Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Todas as empresas comerciais usam o dinheiro como matéria-prima pela qual têm de
pagar. Da mesma forma, têm de ganhar um rendimento suficiente para fazer face a
tais pagamentos. As empresas que continuam a ganhar um rendimento suficiente
para pagar a taxa de mercado aplicável aos fundos empresariais, geralmente
prosperam. Aquelas que o não conseguem realizar por um período considerável, na
maioria dos casos não conseguem sobreviver. (…). As grandes questões em matéria
de negócios, activos, lucros, crescimento e fundos de tesouraria (…) as quatro
variáveis têm vários elos de interdependência”. (…) há um equilíbrio que entre elas
pode ser mantido e, com base nele, surge o respectivo valor empresarial.
(WALSH, 1996, p. 23)
____________________________________________
1. LADJI: Lucro antes da Dedução de Juros e Impostos
13
(SANTOS 2004; p. 160), pergunta: “Será que, então, o lucro a medida de
desempenho a privilegiar?” O mesmo (p.157), “Avaliar o desempenho o que é?”
Outra questão:
Terá cash suficiente no futuro imediato para satisfazer o seu passivo corrente à
medida que caêm os pagamentos? E de onde virá o dinheiro para pagar o passivo a
curto prazo? Como analisar, comparar e controlar os números que impulsionam o
valor da empresa?
(WALSH, 1996, p.128)
O presente tema não irá deixar de esclarecer as questões levantadas por autores no
sentido de dar as respostas que permitirão a compreensão e interpretação por parte dos
utentes dessa informação.
Uma empresa pode ter excelentes produtos, qualidade impecável, boa penetração
e distribuição no mercado, boa rendibilidade em relação a preços e custos e mesmo assim
vai à falência. Bastam algumas decisões erradas da administração financeira e pronto, lá
se foi a empresa.
14
Um rácio isolado não permite uma visão ampla ou até pode ter um significado
diferente ao contrário no seu conjunto. Segundo (WALSH, 1996) explica que,
“conhecemos o significado das palavras quando usadas separadamente, mas uma vez
usadas colectivamente, elas podem tornar-se enigmáticas”.
É evidente que a interpretação dos rácios tem sido difícil por pessoas não
conhecedoras da matéria, tem que se ter em conta o ponto de partida, o que se pretende
levar e alcançar. “Um número excessivo de índices sobre informações contabilísticas que
pouco representem a realidade e que ao final além de gerar excessivas informações,
acabam confundindo o usuário”. (ESTEVAM, 2010, p.11)
5. Identificar os rácios de curto prazo que tenham relações aos rácios em estudo, tal
como o fundo de maneio circulante (FMC), rácios de rotação das existências e
rácios das vendas para facilitar a interpretação e compreensão do tema através da
análise dos rácios em estudo.
15
6. Argumentar os resultados obtidos por rácios de acordo os fundamentos teóricos.
16
CAPÍTULO I- FUNDAMENTAÇÃO
TÉCNICO-CIENTÍFICA
17
1. AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO FINANCEIRO E ECONÓMICO DA
EMPRESA
18
podem e devem ser consideradas na mensuração e avaliação de
desempenho de uma empresa devem ser expressa em valores monetários
que representem a utilidade económica do objecto ou evento mensurado».
(CROZATTI & GUERREIRO, ca. 2013, p. 6)
1. Conceitos
Um conceito somente desperta interesse (…) quando este denota analisar realidades
concretas”. Este autor acrescenta também que “pode-se (...) distinguir duas
definições: definição conceitual, que atinge a generalidade do conceito como tal e é
teórica; definição operacional, que se coloca a nível dos referenciais empírico
mensuráveis. Portanto, para que o conceito tenha utilidade deve se relacionar
claramente com a realidade observada.
DEMO apud (CROZATTI & GUERREIRO ca. 2013, p.8)
19
Seria o egoísmo em restringir e ignorar conceitos que visam a melhor compreensão
do tema. Contudo, neste capítulo vai se apresentar os conceitos teóricos principais e
complementares para garantir a melhor interpretação das variáveis que constituem o
tema e focalizar aspectos financeiros da empresa tendo como suporte vários registos
contabilísticos dos quais se escolheram o balanço, mapas de demonstrações de lucros
ou perdas e outros rácios de análises de curto prazo, tal como Fundo de maneio
circulante (FMC), rácios de actividade e outros que subsidiam os rácios principais em
estudo, a fim de fornecerem dados relevantes ao um estudo empírico, tal como (SANTOS
et seq. p. 44); Explica que “toda a teoria deve ser feita para poder posta em prática, e
toda prática deve obedecer a uma teoria. Só os espíritos superficiais desligam a teoria da
prática, e a prática não é senão a prática de uma teoria”.
1. Desempenho
2. Avaliar
20
Avaliar significa atribuir valor em sentido qualitativo ou mesmo quantitativo. Os
conceitos discutidos (…) dizem respeito ao sentido quantitativo da avaliação, ou seja,
discutem aspectos da atribuição de números ao desempenho de entidades
económicas. No aspecto qualitativo espera-se que a avaliação possa ser feita com
base na atribuição de conceitos valorativos tais como regular, bom e óptimo. A
atribuição destes conceitos depende da relação entre a expectativa e a realidade dos
acontecimentos. O que se pretende fazer influencia o nível de satisfação com o
desempenho atingido. Portando, para a avaliação de desempenho eficaz é necessária
a definição preliminar da situação futura esperada.
(CROZATTI & GUERREIRO, ca, 2013, p. 8)
3. Contabilidade
4. Balanço
21
O balanço por sua vez, possui elementos que julgamos importantes ao estudo dos
rácios de liquidez tal como activo corrente e passivo corrente. Segundo LOUSÂ e
SALGUEIRINHO (2013, p. 34), definem o “activo corrente por bens e direitos que se
renovam várias vezes ao longo de um exercício económico e passivo corrente pelo valor
das obrigações da entidade que se espera e venham a ser liquidadas num período inferior
a um ano”.
6. Demonstração de Resultados
7. Mapa de Lucros/Perdas
Para se efectuar uma análise financeira recorre-se sempre aos rácios porque de
acordo (LOUSÂ e SALGUEIRINHO 2013, p.34), “de todos os métodos de análise, o método
de rácios é o mais fácil de construir, o mais prático e o mais rico em conclusões, já que
permite obter informações sintéticas sobre aspectos que interessam à gestão”.
Quando se pretende fazer análise financeira por meio de rácio tem que se saber a
natureza da empresa no tempo e no espaço.
(…) Uma empresa ter 10% de rendibilidade dos capitais próprios é bom ou é
mau? (…). Depende de vários factores, entre eles: do sector de actividade, da
economia onde a empresa está inserida, do risco envolvido no negócio, etc. isto é,
necessitamos sempre de ter de um termo de referência / comparação. Existem
basicamente dois tipos de comparação que podem ser efectuadas: (1) Com os dados
de outras empresas ou com médias do sector, para um determinado momento de
tempo (…) Análise estática; (2) Com os dados históricos da empresa ou previsionais,
ajuizando-se sobre a evolução favorável / desfavorável (…) Analise dinâmica.
(SAIAS; CARVALHO & AMARAL, 2006, p. 497).
Quando se fala em análise financeira logo, se associa esta à utilização de uma série
de indicadores conhecidos por rácios financeiros. Para se poderem comparar e
analisar dados financeiros é importante a criação de uma serie de rácios que
expressem relações significativas, possibilitando uma melhor compreensão sobre a
performance desempenho e situação financeira, passada e presente, de uma
determinada organização. De facto, a comparação entre o activo circulante e o
passivo de curto prazo, por exemplo, tem mais significado e utilidade do que
simplesmente olharmos para cada uma das rubricas sem fazer referência à outra. Isto
porque os activos circulantes são frequentemente considerados como sendo a maior
reserva de fundos para fazer face às obrigações de curto prazo, especialmente
quando as perspectivas futuras da empresa não se encontram muito favoráveis. Por
outro lado, não faria muito sentido comparar outros activos com as obrigações de
curto prazo e esperar obter uma relação significativa.
(SAIAS; CARVALHO & AMARAL, 2006, p. 496)
25
Em contra partida, “Os rácios raramente fornecem as respostas para os problemas,
mas podem ajudar, de modo selectivo, a descobrir a razão de ser dos problemas das
empresas. São uma ferramenta de diagnóstico e não um medicamento curativo”. (SAIAS;
CARVALHO & AMARAL, 2006, p. 496)
Os dois termos retratam assuntos semelhantes, porém, para não criar muita
expectativa aos utentes desta informação pretende-se apresentar algumas diferenças
que acentuam estes termos.
O conceito de indicador é mais amplo que o de rácio. Ele abrange para além das
relações entre grandezas, sob a forma de quocientes ou percentagem, outras que
comparam elementos considerados significativos: margem bruta das vendas; fundo
de maneio, etc. O método dos indicadores e dos rácios contribuirá para uma análise
objectiva e sistemática da estrutura económica e financeira da empresa (…).
(NABAIS, 2011, p.66)
Este rácio é uma das ferramentas que os gestores financeiros buscam para
efectuarem algumas decisões financeiras a curto prazo e de acordo (NABAIS, 2011),
“estes rácios medem a capacidade de a empresa solver os seus compromissos a curto
prazo. Quanto maior for o valor que apresentar maior será a probabilidade de reembolsar
o credito obtido dos fornecedores e de outros credores a curto prazo”. Do mesmo
conceito, (BENZINHO & RODRIGUES, 1995), considera (…) curto prazo «até um ano». E
explica que a liquidez da empresa será boa se o seu fundo de maneio for positivo.
Cada ciência deve obedecer aos seus princípios. De igual modo, há princípios financeiros
sobre a liquidez a seguir.
26
Os cuidados a ter com a liquidez da empresa dependem essencialmente da política
de crédito de clientes, da política de existências e da política de aprovisionamento,
nomeadamente nos prazos de pagamento, entre o cliente e o fornecedor. Assim, o
aumento de crédito aos clientes aumenta o período entre a venda e o recebimento,
diminuindo a rotação da conta de clientes e, por conseguinte, os capitais circulantes
(o risco aumenta); o aumento da aquisição das existências e a rotação das
existências tornam-se mais lentos, provocando a diminuição da rotação dos capitais
circulantes (o risco aumenta), por fim informa que o aumento do prazo concedido
pelos fornecedores e o período entre a compra e o pagamento aumentam. Obtém-se
assim maior financiamento para os capitais circulantes.
(BENZINHO & RODRIGUES, 1995, p.57)
Estes rácios estão dividido de acordo a capacidade de cada activo circulante tem
para solver as exigibilidades a curto prazo, Normalmente o gestor recorre aos seguintes
indicadores de liquidez:
1. Liquidez geral
𝐀𝐜𝐭𝐢𝐯𝐨 𝐜𝐢𝐫𝐜𝐮𝐥𝐚𝐧𝐭𝐞
𝐑á𝐜𝐢𝐨 𝐝𝐞 𝐥𝐢𝐪𝐮𝐢𝐝𝐞𝐳 𝐠𝐞𝐫𝐚𝐥 =
𝐃é𝐛𝐢𝐭𝐨𝐬 𝐚 𝐜/𝐩
Segundo (NABAIS, 2011), “este indicador mede a capacidade de fazer face aos
débitos a curto prazo (c/p) utilizando os montantes das disponibilidades, clientes e
inventários. O nível normal deste indicador situa-se ente 1,5 e 2”. E Segundo (LOUSÃ &
27
SALGUEIRINHO, 2013), estes rácios “permitem, pois, verificar se a empresa tem ou não
capacidade para pagar as suas dívidas na data do seu vencimento”.
Apresenta níveis que além de medir simplesmente a capacidade, deve ser igual a 1
ou aproximado para que se verifique um equilíbrio financeiro mínimo e acrescenta
que deve se considerar a importância dos prazos, na disponibilidade dos capitais
circulantes e na exigibilidade das dívidas a curto prazo.
(BENZINHO& RODRIGUES, 1995, p. 58)
Este nível depende de vários factores: (1) Do sector onde a empresa exerce a sua
actividade, em empresas cuja actividade exige stocks avultados, por exemplo, o nível
médio sobe. É o contrário para as empresas que vendem com baixos stocks. (2) Da
política de vendas da empresa, que, para aumentar a quota de mercado, aumenta o
crédito a clientes. (3) Do carácter sazonal da actividade.
(NABAIS 2011, p. 142)
Este rácio, o mais importante é que deve estar aproximadamente a uma unidade,
caso exceder ainda melhor ao equilíbrio financeiro a curto prazo porém, há outras
análises contra o excesso do mesmo.
O cuidados a ter com este rácio: este rácio permite obter informações sobre a forma
de cobertura do activo circulante pelo passivo circulante. Como se disse, o valor
deverá ser superior a 1, pois se tal não acontecer a empresa terá de recorrer aos seus
capitais permanentes para financiar a parte não coberta pelo passivo circulante. (…)
Valores sistematicamente inferiores a 1 podem indicar dificuldades na tesouraria da
empresa.
(LOUSÃ & SALGUEIRINHO, 2013, p. 251),
Para NABAIS (2011, p. 142), Isto acontece quando “(…) a rotação das existências for
baixa e se os débitos dos clientes forem de difícil cobrança”.
28
De acordo o Portal de Contabilidade (ca. 2013), Brasil [sic], os stocks, “representam
os bens destinados à venda e que variam de acordo com a actividade da entidade
(Exemplo: produtos acabados, produtos em elaboração, matérias-primas e mercadorias)”.
2. Liquidez Corrente
Mede a capacidade de a empresa fazer frente as suas obrigações no curto prazo (até
um ano) as contas a receber, principalmente quando ocasionado por aumento de
inadimplência descumprimento, stocks obsoletos, devem ser excluídos do cálculo
desse índice rácio.
(PASSAIA; SILVA & DEMOZZI, 2003, p. 6)
𝐀𝐜𝐭𝐢𝐯𝐨 𝐜𝐢𝐫𝐜𝐮𝐥𝐚𝐧𝐭𝐞
𝐑á𝐜𝐢𝐨 𝐝𝐞 𝐥𝐢𝐪𝐮𝐢𝐝𝐞𝐳 𝐜𝐨𝐫𝐫𝐞𝐧𝐭𝐞 =
𝐃é𝐛𝐢𝐭𝐨𝐬 𝐚 𝐜/𝐩
De acordo a pesquisa realizada este rácio não será objecto de análise porque não há
dados de stocks obsoletos e nem aumentos nas contas a receber. E para que exista um
equilíbrio financeiro para este rácio deve ser ≥1,50.
3. Liquidez Reduzida
29
Outro rácio em estudo de acordo a ordem de liquidez, é o rácio de liquidez reduzida
que segundo (SAIAS; CARVALHO & AMARAL, 2006), “a lógica subjacente é a de que as
existências não se transformam em meios líquidos tão rapidamente como os restantes
activos circulantes e pretende-se assim calcular um indicador de liquidez «mais
apertado»”. Por sua vez mede a capacidade da empresa solver as dívidas a curto prazo
com o recurso às disponibilidades e aos créditos concedidos de c/p. Resulta da relação do
activo circulante deduzir os inventários (existências) por passivo circulante (dividas a
curto prazo).
á
á =
é /
Ou
𝐃𝐢𝐬𝐩𝐨𝐧í𝐯𝐞𝐥 + 𝐑𝐞𝐚𝐥𝐢𝐳á𝐯𝐞𝐥 𝐚 𝐜𝐮𝐫𝐭𝐨 𝐩𝐫𝐚𝐳𝐨
𝐃é𝐛𝐢𝐭𝐨𝐬 𝐚 𝐜/𝐩
4. Liquidez Imediata
30
empresas bem geridas. Contudo, depende, igualmente, do tipo de actividade da empresa
e da rotação das mercadorias e da cobrança dos montantes aos clientes.
á =
é /
Os rácios de liquidez de acordo com (PASSAIA, SILVA & DEMOZZI, 2003, p. 7),
possuem alguns parâmetros pré-estabelecidos para análise de desempenho financeiro da
empresa. (Ver em anexo Quadro p. 69)
A definição do FMC corresponde aos activos correntes menos passivo corrente. (…).
Esta figura é uma medida de liquidez. Podemos considerar a liquidez como um
indicador de disponibilidade de cash. Claro que não significa o mesmo que riqueza:
muitas pessoas e muitas empresas bastante ricas não têm um grau elevado de
liquidez. Isto acontece quando a riqueza está ligada a elementos do activo que não
são facilmente convertíveis em dinheiro. Por exemplo, os proprietários de uma
quinta ou plantação, têm bastantes activos, mas podem ter dificuldades em fazer
face a necessidades de dinheiro no dia a dia – eles têm grande riqueza, mas carecem
de liquidez. O mesmo pode aplicar-se a empresas. Não basta ter-se riqueza, é
31
necessário assegurar-se que existe suficiente liquidez para fazer face a necessidades
correntes de dinheiro.
(WALSH, 1996, p.50)
Neste estudo pretende se chamar por Fundo de Maneio Circulante para melhor dar
ênfase ao prazo em estudo, esquematicamente representa-se por:
Exigível
FMC = Capitais _ a curto
Circulantes prazo
ou
Realizável Exigível
FMC = Disponível + a curto + Existências _ a curto
prazo prazo
As condições para um fundo de maneio positivo: (1) os capitais circulantes devem ser
financiados em grande parte pelos capitais permanentes; (2) os capitais permanentes
não devem financiar na sua totalidade o imobilizado, isto é, uma parte dos capitais
permanentes não deve ser utilizada para financiar o imobilizado; (3) o fundo de
maneio é considerado uma margem de segurança na empresa; (4) deve permitir
fazer face ao pagamento das dívidas a curto prazo; (5) mas para uma boa estrutura
financeira não é suficiente esta igualdade de valores e é necessário que os capitais
circulantes excedam bastante o exigível a curto prazo.
(JORGE & RODRIGUES, 1995, p.55)
Ou
32
Activo circulante – Passivo circulante >0
O objectivo destas regras é permitir que a empresa não esteja em falta de liquidez
para cobrir as despesas quotidianas não só, mas também, maximizar os rendimentos da
mesma. O fundo de maneio se for negativo também os rácios de liquidezes os são e vice-
versa.
33
Estes rácios resultam das actividades do ciclo de exploração no período de um ano
em conformidade aos rácios de liquidez, de LADJI e de o FMC todos estes têm como
objectivo analisar e avaliar a liquidez da empresa no curto prazo. Conforme (NABAIS,
2011), os “rácios de funcionamento ou de actividade avaliam a eficiência com que a
empresa está a gerir os activos que possui, quer sejam imobilizados quer sejam
circulantes. São sensíveis à natureza da actividade prosseguida pela empresa. Permitem
apreciar os impactos financeiros da gestão ao nível do ciclo de exploração”.
Segundo (SAIAS; CARVALHO & AMARAL, 2006), “o rácio mais utilizado nesta área
mede o tempo médio de permanência das existências em armazém”. Para (NABAIS, 2011),
(…) evidenciam o montante dos inventários em armazém, expresso em número de dias,
face aos seus consumos ou utilizações.
é
= 36
+ +
34
De acordo (BENZINHO& RODRIGUES 1995, p.60), o valor da existência média no ano
é-nos dado por:
V r V r
è + ê
V r
fm
i ê i =
2
m i
35
Desta forma o rácio mais utilizado nesta área Prazo médio de Recebimento “PMR”.
No qual o numerador deverá conter todas as contas de clientes, incluindo as letras a
receber e as letras descontadas, exceptuando-se as provisões para créditos de
cobrança duvidosa. Caso se subtraiam as provisões para créditos de cobrança
duvidosa, este rácio passará a representar, não o tempo médio que a empresa
demora a cobrar à totalidade dos seus clientes, mas sim apenas aquelas que ela
demora em cobrar numa situação sem incobráveis.
(SAIAS; CARVALHO & AMARAL, 2006, p.504)
Na falta de dados que permitam calcular o saldo médio de clientes ao longo do ano,
utiliza-se a média entre os saldos do final do último ano e do ano anterior. Refira-se
desde já um cuidado especial na interpretação deste rácio derivado desta situação:
há muitos negócios que, pela sua natureza ou dos seus clientes principais (ex:
organismos públicos), vêem as suas vendas concentradas perto do fim do ano. Este
facto, distorce a análise podendo conduzir os analistas menos avisados a conclusões
erróneas. Refira-se ainda que no denominador temos as vendas anuais e que no caso
destas não perfazerem o período de um ano deverão ser analisadas. Esta operação
resulta mais simples se o padrão destas for relativamente constante ao longo do ano
e mais difícil se houver sazonalidade. O período de referência poderá ser o mês, a
semana ou o dia, conforme se multiplique o referido quociente por 12, 52 ou 360,
respectivamente. Tal como acontece com as existências, quanto mais baixo se
conseguir manter este rácio, melhor em termos financeiros. Um prazo médio de
recebimento em queda é geralmente um bom sinal e um indicador de um efectivo
controlo financeiro. Mas também pode revelar uma necessidade desesperada de
dinheiro, envolvendo descontos extra e uma forte pressão sobre os clientes. Os
prazos de concessão de créditos a clientes dependem em larga escala do poder
negocial das partes envolvidas, das práticas da concorrência, da existência da inflação
e da taxa de juro dos financiamentos. Para além da política e organização interna da
empresa.
(ibid, p.505)
36
3. Prazo Médio de Pagamento
é
= 36
+
Em alternativa ao valor das compras, caso este não esteja disponível, poder-se-á usar
o custo das existências vendidas. O qual fornece qual a proporção dos stocks que são
financiados pelos fornecedores. Este rácio é de especial interesse nos negócios de
venda a retalho, apresentando valores superiores a 1.
(SAIAS; CARVALHO & AMARAL, 2006, p.507)
r r
ê
37
A forma mais nítida de compreender o papel da rotação do capital nas operações de
curto prazo de uma empresa é mostrar o número de dias que decorrem desde o
momento em que o dinheiro é pago aos fornecedores até o dinheiro correspondente
ser recebido do cliente que adquire o produto.
(WALSH, 1996, p. 135)
As normas contabilísticas exigem que qualquer empresa deve ter registos credíveis
e sustentáveis para dar uma informação fidedigna aos utentes no sentido de
proporcionar a confiança aos investidores que querem apostar no desenvolvimento das
actividades da empresa ao financiar. Entretanto, é necessário que haja registo
transparente de todas as receitas e custos incorridos para que sejam credíveis tanto aos
accionistas assim como ao estado.
1. Lucro
Existe uma relação entre estas contas, tal como a conta de lucros e perdas, quantifica
e explica os lucros e perdas da companhia no decurso do período definido pelos dois
balanços em causa (…). Não é possível uma alteração de valor na conta de lucros e
perdas, sem se proceder a um ajustamento dos balanços. Neste contexto, a conta de
lucros e perdas e o balanço suportam se um ao outro. A diferença entre as receitas
totais e custos de exploração dá lucro de exploração ou comercial. É a primeira figura
de lucro que encontramos nos documentos de contabilidade, mas há muitas outras
38
definições de lucro. Para o mesmo autor identifica quatro definições específicas de
lucro e refere a terminologia financeira aplicável a cada uma delas, a qual tem a ver
com o modo como ele é distribuído. Todos os elementos do activo usados na
empresa desempenharão um papel na origem de lucros operacionais, que
consubstanciamos na expressão (Lucro antes de dedução de juros e impostos
«LADJI»). Ele destina-se a ser distribuído por aqueles que proporcionaram os activos.
Isto é feito segundo regras bem definidas. O mesmo autor explica que há uma ordem
fixa para a distribuição do lucro: aos financiadores, às autoridades fiscais e aos
accionistas.
(Walsh, 1996 pp. 30-58)
2. Vendas
O facto gerador do lucro é a venda e, define-se por conta que regista “o proveito
obtido pela facturação emitida pela empresa sobre terceiros (…)”, (LOUSÂ &
SALGUEIRINHO, 2013) (…). “Entrega de valores contra moeda ou seu representativo”.
(FRANCO & MARTINS, 1983)
1. Custos
Para (FRANCO E MARTINS, 1983, p. 218), são “os encargos que se tornou
indispensável suportar para a realização dos proveitos (…)”.
1. Estrutura do lucro
39
(WALSH, 1996, pag.58)
Para (FRANCO & MARTINS 1983; p. 441) o lucro “é um rendimento residual, que fica
para o empresário uma vez pagas as despesas correntes com parte das receitas de
produção”. Os autores definem também o lucro da Sociedade, sendo “todo o aumento do
capital inicialmente constituído pelos sócios”.
40
Por cobertura entende por capacidade preventiva de assegurar quaisquer
responsabilidades que se associam com risco.
O risco é um facto futuro incerto, do qual pode resultar algum dano a determinada
coisa pertencente ao assegurado (…). Juro é o rendimento de um crédito pecuniário,
que se determina em função do montante deste, do tempo durante o qual se está
privado do capital e da taxa de remuneração.
(FRANCO & MARTINS, 1983, pp. 415-628)
DE MOURA citado por FRANCO & MARTINS (1983, p. 674), a taxa “é o preço
autoritariamente estabelecido, pago pela utilização individual de bens semi-públicos, (…)”.
E “taxa de juro é o preço pago pelos empréstimos de capitais monetários. É o coeficiente
de rendimento ou da remuneração do capital”.
41
𝐿𝐴𝐷𝐽𝐼
= 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠
𝐽𝑢𝑟𝑜
O lucro surge quando se realizar qualquer actividade que resulte um ganho acima
das despesas realizadas tal como venda e/ou prestação de serviço, para tal, é necessário
que se controla a rendibilidade líquida das vendas com objectivo de se optar novas
estratégias que maximizem a liquidez da empresa de curto prazo.
Lucro líquido
RLV=
Valor líquido das vendas anuais
42
Para se obter a rendibilidade das vendas temos que calcular as vendas liquidas,
conforme (BENZINHO& RODRIGUES, 1995, p. 70), “é o somatório das Vendas + Prestações
de serviços deduzidos os descontos e as devoluções de clientes”.
Os rácios:
43
rácios de liquidez e LADJI criando assim expectativas de se chegar ao próximo capítulo de
discussão.
45
investidores em analisar e interpretar os relatórios financeiros. Na vertente profissional,
esta pesquisa servirá de ponto de vista incrementar a compreensão e clareza na
interpretação dos rácios financeiros das operações de curto prazo e permitir outras
análises e pesquisas futuras sobre o desempenho financeiro.
Segundo SANTOS (2004, p. 19) “toda a teoria deve ser feita para poder posta em
prática, e toda prática deve obedecer a uma teoria. Só os espíritos superficiais desligam a
teoria da prática, e a prática não é senão a prática de uma teoria”.
1. Estudo de Caso
2. Hipóteses
2. Instrumento de investigação
1. Questionário
Foi levado a cabo um formulário de questões pelo qual se realizou um estudo que
permite compreender a importância do desempenho financeiro utilizando os rácios de
liquidez e LADJI da empresa a partir dos dados dos documentos contabilísticos
necessários para se elaborar o trabalho e não esquecendo o anonimato dos
colaboradores da informação a fim de se garantir o sigilo profissional.
47
O formulário está dividido em duas partes, a primeira retrará das questões que tem
a ver com o objecto da empresa e analise estrutural, na segunda parte sobre aspectos do
desempenho financeiro e as políticas de gestão financeira. O formulário é dirigido à área
administrativa da empresa cujos participantes poderão responder de forma objectiva as
questões e colocando um “sim” às que estiverem aproximadas à realidade da empresa.
48
49
Fonte: entrevista a Direcção Administrativa da Pinto e Constroi, Lda. 15 de Maio, 2015.
50
3. Bibliotecas pesquisadas
1. Métodos de selecção do material
A pesquisa deste tema baseou-se na necessidade de se obter o diploma de
licenciatura no Curso de Economia e Gestão na opção de Contabilidade e Finanças, razão
qual o tema retrata sobre aspectos financeiros. Foram seleccionados cerca de cinco livros
de gestão financeira pesquisados na Biblioteca da Universidade Jean Piaget de Luanda:
51
RESULTADOS E DISCUSSÃO
52
1. EMPRESA PINTO E CONSTRÓI, LDA
53
Fonte: Estatuto da Pinto e Constroi, Lda 2009, Art.3º
Liquidez geral
8 880 931,82
LG_13 = 4 433 642,68
LG-13 = 2,00
42 986 469,68
LG_14 = 39 520 827,27
LG-14 = 1,09
Liquidez reduzida
54
42 986 469,68−5 209 545,41
LR_14 = 39 520 827,27
LR-14 = 0,96
Liquidez imediata
6 546 571,37
LI_13 =
4 433 642,68
LI-13 = 1,48
6 771 953,79
LI_14 = 39 520 827,27
LI-14 = 0,17
Existe equilíbrio financeiro numa empresa quando os capitais circulantes forem pelo
menos de igual valor ao de exigível a curto prazo. (BENZINHO & RODRIGUES, 1995)
55
apenas com 17% e que de acordo os parâmetros dos rácios de liquidez a situação é ruim.
Uma das vantagens que tem, o facto de ser um minimercado onde os stocks podem estar
superlotados cuja venda é feita a pronto pagamento e a compra a prazo. O fluxo de
entradas de dinheiro é contínuo e o de saídas é descontínuo.
Nos dois períodos a empresa tinha um equilíbrio financeiro, isto implica que partes
dos capitais permanentes financiaram os activos circulantes. Os capitais circulantes são
multiplicadores dos capitais exigíveis a médio e longo prazo e é o ponto de partida do
crescimento económico. (Ver em anexo a Tabela 3, p. 71)
/13
22 946 184,18
= 36
41 277 465,45 + 4 719 475, + 2 646 885,6
PMS/13 = 170
/14
3 756 972,93
= 36
156 373 6 3,96 + 9 277 31 ,97 + 16 4 5 928,45
PMS/14 = 7
29 96 ,
R/13 = 36
56 45 664,
PMR/13 = 0,19
12 182 656,98
R/14 = 36
134 166 961,74 + 57 641 669,69
PMR/14 = 23
675 387,77
/13 = 36
43 594 69,9 + 4 719 475,
PMI/13 = 5
56
3 124 78 ,79
/14 = 36
159 934 821,42 + 9 277 31 ,97
PMP/14 = 7
E anexo a (Figura 2, p. 68), tem como objectivo resumir o número de dias que
decorrem desde o momento em que o dinheiro é pago aos fornecedores até ao dinheiro
correspondente ser recebido do cliente que adquire o produto. Considera-se Dia zero
para se indicar quando os produtos são recebidos do fornecedor. Conforme o quadro
anterior, em 2014 e 2013 as médias 7 e 170 respectivamente indicam o tempo em que os
produtos são vendidos. O cliente leva em média de 23 e zero (0) dias a pagar, pelo que o
dinheiro entra no dia 30 e 170 respectivamente.
Em relação à empresa dado o seu número médio de dias de créditos terá que pagar
ao fornecedor de produtos em relação os dois anos no 7º e 5º dia. No entanto, o lapso de
tempo entre a saída de dinheiro no 7º e 5º dia e o seu retorno a empresa no 30º e 170º é
a soma dos prazos de existências e contas a receber menos o prazo de contas a pagar, e
neste caso são 23 e 165 dias, e nesses períodos a empresas pagou vários vencimentos e
custos.
Segundo (WALSH, 1996): “é este lapso de tempo que cria na empresa a necessidade
de capital de rotação”. Dado o lapso de 23 e 165 respectivamente dos dois anos segundo
o mesmo autor, quer dizer que cada “1 milhão de Kwanza de vendas requer $63.888,89 e
$458 333,33 ($ 1m x 165/360) e ($ 1m x 23/360) respectivamente de capital de rotação.
Cada aumento de $1m criará a necessidade adicional de $63.333,89 e $458.333,33 em
recursos de cash dinheiro”. (ibid, 135) (Ver a Tabela 5, p. 72)
57
2. Estrutura da rotação de capital
Usamos o termo de «capital de rotação» para incluir apenas as três rubricas, ou seja,
«inventário existências», «contas a receber» e «contas a pagar», mas a definição
clássica cobre todas as rubricas em «activos correntes» e «passivos correntes. (...). A
razão é porque (1) são as contas dominantes e (2) o seu comportamento é
espontâneo. As principais rubricas excluídas são «cash disponibilidade» e
«empréstimos a curto prazo» que dependem de decisões superiores. Para fins de
gestão operacional, esta simples definição é mais útil.
(WALSH, 1996, 136)
1. Analise Estática
Numa resposta curta o ano 2013 a empresa não contraiu empréstimos a curto
prazo isto implicou não haver os juros a pagar, tal que o LADJI foi simplesmente
direccionado em cobertura de impostos aproximadamente três vezes cuja taxa de
imposto em vigor neste ano de 35% sobre o valor da colecta. Portanto, o LADJI em 2013
teve uma capacidade correspondente tanto aos parâmetros dos rácios de liquidez de
cobrir os compromissos assumidos assim como de impostos porém, este resultado não foi
correspondente de acordo as previsões da empresa.
2. Análise dinâmica
59
4. Calculo de Rendibilidade Líquida das Vendas
4 699 488,24
RV/13= 56 450 664,00
RV/13= 8,32%
𝟓 𝟏𝟑𝟓 𝟑𝟗𝟑,𝟔𝟕
RV/14= 191 808 631,43
RV/14= 2,68%
A decisão de se aumentar o volume das vendas e a liquidez a curto prazo por meio
de empréstimos depende das rendibilidades líquidas das vendas e condicionada pelos
resultados líquidos. Em 2013 o coeficiente da rendibilidade líquido das vendas de 8.32%
contra 2,68% em 2014 nesse período decresceu. De certo, o que determina o crescimento
deste coeficiente é um equilíbrio entre os resultados líquidos e as vendas líquidas.
60
2. Discussão de resultados
Quando as fontes autónomas não forem suficiente para manter a liquidez a curto
prazo, recorre-se a empréstimos que deve-se em primeiro lugar fazer um estudo das
fontes de financiamento externos no sentido lato iniciando pelo sector de actividades, da
conjuntura política económica do estado (taxas de impostos), politicas financeiras (taxa
de juros) dos bancos.
61
primeiras atenções porém é preciso que se saiba a estrutura do lucros conforme foi visto
os seus componentes.
1. CONCLUSÃO
Este tema foi pesquisado e elaborado como propósito de dar mais um contributo
em análises de curto prazos, dos problemas de liquidez e nas necessidades de determinar
os lucros antes e depois dos encargos. Este contributo destina-se a inúmeras empresas
que sofrem destes fenómenos “falta de liquidez” e “estruturas de lucros” na qual os
gestores financeiros, profissionais e estudantes estão cada vez mais preocupados em
procurar soluções.
Este estudo evidencia também alguns rácios que se julga serem importantes na
análise destes rácios em estudo para contribuir na interpretação e compreensão destes
fenómenos “falta de liquidez” e “estruturas de lucros”. O primeiro foi o rácio “fundo de
maneio circulante”, que através do qual se verificou que a empresa teve equilíbrios
financeiro a curto prazo em dois anos referidos mostrando um nível superior de
cobertura dos activos circulantes contra os passivos de curto prazo.
63
avaliar a gestão das políticas de créditos no funcionamento corrente que gerou este
equilíbrio, na qual levou-se ao estudo dos rácios de actividades, para prazos médios de
stockagem. Este rácio mostrou que a empresa teve um excelente prazo da rotação das
existências no primeiro ano foi de 170 dias, e com este prazo a empresa teve capacidade
de pagar todas dívidas que se venceram no mesmo ano. Tinha como necessidade de
financiamento em 165 dias e o prazo de recebimento dos clientes foi nulo por facto de
ser um minimercado onde as vendas são de natureza a pronto pagamento e como
vantagem as compras aos fornecedores são a prazos e o fluxo de entrada de dinheiro é
contínuo e o de saída é descontínuo.
A estrutura do lucro durante os dois anos foi excelente tanto na perspectiva estática
da empresa que consistiu em análise ao longo de cada ano tal como na perspectiva
dinâmica cuja análise é conjunta para ambos anos. A cobertura de juros por LADJI em
2013 foi nulo porque a empresa autofinanciou-se e a cobertura de imposto foi
correspondente de acordo análises financeira e na vertente da empresa não
correspondente de acordo a informação obtida na entrevista. Em 2014 a empresa teve
fontes de financiamentos em bancos no qual a cobertura tanto de juros e de impostos foi
correspondentes.
64
No entanto não é suficiente avaliar simplesmente pelos resultado, já que o motor
gerador de lucro são as vendas, neste estudo baseou-se também no estudo do rácio de
rendibilidade líquidas das vendas (RLV), analisar o seu contributo na obtenção de liquidez,
do equilíbrio financeiro, dos bons prazos médios de actividades e na cobertura de riscos.
Em 2013 e 2014 verificou se um crescimento nas vendas de (56 450 664,00KZ e 134 166
961,74) e nos resultados (4 699 488,24Kz; 5 135 393,67Kz) respectivamente mas, de
acordo este rácio o de RLV (8,32; 2,68%) houve um decrescimento aproximadamente 6%
em relação ao ano 2013 e 2014.
Este foi o fruto das teorias pesquisadas a partir de 2013 a 2015, pelo que os
resultados obtidos ainda suscitam tantas dúvidas aos utentes desta informação.
Entretanto, a ciência e a sociedade entrelaçam-se e jamais chegam ao fim porque as
sociedades são infinitas e são os homens que as constituem, os problemas sociais jamais
serão resolvidos na sua totalidade daí que surgem e surgirão sempre inquietações. Sendo
assim, este é um momento que este trabalho deixa um contributo na sociedade e sem
limitar a possibilidade de quem queira dar a continuidade em pesquisas destes rácios
estudados e outros evidenciados.
RECOMENDAÇÕES
Para uma boa gestão eficiente é necessário que se estude os rácios de liquidez
capazes de analisar os níveis de cobertura das dívidas a curto prazo e determinar que
rubricas de liquidez a seleccionar face aos pagamentos de curto prazo, isto é, se pode
recorrer às existências ou às contas a receber ou até às disponibilidades (banco e caixa). A
análise do equilíbrio financeiro a curto prazo é efectuada também a partir do fundo de
maneio circulante, e que de acordo a regra do equilíbrio financeiro os capitais circulantes
devem ser financiados em grande parte pelos capitais permanentes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
66
Benzinho, J. & Rodrigues, M. (1995). Técnicas de Gestão de Empresas: Análise Económica
e Financeira. 2ª Edição. Lisboa: Escolar Editora.
Conso, P. (1975). A Gestão Financeira das Empresas. 4ª Edição. Porto: Rés Editora,
Limitada.
Franco, J.M. & Martins, H.A. Conceitos e Princípios Jurídicos. 1ª Ed. 1983. Coimbra: Livraria
Almedina.
Saias, L., De Carvalho, R. & Amaral, M.C. (2006). Instrumentos Fundamentais de Gestão
Financeira. 5ª Edição. Lisboa: Universidade Católica Editora.
67
Referências Eletrónicas
Passaia, C., Da Silva, B.A., Da Silva, E.M. & DemozzI, M. (2003): Análise Econômica
Financeira Com Utilização de Índices. Obtido em em 18 de Novembro de 2014.
de Uninova: http://www.uninova.edu.br/Uni/Revista/artigos/artigo03.pdf
Portal De Contabilidade (ca. 2013): Glossário de Termos Contábeis, pp. 3-8. Obtido em
21 de Novembro de 2014, de PORTAL DE CONTABILIDADE:
http://www.portaldecontabilidade.com.br/glossario.htm
68
ANEXOS / APÊNDICES
69
ANEXOS / APÊNDICES
Figura 1- Estrutura do Lucro
ELP
Financiadores
Juros
ECP
Impostos
Pagamento
em cash
Crédito à
Dividendos conta do
accionista
em B/S CP
70
Resultados
Transitados
(RT)
Fonte: Ciaran Walsh, 1ª Ed. 1996, p. 59. Rácios Fundamentais de Gestão .(Key Management Ratios).
Lisboa
Contas a pagar
dias 7 e 5
71
_____________________________
1. Cash-out/cash-in entradas e saídas de dinheiro respectivamente
Liquidez Seca
Liquidez Corrente Liquidez Geral
Reduzida
> 1,50 < 2,00 Excelente >1,0 < 2,00 Excelente > 1,0 < 2,00 Excelente
> 1,00 < 1,50 Boa >0,8 < 1,00 Boa > 0,8 < 1,00 Boa
> 0,50 < 1,00 Regular >0,40<0,80 Regular > 0,40 < 0,80 Regular
Quadro 2 - Análise dos resultados na base dos paramétrico dos rácios de liquidez
72
Liquidez Seca
Ano Liquidez Imediata Liquidez Geral
[Reduzida]
Índice Situação Índice Situação Índice Situação
2013 1,48 Excelente 1,48 Excelente 2,00 Excelente
2014 0,17 Ruim 0,96 Boa 1,09 Excelente
Fonte: Dados retirados do Balanço Analítico da empresa Pinto e Constrói, Lda de 31-12-2013 e 31-12- 2014
5
Quadro 3- Mapa dos resultados de Lucros e Perdas
(Moeda em Kwanza)
Ano
Rubricas
2 014 2 013
Vendas e prestações de Serviços 191 808 631,43 56 450 664,00
Custos de exploração 184 267 818,10 49 220 682,09
LADJI 7 540 813,33 7 229 981,91
7 54 813,33
𝐴𝑛𝑜 2 14 = 36,87 V𝑒𝑧𝑒𝑠
2 4 536,66
7 229 981,91
𝐴𝑛𝑜 2 13 = 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠 I rm
, 73
Fonte: Dados retirados nas Demonstrações dos Resultados dos anos 2013 e 2014
da empresa Pinto e Constrói, Lda.
Fundo de maneio
Activo circulante
Passivo circulante
Fonte: Prática Financeira I, Análise Económica e Financeira; NABAIS, Janeiro 2011; p. 139 - 8ª Ed.
__________________________________________
2. Estrutura do mapa de lucros e perdas cobertura de riscos de taxa de juro. cf. (WALSH, 1996, p.
139)
Tabela 2 – Rubricas para o cálculo dos rácios de Liquidez dos exercícios 2013 e 2014.
(Moeda em Kwanza)
Ano
Rubricas
2 014 2 013
Activo Circulante 42 986 469,68 8 880 931,82
Existências 5 209 545,41 2 304 400,45
Disponibilidades 6 771 953,79 6 546 571,37
Passivo Circulante 39 520 827,27 4 433 642,68
Fonte: Dados retirados do Balanço Analítico da empresa Pinto e Constrói, Lda de 31-12-2013 e 31-12- 2014.
74
(Moeda em Kwanza)
Ano
Rubricas
2 014 2 013
Total do Activo Circulante 42 986 469,68 8 880 931,82
Subtração _ _
Passivo Circulante 39 520 827,27 4 433 642,68
Igualdade = =
Fundo de Maneio Circulante 3 465 642,41 4 447 289,14
Fonte: Dados retirados do Balanço Analítico da empresa Pinto e Constrói, Lda de 31-12-2013 e 31-12- 2014.
Tabela 4 – Rubricas de dados para cálculos de rácios de Actividades dos exercícios 2013 e 2014
Ano
(Moeda em Kwanza)
Rubricas
2014 2013
Saldo Médio de Existências 3.756.972,93 22.946.184,18
Saldo Médio de Clientes 12.182.656,98 29.960,00
Saldo Médio de Fornecedores 3.124.780,79 675.387,77
Vendas 134.166.961,74 56.450.664,00
Prestações de serviço 57.641.669,69
Custo das mercadorias Vendidas e das matérias-primas
e subsidiárias consumidas
156.373.603,96 41.277.465,45
Fonte: Dados retirados do Balanço Analítico da empresa Pinto e Constrói, Lda de 31-12-2013 e 31-12- 2014.
6
Tabela 6 – Cobertura de riscos de taxa de juro
(Moeda em Kwanza)
Ano
Rubricas
2 014 2 013
LADJI 7 540 813,33 7 229 981,91
Juros 204 536,66 0,00
Impostos 2 200 883,00 2 530 493,67
76
Rendibilidade das vendas 2,68% 8,32%
Fonte: Dados retirados nas Demonstrações dos Resultados dos anos 2013 e 2014 da
empresa Pinto e Constrói, Lda.
77