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27/12/2020 Ebitda: entenda o que é e como analisar esse indicador

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INVESTIMENTOS

EBITDA: entenda o que é e como


calcular esse indicador
por Tiago Reis
27/09/2017 15:04

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Diversos são os fatores que os investidores


mais experientes se atentam ao avaliar os
resultados de uma companhia. Um deles, sem
dúvidas, é desempenho e a evolução do
Ebitda da referida companhia naquele
período.

Contudo, mesmo o Ebitda sendo um importante indicador para avaliação do


desempenho das empresas, esta ferramenta ainda apresenta muitas dúvidas e
incompreensões por parte dos investidores, principalmente aqueles que estão
iniciando no mercado.

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27/12/2020 Ebitda: entenda o que é e como analisar esse indicador

O que é Ebitda?
Ebitda (em inglês, Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization)
é uma sigla que signi ca “Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização”
(também conhecida como Lajida). Trata-se de um indicador nanceiro bastante
utilizado para avaliar empresas listadas no mercado de bolsa de valores.

Ele informa o lucro de uma companhia antes de serem descontados o que a empresa
gastou em juros e impostos, e perdeu em depreciação e amortização.

De forma resumida e simpli cada, o Ebitda é um indicador que exclui custos que não
estão ligados diretamente à essência do business em questão.

Dessa forma, diferente do lucro líquido, ele pretende retratar apenas o resultado
operacional da companhia acrescido da depreciação e da amortização. Em outras
palavras, o LAJIDA tenta representar a geração de caixa operacional da empresa.

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E assim como os outros indicadores nanceiros, o Ebitda é utilizado como forma de


avaliar a capacidade de geração de valor de uma companhia. Esse tipo de análise é
fundamental porque mostra, por exemplo, a evolução de um resultado operacional ao
longo do tempo.

Ou seja, os investidores podem utilizar desses dados para avaliar a gestão da empresa.
Isto é, para analisar se companhia está conseguindo se tornar mais e ciente e
lucrativa operacionalmente.

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Além disso, o Lajida da também serve como um bom comparativo entre empresas
do mesmo setor. Isso porque ele traduz de modo bem direto os resultados que as
companhias geram em suas atividades de atuação.

Destaca-se também que este índice é um dos mais utilizados para avaliar o
desempenho das organizações. Isto se deve ao fato de ele, ao eliminar os efeitos dos
nanciamentos e decisões contábeis, ser capaz de medir a produtividade e a
e ciência da empresa. Este é um ponto que é essencial para o investidor que
pretende participar do negócio.

Para quê serve o Ebitda?


Como vimos, o Ebitda é um indicador que serve para auxiliar a avaliação de

Aceito
empresas, especi camente no seu desempenho operacional.
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Por isso, para cumprir esse objetivo, ele exclui e não leva em consideração os dados da
empresa referente aos juros, impostos, depreciação e amortização. Sendo que estes
são no Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE):

Juros: despesa com juros de empréstimos ou receita de aplicações nanceiras da


companhia;
Impostos: despesa com impostos;
Depreciação: redução do valor contábil de ativos por uso, tempo ou desgaste natural;
Amortização: redução de valor de um ativo intangível de duração ou direito
limitado.

Como pode ser observado, todos esses dados que são retirados do cálculo do Ebitda
não fazem parte da operação principal da companhia. Por isso, é possível dizer que
esse indicador tenta retratar elmente apenas a geração de caixa de uma empresa,
excluindo despesas não-caixa.

Esse tipo de avaliação é importante porque é


uma maneira de enxergar melhor o resultado
de uma companhia no presente para tentar
determinar seu desempenho no futuro.

É possível, por exemplo, que uma empresa Geração de caixa: a


passe por um momento especí co com muita representação da saúde
financeira de um negócio
despesa com juros de dívidas. Contudo, este
momento pode estar preste a acabar (no caso de companhias com muitas dívidas de
curto prazo).

Dessa forma, caso a análise do Ebitda não fosse feita, o investidor poderia interpretar
que o resultado nal, o lucro líquido, seria muito pequeno para aquela empresa.
Todavia não foi avaliado os motivos pelos quais esse resultado estava pressionado.

Nesse exemplo, o resultado nal estava sofrendo uma pressão negativa no curto
prazo. Mas caso fosse analisado o Ebitda, o investidor poderia observar que a atividade
operacional da companhia estava normalizada.

Essa mesma situação poderia ocorrer com a depreciação e com os impostos. Por isso,
é sempre importante analisar o Ebitda durante a avaliação dos resultados de uma
empresa.

Aceito
Como calcular o Ebitda?
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Para se calcular Ebitda, basta somar ao resultado líquido da empresa os juros pagos,
impostos, depreciações e amortizações do período. Nesse sentido, o Ebitda é
encontrado quando retira-se do lucro líquido do efeito desses componentes.

Por isso, como a despesa com impostos, por exemplo, foi deduzida no lucro líquido, é
preciso somá-la novamente nesse indicador para encontrar o Ebitda. Este mesmo
raciocínio vale para as despesas com os juros, depreciações e amortizações.

Sendo assim, a fórmula do Ebitda é a seguinte:

Ebitda = Resultado Líquido + Juros + Impostos + Depreciação + Amortização

Destaca-se ainda que todos esses dados estão disponíveis nas demonstrações
contábeis das empresa, ou seja, no Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE)
das empresas. Sendo que estas são divulgadas a cada trimestre pelas companhias
de capital aberto.

Lucro Operacional

É importante ressaltar também que muitos investidores consideram o Ebitda como a


representação da geração de caixa operacional da companhia.

Nesse sentido, esse indicador poderia representar o quanto a empresa gera de


recursos apenas em suas atividades operacionais. Isto sem levar em consideração
Aceito efeitos nanceiros
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Por isso, de certo modo, o Ebitda pode ser


interpretado como uma geração de caixa
operacional da companhia. Isso porque ele
demonstra a dimensão dos resultados da
empresa naquilo que ela se propõe a fazer.

Lucro operacional: saiba o que


Assim, ele é capaz de re etir bem a e ciência é e como calcular esse
indicador
da equipe de gestão naquele
empreendimento. Portanto, costuma-se dizer que o Ebitda é uma demonstração da
performance do time de executivos daquele empreendimento.

Por outro lado, os índices subtraídos do Ebitda (juros, impostos, depreciação e


amortização) dizem respeito às decisões tomadas pelos “donos” do negócio. Ou
seja, pelos acionistas, conselheiros e a alta diretoria da companhia.

Entretanto, é preciso que se entenda que o Ebitda é uma geração de caixa potencial.
Essa interpretação ocorre porque, na verdade, o que importa no nal das contas é
quanto dessa geração de lucro foi, de fato, convertida em dinheiro no caixa da
empresa.

A nal, por mais que os juros, os impostos e a depreciação e a amortização não façam
parte do resultado operacional, eles fazem parte do resultado nal da companhia.

ACES

Isto é, a empresa deve arcar, de qualquer forma, com essas despesas em determinado Oq

momento, já que elas são de sua responsabilidade. Par


Ebi

Com
Ebi
Em outras palavras, apesar de não estarem relacionados à atividade principal da
Com
companhia, as despesas “sairão do bolso” do sócio. E, no m das contas, o que Ebi

Van
interessa é o capital que ca disponível no caixa da companhia para os acionistas. des
Ebi

Out

Depreciação e Amortização
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O objetivo do Ebitda de retirar os efeitos da depreciação e da amortização é simples.


Isso porque esses componentes representam despesas não-caixa. Ou seja, despesas
que são provisionadas, mas que não saem efetivamente do caixa da companhia.

Isso porque as empresas são obrigadas a provisionar uma despesa com a depreciação
e amortização dos seus ativos. Contudo, isso é feito sem que haja o pagamento, de
fato, da despesa, como no regime de caixa. Em outras palavras, é como se fosse um
provisionamento para um pagamento futuro.

Por exemplo, imagine que uma empresa possua 1.000 em maquinário. Leve em
consideração que ele possui vida útil de 10 anos. Além disso, considere também que,
ao nal, não haverá valor residual para o maquinário.

Portanto, é possível dizer que essas máquinas desvalorizam 100 por ano. Ou seja, há
uma despesa anual com depreciação de 100. Contudo, esse valor não sai do caixa da
empresa, a nal, é uma despesa não-caixa. Na verdade, há uma redução de valor de
um ativo da empresa, e não do caixa, por depreciação contábil.

Portanto, apesar de fazer parte do resultado operacional, essa despesa não afeta a
geração de caixa da companhia. E é justamente isso que o Ebitda pretende
demonstrar. Isto é, o quanto a empresa potencialmente gerou de caixa.

O mesmo raciocínio vale para a amortização. A nal, ela demonstra a perda de valor
de bens intangíveis no ativo permanente. Ou seja, mostra a desvalorização ao longo
do tempo de um ativo que possui direito ou existência limitada.

Em outras palavras, também é uma dedução não-caixa. Isto é, uma despesa e perda
de valor que não sai das disponibilidades da empresa.

Exemplo de aplicação do EBITDA

Por m, segue um exemplo para o cálculo do Ebitda de acordo com os resultados do


Magazine Luiza (MGLU3) no segundo trimestre de 2017.

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Note no exemplo acima como o Ebitda pode ser calculado. De maneira resumida, para
encontrá-lo é preciso realizar a operação inversa da realizada para chegar ao lucro
líquido.

Ou seja, é preciso somar ao lucro líquido da companhia no período as despesas


referentes ao imposto de renda e demais contribuições sociais. Soma-se também as
despesas nanceiras e a depreciação e amortização dos equipamentos e softwares.

Então, nesse exemplo, o cálculo do Ebitda é:

+ 72,4 – Lucro Líquido;


+ 19,3 – IR/CS (impostos);
+ 109,2 – Resultado Financeiro (juros);
+ 34,9 – Depreciação e Amortização;
= 235,8 – Ebitda

Por m, o investidor poderá constatar o resultado operacional do Magazine Luiza no


período. Ou seja, o seu Ebitda, foi de R$ 235,8 milhões.

Ajustes no Ebitda

A partir de 2002, a CVM normatizou e padronizou a metodologia de cálculo do Ebitda.


Por isso, ele deve ser calculado sempre da mesma maneira para todas as empresas.

Contudo, dependendo de determinadas


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situações, o cálculo do Ebitda pode

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demandar alguns tipos de ajustes. Isso se deve


a particularidades de alguns negócios e de
determinados períodos que podem,
eventualmente, distorcer o resultado Ebitda ajustado: saiba como
operacional da companhia no Ebitda funciona esse indicador
financeiro
tradicional.

Portanto, algumas empresas divulgam não apenas o Ebitda (que é obrigatório e de


cálculo comum para as empresas), mas também um Ebitda Ajustado para o mesmo
período.

Juntamente com essa divulgação, a empresa deve apresentar também a natureza do


ajuste realizado no indicador e uma justi cação para o mesmo.

Além disso, por depender de particularidades das companhias, não existe uma
fórmula especí ca para o Ebitda Ajustado. Ou seja, cada companhia deve divulgar a
sua própria metodologia utilizada para encontrar o resultado operacional com os
ajustes.

Por isso, é preciso muita atenção antes de comparar o Ebitda Ajustado de diferentes
companhias. Isto é, como cada empresa pode divulgar esse indicador levando em
consideração diferentes fatores, muitas vezes a comparação pode não ser adequada.

Como utilizar o Ebitda?

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O Ebitda pode ser utilizado em vários âmbitos da análise de uma empresa. Por
exemplo, pode servir na avaliação do valuation ou da dívida de uma companhia.

Além disso, pelo Ebitda ser comparado à geração de caixa operacional de uma
companhia, ele também pode ser analisado juntamente com o ciclo operacional de
uma empresa.

Nesse sentido, o ciclo operacional é encontrado pelos prazos médios da companhia de


renovação dos estoques (PMRE) e de vendas (PMRV). Para relacioná-los ao Ebitda, é
fundamental entender os ciclos de caixa e seus prazos médios.

Importância dos ciclos de caixa e seus prazos médios

No jogo empresarial, tanto de multinacionais como de uma pequena padaria no


interior do país, o segredo da e ciência se faz na capacidade da gestão daquele
negócio em gerenciar os seus recursos.

Ou seja, na sua competência em administrar


habilmente os seus prazos de recebimento e
pagamento de suas mercadorias ou serviços
prestados.

Resumidamente, uma companhia deve A importância do Ciclo de


sempre procurar vender o seu estoque o mais Caixa

rapidamente possível. Ao mesmo tempo, ela


deve maximizar os seus esforços para receber o quanto antes de seus clientes aquilo
que lhe é de direito.

Tudo isso deve ocorrer ao mesmo tempo em que deve procurar aumentar ao máximo
os seus prazos de pagamentos a seus fornecedores.

Então, as empresas que possuem essa habilidade conseguem todo o seu capital de
giro necessário ao nanciamento de seus ciclos operacionais praticamente “de graça”.

Em contrapartida, as empresas que se descuidam desses fatores relacionados aos


prazos de pagamentos e recebimentos certamente encontrarão di culdades
nanceiras em algum momento de sua jornada.

Dentro dessa dinâmica, as três principais vertentes que tangem a forma como as
empresas lidam com seus caixas são:
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Prazos Médios de Recebimentos de Vendas (PMRV);


Prazos Médios de Pagamentos de suas Compras (PMPC);
Prazos Médios de Renovação de seus Estoques (PMRE).

É importante que o investidor compreenda a essência desses prazos. Assim, será


possível compreender melhor a dinâmica do Ebitda e os ciclos de caixa de uma
empresa.

Prazos Médios de Recebimentos de Vendas (PMRV)

O Prazo Médio de Recebimento de Vendas (PMRV) é de nido como o tempo médio


em que as contas a receber da empresa foram, de fato, convertidas em dinheiro no
seu caixa.

Erroneamente, é comum que investidores confundam o PMRV com o prazo


habitualmente concedido aos clientes para as vendas a prazo.

Contudo, esse prazo de vendas a prazo é, na verdade, uma decisão gerencial que pode
servir como um diferencial para se realizar uma venda. Por outro lado, o PMRV diz
respeito às condições que efetivamente fogem ao controle da gestão da companhia.

Ou seja, o PMRV depende exclusivamente de fatores externos à empresa. Por isso, ele
indica o prazo médio, em dias, que uma empresa leva para transformar em dinheiro as
suas “contas a receber”.

Conclui-se, portanto, que quanto menor for este prazo, melhor será para situação
nanceira daquele empreendimento.

Prazo Médio de Pagamentos de Compras (PMPC)

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Já o Prazo Médio de Pagamentos de Compras (PMPC) pode ser de nido como


o prazo médio, em dias, que a empresa se utiliza para pagar as suas compras de
estoque.

Assim sendo, quanto maior for este prazo, melhor será a situação nanceira de caixa
da referida empresa.

Destaca-se que, ao se combinar os dois prazos já citados, é possível avaliar a política


nanceira que é adotada pela companhia em questão.

Ou seja, caso o PMRV seja maior que o PMPC, isso signi ca que a empresa nancia as
suas vendas aos seus clientes em prazo superior ao que compra as suas mercadorias
de seus fornecedores.

Por consequência, a empresa necessitará de um maior volume de capital de giro para


adquirir os seus estoques. E também para pagar as outras despesas inerentes ao seu
ciclo operacional.

Neste caso, administração da companhia deve prestar muita atenção na sua margem
de lucro. Isso porque essa margem deve ser su ciente para cobrir o custo nanceiro
do capital de giro requerido para o nanciamento aos clientes.

Além disso, também é necessário car atento à e ciência do departamento de


cobrança da empresa. Nesse sentido, ele deve ser bastante ativo, visto que eventuais

Aceito inadimplências poderão


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Por m, não ca difícil perceber que esta não é a melhor política comercial e
nanceira a ser seguida. Entretanto, é preciso que se entenda que condições de
mercado podem exigir tal comportamento em determinados momentos.

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Prazo Médio de Renovação de Estoques (PMRE)

Comumente chamado de giro dos estoques, o Prazo Médio de Renovação de


Estoques (PMRE) é um prazo que deve ser comparado sempre às demais empresas
integrantes do mesmo setor de atuação.

Nesse sentido, empresas que atuam no grande varejo, como Magazine Luiza
diariamente se atentam aos relatórios ocorridos no dia anterior em sua rede de lojas.

Dessa forma, elas conseguem acompanhar atentamente o giro de seus estoques. Isso
é necessário porque a mercadoria que ca parada nas suas prateleiras é considerado
dinheiro que deixa de entrar. Ou seja, é um ativo sem liquidez, o que nada agrada a
gestão de empresas.

Já no caso de uma indústria, esse prazo leva em consideração o tempo médio de


produção e estocagem de seu produto. Assim sendo, o PMRE indica o prazo médio,
em dias, que uma empresa leva para vender as suas mercadorias estocadas.

Por isso, quanto menor for este prazo, melhor será a situação nanceira da empresa
em questão.

Ebitda e o Ciclo Operacional

Destaca-se que a soma do PMRE com o PMRV representa a duração do Ciclo


Operacional. Ou seja, o tempo decorrido entre a compra de uma mercadoria e o
recebimento e a geração de caixa proveniente da venda dessa mercadoria.

Aceito PMRE + PMRV


A Suno Research = Duração
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Assim sendo, o Ciclo Operacional mostra o


prazo de investimento de uma companhia.

Se o PMPC seja superior ao PMRE, signi ca


que parte das vendas da empresa está sendo
nanciada pelos seus fornecedores. Esta é a
situação ideal para qualquer empresa. Sendo muito comum nas grandes redes de
supermercados e empresas com grande Market Share.

O caso contrário, em que o PMPC é menor que o PMRE, demonstra que a companhia
em questão está nanciando suas vendas a prazo com seu próprio capital. Tal situação
não é exatamente a situação ideal que se espera em qualquer empresa.

Por m, o tempo decorrido entre o momento em que a empresa paga os


fornecedores e o momento em que recebe de seus clientes é chamada de Ciclo
Financeiro. Sendo que ele é determinado mediante a subtração do PMPC do prazo
de duração do Ciclo Operacional descrito acima.

PMPC – Duração do Ciclo Operacional = Duração do Ciclo Financeiro

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Ebitda e o Ciclo Financeiro

Como dito anteriormente, o Ebitda sugere uma geração de caixa potencial de uma
companhia. Por isso, percebe-se que ele é diretamente relacionado com o Ciclo
Financeiro da empresa.

Então, ca claro perceber que uma empresa pode operar gerando lucro e Ebitda
positivos. E, ao mesmo tempo, terminar o ciclo em questão tendo que queimar caixa e
contrair dívidas para se manter ativa no mercado.

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Essa situação é muito comum em empresas de construção civil, por exemplo. Isso
porque as construtoras costumam demorar bastante tempo para nalizar e entregar
o seu produto.

Com isso, essas companhias costumam apresentar altos custos de produção (mão de
obra, materiais, terrenos, etc.), que são geralmente pagos à vista ou a prazos muito
curtos (baixo PMPC). E, ao mesmo tempo, demorar para vender os seus estoques (alto
PMRE) e receber de seus clientes o capital proveniente da venda (alto PMRV).

Múltiplos baseados no Ebitda

Outra função fundamental do Ebitda é servir como base para o cálculo de múltiplos
de empresas. Esses múltiplos estão relacionados ao valor de mercado da empresa.

Então, os múltiplos calculados com base no Ebitda são utilizados, por exemplo, na
análise de valuation das companhias. Isto é, servem para avaliar se a empresa listada
na bolsa está com um preço atrativo para investimento ou não. Este é o caso do
EV/Ebitda.

Além disso, podem ser utilizados também para medir o nível de endividamento da
companhia. Este é o caso do DL/Ebitda.

O EV/Ebitda e o DL/Ebitda são os múltiplos mais utilizados com esse indicador. Por
isso, veremos o que eles são e como calculá-los.

1. EV/Ebitda

O EV/Ebitda pode ser calculado pela razão entre o Enterprise Value (EV) e o Ebitda da
companhia.

Sendo que o Enterprise Value (EV) seria o valor


da rma, encontrado da seguinte forma:

Enterprise Value = Valor de Mercado + Valor


das Dívidas – Caixa e Equivalentes

Destaca-se que o EV fornece uma estimativa de quanto seria necessário para comprar
toda a companhia, descontando-se o caixa.

Então, dividindo o Enterprise Value pelo Ebitda anual (EV/Ebitda), chegaríamos ao


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número de anos necessários para o resultado operacional “pagar” o valor da empresa.
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Quanto menor o resultado, mais barata a empresa estaria sendo negociada no


mercado.

Portanto, ao analisar o EV/Ebitda, o investidor pode avaliar se determinada empresa


está, ou não, com um valuation atrativo.

2. DL/Ebitda

Diferente do EV/Ebitda, o objetivo do DL/Ebitda é de analisar a situação nanceira da


companhia, e não o seu valuation. Isto é, a utilização desse múltiplo serve para
determinar se uma companhia está com um nível adequado de dívida com relação ao
seu Ebitda.

Assim, para fazer o cálculo do DL/Ebitda, divide-se a Dívida Líquida da companhia pelo
seu Ebitda anual.

Sendo que o cálculo da Dívida Líquida é dado por:

Dívida Líquida (DL) = Volume de dívida – Caixa e Equivalentes

Como pode ser observado, a DL mostra o nível de endividamento da empresa


descontado das suas disponibilidades. Em outras palavras, é o volume de dívida que a
empresa ainda não possui disponibilidade para pagar.

Portanto, a DL/Ebitda é um múltiplo que mostra quantos anos de resultado


operacional (Ebitda) são necessários pela companhia para atingir o volume de dívida
que ela ainda não possui capacidade de pagar.

Quanto menor esse múltiplo, menor seria a dívida para a companhia em relação ao
Ebitda. E quanto maior o múltiplo, maior também o volume da dívida para o resultado
operacional da empresa.

Vantagens e desvantagens do Ebitda

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Utilizar o Ebitda nas análises nanceiras tem suas vantagens e desvantagens. A seguir,
veremos os principais pontos positivos e negativos desse indicador.

Vantagens do Ebitda

Algumas das principais vantagens do Ebitda são:

1. Mede a produtividade

Uma importante vantagem do Ebitda é a sua capacidade de retratar a


produtividade de uma companhia. Isto se deve ao fato de ele excluir o efeito de
deduções contábeis, de empréstimos e de impostos – o que, muitas vezes, não está na
alçada da empresa.

Por exemplo, a depreciação, vista anteriormente, é apenas econômica, e não


nanceira. Ou seja, apesar de existir uma perda de valor do ativo, essa perda não
resultou em saída efetiva de dinheiro do caixa da companhia

2. Facilita a análise comparativa

E uma outra vantagem do Ebitda é a sua capacidade de facilitar a análise entre


diferentes empresas, inclusive de setores ou de países distintos.

Imagine, por exemplo, que um investidor queira comparar o resultado de uma


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Contudo, a alíquota de imposto para essas empresas em cada país é completamente


diferente.

Por isso, caso a análise de produtividade do investidor fosse feita por meio do lucro
líquido e da margem líquida, a avaliação seria in el à realidade. Isto é, a empresa
que goza de uma alíquota de imposto menor seria bene ciada.

Por outro lado, caso a análise fosse realizada pelo Ebitda, esse efeito das diferentes
alíquotas seria excluído. Portanto, a comparação entre a produtividade entre as duas
companhias seria mais compatível com a realidade.

 Desvantagens do Ebitda

Apesar das vantagens citadas, é importante destacar que também existem algumas
desvantagens do Ebitda. Algumas das desvantagens desse indicador são:

1. Desconsidera a rentabilidade nanceira

Uma desvantagem do Ebitda diz respeito a sua característica de excluir os juros do seu
cálculo. Esse juros é representado pelo resultado nanceiro da companhia na
Demonstração de Resultado do Exercício (DRE).

Essa é uma desvantagem em certas análises porque existem companhias que, ao


invés de pagar juros (despesa nanceira), recebem juros (receita nanceira). Este é
o caso das empresas que possuem muito dinheiro em aplicações nanceiras.

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Nesse sentido, é possível que existam empresas, por exemplo, que o resultado da
atividade principal advém justamente da receita obtida com receita de aplicações
nanceiras.

Por isso, desconsiderar esses juros pelo Ebitda signi ca retirar da análise um aspecto
fundamental para ser analisado nessa empresa.

2. Disfarça a alta alavancagem

Como vimos. o Ebitda desconsidera os efeitos


dos juros e da amortização. Por conta disso,
ele ca incapaz de traduzir a situação
nanceira de uma companhia.

Por isso, caso um investidor analise apenas o Alavancagem financeira: o que


Ebitda de uma empresa com má situação é e como funciona essa
operação?
nanceira, ele acabará sendo levado ao erro.
Isso porque não será possível observar como a alta alavancagem nanceira está
prejudicando o resultado líquido da companhia.

E, no longo prazo, o que importa é o lucro das empresas, ou seja, a real geração de
valor para os acionistas. Por isso, é preciso tomar cuidado e nunca utilizar o Ebitda
isoladamente em uma análise.

Outros indicadores contábeis importantes


Existem outros indicadores contábeis relacionados ao Ebitda que também são
calculados com base nas demonstrações contábeis do resultado do exercício das
companhias.

Gostaria de saber interpretar as demonstrações contábeis das


empresas?
Acesse o nosso minicurso de contabilidade gratuito que
ensina a avaliar os demonstrativos
.

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27/12/2020 Ebitda: entenda o que é e como analisar esse indicador

Esses indicadores retirados da DRE são fundamentais para qualquer investidor. Isso
porque eles auxiliam na avaliação de empresas, em algumas questões fundamentais
de investimentos, como:

Preço de mercado e potencial de valorização do ativo (valuation);


Saúde e qualidade nanceira da companhia;
Capacidade da gestão de melhorar resultados ao longo do tempo.

Alguns dos indicadores relacionados ao Ebitda que podem auxiliar nessas análises:

1. Margem Ebitda

O indicador de Margem Ebitda utiliza o resultado operacional para avaliar a


capacidade da companhia de transformar sua receita líquida em lucro operacional,
acrescido da depreciação e amortização.

Por isso, a Margem Ebitda é dada em uma porcentagem da receita líquida que se
transformou em Ebitda.

Ou seja, a fórmula da Margem Ebitda é:

Margem Ebitda = Ebitda / Receita Líquida

2. EBIT

O EBIT é um indicador contábil muito próximo ao Ebitda. Nesse sentido, a diferença


entre Ebitda e Ebit é que o primeiro exclui os efeitos da amortização e da depreciação
de uma companhia no seu cálculo.

Por outro lado, a metodologia do Ebit inclui a


amortização e a depreciação. Ou seja, ele é o
lucro antes dos juros e impostos, apenas. Em
inglês, a sigla de Ebit signi ca “Earning Before
Interest and Taxes”.

Ebit: entenda o que é e como


Ebitda: Lucro Antes dos Juros, Impostos, analisar esse indicador
financeiro
Depreciação e Amortização;
Ebit: Lucro Antes dos Juros e Impostos.

Portanto, o cálculo do Ebit é muito similar ao Ebitda. Para encontrá-lo, basta somar ao
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resultado líquido da empresa os juros e os impostos. Assim, a fórmula do Ebit é:

https://www.sunoresearch.com.br/artigos/ebitda/ 20/29
27/12/2020 Ebitda: entenda o que é e como analisar esse indicador

Ebit = Resultado Líquido + Juros + Impostos

Destaca-se que a diferença entre o Ebitda e o Ebit é fundamental de ser conhecida


pelos investidores.

Resumidamente, o Ebitda tenta re etir o potencial de geração de caixa da empresa. O


fato de ser “potencial” é de suma importância. Isso porque existem despesas que
podem nunca ser pagas, bem como receitas que podem não ser recebidas.

Isso porque a receita operacional líquida é reconhecida no resultado no momento da


venda. E não quando o pagamento é realizado pelo cliente.

Por outro lado, o Ebit traduz bem o lucro contábil do negócio. Ou seja, o lucro que leva
em consideração apenas a atividade m da empresa.

Cuidados ao analisar o Ebitda


Mesmo sendo um indicador essencial para conhecer a qualidade do negócio de uma
empresa, é preciso, antes de tudo, saber como analisar esse resultado. Para entender
isso, veremos um exemplo dos resultados da PDG.

Exemplo Construtora PDG

Um caso clássico para exempli car essa situação é o que aconteceu com a PDG em
2013. Na ocasião, a empresa realizou muitas receitas de vendas. Essas receitas geraram
um alto Ebitda, porém, incompatíveis com a realidade.

Isso aconteceu por que não só a PDG, mas as construtoras e incorporadoras


brasileiras, no geral, utilizam o método POC (percent of completion) para reconhecer
as receitas das obras.

Com isso, elas acabando abrindo espaço para que sejam divulgados balanços não
condizentes com real contabilidade da empresa naquele momento.

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27/12/2020 Ebitda: entenda o que é e como analisar esse indicador

O desa o do POC é de não prever os custos de uma obra e considerar que a evolução
da construção será proporcional à evolução dos gastos. Ou seja, como se os custos
fossem acompanhar o reconhecimento proporcional das receitas.

Assim, os resultados de curto prazo da empresa cam temporariamente aumentados, 


passando uma percepção de grande performance naquele momento.

Dessa forma, o resultado da empresa era “turbinado” por um reconhecimento contábil


dos custos e receitas das obras ainda em andamento. Isso permitia o reconhecimento
das receitas antecipadamente ao real estado das obras.

Contudo, esse fenômeno costuma criar, tempos depois, estouros no orçamento dessas
construtoras. Esse efeito pode ser observado no médio prazo.

Na ocasião, antes da situação se mostrar insustentável, a PDG distribuía polpudos


bônus aos funcionários do alto escalão. Isso “fazia sentido” por conta das altas receitas
e aparente solidez que a empresa apresentava.

Resultados de médio prazo

Com o passar do tempo, já no primeiro trimestre de 2014 era possível visualizar o


aumento gradual das contas a receber da companhia. Isso demonstrava que ela se
encontrava com di culdades para transformar o Ebitda em caixa.

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27/12/2020 Ebitda: entenda o que é e como analisar esse indicador

Como consequência da não geração de caixa, um aumento gradual da dívida líquida


da companhia foi se tornando cada vez mais visível. Tal dívida acabou chegando a
atingir o patamar de R$ 7,1 bilhões.

Com isso, o “truque” contábil gerou resultados de curto prazo inconsistentes com a
realidade. O valor patrimonial das ações evaporou e hoje a companhia encontra-se em
recuperação judicial.

Ebitda e geração de caixa

Como vimos, muitos consideram o Ebitda muito próximo do uxo de caixa


operacional. Contudo, nem sempre é possível assumir isso como premissa.

A nal, é perfeitamente possível que uma companhia tenha um Ebitda grande por
conta de vendas a prazo. E, ao mesmo tempo, tenha uma queima caixa grande por
conta de despesas à vista.

Essa situação pode prejudicar muito a situação de uma companhia, sem que isso seja
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percebido no Ebitda.

https://www.sunoresearch.com.br/artigos/ebitda/ 23/29
27/12/2020 Ebitda: entenda o que é e como analisar esse indicador

Portanto, apenas será possível considerar o Ebitda próximo à geração de caixa


observando as contas de capital de giro. São elas:

Fornecedores;
Estoques;

Nesse sentido, é necessário que essas contas se mantenham constantes. Caso positivo,
então o Ebitda será próximo à geração de caixa. E, assim, esse indicador poderá ser
mais el à realidade de geração de caixa operacional.

Por que o Ebitda é tão importante?


Por m, o caso da PDG serve muito bem de alerta para que o investidor procure não
só observar indicadores e resultados pontuais dos últimos balanços trimestrais das
companhias. Na verdade, é preciso se atentar à toda a conjuntura que se encontra por
trás do empreendimento.

Isso porque o Ebitda pretende representar apenas as contas de resultado. Sendo que
ele não se importa com a movimentação patrimonial de fato. É justamente por isso
que uma empresa pode ter um alto Ebitda e, ao mesmo tempo, não ter caixa para
arcar com seus compromissos.

Destaca-se que o Ebitda é um importante componente para se levar em consideração


em uma análise de empresa. Entretanto, é preciso que o investidor observe se
aquela geração de caixa operacional apresenta, de fato, o que será convertido em
dinheiro no caixa da empresa.

A nal, no nal das contas, o que importa no nal da análise de um negócio é dinheiro
no caixa da empresa para os acionistas.

Portanto, para não se deixar enganar pelo Ebitda, é preciso que a análise da empresa
seja realizada de forma mais ampla. Isso signi ca não só olhar os números, mas
entender todo o ciclo operacional da companhia e como esses números são formas.

En m, conclui-se que é preciso analisar o Ebitda de forma conjunta com outros


indicadores. Por isso, a sua análise não exclui a avaliação do Lucro Líquido ou do Ebit.
Essa análise conjunta conseguirá retratar melhor a realidade operacional e nanceira
de uma companhia.

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27/12/2020 Ebitda: entenda o que é e como analisar esse indicador

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PERGUNTAS FREQU E N TE S SO B R E E B IT DA

O que é Ebitda?

Como calcular o Ebitda?

Qual a diferença entre Ebitda e Ebit?

Qual o Ebitda ideal?

Para o que serve o Ebitda?

Bibliogra a

https://congressousp. peca .org/anais/artigos122012/11.pdf

http://www.inovarse.org/sites/default/ les/T_15_177_1.pdf

https://pdfs.semanticscholar.org/29c5/ccc5abd6cb547d6e26239ed3099dbf
6e52b3.pdf?_ga=2.32245495.896922503.1570583988-107115901.1570583988

http://pages.stern.nyu.edu/~igiddy/articles/ebitda.pdf

http://csinvesting.org/wp-content/uploads/2015/02/Placing-EBITDA-into-
Perspective.pdf

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contabilidade

Tiago Reis
Formado em administração de empresas pela FGV, com mais de 15
anos de experiência no mercado financeiro, foi sócio-fundador da Set
Investimentos e é fundador da Suno Research.

LEIA MAIS SOBRE INVESTIMENTOS

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2021

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12 comentários

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27/12/2020 Ebitda: entenda o que é e como analisar esse indicador

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Fabio Sales
23 de dezembro de 2019

Artigo de ótima qualidade! Parabéns!!

Responder

Caio Felipe
7 de janeiro de 2020

Excelente esclarecimento!

Responder

Vinicius Miqueloti
9 de abril de 2020

O Tiago explica conceitos técnicos de forma objetiva! Adoro absorver os conhecimentos e


aos poucos aprender um pouco mais sobre investimentos e sobre como funciona o mundo
financeiro em si!

Responder

Felipe Abdalla
15 de abril de 2020

Show, parabéns pelo artigo.

Responder

Geraldo
27 de abril de 2020

Parabéns. Excelente artigo, bem didático.

Responder

Suno Research
28 de abril de 2020

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Obrigado pelo feedback Geraldo!


https://www.sunoresearch.com.br/artigos/ebitda/ 27/29
27/12/2020 Ebitda: entenda o que é e como analisar esse indicador
Obrigado pelo feedback, Geraldo!
Abraços

Responder

Ícaro Souto
9 de junho de 2020

Gosto muito do conteúdo de vocês e tenho o utilizado bastante nos meus estudos.

Responder

Ana Lucia Brito


18 de junho de 2020

Obrigada pelo seu excelente artigo. Tirou todas as minhas dúvidas.

Responder

ENIO MORAES
28 de junho de 2020

Muito bom e completo. Parabéns,

Responder

Helio
16 de novembro de 2020

No “Exemplo de aplicação do EBITDA” onde mostra a DRE da MGLU3 acredito que o calculo
do Ebitda esta equivocado. O valor de 234,8 que é indicado como ebitda é na verdade o
ebit (lucro operacional).

Responder

Suno Research
17 de novembro de 2020

Olá, Helio! Tudo bem?


Obrigado pelo comentário, mas 234,8MM é o EBITDA mesmo. O EBIT vem logo
abaixo, quando começamos a considerar a Depreciação e Amortização.
Atenciosamente, Equipe Suno.

Responder

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Pedro José Pereira
26 de dezembro de 2020

https://www.sunoresearch.com.br/artigos/ebitda/ 28/29
27/12/2020 Ebitda: entenda o que é e como analisar esse indicador

Excelente explicação. Analítica e didática.

Responder

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