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Relatório do triénio 2015-2017

Sociedade por Quota


Sede: Rua Costa Serrão, 150 - Beira
Representação: Av. Karl Marx, 153-3º - Maputo
Capital Social: 2 448 692 595, 44 MT
Matriculado na Conservatória do Registo das Entidades Legais sob o nº7069,
folha 136, livro C-9
Pessoa Colectiva Nº 883 832 8325

Indicadores de Desempenho
Janeiro 2015 à Janeiro 2018 &
Projecções Financeiras
2019 á 2021

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Beira, 04 Abril de 2018

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ÍNDICE
Pág.
I. INFORMAÇÃO SOBRE A EMPRESA ....................................................................................... 4
1.2. Sumário Executivo ....................................................................................................... 5
II. ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS ........................................................................................... 9
2.1. Equipamento Principal e Capacidade Técnica ..................... Error! Bookmark not defined.
2.2. Produção de Serviços ................................................................................................. 10
III. VOLUME DE NEGÓCIO....................................................................................................... 11
IV. ANÁLISE DA SITUAÇÃO FINANCEIRA .................................................................................. 16
V. EVOLUÇÃO DAS PRINCIPAIS 5 ACTIVIDADES PARA 2018 .................................................... 18
VI. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................... 20

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I. INFORMAÇÃO SOBRE A EMPRESA

EMODRAGA – EMPRESA MOÇAMBICANA DE DRAGAGENS, E.P.


INDICADORES DE DESEMPENHO
PARA O EXERCÍCIO ECONÓMICO DE 2015 - 2017

ADMINISTRAÇÃO:
Domingos da Conceição Bié – Presidente do Conselho de Administração
Arão Lucas Mendes Massingarela – Administrador Executivo
Rogério P. G. Simango – Administrador Executivo
Joana Luis Cônsul – Administradora Representante dos Trabalhadores
Soraya Assane Amade – Administradora Representante do MEF

MORADA FISCAL:
Rua Costa Serrão, nº 150, 1º Andar
Cidade da Beira

BANCOS:
Millennium Bim
Banco Comercial e de Investimentos
Banco ABC

1.1. Nota introdutória

A Empresa Moçambicana de Dragagens, abreviadamente designada por EMODRAGA E.P, é


uma empresa pública, dotada de personalidade jurídica e autonomia administrativa, financeira e
patrimonial, tutelada pelo Ministério dos Transportes e Comunicações, criada pelo Decreto n.º

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38/94, de 13 de Setembro e tem como principal objecto a conservação dos canais de acesso aos
portos nacionais bem como das bacias de manobra, ancoradouros e zonas de acostagem.

A actividade da empresa consiste na limpeza do fundo dos mares, rios e lagos com vista a torná-
los navegáveis com segurança. A Empresa, poderá também desenvolver outras actividades
conexas com o seu objecto social, nomeadamente, a extracção e repulsão de areias para diversos
fins, participação em obras hidráulicas marítimas, aluguer de equipamentos e outros afins.

Missão
A MISSÃO da EMODRAGA, E.P., é garantir o acesso seguro à navegação nos portos
Moçambicanos.

Visão
A VISÃO da EMODRAGA, E.P., é a prestação de serviços de Dragagem com qualidade,
valorizando sempre o Capital Humano.

Valores
 Dedicação ao trabalho;
 Respeito entre Colaboradores e ao Cliente.

A Empresa tem a sua sede na Rua Costa Serrão n.º 150, 1° Andar, na Cidade da Beira –
Província de Sofala e uma Representação na Av. Karl Marx n.º 153, 3° & 4° Andares na Cidade
de Maputo.

O capital social da empresa é de 2,448,692,595.77MT, integralmente realizados pelo Estado


Moçambicano.

As demonstrações financeiras anexas estão expressas em meticais e reportam-se ao exercício


findo em 31 de Dezembro de 2015 a 2017 e foram preparadas em conformidade com os
princípios fundamentais da continuidade das operações, substância sobre a forma, materialidade
e do custo histórico e baseado nas Normas Internacionais de Relato Financeiro (NIRF).

Àquelas cujas numerações se encontram ausentes deste anexo não são aplicáveis à Empresa, ou a
sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras anexas.

1.2. Sumário Executivo

Nos últimos três anos, a situação económica e financeira da EMODRAGA, E.P., tem sido
influenciada por diversos factores de conjuntura económica nacional e internacional,
caracterizada pela crise financeira internacional, o aumento dos preços dos combustíveis e dos
acessórios das Unidades Flutuantes, importados do Estrangeiro, das flutuações das taxas de

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câmbio do metical em relação `as principais moedas transacionadas, nomeadamente o Dólar
norte-americano e o Rand sul-africano.

O Exercício Económico de 2016, em particular, o desempenho produtivo, económico e


financeiro da empresa foi afectado pelo trágico acidente verificado na Draga Macúti, a 27 de
Junho, tendo causado uma paralisação total das operações no segundo semestre daquele ano.

Nos anos subsequentes, este acontecimento tem condicionado o desenvolvimento normal das
actividades operacionais, o que obrigou a cessação do Contrato de Prestação de Serviços de
Dragagem com o CFM no Porto da Beira, dando lugar `a Dragagem de Emergência, realizada
por uma Empresa Holandesa, denominada Van Oord, que iniciou as suas actividades no mês de
Outubro de 2017, cuja conclusão dos trabalhos está prevista para a terceira semana do mês de
Abril de 2018.

Cronograma dos principais eventos

i. 21 de Setembro de 2015 – Início de Dragagem no Porto de Pesca, tendo removido


31.400 m3, um cumprimento de 40% do Planificado;

ii. 23 de Outubro de 2015 – Início de Dragagem do Porto de Quelimane para um período


previsto de 6 (seis) meses; removidos 1.412.508 m3 dos 1.860.000 m3 planificados,
representando 76% do cumprimento.

iii. 27 de Junho de 2016 - Acidente da Draga Macúti do tipo Abalroamento, no Canal de


Acesso ao Porto da Beira, causado pelo MC CHIARA, da MSC.

iv. Maio de 2016 – Investimento na aquisição de uma Bomba Submersível para a Dragueta
Lúrio, para alavancar os trabalhos de dragagem dos cais e ancoradouros e Porto de
Pesca da Beira, no valor de 19.917.841,50 (dezanove milhões, novecentos e dezassete
mil, oitocentos e quarenta e um meticais e cinquenta centavos). Este equipamento foi
recebido, montado e testado em Junho de 2016, mas que ainda não se encontra
operacional por falta de um acessório que garante a sucção da bomba

v. Novembro de 2016 – Investimento na aquisição dos Motores para o Rebocador Chire no


valor de 23.914.800,00MT (vinte e três milhões, novecentos e catorze mil e oitocentos
meticais). A montagem bem como os testes foram realizados em Agosto de 2017.

vi. 17 de Fevereiro de 2017 – Partida da Draga Macúti com destino a Durban, Africa do Sul,
tendo atracado nos estaleiros da Construtora DORMAC a 23/02/2017, com vista a dar
lugar a sua total reabilitação.

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vii. 09 de Maio de 2017 - foi rubricado um Contrato com a “DORMAC a Division of Southey
(Holdins (Pty) Lta”, uma empresa Sul Africana, com domicilio em Durban, para a
Reparação da Draga Aruangwa, tendo partido do Porto da Beira, no dia 17/05/2017 e
atracada nos estaleiros da Construtora DORMAC em Durban a 22/05/2017.

viii. 09 de Maio de 2017 - Cessação de funções e Nomeação do novo Presidente do Conselho


de Administração;

ix. 11 de Agosto de 2017 – Tomada de Posse de Novos Administradores Executivos que


respondem pelos Pelouros da Manutenção e Produção;

x. Junho de 2017 – Disputa com a Seguradora no processo de Reconstrução da Draga


Macúti na matéria de reparação dos motores principais e da bomba de dragagem, cujos
custos estimam-se em cerca de $1.800.000 (um milhões e oitocentos mil dólares
americanos). Esta situação leva a protelar a data de conclusão das Obras de
Reconstrução, inicialmente, previstas para Setembro de 2017;

xi. 30 de Setembro de 2017 - Cessação do Contrato de Prestação de Serviços de Dragagem


com os Caminhos de Ferro de Moçambique para dar lugar à Dragagem de Emergência,
que iniciou em 01 de Novembro de 2017, por um período estimado de seis meses,
prevendo o seu término a 30 de Abril de 2018.

Não obstante os documentos do concurso para aquela Dragagem, preverem a


obrigatoriedade do uso das dragas da Empresa nacional EMODRAGA, esta, foi
praticamente posta de lado, no âmbito do Contrato celebrado entre os Caminhos de Ferro
de Moçambique e a Empresa holandesa Van Oord, tendo exigido da EMODRAGA um
esforço titânico para que pudesse participar naquele importante empreendimento, também
em condições contratuais extremamente difíceis. Assim, a EMODRAGA E.P., viu se na
contingência de participar como Subcontratada da Van Oord, cujos contratos do ponto de
vista Financeiro só garantem o pagamento parcial dos custos fixos e operacionais; sendo,
contudo, o maior ganho da EMODRAGA neste contrato a sua exposição ás novas
tecnologias de dragagem, aperfeiçoamento das melhores práticas operacionais, embarque
e capacitação de seus tripulantes nas dragas da Van Oord, incluindo a componente de
Higiene e Segurança que foram dos principais ganhos para a EMODRAGA na vigência
deste contrato.

xii. 11 de Novembro de 2017 – Regresso da Draga Aruangwa, após aproximadamente 6


(seis) meses de reparação. A demora na conclusão dos trabalhos e retorno tardio da
draga ao País, deveu-se fundamentalmente aos trabalhos extraordinários, devido ao
mau estado técnico em que se encontrava o casco e a bomba de dragagem. Como
consequência dos trabalhos adicionais na Docagem desta Unidade, os custos

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actualizados da sua reparação registaram um incremento de 260% comparativamente
aos custos inicialmente previstos;

xiii. Novembro de 2017 – É apresentado o Relatório de um Perito Independente dando o


ponto de situação dos danos causados nos motores principais e da bomba de dragagem,
convergindo a posição apresentada pela EMODRAGA, que os danos causados nos
motores principais e da bomba de dragagem, foram causados, unicamente pelo Sinistro,
indicando a má preservação dos motores apôs a reflutuação como uma das causas, e
não pela má utilização das máquinas, como defende o Perito do Segurador, que é ao
mesmo tempo Sócio dos Resseguradores.

xiv. 15 de Dezembro de 2017 – Início do Projecto de Dragagem de Emergência como


Subcontratada da Van-Oord;

xv. 30 de Dezembro de 2017 - Avaria do Turbo do Motor BB da Draga Aruangwa. Várias


tentativas de reparação redundaram em fracasso. A Draga permaneceu inoperacional
durante o período da emergência, até dia 19 de Março, data em que uma equipa Sul
Africana, veio reparar o Turbo com sucesso. Contudo, depois de montado o turbo e
durante a fase de experiência, um novo estrondo aconteceu nas máquinas, resultando
em danos totais desta turbina. A equipa da Turboformance tratou de substituir mais
uma vez este turbo, estando neste momento a aguardar pela experiência final depois
duma consulta técnica que está sendo feita junto `a reparadora da draga a Dormac e ao
fabricante da máquina Yanmar no Japão.

xvi. 31 de Abril de 2018 – Cessação de Contrato de Dragagem de Emergência como


Subcontratada da Van Oord;

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II. ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS

A capacidade técnica instalada, é constituída por:

 2 Dragas de sucção e arrasto auto transportadoras com a capacidade de porão de (2


x 1000m³/cada) e (1 x 2.500 m³);
 2 Draguetas do tipo escavadoras montadas sobre pontão;
 2 Batelões não propulsionados para o transporte de dragados com capacidade de
porão de 650m3/cada);
 1 Rebocador pequeno;
 1 Lancha hidrográfica e 1 de apoio geral.

A capacidade técnica disponível:

 2 Draga de sucção e arrasto auto transportadoras com a capacidade de porão de


1000m³;
 2 Draguetas do tipo escavadoras montadas sobre pontão;
 2 Batelões não propulsionados para o transporte de dragados com capacidade de
porão de 650m3/cada);
 2 rebocadores pequenos;
 1 Lancha hidrográfica e 1 de apoio geral.

Equipamento Inoperacional:

 1 Draga de sucção e arrasto auto transportadoras com a capacidade de porão de (1


x 1000m³/cada) e (1 x 2.500 m³);

 1 rebocador pequeno.

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2.1. Produção de serviços

Durante o período em análise, as actividades de dragagem concentraram no Porto da Beira e


Quelimane, onde foram destacadas as principais dragas Macúti, Alcântara Santos e Aruangwa,
com vista a manutenção das profundidades de construção dos canais de acesso daqueles Portos.

No período em referência, o Volume Total Planificado Acumulado totaliza 8.136.237 m3 de


Sedimentos a serem removidos nos Portos da Beira e Quelimane. Deste volume, foram
removidos 5.235.494 m3 de sedimentos, representando um cumprimento de 64,30%, dos quais,
4.859.292m3 no Porto da Beira (7.786.887 m3 do Plano) e 376.202m3 no Porto de Quelimane
(349.350m3 do Plano).

2015 2016 2017 ´Jan/2018 TOTAL


Porto Draga Plano Real Plano Real Plano Real Plano Real Plano Real
Macúti 1.600.000 1.767.170 1.600.000 769.028 1.600.000 0 0 0 4.800.000 2.536.198
Alcântara
600.000 424.179 700.000 268.263 500.000 857.779 286.887 273.181 2.086.887 1.823.402
Santos
Beira Aruangwa 300.000 161.378 150.000 59.585 400.000 195.379 0 0 850.000 416.342
Trem Naval 0 43.650 50.000 39.700 0 0 0 0 50.000 83.350
Subtotal 2.500.000 2.396.377 2.500.000 1.136.576 2.500.000 1.053.158 286.887 273.181 7.786.887 4.859.292
Maputo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Quelimane Aruangwa 100.000 100.270 249.350 275.932 0 0 0 0 349.350 376.202
Total 2.600.000 2.496.647 2.749.350 1.412.508 2.500.000 1.053.158 286.887 273.181 8.136.237 5.235.494
Cumprimento 96,0% 51,4% 42,1% 95,2% 64,3%
Crescimento -3% -43,4% -25,4%
Crescimento ano Base 2015 - -43,4% -57,82%

No último triénio, a empresa manteve uma tendência decrescente do volume de produção, com o
pico registado em 2017. Se considerarmos os níveis de produção de 2015, a produção de 2017,
caiu em 57,82% e uma tendência de 25,4% se considerar os níveis de produção do ano de 2016.

A tendência decrescente dos níveis de produção verificados nos últimos 2 anos explicam-se
particularmente pelo: (i) acidente verificado na Draga Macúti em 27 de Junho de 2016, com a
capacidade do porão de 2.500 m3, reduzindo a capacidade técnica produtiva da empresa em
aproximadamente 56%, se consideramos a capacidade óptima instalada de 4.500m3 (2 Dragas de
sucção e arrasto auto transportadoras com a capacidade de porão de 2 x 1000m³/cada e 1 x 2.500
m³), (ii) a prolongada docagem da draga Aruangwa; e (iii) término do contrato de dragagem com
o CFM, em finais de Setembro de 2017.

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III. VOLUME DE NEGÓCIO

EMODRAGA – EMPRESA MOÇAMBICANA DE DRAGAGENS, E.P.


INDICADORES DE DESEMPENHO
PARA O EXERCÍCIO ECONÓMICO DE 2015 - 2017

O volume de negócio registou uma tendência decrescente desde 2015, saindo de uma taxa de
28% em 2015 para -15% em 2017, contrariando a tendência crescente de 2014 que alcançou o
seu pico em 2015. Embora o volume de negócio tenha registado uma tendência negativa, em
2017, a empresa registou um resultado líquido positivo de 3.718.239,44 de MT. Similarmente ao
que se verificou com o volume de negócio, os custos de exploração também registaram uma
redução significativa, atingido o seu pico em 2017 com uma taxa de redução de 39%. Estes
resultados foram possíveis devido ao melhoramento da produção e produtividade, contenção das
despesas e uma gestão criteriosa de custos.
Crescimento do Volume de Negócio vs Gastos de Exploração
120%
100% 104%

80%
60%
40%
28%
20% 15% 13%
0% 19% 2%
-15%
-20% 2015 2016 2017
-40% -39%
-60% -58%
-80%

Volume de Negócio Gastos de Exploração Resultado de Exploração

Contribuíram para a formação de receitas:


1. Serviço de Dragagem de Manutenção e de Normalização facturado ao CFM e FND;
2. Serviços de Dragagem de Emergência, facturado a Van Oord;
3. Aluguer da Lancha Chiveve a Van Oord para a Sondagem Hidrográfica no Projecto de
Dragagem de Emergência;
4. Arrendamento de imoveis;
5. Alocação de pessoal para o Projecto de Repulsão de Areia à Van Oord.

A estrutura de Rendimentos e Ganhos da EMODRAGA, E.P., foi calculada com base na


facturação dos serviços de dragagem mediante certificação dos volumes efectivamente dragados
e confirmadas pelo CFM e distribuído da seguinte forma:
 58% do volume total de produção é coberto pelo FND - Fundo Nacional de Dragagens e;
 Os remanescentes (42%), é suportado pelo CFM – Caminhos de Ferro de Moçambique;

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 Cobertura dos custos de funcionamento durante a Dragagem de Emergência nos termos
acordados na Acta de Reunião de 28 de Junho de 2017, com início a partir de Outubro a
Dezembro de 2017;
 Certificados de dragagem e de sondagem hidrográfica da Van Oord.
Demonstração de Resultados dos últimos três anos

Rendimentos e Ganhos 2015 2016 2017 ´Jan 2018 Peso/2017 ∆%/2017


Prestação de serviços de Dragagens 383.788.984,54 288.469.932,63 133.130.937,54 24.626.480,55 33% -54%
Fundo Nacional de Dragagens - FND 69.376.219,08 102.120.496,33 172.191.195,23 0,00 42% 69%
Outros rendimentos e ganhos operacionais 9.517.091,84 55.809.553,44 12.453.872,81 6.403.137,39 3% -78%
Subsidio de Estado e Outras Entidades Públicas 0,00 0,00 0,00 0,00 0% -
Subsidio de Outras Entidades 6.292.757,88 32.468.827,49 91.016.188,13 1.750,58 22% -

Total 468.975.053,34 478.868.809,89 408.792.193,71 31.031.368,52 100% -15%


Gastos e Perdas 2015 2016 2017 ´Jan 2018 Peso/2017 ∆%/2017
Custos com o pessoal 105.837.734,64 111.442.805,40 113.473.753,08 10.060.367,69 28% 2%
Fornecimentos e serviços de terceiros 276.695.576,09 358.529.003,94 219.337.919,53 15.569.548,26 55% -39%
Depreciações 164.313.000,27 165.211.234,48 56.696.726,44 5.757.105,83 14% -66%
Provisões 10.500,00 14.850,88 0,00 0,00 0% 0%
Outros gastos e perdas operacionais 33.264.207,31 19.746.659,83 12.904.131,93 753.625,81 3% -35%
580.121.018,31 654.944.554,53 402.412.530,98 32.140.647,59 100% -39%
Resultados de Exploração -111.145.964,97 -176.075.744,64 6.379.662,73 -1.109.279,07 96,38%
Resultados Financeiros
Rendimentos e ganhos financeiros 60.877.469,36 111.770.282,40 14.435.593,07 4.883.752,73 -87%
Gastos e perdas financeiras 27.419.974,61 19.945.705,80 17.097.016,36 13.236.415,31 -14%

33.457.494,75 91.824.576,60 -2.661.423,29 -8.352.662,58 97,10%


Impostos
Imposto sobre o rendimento 237.071,70 0,00 0,00 0,00
Resultados do Período -77.925.541,92 -84.251.168,04 3.718.239,44 -9.461.941,65 95,59%

Para o mês de Janeiro de 2018, os resultados preliminares indicam para um desempenho de


exploração negativo de 9.461.941,65MT, embora neste mês, o desempenho económico, tenha
sido positivo em U$D 227.070,05, equivalente a 13.672.759,97 MT. Este facto resulta de um
contrato de Prestação de Serviço de Subempreitada com a Van Oord que presta serviço de
Dragagem de Emergência no Porto da Beira, cuja tarifa aplicada não cobre os custos da
Administração e dos equipamentos não envolvidos no serviço de dragagem, nomeadamente, o
Trem Naval, a Draga Macúti em reparação em Durban e a Draga Aruangwa, que apesar desta
última estar envolvida na Dragagem de Emergência, esteve praticamente inoperacional durante a
vigência do contrato devido a avaria nos Turbos dos dois motores principais.

Em termos produtivos, dos 208.333m3 planificados para este mês, foram removidos 273.181m3,
representando um cumprimento de 131%. A tendência crescente da produção manteve-se ao
longo dos últimos 12 meses, embora a empresa esteja a operar com apenas uma unidade
produtiva com a capacidade de porão de 1000m3.

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Avaliação da Participação na Dragagem de Emergência – Exclui custos Administrativos e
equipamentos não envolvidos na dragagem de emergência.

Valores em U$D Americanos


Rendimentos e Ganhos Outubro/17 Novembro/17 Dezembro/17 Janeiro/18 Total
Sondagens Hidrográficas 52.500,00 74.375,00 68.250,00 63.000,00 258.125,00
Serviços de Dragagem 0,00 0,00 435.582,02 409.077,75 844.659,77
Serviços de repulsão de areia 0,00 0,00 35.236,74 29.029,43 64.266,17
Arrendamento de Escritórios 3.917,38 5.500,00 5.500,00 5.500,00 20.417,38
Outros serviços prestados 922,91 2.357,14 12.622,15 2.599,05 18.501,25
Total de Rendimentos e Ganhos 57.340,29 82.232,14 557.190,91 509.206,23 1.205.969,57
Gastos e Perdas
Custos com o pessoal 4.248,96 4.612,95 70.320,08 64.619,20 143.801,18
Fornecimentos e serviços de 8.427,40
8.788,87 168.775,25 121.325,18 307.316,70
terceiros
Gasóleo 2.777,09 2.955,05 123.638,88 63.322,57 192.693,60
Lubrificantes 0,00 0,00 1.904,58 4.304,20 6.208,78
Manutenção e reparação 3.164,70 2.300,67 1.819,65 2.135,15 9.420,16
Seguro 1.266,48 1.266,48 33.906,18 33.906,18 70.345,32
Alimentação a bordo 1.219,13 2.266,67 7.505,96 17.657,08 28.648,84
Encargos Administrativos 1.574,34 120,14 77.241,91 22.980,37 101.916,76
Agua 22,46 0,00 182,94 3.425,26 3.630,66
Atracação da Lancha 955,91 0,00 296,64 0,00 1.252,55
Outros custos 595,97 120,14 76.762,32 19.555,11 97.033,55
Depreciações 27.766,08 27.766,08 74.854,03 73.211,43 203.597,62
Total de Gastos e Perdas 42.016,79 41.288,03 391.191,26 282.136,18 756.632,26

Margem Operacional 15.323,50 40.944,11 165.999,65 227.070,05 449.337,31

13
Evolução de Produção nos últimos 12 meses

300,000 140%
273,181
Unidade: m3 PLANO REAL CUMP. (%)
131% 120%
250,000 240,067
115%
208,333 208,333 208,333 208,333 208,333 208,333 208,333 208,333 208,333 208,333 208,333 208,337 208,337
100%
200,000
170,562
80%
82%
150,000

60%
109,789 106,910
100,000 66,084 51%
53% 66,826 78,535 77,491 72,912 40%
63,982
38% 37%
32% 31% 35% 32%
50,000
20%

0 0%
A Sant. & A Sant. & A Sant. & A Sant. & A Santos A Santos A Santos A Santos A Santos A Santos A Santos A Sant. & A Santos
Aruangwa Aruangwa Aruangwa Aruangwa Aruangwa
E10 E10 E6, E10 E6, E10 E6, E10 E10 E6 E10 E7 E14 E14, E9
JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO JANEIRO/18

Balanço dos últimos três anos

ANOS Δ%
ACTIVOS
2015 2016 2017 2017
ACTIVO NAO CORRENTE 1.592.732.299,12 1.445.640.452,85 1.575.974.779,80 9%
Activos tangíveis 1.586.895.834,66 1.445.564.402,85 1.574.295.794,44 9%
Activo tangíveis de investimentos 0,00 0,00 0,00 -
Goodwill 0,00 0,00 -
Activos intangíveis 76.050,00 76.050,00 351.000,00 362%
Activos biológicos 0,00 0,00 0,00 -
Investimentos em associados 0,00 0,00 0,00 -
Outros activos financeiros 0,00 0,00 1.327.985,36 -
Activos por impostos diferidos 5.760.414,46 0,00 0,00 -
Activos não correntes detidos para venda 0,00 0,00 0,00 -
ACTIVO CORRENTE 213.208.929,39 360.343.838,37 232.554.056,13 -35%
Inventários 515.164,85 3.097.674,09 26.989.686,46 771%
Activos biológicos 0,00 0,00 0,00 -
Clientes 76.937.841,36 57.825.587,07 63.314.403,62 9%
Outros activos financeiros 0,00 0,00 0,00 -
Outros activos correntes 43.092.428,61 171.838.853,80 55.968.863,63 -67%
Caixa e bancos 92.663.494,57 127.581.723,41 86.281.102,42 -32%
TOTAL DOS ACTIVOS 1.805.941.228,51 1.805.984.291,22 1.808.528.835,93 0,14%
CAPITAL PROPRIO E PASSIVOS
CAPITAL PROPRIO 1.769.825.911,59 1.672.032.287,10 1.669.339.075,23 -0,16%

14
Capital social 2.448.692.595,77 2.448.692.595,77 2.448.692.595,77 0%
Reservas 0,00 0,00 0,00 -
Resultados transitados -630.335.542,26 -721.803.540,63 -812.466.159,98 13%
Outras componentes do capital próprio 29.394.400,00 29.394.400,00 29.394.400,00 0%
Resultado liquido do período -77.925.541,92 -84.251.168,04 3.718.239,44 -104%
Interesses minoritários 0,00 0,00 0,00
TOTAL DO CAPITAL PROPRIO 1.769.825.911,59 1.672.032.287,10 1.669.339.075,23 -0,16%
PASSIVOS NAO CORRENTES 5.997.486,16 237.071,70 237.071,70 -
Provisões 0,00 0,00 0,00 -
Empréstimos obtidos 0,00 0,00 0,00 -
Outros passivos financeiros 0,00 0,00 0,00 -
Passivos por impostos diferidos 5.997.486,16 237.071,70 237.071,70 -
Outros passivos não correntes 0,00 0,00 0,00 -
PASSIVOS CORRENTES 30.117.830,76 133.714.932,40 138.952.689,00 4%
Provisões 1.166.911,23 1.181.762,11 1.171.262,11 -1%
Fornecedores 14.488.215,13 42.048.759,77 114.773.078,15 173%
Empréstimos obtidos 0,00 0,00 0,00 -
Outros passivos financeiros 0,00 0,00 0,00 -
Impostos a pagar 8.949.577,43 5.213.693,86 3.492.870,06 -33%
Outras contas a pagar 5.513.126,97 85.270.716,66 19.515.478,68 -77%
TOTAL DOS PASSIVOS 36.115.316,92 133.952.004,10 139.189.760,70 4%
TOTAL DO CAPITAL PROPRIO E DOS PASSIVOS 1.805.941.228,51 1.805.984.291,22 1.808.528.835,93 0%

Fluxo de Caixa dos últimos três anos

ANO Δ%
Fluxo de Caixa
2015 2016 2017 2017
Fluxos de caixa das actividades operacionais
Resultado liquido do período -77.925.541,91 -84.488.239,74 3.718.239,44
Ajustamentos ao resultado relativo a:
Amortizações 164.313.000,27 165.211.234,48 56.696.726,44
Imparidades 0,00 0,00
Impostos diferidos 237.071,70 237.071,70 0,00
Justo valor 0,00 0,00
Provisões 0,00
Ajustamentos -18.165.892,11 -13.542.456,45 -6.411.451,31
Juros similares (liquido) 0,00 0,00
Mais ou menos valia na venda de activos tangíveis e
9.612.311,44 3.022.179,37 729,25
intangíveis
Aumento/redução de activos biológicos 0,00 0,00
Aumento/redução de inventários 1.903.850,95 -2.582.509,24 -23.892.012,37
Aumento/redução de clientes e outras contas a receber 20.874.974,42 19.112.254,29 -6.816.801,91
Aumento/redução de outros activos correntes -28.126.725,16 -128.746.425,19 115.869.990,17
Aumento/redução de fornecedores 5.220.401,66 27.560.544,64 72.724.318,38
Aumento/redução de outros credores e outras contas a pagar 0,00 0,00

15
Aumento/redução de outros passivos correntes -20.605.356,59 76.036.557,00 -67.486.561,78
Caixa gerada pelas actividades operacionais (1) 57.338.094,67 61.820.210,86 144.403.176,31 57,19%
Fluxos de caixa das actividades de investimento
Pagamentos respeitantes a:
Aquisição de activos tangíveis e intangíveis -4.964.539,19 -26.901.982,04 -185.703.797,28
Aquisição de outros investimentos 0,00 0,00
Recebimentos respeitantes a: 0,00 0,00
Vendas de activos tangíveis e intangíveis
Vendas de outros investimentos 0,00 0,00
Subsídios ao investimento 0,00 0,00
Juros e rendimentos similares 0,00 0,00
Dividendos 0,00 0,00
Outros recebimentos 0,00 0,00
Caixa liquida usada nas actividades de investimento (2) -4.964.539,19 -26.901.982,04 -185.703.797,28 -85,51%
Fluxos de caixa das actividades de financiamento
Recebimentos respeitantes a:
Empréstimos e outros financiamentos obtidos 0,00 0,00
Realiz. de aumentos de capit. social e out. contrib. dos sócios 0,00 0,00
Cobertura de prejuízos pelos detentores de capital 0,00 0,00
Doações 0,00 0,00
Outras operações de financiamento 0,00 0,00
Pagamentos respeitantes a: 0,00
Reembolso de empréstimos e outros financiamentos obtidos 0,00 0,00
Juros e gastos similares 0,00 0,00
Dividendos 0,00 0,00
Reembolso de capital social e de outras contrib. dos sócios 0,00 0,00
Outras operações de financiamento 0,00 0,00
Caixa liquida usada nas actividades de financiamento (3) 0,00 0,00 0,00 -
Variação de caixa e equivalentes de caixa (1)+(2)+(3) 52.373.555,48 34.918.228,82 -41.300.620,97 -185%
Caixa e equivalentes de caixa no inicio do período 40.289.939,11 92.663.494,25 127.581.723,40
Caixa e equivalentes de caixa no fim do período 92.663.494,57 127.581.723,40 86.281.102,42 48%
IV. ANÁLISE DA SITUAÇÃO FINANCEIRA

EMODRAGA – EMPRESA MOÇAMBICANA DE DRAGAGENS, E.P.


INDICADORES DE DESEMPENHO
PARA O EXERCÍCIO ECONÓMICO DE 2015 - 2017

O impacto do acidente da Draga Macúti em Junho de 2016 e da paralisação prolongada da Draga


Aruangwa, reflecte-se na estrutura financeira da empresa, sobretudo, em virtude do
endividamento da empresa de curto prazo, relativos aos custos de reparação da Draga Aruangwa
e, a indefinição na conclusão dos trabalhos de reparação da Macúti, causada pela disputa
levantada pela Seguradora na matéria de cobertura dos custos de reparação dos motores da
Macúti com consequência no cumprimento dos prazos inicialmente previstos para a conclusão
das obras, tiveram impacto significativo na manutenção do contrato de prestação de serviço com
o CFM, culminando com a cessação do mesmo, reduzindo a capacidade do encaixe financeiro.

16
Passivo e Capitais Próprios
Regista-se uma tendência crescente do valor e peso dos capitais alheios de curto prazo,
essencialmente devido as dividas contraída junto do Estaleiro Naval Sul Africano, referente a
reparação da Draga Aruangwa, em 2017, ascendendo de 30.117.830,76MT em 2015, para
138.952.689,00MT em 2017. Em contrapartida, os capitais próprios registaram uma redução
(descapitalização) 6%, saindo dos actuais 1.769.825.911,59 MT em 2015 para 1.669.339.075,23
MT, como resultado do lucro tímido registado em 2017.

Capital próprio atribuível aos detentores do capital da casa mãe


NATUREZA DOS MOVIMENTOS Capital Outras Resultados Resultados Total Capital Próprio
social componentes transitados liq. do período
Saldo em 01 de Janeiro de 2015 2.448.692.595,77 29.394.400,00 -612.169.650,15 0,00 1.865.917.345,62
Transferências 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Ajustamentos 0,00 0,00 -18.165.892,11 -18.165.892,11

Resultado líquido do período -77.925.541,92 -77.925.541,92

Saldo em 31 Dezembro de 2015 2.448.692.595,77 29.394.400,00 -630.335.542,26 -77.925.541,92 1.769.825.911,59

Saldo em 01 de Janeiro de 2016 2.448.692.595,77 29.394.400,00 -708.261.084,18 0,00 1.769.825.911,59

Transferências 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Ajustamentos 0,00 0,00 -13.542.456,45 -13.542.456,45

Resultado líquido do período -84.251.168,04 -84.251.168,04

Saldo em 31 Dezembro de 2016 2.448.692.595,77 29.394.400,00 -721.803.540,63 -84.251.168,04 1.672.032.287,10

Saldo em 01 de Janeiro de 2017 2.448.692.595,77 29.394.400,00 -806.054.708,67 0,00 1.672.032.287,10


Transferências 0,00 0,00
Ajustamentos -6.411.451,31 -6.411.451,31

Resultado líquido do período 3.718.239,44 3.718.239,44

Saldo em 31 Dezembro de 2017 2.448.692.595,77 29.394.400,00 -812.466.159,98 3.718.239,44 1.669.339.075,23

Activo
Durante o período em analise, o activo total manteve-se praticamente estável, com tendência
crescente, sobretudo no exercício económico de 2017, como consequência do investimento
realizado na reparação da Draga Aruangwa avaliado em U$D 2.585.299,00 e do lucro liquido
registado neste exercício em de 3.718.239,44MT.

Autonomia Financeira
Fruto destes movimentos, os indicadores de autonomia financeira e solvabilidade apresentaram
reduções ligeiras. A Autonomia Financeira inverteu a tendência dos anos anteriores, diminuindo
ligeiramente para 92% face aos 93% verificados no final de 2016, sendo acompanhada pela
Solvabilidade (meios para fazer face aos compromissos a médio e longo prazo) que também
desceu, atingindo 11,99 em 2017 contra os 12,48 de 2016. Estes valores evidenciam a forte

17
influência da paralisação das operações na saúde financeira da empresa, invertendo a boa
tendência registada em anos anteriores. No entanto, os valores destes indicadores, apesar de
inferiores a 2016, não deixam de corresponder a uma satisfatória sustentabilidade financeira da
empresa no curto prazo, no entanto, medidas urgentes deverão ser tomadas tendentes a
operacionalidade dos equipamentos inoperacionais para garantir a continuidades das operações.

INDICADORES ECONÓMICO - FINANCEIROS Formulas 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Rentabilidade do Activo RL/AL -0,18 0,10 -0,01 -0,07 -0,04 -0,05 0,002
Rotação do Activo V/AT 45% 66% 17% 19% 26% 27% 18%
Rendibilidade dos Capitais Próprios (ROE) RL/C´P -0,19 0,10 -0,01 -0,07 -0,04 -0,05 0,002
Rotação dos Capitais Próprios VL/C´P 0,48 0,67 0,17 0,20 0,26 0,29 0,19
INDICADORES FINANCEIROS
Solvabilidade C´P/PT 20,26 50,73 290,76 37,31 49,00 12,48 11,99
Autonomia Financeira C´P/AT 95% 98% 100% 97% 98% 93% 92%
Endividamento Total (Dependência Financeira) PT/AL 5% 2% 0% 3% 2% 7% 8%
Endividamento de MLP DMLP/AL 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
INDICADORES DE LIQUIDEZ
Índice de Liquidez Geral AC/PC 2,32 18,64 28,19 3,42 7,08 2,69 1,67
Índice de Liquidez Reduzida (AC-Exist.)/PC 2,16 18,19 26,68 3,36 7,06 2,67 0,48

Face aos mesmos constrangimentos impostos pela paralisação das operações, o nível de
Endividamento também foi forçado a subir, atingindo agora 8%, contra os 7% do total do
Passivo mais Capitais Próprios de 2016

Os capitais próprios tiveram uma redução de 0,16% em 2017, com uma rentabilidade de 0,002.
A degradação deste indicador explica-se pelos sucessivos prejuízos acumulados registados ao
longo dos tempos, corroendo paulatinamente o capital social da empresa.

V. EVOLUÇÃO DAS PRINCIPAIS 5 ACTIVIDADES PARA 2018

EMODRAGA – EMPRESA MOÇAMBICANA DE DRAGAGENS, E.P.


INDICADORES DE DESEMPENHO
PARA O EXERCÍCIO ECONÓMICO DE 2015 - 2017

1. Encontra-se na fase final a Dragagem de Emergência no porto da Beira com a parceria


com a empresa holandesa Van Oord;

2. Prossegue a elaboração da proposta para Dragagem de Manutenção no porto da Beira


em parceria com a empresa chinesa CCCC DREDGING (GROUP) CO., LTD. AFRICA
DIVISION;

18
3. Em curso o monitoramento das profundidades no porto da Beira;

4. Os trabalhos de reparação da draga MACUTI estão paralisados aguardando a


disponibilização das componentes dos Motores Principais de Propulsão e da Bomba de
Dragagem, em virtude da disputa com a SEGURADORA sobre as causas dos danos.
Foram efectuadas inspecções e avaliações pelos Peritos independentes indicados pelas
partes interessadas, para se apurar as reais causas. Enquanto aguarda-se pelo desfecho
final, está em curso o processo de Financiamento via Banco para aquisição das referidas
peças;

5. Em curso a contratação de uma assessoria para a elaboração das carreiras profissionais


e posterior enquadramento do pessoal

VI. PROJECÇÕES FINANCEIRA 2019 - 2021

EMODRAGA – EMPRESA MOÇAMBICANA DE DRAGAGENS, E.P.


INDICADORES DE DESEMPENHO
PROJECÇÕES PARA O EXERCÍCIO ECONÓMICO DE 2019 - 2021

6.1. Planos de Produção


Plano de Produção 2019 – 2021 por (m3) 2019 2020 2021 TOTAL
Porto Dragas Plano Plano Plano Plano
Tong LI 1.440.804 809.196 0 2.250.000
Macúti 1.059.196 1.690.804 1.900.000 4.650.000
Beira Aruangwa 0 0 600.000 600.000
Trem Naval 0 0 0 0
Subtotal 2.500.000 2.500.000 2.500.000 7.500.000
Maputo Alcântara Santos 1.500.000 1.000.000 1.000.000 3.500.000
Quelimane Aruangwa 0 100.000 200.000 300.000
Total 4.000.000 3.600.000 3.700.000 11.300.000

6.2. Resultados de Exploração


Conta Descrição 2019 2020 2021
MZM U$$ MZM U$$ MZM U$$
7 CONTAS DE PROVEITOS E
1.398.962.926,67 23.316.048,78 1.266.108.026,67 21.101.800,44 1.199.385.926,67 19.989.765,44
GANHOS
72 Prestação de Serviços 914.540.060,00 15.242.334,33 781.685.160,00 13.028.086,00 714.963.060,00 11.916.051,00
75 Rendimentos suplementares 5.922.866,67 98.714,44 5.922.866,67 98.714,44 5.922.866,67 98.714,44
76 Taxas de Ajuda a Navegação 478.500.000,00 7.975.000,00 478.500.000,00 7.975.000,00 478.500.000,00 7.975.000,00
Rendimentos e ganhos
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
78 financeiros
6 CONTAS DE GASTOS &
1.284.745.316,34 21.412.421,94 1.186.782.043,97 19.779.700,73 1.192.100.718,30 19.868.345,30
PERDAS

19
62 Gastos com o Pessoal 149.056.402,50 2.484.273,38 165.616.670,30 2.760.277,84 171.449.258,19 2.857.487,64
621 Remunerações dos órgãos sociais 11.201.762,00 186.696,03 13.164.138,00 219.402,30 14.480.544,00 241.342,40
622 Remunerações dos trabalhadores 57.945.680,00 965.761,33 67.831.933,00 1.130.532,22 71.963.905,00 1.199.398,42
623 Encargos sobre remunerações 2.747.467,90 45.791,13 3.158.544,51 52.642,41 3.335.125,52 55.585,43
626 Indeminizações 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
627 Seguros de acidentes no trab. e
512.721,62 8.545,36 538.357,70 8.972,63 565.275,59 9.421,26
doenças profissionais
628 Gastos de acção social 1.097.763,52 18.296,06 1.134.651,69 18.910,86 1.173.384,28 19.556,40
6292 Subsídios 42.891.281,00 714.854,68 46.236.719,80 770.612,00 45.501.662,58 758.361,04
629 Outros gastos com pessoal 32.659.726,46 544.328,77 33.552.325,60 559.205,43 34.429.361,23 573.822,69
63 Fornecimentos e serviços de terceiros 887.061.336,21 14.784.355,60 783.451.261,46 13.057.521,02 786.385.103,66 13.106.418,39
631 Subcontrato 246.000.000,00 4.100.000,00 246.000.000,00 4.100.000,00 246.000.000,00 4.100.000,00
6321 Fornecimentos de terceiros 449.314.767,46 7.488.579,46 396.912.315,25 6.615.205,25 366.016.471,01 6.100.274,52
6322 Serviços de terceiros 142.998.671,61 2.383.311,19 91.996.138,12 1.533.268,97 125.127.396,04 2.085.456,60
6323 Serviços de terceiros 48.747.897,14 812.464,95 48.542.808,09 809.046,80 49.241.236,60 820.687,28
65 Amortizações de Equipamentos 166.754.721,48 2.779.245,36 166.754.721,48 2.779.245,36 166.754.721,48 2.779.245,36
68 Outros gastos e perdas
81.872.856,14 1.364.547,60 70.959.390,73 1.182.656,51 67.511.634,97 1.125.193,92
operacionais
682 Impostos e taxas 79.198.920,19 1.319.982,00 67.968.061,18 1.132.801,02 64.163.672,46 1.069.394,54
685 Desembaraço Aduaneiro 1.000.000,00 16.666,67 1.150.000,00 19.166,67 1.322.500,00 22.041,67
689 Outros gastos operacionais 1.673.935,96 27.898,93 1.841.329,55 30.688,83 2.025.462,51 33.757,71
69 Gastos e perdas financeiros 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO 114.217.610,33 1.903.626,84 79.325.982,69 1.322.099,71 7.285.208,37 121.420,14
Imposto sobre o Rendimento 36.549.635,30 609.160,59 25.384.314,46 423.071,91 2.331.266,68 38.854,44
RESULTADOS DE LÍQUIDO 77.667.975,02 1.294.466,25 53.941.668,23 899.027,80 4.953.941,69 82.565,69

VII. CONSIDERAÇÕES FINAIS

EMODRAGA – EMPRESA MOÇAMBICANA DE DRAGAGENS, E.P.


INDICADORES DE DESEMPENHO
PARA O EXERCÍCIO ECONÓMICO DE 2015 - 2017

 Disputa com a SEGURADORA. O diferendo deve-se as causas dos danos das


componentes dos Motores Principais e de Dragagem alegadas pela Seguradora;
 Trabalhos de reparação estão paralisados aguardando a disponibilização dos componentes
dos motores;
 Em curso o processo de Financiamento via Banco para aquisição das componentes dos
motores, enquanto se aguarda o desfecho da disputa.
 Na eventualidade da encomenda ser colocada ainda em Abril corrente, os trabalhos de
reabilitação da draga poderão ficar concluídos ate Setembro próximo.

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Visão Futura…
A. Em Relação a Dragagem de Manutenção Porto da Beira
i. Estabelecimento duma PPP para e garantir a manutenção contínua e acabar com a
dragagem de emergência no porto da Beira;
ii. Contrato de manutenção do canal do porto da Beira de longo termo, no mínimo 5
anos, com os Gestores do Porto ou CFM;
iii. Entrega absoluta do canal à EMODRAGA para manutenção;
iv. Formação de parcerias por objectivos;
v. Racionalização do Capital Humano da empresa e sua formação;
vi. Repulsão de areias;
vii. Dragagem de outros portos nacionais e internacionais;
viii. Sondagens regulares dos canais.

B. Em Relação ao Contrato
i. Gestão total do contrato de dragagem de manutenção;
ii. Contrato comercial com cláusulas de penalização em caso de incumprimento;
iii. Apresentação e feitura de sondagens regulares no porto da Beira;
iv. Utilização das dragas disponíveis para todos portos nacionais;
v. Libertar o CFM em operações de dragagem para que se dedique `a sua actividade
vocacional;
vi. Aliviar o CFM no pagamento da dragagem de emergência no porto da Beira.

Após várias negociações com diferentes parceiros internacionais, interessados a se juntarem `a


EMODRAGA, E.P, com vista a potenciar a empresa para a participação na dragagem de
manutenção que deverá iniciar a partir de Maio de 2018, bem como outros projectos nacionais e
internacionais, foi assinado na primeira semana de Abril do ano em curso, a carta de intenção
para a assinatura do memorandum de entendimento com a CRBC/CCCC, empresa Chinesa do
Sector de Construção e Dragagem. A equipa técnica da EMODRAGA, EP está presentemente a
avaliar os termos do MdE para posterior submissão ao MTC para aprovação.

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De V. Exias, cordialmente
O Presidente do Conselho de Administração.

________________________________________
(Dr. Domingos da Conceição Bié)

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