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Mercados Financeiros
Avaliação de obrigações
Discente: Código:
Sim. Realmente trata-se de um investimento com risco bem mais acentuado do que “investir”
seu dinheiro na boa e velha poupança. Porém, o que muitas pessoas não sabem é que existem
maneiras de reduzir esse risco. Obviamente não chegará a ser tão seguro quanto a poupança
ou o Tesouro Direto, mas seguindo alguns procedimentos para não correr riscos
desnecessários, com certeza lhe permitirá fazer bons aportes e formar uma sólida carteira de
ativos.
Acções ordinárias – São aquelas acções normais cujos detententores mantêm direitos de
controlo da sociedade (a propriedade da empresa) além de outros direitos associados ao facto
de ser detententor de uma fracção do capital social da empresa. Conferem os direitos de
gestão da empresa, votar sobre os destinos da sociedade e usufruir de todos os restantes
direitos particulares. O dividendo para estas acções dependerá das políticas da empresa sobre
os dividendos e a existência de lucros.
Acções preferenciais – São acções que se caracterizam por proporcionar direitos especiais
aos seus possuidores; pagam dividendo fixo previamente acordado, ao longo da sua
existência. O principal direito que as diferencia das acções ordinárias é o facto de incorporar
dividendo fixo a ser pago sempre que a empresa realize lucros, independentemente das
políticas de dividendos.Assaf Neto (1999).
2. Análise Fundamental
Cabe à análise fundamental estabelecer o valor justo para uma empresa, respaldando decisões
de investimentos. A premissa básica da análise fundamentalista é de que o valor justo para
uma empresa se dá pela definição da sua capacidade de gerar lucros no futuro.(Mercado de
Capitais Autor: Francisco Cavalcanti)
O segundo caminho a seguir ao se estudar sobre uma ação é mirar retornos a longo prazo.
Para isto, utiliza-se a “Análise Fundamentalista”, onde se busca avaliar os fundamentos da
Histórico da empresa;
Nível de governança;
potencial de crescimento;
Lucro;
Demonstrativo de resultados;
Balanço patrimonial;
Indicadores de preço;
Indicadores de rentabilidade;
Indicadores de endividamento;
Além dos principais fatores citados, a análise fundamentalista também deve levar em
consideração os aspectos macroeconômicos, tanto global quanto no setor em que a
companhia está inserida.
Ainda falando sobre o segmento setorial, o destaque que a empresa possui em relação aos
seus concorrentes pode ser fundamental para conseguirmos avaliar seu potencial.
A análise qualitativa engloba todos os fundamentos subjetivos que devem ser levados em
consideração na avaliação de uma determinada empresa. Em outras palavras, tudo o que não
pode ser mensurado objetivamente (com números) se enquadra como um estudo qualitativo.
Na seção anterior, apresentamos alguns pontos primordiais para a análise. Dentre os aspectos
levantados, os três primeiros possuem um caráter exclusivamente qualitativo. Além destes,
uma pequena parte do ambiente macroeconômico também pode ser encaixado nesta classe.A
seguir, descreveremos brevemente os pontos a serem considerados em cada aspecto
apresentado.
-NÍVEL DE GOVERNANÇA
Como resumo, a análise da governança corporativa de uma empresa deixará evidente seus
apectos de gestão e estratégias adotadas. Uma boa governança atribui características
primordiais para o crescimento.
- POTENCIAL DE CRESCIMENTO
O potencial de crescimento é um dos fatores que terá maior peso durante o processo de
análise. Uma empresa gera valor aos seus acionistas a partir da geração de lucros que fomente
o aumento de seu patrimônio. Não há outra forma diferente desta. Porém, existem condições
e perspectivas que podem, de antemão, corroborar ou não a expectativa deste crescimento.
-RECEITA
A receita indica todo o faturamento que a empresa obteve durante um período. Esta receita
pode ser expressa como “Receita Bruta” ou “Receita Líquida”.
Portanto, a receita só vai nos transmitir as informações de quanto de dinheiro líquido está
entrando na empresa, sendo um indicador mais voltado para o ritmo de produção, vendas e
geração de recursos.
A grande maioria das pessoas já, no mínimo, ouviu falar sobre lucro. O lucro é definido como
a diferença entre a receita líquida e todos os demais custos e despesas da empresa. Ele é
fundamental para o crescimento do patrimônio e geração de valor para a companhia. Não há
negócio saudável com um lucro negativo (prejuízo).
- EBITDA
De forma bem genérica, o Ebitda traduz o resultado operacional da companhia, uma vez que
em seu cálculo estão excluídas as despesas financeiras (juros de impostos), depreciações e
amortizações. Portanto, o Ebitda representa a geração de caixa da empresa advinda apenas de
sua atividade produtiva.
- BALANÇO PATRIMONIAL
O balanço patrimonial tem como um de seus objetivos a avaliação do valor contábil de uma
empresa. Antes de tudo, vamos definir a diferença primordial entre os valores contábil e de
mercado.
-ATIVOS
São classificados como ativos circulantes, ativos realizáveis a longo prazo e ativos
permanentes, conforme o prazo de maturação do ativo. Para toda aplicação de recursos, é
necessário um financiamento. Desse modo, a soma dos passivos e do patrimônio líquido de
uma empresa deve sempre ser igual ao montante de seus ativos. Esta talvez seja a regra mais
básica da contabilidade.
• Ativos Circulantes:
Estes são os direitos que a empresa possui e que consegue realizar, ou seja, transformar em
dinheiro em um período inferior a um ano;
Já os ativos não circulantes são os bens e direitos com realização acima de um ano. Nele
estão os direitos de mais longo prazo, no Realizável de Longo Prazo e os bens da empresa,
como o Imobilizado e os Investimentos.
No lado direito do balanço patrimonial ficam as contas de financiamento. Elas são divididas
em passivo (capital de terceiros) e patrimônio líquido (capital próprio). A relação entre essas
suas divisões é importante, pois mostra quão endividada uma empresa está. Vale citar que
companhias com muito capital de terceiros, em geral, estão mais sujeitas a riscos, mas seriam
financiadas a um custo menor, por outro lado.
• Passivo Circulante: obrigações com vencimento de prazo até um ano, tais como:
fornecedores, empréstimos e impostos;
-FONTES DE RECURSOS
Uma das coisas mais importantes do Balanço é analisar as fontes e aplicações de recursos.
Para que se tenha rentabilidade é importante que as fontes de recursos tenham um custo
menor do que a rentabilidade trazida pela aplicação do investimento.
Todos os estudos dos resultados e balanços devem partir do geral para o específico. Após ter
uma visão global da empresa, as análises horizontal e vertical são aplicadas com o intuito de
identificar as razões e estratégias adotadas pela empresa que levaram àqueles resultados.
-INDICADORES
Os indicadores nada mais são que métricas a serem usadas como comparativo. E esta
comparação pode ser realizada entre empresas do mesmo segmento, por exemplo. Ou até
mesmo internamente na companhia, como no caso de identificação do preço de sua ação em
relação a seu próprio patrimônio líquido.
Portanto, o cupão é constante porque foi calculado na base do valor nominal das obrigações.
Modelo Básico
Numa obrigação, até a data do seu vencimento as pessoas recebem juros e no último dia da
obrigação recebem o último juro mais valor nominal.
Valorizar uma obrigação significa determinar o valor actual dessa obrigação; quanto vale
uma obrigação no intervalo entre a emissão e a maturação.
1. A ideia da YTM é que todos os fluxos de caixa (todos os recebimentos) são reinvestidos à
mesma taxa, o que pode não ser verdade, porque o investidor poderia fazer investimento
diferente, a uma taxa diferente.
2. Não podemos determinar YTM sem conhecer o preço. YTM não permite chegar ao preço.
É a procura e a oferta de capitais no mercado que determina o preço das obrigações.
É a taxa com a qual se podem resgatar (pagar) as obrigações. Resgatar as obrigações significa
retirá-las do mercado (pagá-las) antes da data de maturação. Isto acontece como
consequência da baixa da taxa de juro no mercado.
Acontece as vezes que, se a taxa de juro cair, a empresa que já tinha contraído um
empréstimo a uma taxa de juro maior vê-se a necessidade de substituir as antigas obrigações
(mais caras) pelas novas (mais baratas).
Assim, a pessoa que detém a obrigação já não vai ter a possibilidade de ganhar YTM, porque
as obrigações vão ser retiradas. É claro que para os detentores isto não é benéfico.
É o risco a que os investidores se expõem devido às mudanças das taxas de juro de mercado,
levando a que os investidores realizem perdas ou ganhos financeiros.
Esta variação da taxa de juro refere-se ao período de tempo a que a pessoa se encontra
adstrita a um investimento numa obrigação. Por causa desta oscilação das taxas de juro, o
investidor pode incorrer em perdas ou ganhos extraordinários do capital.
O risco é tanto maior quanto maior for o período que falta para a maturação das obrigações.
O emissor das obrigações por outro lado tem perdas implícitas porque agora poderia pedir
empréstimo a custos mais baixo.
CONCLUSÃO
Revi desde os conceitos teóricos dessa ferramenta até suas aplicações práticas.É importante
lembrar que, no mercado de ações, não existem garantias. Dessa forma, a análise
fundamentalista é um recurso utilizado para reduzir os riscos no investimento, ajudando a
identificar os ativos com maior potencial.
ASSAF NETO, Alexandre. Mercado financeiro. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
CAPAUL, C.; ROWLEY, I.; SHARPE, W. F. International value and growth stocks
returns. Financial analysts journal, v. 49, p. 27-36, 1993.
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia científica. 5. ed. São
Paulo: Prentice Hall, 2002.