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2022

REGULAMENTO
DE EXPLORAÇÃO
DOS PORTOS DE
SALVADOR,
ARATU-CANDEIAS
E ILHÉUS

AVENIDA DA FRANÇA 1551 COMÉRCIO, SALVADOR/BA, CEP: 40010000 TELEFONE: (71) 3320-1212
Regulamento de Exploração dos Portos Rev. 02 20/10/2022

COMPANHIA DOCAS DO ESTADO DA BAHIA


Código:
REGULAMENTO REG.P2.DIP.01
Diretoria Responsável: Aprovação
DIP DIREX

Data de Criação Revisão Data


02/12/2014 02 20/10/2022
Assunto:
Exploração dos Portos Organizados de Salvador, Aratu-Candeias e Ilhéus

GERIR OPERAÇÕES
PORTUÁRIAS

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Regulamento de Exploração dos Portos Rev. 02 20/10/2022

Sumário

1. APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................. 3

2. MISSÃO, VISÃO E ABRANGÊNCIA ................................................................................................... 5

3. ASPECTOS INSTITUCIONAIS ............................................................................................................ 6

4. DEFINIÇÕES.......................................................................................................................................... 8

5. COMPETÊNCIAS .................................................................................................................................11

6. CÓDIGO DE CONDUTA E INTEGRIDADE .......................................................................................16

7. EXPLORAÇÃO COMERCIAL .............................................................................................................17

8. UTILIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS DE USO PÚBLICO ........................................21

9. UTILIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES NÃO OPERACIONAIS ..............................................................34

10. UTILIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS SOB GESTÃO DE TERCEIROS .............35

11. UTILIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES DE ACESSO AQUAVIÁRIO DE USO PÚBLICO ............37

12. UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS PORTUÁRIOS DE USO PÚBLICO ..................................43

13. UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS PORTUÁRIOS DE TERCEIROS, DE USO PÚBLICO. ..45

14. OPERAÇÕES PORTUÁRIAS ........................................................................................................48

15. SERVIÇOS NÃO PORTUÁRIOS ...................................................................................................51

16. MEIO AMBIENTE, SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO PORTUÁRIO ...........................56

17. RELAÇÕES PORTO-CIDADE .......................................................................................................64

18. VIGILÂNCIA E SEGURANÇA PORTUÁRIA ................................................................................65

19. INFRAÇÕES, PROIBIÇÕES E PENALIDADES ...........................................................................69

20. DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS ...................................................................................................73

21. DISPOSIÇÕES FINAIS ...................................................................................................................73

22. ANEXOS ...........................................................................................................................................73

23. APÊNDICE .......................................................................................................................................74

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1. APRESENTAÇÃO

1.1. INTRODUÇÃO
O presente Regulamento de Exploração dos Portos (REP) da Companhia das
Docas do Estado da Bahia – CODEBA, é instrumento de gestão da Administração
Portuária, e foi elaborado com fundamento na Lei nº 12.815, de 5 de junho de 2013,
na Portaria SEP nº 245, de 26 de novembro de 2013, no Decreto nº 8033 de 27 de
junho de 2013, no Decreto nº 9.048 de 10 de maio de 2017 e no Regimento Interno
da CODEBA, que estabelecem as condições básicas e disciplinadoras das atividades
portuárias, pertinentes ao seu funcionamento, serviços, utilização de instalações,
equipamentos e infraestruturas, bem como às relações harmônicas e integradas entre
as autoridades com funções nos portos, os operadores portuários, os usuários e os
trabalhadores.

1.2. EQUIPE RESPONSÁVEL


Contribuiu, dentre outros, para a revisão deste REP, o Gerente do Porto de
Aratu-Candeias, em cumprimento ao contido na Ata da 314ª Reunião Ordinária da
Diretoria Executiva da CODEBA, realizada em 8 de julho de 2022, e no Despacho nº
1820/2022/DIP-CODEBA, ambos contidos no Processo 50903.000882/2020-60.
Este Regulamento foi aprovado pela Diretoria Executiva da CODEBA, em sua
536ª reunião ordinária, realizada em 02 de dezembro de 2014 e sua revisão (REV 02),
aprovada na 331ª reunião ordinária, realizada em 20 de outubro de 2022. A sua
aprovação será publicada no Diário Oficial da União.
As atualizações e revisões deste Regulamento serão feitas, periodicamente,
pelas Gerências dos Portos Organizados da CODEBA, com representantes das áreas
operacional, comercial, meio ambiente e segurança, e levarão em consideração a
necessidade de melhoria na sua estrutura ou proposições apresentadas pelas
entidades intervenientes, órgãos anuentes, operadores, usuários ou qualquer
interessado, inclusive sugestões pela internet, utilizando a página da empresa na
internet, em www.codeba.gov.br, através do link
https://www.codeba.gov.br/eficiente/sites/portalcodeba/pt-
br/site.php?secao=faleconosco.

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1.3. A CODEBA E SEUS PORTOS


A CODEBA é uma empresa pública, vinculada ao Ministério da Infraestrutura,
responsável pela administração dos Portos Organizados de Salvador, Aratu-Candeias
e Ilhéus.

Figura 1: Os portos Organizados da Bahia

1.3.1. Porto Organizado de Salvador


Localizado na margem leste da entrada da Baía de Todos os Santos, tem como
principal característica ser um porto exportador e se destaca na movimentação de
contêineres, carga geral e granéis sólidos (trigo), além de ser um dos principais
destinos de cruzeiros marítimos do país.
Tem posição estratégica por se encontrar a meio caminho dos pontos extremos
do litoral brasileiro e constitui excelente opção para a área produtiva que se estende
ao interior do Estado da Bahia, parte de Minas Gerais, Sergipe, Alagoas, Pernambuco,

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Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. O principal núcleo industrial do Nordeste é a


Região Metropolitana de Salvador, especialmente o Polo Petroquímico de Camaçari,
distante apenas 40 km do Porto, e o Centro Industrial de Aratu.

1.3.2. Porto Organizado de Aratu-Candeias


Localizado na região metropolitana de Salvador, no Município de Candeias, é
especializado na movimentação de granéis, desempenhando papel estratégico no
abastecimento de insumos para a agricultura da Bahia e Estados vizinhos, de matéria
prima para as indústrias do Polo Petroquímico e na exportação de minérios e outros
produtos a granel.
Sua movimentação concentra-se na importação de fertilizantes, concentrado
de cobre, ácido sulfúrico, enxofre, etanol, nafta, produtos petroquímicos e na
exportação de magnesita e produtos petroquímicos.

1.3.3. Porto Organizado de Ilhéus

Localizado no litoral sul do Estado, a 456 km de Salvador, pela BR-101, o Porto


de Ilhéus, no Município de mesmo nome, exerce influente papel no desenvolvimento
regional movimentando granéis sólidos e carga geral (carga de projetos).

2. MISSÃO, VISÃO E ABRANGÊNCIA

2.1. MISSÃO
A Missão Organizacional da CODEBA é prover a infraestrutura, fiscalizar e
garantir a efetividade das operações e serviços portuários nos portos públicos da
Bahia. Neste sentido, este Regulamento tem como objeto estabelecer as regras de
funcionamento das atividades portuárias, que permitam aos portos subordinados à
CODEBA:
I. condições para o eficiente desempenho das atividades
portuárias;
II. a melhor utilização das instalações e equipamentos portuários
próprios e de terceiros;
III. estímulo à concorrência na prestação de serviços portuários; e

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IV. o zelo pela segurança patrimonial, pessoal e ambiental.

2.2. ABRANGÊNCIA

Sua abrangência envolve todas as instalações dos Portos Organizados de


Salvador, Aratu-Candeias e Ilhéus, administrados pela CODEBA, quer sejam
exploradas diretamente ou por arrendatários, além dos seus acessos aquaviários e
terrestres.

2.3. VISÃO
A CODEBA tem como Visão, ser reconhecida como Autoridade Portuária de
excelência em gestão, dentre os Portos Públicos do Brasil, e agente fomentador da
expansão econômica e social no Estado da Bahia.

3. ASPECTOS INSTITUCIONAIS

3.1. ASPECTOS INSTITUCIONAIS


A CODEBA foi constituída em 17 de fevereiro de 1977, com base no Decreto
nº 77.297, de 15 de março de 1976. É uma empresa pública, vinculada ao Ministério
da Infraestrutura, responsável pela administração dos Portos Organizados de
Salvador, Aratu-Candeias e Ilhéus. Tem sede e foro na cidade de Salvador, Estado
da Bahia.
A CODEBA exerce a Autoridade Portuária, na forma da Lei nº 12.815, de 5 de
junho de 2013, competindo-lhe, nos limites legais: a administração dos portos públicos
no Estado da Bahia; a função social de realização do interesse coletivo ou de
atendimento a imperativo da segurança nacional; a ampliação economicamente
sustentada; o desenvolvimento ou emprego de tecnologia brasileira de maneira
economicamente justificada; e a possibilidade de celebração de convênios para
aprimoramento e consecução dos objetivos da Companhia.

3.1.1. Organograma

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A CODEBA está estruturada de acordo com o organograma a seguir,


disponível, também, na página da empresa na internet, em:
https://www.codeba.gov.br/eficiente/sites/portalcodeba/pt-
br/site.php?secao=organograma.

3.1.2. Corpo Diretivo

A De acordo com o Estatuto Social da CODEBA, a Diretoria Executiva é o órgão


executivo de administração e representação da Companhia.
A Diretoria Executiva é eleita pelo Conselho de Administração e cabe-lhe
assegurar o funcionamento regular da Companhia, em conformidade com a
orientação geral traçada pelo citado Conselho de Administração. É composta pelo
Presidente da Companhia e três Diretores Executivos.
Por meio do link https://www.codeba.gov.br/eficiente/sites/portalcodeba/pt-
br/site.php?secao=institucional_estrutura_organizacional , a CODEBA dá publicidade
sobre a atual composição de sua Diretoria Executiva

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3.2. GESTÃO DOS PORTOS

Também, de acordo com o Estatuto Social da CODEBA, cada porto administrado


pela CODEBA constitui uma unidade administrativa da Autoridade Portuária, cuja
organização e funcionamento são estabelecidos no Regimento Interno da Companhia.
Com isso, cada porto possui uma Gerência de Gestão Portuária.
A CODEBA dá publicidade sobre a atual composição de suas Gerências de
Gestão Portuária no link https://www.codeba.gov.br/eficiente/sites/portalcodeba/pt-
br/site.php?secao=institucional_estrutura_organizacional .

4. DEFINIÇÕES

4.1. CONCEITOS E DEFINIÇÕES

Para os fins deste REP, além das definições do novo marco regulatório do
subsetor portuário do País, a Lei 12.815, de 5 de junho de 2013, e os Decretos nº
8.033, de 27 de junho de 2013, e nº 9048, de 10 de maio de 2017, que o
regulamentam, são adotados os seguintes conceitos e definições:
a) Operação portuária: é a operação de movimentação e armazenagem de
mercadorias destinadas ou provenientes de transporte aquaviário,
realizada no Porto Organizado por operadores portuários.
b) Operação em ritmo normal: é aquela em que ocorre o trabalho
simultâneo nos porões disponíveis da embarcação, com o emprego de
todos os recursos de que se dispõe para a movimentação de
mercadorias.
c) Armazenagem: é a fiel guarda e conservação das mercadorias
depositadas em instalações do porto, compatíveis com a sua natureza e
sua espécie, não incluindo o manuseio (recepção, transporte,
empilhamento, desempilhamento e expedição) no interior do recinto
armazenador.
d) Remoção: deslocamento de cargas, peças e equipamentos a bordo,
objetivando a reorganização da disposição das cargas em uma

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embarcação ou a facilitação das operações de carga e descarga.


e) Baldeação: as mesmas atividades da remoção, quando as cargas,
peças e equipamentos são descarregados para instalações do porto,
com posterior reembarque na mesma embarcação.
f) Desova/Ova: ação de retirar ou colocar mercadoria dentro de um
contêiner. Operações também conceituadas como
consolidação/desconsolidação.
g) Exploração comercial: é a mobilização e o emprego dos meios
necessários à atividade portuária visando à maximização da utilização
das instalações e dos resultados provenientes dos serviços prestados.
h) Operador Portuário: pessoa jurídica pré-qualificada para exercer as
atividades de movimentação de passageiros ou movimentação e
armazenagem de cargas destinadas ou provenientes de transporte
aquaviário, na área do Porto Organizado.
i) Peação: Modo de fixar a carga no veículo, a fim de que a mesma não se
danifique pelo movimento do veículo.
j) Segurança Portuária: compreende as ações de controle e
procedimentos de vigilância e inteligência necessários ao
desenvolvimento normal das atividades portuárias e destinados a
prevenir e evitar atos ou omissões danosas que afetem pessoas, cargas,
embarcações, instalações e equipamentos portuários e de navegação
na área dos Portos Organizados.
k) Terno: é a composição de uma equipe de Trabalhadores Portuários.
l) Transbordo: embarque e/ou desembarque de carga com trânsito
temporário em determinada instalação portuária.
m) Instalações do porto: os terrenos, edificações, redes de serviços,
infraestruturas terrestres e aquaviárias, inclusive instalações portuárias
e instalações não afetas às operações portuárias.

4.2. GLOSSÁRIO DE SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas


ANP Agência Nacional de Petróleo

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ATU-12 Empresa Arrendatária do Terminal de Granéis Sólidos I, Correia


Transportadora, Armazém e Pátio de Estocagem do Porto de Aratu-Candeias
ATU-18 Empresa Arrendatária do Terminal de Granéis Sólidos II e Áreas Adjacentes do
Porto de Aratu-Candeias
CFTV Circuito Fechado de Televisão
CMR Calado Máximo Recomendado
COE Centro de Operações de Emergência
CPATP Comissão de Prevenção de Acidentes do Trabalho Portuário
CPBA Capitania dos Portos da Bahia
DHN Diretoria de Hidrografia e Navegação - MB
DIREX Diretoria Executiva da CODEBA
DOU Diário Oficial da União
DPC Diretoria de Portos e Costas – MB
DUV Documento Único Virtual
EPC Equipamento de Proteção Coletivo
EPI Equipamento de Proteção Individual
FCA Ferrovia Centro-Atlântica
IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos Naturais e
Renováveis
IMDG Code International Maritime Dangerous Code
IMO International Maritime Organization
INEMA Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos
ISPS - CODE International Ship and Port Facilities Security Code
MAPA Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
IMDG Code International Maritime Dangerous Code
MB Marinha do Brasil
NEPOM Núcleo Especial de Polícia Marítima
NORMAM Normas da Autoridade Marítima
NPCP-BA Norma de Procedimentos da Capitania dos Portos da Bahia
NR-29 Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário
OGMOIL Órgão Gestor de Mão de Obra do Porto de Ilhéus
OGMOSA Órgão Gestor de Mão de Obra dos Portos de Salvador e Aratu - Candeias
PAE Plano de Ação de Emergência
PAM Plano de Ajuda Mútua
PCE Plano de Controle de Emergência
PCMSO Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional
PDZ Plano de Desenvolvimento e Zoneamento
PEI Plano de Emergência Individual
PF Polícia Federal
PGO Plano Geral de Outorgas
PGRS Plano de Gestão de Resíduos Sólidos
PSP Sistema Porto sem Papel
SESSTP Serviço Especializado em Segurança e Saúde do Trabalhador Portuário
SNPTA Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários
SIC Sistema de Informação ao Cidadão
SMS Secretaria Municipal de Saúde de Salvador
SRTE-BA Superintendência Regional do Trabalho e Emprego
TPA Trabalhador Portuário Avulso
TPB Tonelagem de Porte Bruto
TGS Terminal de Granéis Sólidos
TGL Terminal de Granéis Líquidos
TPG Terminal de Produtos Gasosos
VTMIS Vessel Traffic Management Information System

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5. COMPETÊNCIAS

5.1. INTRODUÇÃO

A SNPTA do Ministério da Infraestrutura coordena a atuação integrada dos


órgãos e entidades públicos nos Portos Organizados e instalações portuárias, com a
finalidade de garantir a eficiência e a qualidade de suas atividades, nos termos
regulamentares.
São órgãos anuentes no funcionamento dos Portos Organizados de Salvador,
Aratu-Candeias e Ilhéus as autoridades a seguir relacionadas, que aprovam
documentação, por meio do despacho de suas informações eletrônicas para o sistema
concentrador de dados – Porto Sem Papel, relativas à movimentação de
embarcações, mercadorias e passageiros:
I. Autoridade Sanitária - Agência Nacional de Vigilância Sanitária –
ANVISA
II. Autoridade Aduaneira - Secretaria da Receita Federal
III. Autoridade Marítima - Capitania dos Portos da Bahia
IV. Autoridade Portuária - CODEBA
V. Ministério da Justiça - Departamento de Polícia Federal
VI. MAPA - Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional –
VIGIAGRO
São intervenientes, além das próprias autoridades anuentes, os demais órgãos
e entidades que participam direta ou indiretamente nas atividades portuárias e
contribuem com informações para o sistema de dados do Porto sem Papel:
I. Agência Nacional de Transportes Aquaviários - ANTAQ
II. Conselho de Autoridade Portuária – CAP
III. Órgão Gestor de Mão de Obra – OGMO
IV. Superintendência Regional do Trabalho e Emprego – SRTE/BA
V. Demais Intervenientes: importador, exportador, operador portuário,
depositário, administrador de recinto alfandegado, agente da carga,
despachante aduaneiro, transportador de cargas e outros.

5.2. RESPONSABILIDADES E ATRIBUIÇÕES

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5.2.1. Ministério da Infraestrutura


É o órgão da administração pública federal direta que tem como competência,
dentre outras, a formulação de políticas e diretrizes para o desenvolvimento e o
fomento do setor de portos e instalações portuárias marítimos, fluviais e lacustres e
execução e avaliação de medidas, programas e projetos de apoio ao desenvolvimento
da infraestrutura e da superestrutura dos portos e das instalações portuárias
marítimos, fluviais e lacustres.

5.2.2. Agência Nacional de Transportes Aquaviários –ANTAQ


Criada pela Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001, a ANTAQ é entidade
integrante da administração indireta, vinculada ao Ministério da Infraestrutura, criada
para regular, supervisionar e fiscalizar as atividades relacionadas à prestação de
serviços de transporte aquaviário e de exploração da infraestrutura aquaviária e
portuária.

5.2.3. Autoridade Portuária – CODEBA


A Autoridade Portuária é exercida, por delegação, pela CODEBA na área dos
Portos Organizados de Salvador, Aratu-Candeias e Ilhéus, de acordo com o contido
na Lei Federal nº 12.815, de 5 de junho de 2013. É competência da CODEBA:
I. cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos e os contratos de
concessão;
II. assegurar o gozo das vantagens decorrentes do melhoramento e
aparelhamento do porto ao comércio e à navegação;
III. pré-qualificar os operadores portuários, de acordo com as normas
estabelecidas pelo poder concedente;
IV. arrecadar os valores das tarifas relativas às suas atividades;
V. fiscalizar ou executar as obras de construção, reforma, ampliação,
melhoramento e conservação das instalações portuárias;
VI. fiscalizar a operação portuária, zelando pela realização das
atividades com regularidade, eficiência, segurança e respeito ao
meio ambiente;

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VII. promover a remoção de embarcações ou cascos de embarcações


que possam prejudicar o acesso ao porto;
VIII. autorizar a entrada e saída, inclusive atracação e desatracação, o
fundeio e o tráfego de embarcação na área do porto, ouvidas as
demais autoridades do porto;
IX. autorizar a movimentação de carga das embarcações, ressalvada a
competência da Autoridade Marítima em situações de assistência e
salvamento de embarcação, ouvidas as demais autoridades do
porto;
X. suspender operações portuárias que prejudiquem o funcionamento
do porto, ressalvados os aspectos de interesse da autoridade
marítima responsável pela segurança do tráfego aquaviário;
XI. reportar infrações e representar perante a ANTAQ, visando à
instauração de processo administrativo e aplicação das penalidades
previstas em lei, em regulamento e nos contratos;
XII. adotar as medidas solicitadas pelas demais autoridades no porto;
XIII. prestar apoio técnico e administrativo ao conselho de autoridade
portuária e ao órgão de gestão de mão de obra;
XIV. estabelecer o horário de funcionamento do porto, observadas as
diretrizes da Secretaria de Portos da Presidência da República, e as
jornadas de trabalho no cais de uso público; e
XV. organizar a guarda portuária, em conformidade com a
regulamentação expedida pelo poder concedente.
Ainda, em cumprimento ao estabelecido no artigo 4º do Decreto nº 8.033, de
27 de junho de 2013, à Autoridade Portuária compete decidir sobre conflitos que
envolvam agentes que atuam nos Portos Organizados sob sua jurisdição, ressalvadas
as competências das demais autoridades públicas.

Compete, ainda, à Autoridade Portuária – CODEBA:


I - sob coordenação da Autoridade Marítima:
a) estabelecer, manter e operar o balizamento do canal de acesso e da bacia de
evolução do porto;

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b) delimitar as áreas de fundeadouro, de fundeio para carga e descarga, de


inspeção sanitária e de polícia marítima;
c) delimitar as áreas destinadas a navios de guerra e submarinos, plataformas e
demais embarcações especiais, navios em reparo ou aguardando atracação e
navios com cargas inflamáveis ou explosivas;
d) estabelecer e divulgar o calado máximo de operação dos navios, em função
dos levantamentos batimétricos efetuados sob sua responsabilidade; e
e) estabelecer e divulgar o porte bruto máximo e as dimensões máximas dos
navios que trafegarão, em função das limitações e características físicas do
cais do porto.
II - sob coordenação da Autoridade Aduaneira:
a) delimitar a área de alfandegamento; e
b) organizar e sinalizar os fluxos de mercadorias, veículos, unidades de cargas e
de pessoas.

5.2.4. Conselho de Autoridade Portuária – CAP


O CAP é órgão consultivo, instituído nos Portos Organizados de Salvador,
Aratu-Candeias e Ilhéus, nos termos do art. 20 da Lei nº 12.815, de 5 de junho de
2013. O CAP atua conforme seu Regimento Interno, o qual disporá sobre as
atribuições, o funcionamento e a composição do referido Conselho, assegurando a
participação de representantes da classe empresarial, dos trabalhadores portuários e
do poder público. A representação da classe empresarial e dos trabalhadores no
conselho a será paritária e a distribuição das vagas observará a proporção prescrita
na Lei supramencionada.
Além disso, é assegurada a participação de um representante da classe
empresarial e outro da classe trabalhadora no Conselho de Administração da
CODEBA, na forma do regulamento, cuja indicação dos representantes será feita
pelos respectivos representantes no CAP.

5.2.5. Autoridade Marítima


A Autoridade Marítima nos Portos Organizados de Salvador e de Aratu-
Candeias e Ilhéus é exercida pela Capitania dos Portos da Bahia, por subdelegação

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do Comando do 2º Distrito Naval, e suas principais atribuições constam das NPCP –


Normas de Procedimento da Capitania dos Portos.

5.2.6. Autoridade Aduaneira


A Autoridade Aduaneira nos Portos Organizados de Salvador e Aratu-Candeias
é exercida pela Alfândega do Porto de Salvador, do Ministério da Economia, com a
competência que lhe é conferida no Decreto nº 9.745, de 8 de abril de 2019. O Porto
de Ilhéus dispõe de uma Inspetoria da Receita Federal.

5.2.7. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA


Criada pela Lei nº 9.782, de 26 de janeiro 1999, a ANVISA é uma autarquia sob
regime especial, vinculada ao Ministério da Saúde, e está presente em todo o território
nacional por meio das coordenações de portos, aeroportos, fronteiras e recintos
alfandegados.
Tem por finalidade institucional promover a proteção da saúde da população,
por intermédio do controle sanitário da produção e da comercialização de produtos e
serviços submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos ambientes, dos processos,
dos insumos e das tecnologias a eles relacionados, bem como o controle de portos,
aeroportos, fronteiras e recintos alfandegados.

5.2.8. Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional –


VIGIAGRO
O VIGIAGRO, de acordo com a Instrução Normativa MAPA nº 39, de 27 de
novembro de 2017, atua na execução das ações definidas pela Secretaria de Defesa
Agropecuária – SDA relativas ao trânsito internacional de produtos de interesse
agropecuário regulados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento –
Mapa. Os controles e a fiscalização serão realizados nos locais onde se processem
operações de comércio e trânsito internacional de produtos de interesse agropecuário,
como nos portos, e seus armazéns, terminais ou recintos, dentre outros. Esses
controles e a fiscalizações têm como um dos seus objetivos a prevenção e mitigação
de riscos ao País, em especial à produção agropecuária e à saúde da população.

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5.2.9. Superintendência Regional do Trabalho e Emprego –


SRTE/BA
No Porto de Salvador funciona a Coordenação Regional de Inspeção do
Trabalho Portuário e Aquaviário, ligada à SRTE-BA, que exerce a função de
acompanhar o Programa de Segurança e Saúde no Trabalho, fiscalizando as
condições de trabalho para proteger a vida, promover a segurança e saúde do
trabalhador nas atividades portuárias exercidas nos Portos de Salvador e Aratu-
Candeias. No Porto de Ilhéus a fiscalização é exercida pela gerência local.

5.2.10. Órgão Gestor de Mão de Obra – OGMO


Cabe aos OGMOSA (Salvador e Aratu-Candeias) e OGMOIL (Ilhéus), em
resumo ao contido na Lei nº 12.815, de 5 de junho de 2013, administrar o fornecimento
de mão de obra do trabalhador portuário e do TPA, bem como, promover o
treinamento e a habilitação profissional para adequá-los aos modernos processos de
movimentação de carga e de operação de aparelhos e equipamentos portuários, e
zelar pelas Normas de saúde, higiene e segurança do trabalho portuário avulso.

5.2.11. Polícia Federal


A Polícia Federal, subordinada ao Ministério da Justiça tem, dentre outras
atribuições, previstas na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, a
competência de coibir a ocorrência de ilícitos penais nas áreas dos Portos
Organizados e coordenar as Comissões de Segurança dos Portos. No Porto
Organizado de Salvador, a Polícia Federal possui um Núcleo Especial de Polícia
Marítima, criado para evitar o crescimento da criminalidade nos portos e para efetuar
patrulhas ostensivas que irão dissuadir a ocorrência de ilícitos penais.

6. CÓDIGO DE CONDUTA E INTEGRIDADE

6.1. INTRODUÇÃO
O Código de Conduta e Integridade da CODEBA tem como objetivo principal
ser fonte de referência para conduta pessoal e profissional de todos os que, direta ou
indiretamente, estão profissionalmente vinculados à CODEBA, independente do cargo

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ou função que ocupem, estabelecendo um padrão de relacionamento interno com a


comunidade portuária, e demais segmentos da sociedade.

6.2. CÓDIGO DE CONDUTA


O Código de Conduta e Integridade da CODEBA foi aprovado pelo Conselho
de Administração da CODEBA, em dezembro de 2021, e se encontra disponível na
página da empresa na internet, em:
https://www.codeba.gov.br/eficiente/sites/portalcodeba/pt-
br/site.php?secao=integridade_codigo_de_conduta&sm=

7. EXPLORAÇÃO COMERCIAL

7.1. INTRODUÇÃO
A exploração dos portos da CODEBA segue as diretrizes estabelecidas no novo
marco regulatório do subsetor portuário no Brasil, a Lei 12.815/2013, em especial
àquelas constantes do seu Art. 3º.
A CODEBA dispõe de um Plano de Desenvolvimento e Zoneamento – PDZ
para os Portos de Salvador, Aratu-Candeias e Ilhéus, incluído no Plano Geral de
Outorgas do setor portuário, sob a responsabilidade do Ministério da Infraestrutura,
conforme estabelece o art. 2º do Decreto nº 8.033, de 27 de junho de 2013. As
licitações para arrendamento das instalações portuárias deverão cumprir o disposto
no Plano Geral de Outorgas, com base na Lei nº 12.815, de 5 de junho de 2013.

7.2. MECANISMOS DE PROTEÇÃO AO USUÁRIO


A Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001, em seus artigos 11, 12 e 27, estabelece
os princípios e diretrizes gerais para proteger o interesse dos usuários, que poderão
apresentar solicitação de esclarecimentos ou questionamentos através de
mensagem, utilizando-se do link da Ouvidoria, na página da empresa na internet, em
https://www.codeba.gov.br/eficiente/sites/portalcodeba/pt-
br/site.php?secao=ouvidoria , ou pelo e-mail: ouvidoria@codeba.gov.br.
A CODEBA também oferece um link para acesso ao “Sistema de Informação
ao Cidadão - SIC”, que é um espaço de livre acesso para a solicitação de informações,
dúvidas e consultas referentes à atuação da Companhia, uma exigência da Lei de

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Acesso à Informação – LAI. No relacionamento com o usuário, a CODEBA faz valer o


que estabelece a Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018 - LGPD.

7.3. MECANISMOS DE FOMENTO E DE INCENTIVOS A INVESTIMENTOS


Qualquer interessado poderá solicitar autorização para elaborar e apresentar
estudo prévio de viabilidade técnica, econômica e ambiental para arrendamento e
exploração de áreas dos portos administrados pela CODEBA, observadas as
diretrizes do Plano Geral de Outorgas - PGO. Caso esses estudos sejam utilizados na
licitação, será assegurado o ressarcimento dos dispêndios correspondentes.
A CODEBA, por meio da Diretoria Empresarial e de Relação com o Mercado, é
responsável pelo fomento e incentivos de geração de negócios nos Portos de
Salvador, Aratu-Candeias e Ilhéus através de políticas e programas em sintonia com
o crescimento do mercado global, nacional, estadual e municipal.Obras de melhoria
em infraestrutura e o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento - PDZ, além de uma
gestão responsável e moderna, são elementos que comprovam o comprometimento
da CODEBA em promover o crescimento e criar um ambiente para ótimos negócios.
Contatos poderão ser feitos por meio da Diretoria Empresarial e de Relação com o
Mercado, telefone: (71) 3320-1396, E-mail: apoioderm@codeba.gov.br.

7.4. HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO


O trabalho nos Portos Organizados da CODEBA é contínuo, por 24 horas ao
dia, observadas as disposições legais pertinentes e os acordos trabalhistas
regularmente aprovados entre as partes. O horário de operação dos navios nos Portos
Organizados de Salvador, Aratu-Candeias e Ilhéus é contínuo, 24 horas por dia,
inclusive sábados, domingos e feriados. O horário de atendimento aos usuários e
operadores, pela CODEBA, para solicitações, requisições, informações, apresentação
e recepção de documentos e outros procedimentos administrativos é o seguinte:

Atendimento nos dias úteis, de segunda a sexta-feira:


8h às 12h e 13h às 17h
Serviço de plantonista operacional 24 horas, todos os dias:

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Porto de Salvador:
8h às 12h e 13h às 17h
Telefones (71) 3320-1246/1229, 99911-8929.
Porto de Aratu-Candeias:
8h às 12h e 12:30h às 16:30h
Telefones (71) 3602-5735/5707.
Porto de Ilhéus:
8h às 12h e 13h às 17h
Telefones (73) 3231-3318/3165, fax (73) 3231-1300.

7.5. JORNADA DE TRABALHO


O trabalho portuário para execução das fainas estabelecidas no artigo 40 da
Lei nº 12.815, de 5 de junho de 2013, tanto para os trabalhadores portuários
contratados a prazo indeterminado (TP) como para os Trabalhadores Portuários
Avulsos (TPA), requisitados aos OGMO é estabelecido nas convenções e acordos
coletivos entre as categorias patronal e trabalhadora envolvidas. Atualmente, para os
TPA, as convenções fixam as jornadas nos 4 (quatro) turnos seguintes:

a) Turnos Diurnos:
• 1º turno: 07:00 às 13:00 horas
• 2º turno: 13:00 às 19:00 horas
b) Turnos noturnos
• 3º turno: 19:00 às 01:00 horas; e
• 4º turno: 01:00 às 07:00 horas

7.6. FERIADOS LEGAIS


Os feriados legais nos portos da CODEBA são os estabelecidos de acordo com
o Art. 1º da Lei nº 9.093, de 12 de setembro de 1995, alterada pela Lei 9.335, de 10
de dezembro de 1996:

7.6.1. São feriados civis


a) Os feriados declarados pela Lei n° 10.607, de 19 de dezembro de
2002:

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1º de janeiro: Dia da Confraternização Universal


21 de abril: Tiradentes, Patrono Cívico da Nação Brasileira
1 º de maio: Dia do Trabalho
7 de setembro: Independência do Brasil
2 de novembro: Finados
15 de novembro: Proclamação da República
25 de dezembro: Natal

b) O feriado declarado pela Lei Lei n° 6.802, de 30 de junho de 1980:


12 de outubro: Nossa Senhora Aparecida

c) O feriado fixado pelo § 3º do Art. 6º da Constituição do Estado da


Bahia, de 05 de outubro de 1989.
.

2 de julho: Data magna do Estado da Bahia e da consolidação


da Independência do Brasil.

d) Os dias do início e do término do ano do centenário de fundação do


Município, fixados em Lei Municipal.

7.6.2. São feriados religiosos municipais

a) No Porto de Salvador, os fixados pela Lei Municipal n° 1.997, de 21 de


junho de 1967:

24 de junho: São João


8 de dezembro: Nossa Senhora da Conceição, Padroeira da Cidade
Data móvel: Corpus Christi
Data móvel: Sexta-feira da Paixão

b) No Porto de Aratu-Candeias, os fixados pelas Lei Municipal n° 006, de


20 de janeiro de 1960; Lei Municipal n° 01, de 6 de agosto de 1959; e Lei
Municipal n° 566, de 4 de junho de 2004:

2 de fevereiro: Padroeira da Cidade


14 de agosto: Aniversário da Cidade
Data Móvel: Corpus Christi
Data móvel: Sexta-Feira da Paixão

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c) No Porto de Ilhéus os fixados pelas Lei Municipal 921, de 10 de março de


1967, e Lei Municipal 3.803, de 15 de junho de 2016:

23 de abril: São Jorge, Padroeiro de Ilhéus


24 de junho: São João
28 de junho: Dia da Cidade
15 de agosto: Nossa Senhora da Vitória, Padroeira de Ilhéus.
Data móvel: Corpus Christi
Data móvel: Sexta-Feira da Paixão

7.6.3. O trabalho nos Portos Organizados da CODEBA, nos feriados, é


regulado pela legislação trabalhista aplicável.

7.7. PRESTADORES DE SERVIÇOS


São todas as pessoas físicas ou jurídicas habilitadas que fornecem serviços à
comunidade portuária no Porto Organizado. Maiores informações poderão ser obtidas
através da página da empresa na internet, em www.codeba.gov.br.

8. UTILIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS DE USO PÚBLICO

8.1. CONDIÇÕES GERAIS DE UTILIZAÇÃO


8.1.1. A utilização das instalações portuárias de uso público nos Portos
da CODEBA far-se-á na forma e condições estabelecidas na
legislação aplicável, neste Regulamento e nos atos normativos
emanados da Diretoria Executiva da CODEBA, observadas as
Normas das autoridades intervenientes na atividade portuária.
8.1.2. Todos os que utilizarem as instalações portuárias de uso público
dos Portos Organizados da CODEBA receberão da
Administração Portuária tratamento isonômico e orientado pelo
objetivo de racionalização e otimização do uso dessas
instalações.
8.1.3. Em situação específica ou de congestionamento, poderão ser
adotados, pela Autoridade Portuária, critérios distintos dos
previstos neste Regulamento, de prioridade e de forma de

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utilização das instalações portuárias de uso público, tendo


sempre em conta o interesse público e o melhor desenvolvimento
da atividade portuária.
8.1.4. A utilização das instalações portuárias dos Portos Organizados
da CODEBA e dos serviços e equipamentos a cargo da
Administração do Porto serão autorizados pela Autoridade
Portuária, à vista de correspondente requisição pelo usuário ou
seu preposto.
8.1.5. A apresentação de requisição para utilizar equipamentos,
instalações ou serviços dos Portos Organizados da CODEBA
implica no automático conhecimento deste Regulamento e no
reconhecimento, por parte do requisitante, do direito da CODEBA
de cobrar o respectivo pagamento, pela aplicação da Tarifa
Portuária, bem como de utilizar a requisição e a nota fiscal
decorrente como títulos executivos não judiciais, no caso de
inadimplência do requisitante quanto ao pagamento
correspondente.
8.1.6. O atendimento das requisições pela Administração do Porto,
somente poderá ser feito mediante pagamento antecipado em
dinheiro ou modalidade previamente contratada, nos termos do
Decreto-Lei nº 1.016, de 21 de outubro de 1969, e dos
procedimentos estabelecidos em Normas pela CODEBA.
8.1.7. Na hipótese de ocorrer aumento da Tarifa Portuária durante o
período relativo à requisição, os novos valores serão aplicados
para as movimentações ocorridas a partir de zero hora da data de
sua vigência.
8.1.8. O requisitante, porventura julgado pela DIREX de acordo com a
Norma de Faturamento e Cobrança da CODEBA, observadas as
hipóteses reguladas pelo art. 32 da Resolução ANTAQ nº 61, de
11 de novembro de 2021, inadimplente para com suas obrigações
com a Autoridade Portuária, terá suspensa a prestação de
serviços, e utilização de equipamentos e instalações.

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8.1.9. Os equipamentos e acessórios de movimentação de carga,


utilizados pelo Operador Portuário, nas operações por ele
processadas, deverão estar em bom estado de conservação e
funcionamento, podendo a Autoridade Portuária solicitar a sua
substituição quando isso, a seu juízo, se fizer absolutamente
necessária à segurança do Trabalho Portuário e das instalações
do Porto.
8.1.10. Identicamente ao disposto no item anterior, poderá, a
qualquer momento, ser determinada a substituição do trabalhador
portuário considerado não habilitado para o exercício das
atividades relacionadas com essas operações.
8.1.11. Ao final de cada período da jornada de trabalho, o operador
portuário entregará as informações, por meio eletrônico definido
pela CODEBA, referentes às operações realizadas, contendo os
dados relativos às mercadorias movimentadas, quantidades,
paralisações e seus motivos.
8.1.12. As requisições de uso de instalações portuárias e de
serviços serão apresentadas em impresso próprio ou por meio
eletrônico padronizado, com antecedência mínima de 24 horas,
nos dias úteis, nos seguintes endereços:
a) Porto de Salvador:opesal@codeba.gov.br
b) Porto de Aratu-Candeias: cgaope@codeba.com.br
c) Porto de Ilhéus: cgiope@codeba.com.br.
8.1.13. As empresas devidamente habilitadas para requisitar
serviços portuários deverão indicar, formalmente, à Gerência de
cada unidade portuária, os seus representantes autorizados para
a solicitação dos serviços. Nenhuma solicitação/serviço será
autorizada, sem a prévia requisição pelos representantes das
empresas devidamente autorizados para tal finalidade.
8.1.14. Fica estabelecido que o valor da tarifa a ser paga para
qualquer fornecimento, utilização de infraestrutura ou serviço

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Regulamento de Exploração dos Portos Rev. 02 20/10/2022

requisitado, será aquele da data de prestação do serviço,


considerando o dia civil de zero a vinte e quatro horas.
8.1.15. A forma de cobrança está regulamentada pela Tarifa
Portuária dos Portos de Salvador e Aratu-Candeias e da Tarifa
Portuária do Porto de Ilhéus, disponibilizadas na página da
empresa na internet, em www.codeba.gov.br
8.1.16. Para os efeitos legais e regulamentares:
d) os agentes de embarcações ou seus prepostos, com
nomeação apresentada à CODEBA, atuam como
representantes dos Comandantes das embarcações e dos
armadores ou transportadores aquaviários;
e) os despachantes e seus prepostos, mediante procuração
específica, atuam como mandatários dos donos ou
consignatários das mercadorias; e
f) os operadores portuários, contratados dos donos ou
consignatários das mercadorias, atuam para sua
movimentação nas instalações portuárias.
8.1.17. Cabe aos requisitantes a responsabilidade integral, civil e
penal, por suas ações ou omissões, inclusive a de seus
respectivos representantes ou representados, nos limites do
mandato ou contrato.

8.2. UTILIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES DE ACOSTAGEM E ATRACAÇÃO


Confirmada a chegada da embarcação por meio do sistema PSP, à vista da
requisição de atracação, de sua disponibilidade e da liberação da embarcação pelas
autoridades governamentais competentes, a Administração do Porto autorizará a
atracação da embarcação de acordo com as orientações estabelecidas neste
Regulamento:
a) A Administração do Porto não concederá atracação às embarcações que
acessarem ao Porto Organizado nos seguintes casos:

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I. Resolução ANTAQ nº 61, de 11 de novembro de 2021; por ordem de


autoridade governamental competente, devido a causa de força
maior;
II. por falta de cumprimento do estabelecido na Norma de Faturamento
e Cobrança da CODEBA;
III. para execução de reparos; e
IV. falta de autorização dos órgãos anuentes no PSP.
b) A atracação e a desatracação serão realizadas após a liberação dos órgãos
anuentes do PSP, sob a responsabilidade do Comandante da embarcação
e com emprego do respectivo pessoal e material competindo a terceiros
contratados, com pessoal sob seu encargo, a tomada das espias e sua
colocação nos cabeços ou ganchos na atracação ou sua soltura na
desatracação, de acordo com as instruções do Comandante.
c) O Comandante da embarcação fica responsável por qualquer avaria ou
danos na instalação de acostagem, defensas e equipamentos e apetrechos,
ocorridos em consequência das manobras de atracação e desatracação.
d) O tempo de atracação da embarcação se inicia no momento da passagem
da primeira espia para a sua fixação no cabeço e termina quando da
liberação da última espia do cabeço.
e) O período de ocupação do berço de acostagem será calculado pela
Administração do Porto com base nas informações transmitidas pelo
armador ou seu agente e da respectiva programação de serviços.
f) A Administração do Porto poderá autorizar a atracação de embarcação a
contrabordo de outra no berço de acostagem a requerimento do armador
ou de seu preposto e sob total responsabilidade dos respectivos
Comandantes.
g) O Comandante de toda embarcação navegando, atracada ou fundeada, na
área do Porto Organizado, que transporte mercadoria perigosa a bordo, ou
tendo descarregado mercadoria perigosa, que não esteja inteiramente livre
de condições inflamáveis, deverá assegurar que a embarcação exiba a
sinalização e adote todos os procedimentos determinados pela Autoridade
Marítima.

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h) A desatracação da embarcação dar-se-á logo após o término da operação


portuária ou dos serviços programados e autorizados.
i) Não será permitido o reparo de embarcações atracadas ou fundeadas,
inclusive limpeza e pintura de casco, sem o expresso consentimento da
Administração do Porto, respondendo o armador por todos os prejuízos
causados, inclusive lucros cessantes.
j) Se não houver embarcação aguardando atracação, a Administração do
Porto, a seu critério, poderá autorizar a permanência da embarcação
atracada até que haja designação de outra embarcação para atracar no
mesmo berço de acostagem.
k) As embarcações atracadas deverão cumprir prontamente as ordens que
forem dadas pela Administração do Porto, especialmente quando
ocorrerem situações de anormalidade que comprometam a segurança de
pessoas, instalações e das próprias embarcações ou prejudiquem o bom
funcionamento do Porto Organizado.
8.2.1. Instalações do Porto de Salvador
De acordo com o Anexo A.
8.2.2. Instalações do Porto de Aratu-Candeias
De acordo com o Anexo B.
8.2.3. 8.2.3 Porto de Ilhéus
De acordo com o Anexo C.
8.2.4. Condições para atracação/desatracação
a) As agências de navegação e representantes legais deverão
estar devidamente habilitadas no PSP para solicitar
atracação/desatracação das embarcações em cada unidade
portuária.
b) Será autorizada a atracação, desde que requisitada,
previamente e nos prazos estabelecidos, pelo agente de
navegação (Armador) e devidamente ratificada pela
Autoridade Portuária no sistema, para um local designado pela
Administração do Porto, desde que previamente liberada

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pelas autoridades competentes, mediante confirmação das


anuências no sistema PSP.
c) Ao requisitar a atracação, o armador ou seu preposto
expressamente declaram conhecer este Regulamento,
assumem a veracidade das informações prestadas e o
compromisso de operar na forma prevista neste REP.
d) Verificada a não exatidão das informações de que trata a
alínea anterior, a embarcação irregularmente beneficiada com
a atracação deverá desatracar imediatamente, indo ocupar o
último lugar da fila de espera, como se houvesse chegado ao
Porto Organizado no momento da desatracação, aplicando-se
neste caso, se necessário, as penalidades previstas neste
Regulamento.
e) As unidades portuárias manterão reuniões com os agentes /
operadores para planejamento das operações e dos fluxos
operacionais, discussão e confirmação da chegada das
embarcações para definição dos locais de atracação dos
navios e operações. Sempre que necessária, outras reuniões
poderão ser convocadas pela Administração do Porto.
f) As empresas de navegação, por si ou seus agentes,
apresentarão os seus pedidos de atracação e prioridade se for
o caso, à Autoridade Portuária, nos quais deve constar
expressamente o compromisso formal de operar em todos os
períodos em ritmo normal.
g) As atracações deverão ser executadas de maneira a não
produzir avarias nas instalações e equipamentos, ficando o
Comandante ou seu representante legal, responsáveis por
quaisquer danos, uma vez que as manobras serão realizadas
sob a sua inteira responsabilidade.
h) A atracação e a desatracação serão realizadas sob a
responsabilidade do Comandante da embarcação,
competindo ao operador portuário, executar as operações

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sobre o cais, com pessoal sob seu encargo para a tomada dos
cabos de amarração e sua fixação nos cabeços, de acordo
com as instruções do Comandante e do Técnico da Autoridade
Portuária de plantão.
i) Toda embarcação atracada deverá permanecer guarnecida
por uma tripulação mínima, habilitada a tomar providências
emergenciais para desatracação e condução da mesma para
local designado pela Administração do Porto.
j) Dentro de cada classe (preferenciais, exclusivas, prioritárias
ou não prioritárias), as atracações serão autorizadas conforme
a ordem cronológica de chegada dos navios à linha que
delimita a entrada da Baía de Todos os Santos, para os portos
de Salvador e Aratu-Candeias, caracterizando-se quando o
navio acessa a área de fundeio, salvo quando o comprimento
da vaga disponível e/ou profundidade do berço não forem
compatíveis com o comprimento e/ou calado do navio a
atracar, caso em que a ordem de atracação será alterada.
k) Os berços dotados de instalações ou equipamentos
especializados terão de ser preferencialmente alocados para
as operações a que se destinam.
l) O navio fundeado que decidir, por sua livre vontade, não
atracar na sua vez, por falta de condições operacionais,
cederá sua posição às embarcações que lhe sucederem na
fila de espera, até que esteja em condições de operar em ritmo
normal.
m) Será concedida atracação imediata à sua chegada ao Porto,
aos navios de turismo ou passageiros, obedecendo escala
pré-determinada e comunicada à Autoridade Portuária com a
antecedência mínima de dez dias, atendidas todas as
exigências.
n) Na falta de cais livre para atracação imediata dos navios de
passageiros ou turismo, deverá ser determinada a

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desatracação de um cargueiro pertencente ao mesmo


armador; não havendo esse cargueiro no cais, a escolha
recairá sobre outro do mesmo agente do navio a ser
beneficiado. Não havendo, também, esse cargueiro, será
determinada a desatracação do mais recentemente atracado,
dentre aqueles cuja vaga seja compatível com a atracação do
navio de passageiros; em qualquer caso, a desatracação
somente será determinada se o armador ou o agente marítimo
do navio de passageiros assumir formalmente o ônus relativo
a essa movimentação, ou seja, a desatracação e posterior
reatracação do navio.
o) Os navios em perigo por motivo de avaria, instabilidade de
carga, ou por outras causas justificadas terão preferência para
atracação, para descarga da mercadoria, retificação da estiva
ou reparação da avaria, enquanto persistirem os motivos de
perigo, desde que expressamente solicitado pela Capitania
dos Portos e que não haja perigo de interditar o berço de
atracação ou o canal de navegação.
p) Os navios que, havendo vaga no cais, não pretendam
começar a trabalhar imediatamente, perdem a sua posição
para a atracação a favor de outros que disponham de carga
pronta e despachada, ou parcela da mesma, de modo a
garantir a continuidade das operações, a juízo da Autoridade
Portuária.
q) As atracações imediatas, preferenciais, exclusivas, prioritárias
ou não prioritárias serão autorizadas pela Autoridade Portuária
para os navios que vierem a operar em ritmo normal, em todos
os períodos consecutivos do horário do porto e utilizando o
máximo de ternos e equipamentos para obter a melhor
produtividade.
r) As embarcações atracadas ficam obrigadas a efetuar
manobras de deslocamento ao longo do cais, às suas

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expensas, sempre que a Administração do Porto determinar,


para fins de compatibilizar espaços para atracações de outras
embarcações.
s) Durante as manobras supracitadas, o armador ou preposto
deverá acompanhar a mudança até o posicionamento final da
embarcação no berço. Na ausência do armador, o preposto
(agente habilitado junto a Administração do Porto) será
responsabilizado pelos eventuais prejuízos que a embarcação
possa causar à infraestrutura do Porto e/ou a terceiros,
devendo ressarcir os referidos danos.
t) Nos casos de deslocamentos que forem exigidos práticos e
rebocadores, os custos da manobra serão arcados pelo
armador ou prepostos interessados.
u) As embarcações e seus tripulantes ficam sujeitos ao presente
Regulamento durante o tempo em que permaneceram na área
do Porto Organizado.
v) O navio que não realizar as operações de embarque e/ou
descarga, em ritmo normal, sem justa causa, à juízo da
Autoridade Portuária, deverá desatracar imediatamente, indo
ocupar o último lugar na fila de espera, como se houvesse
chegado ao porto no momento da desatracação.
w) O atraso no início da operação ou paralisação da mesma, por
um período igual ou superior a seis horas contínuas,
decorrente de motivo de responsabilidade do navio, da carga
ou terceiros, ensejará a desatracação imediata do navio, que
passará a ocupar o último lugar na fila de espera.
x) No caso de avaria na infraestrutura do Porto, o responsável
pelo dano (operador portuário, armador ou preposto
habilitado) deverá assinar o termo de avaria e
responsabilidade junto à Administração do Porto;
y) Desatracado o navio, sua reatracação ficará condicionada à
prova, pelo seu agente, de que a operação poderá ser iniciada

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ou reiniciada, imediatamente, sem os problemas que levaram


à sua desatracação.
z) Verificada a não exatidão das informações de que trata a
alínea m), acima, o navio irregularmente beneficiado com a
atracação preferencial deverá desatracar imediatamente, indo
ocupar o último lugar na fila de espera, como se houvesse
chegado ao Porto no momento da desatracação.
aa) A Autoridade Portuária determinará a paralisação das
operações do navio que teve a sua desatracação determinada
e não cumprida.
bb) O navio que, concluídas as suas operações, necessite
permanecer atracado para seu abastecimento ou qualquer
outro motivo devidamente justificado, deverá solicitar com
antecedência devida, a sua permanência no cais ou píer,
somente concedida pela Autoridade Portuária enquanto não
houver outro navio aguardando atracação para o mesmo local.
cc) Ocorrendo queda de mercadoria ou resíduos na área de
influência direta do porto, o operador portuário, armador ou
preposto da embarcação adotará medidas imediatas para
reduzir os impactos ao meio ambiente, mediante
apresentação de plano de ação junto à Administração.
dd) No caso de vazamento de óleo no corpo hídrico deverá o
armador ou seu preposto assumir todos os custos referente ao
combate à emergência.
ee) Ao desatracarem dos berços, as embarcações deverão
observar as mesmas regras e cuidados prescritos para a
atracação.
ff) As condições de medida da utilização da estrutura de
acostagem estão contempladas no item I.2 da Tarifa Portuária
vigente, disponível no site da CODEBA;
gg) Os anexos a este REP trazem as condições complementares
relativas a cada Porto Organizado;

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Regulamento de Exploração dos Portos Rev. 02 20/10/2022

hh) As situações omissas neste Regulamento que porventura


venham a ocorrer serão definidas pela Autoridade Portuária.

8.3. UTILIZAÇÃO DOS SISTEMAS VIÁRIOS


8.3.1. Porto de Salvador
De acordo com o Anexo A.
8.3.2. Porto de Aratu-Candeias
De acordo com o Anexo B.
8.3.3. Porto de Ilhéus
De acordo com o Anexo C

8.4. UTILIZAÇÃO DAS RESDES DE SERVIÇOS PÚBLICO


8.4.1. Os Portos administrados pela CODEBA poderão fornecer
serviços públicos de água e energia elétrica. É facultativo à
Autoridade Portuária o fornecimento desses serviços.
8.4.2. Desde que os serviços sejam disponibilizados, estes deverão ser
solicitados na área de programação de cada unidade portuária,
por meio de formulário impresso, ou por via eletrônica, nos
seguintes endereços:
• Porto de Salvador: opesal@codeba.gov.br
• Porto de Aratu: cgaope@codeba.gov.br
• Porto de Ilhéus: cgiope@codeba.gov.br
8.4.3. Nenhuma solicitação de serviço será autorizada, sem a prévia
requisição pelos representantes das empresas devidamente
autorizados para tal finalidade.
8.4.4. A utilização de serviços fornecidos (água e energia elétrica) está
contemplada na Tarifa Portuária, item II.3 – Diversos.

8.5. UTILIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES DE ARMAZENAGEM


8.5.1. O serviço de armazenagem de mercadorias em instalações
portuárias administradas pela CODEBA será feito de acordo com
a legislação aplicável, em especial o Decreto-Lei nº 166, de 25 de

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janeiro de 1967, regulamentado pelo Decreto nº 64.387, de 22 de


abril de 1969, e a legislação aduaneira aplicável, considerados os
procedimentos estabelecidos no IMDG Code para movimentação
e armazenagem de mercadorias perigosas.
8.5.2. O uso das instalações de armazenagem da CODEBA é concedido
mediante requisição do dono da mercadoria ou consignatário, de
acordo com as disponibilidades. À CODEBA cabe tão somente a
guarda da mercadoria. A movimentação na recepção, eventual
transporte interno, empilhamento, desempilhamento e expedição
são encargos dos operadores portuários contratados pelo dono
da mercadoria ou consignatário.
Ressalta-se que, quando ocorrer a autorização de uso das
instalações de armazenagem, o dono da mercadoria ou
consignatário e operadores portuários deverão cumprir todos os
requisitos legais vigentes nas questões de Meio Ambiente,
publicados pela CODEBA, nas Resoluções CONAMA e demais
aplicáveis, como também as legislações vigentes relativas ao
tema de Saúde e Segurança do Trabalho. Ainda, devem ser
cumpridas possíveis recomendações da Autoridade Portuária,
que visem salvaguardar o Meio Ambiente e a Saúde e Segurança
nos trabalhos portuários.
8.5.3. Os Portos da CODEBA disponibilizam as instalações de
armazenagem:
a) Porto de Salvador
De acordo com o Anexo A.
b) Porto de Aratu
De acordo com o Anexo B.
c) Porto de Ilhéus
De acordo com o Anexo C.
8.5.4. Os equipamentos e edificações dos portos administrados pela
CODEBA estão cobertos por seguro.

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Regulamento de Exploração dos Portos Rev. 02 20/10/2022

8.5.5. A utilização dessas instalações deverá ser solicitada na área de


programação de cada unidade portuária, por meio de formulário
impresso, ou por via eletrônica, pelo dono da mercadoria ou
requisitante. Nenhum serviço será autorizado, sem a prévia
requisição pelos representantes das empresas devidamente
autorizados para tal finalidade.
8.5.6. A remuneração pelos serviços de armazenagem está prevista no
item II.1-Armazenagem, da Tarifa Portuária, disponível na página
da empresa na internet, em
https://www.codeba.gov.br/eficiente/repositorio/Tarifas/17051.pdf

8.6. UTILIZAÇÃO DAS DEMAIS INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS DE USO


PÚBLICO

8.6.1. Porto de Salvador


De acordo com o Anexo A.
8.6.2. Porto de Aratu – Candeias
De acordo com o Anexo B.
8.6.3. Porto de Ilhéus
De acordo com o Anexo C.

9. UTILIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES NÃO OPERACIONAIS

9.1. INTRODUÇÃO
9.1.1. As instalações não operacionais dos Portos da CODEBA,
denominadas pela Lei nº 12.815, de 5 de junho de 2013, como
áreas não afetas às operações, estão identificadas em seus
respectivos PDZ.
9.1.2. Distinguem-se das instalações portuárias por não se destinarem
ao atendimento direto à movimentação de cargas, de ou para
navios, situando-se na retaguarda interna dos Portos
Organizados e podendo ser exploradas em atividades de apoio
às atividades portuárias ou de qualquer natureza, inclusive em
projetos de revitalização.

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Regulamento de Exploração dos Portos Rev. 02 20/10/2022

9.2. UTILIZAÇÃO
9.2.1. A utilização das instalações não afetas às operações portuárias
está disciplinada no Art. 19 da Lei nº 12.815, de 5 de junho de
2013, no Art. 25 do Decreto nº 8.033, de 27 de junho de 2013, na
Portaria Minfra nº 51, de 23 de março de 2021 e na Resolução
Normativa nº 7, de 30 de maio de 2016, da ANTAQ.

10. UTILIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS SOB GESTÃO DE


TERCEIROS

10.1. UTILIZAÇÃO DAS ÁREAS ARRENDADAS

PORTO DE SALVADOR

Nº Vigência Situação do
Tipo Empresa Área m² Prazo
Contrato até Contrato
001/17 Arrendamento CONTERMAS 10.907,65 25 anos 03/07/2042 Regular
012/00 Arrendamento TECON SALVADOR 146.073,97 50 anos 13/03/2050 Regular
001/22 Contrato de Transição INTERMARÍTIMA 20.000,00 180 dias 07/11/2022 Regular

PORTO DE ARATU-CANDEIAS

Nº Vigência Situação do
Tipo Empresa Área m² Prazo
Contrato até Contrato
002/21 Arrendamento ATU12 S/A 154.916,00 25 anos 07/06/2047 Regular
003/21 Arrendamento ATU18 S/A 51.562,00 15 anos 07/06/2037 Regular
027/93 Arrendamento BRASKEM S/A 26.946,54 20 anos 06/06/2033 Regular
003/02 Arrendamento MAGNESITA S/A 12.685,80 25 anos 01/03/2027 Regular
Mantido por
046/89 Arrendamento PARANAPANEMA 31.303,50 10 anos 31/10/2008
liminar
031/01 Arrendamento PROQUIGEL 45.401,95 25 anos 27/12/2026 Regular
044/01 Arrendamento ULTRACARGO 10.108,77 15 anos 05/12/2031 Regular
Mantido por
024/02 Arrendamento ULTRACARGO 84.421,49 20 anos 30/07/2022
liminar
Mantido por
044/02 Arrendamento VOPAK S/A 22.645,79 20 anos 11/09/2022
liminar
Mantido por
016/99 Arrendamento VOPAK S/A 16.460,72 15 anos 01/06/2014
liminar

10.2. UTILIZAÇÃO DAS ÁREAS SOB OUTRO TIPO DE OCUPAÇÃO


(CESSÃO DE USO/PASSAGEM)

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PORTO DE SALVADOR
Situação
Nº Vigência
Tipo Empresa Área m² Prazo do
Contrato até
Contrato
001/14 Contrato de Passagem J. MACÊDO 840,00 25 anos 26/11/2039 Regular
001/16 Contrato de Passagem MOINHO CANUELAS 68,85 25 anos 01/06/2041 Regular
001/17 Cessão de Uso Não Onerosa ANTAQ 25,76 20 anos 29/11/2037 Regular
002/17 Cessão de Uso Não Onerosa ANVISA 104,26 20 anos 19/01/2037 Regular
001/16 Cessão de Uso Não Onerosa OGMOSA 1.469,92 20 anos 29/06/2036 Regular
002/18 Cessão de Uso Não Onerosa OGMOSA 10,19 20 anos 01/10/2038 Regular
002/16 Cessão de Uso Não Onerosa PF - IMIGRAÇÃO 61,88 10 anos 16/12/2026 Regular
005/18 Cessão de Uso Não Onerosa PF - NEPON 112,26 20 anos 27/12/2038 Regular
001/09 Cessão de Uso Não Onerosa RFB 596,94 10 anos 23/01/2029 Regular
001/15 Cessão de Uso Não Onerosa SEINFRA-BA 43.269,53 20 anos 17/06/2035 Regular
001/17 Cessão de Uso Não Onerosa SRTE 45,85 20 anos 11/01/2037 Regular

PORTO DE ARATU-CANDEIAS
Situação
Nº Vigência
Tipo Empresa Área m² Prazo do
Contrato até
Contrato
002/16 Contrato de Passagem BRASKEM S/A 13.219,50 25 anos 12/07/2041 Regular
023/00 Contrato de Passagem MONSANTO 4.185,25 15 anos 17/10/2030 Regular
001/17 Contrato de Passagem VOPAK S/A 884,46 25 anos 02/05/2042 Regular
027/20 Cessão de Uso Onerosa AMSPEC 759,32 10 anos 10/11/2030 Regular
018/20 Cessão de Uso Onerosa INTERTEK DO BRASIL 777,15 10 anos 17/07/2030 Regular
017/20 Cessão de Uso Onerosa SGS DO BRASIL 473,00 10 anos 11/08/2030 Regular
025/21 Cessão de Uso Onerosa SGS DO BRASIL 200,00 10 anos 05/10/2031 Regular
018/22 Cessão de Uso Onerosa SGS DO BRASIL 200,00 10 anos 24/05/2032 Regular
001/18 Cessão de Uso Não Onerosa ANTAQ 16,08 20 anos 04/10/2038 Regular
001/18 Cessão de Uso Não Onerosa OGMOSA 17,01 20 anos 10/04/2038 Regular

PORTO DE ILHÉUS
Situação
Nº Vigência
Tipo Empresa Área m² Prazo do
Contrato até
Contrato
S/N Cessão de Uso Onerosa SAEB-BA 3.916,84 20 anos 05/07/2024 Regular
001/22 Cessão de Uso Onerosa SOUTO DIAS 4.281,00 10 anos 06/03/2032 Regular
003/17 Cessão de Uso Não Onerosa ANVISA 16,74 20 anos 19/01/2037 Regular
002/10 Cessão de Uso Não Onerosa BAHIA PESCA 3.797,07 20 anos 04/02/2030 Regular
S/N Cessão de Uso Não Onerosa OGMOIL 123,29 5 anos 17/09/2022 Regular
001/21 Cessão de Uso Não Onerosa RECEITA FEDERAL 227,16 10 anos 21/04/2031 Regular

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11. UTILIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES DE ACESSO AQUAVIÁRIO DE USO


PÚBLICO

11.1. DESCRIÇÃO DAS INSTALAÇÕES DE ACESSO AQUAVIÁRIO DE


USO PÚBLICO.
Os Portos de Salvador e Aratu-Candeias oferecem dois canais de acesso à
Baía de Todos os Santos, o primeiro chamado Canal de Dentro, ao lado da cidade,
com profundidade mínima de 8 metros; o segundo chamado de Canal de Fora, ao
lado da ilha de Itaparica, com profundidade mínima de 13 metros. As demais
instalações estão descritas como a seguir:
11.1.1. Porto de Salvador
De acordo com o Anexo A.
11.1.2. Porto de Aratu-Candeias
De acordo com o Anexo B.
11.1.3. Porto de Ilhéus
De acordo com o Anexo C.

11.2. CONDIÇÕES DE UTILIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES DE ACESSO


AQUAVIÁRIO DE USO PÚBLICO.
11.2.1. A utilização das instalações de acesso aquaviário de uso
público pelas embarcações que demandem os portos da
CODEBA inclui as vantagens proporcionadas pela infraestrutura
de proteção, canal de acesso, área de fundeio, bacia de evolução
e sinalização e balizamento e será autorizada pela Administração
do Porto de acordo com os termos e condições deste REP e
prévia autorização das Autoridades Marítima, Aduaneira,
Sanitária e de Polícia Marítima, conforme o caso.
11.2.2. As manobras e tráfego de entrada e saída de embarcações
são disciplinadas pelas Normas de Procedimentos - NPCP da
CPBA e de acordo com as disposições deste REP, cumpridas as
formalidades e procedimentos do sistema PSP.
11.2.3. O CMR e o porte máximo das embarcações que podem
utilizar as instalações de acesso aquaviário de uso público são os

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divulgados pela CODEBA, estabelecidos sob coordenação da


Autoridade Marítima e disponíveis na página
https://www.marinha.mil.br/cpba/sites/www.marinha.mil.br.cpba/fi
les/npcp-ba.pdf.
11.2.4. O uso das instalações de acesso aquaviário de uso público
dos portos da CODEBA, por navio não autorizado ou com
características superiores ao CMR e porte às estabelecidos
motivará a denúncia à Autoridade Marítima, à Polícia Marítima e
à ANTAQ para as sanções aplicáveis ao armador responsável.
11.2.5. Quando da omissão ou da imprecisão dos dados
fornecidos pelo armador resultar um evento danoso, as
responsabilidades pelos prejuízos ou acidentes decorrentes
caberão ao armador.
11.2.6. Para embarcações transportando mercadorias perigosas
que utilizem as instalações de acesso aquaviário de uso público,
deverão ser cumpridos, ainda, procedimentos específicos
estabelecidos pela Autoridade Marítima.
11.2.7. A embarcação e seus tripulantes, enquanto permanecerem
na área do Porto Organizado, ficam sujeitos às disposições deste
REP.

11.3. PROGRAMA DE DRAGAGEM


11.3.1. A Lei nº 12.815, de 5 de junho de 2013, instituiu o Programa
Nacional de Dragagem Portuária, a ser implantado e gerido pela
Secretaria de Portos da Presidência da República e pelo
Ministério dos Transportes, nas respectivas áreas de atuação.
Esse programa abrange, dentre outras atividades, os serviços de
dragagem para manutenção ou ampliação de áreas portuárias,
compreendendo a remoção do material submerso (dragagem de
manutenção, visando manter a profundidade do projeto) ou a
escavação ou derrocamento do leito (dragagem de

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Regulamento de Exploração dos Portos Rev. 02 20/10/2022

aprofundamento visando aumentar a profundidade, para atender


aos navios de maior calado).
11.3.2. As plantas que definem as áreas de dragagens e
batimetrias recentes dos Portos Organizados administrados pela
CODEBA estão abaixo descritas e publicadas na página da
empresa na internet, em www.codeba.gov.br, na consulta por
cada Porto Organizado.
Porto de Salvador:
Planta da área de dragagem: DE-CBA-08.01.0-370-EIC-001
Planta de sondagem batimétrica: DSH-CODEBA-001/2020
Porto de Aratu-Candeias:
Planta da área de dragagem: DE-CBA-08.02.0-370-EIC-001
Planta de sondagem batimétrica: DSH-CODEBA-002/2020
Porto de Ilhéus:
Planta da área de dragagem: HCICL-015-2021-Área 1-CODEBA-
HIGH-NOVO-NP08
Planta de sondagem batimétrica: HCICL-015-2021-Área 1 e 2-
CODEBA-HIGH-NP19

11.4. OBRAS DE PROTEÇÃO E ABRIGO


11.4.1. Porto de Salvador
De acordo com o Anexo A
11.4.2. Porto de Aratu-Candeias
De acordo com o Anexo B
11.4.3. Porto de Ilhéus
De acordo com o Anexo C

11.5. NORMA DE TRÁFEGO E PERMANÊNCIA DE NAVIOS:


Cabe à Autoridade Portuária, sob a coordenação da Autoridade Marítima,
conforme estabelece o art. 18 da Lei nº 12.815, de 5 de junho de 2013, manter o
balizamento do canal de acesso e bacia de evolução. As regras gerais de acesso,

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Regulamento de Exploração dos Portos Rev. 02 20/10/2022

manobras e permanência, restrições e exigências estão estabelecidas nas NPCP da


CPBA.

11.6. SERVIÇO DE PRATICAGEM


A Praticagem é obrigatória em todos os portos da CODEBA para embarcações
classificadas para a navegação de cabotagem e de longo curso, e nas manobras de
atracação/desatracação, fundeio/suspender e em todas as demais plataformas,
nacionais ou estrangeiras, exceto para as dispensas previstas no Anexo 4-C, da
NORMAM-12-PC. O serviço de Praticagem nas zonas portuárias da CODEBA está
disponível durante as 24 horas do dia e todos os dias do ano.
11.6.1. Utilização do serviço
a) O serviço poderá ser acionado pelos seguintes meios:
Fones:(71) 3016-8512, 3016-8513, 3016-8514
Fax : (71) 3016-8515
E-mail: cop.zp12@praticagemdabahia.org.br
b) Sociedades de Praticagem:
• Salvador Pilots - Serviços de Praticagem dos Portos da
Baía de Todos os Santos Sociedade Simples Ltda.
• Bahia Pilots –Serviços de Praticagem da Baía de Todos
os Santos Sociedade Simples Ltda.
• Madre de Deus Pilots - Serviços de Praticagem da Baía
de Todos os Santos Sociedade Simples Ltda.
• BTS Pilots - Serviços de Praticagem da Baía de Todos
os Santos Sociedade Simples Ltda.
• Porto Sul Pilots Ltda. - Serviços de Praticagem do Porto
de Ilhéus Sociedade Simples Ltda.
11.6.2. Disponibilidade de lanchas
A Praticagem conta com uma frota de oito lanchas para condução
dos Práticos e duas lanchas de apoio.
11.6.3. Disponibilidade de rebocadores:
Empresas fornecedoras:
• SAAM Towage Brasil SA: Salvador/Aratu

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Regulamento de Exploração dos Portos Rev. 02 20/10/2022

• SUL NORTE Serviços Marítimos: Salvador/Aratu


• SAMM SMIT TUG: Salvador/Aratu
• WILSON SONS Serviços Marítimos LTDA: Salvador/Aratu/
Ilhéus.

11.7. SISTEMA DE GERENCIAMENTO DO TRÁFEGO DE NAVIOS:


Atualmente é utilizado o sistema “marine traffic” para fazer o mapeamento dos
navios fundeados.
O Sistema de Gestão de Tráfego de Navios – VTMIS, a ser implantado para
monitoramento na Baía de Todos os Santos, teve concluída a sua fase inicial que
contempla a instalação do Local Port Service – LPS, módulo central do sistema, cuja
operação está prevista para iniciar no segundo semestre de 2022.

11.8. SISTEMA DE SINALIZAÇÃO NÁUTICA:


A Autoridade Portuária mantém contrato com empresa especializada, cujo
objeto é a execução de serviços de manutenção/recuperação e assessoramento de
sinalização e balizamento náutico dos Portos de Salvador, Aratu-Candeias e Ilhéus.
Esses serviços atendem às exigências da NORMAM 17. A sinalização está
consignada nas seguintes cartas:
• Carta náutica nº 1102.
• Carta náutica nº 1103.
• Carta náutica nº 1201.

11.9. PRIORIDADE DE ATRACAÇÃO


11.9.1. Os navios em perigo por motivo de avaria, incêndio,
instabilidade de carga, ou por outras causas justificadas terão
preferência para atracação, para descarga da mercadoria,
retificação da estiva ou reparação da avaria, enquanto persistirem
os motivos de perigo.
11.9.2. Dos pedidos de prioridade, apresentados pela CPBA para
atender aos navios na situação descrita no item anterior, deverão

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Regulamento de Exploração dos Portos Rev. 02 20/10/2022

constar as informações necessárias à correta aplicação das


disposições deste REP.
11.9.3. Ficará assegurada a atracação imediata aos navios da
Marinha do Brasil ou estrangeira, desde que solicitado pela
Autoridade Marítima, em trecho de cais previamente fixado e
acordado.
11.9.4. As atracações serão priorizadas conforme a ordem
cronológica de chegada dos navios à linha que delimita a entrada
da Baía de Todos os Santos, para os portos de Salvador e Aratu,
caracterizando-se quando o navio acessa a área de fundeio.
11.9.5. Será concedida atracação imediata à sua chegada ao
Porto, aos navios de turismo ou passageiros, obedecendo escala
pré-determinada e comunicada à Autoridade Portuária com a
antecedência mínima de dez dias.
11.9.6. No Porto Organizado de Salvador, os Navios de Cruzeiro
atracam, preferencialmente, no berço 201, salvo quando suas
características sejam incompatíveis com as daquele berço.
11.9.7. No Porto Organizado de Aratu, as prioridades são apenas
as contidas no item 11.9.1 deste Regulamento.
11.9.8. Nos casos em que ocorra a demanda para atracação, no
Porto de Salvador, de dois ou mais Navios de Cruzeiro,
simultaneamente, serão adotados os seguintes critérios para a
destinação do berço de atracação, pela Autoridade Portuária:
I. compatibilidade das características físicas dos berços e
dos navios;
II. quantidade de passageiros – o navio com maior
quantidade é prioritário para atracar no berço 201;
III. quantidade de passageiros a embarcar/desembarcar – o
navio com maior quantidade é prioritário para atracar no
berço 201;
IV. duração da estadia – o navio com maior período de
atracação é prioritário para atracar no berço 201; e

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Regulamento de Exploração dos Portos Rev. 02 20/10/2022

V. condicionantes especiais apresentadas pelo operador


portuário.

11.10. SISTEMA DE MONITORAMENTO DE ATRACAÇÃO:


Não disponível.

12. UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS PORTUÁRIOS DE USO PÚBLICO

a) A Administração do Porto fornecerá o equipamento ou o aparelhamento


de sua propriedade, ao operador portuário que o requisite,
exclusivamente para operações portuárias.
b) A utilização de equipamento ou aparelhamento de propriedade da
Administração do Porto poderá ser requisitada por terceiros, desde que
não prejudique a continuidade e a qualidade da operação portuária.
c) O equipamento ou o aparelhamento de propriedade da Administração
do Porto deverá ser operado pelo operador portuário requisitante,
obedecida a legislação trabalhista aplicável.
d) O operador portuário restituirá à CODEBA o equipamento, após a
utilização, nas mesmas condições em que o recebeu. A ausência de
ressalvas formalizadas pelo requisitante no ato de recebimento do
equipamento e pela CODEBA no ato de restituição após utilização,
isenta as partes por danos que venham a ser posteriormente
constatados, a menos que laudo técnico emitido por perito reconhecido
pelas partes indique, conclusivamente, responsabilidade por dano ou
defeito no equipamento.
e) A remuneração à CODEBA pelo uso de equipamentos, apetrechos e
aparelhamento será feita de acordo com as taxas da Tarifa Portuária
aplicáveis.

12.1. EQUIPAMENTOS FLUTUANTES


Apenas o Porto de Salvador disponibiliza equipamentos flutuantes e possui
quatro afastadores para utilização no Cais Comercial, em navios com calado superior

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Regulamento de Exploração dos Portos Rev. 02 20/10/2022

a 8 metros e cuja remuneração pelo uso está estabelecida no item II.2-Equipamentos


Portuários, da Tarifa Portuária.

12.2. GUINDASTES DE CAIS:


Guindastes elétricos de pórtico e carregador de navios estão instalados nos
cais dos portos da CODEBA, cuja utilização está condicionada à disponibilidade
quando da requisição.

Porto de Salvador:
De acordo com o anexo A
Porto de Aratu:
De acordo com o anexo B
Porto de Ilhéus:
De acordo com o anexo C

12.3. OUTROS EQUIPAMENTOS PORTUÁRIOS:


Outros equipamentos de uso público disponíveis estão relacionados e com
suas Normas de utilização e preços no item II - 2 Equipamentos Portuários, da Tarifa
Portuária.
Porto de Salvador:
De acordo com o anexo A
Porto de Aratu:
De acordo com o anexo B
Porto de Ilhéus:
De acordo com o anexo C

12.4. UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS PORTUÁRIOS PRÓPRIOS POR


OPERADOR PORTUÁRIO:
O operador portuário que possuir equipamento portuário próprio e assim o
desejar, poderá utilizá-lo nas operações no Portos Organizados da CODEBA, desde
que devidamente autorizado pela Administração do Porto.

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Regulamento de Exploração dos Portos Rev. 02 20/10/2022

A autorização de que trata o parágrafo acima será concedida mediante a


apresentação de requerimento e do atendimento das seguintes condicionantes pelo
operador portuário:
a) registro prévio das características básicas do equipamento, acompanhado do
laudo técnico e certificado de operação emitidos por entidade classificadora de
primeira linha e ART – Anotação de Responsabilidade Técnica, registrada no
CREA/BA, atestando que o equipamento se encontra em perfeitas condições
de operação e que há compatibilidade do seu estacionamento e operação com
a estrutura de cais a que se destina;
b) apresentação de declaração de responsabilidade do operador portuário
perante terceiros;
c) compromisso de cumprimento das Normas e deste REP e de pagamento dos
preços a serem cobrados pela CODEBA para o estacionamento dos
equipamentos; e
d) compromisso de cumprimento das diretrizes técnicas e de segurança exigidas
pelo fabricante do equipamento.

13. UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS PORTUÁRIOS DE TERCEIROS, DE USO


PÚBLICO.

13.1. REGULAMENTAÇÃO
a) Os equipamentos portuários de terceiros, de uso público, são todos
os equipamentos não pertencentes à CODEBA e que foram
autorizados a operar na movimentação de mercadorias destinadas
ou provenientes de transporte aquaviário nas instalações dos Portos
Organizados da CODEBA.
b) O operador portuário que pretenda utilizar equipamentos portuários
de terceiros para a sua operação, deverá solicitar autorização da
Administração do Porto, nos moldes do constante no item 12.4,
acima, acrescida do:
I. estudo de engenharia e correspondente anotação de
responsabilidade técnica, garantindo a compatibilidade do

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equipamento com a estrutura do cais e instalações passíveis


de serem utilizadas, inclusive em condições operacionais; e
II. plano de operação do equipamento, abrangendo medidas de
saúde e segurança do trabalho e medidas mitigadoras de
natureza ambiental, sem prejuízo da necessidade de
obtenção das respectivas licenças previstas na legislação.
c) Os equipamentos portuários de terceiros, operados pelos
Operadores Portuários, deverão estar em perfeitas condições e de
forma adequada para cada tipo de operação.
d) Finalizando as operações, os equipamentos rodantes e que não
podem, por seu porte, ser removidos das instalações sob
administração da CODEBA, deverão ser recolhidos para áreas
específicas definidas pela Administração do Porto, fora da faixa do
cais e cujo uso será remunerado pelas taxas específicas da Tarifa
Portuária.
e) O Operador Portuário deverá informar à Administração do Porto por
meio de meios eletrônicos, ou outro tipo de formalização, quando for
utilizar equipamentos próprios ou terceirizados, constando
características, forma de uso e o operador responsável pela
condução do equipamento, para obtenção da devida autorização
pela Autoridade Portuária.
f) A Autoridade Portuária poderá solicitar a remoção, troca de
equipamento ou determinar a paralisação das operações em
situação em que o equipamento não se encontre em condições
adequadas de utilização ou que esteja sendo operado em desacordo
com as Normas que regulam o seu uso.
13.1.1. Equipamentos a serem utilizados por operadores
portuários não arrendatários:
a) A locação de equipamentos portuários não configura operação
portuária, mesmo que a locadora seja, também, operador
portuário;

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b) A operação de equipamentos portuários, de qualquer


natureza, nas fainas descritas no Art. 40 da Lei nº 12.815, de
5 de junho de 2013, somente poderá ser feita em obediência
à legislação que rege o trabalho portuário.
c) A movimentação de carga por equipamento portuário somente
constitui crédito do operador portuário que opera o
equipamento, para fins de comprovação de atividade a que se
refere o Art. 22 da Portaria SEP nº 111, de 7 de agosto de
2013.
d) A atividade de locação de equipamentos pelos operadores
portuários não é regulada pela CODEBA.
e) A utilização de equipamentos portuários de terceiros por
operador portuário em suas próprias operações ou na
prestação de serviços a outro operador portuário, está sujeita
às mesmas exigências de cumprimento da Portaria SEP nº
111, de 7 de agosto de 2013, e do constante neste REP.
13.1.2. Equipamentos a serem utilizados por arrendatários nas
instalações arrendadas:
Além das Normas gerais constantes da Portaria SEP nº 111, de 7
de agosto de 2013, e do contido neste REP, arrendatários
deverão cumprir as cláusulas e condições especificadas nos
respectivos contratos de arrendamento, relativas à utilização de
equipamentos.
13.1.3. Desmobilização
O operador portuário, arrendatário ou não, que pretenda
desmobilizar o equipamento portuário em uso, qualquer que seja
o motivo, deverá solicitar autorização à Autoridade Portuária, com
antecedência mínima de 30 dias.

13.2. EQUIPAMENTOS FLUTUANTES


Os interessados na utilização ou na prestação de serviços portuários de
equipamentos portuários flutuantes deverão submeter suas pretensões à

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Administração do Porto, acompanhadas de toda a documentação relativa ao


equipamento, como licenças, seguros e outros.
Lanchas, rebocadores e outros equipamentos flutuantes utilizados na
navegação de apoio portuário deverão ser cadastrados por seus proprietários junto à
Administração do Porto, após obtenção da autorização de funcionamento concedida
pela ANTAQ e do registro das embarcações junto à Autoridade Marítima.

13.3. GUINDASTES DE CAIS:


A utilização de guindastes de cais de terceiros nas instalações do Porto
Organizado deverá ser precedida do cumprimento, pelo operador portuário
interessado, das exigências estabelecidas no inciso IX do Art. 10 da Portaria SEP nº
111, de 7 de agosto de 2013, e neste REP.

14. OPERAÇÕES PORTUÁRIAS

14.1. OPERAÇÕES PORTUÁRIAS PELA ADMINISTRAÇÃO DO PORTO


As operações portuárias somente serão realizadas pela CODEBA em situações
excepcionais, para assegurar a continuidade das operações nas instalações
portuárias, o interesse público, ou para exploração de superestruturas de
armazenagem e outras, ainda a serem submetidas ao mercado para arrendamento.
A CODEBA poderá, para o exercício dessas atividades, contratar outro
Operador Portuário, mediante aplicação das normas de licitação e contratação
pública, ou permitir a atividade de Operador Portuário contratado pelo dono da
mercadoria ou consignatário, sempre em situações excepcionais.

14.2. OPERAÇÕES PORTUÁRIAS CARACTERÍSTICAS DO PORTO


14.2.1 Porto de Salvador:
De acordo com o anexo A
14.2.2 Porto de Aratu
De acordo com o anexo B
14.2.3 Porto de Ilhéus
De acordo com o anexo C

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14.3. OPERADORES PORTUÁRIOS


O operador portuário qualificado pela CODEBA, de acordo com a Norma de
Pré-Qualificação para Operador Portuário nos Portos Organizados de Salvador, Aratu-
Candeias e Ilhéus, de 19 de dezembro de 2019, poderá realizar as operações
portuárias nos Portos Organizados da CODEBA, de acordo com as fainas descritas
no Art. 40 da Lei nº 12.815, de 5 de junho de 2013.
Os operadores portuários em atividade nos Portos Organizados da CODEBA
estão relacionados na página da CODEBA na Internet em
https://codeba.gov.br/eficiente/sites/portalcodeba/pt-
br/site.php?secao=operadores_portuarios .

14.4. MOVIMENTAÇÃO DE PASSAGEIROS


As operações relativas à movimentação de passageiros (embarque,
desembarque e trânsito) oriundos ou destinados a Navios de Cruzeiro nos Portos
Organizados de Salvador e Ilhéus são realizadas por operador portuário credenciado
para tal fim. Além do operador portuário, outros agentes atuam no processo de
atendimento aos passageiros, tais como, agência do navio, fiscalização aduaneira e
fitossanitária, polícia marítima e federal, agências de turismo, entre outros.
A estatística de movimentação de Navios de Cruzeiro, bem como as suas
escalas nos Portos de Salvador e Ilhéus encontram-se na página da CODEBA na
Internet em https://www.codeba.gov.br/eficiente/sites/portalcodeba/pt-
br/site.php?secao=naviosturismo.
A movimentação de passageiros no Porto Organizado de Ilhéus deverá seguir
o preconizado na Norma para Gerir Operação Portuária de Movimentação de
Passageiros, daquele Porto.

14.5. ARMAZENAGEM NAS INSTALAÇÕES DE USO PÚBLICO


A descrição do processo, condições específicas, forma de utilização, restrições,
forma de remuneração e requisição para utilização das instalações de armazenagem
de uso público estão estabelecidas no item 8.5 deste REP.

14.6. TRANSPORTE DE MERCADORIAS NOS RECINTOS PORTUÁRIOS

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Para transportar mercadorias nos Portos Organizados da CODEBA, além da


legislação vigente, o transportador deve observar as seguintes regras:
a) Transportar a carga a granel devidamente enlonada.
b) Manter os veículos em perfeitas condições de tráfego, conduzido por motorista
devidamente uniformizado e com documentação regularizada.
c) Cumprir as normas de acesso respeitando as sinalizações verticais e
horizontais do recinto.
d) Não estacionar veículo de cargas na área interna do Porto.
e) Não interditar as vias de acesso do Porto.
f) Responsabilizar-se pelos danos ou avarias ocorridas durante o transporte no
interior das instalações do Porto.
g) Trafegar dentro dos limites de velocidade estabelecidos pela Administração do
Porto.
14.6.1. Cabe à Administração do Porto manter as condições
necessárias para o uso de suas instalações.
14.6.2. O operador portuário é corresponsável por qualquer dano
causado na instalação portuária em decorrência de incidentes no
transporte de mercadorias.

14.7. TRABALHO PORTUÁRIO


14.7.1. O trabalho portuário é regulado pela Lei nº 12.815, de 5 de
junho de 2013, que define o trabalho de capatazia, estiva,
conferência de carga, conserto de carga, bloco e vigilância de
embarcações no Porto Organizado, e pela legislação trabalhista
relativa ao trabalho portuário, devendo ser realizado por
trabalhadores portuários com vínculo empregatício a prazo
indeterminado e por TPA.
14.7.2. O acesso à Unidade Portuária pelo trabalhador portuário
deve ser precedido do encaminhamento da escala por turno de
trabalho, pelo OGMO de cada unidade portuária à Segurança
Portuária que controlará, fiscalizará e concederá o acesso.

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14.7.3. Os empregados dos operadores portuários e a mão de


obra do OGMO, quando a seu serviço, ficam obrigados ao uso de
crachá de identificação na área do Porto Organizado.
14.7.4. A fiscalização, na ocorrência de qualquer irregularidade,
adotará as medidas necessárias visando manter os
procedimentos e a normalidade dos serviços portuários.

14.8. TARIFA PORTUÁRIA


As Tarifas Portuárias, aprovadas e vigentes, para os Portos Organizados da
CODEBA, encontram-se disponíveis na página da empresa na internet em
https://www.codeba.gov.br/eficiente/repositorio/Tarifas/17051.pdf, para os Portos de
Salvador e Aratu-Candeias e
https://www.codeba.gov.br/eficiente/repositorio/Codeba/Documentos/Tarifas_Portuar
ias/Tarifa%20IOS%2026.12.2018.pdf, para o Porto de Ilhéus.
Quando necessário, os serviços e fornecimentos eventuais não previstos na
Tarifa Portuária, serão estabelecidos pela Autoridade Portuária com sua inclusão
como taxas convencionais na Tarifa a ser cobrada.

14.9. PREÇOS DOS SERVIÇOS DOS OPERADORES, REBOCADORES E


PRATICAGEM
Os preços dos serviços prestados pelos diversos intervenientes na atividade
portuária são livremente contratados pelas partes, à exceção das operações
portuárias concedidas, como os serviços de operação de guindastes em cais públicos,
por operadores portuários, que são fixados pela CODEBA.

15. SERVIÇOS NÃO PORTUÁRIOS

15.1. TRÂNSITO DE MERCADORIAS NAS VIAS DE USO PÚBLICO


O trânsito nas vias de uso público, entre os cais e as instalações portuárias e
os portões de acesso ao Porto Organizado, e vice-versa, está sujeito à aplicação de
Código de Trânsito Brasileiro. Dentro das instalações portuárias, o transporte interno
de mercadorias é caracterizado como operação portuária, aplicando-se a NR-29 e a

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legislação trabalhista que regula o trabalho portuário, além das normas estabelecidas
pela Autoridade Portuária e demais órgãos reguladores.
É exigida a estanqueidade de todos os veículos de movimentação de produtos,
bem como o enlonamento (caçambas, carretas, bi-trens) daqueles que movimentam
produtos sólidos. Os veículos de movimentação de carga deverão estar equipados
com sinalizadores luminosos e sonoros.

15.2. CARREGAMENTO DE BAGAGEM


O serviço de carregamento de bagagem para atendimento aos navios de
passageiros na área dos Portos de Salvador e Ilhéus é realizado por transportadores
de bagagens avulsos, coordenados pelo Concessionário.

15.3. AMARRAÇÃO DE NAVIOS


São serviços executados para a conclusão das manobras de atracação ou
início da desatracação de embarcações, com pessoal para tomada dos cabos de
amarração e sua fixação nos cabeços, de acordo com as instruções do técnico da
Autoridade Portuária e do Comandante do navio.
As atividades de amarração e desamarração de cabos não se inserem nas
atividades próprias do Trabalhador Portuário, conforme Ementário do Trabalho
Portuário, editado pelo extinto Ministério do Trabalho e Emprego, e Resolução nº 2586
da ANTAQ, de 17 de agosto de 2012. A Requisição destes serviços deve ser feita ao
OGMO de cada Porto Organizado.

15.4. FORNECIMENTO DE MATERIAL DE ESTIVA


Informações sobre o fornecimento de material de estiva podem ser obtidas
junto às agências marítimas e operadores portuários.

15.5. ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEL A EQUIPAMENTOS E


EMBARCAÇÕES
O serviço de abastecimento de combustível a embarcações deve ser realizado
de acordo com a legislação vigente e com as determinações contidas na Norma de
Acompanhamento do Abastecimento de Navios da CODEBA, de 15 de abril de 2003,

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Regulamento de Exploração dos Portos Rev. 02 20/10/2022

disponível na página da empresa em


https://www.codeba.gov.br/eficiente/repositorio/Codeba/Documentos/Atos_normativo
s/Agosto/2505.pdf. Os procedimentos regulamentados por essa Norma são
relacionados ao controle, acompanhamento e fiscalização dos serviços do
abastecimento de combustível inflamável em embarcações atracadas nos Portos da
CODEBA, com vistas à segurança no trabalho e proteção às pessoas e ao ambiente
marinho.
A realização dos serviços de abastecimento de combustíveis deve ser
comunicada pelo agente responsável, por e-mail, com antecedência mínima de 24
horas aos contatos meioambiente@codeba.com.br e segtrab@codeba.com.br,
contendo minimamente:
I. nome do navio;
II. empresa responsável;
III. tipo e quantidade de combustível a ser transferido;
IV. data e hora previstas para o início da operação;
V. declaração de que conhece e cumprirá a legislação e Normas
ambientais e de segurança vigentes sobre a atividade.
A operação de abastecimento de combustíveis apenas poderá ser iniciada após
o posicionamento das barreiras de contenção nos moldes da Norma supracitada e
nos normativos da Diretoria de Portos e Costas (DPC) da MB.
O abastecimento das embarcações de apoio “in-shore”, quando autorizados
para ocorrerem atracados nos Portos da CODEBA, seguirão as mesmas regras
acrescidas dos procedimentos necessários com vistas à segurança quando do
abastecimento por transporte terrestre e de instruções específicas de cada Porto
Organizado.

15.6. COLETA DE RESÍDUOS NO PORTO, INCLUSIVE EM


EMBARCAÇÕES, E DESTINAÇÃO
15.6.1. Os serviços de retirada de resíduos nos Portos
Organizados de Salvador, Aratu-Candeias e Ilhéus devem ser
realizados, dando observância à legislação ambiental, sanitária e

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Regulamento de Exploração dos Portos Rev. 02 20/10/2022

agropecuária, bem como às Normas e regulamentos internos


instituídos pela CODEBA, ANTAQ e ANVISA.
15.6.2. A gestão dos resíduos gerados nas áreas e instalações
arrendadas do Porto cabe aos respectivos arrendatários.
15.6.3. A gestão dos resíduos gerados durante as operações
portuárias será de responsabilidade dos operadores portuários,
independente da classificação do resíduo. Para tal, o operador
poderá implantar, temporariamente, coletores de resíduos nas
proximidades da operação, mediante autorização prévia da
Gerência do Porto, obedecida a legislação vigente.
15.6.4. Às empresas usuárias e arrendatárias de áreas do Porto
compete adotar os procedimentos integrantes do Plano de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos - PGRS do Porto e Norma
de Gerenciamento de Resíduos da CODEBA, disponíveis na
página da CODEBA na Internet
www.codeba.gov.br/eficiente/repositorio/Codeba/Documentos/P
ublicacoes/4854.pdf, além das demais exigências previstas na
legislação, pertinente e vigente, que regula a proteção ambiental
e as vigilâncias sanitária e agropecuária.
15.6.5. Cabe às empresas usuárias e arrendatárias de áreas do
Porto prestar informações e apresentar evidências da gestão dos
resíduos sólidos gerados nas atividades realizadas dentro da área
portuária.
15.6.6. O serviço de retirada de resíduos de embarcação deve ser
prestado por empresa coletora de resíduos, previamente
cadastrada pela Autoridade Portuária, sendo terminantemente
proibida a disposição desses resíduos em áreas ou coletores da
CODEBA.

15.7. CERTIFICAÇÃO DE MERCADORIAS

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Regulamento de Exploração dos Portos Rev. 02 20/10/2022

O serviço de certificação de mercadorias é disponibilizado nos Portos


Organizados de Salvador e Aratu-Candeias, com três Certificadoras/Licenciadoras
que trabalham em regime de 24 horas, conforme abaixo:

Empresa Contato
• Intertek do Brasil Inspeções Ltda. (71) 3118-2500
• SGS do Brasil Ltda. (71) 3311-0161
• AMSPEC Brasil Inspeções Técnicas Ltda. (71) 3599-2030 e (71) 3599-2030

15.8. MANUTENÇÃO E REPAROS


Quaisquer necessidades de manutenção e reparos emergenciais nas
embarcações ou equipamentos devem ser informadas pelos Agentes de Navegação
ou Operador Portuário à Gerência de cada unidade portuária, para a devida
autorização, especificando:
a) empresa responsável;
b) nome das pessoas com respectivos documentos de identificação (CPF, RG,
Carteira de Habilitação, modelo e placa do veículo);
c) tipo de serviço a ser executado;
d) data e hora previstas para o início dos serviços; e
e) declaração de que conhece e cumprirá a legislação e Normas ambientais e
de segurança vigentes sobre a atividade.

15.9. OUTROS SERVIÇOS À CARGA E AO NAVIO


Os serviços de arqueação nas embarcações atracadas nos Portos
administrados pela CODEBA são realizados por peritos credenciados ou habilitados
pela Receita Federal.

15.10. LIMPEZA, TRATAMENTO E PINTURA NOS CONVESES E


COSTADOS DOS NAVIOS
É proibida a realização dos serviços de pintura, raspagem, limpeza, picotagem
e retirada de cracas dos cascos de embarcações nas áreas dos Portos Organizados
da CODEBA, bem como em suas poligonais aquáticas. Serão permitidos apenas os

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Regulamento de Exploração dos Portos Rev. 02 20/10/2022

serviços mínimos obrigatórios de pintura, do nome da embarcação, porto de inscrição,


escala de calado e disco de Plimsoll.
A autorização para realização dos serviços citados acima, especificando todas
as medidas de segurança e contenção que serão utilizadas, deverá ser requerida à
Gerência do Porto, a quem cabe comunicar à Área de Meio Ambiente e Segurança do
Trabalho da CODEBA, com, pelo menos, 24 horas de antecedência. O responsável
pela disposição de qualquer material poluente no mar estará obrigado a manter o
controle ou minimização da poluição por ele causada, independente de prévia
autorização e de pagamento de multa, conforme prevê o art. 23 da Lei nº 9.966, de
28 de abril de 2000, a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, e o Decreto nº 4.136,
de 20 de fevereiro de 2002.

16. MEIO AMBIENTE, SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO PORTUÁRIO

À Administração do Porto cabe zelar para que os serviços no Porto Organizado


se realizem de acordo com os procedimentos necessários à segurança do trabalho, à
preservação do meio ambiente e ao uso racional sustentado dos recursos naturais,
desenvolvendo e participando de programas, planos e projetos para a consecução
destes objetivos.
Todos os agentes que exerçam atividades no Porto Organizado devem cumprir
o contido nas Normas internas da CODEBA e participar nos programas, planos, ações
e projetos desenvolvidos pela Administração do Porto, relativos à segurança do
trabalho e à proteção do meio ambiente.
O arrendatário é responsável pela segurança do trabalho nas instalações
portuárias arrendadas e, quando exercer a atividade de operador portuário,
responderá pelos mesmos atos como qualquer operador portuário.
O operador portuário é responsável pela segurança do trabalho nas operações
portuárias realizadas sob sua responsabilidade, devendo atender, entre outras, as
exigências previstas em Lei e Normas pertinentes.
Cabe aos arrendatários, operadores portuários, OGMO e demais usuários do
Porto Organizado, quando couber, apresentar à Administração do Porto a
documentação relativa à Saúde e Segurança do Trabalho nas frequências detalhadas
a seguir:

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Regulamento de Exploração dos Portos Rev. 02 20/10/2022

 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), conforme a Norma


Regulamentadora nº 9 – Frequência: Anual;
 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), conforme a
Norma Regulamentadora nº 7– Frequência: Anual;
 Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT) do INSS –
Frequência: Anual;
 Programa de Gerenciamento de Riscos – Frequência: Anual;
 Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros e respectivo projeto técnico aprovado
pelo Corpo de Bombeiros– Frequência: Anual;
 Dados referentes estatísticas de acidentes, de acordo com normativo vigente,
em especial com a NBR 14.280/2001 – Frequência: Mensal.
A proteção ao meio ambiente no Porto Organizado é gerida pela Administração
do Porto em coordenação com as autoridades ambientais competentes. Cabe aos
arrendatários, operadores portuários, OGMO e demais usuários do Porto Organizado,
quando couber, apresentar à Administração do Porto a documentação relativa ao Meio
Ambiente nas frequências detalhadas a seguir:
• Licença Ambiental vigente para instalação e atividade desenvolvida -
Frequência: Anual;
• Relatório Técnico de Garantia Ambiental (RTGA) do ano base anterior, nos
termos do Decreto Estadual nº 14.024/, de 6 de junho de 2012 – Frequência:
Anual;
• Relatório de Plano de Ação de Auditoria Ambiental Bienal, nos termos da
Resolução Conama nº 306/, de 5 de julho de 2002 – Frequência: Anual;
• Plano de Emergência Individual (PEI), nos termos da Resolução Conama nº
398, de 11 de junho de 2008 – Frequência: Anual;
• Relatório de simulados e comprovação de disponibilidade de recursos
humanos e materiais para atendimento ao PEI – Frequência: Anual;
• Plano de Gestão de Resíduos Sólidos (PGRS) – Frequência: Anual;
• Inventário de resíduos do ano base anterior – Frequência: Anual;
• Certificações voluntárias – Frequência: Anual;
• Programa de Educação Ambiental (PEA) – Frequência: Anual;

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Regulamento de Exploração dos Portos Rev. 02 20/10/2022

• Certificado de Regularidade (CR) do Cadastro Técnico Federal, conforme


Instrução Normativa nº 13, de 23 de agosto de 2021, do Ibama’
Em caso de agressão ao meio ambiente, o causador da ocorrência deverá
tomar as medidas requeridas para cada caso e informar imediatamente a
Administração do Porto do acidente, sua respectiva evolução e levar o fato ao
conhecimento da autoridade ambiental competente para o devido acompanhamento
e a tomada das medidas que se façam necessárias.
As operações de granéis sólidos, em berços públicos do Porto, devem cumprir
com as exigências ambientais, como a utilização de equipamentos especiais que
reduzam a emissão de partículas em suspensão, queda na terra e no mar durante o
carregamento, descarregamento, armazenamento e transporte.
Os usuários do Porto serão rotineiramente fiscalizados pela Autoridade
Portuária, devendo facilitar o exercício da fiscalização pelos Técnicos dos Portos.

16.1. SEGURANÇA NA OPERAÇÃO PORTUÁRIA


16.1.1. A segurança do trabalho e a proteção ao meio ambiente na
operação portuária são de responsabilidade direta das empresas
arrendatárias, operadores portuários, agências de navegação,
armadores, OGMO e demais usuários dos Portos Organizados,
em cumprimento às Normas regulamentadoras constantes da
Portaria nº 3. 214, de 8 de junho de 1978, do extinto Ministério do
Trabalho e Emprego, com ênfase à NR-29, cabendo à
Administração do Porto fiscalizar as operações para que se
realizem com regularidade, eficiência, segurança e respeito ao
meio ambiente.
16.1.2. As operações portuárias devem ser precedidas de
planejamento, especialmente, quando envolvem cargas
classificadas como perigosas. O planejamento é coordenado pelo
Gerente do Porto com a participação dos Operadores Portuários
e convidados que possam contribuir para o melhor desempenho
das operações.

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Regulamento de Exploração dos Portos Rev. 02 20/10/2022

16.1.3. O operador portuário é responsável pela proteção ao meio


ambiente nas operações portuárias realizadas sob sua
responsabilidade, cabendo responder:
I. pela elaboração e submissão à aprovação do órgão
ambiental competente de plano de emergência individual
para controle e combate à poluição por manuseio de
cargas de óleo, substâncias nocivas ou perigosas;
II. pelo derrame de óleo, granel sólido na água, faixa de cais
ou área do porto organizado;
III. pela movimentação ou armazenamento de petróleo e seus
derivados, gás natural e biocombustível, em desacordo
com normativo editado pela Agência Nacional de Petróleo
e Gás Natural e Biocombustível (ANP);
IV. pela movimentação ou armazenagem de carga perigosa
ou nociva em desacordo com as Normas e disposições
deste REP;
V. pela prevenção de incêndio, acidentes ou desastres; e
VI. por qualquer dano ambiental causado na área ou
instalação portuária e, ainda, por não adotar as
providências necessárias à sua cessação ou mitigação.
16.1.4. O Comandante de embarcação é responsável pela
proteção ao meio ambiente no tocante:
I. ao acondicionamento do lixo em recipientes adequados e
devidamente tampados;
II. ao derramamento de óleo, materiais nocivos, água de
lavagem e água de lastro;
III. às substâncias nocivas transportadas, de modo que
tenham embalagens adequadas e devidamente
identificadas com a simbologia estabelecida na legislação
internacional, mantendo-as à disposição das autoridades
competentes para as inspeções que se fizerem
necessárias.

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IV. ao cumprimento das NORMAM e obediência às restrições


de serviços realizados nas águas jurisdicionais brasileiras
(AJB);
V. à instalação da adequada proteção do cais e ao meio
ambiente quando da realização de pintura autorizada pela
Administração do Porto;
VI. à colocação de barreiras contra roedores nas espias; e
VII. à retirada de resíduos e lixo da embarcação.
16.1.5. É obrigação dos arrendatários, operadores portuários,
agências de navegação, armadores, OGMO e demais usuários
do Porto Organizado, comunicar imediatamente à Administração
do Porto, por meio da área de Meio Ambiente e Segurança do
Trabalho, sempre que ocorrerem acidentes e incidentes ou
sinistros de qualquer natureza na área do porto. Posteriormente,
deverá ser encaminhado relatório de análise dos acidentes e
incidentes ou sinistros de qualquer natureza determinando suas
causas e medidas mitigadoras, conforme Norma vigente.
16.1.6. Os Portos administrados pela CODEBA são dotados de
uma Comissão de Prevenção de Acidentes do Trabalho Portuário
-CPATP integrada por trabalhadores portuários com vínculo
empregatício por tempo indeterminado e avulsos e por
representantes dos operadores portuários, empregadores e
OGMO e com prazo de mandato limitado.
16.1.7. A CPATP dos Portos administrados pela CODEBA atua
como agente multiplicador cumprindo com as atribuições citadas
em Normas, em especial, as NR-29 e NR-5 – do extinto Ministério
do Trabalho e Emprego.

16.2. PLANO DE AJUDA MÚTUA – PAM


O PAM é um plano de ação conjunta de emergência, regulamentado pela NR-
29 do extinto Ministério do Trabalho e Emprego, que tem por objetivo integrar os
diversos atores que atuam no Porto público, para ação conjunta e organizada em

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casos de emergências relacionadas a incêndio, explosão, vazamento de produtos


perigosos, queda de homem ao mar, condições adversas de tempo que afetem a
segurança das operações portuárias, poluição ou acidente ambiental e socorro a
acidentados. Visa atender a todo o Porto Organizado, considerando o envolvimento
das empresas, comunidades situadas na área do porto e no seu entorno.
O PAM subsidia recursos humanos e materiais para casos de emergências de
grande porte, com exceção de eventos de derramamento de óleo no mar, que é
atendido pelo Plano de Área.

16.3. PLANOS DE CONTINGÊNCIAS

16.3.1. Plano de Contingências para Emergências em Saúde


Pública
Este Plano constitui-se no estabelecimento de estratégias
para o enfrentamento em emergências em Saúde Pública de
interesse internacional nos Portos. Caracteriza-se pela
capacidade de resposta rápida quando acionado, exigindo-se dos
envolvidos, comunicação eficaz e efetiva.
Elaborado sob a Coordenação da ANVISA, este Plano
encontra-se disponível para consulta na página da CODEBA na
Internet em www.codeba.gov.br/eficiente/sites/portalcodeba/pt-
br/site.php?secao=meio_ambiente_programas&sm=menu_esqu
erdo_meio_ambiente.
16.3.2. Plano de Controle de Emergência (PCE)
Este Plano visa estabelecer diretrizes e recursos
necessários para a efetiva atuação em possíveis eventos
emergenciais que possam ocorrer, bem como estabelecer os
requisitos mínimos para constituição, formação, implantação,
requalificação e manutenção da Brigada de Emergência.

16.4. PLANO DE EMERGÊNCIA INDIVIDUAL (PEI) E PLANO DE ÁREA

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O PEI, implantado pela Lei nº 9.966, de 28 de abril de 2000, e regulamentado


pela Resolução Conama nº 398, de 11 de junho de 2008, tem o objetivo preparar as
empresas para resposta a acidentes e incidentes envolvendo derramamento de óleo
e outros derivados de petróleo em águas sob jurisdição nacional, decorrentes das
suas atividades.
Os PEI dos Portos da CODEBA encontram-se disponíveis para consulta na
página da CODEBA na Internet em
https://www.codeba.gov.br/eficiente/sites/portalcodeba/pt-
br/site.php?secao=meio_ambiente_programas&sm=menu_esquerdo_meio_ambient
e.
Os usuários do Porto deverão dispor e executar os seus PEI,
responsabilizando-se por todos os cenários de emergência decorrentes das suas
atividades e mantendo recursos humanos e materiais para operacionalização dos
respectivos planos.
O Plano de Área reúne os PEI de todas as empresas que atuam no Porto,
comunidades situadas nas proximidades e áreas da vizinhança, para auxiliar na
utilização de recursos disponíveis em cada empresa participante do grupo, orientar as
equipes em ações de emergências em terra e no mar e o pronto atendimento às
populações existentes no entorno do Porto, quando necessário. O acionamento do
Plano de Área ocorre quando um PEI acionado perde a capacidade de atendimento.
Os usuários do Porto devem participar e colaborar com a estruturação do Plano
de Área, atuando conjuntamente para a garantia da segurança e preservação do
ambiente portuário.

16.5. PLANO DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS


O PGRS descreve as ações propostas com o objetivo de minimizar os impactos
ambientais das atividades de operação do Porto, alinhadas ao princípio da não
geração e da minimização da geração de resíduos, buscando a conformidade com a
legislação vigente.
Os PGRS dos Portos Organizados contemplam, ainda, aspectos referentes à
minimização na geração, à segregação, ao condicionamento, à identificação, à coleta,
aos transportes internos, armazenamento temporário, tratamento interno,

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armazenamento externo, transporte externo, tratamento externo e à disposição final


dos resíduos sólidos produzidos pela CODEBA, além de disciplinar a fiscalização do
cumprimento pelos arrendatários e outras empresas/órgãos instalados no Porto, dos
respectivos PGRS.
Cabe aos arrendatários, operadores portuários, OGMO e demais usuários do
Porto Organizado elaborar e executar seu PGRS, responsabilizando-se integralmente
pelos resíduos gerados em decorrência das suas atividades e pela estrutura
necessária para a sua gestão. Os arrendatários do Porto devem indicar à CODEBA
um representante para tratar dos assuntos relacionados ao gerenciamento de
resíduos no Porto. Os PGRS dos portos encontram-se disponíveis para consulta na
página da CODEBA em www.codeba.gov.br/eficiente/sites/portalcodeba/pt-
br/site.php?secao=meio_ambiente_programas&sm=menu_esquerdo_meio_ambient
e.
16.6. PROGRAMAS DE BOAS PRÁTICAS
Cabe aos arrendatários, operadores portuários, OGMO e demais usuários do
Porto Organizado cumprirem com os Programas de Boas Práticas disponíveis para
consulta na página da CODEBA na Internet em
https://www.codeba.gov.br/eficiente/sites/portalcodeba/pt-
br/site.php?secao=meio_ambiente_programas&sm=menu_esquerdo_meio_ambient
e para garantir condições ambientais seguras em conformidade com a legislação,
bem como evitando e minimizando os impactos resultantes do gerenciamento
inadequado dos resíduos sólidos, dos efluentes líquidos e da fauna sinantrópica
nociva.
Os usuários do porto devem buscar a melhoria contínua das operações,
priorizando:
I. atingir a máxima eficiência na execução de serviços portuários,
com foco na conservação, controle ambiental e segurança dos
trabalhadores;
II. desempenhar suas atividades com foco nos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações
Unidas (ONU) aplicáveis;

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Regulamento de Exploração dos Portos Rev. 02 20/10/2022

III. priorizar a capacitação, treinamento e conscientização da


comunidade portuária;
IV. utilizar conscientemente os recursos naturais, tais como água,
energia e insumos;
V. uso de materiais e equipamentos que atendam a critérios de
sustentabilidade, tais como segurança, durabilidade e eficiência,
de forma a reduzir a geração de resíduos, desperdício e impactos
ao meio ambiente;
VI. emprego de materiais, tecnologias, matérias primas e recursos
humanos locais; e
VII. estimular a inovação tecnológica, fomentando a eficiência dos
processos e reduzindo a utilização de recursos.

17. RELAÇÕES PORTO-CIDADE


Os programas de integração porto-cidade estão consubstanciados em diversas
atividades de apoio a entidades governamentais nas áreas de assistência social,
turismo, infraestrutura e outras.

17.1. REVITALIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS


De forma a preservar, conservar, divulgar e gerir o patrimônio histórico, cultural
e documental do porto, a Autoridade Portuária executa planejamento de manutenção
e modernização das instalações, a partir de estudos, diagnósticos e diretrizes.

17.2. INTERFACE PORTO-CIDADE


A Autoridade Portuária mantém a interface Porto-Cidade por meio de execução
de Planos e Programas Socioambientais dos Portos, constituição de Comitês e
fomento de parceria entre empresas usuárias dos Portos e instituições.
São mantidos canais de comunicação aberta para toda a comunidade externa,
fomentando a execução dos seus Programas de Comunicação Social, bem como são
realizados eventos abertos à comunidade como palestras, workshops, feiras e visitas,
visando fomentar a interação entre a comunidade portuária e comunidade externa.

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17.3. RELACIONAMENTO COM AS COMUNIDADES NO ENTORNO DO


PORTO
Os Portos configuram papéis fundamentais na economia regional onde estão
inseridos, fomentando a geração de empregos, atividade turística e atração de
investimentos. Por meio das ações elencadas no item 17.2, a Autoridade Portuária
busca a aproximação com a comunidade do entorno do Porto, fomentando parcerias
para desenvolvimento de ações conjuntas com demais atores da comunidade
portuária e dando amplo conhecimento das atividades e ações realizadas pela
Administração do Porto, divulgando dados, os seus planos e programas
socioambientais, dados de monitoramento e resultados obtidos.

18. VIGILÂNCIA E SEGURANÇA PORTUÁRIA

A vigilância das instalações portuárias compreende a fiscalização, de acesso e


permanência, de pessoas e veículos, viaturas e vagões de carga, equipamentos e
mercadorias, na área interior do Porto Organizado. A Segurança Portuária será
provida pela Administração do Porto em coordenação com as demais autoridades que
atuam na área do Porto Organizado, considerados:
I. os cenários e a avaliação de risco dos aspectos de segurança;
II. as normas baixadas pela Comissão Nacional de Segurança
Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis -
CONPORTOS; e
III. o estabelecimento dos postos de entrada e saída na área interna
do Porto Organizado sob vigilância aduaneira, em coordenação
com a Autoridade Aduaneira.
A Administração do Porto provê a Segurança Portuária com o emprego da
Guarda Portuária. Na área do Porto Organizado, além da Administração do Porto são
também responsáveis pela Segurança Portuária:
I. o operador portuário durante as operações portuárias a seu
cargo, de acordo com as Normas pertinentes de pré-qualificação
e deste REP;
II. o arrendatário, em coordenação com a Guarda Portuária, na área
e instalações portuárias arrendadas e, quando exercer a atividade

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de operador portuário de acordo com as Normas pertinentes de


pré-qualificação e deste REP; e
III. o Comandante da embarcação, durante a permanência da
embarcação na área do Porto Organizado.
A vigilância das instalações portuárias e os serviços de recepção e
cadastramento são executados nos portões de acesso ao Porto Organizado sob
coordenação da Guarda Portuária.
O Comandante da embarcação, durante a permanência na área do Porto
Organizado, também, é responsável:
I. pela própria segurança da embarcação, inclusive no que diz
respeito às condições de navegabilidade;
II. pela manutenção a bordo de pessoas qualificadas e em número
suficiente para executar qualquer manobra de emergência e a
indicação da pessoa responsável para determinar a referida
manobra, em sua eventual ausência; e
III. pelas medidas de segurança que deve adotar quando a
embarcação transportar ou já tiver descarregado mercadoria
perigosa.
Não obstante a autorização para o acesso e permanência na área ou
instalações portuárias, a Administração do Porto não será responsável por danos
causados a pessoa, veículos, viaturas de carga, vagões de carga, equipamento ou
propriedade, a não ser que fique comprovada a sua responsabilidade por tal dano.
O arrendatário e o operador portuário respondem pelo cumprimento das
disposições antes mencionadas em relação a pessoas, veículos, viaturas de carga e
vagões de carga vinculados à operação portuária ou serviços a seu cargo.

18.1. PLANO DE SEGURANÇA PORTUÁRIA – PSP


Os Portos de Salvador, Aratu-Candeias e Ilhéus foram equipados para atender
as diretrizes do Código Internacional de Segurança de Navios e Instalações Portuárias
(International Ship and Port Facilities Code – ISPS Code).
A CODEBA possui instalados equipamentos de alta tecnologia em
monitoramento eletrônico e controle de acesso e circulação de pessoas, veículos e

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cargas, através de central digital de Circuito Fechado de TV-CFTV com captura de


imagens e gravação integral por movimento, 24 horas por dia, utilização de catracas-
torniquetes, catracas-balcão, cancelas eletrônicas e detectores de metais,
assegurando aos seus usuários a conformidade de suas instalações às novas
exigências de segurança.
No caso de ocorrência de um incidente de proteção, devem ser usados os
seguintes contatos:
Porto de Salvador:
e-mail: segsal@codeba.gov.br
Tel.: (71) 3320-1222
Porto de Aratu:
e-mail: acesso.aratu@codeba.gov.br
Tel.: (71) 3602-5703
Porto de Ilhéus:
e-mail: acesso.ilheus@codeba.gov.br
Tel.: (73) 3231-1300

18.2. CERTIFICAÇÃO ISPS CODE


UNIDADE PORTUÁRIA Nº DA DECLARAÇÃO VALIDADE
DE
CUMPRIMENTO
Salvador 002/2020 02/2025
Aratu-Candeias 173/2008 31/12/2014*
Ilhéus 168/2008 31/12/2014*

18.3. NORMA DE ACESSO AO PORTO DE PESSOAS, VEÍCULOS,


CARGAS E BENS
As Normas de Acesso aos Portos da CODEBA estão disponíveis na página da
CODEBA https://codeba.gov.br/eficiente/sites/portalcodeba/pt-
br/site.php?secao=normas.

18.4. PLANO VIÁRIO DOS PORTOS


O Plano Viário dos Portos da CODEBA está definido nas plantas PS98-CB00-
0012 (Salvador), PA06-CB00-0012 (Aratu-Candeias) e PI95-CB00-0003 (Ilhéus),

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disponíveis mediante solicitação. O Plano Viário está estabelecido de acordo com as


normas que regem o setor e sua utilização é disciplinada pelo Código de Trânsito
Brasileiro, aplicadas as exigências deste Regulamento e da Tarifa Portuária.

18.5. VIGILÂNCIA DAS INSTALAÇÕES DE USO PÚBLICO. SERVIÇOS DE


RECEPÇÃO E CADASTRAMENTO
18.5.1. A autorização para o acesso e permanência no interior do
Porto Organizado observará as seguintes condições:
a) qualquer pessoa deverá ser identificada no respectivo portão
de entrada e receber o correspondente crachá ou o
corresponde ao documento de autorização; e
b) a pessoa com veículo somente receberá a autorização se o
veículo atender às Normas do CONTRAN e obtiver
autorização para o acesso.
18.5.2. O acesso de viatura de carga deverá atender às seguintes
condições:
c) prévio agendamento para descarregamento/carregamento;
d) o condutor da viatura, assim como qualquer outra pessoa na
viatura, possuir a autorização de acesso e permanência; e
e) a viatura de carga atender o disposto nas normativas da ANTT
e do CONTRAN.
18.5.3. A circulação da viatura de carga observará a orientação do
tráfego indicada e o respeito aos limites de velocidade, a não
obstrução de linhas férreas e da operação portuária.
18.5.4. A permanência da viatura será aquela suficiente para
atender à operação de descarregamento ou carregamento e seu
condutor deverá estar sempre presente, próximo à viatura;
18.5.5. O acesso e a permanência de vagões de carga, no que
couber, se aplicam às condições correspondentes das viaturas de
carga.
18.5.6. Qualquer pessoa em veículo ou em viatura de carga, por
solicitação de empregado credenciado da Administração do

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Porto, deve permitir o exame do conteúdo do veículo ou da viatura


de carga e a verificação, se for o caso, do respectivo peso.
18.5.7. Qualquer pessoa na área operacional do Porto Organizado
fica sujeita, se solicitada por empregado credenciado da
Administração do Porto, a apresentar sua identificação e a se
retirar da área ou instalação portuária, mesmo que tenha obtida
anteriormente a necessária autorização.
18.5.8. A Administração do Porto, a seu critério, poderá não
autorizar o acesso às instalações portuárias de qualquer pessoa,
veículo, viatura ou vagão de carga.

18.6. SEGURANÇA PORTUÁRIA


As atividades de segurança e vigilância, a serem executadas pela CODEBA,
poderão ser desempenhadas por empregados do quadro próprio ou por intermédio de
empresa especializada. Compete à Guarda Portuária garantir a segurança das
atividades de vigilância e controle de acesso, bem como a atuação nos casos
específicos definidos na legislação aplicável.

18.7. SEGURANÇA E VIGILÂNCIA NA ÁREA MOLHADA DO PORTO


A segurança, vigilância e fiscalização na área molhada dos portos é atividade
compartilhada por diversas autoridades, tais como, o Núcleo Especial de Polícia
Marítima – NEPOM, do Departamento de Polícia Federal; a Fiscalização do Tráfego
Aquaviário–FTA, da Marinha do Brasil; os próprios navios, em cumprimento ao
Decálogo de Segurança constante das Normas de Procedimento da Capitania dos
Portos da Bahia-NPCP-BA, além da CODEBA.

19. INFRAÇÕES, PROIBIÇÕES E PENALIDADES

De acordo com o art. 46 da Lei n° 12815, de 5 de junho de 2013, constitui


infração toda a ação ou omissão, voluntária ou involuntária, que importe em:
Realização de operação portuária com infringências ao disposto na Lei n° 12.815, de
5 de junho de 2013 ou com inobservância das Normas do porto e deste REP;

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I. Recusa injustificada por parte do OGMO, da distribuição de


trabalhadores a qualquer operador portuário; e
II. Utilização de terrenos, área, equipamento e instalação portuária
dentro ou fora do porto, com desvio de finalidade ou com
desrespeito à lei ou aos regulamentos.
Responde pela infração, conjunta ou isoladamente, qualquer pessoa física ou
jurídica que, intervindo na operação portuária, concorra para a sua prática ou dela se
beneficie. As infrações estão sujeitas às seguintes penas, aplicáveis separada ou
cumulativamente, de acordo com a gravidade da falta:
I. advertência;
II. multa;
III. proibição de ingresso na área do porto por período de 30 a 180
dias;
IV. suspensão da atividade de operador portuário, pelo período de 30
a 180 dias; e
V. cancelamento do credenciamento de operador portuário.
Sem prejuízo do disposto na Lei n° 12.815, de 5 de junho de 2013, aplicam-se
subsidiariamente às infrações previstas no art. 46 da referida Lei, as penalidades
estabelecidas na Lei n° 10.233, de 5 de junho de 2001, separadamente ou
cumulativamente de acordo com a gravidade da falta.
Nas operações portuárias em que for dispensada a intervenção do operador
portuário, responderá perante a Administração do Porto o executante da operação
portuária.
Todos que utilizarem áreas ou instalações portuárias do Porto Organizado
deverão indenizar a Administração do Porto pelos danos e avarias que ocasionem às
instalações portuárias, equipamentos, aparelhos e utensílios.

19.1. PROIBIÇÕES
Na área e instalações portuárias dos Portos Organizados da CODEBA é
proibido:
I. Aos empregados da Administração do Porto, trabalhadores
portuários avulsos, operadores portuários ou prestadores de

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serviços, de transitar nas áreas e instalações portuárias sem os


respectivos crachás identificadores, de acordo com as
disposições deste REP;
II. A realização de serviços dentro das áreas e instalações do Porto
Organizado em desacordo com os dispositivos previstos em Lei e
neste REP ou por trabalhadores não qualificados, habilitados,
credenciados, ou ainda, trabalhadores portuários avulsos em
situação irregular, quanto às matrículas legais;
III. Fumar na área de armazenagem de mercadorias;
IV. Fumar nos conveses ou porões de embarcações atracadas, bem
como no trecho de cais, até um afastamento de 20 (vinte) metros,
quando da decorrência de operações portuárias com mercadorias
de natureza perigosa;
V. Lançar âncora e amarrar para o lado de mar, de modo a prejudicar
a facilidade e a segurança da navegação;
VI. Lançar sobre o cais cinzas e outros detritos, bem como, jogar
água de qualquer espécie;
VII. Lançar ou deixar cair combustíveis, óleo, detritos ou material de
qualquer natureza na água compreendida na área do Porto
Organizado;
VIII. Realizar serviços de manutenção de costado (bater ferrugem ou
pintar) de embarcações;
IX. Obstruir qualquer aparelho ou instalações de combate a
incêndios, equipamentos ou instalações destinados a promover
primeiros socorros;
X. Obstruir portões, vias de acesso, vias de circulação, vias férreas,
áreas de manobra de veículos ou viaturas de carga ou
equipamentos portuários de qualquer natureza;
XI. Manter as viaturas de carga de qualquer natureza ou prioridade
estacionadas sem a presença dos respectivos motoristas ou
operadores, nas áreas operacionais do Porto Organizado;

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XII. Estacionar, transitar ou manobrar viaturas de carga, máquinas ou


equipamentos, sobre pneus, em desacordo com as normas
previstas no Regulamento de Trânsito e disposições deste REP;
XIII. Estacionar veículos ou viaturas de carga em áreas não
autorizadas pela Administração do Porto;
XIV. Operar caminhões tanques sem prévia autorização do setor de
segurança do trabalho, que avaliará as condições operacionais
da viatura;
XV. Operar qualquer veículo ou viatura de carga nos cais, quando a
critério da Administração do Porto, interferir com a eficiência da
operação portuária;
XVI. Obstruir cais ou áreas adjacentes, em prejuízo à realização de
operação portuária, com material ou equipamento de estiva ou,
ainda, outro material ou objetos que não façam parte da carga;
XVII. Execução de qualquer tipo de manutenção, reparos ou
abastecimento, em viaturas de carga, máquinas ou equipamentos
dentro das áreas da faixa de cais;
XVIII. Movimentar ou estacionar mercadoria com peso superior à
capacidade de suporte do cais ou dos pisos das vias de circulação
ou dos armazéns;
XIX. Utilizar viaturas de carga ou equipamentos portuários ou não, na
movimentação de mercadorias com peso superior à sua
capacidade nominal;
XX. Movimentar ou armazenar mercadorias, incluindo as perigosas,
para as quais o Porto Organizado não disponha de instalações e
recursos operacionais compatíveis com a na natureza da
operação portuária requerida.

19.2. PENALIDADES
O novo marco regulatório do subsetor portuário no Brasil trouxe modificações
significativas no que se refere à aplicação das penalidades por cometimento de

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infrações e violação de proibições no Porto Organizado, atividade que agora cabe


exclusivamente à ANTAQ.
As infrações e proibições aplicáveis à atividade portuária estão disseminadas
na legislação específica. As penalidades aplicáveis a essas infrações estão
estabelecidas em diversas resoluções da ANTAQ, mas, em especial, na Resolução
ANTAQ nº 75, de 2 de junho de 2022, que “Dispõe sobre a fiscalização da prestação
dos serviços portuários e estabelece infrações administrativas”.
A caracterização das infrações e respectivas penalidades estão estabelecidas
no Capítulo VII da Lei 12.815, de 5 de junho de 2013. Constatado possível
cometimento de infração ao REP, a Administração do Porto deverá reportar os fatos
à ANTAQ, para que proceda a sua devida apuração e possível aplicação das sanções
cabíveis como previsto no Art. 5º da Portaria SEP nº 245, de 26 de novembro de 2013.

20. DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Este REP, uma vez aprovado pela Diretoria Executiva, será remetido aos
Conselhos de Autoridade Portuária dos Portos de Ilhéus e de Salvador/Aratu-
Candeias, para conhecimento, bem como, estará disponível à comunidade portuária,
na página da CODEBA na Internet em
https://codeba.gov.br/eficiente/sites/portalcodeba/pt-br/site.php?secao=regulamentos
onde os interessados poderão apresentar comentários e sugestões ao seu
aprimoramento, por meio de um link ali disponível.

21. DISPOSIÇÕES FINAIS

21.1. Este REP pode ser alterado por deliberação da Diretoria Executiva.
21.2. Casos omissos ou não previstos neste REP serão resolvidos pela
Diretoria Executiva.

22. ANEXOS

ANEXO A: PORTO ORGANIZADO DE SALVADOR


ANEXO B: PORTO ORGANIZADO DE ARATU-CANDEIAS
ANEXO C: PORTO ORGANIZADO DE ILHÉUS

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23. APÊNDICE

APÊNDICE I. CONTRATO DE ADESÃO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO


PORTUÁRIO E DISPONIBILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS E FACILIDADES

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ANEXO A – PORTO ORGANIZADO DE SALVADOR

1. INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS
O Porto de Salvador dispõe de 2.084 m de cais, dos quais 615m integram o
Terminal de Contêineres TECON Salvador. Os 1.469 m restantes compõem o Cais
Comercial, de uso público, com berços definidos pelos seguintes trechos, todos com
o fundo em areia:
I. Berço 201 – Cabeços (01 ao 15) a cada 25 metros, e defensas
fixas (tronco cônicas); profundidade mínima de 8 metros.
Dispõe de hidrantes para abastecimento de água.
Guindastes: não dispõe.
II. Berço 202 - Cabeços (16 ao 27) a cada 30 metros, e defensas
fixas (tronco cônicas); profundidade de 11,5 metros.
Dispõe de hidrantes para abastecimento de água.
Guindastes: dispõe de um guindaste com capacidade de 3,2 t.
III. Berço 203 - Cabeços (28 ao 38) a cada 25 metros, e defensas
duplas de pneus de Boeing; profundidade de 08,00 metros.
Dispõe de Hidrantes para abastecimento de água
IV. Berço 204 – Cabeços (38 ao 47) a cada 25 metros, e defensas
duplas de pneus de Boeing; profundidade, com flutuantes, de 9,4
metros e, sem flutuantes, de 8, metros.
Dispõe de hidrantes para abastecimento de água.
Guindastes: dispõe de três guindastes elétricos de pórtico de 3,2
t.
V. Berço 205 – Cabeços (47 ao 56) a cada 25 metros e defensas
duplas de pneus de Boeing, profundidade, com flutuantes, de 9,8
metros e, sem flutuantes, de 8 metros.
Dispõe de hidrantes para abastecimento.
Guindastes: Dispõe de três guindastes de 3,2 t.
VI. Berço 300 – Cais de Ligação: Cabeços (01 ao 08) a cada 30
metros. Extensão de 240 m; profundidade de 12 m, com 12
defensas tronco-cônicas.

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Este cais é explorado pelo Grupo Wilson Sons, com destinação


para movimentação de navio de contêineres e carga geral.
Não dispõe de hidrantes para abastecimento de água.
Guindastes: dispõe de três guindastes STS - Ship-to-shore
(portêineres), modelo Panamax.
VII. Berço 611– Cais de Água de Meninos: Cabeços (01 ao 12) a cada
30 metros. Extensão 375m; profundidade de 13,9 metros com
defensas tronco-cônicas
Este cais é explorado pelo Grupo Wilson Sons, com destinação
para movimentação de navio de contêineres e carga geral.
Não dispõe de hidrantes para abastecimento de água.
Guindastes: dispõe de três guindastes STS - Ship-to-shore
(portêineres), modelo Panamax; e
VIII. Berço 610 – Cais Santa Dulce dos Pobres: Cabeços (13 ao 33) a
cada 20 metros. Extensão 425m; profundidade de 13,1 metros
com defensas tronco-cônicas.
Este cais é explorado pelo Grupo Wilson, Sons, com destinação
para navios contêineres.
Não dispõe de hidrantes para abastecimento de água.
Guindastes: dispõe de três guindastes STS - Ship-to-shore
(portêineres), modelo Super Post-Panamax.
O Porto de Salvador não disponibiliza fornecimento de energia elétrica a
embarcações. Não existem restrições quanto ao uso de propulsores laterais no Porto
de Salvador.

2. CONDIÇÕES PARA ATRACAÇÃO/ DESATRACAÇÃO


O Cais de Ligação, o Cais de Água de Meninos e o Cais Santa Dulce dos
Pobres são considerados preferenciais para atracação navios "full-container", cujas
movimentações serão efetuadas por meio do TECON – Salvador.
O Berço 201 é prioritário para a atracação de Navios de Cruzeiro.

3. SISTEMA VIÁRIO

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O sistema viário do Porto de Salvador atualmente está interligado à Rodovia


Federal BR 324, através da Via Expressa Baía de Todos os Santos, o que facilitou o
tráfego dos veículos que transportam cargas para e deste Porto. O sistema viário
interno do Porto de Salvador dispõe de vias de circulação demarcadas por toda a
extensão do Porto Organizado, e que dão acesso às instalações da balança
rodoviária, armazéns, pátios, áreas arrendadas, dentre outras áreas.
Existe também um Pátio de Acesso interligado à Via Expressa para parada
provisória dos veículos de carga que operam diariamente no Porto.

4. INSTALAÇÕES DE ARMAZENAGEM
O Porto de Salvador disponibiliza, sob administração direta da CODEBA,
instalações para armazenagem de cargas soltas e unitizadas, e granéis sólidos
conforme a seguir:
 Armazém nº 3 – 2.000 m²
 Armazém nº 4 – 1.800 m²
 Armazém nº 5 – 3.000 m²
 Armazém nº 6 – 2.000 m²
 Armazém nº 7 – 1.400 m²
 Armazém nº 8 – 1.600 m²
 Armazém nº 9 – 814 m²
 Pátios com 68.000 m²
 Alpendre entre armazéns 3 e 4 – 400 m²
 Alpendre entre armazéns 6 e 7 – 400 m²

5. UTILIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS DE USO PÚBLICO


O Porto de Salvador possui uma área de 17.756,46 m² que está destinada à
recepção de navios de turismo, localizada na ponta sul do porto, tendo ao lado oeste
o Forte de São Marcelo e ao lado leste o Mercado Modelo e o Elevador Lacerda. Nesta
área está localizado o Terminal de Passageiros com área total construída de 6.839,15
m², arrendada para atender ao embarque/desembarque de passageiros e exploração
comercial.

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O Porto disponibiliza um Pátio de Acesso para os caminhões que acessam ao


cais, através da Via Expressa, com uma área de 20.595,04 m². O acesso a essa área
é feito por meio do sistema de pré-agendamento. O Porto também dispõe de
retroáreas que podem ser utilizadas para as atividades de apoio operacional e uma
plataforma fitossanitária para inspeção das cargas perecíveis.

6. ÁREAS DE PROTEÇÃO E ABRIGO


Além das águas tranquilas dentro da Baía de Todos os Santos, o Porto de
Salvador conta com o molhe de 935 m de extensão, com coroamento na Cota + 4,50
m, chamado de Molhe Sul; ao lado Norte está localizado o Quebra-mar, com extensão
de 1.420 m, também com coroamento na Cota +4,50 m. Essas obras são do início do
século XX e se encontram em bom estado de conservação.

7. UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS PORTUÁRIOS DE USO PÚBLICO


a) Guindastes:
Quatro guindastes Veb-Kranbau de 3,2 t, para pequenas
movimentações.
b) Outros equipamentos portuários:
 Cinco pranchas para navios, sendo duas articuladas para uso em
Navios de Cruzeiro e três para
 uma plataforma fitossanitária para inspeção pela VIGIAGRO de
contêineres com cargas perecíveis. Para este tipo de inspeção é
necessária a participação do Operador Portuário para remoção
das cargas;
 uma balança rodoviária com capacidade de 80 t disponível 24
horas, para pesagem de cargas. A operação da balança
rodoviária é realizada por empregados da CODEBA com
intervalos para refeição.
A utilização desses equipamentos deverá ser requisitada na área de
programação do Porto de Salvador, por meio de formulário impresso, ou por via
eletrônica, nos endereços da programação de operações.

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8. OPERAÇÕES PORTUÁRIAS CARACTERÍSTICAS


8.1. Os principais tipos de operações do Porto de Salvador são de carga
geral solta ou unitizada, granel sólido e passageiros em navios de
turismo. Essas operações podem ser realizadas em trânsito ou para
armazenagem nas instalações do Porto ou terminais privativos.
8.2. Existem operações tipo RO-RO para embarque/desembarque de cargas
que são armazenados nas instalações do Porto até que sejam
cumpridos os procedimentos de liberação da carga e solicitação de
saída para o seu destino fora do Porto.
8.3. Ocorrem frequentemente na movimentação de contêineres, operações
de transbordo e remoção, estas são realizadas no terminal do TECON.
8.4. Para liberação da carga de importação/exportação em trânsito devem
ser observadas as Normas e procedimentos definidos pela Receita
Federal.
8.5. As estatísticas de desempenho portuário referentes à movimentação de
cargas do Porto de Salvador estão disponibilizadas na página da
CODEBA na Internet www.codeba.gov.br e da ANTAQ
www.antaq.gov.br.
8.6. Tratando-se de cargas perigosas, deve ser observada e cumprida a
Norma de “Movimentação, armazenagem e transporte de produtos
perigosos” da CODEBA, disponível na página da Internet em
https://codeba.com.br/eficiente/repositorio/Codeba/Documentos/Public
acoes/7965.pdf.

9. AMARRAÇÃO DE NAVIOS
Os serviços são prestados por Operadores Portuários, através de mão de obra
requisitada ao OGMOSA ou por empresa que se cadastre para exercer essa função.
Atualmente, existem as empresas Vetor Agenciamentos Marítimos Ltda. e a
Intermarítima Terminais Ltda. que prestam estes serviços. O serviço funciona em
regime de 24 horas, com um efetivo de quatro a seis amarradores por manobra de
embarcação, de acordo com suas dimensões.

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Horários para requisição de serviços ou alteração de programação:


I. Segunda a Sexta:
Serviços de 7 às 19h: requisição ou alteração até às 4h
Serviços de 19 às 7h: requisição ou alteração até às 15h
II. Sábado
Serviços de 7 às 13h: requisição ou alteração até às 4h
Serviços das 13 às 7h: requisição ou alteração até às 9h30
III. Domingo
Serviços das 13 às 7h: requisição ou alteração até às 6h
Contatos:
Vetor Agenciamentos Marítimos Ltda.:
Celular: (71) 99734-7219
Intermarítima Terminais Ltda.: Celular:
(71) 99204-1021

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ANEXO B – PORTO ORGANIZADO DE ARATU-CANDEIAS

1. INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS
O Porto Organizado de Aratu-Candeias possui uma área de 4.192.842,28m² e
está localizado a 50 km do centro de Salvador. Trata-se de um porto graneleiro que
atende aos segmentos petroquímico, siderúrgico e de fertilizantes, bem como o Polo
Industrial da Região Metropolitana de Salvador. É constituído por três terminais, assim
descritos:
1. Terminais de Granéis Sólidos: Estes terminais são explorados pelas
empresas ATU-12 e ATU-18, com destinação para movimentação de
granéis sólidos minerais e vegetais, respectivamente. São compostos por
dois píeres de atracação, sendo um com dois berços, instalações para
estocagem (silos, armazéns e pátio) e equipamentos para movimentação
de cargas. Os berços têm as seguintes características:
I. Pier 1 (BERÇO SUL): com capacidade de receber navios de até 250
m de comprimento, deslocamento 200.000 t e Porte Bruto de 125.000
t. Possui 12 m de profundidade mínima. Dispõe de dez defensas
espaçadas a cada 13,5 m; nove cabeços na plataforma espaçados a
cada 24 m e carga máxima de 50 t; dois cabeços, nos dois dolfins de
amarração, espaçados em 286 m e com capacidade de 100 t;
II. Pier 1 (BERÇO NORTE): com capacidade de receber navios de até
200 m comprimento, deslocamento de 200.000 t e Porte Bruto de
125.000 t. Possui 12 m de profundidade mínima; nove cabeços na
plataforma espaçados a cada 24 m, com carga máxima admissível
de 50 t; um (1) cabeço no dolfin de amarração, com carga máxima
admissível de 100 t;
III. Pier 2: dispõe de berço único para navios de até 210 m de
comprimento, deslocamento de 50.000 t e Porte Bruto de 40.000 t.
Possui 10 m de calado máximo recomendado; nove cabeços na
plataforma espaçados entre 16 e 24 m, com carga máxima
admissível de 50 t; dois cabeços nos dolfins de amarração
espaçados a 253 m, com carga máxima admissível de 100 t;

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2. Terminal de Granéis Líquidos: composto por um Píer com dois berços de


atracação, equipamentos e instalações para movimentação de cargas. Seus
berços têm as seguintes características:
I. Berço Sul: com capacidade de receber navios com 185 m de
comprimento máximo, deslocamento de 60.000 t e Porte Bruto de
40.000 t. Possui 11 m de profundidade mínima; seis ganchos com
carga máxima de 50 t, do tipo livramento rápido; seis dolfins,
sendo dois de atracação e quatro de amarração;
II. Berço Norte: com capacidade de receber navios de até 220 m de
comprimento, deslocamento de 80.000 t e Porte Bruto de 50.000
t. Possui 12 m de profundidade mínima; seis ganchos com carga
máxima de 50 t, do tipo livramento rápido; seis dolfins, sendo três
de atracação de três de amarração.
3. Terminal de Produtos Gasosos: composto por um berço de atracação,
equipamentos e instalações para movimentação de cargas. O berço tem as
seguintes características: navios com 267 m de comprimento máximo,
deslocamento de 90.000 t e Porte Bruto de 70.000 t. Possui 14,80 m de
profundidade mínima; seis defensas; dez ganchos, com capacidade máxima
de 50 t, do tipo livramento rápido (quick-release hooks); três dolfins de
atracação e quatro de amarração.
Não existem restrições quanto ao uso de propulsores laterais no Porto de Aratu-
Candeias.

2. CONDIÇÕES PARA ATRACAÇÃO/ DESATRACAÇÃO


No Terminal de Granéis Líquidos – TGL ou no Terminal de Produtos Gasosos
– TPG, se a operação não for iniciada até seis horas após a atracação do navio, por
motivos de responsabilidade do armador, do operador ou do dono da mercadoria, sem
justa causa, à critério da Administração do Porto, o agente do navio estará obrigado a
requisitar o prático para desatracação do mesmo. Nos Terminais de Granéis Sólidos,
as condições são normatizados pelos arrendatárias ATU-12 e ATU-18.

3. SISTEMA VIÁRIO

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a) Através da Via Matoim, com 11 km, e com acesso pelo Canal de Tráfego
(Polo Petroquímico - Camaçari) ou BR-324, na altura do km 32, nas
proximidades da localidade de “Menino Jesus”;
b) Internamente, o Porto de Aratu dispõe de um sistema viário interligando
todos os terminais e demais instalações portuárias, todo ele com
pavimentação asfáltica, sinalização vertical e horizontal e devidamente
iluminado;
c) Existe ligação ferroviária através de um ramal com 10 km de extensão, que
tem início no km 32 do tronco sul da FCA, nas proximidades da Estação
Ponto de Fora; e
d) Dentro da Área Portuária, a referida ferrovia bifurca-se: um ramal dá acesso
à cota +5 chegando até a empresa Magnesita em frente ao Píer II (trecho
em funcionamento); e o outro, que dá acesso à cota + 35 (Pátio de
Estocagem), encontra-se desativado, necessitando esse trecho ser refeito
em, aproximadamente, 1.800 m.

4. INSTALAÇÕES DE ARMAZENAGEM
O Porto de Aratu-Candeias disponibiliza um Pátio de Estocagem alfandegado,
operado pela arrendatária ATU-12, para armazenagem de produtos operados pelo
TGS-I, com 72.000 m² e capacidade estática de 475.000 t.

5. UTILIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS DE USO PÚBLICO

a) Balanças: O porto disponibiliza um sistema de pesagem, composto por duas


balanças rodoviárias com capacidade de 100 t cada, localizado próximo a
Portaria 1, uma para pesagem na entrada e outra na saída. Existe também
uma terceira balança, próxima ao TGS II, operada pela ATU-18, com
capacidade de 80 t; e
b) Equipamentos: No TGS I e pátio de estocagem, operados pela empresa
ATU-12, estão disponíveis, conforme abaixo:
I. Um descarregador de navios móvel, instalado no berço sul, com
capacidade nominal de 970 t/h. Capacidade de içamento de 25 t
e Silo Autoportante de 600 t;

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II. Um carregador de navios, instalado no berço sul, com capacidade


nominal de 1.200 t/h;
III. Um carregador de navios instalado no berço norte, com
capacidade nominal de 750 t/h;
IV. Uma staker móvel para empilhamento de granéis sólidos até 10
m de altura, com capacidade nominal de 1.200 t/h;
V. Uma “moega” móvel alimentada por pá carregadeira, com
capacidade nominal de 12m³; e
VI. Sistema de correia transportadora com capacidade nominal de
1.200t/h e extensão de 1.125 m.

6. ÁREAS DE PROTEÇÃO E ABRIGO


6.1. Para acessar a enseada de Caboto, onde está localizado o Porto de Aratu-
Candeias, utiliza-se o Canal de Cotegipe, que tem o seu início no Ponto de
Coordenadas Latitude 12°05´08”S – Longitude 038°31´55”W, com
profundidade mínima 18 metros. O canal está demarcado por oitobóias
luminosas, quatro a Boreste com lampejos encarnados e quatro a bombordo
com lampejos brancos e pelo farol da Ponta de Areia. Ao Norte do Porto de
Aratu-Candeias avista-se o Farol da Ponta do Caboto que, no período
diurno e noturno, oferece boa orientação aos navegantes. A extensão do
canal é de cerca de 3 milhas náuticas até a área de manobra, com largura
mínima de 200 jardas;
6.2. Conforme regulamentado pela Norma de Procedimentos da Capitania dos
Portos da Bahia – NPCP-BA, a capacidade máxima de fundeio na Baía de
Todos os Santos é a seguinte:
 Área I - Capacidade para seis navios, destinada ao reabastecimento
vistorias, pequenos reparos e desembarque de tripulantes de navios
com calado igual ou inferior a dez metros.
 Área II - Capacidade para dez navios, destinada ao fundeio livre de
navios com calado igual ou inferior a dez metros.

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 Área III - Capacidade para 27 navios, destinada ao fundeio livre,


reabastecimento, vistorias, pequenos reparos e desembarque de
tripulantes de navios com calado superior a dez metros.
 Área IV - Destinada a navios em situação de quarentena, designados
pela Autoridade Marítima ou Autoridade Sanitária.
 Área V – Destinada ao fundeio livre de navios aguardando vaga nos
fundeadouros internos da Baía de Todos os Santos;
6.3. As áreas de fundeio, descritas anteriormente, são utilizadas para aguardar
as manobras de atracações dos navios destinados aos portos de Salvador
e Aratu-Candeias e demais terminais, bem como o uso para outras
atividades de acordo com cada finalidade.
6.4. Bacia de Evolução: área destinada à manobra de navios está delimitada a
Leste, Oeste e Norte pela isobática 10 m e ao Sul pelo paralelo 12°46´09”S,
com largura de 400 a 1.000 m e área de 1.100.000 m², com profundidade
mínima de 12 m; e
6.5. Área de Manobra: as áreas de fronte aos berços do Terminais de Granéis
Sólidos (TGS) e ao Berço Sul do Terminal de Granéis Líquidos (TGL) são
restritas, não possibilitando a evolução dos navios. Recomenda-se que os
navios sejam manobrados na área delimitada a Oeste pela isobática de 10
m, a Leste pelo dolfin mais do Sul do Terminal de Granéis Líquidos (TGL),
entre os paralelos de 12°46´42” e 12°47´06”.
6.6. Para utilização das áreas de fundeio sem atracação da embarcação nos
portos públicos ou terminais privativos localizados na área de influência da
Baía de Todos os Santos, o agente deverá, obrigatoriamente, programar
DUV, por meio do Sistema Porto sem Papel – PSP, informando o motivo de
utilização do fundeio;
6.7. As Condições de aplicabilidade na utilização das áreas de fundeio está
contemplada no Item I.1 - Marítima, da Tarifa Portuária vigente; e
6.8. Os demais procedimentos para a utilização dessas áreas estão
estabelecidos na Norma de Procedimentos da Capitania dos Portos –
NPCP-BA.

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7. OPERAÇÕES PORTUÁRIAS CARACTERÍSTICAS:


As operações de movimentação de cargas são realizadas da seguinte forma:
I. TGS I Berço Sul – Através de um Carregador e/ou um
Descarregador de Navios diretamente para o Pátio de Estocagem
ou Armazém por um sistema de Correia Transportadora ou vice-
versa.
II. TGS I Berço Norte – Através de um Carregador de Navios,
valendo-se de um sistema de Correia Transportadora
(carregamento) ou através de equipamentos de bordo (guindastes
do navio) o produto é movimentado diretamente para carreta
estacionada no costado do navio, através de uma moega. Daí são
transportados direto para o importador (descarga direta).
III. TGS II – Através de equipamentos de bordo (guindastes do
navio), o produto é movimentado vai diretamente para carreta
estacionada no costado do navio através de uma moega. Daí são
transportados direto para o importador (descarga direta).
IV. As operações de movimentação de produtos pelo Terminal de
Granéis Líquidos e Produtos Gasosos são realizadas por meio de
bombeamento direto do navio para o Pátio de Tancagem das
Operadoras/arrendatárias em terra, para posteriormente serem
transportadas, através caminhões tanque ou por dutovia, para
suas respectivas unidades/instalações fora do Porto.

8. AMARRAÇÃO DE NAVIOS

Os serviços são prestados por Operadores Portuários, através de mão de obra


requisitada ao OGMOSA ou por empresa que se cadastre para exercer essa função.
Atualmente, a empresa Vetor Agenciamentos Marítimos Ltda. presta este serviço. O
serviço funciona em regime de 24 horas, com um efetivo de seis amarradores por
manobra de embarcação.
A requisição de serviços ou alteração de programação pode ser feita em
qualquer dia da semana, em qualquer horário.
Contato:

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Vetor Agenciamentos Marítimos Ltda.


Celular: (71)99998-1095 ou (71)99734-7219
E-mail: operacoes@vetorbahia.com.br

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ANEXO C – PORTO ORGANIZADO DE ILHÉUS

1. INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS

1.1. O Porto de Ilhéus dispõe de um cais com dois berços com extensão total
de 482 metros (com Dolfin de atracação) e capacidade de atracar dois
navios de até 225 metros, com profundidade de 9,8 m e com cabeços
de atracação a cada 30 metros, com capacidade de tração de 100 tf.
1.2. Berço I, com 216 metros, é de uso público e oferece uma profundidade
de 9,8 m, com cabeços de atracação a cada 30 metros e com
capacidade de tração de 100 tf.
1.3. Berço II, com 216 metros, é de uso público e oferece uma profundidade
de 9,8 m, com cabeços de tração a cada 30 metros e com capacidade
de tração de 100 tf.
1.4. Em toda extensão do cais estão distribuídas 27 defensas, com energias
de absorção de 656 kj, reação a ser transmitida de 1.200 kn, deflexão
mínima de 70%, com elemento de borracha tipo cone.
1.5. Em toda extensão do cais estão distribuídas 14 tomadas de água, 14
tomadas de energia elétrica para guindaste de pórtico, seis tomadas de
energia para carregador de navios (shiploader).
1.6. Não existem restrições quanto ao uso de propulsores laterais para o
porto de Ilhéus.
1.7. Dolfin com 45 metros é de uso público e oferece uma profundidade de
9,8 m, com cabeço de tração de 100 t.
1.8. Canal de acesso se desenvolve em direção norte, paralelamente à
extremidade do molhe de proteção, tem a extensão aproximadas de
1.000 m e largura de 200 m.
1.9. Bacia de manobra tem a largura de 250 m.

2. CONDIÇÕES PARA ATRACAÇÃO/ DESATRACAÇÃO

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Além do contido nas Normas e Procedimentos da Capitania dos Portos da


Bahia (NPCP-BA), que deverá ser cumprida na sua íntegra, seguem os critérios
preferenciais e prioridades para a atracação, desatracação e reatracação:
 O berço 102 será considerado preferencial para atracação e operação com
navios graneleiros de soja e seus derivados;
 O berço 101 será considerado preferencial para atracação e operação, na
seguinte ordem de prioridades:
a) navios de passageiros; e
b) navios transportadores de outras cargas;
 Em qualquer das hipóteses acima mencionadas, somente será concedida a
atracação aos navios que já estejam com carga liberada em quantidade que
garanta o ritmo normal de operação;
 Somente será concedida a atracação e operação de navios, em trechos não
preferenciais, se obedecidos os seguintes critérios:
a) confirmada a chegada de um navio preferencial para até 24 horas após
a chegada de um navio não preferencial, a atracação será garantida
para o navio preferencial. Caso o navio não preferencial queira atracar,
a atracação será concedida, ficando ele obrigado a desatracar, às suas
próprias expensas, imediatamente após a chegada do navio preferencial
ao largo, respeitando-se o prazo máximo do término da jornada de seis
horas em que estiver operando;
b) caso o navio não preferencial já se encontre atracado por um prazo
superior ao estipulado no item “a”, deverá cumprir o ali determinado,
entretanto, nesse caso, as despesas com a desatracação e reatracação
serão de responsabilidade do navio interessado;
c) na hipótese do item “b” e ocorrendo a chegada de mais de um navio
preferencial, esses terão atracação garantida por ordem de chegada ao
largo, somente sendo permitida a reatracação do navio não preferencial,
após a conclusão das operações de todos os navios preferenciais;
d) na hipótese do item “c”, as despesas com a desatracação e reatracação
do navio não preferencial serão rateadas pelos navios que utilizarem a
prerrogativa da preferência;

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e) em quaisquer das hipóteses dos itens “c” e “d”, somente será permitida
a atracação do navio preferencial, após a assinatura de termo de
responsabilidade firmado pelo interessado, ou interessados, e a
Administração do Porto, todos aceitando, expressamente, as condições
estipuladas neste Regulamento; e
f) em se tratando de navios de passageiros só será garantida a atracação
de um navio por dia no berço preferencial 101, mesma regra que será
observada para os navios do segmento soja e seus derivados, que têm
o berço preferencial 102.
 Independente das condições aqui estabelecidas, o Agente de Navegação e o
Operador Portuário deverão cumprir todas as exigências regulamentares
relativas à programação, confirmação e operação de navios.

3. SISTEMA VIÁRIO
O porto está localizado em área urbana de Ilhéus, afastado aproximadamente
1,5 km da Rodovia Federal BR-415 (Rodovia Jorge Amado), que começa na Avenida
Osvaldo Cruz, nas proximidades do porto e cruza o Estado da Bahia no sentido Leste-
Oeste, encontrando a Rodovia Federal BR-101 em Itabuna, após 40 km. A Rodovia
BR-101 corta o país de Norte a Sul. Outro acesso importante é pelas Rodovias
Estaduais BA-001, que passa na área urbana a apenas 800 m da portaria do porto, e
BA-262, que também levam à BR-101, porém, por um percurso de 50 km.
A utilização dos acessos rodoviários e arruamentos internos dos Portos da
CODEBA obedece às condições deste Regulamento e da Tarifa Portuária, estando
sob abrangência do Código de Trânsito Brasileiro.

4. INSTALAÇÕES DE ARMAZENAGEM
O Porto de Ilhéus disponibiliza as seguintes instalações de armazenagem:
 Armazém nº 1 – 8.000 m²
 Armazém nº 2 – 8.000 m²
 Armazém regulador – 720 m²
 Pátio 1 – 8.000 m²
 Pátio 2 – 12.500 m²

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Observações:
a) o pátio de 8.000 m² tem a disponibilidade para estocar até 20.000 t de
granéis ou armazenar carga geral. O pátio com 12.500 m², com capacidade
para até 1.000 contêineres, ou ser utilizado para carga geral;
b) as condições de aplicabilidade na utilização dos serviços e utilização de
áreas estão contempladas no item ll.3-Diversos da Tarifa Portuária vigente;
e
c) os Operadores Portuários deverão assinar um Contrato de Adesão de
Prestação de Serviço Portuário e Disponibilização de Equipamentos e
Facilidades, o qual está apenso a este Anexo, de acordo com o tipo de carga
e poder discricionário da Gerência do Porto.

5. UTILIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS DE USO PÚBLICO


5.1. O Porto de Ilhéus oferece duas áreas de fundeadouro:
 Fundeadouro de espera de Prático: posição Latitude 14°45,9’ S –
Longitude 39°01,5’ W, situado no início do canal de acesso, com
profundidade de 12 metros. (Carta Náutica 1201);
 Fundeadouro de caráter geral e quarentena: área com 500 jardas de
raio, com centro na posição Latitude 14º 45’ 30’’S e Longitude 39 01’
00’’W. (Carta Náutica 1201).
Observação: o fundeio é proibido na faixa com largura de 100 metros em frente
ao longo do cais e no canal de acesso.
5.2. A utilização de infraestrutura marítima será feita conforme item 8.1 do
REP e de acordo com item I.1 da Tarifa Portuária vigente.

6. ÁREAS DE PROTEÇÃO E ABRIGO


O Porto de Ilhéus, localizado no bairro do Malhado, é constituído por um molhe
com 2.262 metros, que abriga o cais de atracação com 432 m de extensão e a bacia
de evolução. De concepção offshore, o molhe apresenta o primeiro trecho com 650 m
e segundo trecho com 1.450 m.

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7. UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENOS PORTUÁRIOS DE USO PÚBLICO


a) um guindaste Veb-Kranbau de 3,2 t
b) dois guindastes Veb-Kranbau de 6.3 t
c) um Carregador de navios de 20.000 t dwt até panamax, com capacidade
de 750 t/h de grãos.
Estes equipamentos deverão ser solicitados na área de programação dos
Portos, por meio de formulário impresso, ou por via eletrônica, nos endereços de
programação.
A aplicação das taxas da Tarifa Portuária na utilização de equipamentos e de
áreas os serviços e utilização de áreas está contemplada no item ll.2 Equipamentos
Portuários, da tarifa Portuária vigente.
Outros equipamentos portuários:
O Porto de Ilhéus disponibiliza os seguintes equipamentos:
 Sistema de recebimento de grãos com capacidade 575 t/h.
 Balança rodoviária com capacidade de 80 t.
Estes equipamentos deverão ser solicitados na área de programação dos
Portos, por meio de formulário impresso, ou por via eletrônica, nos endereços de
programação.
As condições de aplicabilidade na utilização dos equipamentos estão
contempladas no item ll.2 - Equipamentos, especificamente para pesagem e uso da
plataforma fitossanitária aplica-se o item II.3 - Diversos, da Tarifa Portuária vigente.

8. OPERAÇÕES PORTUÁRIAS CARACTERÍSTICAS:


O Porto de Ilhéus é dotado de cais contínuo, linear, com armazéns e pátios de
retaguarda, com movimentações características de exportação de granéis sólidos
(grãos agrícolas e minérios), além de carga geral.

9. AMARRAÇÃO DE NAVIOS
Os serviços são prestados pelos Operadores Portuários, por meio de mão de
obra requisitada junto ao OGMOIL.

10. MOVIMENTAÇÃO DE PASSAGEIROS

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A movimentação de passageiros em trânsito oriundos de embarque ou


desembarque de Navios de cruzeiro no Porto Organizado de Ilhéus, é regulada pela
Norma de Operação Portuária de Movimentação de Passageiros Originários de
Navios de Cruzeiro Marítimo no Porto de Ilhéus.

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APÊNDICE I DO ANEXO C - PORTO ORGANIZADO DE ILHÉUS

CONTRATO DE ADESÃO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO PORTUÁRIO E DISPONIBILIZAÇÃO DE


EQUIPAMENTOS E FACILIDADES

Por este instrumento particular, em que são partes à COMPANHIA DAS DOCAS DO ESTADO DA
BAHIA-CODEBA, com sede na Avenida da França, nº 1551, Estação Marítima Visconde de Cayru,
Comércio, Salvador/BA, CEP 40.010-000, doravante denominada CODEBA, inscrita no CNPJ sob nº
14.372.148/0001-61, neste ato representada pelo Gerente do Porto Organizado de Ilhéus e a ,
yyyyyyyy inscrita no CNPJ sob o nº yyyyyyyy com sede na Rua yyyyyyyy, com fundamento no
Regulamento de Exploração dos Portos da CODEBA, e legislação correlata, neste ato representada,
pelo Sr. xxx , Carteira de Identidade nº xxx SSP/ xx inscrito no CPF nº xxxxxxx, doravante denominado
(s) COMPROMISSÁRIO (s), resolvem celebrar o presente Contrato de Adesão de Prestação de
Serviço Portuário e Disponibilização de Equipamentos e Facilidades xxxx , na forma do art. 28 § 3º da
Lei nº 13.303, de 30 de junho de 2016, mediante as cláusulas e as condições seguintes:

CLÁUSULA PRIMEIRA – OBJETO


O presente Contrato de Adesão de Prestação de Serviço Portuário e Disponibilização de Equipamentos
e Facilidades tem por objeto a regulamentação do recebimento, da utilização e da entrega do
XXXXXXXXX da CODEBA, situado no Porto Organizado de Ilhéus/BA.

Parágrafo Único
O uso das instalações de armazenagem da CODEBA é concedido mediante requisição do dono da
mercadoria ou consignatário, de acordo com as disponibilidades. À CODEBA cabe tão somente a
guarda da mercadoria. A movimentação na recepção, eventual transporte interno, empilhamento,
desempilhamento e expedição são encargos dos operadores portuários contratados pelo dono da
mercadoria ou consignatário, na forma do Regulamento de Exploração dos Portos da CODEBA e
legislação afeta.

CLÁUSULA SEGUNDA
Pela utilização dos pátios descobertos e armazéns serão cobradas as tarifas portuárias constantes da
norma tarifa portuária do Porto de Ilhéus, a serem pagas pelo COMPROMISSÁRIO (S) e/ou pelo Dono
da Mercadoria e/ou Requisitante.

CLÁUSULA TERCEIRA – PRAZO DE UTILIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES (PÁTIOS E/OU


ARMAZÉNS)
O (s) COMPROMISSÁRIO (S) poderá (ão) utilizar as instalações da CODEBA, situado no Porto
Organizado de Ilhéus/BA, de forma improrrogável, até o dia ____/____/_____, período após o qual
deverá devolver à Administração do Porto.

CLÁUSULA QUARTA – OBRIGAÇÕES DO COMPROMISSÁRIO


Compete ao(s) COMPROMISSÁRIO (S) pela:
1. Entrega dos pátios/armazéns da CODEBA, situado no Porto Organizado de Ilhéus/BA, no
prazo constante deste instrumento, e;
a) acompanhar a vistoria das instalações (pátios/armazéns) realizada por Fiscal designado
pela Gerência do Porto de Ilhéus, a qual atestará a integridade dos portões, telhados,

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pisos, vitrais e outros, colocados à sua disposição pela CODEBA a qual verificará a
conformidade, no que couber:
b) providenciar com antecedência a varrição completa, limpeza, lavagem, retirada de
resíduos e lixo, e conservação da estrutura interna e externa das instalações;
c) acompanhar a inspeção dos transportadores, certificando-se que os mesmos estejam
aptos e em condição de operacionalidade; e
d) providenciar a adequação das instalações para o acondicionamento da carga,
observando a legislação afeta a classificação do material a ser armazenado, com os
acessórios e equipamentos necessários.
2. Entrega do XXXX à CODEBA, impreterivelmente e não submetida a prorrogação de prazo,
deverá ocorrer no dia ____/____/_____, de forma desembaraçada, com a retirada total da carga
ali armazenada e dos acessórios e equipamentos instalados para o acondicionamento da carga;
3. Realização a varrição do costado do navio, vias de acesso e pista de rolamento do pátio
(interno) utilizados durante a operação de carga e descarga, dispondo os resíduos de forma
adequada para posterior retirada;
4. Limpeza integral (varrição e lavar) e higienização das instalações portuárias
(pátios/armazéns), entregando o mesmo no estado de conservação e limpeza no qual o recebeu;
5. Responsabilidade solidária pelo imediato reparos dos bens deteriorados pelo mau uso do
equipamento público;
6. Obrigatoriedade de pagar a tarifa portuária nos prazos na forma prevista no regulamento
específico, sob as penas aplicáveis no caso de descumprimento; e
7. Obrigatoriedade em obedecer e cumprir as normas de acesso ao porto.

CLÁUSULA QUINTA – OBRIGAÇÕES DA CODEBA


Compete à CODEBA:
1. Efetuar a constante fiscalização das dependências situados no Porto Organizado de
Ilhéus/BA;
2. Efetuar a inspeção das dependências (pátios/armazéns) situado no Porto Organizado de
Ilhéus/BA no momento da disponibilização do mesmo ao(s) COMPROMISSÁRIO (S) e no
momento da sua devolução; e
3. Acompanhar, controlar e fiscalizar a execução deste Termo de Compromisso, avaliando os
resultados por intermédio da sua fiscalização.

CLÁUSULA SEXTA
Não são de responsabilidade da CODEBA eventuais avarias e/ou inconformidades eventualmente
verificadas nas cargas quanto à armazenagem, acondicionamento, movimentação da carga e fatos
supervenientes que a afetem.

CLÁUSULA SÉTIMA
Caso os pátios/armazéns não sejam entregues pelo(s) COMPROMISSÁRIO (S) no dia____/____/____,
em perfeito estado de conservação e limpeza (varrição) atestado pelo Fiscal designado pela Gerência
do Porto de Ilhéus, a CODEBA poderá aplicar multa por descumprimento no valor diário de
R$10.000,00 (dez mil reais).

CLÁUSULA OITAVA – DO FORO


Fica eleito pelas partes o Foro na sede da CODEBA, da cidade de Salvador/BA, Seção Judiciária do
Estado da Bahia do TRF1, como competente para se dirimir quaisquer dúvidas ou controvérsias
oriundas do presente instrumento.

E, por estarem justos e acertados, firmam as partes o presente instrumento em 03 (três) vias de
igual teor e forma para um só efeito.

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Ilhéus, ____de____________ de 20XX

Pela CODEBA:

XXXXXXXX
Gerente do Porto de Ilhéus

Pelo(s) COMPROMISSÁRIO(S):

xxxxxxxxxxxxx
.........
xxxxxxxxxxxx

TESTEMUNHAS:

____________________________________ ____________________________________
Nome: Nome:
CPF: CPF:

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