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Plano Anual de Negócios

2020
ESTRATÉGIA DE LONGO PRAZO

(2020 - 2024)

Dezembro de 2020
APRESENTAÇÃO

O presente documento é a consolidação e apresentação da Estratégia de Longo Prazo da Porto


do Recife S.A. para o período 2020/2024 e do Plano de Negócios para o Exercício 2020. O principal
objetivo deste documento é traçar diretrizes e conduzir o Porto do Recife para que este alcance
seus objetivos de curto, médio e longo prazo, com foco no monitoramento e gestão de
resultados, promover uma continuação de seu crescimento autossustentável, contribuindo
também com o crescimento e desenvolvimento econômico do Estado de Pernambuco,
consonante às exigências da Lei 13.303/2016.
Salienta-se que a previsão de cenários futuros é um processo desafiador e repleto de variáveis,
especialmente no setor portuário, tendo em vista aspectos externos que influenciam de forma
significativa no negócio.

Base legal: parágrafo 1º, I e II e parágrafo 2º do Art. 23, da Lei Federal nº 13.303/16.
Responsável: Em conformidade o parágrafo 1º do artigo 23 da Lei nº 13.303/16, a Diretoria
Executiva da Porto do Recife S.A. é responsável pela apresentação do plano de negócios para o
exercício anual seguinte e estratégia de longo prazo atualizada com análise de riscos e
oportunidades para, no mínimo, os próximos 5 (cinco) anos
Vigência: Estratégia de Longo Prazo para o período 2020/2024 e o Plano de Negócios para o
Exercício 2020.
Aprovação: O presente documento foi aprovado pelo Conselho de Administração na 145ª
Reunião Ordinária, realizada em 21/12/2020

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SUMÁRIO
1. Quem somos.............................................................................................................................4
1.1 Espaços Aquáticos (Área 31.213.723,49 m²)......................................................................6
1.2 Fortaleza do Buraco (Área 128.729,01 m²)........................................................................6
1.3 Cais Norte (Área: 479.478,65 m²)......................................................................................7
1.4 Retroárea 1 (Área: 5.240,11 m²)........................................................................................7
1.5 Retroárea 2 (Área: 1.253,45 m²)........................................................................................8
1.6 Cais Sul (Área 23.399,29 m²)..............................................................................................8
1.7 Armazém 18 (Área: 12.774,02 m²).....................................................................................9
1.8 Armazéns 16 E 17 (Área: 14.666,90 m²).............................................................................9
1.9 Armazém 15 (Área: 12.689,70 m²)...................................................................................10
1.10 Infraestruturas de Acesso..............................................................................................11
1.11 Bacia de Evolução..........................................................................................................14
1.12 Etapas do Acesso Aquaviário ao Porto Do Recife..........................................................15
1.13 Infraestruturas Portuárias..............................................................................................17
1.14 Berço de Atracação........................................................................................................17
1.15 Instalações Operacionais...............................................................................................19
1.16 Instalações de Armazenagem........................................................................................20
1.17 Tanque...........................................................................................................................21
1.18 Pátios.............................................................................................................................21
1.19 Silos................................................................................................................................22
1.20 O Terminal Marítimo de Passageiros (Caracterização da Planta)..................................22
1.21 Instalações de Suprimento............................................................................................26
1.21.1 Energia Elétrica...................................................................................................26
1.21.2 Abastecimento de Água......................................................................................28
1.21.3 Drenagem e Esgoto.............................................................................................28
1.21.4 Telecomunicações...............................................................................................29
1.22 Serviços de Praticagem..................................................................................................29
1.23 Serviços de Rebocagem.................................................................................................30
1.24 Serviços de Apoio à Embarcações..................................................................................31
1.25 Áreas Alfandegadas e Depósitos Aduaneiro Certificado................................................31
1.26 Partes Relacionadas / Stakkeholders.............................................................................32
2. Escopo de Atuação e Propósito...............................................................................................34
3. Análise do Ambiente...............................................................................................................35
3.1 Embarque e Desembarque de Passageiros (Últimos 10 Anos)......................................38
3.2 Expectativa para os próximos 5 anos.............................................................................39
3.3 Análise SWOT.................................................................................................................45
4. Objetivos de Crescimento e Metas Estratégicas.....................................................................47
5. Análise de Riscos e Impactos Visando Atingimento dos Objetivos.........................................48
6. Conclusão................................................................................................................................50

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1. QUEM SOMOS
O Porto do Recife atua na prestação de serviços para atendimento de navios de longo
curso e cabotagem para importação e exportação de cargas nacionais e estrangeiras. O Porto
também tem estrutura para receber navios de cruzeiro e possui um Terminal Marítimo de
Passageiros. Está dentro das atividades do Porto do Recife o fornecimento de águas tranquilas
para atracação, a disponibilização de berços e local para armazenagem (armazéns e pátios), além
da segurança necessária para a realização das operações portuárias.
Dentro do atual cenário econômico brasileiro, Pernambuco tornou-se um grande
propulsor do crescimento do País com uma das economias mais consistentes do Nordeste,
resultado de muitos investimentos feitos pelo Governo do Estado em infraestrutura e educação.
A localização é um grande diferencial do Porto do Recife. Por estar situado em um centro
urbano, dentro da cidade do Recife, capital de Pernambuco, possui acessos estratégicos aos
principais pontos da Região Metropolitana, com as menores distâncias aos principais centros de
distribuição de mercadorias que se destinam ao interior e ao litoral do Estado. Distante, apenas,
60 quilômetros de Goiana, distrito industrial que recebe investimentos da Fiat, Companhia
Brasileira de Vidros Planos (CBVP), Hemobrás e demais indústrias do polo farmacoquímico. O
Porto atende, praticamente, todo o Nordeste brasileiro, no alcance de um raio de mil
quilômetros, incluindo os estados da Paraíba, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Piauí, Ceará
e Bahia. Está dentro da rota de navegação do Mercosul e das principais rotas internacionais.
A entrada em operação comercial ocorreu em 12 de setembro de 1918. Pelos decretos nº
14.531 e nº 14.532, ambos de 10 de dezembro de 1920, ficou definida a transferência da
concessão do porto para o governo estadual, que deu prosseguimento às obras da sua
implantação, concluindo mais cinco armazéns, um galpão e começando o prolongamento do cais.
Essa concessão foi revista e aprovada pelo Decreto nº 1.995, de 1º de outubro de 1937, e
encampada, posteriormente, pelo Decreto nº 82.278, de 18 de setembro de 1978, pela Empresa
de Portos do Brasil S.A. (Portobrás), extinta em 1990, passando a administração do porto a ser
exercida pela Companhia Docas do Rio Grande do Norte, mediante o Convênio de
Descentralização de Serviços Portuários nº 004/90-SNT-DNTA, celebrado em 19/11/90, por força
do Decreto 99.475, de 24/08/90, aditado em 17/01/91.
Antigo Prédio da Administração do Porto do Recife

Fonte: http://www.portodorecife.pe.gov.br/historia.php
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Atualmente, por força do Convênio de Delegação nº 02/2001 entre a União e o Estado de
Pernambuco, publicado no Diário Oficial do Estado de Pernambuco em 31/12/99, por delegação
da União, o porto passou a ser administrado oficialmente, a partir de 1º de junho de 2001, pela
empresa estadual Porto do Recife S.A.
O Porto do Recife está situado na parte leste da Ilha do Recife, na cidade com mesmo
nome, capital do Estado de Pernambuco com as seguintes coordenadas geográficas: 08° 03’ 22”
S e 34° 51’ 57” O. Inserido entre as margens dos rios Capibaribe e Beberibe, que deságuam,
respectivamente, ao sul e ao norte, dos seus cais acostáveis, o Porto do Recife, como pode ser
visto na Figura a seguir, está localizado no centro-leste da cidade, próximo ao seu centro
comercial.
Vista aérea do Porto do Recife (Ilha do Recife e Istmo de Olinda)

Fonte: Acervo OGMO Recife

Decorrente de Convênio de Delegação nº 002/2001, celebrado entre a União e o Estado de


Pernambuco, foi criada a empresa Porto do Recife S.A., para ser a Autoridade Portuária do Porto
Organizado do Recife, que o administra desde 01 de junho de 2001, nos termos da Lei. 9.277/96,
regulamentada pelo decreto nº 2.184/97, com alterações constantes do Decreto nº2247/97,
observadas as disposições da Lei 8.630/93.
Esta empresa está vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de
Pernambuco – SDEC e atua segundo a legislação portuária com o modelo de gestão
administrativa conhecido como Landlord, que se caracteriza pela participação do setor público
como autoridade portuária, geralmente dona dos ativos e que arrenda os espaços portuários
existentes aos entes privados para desenvolvimento e operações do setor portuário.
A Porto do Recife S.A., é Sociedade de Economia Mista, de capital autorizado, por sua vez,
foi instituída pela Lei estadual nº11.735/99, vinculada ao Governo do Estado, regendo-se pela
legislação relativa às sociedades por ações, pela legislação portuária e por seu estatuto, para
administrar o Porto Organizado do Recife, em face da sobredita delegação posteriormente
levada a efeito pela União Federal ao Estado de Pernambuco.
Nesse caso, o setor público é responsável pelo desenvolvimento no longo prazo do
terreno e da infraestrutura básica. O setor privado é arrendatário e age ativamente como
ofertante dos serviços portuários a partir da implementação de superestruturas e da sua
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logística. Além disso, o setor privado é ainda responsável pelas operações, pela manutenção e
investimentos em equipamentos e pela contratação do trabalhador portuário.
A Portaria nº 498 de 05 de julho de 2019, que revoga a Portaria nº 1.030/1993, define a
área do Porto Organizado do Recife, no Estado de Pernambuco. Segundo seu enunciado, a área
do porto organizado compreende as instalações portuárias e as infraestruturas de proteção e de
acesso ao porto, bem público constituído e aparelhado para atender às necessidades de
navegação, movimentação de passageiros ou de movimentação e armazenagem de mercadorias,
e cujos tráfegos e operações portuárias estejam sob jurisdição da autoridade portuária.
De acordo com a portaria, as referidas instalações e infraestruturas foram agrupadas em
9 setores, conforme abaixa se observa, contendo informações referentes as operações realizadas
e seu respectivo público alvo:
De acordo com a portaria, as referidas instalações e infraestruturas foram agrupadas em
9 setores, vejamos:

1.1 ESPAÇOS AQUÁTICOS (ÁREA 31.213.723,49 M²)


Compreende área de fundeio, canais de acesso aos berços e bacia de evolução, conforme
Figura, a seguir:

Espaços Aquáticos

Fonte: Portaria Ministério da Infraestrutura nº 498/2019

1.2 FORTALEZA DO BURACO (ÁREA 128.729,01 M²)


Área atualmente destinada à Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental
(EVTEA).

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Fortaleza do Buraco

Fonte: Portaria Ministério da Infraestrutura nº 498/2019

1.3 CAIS NORTE (ÁREA: 479.478,65 M²)


Depois dos Espaços Aquáticos, constitui a maior área do Porto do Recife. Nela, localiza-se
a maior parte de todas as instalações portuárias, inclusive uma área de preservação cultural,
conhecida como Cruz do Patrão.
Cais Norte

Fonte: Portaria Ministério da Infraestrutura nº 498/2019

1.4 RETROÁREA 1 (ÁREA: 5.240,11 M²)


Trata-se de uma antiga área do Porto do Recife, atualmente sem uso definido e, por esta
razão, destinada a EVTEA.

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Retroárea 1

Fonte: Portaria Ministério da Infraestrutura nº 498/2019

1.5 RETROÁREA 2 (ÁREA: 1.253,45 M²)


Anteriormente utilizada como sede do 3º Distrito Naval da Marinha do Brasil, o prédio
abrigou por um tempo a Administração do Porto do Recife após a transferência do referido
comando para a cidade de Natal/RN. Atualmente a instalação é utilizada por órgãos da
administração pública estadual.
Retroárea 2

Fonte: Portaria Ministério da Infraestrutura nº 498/2019

1.6 CAIS SUL (ÁREA 23.399,29 M²)


Caracteriza-se pelo conjunto de todas as instalações que ficam ao sul da Praça do Marco
Zero. Atualmente abriga um polo gastronômico e de entretenimento, integrados ao Projeto
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Porto Novo, portanto, constituindo-se de instalações não afetas às operações portuárias.
Cais Sul

Fonte: Portaria Ministério da Infraestrutura nº 498/2019

1.7 ARMAZÉM 18 (ÁREA: 12.774,02 M²)


Localizado no bairro de Santo Antônio, trata-se de instalação de armazenagem
atualmente arrendada por operador portuário habilitado. Contudo, não possui interface às
operações portuárias.
Armazém 18

Fonte: Portaria Ministério da Infraestrutura nº 498/2019

1.8 ARMAZÉNS 16 E 17 (ÁREA: 14.666,90 M²)


Antigas instalações também localizadas no bairro de Santo Antônio. Todavia, ao contrário
do Armazém 18, encontram-se em estado de degradação e, por isso, não operacional. Devem ser

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demolidos e, em seu lugar, deve ser instalado um centro de convenções, conforme Projeto Porto
Novo.
Armazéns 16 e 17

Fonte: Portaria Ministério da Infraestrutura nº 498/2019

1.9 ARMAZÉM 15 (ÁREA: 12.689,70 M²)


Além da área do antigo Armazém 15, atualmente demolido, o espaço detém áreas
adjacentes que serviam de apoio às embarcações de rebocagem. Assim como ocorrerá com os
Armazéns 16 e 17, esse deve ser integrado ao Projeto Porto Novo, sendo a área aproveitada na
construção de um empreendimento de hotel e marina.
Armazém 15

Fonte: Portaria Ministério da Infraestrutura nº 498/2019

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1.10 INFRAESTRUTURAS DE ACESSO
A Porto do Recife S.A. possui diversas linhas de acesso, onde se destacam importantes
vias rodoviárias, como por exemplo as BR’s 101 e 232, além das rodovias PE – 60 e PE 42.
Mapas das Principais Rodovias de Origem e Destino ao Porto do Recife

Fonte: Plano Mestre do Complexo Portuário de Recife e Suape

Além disso, o Porto do Recife possui linhas de acesso locais, internas e aquaviárias.
Fluxo de Veículos nas Vias Internas do Porto do Recife

Fonte: Plano Mestre do Complexo Portuário de Recife e Suape


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Vias de Acesso às Principais Instalações

Fonte: Plano Mestre do Complexo Portuário de Recife e Suape


Infraestrutura das Vias Internas

Fonte: Plano Mestre do Complexo Portuário de Recife e Suape

As instalações de acesso aquaviário do Porto do Recife compreendem dois canais de


acesso, a entrada da boca da barra, a bacia de evolução e os berços de atracação, sendo estes
também infraestruturas de acostagem.
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Vista Aérea da Infraestrutura Aquaviária do Porto do Recife (dados de Projeto)

Fonte: Acervo do Porto do Recife

Canal Sul

Fonte: Plano Mestre do Complexo Portuário de Recife e Suape

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Canal Norte

Fonte: Plano Mestre do Complexo Portuário de Recife e Suape

De acordo com a Capitania dos Portos, pelo canal norte somente pode trafegar
embarcações de pequeno porte, como as de apoio em direção à ilha de Fernando de Noronha,
sendo o canal sul utilizado pelos navios de carga e de passageiros, desde que respeitem as
dimensões do navio de projeto.

1.11 BACIA DE EVOLUÇÃO


Em informações contidas no Plano Mestre, a área destinada à manobra de atracação e
desatracação fica entre o cais do Porto e os recifes fronteiros ao cais, com aproximadamente 3
km de comprimento, apresenta uma largura mínima de 200 m, e largura máxima de 400 m.

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Bacia de Evolução do Porto do Recife

Fonte: Plano Mestre do Complexo Portuário de Recife e Suape

De acordo com a Capitania dos Portos do estado de Pernambuco, as embarcações


deverão navegar no canal interno do Porto com velocidade não superior a 5 nós, de modo a não
afetar a amarração das embarcações atracadas. As embarcações que saem têm preferência sobre
as que entram. Todavia, as de maior calado, que dependam da preamar para manobrar, têm
preferência sobre as de menor calado. Além disso, entre o pôr e o nascer do sol, fica proibida,
em face de as manobras noturnas serem perigosas, a entrada de embarcações com mais de 189
m de comprimento ou calado superior a 9,3 m, com exceção das embarcações dotadas de Bow
Thrusters ou Stern Thrusters.

1.12 ETAPAS DO ACESSO AQUAVIÁRIO AO PORTO DO RECIFE


Segundo a Portaria DIRPRE nº 146/2018 (Plano Mestre – 2019. Ministério da
Infraestrutura), as manobras de entrada e saída do Porto podem ocorrer em qualquer horário,
desde que respeitem o CMR e as condições do fluxo da maré. Apesar de condições favoráveis
para manobras, os navios com calado igual ou superior a 9,5 m só poderão manobrar em horário
de preamar.

Entretanto o CMR estará limitado ao calado máximo de atracação, de acordo com o berço
utilizado. No caso do Terminal Açucareiro do Recife, que utiliza o embarque através do berço de
atracação nº 00 do Porto do Recife, o calado de projeto permitido hoje é de até 9,70m. Mas
devido o assoreamento do porto e a falta de dragagem regular a cada dois anos, este calado está
limitado a 8,80m + a menor maré do período de atracação e operação, até a sua desatracação.
Estes valores serão utilizados até que uma nova dragagem seja realizada e/ou um levantamento
hidrográfico realizado de forma a alterar estes parâmetros obtidos através de LH multifeixe, no
final do ano de 2018.

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Fluxograma de etapas de entrada e saída Acesso Aquaviário do porto do Recife

Fonte: Plano Mestre do Complexo Portuário de Recife e Suape

Em operações diurnas de entrada no Porto, o comprimento dos navios sem bow/Stern


thruster não poderá exceder 235 m. Navios com comprimento acima de 200 m deverão ser
assistidos, no mínimo, por dois rebocadores, sendo ao menos um azimutal.
Já para manobras noturnas de entrada no Porto, não poderão ser excedidos o
comprimento de 190 m ou o calado de 9,30 m, independentemente de terem ou não bow/stern
thruster. Quanto ao porte das embarcações, fica limitado a 32,5 m de boca para navios
mercantes e 42 m para navios de passageiros (Plano Mestre – 2019. Ministério da Infraestrutura).
Segundo descrito no Plano Mestre 2019 (Ministério da Infraestrutura), o RCL (BRASIL,
2017d) e a Carta Náutica nº 902 (BRASIL, 2018a), os navios com calado de até 9,75 m, devem

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fundear na área conhecida como fundeadouro do Lameirão, entre o Farolete Sul do Quebra-Mar
do Banco Inglês e a boia luminosa do Banco Ituba, com profundidades acima de 10 m. Este
fundeadouro possui fundo de areia, cascalho e lama dura. Para os navios com calado superior a
9,75 m, devem fundear a leste do fundeadouro do Lameirão, em profundidades maiores, de
acordo com o calado, porém, sem entrar na área de cabos submarinos. É proibido o fundeio nos
canais de acesso e nas áreas de cabos submarinos.
Fundeadouros

Fonte: Plano Mestre do Complexo Portuário de Recife e Suape

1.13 INFRAESTRUTURAS PORTUÁRIAS


Em relação as infraestruturas comprometidas com as operações portuárias, ressalta-se:

1.14 BERÇOS DE ATRACAÇÃO


O Porto do Recife possui 1.835 metros de cais disponível para operação, onde estão
divididos em 10 berços (00 ao 09):

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Berços de Atracação

Fonte: Plano Mestre do Complexo Portuário de Recife e Suape

De acordo com suas características físicas, que incluem infraestruturas e superestruturas,


operam, preferencialmente as seguintes cargas:
Movimentações por Berços

Fonte: Plano Mestre do Complexo Portuário de Recife e Suape

Convém advertir que recentes levantamentos batimétricos apontam para assoreamento


do canal de acesso externo e interno, bem como da bacia de evolução e berços de atracações.
Recentemente a autoridade marítima reduziu os calados máximos permitidos em todos os berços
uniformemente em 1 metro . Esta ação colocou o porto em cheque quanto à sustentabilidade
operacional, pois diversos berços de atracações têm calado máximo permitido abaixo de 10
metros, quando o seu potencial de projeto chega a 11,70m.
Também salientamos que, ainda no mês de dezembro de 2019 foi assinado termo de
compromisso entre a União e o Governo do Estado de Pernambuco para transferência de
recursos direcionados à dragagem da infraestrutura aquaviária interna do Porto do Recife,
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dotando o canal interno e os berços de profundidade de 11 metros, saltando o seu calado
operacional para 10,70m nos berços de atracações nº 02, 03, 04, 05 e 06, locais em que poderão
ser realizadas as operações de descarga de granéis sólidos, em especial, prioritariamente, os
berços 02, 03 e 04, e adicionalmente, os berços de atracações 05 e 06.
Essas ações corrigirão as demandas imediatas por melhores condições de navegabilidade
e operacionalidade, com segurança e agilidade.

1.15 INSTALAÇÕES OPERACIONAIS


As figuras a seguir resumem o conjunto de instalações portuárias afetas às
movimentações de cargas e passageiros.
Instalações Operacionais com Ênfase no Armazém 18

Fonte: Plano Mestre do Complexo Portuário de Recife e Suape

Ressalta-se o fato do Armazém 18 estar localizado fora do perímetro portuário, mais


precisamente no Bairro de Santo Antônio, operando atualmente carga geral.
Instalações Operacionais

Fonte: Plano Mestre do Complexo Portuário de Recife e Suape


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Vale ressaltar que a planta destinada ao Terminal Açucareiro do Porto do Recife
(exportação de açúcar VHP) encontra-se na extremidade norte da ilha portuária, codificada em
verde e pelo número 1. Esta instalação, por se tratar de terminal portuário, possui normativas
próprias discriminada em seus respectivos EAR e PSPP.

1.16 INSTALAÇÕES DE ARMAZENAGEM


A tabela abaixo discrimina todas as instalações operacionais portuárias quanto a suas
respectivas áreas, destinações e capacidades:
Instalações Operacionais

Fonte: Plano Mestre do Complexo Portuário de Recife e Suape

O Armazém 01, apesar de operar eventualmente fertilizantes, esta carga é


preferencialmente movimentada nos Armazéns 05 e 06 devido à proximidade da operação de
desembarque, o que facilita a logística rodoviária. A Figura a seguir, faz uma breve ilustração de
algumas das instalações de armazenagem supracitadas:
Armazéns do Porto do Recife

Fonte: Porto do Recife/Google Earth

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1.17 TANQUES
Segundo a Autoridade Portuária, os tanques do Porto do Recife estão localizados
próximos ao Armazém 03B (identificados na Figura), cuja capacidade total é de 17.787 m³.
Atualmente estas instalações estão em processo de arrendamento, com EVTEA já realizado e
encaminhado para avaliação da ANTAQ.

1.18 PÁTIOS
Compostos de pavimentação rígida, basicamente concreto protendido, os pátios do Porto
do Recife são comumente utilizados para o armazenamento de coque, cargas gerais ou
containers, inclusive refrigerados, embora esta última carga não opere atualmente no Porto do
Recife. Os referidos pátios estão discriminados na Tabela a seguir:

Instalações Operacionais

Fonte: Plano Mestre do Complexo Por tuário de Recife e Suape

Além das cargas discriminadas, os referidos pátios estão ainda habilitados a operarem
veículos automotivos. A Figura abaixo faz uma breve ilustração dos pátios supracitados:
Pátios do Porto do Recife

Fonte: Porto do Recife ( http://www.portodorecife.pe.gov.br/cais_patios_armazens_silos.php


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1.19 SILOS
No Porto do Recife encontram-se dois tipos de silos, classificados em horizontais e os
verticais. Entre os verticais, há o Silo Portuário, atualmente operado pela CEASA 1 e o Silo da
Rhodes. Enquanto que o primeiro se constitui de estrutura em concreto armado (Berço 01),
destinado basicamente ao armazenamento de milho, o segundo compõe-se de estrutura
metálica e destina-se ao armazenamento de malte de cevada (Berço 04). Já as duas unidades de
silos horizontais estão presentes na retroárea do Berço 00, operando exclusivamente açúcar a
granel (VHP2) pelo SINDAÇÚCAR3.

Instalações Operacionais

Fonte: Plano Mestre do Complexo Portuário de Recife e Suape

Atualmente, tanto o Silo Portuário quanto os horizontais, estão em fase de verificação de


EVTEA pela ANTAQ.

Silos do Porto do Recife

Fonte: Porto do Recife

1.20 O TERMINAL MARÍTIMO DE PASSAGEIROS (CARACTERIZAÇÃO DA


PLANTA)
O Terminal de Passageiros de Pernambuco (TMP), orçado em R$ 28 milhões com recursos

1 Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco.


2 Very High Polarization.
3 Sindicato do Açúcar e do Álcool do Estado de Pernambuco.

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do Governo de Pernambuco e do PAC4 da Copa, ocupa uma área total de 23,4 mil m² e conta com
instalações exclusivas de embarque e desembarque. Além disso, contempla ainda espaços
operacionais subjacentes destinados a órgãos reguladores e de fiscalização, balcões de check-in
operados pelas agências de viagens, café, lojas e casa de câmbio, distribuídos em seus 7,9 mil m²
de área construída5, todos funcionando em regime de sazonalidade, durante a temporada dos
navios de passageiros.

O espaço dispõe de estacionamento para 188 vagas, sendo 144 para automóveis, 12 para
ônibus de turismo, 07 vagas para portadores de necessidades especiais e 25 vagas para as
instituições intervenientes do porto, conforme a figura a seguir:

Terminal Marítimo (acessos, estacionamento e Sala Pernambuco)

Fonte: Porto do Recife

O projeto propôs uma nova construção, denominada Sala Pernambuco, voltada para a
cidade, com uma fachada em estrutura de alumínio expandido fixada sobre suporte metálico
com tratamento especial para resistir às intempéries. Suas formas se assemelham a de um barco
de papel, implantado em um desnível de terreno criando visadas inéditas do antigo bairro do
Recife. Esta construção constitui-se por acesso principal Terminal Marítimo, onde estão
localizados os balcões de check-in, salas da Polícia Federal, UVAGRO, ANVISA e Unidade Integrada
da SDS (policias Militar, Civil e Corpo de Bombeiros), além de uma passarela liga a Sala
Pernambuco ao Armazém 7.

Acesso principal ao Terminal de Passageiros (Sala Pernambuco)

Fonte: Acervo Porto do Recife

4 Uma versão especial para o Plano de Aceleração do Crescimento.


5 As obras tiveram início em novembro de 2011 e foram concluídas em agosto de 2013.
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Interior da Sala Pernambuco

Fonte: Acervo Porto do Recife

O antigo Armazém 7, apesar de manter suas linhas arquitetônicas externas na sua


reforma, foi objeto de grandes intervenções internas. Voltado para o cais, o armazém possui, no
térreo, salas de embarque e desembarque, salas dos órgãos de controle, como a alfândega da
Receita Federal e a imigração e segurança da Polícia Federal; um mezanino que será utilizado
como sala vip e um primeiro pavimento, com previsão de ser ocupado por café, ponto de
informações turísticas e lojas. Os acessos se dão por uma escada convencional e outra rolante,
uma rampa e dois elevadores que interligam os três pisos.

Armazém 07 (lado mar)

Fonte: Acervo Porto do Recife

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Armazém 07 (área de embarque)

Fonte: Acervo Porto do Recife

Ao longo dos dois mil metros de cais acostável do Porto do Recife, o Terminal de
Passageiro situa-se no limite entre a área operacional e a não operacional. Além do Centro de
Artesanatos de Pernambuco, antigo Armazém 11, inaugurado em setembro de 2013, o Terminal
Marítimo de Passageiros está inserido no Masterplan de requalificação da área portuária
limítrofe com a zona primária da Porto do Recife, em fase de implantação pelos setores público
e privado (arrendamento dos armazéns 09, 12, 13, 14, 15, 16, 17 e terreno do antigo prédio da
CONAB).

Tendo em vista um aumento do número de embarques e desembarques, e


consequentemente a necessidade de um significativo ganho em escala, o Armazém 08, adjacente
ao referido terminal, encontra-se reservado para futuras expansões do complexo turístico.

Armazém 08

Fonte: Acervo Porto do Recife


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Atualmente o Armazém 08 encontra-se exclusivamente em área primária do Porto do
Recife, não havendo qualquer interface (entrada ou saída) em relação ao perímetro externo ao
porto.

1.21 INSTALAÇÕES DE SUPRIMENTO


1.21.1 ENERGIA ELÉTRICA

A alimentação das subestações se dá em 13,8 kV através de rede de distribuição da


concessionária local, a CELPE – Grupo Neoenergia, tendo como ponto de Entrada de Energia
(PDE) localizado na SE-2 (SE principal). Atualmente apenas as subestações SE-1A e SE-2A, estão
sendo alimentadas pela SE-2 (a partir de cabos subterrâneos também de 13,8 kV). A SE-3A, apesar
de também fazer parte da configuração da SE-2, está momentaneamente sendo alimentada pela
SE-4A do Terminal Marítimo de Passageiros. A SE-2, alimenta ainda:

• Prédio da administração portuária;


• Guarda Portuária;
• Guarita do portão de pedestres;
• Polícia Federal;
• Gerência de compras;
• Alojamento da empresa terceirizada de serviços gerais;
• Oficinas;
• Escritório da VIGIAGRO – Ministério da Agricultura;
• Escritório do Pátio de Container;
• Parte da Avenida Portuária (do norte do Armazém 3B até a Polícia Federal);
• Postes de iluminação do Pátio 02 lado terra;
• Reservatório 02;
• Escritório e alojamento da ENGEMAN;
• Estacionamento e guarita do prédio da administração do porto;
• Estação de Transbordo;
• Escritório da Rodrimar.

Depois de ser alimentada pela SE-2 (SE-Principal) a Subestação SE-1A alimenta as


seguintes instalações:

• Pátio 05;
• Reservatório 01;
• Cais 02;
• Parte da Avenida Portuária (do norte do Pátio 05 até o norte do Armazém 3B);
• Sanitários do Cais 01;

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Já a Subestação SE-2A, também alimentada pela SE-2, distribui para:

• Pátio 03/04;
• Cais 03/04;
• Sanitário do Cais 02;
• Tomadas frigoríficas.

Por último, a SE-3A, alimenta:

• Cais 05;
• Armazém 05;
• Pátio 02;
• Cais 06;
• Armazém 06;
• Pátio 01;
• Receita Federal;
• Barcos de Fernando de Noronha;
• Sanitários do Cais 03 e 04;
• Parte da Avenida Portuária (do norte da Polícia Federal até o sul do Pátio 01).

Em relação às ligações diretas da concessionária de energia CELPE, tem-se:

• Armazém 01 e Cais 01;


• Pré-gate;
• Iluminação da Rua Dr. Ascânio Peixoto que conduz ao Portão Principal do Porto do Recife;
• Portão Principal, Pátio Público do Coque, Balança e iluminação das vias no entorno das
instalações da Êxito Importadora.

Em virtude da rede de cabeamento do Porto do Recife se encontrar altamente


deteriorada, foi celebrado o Contrato nº 2013/024/00, para a reforma e readequação do sistema
elétrico e da rede de iluminação externa com recuperação estrutural dos prédios das
subestações, trechos das fachadas dos Armazéns do Cais 00, 01, 07, 08 e parte do 09, com a
Construtora SBM LTDA, com ordem de serviço em 03/12/2013.

Segue planta atualizada do Porto do Recife com a localização das respectivas subestações.

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Planta do Porto do Recife com a localização das subestações

Fonte: GEMA/Porto do Recife

1.21.2 ABASTECIMENTO DE ÁGUA

O abastecimento de água potável para o Porto do Recife é realizado pela Companhia


Pernambucana de Água e Esgoto – COMPESA. Além do fornecimento de água tratada, a
COMPESA instalou 02 dosadores de cloro na saída dos reservatórios principais de abastecimentos
para correção, caso necessário, dos índices de cloro na água ofertada.

Em relação ao abastecimento das embarcações e da rede de combate a incêndios, tem-


se 12 hidrantes com diâmetro de 2,5 polegadas e descarga de 10 m³/h, cuja manutenção é
periodicamente realizada pela Gerência de Engenharia e Manutenção - GEMA.

1.21.3 DRENAGEM E ESGOTO

As únicas edificações atendidas pela rede de esgotamento sanitário da COMPESA são:

• Prédio da Guarda Portuária e Polícia Federal;


• Instalações da ANVISA, Ministério do Trabalho, Portus e Gerência de Materiais.

Todas as demais instalações são atendidas por fossas sépticas.

Existe ainda um projeto da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ/COPPE,


solicitado pela SEP/PR, com o propósito de dotar o Porto do Recife de instalações de
esgotamento sanitário em todas as suas dependências. Este projeto, ainda no papel, deverá fazer
parte de uma Parceria Público Privada entre a COMPESA e uma entidade privada.

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1.21.4 TELECOMUNICAÇÕES

A Porto do Recife S.A. fez adesão ao Contrato Mater Nº 002/SAD/SEADM/2012, da


Secretaria de Administração do Estado – SAD, para prestação de serviços técnicos especializados
de implantação, operacionalização, treinamento e manutenção de uma solução integrada de
telemática para prestação de serviços de telefonia fixa e móvel, acesso à internet, serviços de
videomonitoramento e de videoconferência, com operação técnica integrada formando a rede
PE Conectado.

Os serviços contratados são os seguintes:

• Acesso Dedicado Convergente: Refere-se ao circuito de comunicação de dados


determinísticos com banda simétrica estabelecida entre as instalações da empresa e o
ponto de roteamento de tráfego multidigital associado. Por este link passa os tráfegos de
dados, voz e imagem.

• Estão instalados: 1 (um) link com velocidade de 256Kbps para atender ao Terminal
Marítimo de Passageiros – TMP e 1 (um) link com velocidade de 10Mbps para atender as
áreas administrativas e operacionais.

• Pontos de Voz Fixo: Estão instalados 79 (setenta e nove) pontos de voz fixo, utilizando
aparelho de voz analógico, e 5 (cinco) pontos de voz fixo, utilizando aparelho de voz digital
básico. Incluindo o serviço de tráfego.

• Ponto de Voz Móvel: Contratados 38 (trinta e oito) pontos de voz móvel, incluindo o
serviço de tráfego.
• Tráfego de Dados PVM: Contratado 1 (um) serviço de transmissão de dados via PVM.

1.22 SERVIÇOS DE PRATICAGEM


Segundo a Pernambuco Pilots, empresa que desempenha a função de praticagem no
Porto do Recife, o serviço é composto de atividades profissionais de assessoria ao comandante
da embarcação requerido por força de peculiaridades locais que dificultem a livre e segura
movimentação da embarcação, constituído de:

• Atalaia: estrutura operacional e administrativa organizada de forma a prover, coordenar,


controlar e apoiar o atendimento do Prático à embarcação em uma Zona de Praticagem
(ZP);
• Lancha de Prático: embarcação homologada pela Capitania dos Portos com jurisdição
sobre a ZP, para ser empregada no deslocamento e no transbordo do Prático para o
embarque/desembarque na embarcação; e
• Prático: profissional aquaviário, não tripulante, devidamente habilitado pela Autoridade
Marítima Brasileira e cujo efetivo na ZP 09 ultrapassa as necessidades ditadas pelo volume
do tráfego de embarcações, pelo tempo despendido e pelo grau de dificuldade para a

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realização das fainas de praticagem, bem como pela carga máxima de trabalho
estabelecida pela legislação vigente6.

Compete à Diretoria de Portos e Costas (DPC), como Representante da Autoridade


Marítima para a Segurança do Tráfego Aquaviário, regulamentar o Serviço de Praticagem,
estabelecer as ZP, em que a utilização do Serviço é obrigatória ou facultativa, e especificar as
embarcações dispensadas de utilizá-lo. A ZP em que o Porto de Recife está inserido é a ZP Recife
e Suape (ZP 09). Foi estabelecida pela DPC e definida como obrigatória, conforme Normas da
Autoridade Marítima (NORMAM), sendo, em Recife, limitada por uma circunferência de uma
milha de raio, com centro no Farolete Sul do quebra-mar sobre o banco do Inglês a qualquer
ponto do interior do porto. Os locais para embarque e desembarque de práticos, nesta
localidade, estão assinalados na Carta Náutica DHN nº 902 nas coordenadas 08º 02’ 17” S e 034º
50’ 32” W; e 08º 04’ 09” S e 034º 50’ 56” W.

1.23 SERVIÇOS DE REBOCAGEM


No Porto do Recife, os serviços de rebocagem portuária são realizados pela
empresa Wilson Sons Rebocadores, líder no segmento de apoio portuário. Além dos serviços
tradicionais, a empresa oferece serviços especiais como suporte a operações de salvatagem, que
envolvem, por exemplo, combate a incêndio e desencalhe de embarcações.

Atualmente, a Wilson Sons opera no Porto do Recife com os rebocadores da Classe


Omega e Lacerta, cujas características técnicas estão descriminadas na tabela a seguir:

Características Técnicas do Rebocador Classe Ômega

Fonte: https://www.wilsonsons.com.br/pt/rebocadores/content/frotas

6A Pernambuco Pilots não informou o número de práticos que atuam no Porto do Recife nem as
embarcações utilizadas para o serviço de praticagem.
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Características Técnicas do Rebocador Classe Lacerta

Fonte: https://www.wilsonsons.com.br/pt/rebocadores/content/frotas

Vale ressaltar que os referidos dados constam na Certidão de Provisão de Registro de


Propriedade Marítima do Tribunal Marítimo.

1.24 SERVIÇOS DE APOIO À EMBARCAÇÕES


Basicamente a Porto do Recife S.A. realiza dois tipos de apoios às embarcações, são eles:

• O fornecimento de água potável, a partir de caminhões pipas, que se dá a partir das


empresas Água Especial7 e Água Express8, ambas devidamente cadastradas de acordo
com a regulamentação vigente.

• A retiradas de resíduos sólidos e oleosos, que se dá a partir das empresas Karavelas


Comércio e Manutenção de Tanques e Caldeiras Ltda9, Elus Engenharia, Limpeza Urbana
e Sinalização Ltda10 e Via Limpa Coleta e Destinação de Resíduos. O cadastramento das
referidas empresas obedece ao Capítulo III da Resolução ANTAQ nº 2190, de 28 de julho
de 2011.

1.25 ÁREAS ALFANDEGADAS E DEPÓSITO ADUANEIRO CERTIFICADO


Das instalações elencadas algumas possuem um tratamento aduaneiro diferenciado. Isso
se deve a publicação no Diário Oficial da União de 01 de agosto de 2013 o ato declaratório que
oficializa uma área alfandegada de 94.272,76 m2. O que resultou em um salto de 20 mil m² para
114.292,76m² e configura o Porto do Recife como o único porto público do Nordeste com grande
quantidade de área alfandegada.

Importante! A disponibilidade de grande volume de áreas alfandegadas consolidou o


Porto do Recife como entreposto público e urbano. O porto que gerou o nascimento da capital

7
CNPJ: 02.187.513/0001-89.
8
CNPJ: 03.044.275/0001-15
9
CNPJ: 09.308.237/0001-09
10
CNPJ: 008.073.264/0001-87
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Pernambucana reforça sua posição no mercado de logística regional. As cargas apropriadas para
trânsito em meio urbano, pela proximidade com os destinos em centros de distribuição na região
metropolitana ou por indústrias de beneficiamento ou transformação, precisam de instrumentos
logísticos para operar sem impacto ao entorno do porto ao mesmo tempo atendendo às
demandas das cargas ou insumos industriais, nos momentos certos, a baixos custos operacionais
e de tempo de resposta. Essa condição foi alcançada com o alfandegamento de diversas áreas
operacionais do Porto do Recife.

Para alcançar essa condição de alfandegamento de tamanha área, o Porto do Recife há


oito anos teve que reformar as instalações portuárias, adequando os pátios e armazéns para o
recebimento de cargas de maior valor agregado. Realizou dragagem para obter um calado
operacional seguro de 11,5 metros, para atender a navios de maior porte. No sentido de
recompor as condições necessárias para manter esse alfandegamento, neste ano de 2020
realizará dragagem de manutenção nos berços de atracações, recuperará a infraestrutura
terrestre dos cais (drenagens e pavimentações), e também implantará novo sistema de defensas
e substituição dos cabeços de amarrações na infraestrutura de atracação.

O DAC abrange uma área de 500,00 m² do pátio de estocagem 05. O Armazém 05 com
7.500m² (ÁREA INTERNA) e o Pátio 05 com 18.500 m² são entrepostos. Essas áreas correspondem
a um total de 26 mil metros quadrados, dentro da área já alfandegada do Porto. O Entreposto
Aduaneiro permite que as cargas importadas fiquem armazenadas em pátio alfandegado (hoje
com cerca de 6 mil m²) pelo período de até 1 ano, sem a cobrança de tributos e sob controle
fiscal e aduaneiro.

1.26 PARTES RELACIONADAS / STAKEHOLDERS


São Partes Relacionadas / stakeholders, pessoas físicas ou jurídicas ou ainda entidades
com as quais a PORTO DO RECIFE S.A. tenha relacionamento, sendo eles os principais:

a) Público Interno
I. Prestadores de serviços terceirizados – Pessoa Física ou Jurídica que presta algum
tipo de serviço à PORTO DO RECIFE S.A., em troca de remuneração financeira.
II. Empregados – Corpo de colaboradores da PORTO DO RECIFE S.A., composto por
empregados públicos, comissionados, administradores etc.
III. Estagiários – Atividade prestada por profissionais em início de carreira ou
estudantes, sem vínculo empregatício, por tempo determinado, visando o
aprimoramento na sua área de atuação e/ou estudo.
IV. Alta Gestão - Grupo de pessoas que dirigem e controlam uma organização no nível
mais alto e estratégico. A Alta Gestão tem o poder de delegar autoridade e prover
recursos na organização.
V. Conselhos – Grupos dentro da organização, que tem como objetivo ser o elo entre
os interesses dos acionistas, com atribuições da alta gestão executiva. O conselho
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administrativo tem como função, entre outras, gerar transparência e credibilidade
dentro das empresas.
b) Público Externo
I. Mídia - Meios de comunicação com importante papel na dinâmica social
contemporânea, cuja influência alcança diversos campos da atividade humana,
inclusive o político.
II. Relação com a Sociedade - A relação da PORTO DO RECIFE S.A. com a sociedade é
bastante significativa, vez que o porto transporta diversos insumos importantes
aos inúmeros setores produtivos, gerando empregos diretos e indiretos, alçando-
o historicamente a condição de importante indutor do crescimento econômico.
III. Relação com o Governo Estadual – O Governo Estadual é acionista majoritário da
empresa PORTO DO RECIFE S.A., esta que se encontra subordinado à Secretaria de
desenvolvimento Econômico - SDEC.
c) Clientes
I. Importadores e Exportadores – Origem ou destinatário final do translado das
mercadorias movimentadas no Porto do Recife. Geralmente representados por
uma Agência de Navegação, Operador Portuário ou Despachante Aduaneiro, para
os procedimentos junto ao Porto do Recife relativos aos navios e/ou
movimentação e armazenagem das mercadorias.
II. Passageiros – Pessoas físicas que embarcam, desembarcam ou transitam nos
navios transatlânticos, utilizando o Terminal Marítimo de Passageiros - TMP.
III. OGMO (Órgão Gestor de Mão de Obra) – Órgão criado pelo antigo marco
regulatório portuário (Lei 8630/1993 – Lei de Modernização dos Portos,
recepcionado na Lei 12.815/2013, que a revogou) - responsável pelo registro e
escalação da mão de obra avulsa para realização de movimentação de
mercadorias na Zona primária dos portos organizados, competindo às Autoridades
Portuárias, como no Porto do Recife, o controle de acessos e fiscalização quanto à
regular execução dos serviços nas operações portuárias.
IV. Operadores Portuários – São empresas credenciadas e pré-qualificadas, pela
Autoridade portuária, a atuarem nos portos organizados, cabendo-lhes a
responsabilidade pela requisição de mão de obra e execução da movimentação de
cargas, à serviço dos consignatários.
V. Armadores – São empresas de navegação e/ou proprietárias das embarcações.
Excepcionalmente, embarcações de pequeno porte e de recreio, quando não há
agente de navegação que as represente, seus proprietários / armadores assumem
previamente, perante a Autoridade Portuária, os custos decorrentes das tarifas de
uso de infraestrutura (acostagem, aquaviária e terrestre).

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VI. Arrendatários – Pessoa Jurídica titular de contrato de arrendamento de instalação
portuária (armazéns, pátios, silos ou áreas), concedido à título de utilização e
exploração, mediante competente processo licitatório, precedido de Estudo de
Viabilidade Técnica Econômica e Ambiental (EVTEA do tipo 1).
VII. Praticagem – Empresa responsável por fornecer profissionais capacitados e
autorizados pela Autoridade Marítima, a desempenharem a função de práticos, à
bordo dos navios, nas manobras de acessos, atracações, desatracações e outras
movimentações das embarcações nos portos organizados.
VIII. Agências Marítimas – Pessoa Jurídica responsável, perante as Autoridades
Marítima e Portuárias e demais Órgãos anuentes, na condição de preposto do
proprietário e/ou Armador dos navios e embarcações de menor porte, para as
providências exigíveis às suas atracações, estadia e desatracações.
IX. Cessionários e/ou Autorizatários: Pessoa Jurídica titular de contrato de cessão de
uso onerosa ou autorização de uso de área e instalações portuárias não
operacionais, com objetivos definidos na Resolução Normativa n° 7 de 31 de maio
de 2016.

2 ESCOPO DE ATUAÇÃO E PROPÓSITO


Com base em análise institucional da Porto do Recife S.A., define-se a finalidade da
organização e/ou razão de sua existência, sua intenção estratégica e a filosofia que a norteia,
chegando às seguintes conclusões:

Missão:
Administrar e desenvolver as atividades portuárias com eficiência, proporcionando um
ambiente favorável aos seus usuários para a logística, competitividade e inovação, promovendo
o desenvolvimento econômico do estado, buscando sempre zelar pela sustentabilidade
socioeconômica e ambiental

Visão:
Ser reconhecida como Autoridade Portuária em referência de logística,
sustentabilidade, competitividade e integridade, de forma a tornar o Porto do Recife
uma referência regional.

Valores:
• Ética e Transparência
• Eficiência
• Logística Inteligente
• Qualidade nos serviços prestados
• Comprometimento com o negócio
• Segurança
• Sustentabilidade
• Valorização da instituição e dos colaboradores

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3 ANÁLISE DO AMBIENTE
Neste tópico serão apresentadas análises sobre o cenário econômico no qual a Porto do
Recife S.A. está inserida, considerando metas, resultados e indicadores dos últimos anos. Assim,
serão abordados os principais desafios de natureza corporativa, inerentes ao seu segmento de
atuação e o cenário mercadológico que está inserido, em atenção ao disposto da Lei 13.303/16,
Lei 12.815/13 e Decreto 8.033/2013.

Inicialmente, realizaremos análise das movimentações de carga dos últimos 10 anos,


visando termos uma visão macro dos resultados e negócios realizados pela Porto do Recife S.A.

O Porto do Recife caracteriza-se por ser um porto iminentemente perfilado em navegação


de longo-curso, movimentação de granéis sólidos e de importação, conforme constatado em
seus 10 últimos anos de registros operacional:

Perfil do Porto do Recife

Fonte: http://www.portodorecife.pe.gov.br/arquivos/estatisticas/y1nb-grafmovcarg.pdf

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35
Conforme observado, apesar das características supracitadas, o Porto do Recife possui
uma infraestrutura apta ao suporte da movimentação de outros perfis de cargas, crescimento
das exportações e navegação de cabotagem. Nesse sentido, encontra-se em curso um processo
administrativo junto a ANTAQ destinado ao arrendamento do terminal de granel líquidos do
referido porto, que inicialmente deve operar óleo bunker 11. Este produto, além de se constituir
por novo perfil de carga a operar em escala, sua oferta caracteriza-se por um dos principais
entraves à navegação de cabotagem no Brasil, segundo levantamentos do programa BR do
Mar12, um plano que prevê impulsionar o transporte marítimos de cargas pela costa brasileira.

Apesar de informativa, a análise gráfica apresentada mostra-se bastante agregada. Nesse


caso, para uma melhor aferição quantitativa dos volumes movimentados nos últimos 10 anos,
necessita-se estratificar as informações em suas componentes, especialmente em relação ao
sentido da navegação e tipo, além do produto movimentado.

De modo geral, observa-se uma redução de 1.860.981 toneladas em 2010 para 1.412.426
toneladas em 2019, o que resulta numa taxa de desincremento operacional da ordem de -3,08%
a.a (ou -24,10% acumulados no período). Dois dos principais motivos para essa derrocada, dentre
outros, foi o desaquecimento da atividade econômica, motivado pela recente recessão
econômica vivida no país, e o elevado grau de assoreamento do canal de acesso, bacia de
evolução e berços de atracação, o que impõe uma severa deseconomia de escala para o operador
portuário.

Contudo, apesar do observado, atenção especial deve ser dada a alguns produtos, não
apenas pelo seu poder de alavancagem (ou desalavancagem) das movimentações portuárias,
mas por se constituírem de marcadores da dinâmica econômica local, participando como insumo
básico na cadeia produtiva de suas respectivas indústrias. Produtos como a barrilha, fertilizantes,
malte de cevada, açúcar e trigo possuem essa característica.

Segundo a Tabela abaixo, as movimentações de longo-curso apresentaram uma


significativa redução, passando de 1.461.227 toneladas em 2010 para 825.171 toneladas em
2019, o que corresponde a um decréscimo de - 6,15% a.a.. Em suas importações, a elevação da
barrilha (10,86% a.a.), importante insumo da indústria vidreira e de saponáceos local, não foi
suficiente para compensar a redução nas importações de fertilizantes (- 3,40% a.a.) e malte de
cevada (- 8,15% a.a.). Vale destacar que esta última carga, apesar de apresentar uma taxa de
evolução bastante negativa, possui bom prognóstico para os próximos anos. Quanto aos
fertilizantes, estes dependem muito do desempenho do setor sucroalcooleiro local, que também
não apresentou histórico favorável para os últimos 10 anos. Na realidade, tanto o açúcar
ensacado quanto o a granel apresentaram decréscimos de – 9,30% a.a. e -13,67% a.a. em suas
respectivas exportações (de longo-curso).

Nesse sentido, vejamos a tabela abaixo, com as seguintes distribuições:

11Óleo combustível para embarcações de grande porte.


12No âmbito deste programa, o Governo Federal zerou o imposto de importação para embarcações
destinadas a navegação costeira.
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36
Movimentação dos Últimos 10 Anos

Fonte: http://www.portodorecife.pe.gov.br/arquivos/estatisticas/19tv-comprodagru.pdf

A modalidade de navegação de longo-curso representada pelas relações comerciais


pautadas no âmbito do Mercosul, menos expressivas que o longo-curso, apresentou um
acréscimo modesto de 2,32% a.a., saindo de 295.243 em 2010 toneladas para 365.894 toneladas
em 2019. Vale ressaltar que a “navegação de Mercosul” no Porto do Recife é basicamente de
importação, especialmente de commodities agrícolas. Tanto o pico das importações de milho
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37
argentino, que em 2016 chegou a 391.876 toneladas13, quanto a suavidade da queda para a
importação de trigo (- 0,71% a.a.) contribuíram para a estabilidade desse tipo de navegação ao
longo do período.

Já as movimentações de cabotagem, ainda menos expressivas que as duas anteriores,


apresentaram um histórico mais exitoso, sai de 104.511 toneladas em 2010 para 224.361
toneladas em 2019, o que resulta em 8,86% a.a. de acréscimo. Nesta modalidade, a carga que
mais contribui para esse desempenho foram os embarques de coque de petróleo, com uma
surpreendente evolução de 48,89% a.a. partir de 2017, momento em que o produto começou a
ser exportado via Porto do Recife. Ressalta-se ainda que, se não houvesse tantas
descontinuidades nos desembarques locais de cabotagem, a exemplo das interrupções das
operações com contêiner, clínquer, milho, trigo e derivados de petróleo, a navegação de
cabotagem, com origem ou destino no Porto do Recife, poderia ter apresentado um resultado
ainda melhor. Contudo, a navegação costeira deve ganhar atenção especial a partir do programa
BR do Mar, conforme mencionado.

3.1 EMBARQUE E DESEMBARQUE DE PASSAGEIROS (ÚLTIMOS 10 ANOS)


O TMP teve suas obras iniciadas em 2011 e foi finalizado em 2013, contudo, mesmo antes
da sua inauguração, o Porto do Recife sempre recepcionou navios de passageiros. Esta iniciativa
sempre se deu de forma precária, pois a recepção desses navios se dava em berços de
movimentação de cargas, portanto, inapropriado para às operações turísticas e ao trânsito de
pessoas. Nesse contexto, o fato de haver um histórico de atracações ajuda a entender a
capacidade do Porto do Recife, e do TMP, em operar embarcações tão específicas, sobretudo
diante da alternância entre ciclos recessivos e expansivos14 da economia do estado ao longo do
período avaliado. O Gráfico abaixo ilustra a “evolução” do número de atracações dos últimos 10
anos:

Frequência de Navios de Passageiros (Últimos 10 anos)

Fonte: Porto do Recife

13
Reduzindo-se desde então.
14A rigor, os referidos ciclos estão lastreados em parâmetros econômicos importantes, a exemplo da
taxa de juros, câmbio, aumento da produtividade da economia dentre outros
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38
Conforme pode ser visto, o Porto do Recife sai de um número de 72 atracações em 2010,
antes do TMP, para apenas 18 em 2018, após o TMP, o que corresponde a um decaimento
geométrico da ordem de - 15,12% a.a.. Esta constatação chama a atenção para o fato de que a
recente recessão econômica vivida pelo país, que precipitou a perda da linha para Fernando de
Noronha, repeliu mais as atracações do que as novas instalações atraíram, ou seja, o apelo
proveniente das novas instalações não foi mais forte que a recessão econômica, o que era de se
esperar. Para os próximos anos, espera-se piorar ainda mais antes de começar a melhorar, tendo
em vista o aparecimento da Pandemia do novo Coronavírus, que tem assolado o setor dos
cruzeiros marítimos.

Em termos de temporada, a Tabela abaixo resume os embarques, desembarques e


trânsito de passageiros para as 6 últimas temporadas:

Frequência de Navios de Passageiros (Últimos 10 anos)

Fonte: http://www.portodorecife.pe.gov.br/arquivos/estatisticas/p6la-movpasstemp.pdf

A Tabela acima é apenas uma forma diferente de se dizer a mesma coisa. Da mesma
forma que para o caso das atracações, sai-se de resultados expressivos para um desempenho
modesto.

No entanto, existe a expectativa do pós-pandemia, onde se espera a maturação de um


novo ciclo expansivo, porém cauteloso, da economia e com ele a recuperação do turismo no
estado, especialmente pelo ramal marítimo.

O Porto do Recife ainda que esteja como um dos principais braços da economia
pernambucana, viveu, nos últimos 10 anos, um ciclo forte de remodelagem, pois à medida que o
Porto do Suape ia crescendo, o Porto do Recife sofreu com desgastes, contudo, este vem
procurando ampliar sua capacidade institucional oferecendo respostas rápidas ao cenário
econômico, aplicando as adequações legais exigidas pela legislação, em especial a Lei
13.303/2016 (Lei das Estatais).

3.2 ESPECTATIVA PARA OS PRÓXIMOS 5 ANOS


A partir dos dados levantados, o uso das infraestruturas portuárias são
remuneradas a partir de tarifação previamente estabelecida. No caso do Porto do Recife, essas
tarifas estão em vigor desde o dia 08 de maio de 2015 com a aprovação da Resolução ANTAQ nº
4.088/2015. Além de discriminar a remuneração pelo uso das infraestruturas aquaviárias,
acostagem e terrestre, o tarifário cita ainda algumas isenções e observações, conforme tabelas
a seguir:
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39
Tarifa pelo Utilização de Infraestrutura Aquaviária

Fonte: Porto do Recife (http://www.portodorecife.pe.gov.br/tarifas_portuarias.php)

Tarifa pelo Utilização de Infraestrutura de Acostagem

Fonte: Porto do Recife (http://www.portodorecife.pe.gov.br/tarifas_portuarias.php)

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Tarifa pelo Utilização de Infraestrutura de Acostagem

Fonte: Porto do Recife (http://www.portodorecife.pe.gov.br/tarifas_portuarias.php)

Utilização de Infraestrutura de Acostagem (observações)

Fonte: Porto do Recife (http://www.portodorecife.pe.gov.br/tarifas_portuarias.php)

Diante do exposto, tem-se os elementos remuneratórios das operações que envolve as


três modalidades básicas de infraestruturas portuárias.

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A partir da estrutura tarifária apresentada, tem-se os seguintes quantitativos para os
próximos 5 anos de operação para o Porto do Recife:

Remuneração por Infraestrutura

Fonte: Porto do Recife

Para uma melhor visualização, a distribuição percentual desses valores acumulados para
o mesmo período pode ser observada a partir do Gráfico, que os discriminam em função das
expectativas de movimentação por perfil de carga:

Receitas Esperadas Últimos 5 Anos

RECEITAS ESPERADAS - 5 ANOS

GRANEL TURISMO
LÍQUIDO 7%
0%

CARGA GERAL
20%

GRANÉIS
SOLIDOS
73%

Fonte: Autor

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Além da remuneração pelo uso das infraestruturas, o Porto do Recife conta ainda com
outras receitas, que, assim como as primeiras, também provenientes das movimentações
portuárias, porém menos sensíveis a estas. Estas receitas contribuem de modo significativo na
composição do faturamento bruto da empresa, a Tabela abaixo faz um resumo do breve histórico
dessas receitas:

Demais Serviços Operacionais

Fonte: Porto do Recife (Sintético de Receitas 2015 – 2019)

Conforme mencionado, essas receitas derivam, em último caso, das movimentações


portuárias. Sendo assim, foi possível obter a receita média por tonelada movimentada a partir
da razão entre as receitas de serviços operacionais e as movimentações para cada ano da série
analisada (2015 a 2019), que no caso em questão, resultou em R$ 9,55/tonelada. Esta
proporcionalidade auxiliará na estimativa de receitas médias futuras para a rubrica serviços
operacionais, uma vez que temos as projeções de cargas já estimadas e contidas no Plano Mestre.
Nesse sentido, a Tabela apresenta a distribuição dos montantes financeiros esperados para os
serviços operacionais para 5 anos:

Movimentação Esperada – 5 Anos

Fonte: Autor

Como era de se esperar, tanto as projeções das receitas provenientes das infraestruturas
portuárias quanto as decorrentes de serviços operacionais evoluem de modo gradativo ao
aumento das movimentações esperadas de cargas. Para os próximos 5 anos, tem-se a seguinte
distribuição de valores:

Receitas Esperadas – 25 Anos

Fonte: Autor

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Pela evolução apresentada, percebe-se um relativo equilíbrio entre as receitas, além de
uma modesta taxa de crescimento percentual da ordem de 1,61% a.a. para os serviços
operacionais e 3,46% a.a. para as infraestruturas.

Para 25 anos, pouca coisa muda, continua o mesmo equilíbrio entre os montantes
financeiros da receita e uma sensível mudança nos acréscimos percentuais entre os
componentes, que devem oscilar em torno dos 1,81% a.a. para os serviços operacionais e 2,09%
a.a. para as infraestruturas.

Receitas Totais – 25 Anos

RECEITA TOTAL E POR COMPONENTES


50.000.000,00

45.000.000,00

40.000.000,00

35.000.000,00

30.000.000,00
Receita R$

REC. INFRA.
25.000.000,00
REC. SER. OPER.
REC TOTAL
20.000.000,00

15.000.000,00

10.000.000,00

5.000.000,00

-
2020202220242026202820302032203420362038204020422044

Fonte: Autor

Conforme observado, somadas as componentes tem-se uma expectativa de receita total


que vai de R$ 29.362.338,35 em 2020 para algo em torno de R$ 47.528.271,10 em 2045, último
ano da série. Reafirma-se apenas o compromisso dessas estimativas com o padrão evolutivo
esperado para as movimentações de cargas no Porto do Recife, que podem, em último caso,
provocar acentuadas variabilidades nos fluxos financeiros projetados e consequentemente no
desempenho econômico-financeiro para a empresa no horizonte contemplado.

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Os custos e despesas no Porto do Recife se dividem em dois grandes grupos, sendo eles:
Custos dos Serviços Prestados e Despesas Gerais e Administrativas. Quanto a composição, o
grupo dos Custos dos Serviços Prestados, subdivide-se da seguinte maneira:

• Pessoal e encargos operacionais;


• Pessoal e encargos de manutenção;
• Material de operação;
• Material de manutenção;
• Serviços prestados por terceiros;
• Depreciação e amortização.

Já o grupo de Despesas Gerais e Administrativas, subdivide-se:

• Pessoal e encargos gerais;


• Consumo de materiais;
• Serviços de terceiros;
• Impostos e taxas.

A base de dados para a prospecção dos valores relativos as rubricas mencionadas seria, a
princípio, um breve histórico dos últimos 4 anos (de 2015 a 2019). Contudo, apesar da aparente
adequação, o Porto do Recife vem promovendo uma gradativa reestruturação de seus custos e
despesas, o que inclui a negociação com fornecedores e prestadores de serviços, além da
promoção de um Plano de Demissão Voluntária em 2019 (PDV-2019). Nesse caso, diante dessas
mudanças, utiliza-se como referência os registros financeiros do ano de 2019, com os devidos
expurgos, o que inclui despesas tributárias atrasadas e o PDV. Feito isso, projeta-se os referidos
valores como função do crescimento das movimentações de cargas para os anos a serem
contemplados.

Em relação aos impostos sobre a renda, foi considerada a flexibilização dos regimes de
tributação vigentes no país sempre que possível. Dessa forma, promove-se a alternância entre
os regimes de lucro real e presumido, sempre que a lei assim permitir.

3.3 ANÁLISE SWOT


Durante a elaboração da estratégia a longo prazo, foi realizado diagnóstico
organizacional, assim, houve a consolidação das forças, fraquezas, oportunidade e ameaças que
regem o negócio da empresa Porto do Recife S.A., vejamos:

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45
ANÁLISE SWOT

FORÇAS FRAQUEZAS

1. Proximidade ao mercado consumidor e 1. Necessidade de reforma e manutenção de


pólos industriais da região norte. infraestrutura aquaviária.
2. Áreas disponíveis para expansão das 2. Ausência de um plano de manutenção
operações. preditiva e preventiva.
3. Boa infraestrutura rodoviária e de 3. Restrição operacional em decorrência do
acessos. assoreamento do canal interno.
4. Diversidade Operacional (multicargas). 4. Muitas áreas arrendáveis desocupadas.
5. Áreas arrendáveis já desenvolvidas e com 5. Fluxo de caixa comprimido com baixa
infraestrutura (brownfield). capacidade de investimento.
6. Canal de navegação abrigado na área 6. Descontinuidade da Gestão.
operacional. 7. Falta de motivação da equipe.
7. Empresa reestruturada e saneada. 8. Falta de processos padronizados e
8. Áreas disponíveis para investimentos mapeados.
imobiliários e geração de negócios 9. Ferramentas de governança e compliance
(REVAP). parcialmente implantados.
9. Cargas cativas em granel. 10. Falta de digitalização de processos e acervo.
10. Boa interlocução com os órgãos anuentes. 11. Infraestrutura de TIC insuficiente.
12. Insuficiência nos indicadores de segurança
(ISPS) e ambiental (IDA).
13. Passivos trabalhistas e contratuais.
14. Pouco compartilhamento de informações e
centralização de processos (transparência).
15. Pouca integração com os espaços Urbanos.
16. Limitações operacionais de navios de maior
capacidade (infraestrutura antiga).
OPORTUNIDADES AMEAÇAS

1. Interesse renovado em investimentos no 1. Perda de cargas com os novos


setor portuário. arrendamentos do Porto de Suape.
2. Política federal (Minfra / SNP) pela 2. Riscos de bloqueios das vias no sentido da
eficiência e modernização do Setor hinterlândia (conflito urbano).
Portuário. 3. Descontinuidade de investimentos pela
3. Celebração de novos convênios com a perda de atratividade frente aos portos
União para recuperação da infraestrutura mais modernos.
portuária. 4. Risco de estagnação da economia.
4. Abertura de novos serviços com o 5. Crise política e/ou econômica afastando
estímulo à Cabotagem (BR no mar). investidores internacionais.
5. Ampliação da sinergia com os portos do 6. Indicação de pessoas sem qualificação
Nordeste. técnica (interferência política).
6. Novos investimentos para Industrialização 7. Ausência de uma política unificada para o
ao Norte da RMR e estados vizinhos. setor portuário e logístico em Pernambuco
7. Proximidade com o Ecossistema de (concorrência com suape).
Inovação para iniciativas de digitalização
do Porto do Recife.
8. Simplificação da legislação portuária.

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46
4 OBJETIVOS DE CRESCIMENTO E METAS ESTRATÉGICAS
Realizando análise estratégica e construção de matriz SWOT, visando maximizar as forças,
aproveitar as oportunidades, combater de forma eficaz às fraquezas e atenuar e contornar as
ameaças, o Porto do Recife, aspirando seu crescimento exponencial, procura atingir excelência,
visando cumprir os seguintes objetivos de crescimento:

I. Possuir uma gestão estratégica de Recursos Humanos;


II. Possuir gestão com foco em resultados;
III. Exercer boas práticas de Controles internos, Governança Corporativa, Gestão de
Riscos e Transparência;
IV. Cumprir com excelência o ISPS Code;
V. Possuir reconhecimento na área de sustentabilidade ambiental e proteção ao
patrimônio histórico cultural;
VI. Possuir altos índices de proteção à saúde e segurança do trabalhador portuário;
VII. Alcançar a excelência nas tomadas de decisão e gestão de negócios;
VIII. Tornar mais eficiente a utilização de seus recursos financeiros;
IX. Ampliar ações comerciais;
X. Alcançar um equilíbrio econômico-financeiro autossustentável.
De forma a atender os objetivos estratégicos da Porto do Recife S.A., avaliar e monitorar
o desempenho organizacional, foram estabelecidos os indicadores e metas abaixo, analisando
também a performance destes:

PERSPECTIVA OBJETIVOS PLANO DE AÇÕES PERÍODO INDICADOR META META


ESTRATÉGICOS 2020 EXECUTADA
2020
INFRAESTRUTURA AMPLIAR E FIRMAR CONVÊNIOS JAN- ÍNDICE DE 80% 20%
MODERNIZAR A PARA REALIZAÇÃO OUT/21 EXECUÇÃO DO
INFRAESTRUTURA OBRAS DE CONVÊNIO
PORTUÁRIA RECUPERAÇÃO E
MANUTENÇÃO DO
PORTO DO RECIFE
RESULTADO AUMENTAR AUMENTAR RECEITA JAN- REEQUILÍBRIO 10% -4,78%
COMPETITIVIDADE E PORTUÁRIA DEZ/20 OPERACIONAL
SUSTENTABILIDADE
ECONÔMICA
RESULTADO AUMENTAR REEQUILIBRIAR O JAN- REEQUILÍBRIO 10% 21%
COMPETITIVIDADE E DÉFICIT OPERACIONAL DEZ/20 OPERACIONAL
SUSTENTABILIDADE
ECONÔMICA

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47
5 ANÁLISE DE RISCOS E IMPACTOS VISANDO ATINGIMENTO DOS
OBJETIVOS
Com base nas oportunidades e ameaças levantadas, analisando e cotejando com os
objetivos estratégicos, com finalidade de prever tratar e atenuar os riscos, tem-se a seguinte
análise:
TABELA DE CLASSIFICAÇÃO DAS OPORTUNIDADES:
IMPACTO PROBABILIDADE TENDÊNCIA
1. SEM IMPACTO POSITIVO 1. NULA 1. SEM TENDÊNCIA DE MELHORAR
2. IMPACTO POUCO POSITIVO 2. POUCO PROVÁVEL 2. MELHORAR À LONGO PRAZO
3. IMPACTO MÉDIO POSITIVO 3. PROVÁVEL 3. MELHORAR À MÉDIO PRAZO
4. IMPACTO MUITO POSITIVO 4. MUITO PROVÁVEL 4. MELHORAR À CURTO PRAZO
5. EXTREMAMENTE IMPACTANTE 5. EXTREMAMENTE PROVÁVEL 5. MELHORAR IMEDIATAMENTE

OPORTUNIDADES
ITEM CLASSIFICAÇÃO IMPACTO PROBABILIDADE TENDÊNCIA PONTUAÇÃO
INTERESSE OPORTUNIDADES 4 – IMPACTO 3 – PROVÁVEL 2– 24
RENOVADO EM MUITO POSITIVO MELHORAR A
INVESTIMENTOS NO LONGO
SETOR PORTUÁRIO. PRAZO
POLÍTICA FEDERAL OPORTUNIDADES 3 – IMPACTO 3 – PROVÁVEL 2– 18
(MINFRA / SNP) PELA MÉDIO POSITIVO MELHORAR A
EFICIÊNCIA E LONGO
MODERNIZAÇÃO DO PRAZO
SETOR PORTUÁRIO.
CELEBRAÇÃO DE OPORTUNIDADES 5- 5– 3– 75
NOVOS CONVÊNIOS EXTREMAMENTE EXTREMAMENTE MELHORAR À
COM A UNIÃO PARA IMPACTANTE PROVÁVEL MÉDIO PRAZO
RECUPERAÇÃO DA
INFRAESTRUTURA
PORTUÁRIA.
ABERTURA DE NOVOS OPORTUNIDADES 3 – IMPACTO 3 – PROVÁVEL 2– 18
SERVIÇOS COM O MÉDIO POSITIVO MELHORAR A
ESTÍMULO À LONGO
CABOTAGEM (BR NO PRAZO
MAR).
AMPLIAÇÃO DA OPORTUNIDADES 3 – IMPACTO 3 – PROVÁVEL 2– 18
SINERGIA COM OS MÉDIO POSITIVO MELHORAR A
PORTOS DO LONGO
NORDESTE. PRAZO
NOVOS OPORTUNIDADES 3 – IMPACTO 3 – PROVÁVEL 2– 18
INVESTIMENTOS PARA MÉDIO POSITIVO MELHORAR A
INDUSTRIALIZAÇÃO LONGO
AO NORTE DA RMR E PRAZO
ESTADOS VIZINHOS.
PROXIMIDADE COM O OPORTUNIDADES 2 – IMPÁCTO 2 – POUCO 2- MELHORAR 8
ECOSSISTEMA DE POUCO POSITIVO PROVÁVEL À LONGO
INOVAÇÃO PARA PRAZO
INICIATIVAS DE
DIGITALIZAÇÃO DO
PORTO DO RECIFE.
SIMPLIFICAÇÃO DA OPORTUNIDADES 2 – IMPÁCTO 2 – POUCO 2- MELHORAR 8
LEGISLAÇÃO POUCO POSITIVO PROVÁVEL À LONGO
PORTUÁRIA. PRAZO

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48
TABELA DE CLASSIFICAÇÃO DAS AMEAÇAS:
GRAVIDADE URGÊNCIA TENDÊNCIA
6. SEM GRAVIDADE 6. SEM URGÊNCIA 6. SEM TENDÊNCIA DE PIORAR
7. POUCO GRAVE 7. POUCO URGENTE 7. PIORAR EM LONGO PRAZO
8. GRAVE 8. URGENTE 8. PIORAR EM MÉDIO PRAZO
9. MUITO GRAVE 9. MUITO URGENTE 9. PIORAR EM CURTO PRAZO
10. EXTREMAMENTE GRAVE 10. EXTREMAMENTE URGENTE 10. AGRAVAR RÁPIDO

AMEAÇAS
ITEM CLASSIFICAÇÃO GRAVIDADE URGÊNCIA TENDÊNCIA PONTUAÇÃO
PERDA DE CARGAS COM AMEAÇAS 5– 3 – URGENTE 3 – PIORAR 45
OS NOVOS EXTREMAMENTE EM MÉDIO
ARRENDAMENTOS DO GRAVE PRAZO
PORTO DE SUAPE.
RISCOS DE BLOQUEIOS AMEAÇAS 3 – GRAVE 2 – POUCO 2 – PIORAR 12
DAS VIAS NO SENTIDO DA URGENTE A LONGO
HINTERLÂNDIA PRAZO
(CONFLITO URBANO).
DESCONTINUIDADE DE AMEAÇAS 4 – MUITO GRAVE 3 – URGENTE 2 – PIORAR 24
INVESTIMENTOS PELA A LONGO
PERDA DE ATRATIVIDADE PRAZO
FRENTE AOS PORTOS
MAIS MODERNOS.
RISCO DE ESTAGNAÇÃO AMEAÇAS 4 – MUITO GRAVE 2 – POUCO 2 – PIORAR 16
DA ECONOMIA. URGENTE A LONGO
PRAZO
CRISE POLÍTICA E/OU AMEAÇAS 4 – MUITO GRAVE 3 – URGENTE 2 – PIORAR 24
ECONÔMICA AFASTANDO A LONGO
INVESTIDORES PRAZO
INTERNACIONAIS.
INDICAÇÃO DE PESSOAS AMEAÇAS 4 – MUITO GRAVE 3 – URGENTE 2 – PIORAR 24
SEM QUALIFICAÇÃO A LONGO
TÉCNICA (INTERFERÊNCIA PRAZO
POLÍTICA).
AUSÊNCIA DE UMA AMEAÇAS 3 – GRAVE 3 - URGENTE 2 – PIORAR 18
POLÍTICA UNIFICADA A LONGO
PARA O SETOR PRAZO
PORTUÁRIO E LOGÍSTICO
EM PERNAMBUCO
(CONCORRÊNCIA COM
SUAPE).

Sendo assim, resta analisados as ameaças e oportunidades presentes em matriz SWOT


visando o atingimento dos objetivos de crescimento.

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49
6 CONCLUSÃO

Este documento, de forma resumida, apresenta uma análise geral da empresa Porto o
Recife S.A., demonstrando iniciativas e ações para alcance de metas e indicadores no decorrer
do ano de 2020, dentro de princípios éticos e de transparência.

Ainda que não tenhamos atingido a excelência plena no atingimento de todos os


indicadores e metas, a Porto do Recife S.A. vem evoluindo, o que demonstra conforme números
mostrados no presente plano, que o ano de 2020 foi bastante positivo, no entanto sabemos que
ainda há muito por fazer.

Com apoio de todos os colaboradores e partes relacionadas, diretas e indiretas, temos a


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TABELA DE CONTROLE DE ALTERAÇÕES DESTE DOCUMENTO

Nº DA REVISÃO DATA ATUALIZAÇÃO REALIZADA RESPONSÁVEL

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