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O uso de indicadores financeiros para avaliação da economia

empresarial de negócios e grupos conglomerados

Bruno Ewerton Alencar Viana


Cayo Santos
João Pedro Caldas
João Henrique Brasil
Rogério Alves Moura Filho
Lauro Breno
Gabriel Santana
Vitor Manoel

Resumo:
O surgimento de novos investidores no Brasil ocorre paralelo ao advento e
popularização das redes sociais e das plataformas de vídeo, as quais foram
usadas para atrair e estimular um novo público a comprar ações de outras
empresas e títulos financeiros para a obtenção de uma renda extra laboral. A
crescente cada vez maior de interessados encontra-se em meio ao bloqueio
invisível da falta de informação organizada, uma vez que nas redes há uma
sobrecarga de conteúdo pedante e desorganizado, dificultando para o recém
apresentado à bolsa de valores. Sob esse viés, criou-se o presente artigo
acadêmico, a fim de introduzir os interessados em investimentos por meio da
aplicação da teoria em uma análise de caso real.

Área temática: Gestão Financeira

Abstract:
The emergence of new investors in Brazil occurs parallel to the advent and
popularization of the social networks and the video platforms, which were used
to attract and encourage a new audience to buy stocks in other companies and
financial securities to obtain extra income. The ever-increasing number of
interested parties finds themselves in the midst of an invisible courtain, which is
the lack of organized information. Since on the networks there is an overload of
pedantic and disorganized content, making it difficult for those recently
introduced to the stock Exchange market. Under this bias, this academic article
was created in order to introduce those interested in Investments on a real life
study case that utilizes theory learned on researched literature about investing.
1. O que são indicadores e para que servem
Por meio das demonstrações contábeis levantadas por uma empresa, podem
ser extraídas informações a respeito de sua posição econômica e financeira.
Por exemplo: um analista pode obter conclusões sobre a atratividade de
investir em ações de determinada companhia; se a capacidade de pagamento
(liquidez) se encontra numa situação de equilíbrio ou insolvência; se a atividade
operacional da empresa oferece uma rentabilidade que satisfaz as expectativas
dos proprietários de capital; e assim por diante.
Os indicadores financeiros são uma das múltiplas técnicas de análise de
balanços existentes. Eles procuram relacionar elementos afins das
demonstrações contábeis de forma a melhor extrair conclusões sobre a
situação da empresa. Há diversos índices úteis para o processo de análise,
metodologicamente classificados nos seguintes grupos: liquidez, operacional,
rentabilidade, endividamento e estrutura, análise de ações e geração de valor.
A título de estudo, iremos analisar o balanço da YDUQS, grupo voltado à
tecnologia e serviços de educação, com o foco nos seguintes indicadores:
Liquidez Geral (LG), Liquidez Imediata (LI), Grau de Endividamento (GE) e
Margem Líquida (ML). Todos os dados utilizados estão no RI da YDUQS.
Encorajamos o leitor a visitar o site e conferi-los.
OBS: Além de demonstrar a evolução dos indicadores ao longo do período
analisado (primeiro trimestre de 2019 até o segundo trimestre de 2023),
também faremos uma interpretação acerca de suas mudanças para definir
como está a posição da empresa. Encorajamos os(as) leitores(as) a sempre
comparar esses indicadores com o de outras concorrentes do mesmo nicho, a
fim de verificar o quadro geral.

2. Indicadores Financeiros de Liquidez


Indicadores financeiros de liquidez são métricas utilizadas para avaliar a
capacidade de uma empresa ou indivíduo de cumprir suas obrigações
financeiras de curto prazo, ou seja, pagar suas dívidas e despesas que vencem
em um prazo de até um ano. Eles são cruciais para entender a saúde
financeira de uma organização e sua capacidade de honrar compromissos
financeiros imediatos. Dentre eles:

2.1 Liquidez Geral


Também conhecido como Razão Corrente, este indicador compara os ativos
circulantes (recursos que podem ser convertidos em dinheiro em um ano ou
menos) com os passivos circulantes (dívidas e obrigações que vencem em um
ano ou menos). Para calcular o Índice de Liquidez Geral, é necessário somar
todos os ativos circulantes e não circulantes da empresa e dividir pelo total de
passivos circulantes e não circulantes. O resultado desse cálculo indica
quantas vezes a empresa é capaz de pagar suas obrigações com seus ativos.
Em síntese, um Índice de Liquidez Geral maior que 1 indica que a empresa
possui mais ativos do que passivos, ou seja, ela tem uma boa capacidade de
pagamento. Já um índice menor que 1 indica que a empresa possui mais
passivos do que ativos, o que pode ser um sinal de problemas financeiros.

Através da observação do gráfico percebe-se que do primeiro trimestre de


2020 para o segundo, houve uma queda brusca do indicador, o qual vinha em
uma crescente retardada. Ao verificar a formula de cálculo, percebe-se que a
proporção entre a soma dos ativos dividida pela soma dos passivos diminuiu,
configurando uma situação de mais contas à pagar a longo prazo. Isso ocorreu
devido à pandemia ocasionada pelo vírus “SARS-CoV-2”, referido
popularmente como coronavírus. A pandemia fez com que muitas empresas
tivessem um aumento de contas para pagar ao passo que diminuíram o seu
faturamento.
Observando o caso da YDUQS através dos recortes da planilha, percebemos
que o principal fator referente à queda da liquidez é o aumento em demasia do
passivo em relação ao ativo, o que indica um maior número de contas a pagar
referente aos bens disponíveis da empresa. Entretanto, vale salientar que é
preciso averiguar o motivo dos aumentos exacerbados no passivo, visto que há
casos em que esse aumento pode ser benéfico à empresa.
Ao verificar a seção “Emprestimos e financiamentos” notamos que de 2019 à
2020 houve uma crescente enorme no valor monetário em questão. Isso é de
certo modo benéfico à YDUQS, posto que a taxa de juros acumulada em 2020
fora de 2,75% , segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(Ipea). Nesse sentido, considerando os valores hodiernos da taxa de juros em
12,75%, dispostos pela reunião do Comitê de política econômica monetária
(Copom), 2020 era a época ideal para adquirir empréstimos, pois a quantia a
ser paga pela companhia em troca de recursos era baixa, o que não ocorre
hoje.

2.2 Liquidez Imediata (LI)


Mediante a análise previamente feita, iremos definir a diferença entre os outros
indicadores de liquidez e como eles podem influir na análise.
O indicador de Liquidez Imediata, também conhecido como Liquidez Seca, é
uma métrica financeira que avalia a capacidade de uma empresa ou indivíduo
de cumprir suas obrigações financeiras de curto prazo, levando em
consideração apenas os ativos de liquidez imediata. Ele é uma variação do
índice de Liquidez Corrente, que também avalia a liquidez, mas inclui todos os
ativos circulantes.
O principal objetivo do indicador de Liquidez Imediata é medir a capacidade de
uma entidade de cumprir suas obrigações de curto prazo, desconsiderando o
valor dos estoques, uma vez que os estoques podem não ser facilmente
convertidos em dinheiro no curto prazo. Portanto, esse indicador se concentra
nos ativos mais líquidos, ou seja, aqueles que podem ser rapidamente
convertidos em dinheiro, como caixa, equivalentes de caixa e investimentos de
curto prazo.
Interpretação do índice de Liquidez Imediata:
Um valor superior a 1 indica que a empresa tem ativos líquidos suficientes para
cobrir todas as suas obrigações de curto prazo, excluindo os estoques. Isso é
geralmente considerado positivo.
Um valor inferior a 1 sugere que a empresa pode não ter ativos líquidos
suficientes para cobrir suas obrigações de curto prazo, excluindo os estoques,
o que pode indicar um risco de falta de liquidez.
Um valor de 1 significa que a empresa tem ativos líquidos igualando seus
passivos de curto prazo, excluindo os estoques. Isso indica um equilíbrio entre
ativos líquidos e obrigações de curto prazo.
A interpretação do índice de Liquidez Imediata deve ser feita considerando o
contexto da empresa e do setor em que ela opera, uma vez que diferentes
setores e empresas podem ter diferentes necessidades de estoques e níveis
ideais de liquidez. Geralmente, um valor superior a 1 é considerado positivo,
indicando uma boa capacidade de pagamento de obrigações de curto prazo,
mas é importante analisar outros indicadores e informações financeiras para
uma avaliação mais completa da saúde financeira da entidade.
Ao verificar os gráficos e o recorte da planilha, percebe-se um aumento
claramente visível da Liquidez Imediata, consequência do aumento do valor da
conta “Disponibilidades”. O empréstimo previamente discutido teve como um
de seus objetivos justamente esse resultado: Possibilitar uma quantidade maior
de dinheiro em caixa para realizar operações diárias como pagamentos e
aquisições rápidas. Tal medida foi positiva para a empresa e só foi possível
graças à baixa taxa de juros em 2020.

3. Grau de Endividamento
O indicador financeiro "Grau de Endividamento" é uma métrica que avalia a
proporção de dívidas em relação ao capital próprio de uma empresa ou
indivíduo. Ele é usado para medir o nível de endividamento de uma entidade e
sua capacidade de lidar com suas obrigações de dívida. Esse indicador é
importante para entender o risco financeiro e a estrutura de capital de uma
organização.
A fórmula geral para calcular o Grau de Endividamento é a seguinte:

Aqui estão algumas explicações importantes relacionadas ao Grau de


Endividamento:
>Dívida Total: Este valor representa todas as obrigações de dívida de uma
entidade, incluindo empréstimos bancários, títulos emitidos, financiamentos e
qualquer outra forma de dívida de curto ou longo prazo.
>Capital Próprio: O capital próprio é a parte dos recursos financeiros da
entidade que pertence aos acionistas ou proprietários. Ele é calculado como a
diferença entre os ativos totais e as obrigações totais (dívida e passivos). O
capital próprio representa a parte da empresa que não é financiada por dívida.
A interpretação do Grau de Endividamento depende do contexto e da indústria
em que a empresa atua. Aqui estão algumas implicações comuns:
Um Grau de Endividamento alto, ou seja, um valor significativamente maior que
1, indica que a empresa está fortemente endividada em relação ao seu capital
próprio. Isso pode indicar um alto risco financeiro, uma vez que a empresa
pode ter dificuldade em pagar suas dívidas e juros.
Um Grau de Endividamento baixo, ou seja, um valor menor que 1, sugere que
a empresa depende menos de dívidas para financiar suas operações. Isso
pode ser considerado uma posição financeira mais segura.
Um Grau de Endividamento igual a 1 indica que a empresa tem um equilíbrio
entre dívida e capital próprio.
É importante observar que o nível apropriado de endividamento varia de acordo
com o setor, a estratégia de negócios e os objetivos financeiros da empresa.
Algumas empresas podem optar por ter um nível mais elevado de
endividamento para aproveitar os benefícios fiscais associados aos juros da
dívida, enquanto outras podem preferir uma estrutura de capital mais
conservadora com menos dívida. O Grau de Endividamento é uma ferramenta
valiosa para avaliar essa relação e tomar decisões financeiras informadas.

4. Margem Líquida
A margem líquida é um importante indicador financeiro que mede a
rentabilidade de uma empresa ao relacionar o lucro líquido obtido com suas
receitas totais. Ela é expressa como uma porcentagem e fornece informações
valiosas sobre a eficiência operacional e a capacidade da empresa de gerar
lucros a partir das suas atividades comerciais. A fórmula básica para calcular a
margem líquida é a seguinte:

>Lucro Líquido: É o lucro que uma empresa obtém após deduzir todas as
despesas operacionais, juros, impostos e outras deduções de sua receita total.
O lucro líquido representa o ganho real da empresa após todas as despesas.
>Receita Total: É o valor total das vendas ou receitas geradas pela empresa
durante um período específico.
A margem líquida é uma medida crítica da eficiência da empresa em
transformar suas vendas em lucro. Uma margem líquida saudável indica que a
empresa está gerando lucro substancial em relação às suas vendas, enquanto
uma margem estreita ou negativa sugere que a empresa está enfrentando
dificuldades para ser rentável.
A interpretação da margem líquida pode ser feita da seguinte forma:
Uma margem líquida alta (expressa como uma porcentagem) indica que a
empresa está retendo uma parcela significativa de suas vendas como lucro
após a dedução de todas as despesas. Isso é geralmente considerado um sinal
positivo de saúde financeira e eficiência operacional.
Uma margem líquida baixa ou negativa pode indicar que a empresa está
enfrentando desafios para gerar lucro a partir de suas atividades. Isso pode ser
devido a altos custos operacionais, concorrência intensa ou outros fatores que
afetam a rentabilidade.
Uma margem líquida negativa significa que a empresa está operando com
prejuízo, ou seja, suas despesas superam suas receitas. Isso é uma
preocupação significativa para os investidores e proprietários, pois indica uma
situação financeira insustentável.
A margem líquida é frequentemente usada para comparar a rentabilidade de
diferentes empresas no mesmo setor ou para avaliar o desempenho financeiro
de uma empresa ao longo do tempo. É uma ferramenta valiosa para analisar a
eficácia da gestão financeira e operacional de uma empresa e pode ajudar a
orientar decisões estratégicas e investimentos.

Considerando os intervalos (5),(10),(15) e (20) como a margem líquida média


dos anos de 2019,2020,2021 e 2022 respectivamente, percebemos através do
gráfico uma queda na margem líquida da empresa, especialmente nos
períodos de 2021 e 2022.

Ao verificar o valor do lucro líquido no período, vê-se que nas células que
contem número entre parênteses, o resultado fora negativo, o que implica em
um prejuízo da empresa. A mudança que se realizou com a volta das aulas
presenciais concomitante à alta da taxa de juros, implicou em muitas despesas
operacionais ao mesmo tempo, o que dificultou o lucro da companhia.
Entretanto, o pagamento das despesas e a adequação ao retorno, tem
mostrado bons resultados em 2023.

5. Demais variáveis
Caso o leitor deseje conhecer mais indicadores a serem utilizados na análise
financeira de empresas, deixaremos uma lista com gráficos e a explicação de
cada um.

Liquidez Corrente
A liquidez corrente é um indicador financeiro que mede a capacidade de uma empresa
ou indivíduo de cumprir suas obrigações financeiras de curto prazo utilizando seus
ativos circulantes, ou seja, aqueles que podem ser rapidamente convertidos em
dinheiro, geralmente em um período de até um ano. Esse indicador é uma medida da
saúde financeira e da capacidade de pagamento de dívidas de curto prazo. A fórmula
para calcular a liquidez corrente é a seguinte:

Ativos Circulantes: São os ativos que podem ser convertidos em dinheiro ou


utilizados no decorrer de um ano ou menos. Isso inclui ativos como caixa,
contas a receber de clientes, estoques e outros investimentos de curto prazo.
Passivos Circulantes: São as obrigações financeiras que devem ser pagas
dentro de um ano ou menos, como contas a pagar, empréstimos de curto prazo
e outras dívidas de curto prazo.
A interpretação da liquidez corrente é a seguinte:
Um valor maior que 1 indica que a empresa tem ativos circulantes suficientes
para cobrir suas obrigações de curto prazo. Isso é geralmente considerado
positivo, pois mostra que a empresa tem uma boa capacidade de pagamento
de dívidas de curto prazo.
Um valor igual a 1 indica que a empresa tem ativos circulantes igualando seus
passivos de curto prazo, o que significa que está no limite da capacidade de
pagamento de suas dívidas de curto prazo.
Um valor menor que 1 sugere que a empresa pode não ter ativos circulantes
suficientes para cobrir suas obrigações de curto prazo, o que pode indicar um
risco de falta de liquidez.
A liquidez corrente é uma medida fundamental de curto prazo da saúde
financeira de uma empresa. No entanto, é importante observar que essa
métrica tem suas limitações e não considera todos os fatores relevantes para a
análise financeira. Portanto, é comum usá-la em conjunto com outras métricas
e informações financeiras para uma avaliação mais completa da situação
financeira de uma entidade. Além disso, a interpretação da liquidez corrente
deve levar em conta o setor de atuação da empresa e outros fatores
contextuais.

Retorno sobre Ativo (ROA)


O indicador "Retorno sobre Ativo" (ROA, na sigla em inglês) é uma métrica
financeira que avalia a eficiência e a rentabilidade de uma empresa em relação
aos seus ativos totais. Ele mede o quanto uma empresa gera lucro em relação
ao tamanho de seus ativos. Em outras palavras, o ROA indica a capacidade da
empresa de utilizar seus recursos para gerar lucro.
A fórmula básica para calcular o Retorno sobre Ativo é a seguinte:

Lucro Líquido: É o lucro que a empresa obtém após deduzir todas as


despesas, incluindo despesas operacionais, juros, impostos e outras deduções,
de suas receitas totais.
Ativos Totais: Representa o valor total dos ativos da empresa, que inclui ativos
de curto e longo prazo, como caixa, investimentos, estoques, propriedades,
máquinas, entre outros.
O ROA é expresso como uma porcentagem. Uma alta porcentagem de ROA
indica que a empresa está gerando lucro eficientemente em relação ao
tamanho de seus ativos, enquanto uma baixa porcentagem pode sugerir que a
empresa não está usando efetivamente seus recursos para gerar lucro.
Interpretação do ROA:
Um ROA alto é geralmente considerado positivo, pois indica que a empresa é
eficaz na geração de lucro com seus ativos. Isso é frequentemente visto como
um sinal de boa gestão e eficiência operacional.
Um ROA baixo pode indicar que a empresa não está aproveitando
efetivamente seus ativos para gerar lucro. Isso pode ser resultado de baixa
eficiência operacional, margens de lucro estreitas ou ativos subutilizados.
Um ROA negativo significa que a empresa está operando com prejuízo, ou
seja, as despesas superam a receita. Isso é uma preocupação significativa e
pode indicar problemas financeiros.
O ROA é útil para comparar a rentabilidade de empresas em um mesmo setor
ou para avaliar o desempenho financeiro de uma empresa ao longo do tempo.
No entanto, é importante considerar que o ROA pode variar de acordo com a
indústria e a estratégia de negócios da empresa. Além disso, ele deve ser
usado em conjunto com outras métricas e informações financeiras para uma
avaliação completa da saúde financeira de uma empresa.

Retorno sobre Patrimônio (ROE)


O Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE, na sigla em inglês) é um
importante indicador financeiro que mede a rentabilidade de uma empresa em
relação ao seu patrimônio líquido. O patrimônio líquido é a parte dos recursos
financeiros da empresa que pertence aos acionistas ou proprietários,
representando a diferença entre os ativos totais e os passivos totais. O ROE
indica a eficiência com que a empresa utiliza o capital próprio para gerar lucro.
A fórmula básica para calcular o Retorno sobre o Patrimônio Líquido é a
seguinte:
Lucro Líquido: É o lucro que a empresa obtém após deduzir todas as
despesas, incluindo despesas operacionais, juros, impostos e outras deduções,
de suas receitas totais.
Patrimônio Líquido: É a parte dos recursos financeiros da empresa que
pertence aos acionistas ou proprietários. É calculado como a diferença entre os
ativos totais e os passivos totais. Representa o valor residual que os acionistas
têm após o pagamento de todas as obrigações da empresa.
O ROE é expresso como uma porcentagem e é frequentemente usado como
uma medida-chave de desempenho financeiro e eficiência na utilização do
capital próprio. A interpretação do ROE é a seguinte:
Um ROE alto é geralmente considerado positivo, pois indica que a empresa
está gerando um retorno substancial sobre o capital próprio dos acionistas. Isso
é frequentemente visto como um sinal de boa gestão financeira e eficiência na
alocação de recursos.
Um ROE baixo pode indicar que a empresa não está usando efetivamente o
capital próprio para gerar lucro. Isso pode ser resultado de baixa rentabilidade,
margens de lucro estreitas ou uso excessivo de dívidas em relação ao capital
próprio.
Um ROE negativo significa que a empresa está operando com prejuízo, ou
seja, as despesas superam a receita, o que é uma preocupação financeira
significativa.
O ROE é uma métrica importante para investidores, analistas financeiros e
gestores, pois ajuda a avaliar a capacidade de uma empresa de gerar lucro em
relação ao capital investido pelos acionistas. No entanto, assim como outros
indicadores financeiros, o ROE deve ser avaliado em conjunto com outras
métricas e informações financeiras para uma compreensão completa da saúde
financeira da empresa. Além disso, a interpretação do ROE pode variar de
acordo com a indústria e os objetivos da empresa.
Conclusão
O trabalho apresentado teve como pressuposto básico discutir o uso dos
indicadores financeiros como ferramenta de análise da economia empresarial,
reconhecendo na mesma um caráter de necessidade gerencial, porém
sugerindo uma nova perspectiva. A principal preocupação foi de inseri-los sob o
prisma da estratégia do investidor novato.
As mudanças ocorridas na economia mundial nos últimos anos pressionaram
as organizações industriais a se adequarem no que diz respeito a sua rotina
operacional, objetivando manter-se no mercado de uma forma completamente
competitiva. A globalização da economia veio acentuar a concorrência entre
companhias, que cada vez mais se empenham na elaboração de planos e
estratégias, visando gerar resultados satisfatórios, sem perder a qualidade do
seu produto.
Concomitante a isso, os investidores novatos se veem perdidos no
emaranhado de informação online para poderem agir conforme seus interesses
financeiros. Dito isso, cabe ao leitor além da leitura desse ártico, o teste das
proposições fornecidas e um estudo maior sobre o tema, ministrado por
professores capacitados na área, como o Prof. Joélcio Braga da Instituição
UniFacid Wyden, membro da própria YDUQS.

BIBLIOGRAFIA
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