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Abaixo temos uma relação de informações importantes que devem ser esclarecidas para análise de uma
empresa:
Qual a previsão de investimentos para os próximos anos e qualresultado esperado com tais investimentos?
As empresas preparam os relatórios contábeis para usuários internos e externos, ou seja, para toda pessoa física
ou jurídica que tenha interesse na avaliação da situação e do progresso do negócio. Os usuários externos são os
maiores consumidores desse tipo de informação, pois essa é a principal forma de compreender como os
gerentes das organizações levaram a cabo suas atividades. De forma análoga, os usuários internos (conselho de
administração, diretores, administradores e gerentes) avaliam a produtividade e a lucratividade da gestão do
negócio por meio da análise dos relatórios contábeis, bem como, comparando-os com os de outras empresas do
mercado, são capazes de prever o impacto desses relatórios sobre os usuários externos: a comunidade, o
governo, os acionistas, os banqueiros, trabalhadores e propensos investidores.
Os relatórios contábeis têm por fim apresentar informações significativas das atividades da organização.
Portanto, compreender os significados dessas informações requer o entendimento das atividades empresariais
que os relatórios vão retratar.
De uma forma geral, as principais atividades de uma empresa são: (1) estabelecimento dos objetivos e
estratégias; (2) obter financiamento; (3) realizar investimento; (4) executar as operações; e, (5) relatar suas
atividades comerciais, isto é, seus resultados.
Os objetivos de uma firma estabelecem as metas que serão atingidas, isto é, os resultados que se pretende
alcançar. As metas orientam onde as energias da organização serão despendidas. As estratégias, por sua vez,
relatam como os objetivos serão alcançados. As empresas estabelecem objetivos e estratégias à luz do
ambiente econômico, institucional e cultural no qual pretende operar. Por exemplo, podem-se definir objetivos
de forma que:
Os administradores determinam as estratégias para a empresa de uma forma ampla. Por exemplo, a empresa
pode focar sua operação:
em um produto ou em multi-produtos;
As estratégias são, também, estabelecidas para cada unidade de negócio e para cada produto, como: trabalhar
num nicho de mercado. Tal estratégia pode permitir que a empresa obtenha um preço de venda favorável para
seus produtos, quando comparado com os competidores, permitindo repassar aos compradores aumento de
custos. De forma alternativa, os administradores podem escolher produtos com a vantagem competitiva de
baixo custo operacional. Esta última posição, normalmente, a margem de lucro, que é a diferença entre o preço
de venda e o custo unitário do produto, é pequena.
Antes que a empresa execute as suas atividades operacionais e comerciais, ela tem de obter recursos que
financiem sua empreitada. As atividades de financiamento envolvem obtenção de fundos de duas fontes
principais: acionistas (ou, proprietários) e credores.
Naturalmente, a riqueza do acionista (ou, proprietário) é medida através do valor da firma. O valor da empresa
significa a quantia que alguém poderá pagar para comprar a empresa e não é obtido pelo que se paga de
dividendos a esses investidores, mas pela percepção do mercado quanto aos futuros lucros líquidos que a firma
será capaz de obter. O acionista (ou, proprietário) terá sua fortuna mensurada na proporcionalidade das ações
ou quotas que possui da entidade.
CREDORES: diferentemente dos acionistas (ou, proprietários), os credores fornecem fundos, mas requerem
que a empresa os pague com um determinado valor preestabelecido em uma data específica. Esse valor
preestabelecido é conhecido como uma despesa de juros para a firma que capta recursos desta fonte. O
compromisso em pagar as despesas de juros continua até que o pagamento do valor captado ocorra; a
denominação desse valor que se tomou emprestado é conhecido como principal.
A forma de pagar o principal varia. Existem os empréstimos de longo prazo, onde os credores requerem que o
principal seja pago, por exemplo, em 10 anos. Esses empréstimos, quando realizados por bancos, exigem que o
principal seja pago ao longo desses 10 anos. Naturalmente, as despesas de juros incidem sobre o saldo
remanescente do principal que a empresa retém. Se a companhia emite debêntures, o pagamento do principal
ocorre em uma data específica no futuro. Debênture é um tipo de empréstimo em que a entidade se
compromete a pagar juros predefinidos aos credores, em datas futuras específicas, e o pagamento do principal
será pago de uma única vez, numa data futura especificada. Durante o período de vigência, as debêntures são
comercializadas no mercado de capitais.
Além dos empréstimos de longo prazo, como apresentado acima, há os de curto prazo. O principal objetivo do
empréstimo de curto prazo é financiar o capital de giro. Empresas descontam duplicatas, uma operação em que
se trocam dívidas de clientes por dinheiro, pagando juros ao banco. Há, também, empréstimo de banco cujos
prazos de pagamento do principal e juros, geralmente ocorrem, com 30, 60 e 90 dias. Quando opagamento do
principal e dos juros ocorre ao fim do prazo previamente estipulado,diz-se que os juros são postecipados. Se,
na hora do empréstimo, o banco desconta os juros, fornecendo à empresa apenas o valor líquido, os juros são
classificados como antecipados. Neste caso, no pagamento do empréstimo, a empresa desembolsará apenas o
valor do principal.
Outra fonte importante de financiamento para as empresas são seus fornecedores. Fornecedores de matérias-
primas são, também, fornecedores de recursos financeiros para a empresa. Eles vendem mercadorias e
receberão o dinheiro das vendas 30, 60 ou 90 dias após cada operação. O preço adicionado pelo recebimento a
posteriori é um custo implícito do dinheiro. Neste caso, a mercadoria tem o seu valor nominal acrescido, isto é,
como se a empresa tivesse adquirido a mesma por um valor maior. Em outras palavras, é como se tivesse feito
uma compra mais cara.
Qualquer que seja a empresa ela tem de escolher quais serão as fontes de financiamento: acionistas,
empréstimos de longo prazo, empréstimos de curto prazo e fornecedores. A decisão de a quais fontes recorrer e
da respectiva proporção ótima, quando comparada com o total exigido de financiamento, é uma decisão
financeira, objeto dos cursos de finanças que discursam sobre o assunto. Esses financiamentos são aplicados na
organização que, por sua vez, têm de gerar recursos (ou melhor expressando, retorno) de forma a satisfazer os
desejos dos financiadores.
Uma vez que a empresa obtenha os financiamentos, ocorrem os investimentos. Esses investimentos são
realizados em vários itens, isto é, em ativos necessários à execução das atividades do negócio, que usualmente
são:
Terrenos, imóveis e equipamentos. Esses investimentos permitem que a empresa tenha capacidade de produzir
e vender seus produtos; que, normalmente, levam-se anos para alcançar o potencial pleno do serviço que se
deseja prestar.
Patentes, licenças e outros contratos, como franquia. Esses investimentos permitem que a empresa opere
legalmente em suas atividades comerciais.
Ações ou debêntures de outras firmas. Uma empresa pode adquirir ações de outra firma, tornando-se uma de
suas proprietárias, ou adquirir debêntures, obtendo um direito de crédito contra a emitente. Costumeiramente,
essa operação de compra tem por objetivo assegurar o fornecimento de matérias-primas, ou produtos para
vendas ou serviços que são críticos à sua operação.
Estoques. Para satisfazer as necessidades dos consumidores e mantê-los leais na aquisição do produto, as
empresas têm de ter estoques de produtos disponíveis para venda. O volume de compra desses produtos pelos
consumidores tem demanda errática, isto é, não é constante. No caso de ocorrer uma demanda superior à
capacidade de disponibilizar o produto para venda, o consumidor pode ser levado a decidir comprar o produto
do concorrente. O investimento nesse tipo de estoque tem por fim manter o hábito do consumidor de adquirir o
produto da empresa. Em firmas industriais, há, também, o investimento em estoque de matérias-primas. Neste
caso, o objetivo é evitar que o processo produtivo pare, por falta de matérias-primas em virtude de atraso nas
entregas pelos fornecedores, ou porque a produção aumentou seu nível de atividade e não se consegue o
fornecimento em prazos menores do que o habitual.
Contas a receber de consumidores. Quando a empresa vende seus produtos e não exige que o consumidor
pague a vista, a firma tem de financiar seus consumidores. Realizando tal investimento, a companhia aumenta
o seu espectro de vendas; consumidores que deixariam de comprar o produto, por falta de caixa, antecipam a
mesma, seja pagando um mês depois ou a prazo. Assim sendo, a empresa aumenta suas vendas, seus lucros e a
sua vantagem competitiva perante seus concorrentes.
Com os investimentos realizados, a empresa executa as suas operações de forma a produzir e comercializar ou
só comercializar ou prestar serviços a seus consumidores.
Para fazer com que o produto ou serviço seja entregue ao cliente e que este tenha o grau de satisfação que se
deseja, a empresa realiza uma série de atividades operacionais. Essas atividades são específicas de cada
empresa, daí encontrar o sucesso de uma quando comparada a outra. Contudo de uma forma geral, pode-se
afirmar que as empresa possuem as seguintes atividades operacionais:
COMPRA: o setor de compra adquire mercadorias na quantidade e característica (ou tipo) necessária à loja,
quando a empresa é retalhista ouvarejista. Em uma fábrica, esse setor compra matérias-primas naquantidade e
na especificação necessária à produção.
PRODUÇÃO: o setor de produção, em uma fábrica, tem por fim transformar matérias-primas em produtos
acabados. Para tanto, há uma combinação de matérias-primas, com mão de obra e outros insumos requeridos
numa manufatura para obter os produtos da empresa.
MARKETING: o setor de marketing é o responsável pela obtenção do cliente, venda e distribuição dos
produtos da firma ao consumidor.