todos os
assuntos relativos ao exame:
• Deve existir consciência profissional na realização do exame e na preparação do relatório.

8.1.2. Normas Relativas ao Trabalho de Campo


• O trabalho deve ser adequadamente planeado e; no caso de haver assistentes, estes devem
ser apropriadamente supervisado;
• Tem de haver um estudo e avaliação apropriados do controlo interno existente não só como
base da confiança que o mesmo merece como também para a determinação da extensão
dos procedimentos de auditoria:

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• Devem ser obtidas provas suficientes através de inspecções, observações, indagações e

confirmações, a fim de se obter uma base razoável para a formação de uma opinião relativa

às demonstrações financeiras sob exame.

8.1.3. Normas para a Elaboração de Relatórios


• O relatório deve mencionar se as demonstrações financeiras estão apresentadas de acordo
com princípios de contabilidade geralmente aceites:
• O relatónio deve mencionar se tais princípios têm sido consistentemente observados no
período sob exame em relação ao período anterior;
• Devem ser aceites como razoavelmente adequadas notas informativas às demonstrações
financeiras, a não ser que outra coisa seja mencionada no relatório;
• O relatório deve conter a expressão de uma opinião relativa às demonstrações financeiras
tomadas como um todo ou a afirmação de que tal opinião não pode ser expressa. Quando
uma opinião global não puder ser expressa, devem ser mencionadas as razões de tal facto.
Em todos os casos onde o nome de um auditor seja associado com as demonstrações
financeiras, o relatório deve conter uma indicação clara da caracteristica do exame do
auditor, se existir, e o grau de responsabilidade por ele assumido.

Quersght Baard (PCAOB) tem poderes para elaborar normas de auditoria e prática profisssonal
relacionada, de cumprimento obrigtório por parte do, auditores de empresas emitentes de valores
monetários.

O PCAOB adoptou como normas intennas, numa base inicial, as normas de auditora geralmente
acertes aprovadas pelo AICPA em Vigor à data de 16 de Abni de 2003 e constantes do Statements
on Auditing Standards.

As quatro primeiras normas de auditoria elaboradas pelo PCAOB foram as seguintes (entre
parênteses a data em que foram aprovadas pela SEC):

AS 1 - Referência nos relatórios dos auditores às normas do PCAOR (14/5/2004);

AS 2 - Uma auditoria do controlo interno sobre o relato financeiro realizada em conjugação com
uma auditoria de demonstrações financeiras (17/6/2004);

AS 3 - Documentação de auditoria (25/8/2004);

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AS 4 - Relato sobre se continuam a existir pontos fracos materiais anteriormente relatados
(6/2/2006).

Assim, desde 14 de Maio de 2004, os relatórios de auditoria às demonstrações financeiras das


empresas acima mencionadas, emitidos nos Estados Unidos da América, deixaram de fazer
referência às "normas de auditoria geralmente aceites" e passaram a fazer referência às “normas
do PCAOB.

8.2. Normas de auditoria da Union Européenne des Experts Comptables Economiques et


Financiers (UEC)

A UEC fot criada em 17 de Novembro de 1951 como resultado de um acordo assinado por diversas
associações profissionais representantes de vários países europeus, entre os quais Portugal através
da Sociedade Portuguesa de Contabilidade que tinha sido fundada em 27 de Junho de 1945.

Em Dezembro de 1976 a UEC criou o seu Audiung Statements Board o qual, apartir de 1978,
passou a emitir diversas normas (statements) com o objectivo de:

• aumentar o padrão da auditora na Europa;

• harmonizar a auditoria das demonstrações financeiras;

• promover o desenvolvimento dos princípios e técnicas de auditora;

• incrementar a compreensão mútua dos relatórios dos auditores sobre as demonstrações


financeiras das empresas.

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9. Conclusão

Para o desenvolvimento da auditoria operacional são utilizadas técnicas para que o auditor, no
desenvolvimento de seus trabalhos, possa obter provas e evidências por meio de métodos ou
técnicas apropriadas.

A ideia é mensurar, avaliar e relatar corretamente por intermédio de registros, ou escrituração,


sempre que for necessário propor ajustes e correções importantes para o andamento das atividades,
da divisão, do setor ou do departamento da empresa ou organização.

Os procedimentos de auditoria, tratam das investigações técnicas a serem praticadas pelo auditor
para atingir os objetivos previamente definidos. Basicamente os procedimentos e técnicas de
auditoria tratam dos passos a serem seguidos pelo auditor durante o seu trabalho.

A parte do programa de trabalho que trata do objectivo de auditoria define categoricamente o que
o auditor quer provar. Uma vez definido o alvo a ser atingido, determinam-se os procedimentos de
auditoria específicos para conseguí-los, o que as vezes pode ser concluído com o uso de um ou de
vários procedimentos.

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10. Referências Bibliográficas

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https://www.contabeis.com.br/artigos/1875/tecnicas-e-procedimentos-de-auditoria-como-o-
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https://www.ibccoaching.com.br/portal/quais-sao-as-tecnicas-de-auditoria/

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http://www.iaulas.com.br/site/arquivo/11163/apostilas-concursos/contabilidade/tecnicas-e-
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Morais, G., Martins, I., (2007), Auditoria Interna Função e Processo, Brasil, São Paulo: Áreas
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Lisboa: Editora Rei dos Livros

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