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INTRODUÇÃO

O trabalho em estudo tem como tema “Desempenho Financeiro da “PINTO E


CONSTRÓI, LDA” Utilizando os Rácios de Liquidez e LADJI1”. É apresentado como
monografia para a obtenção do grau de Licenciatura no Curso de Economia e Gestão da
Universidade Jean Piaget de Angola.

As decisões financeiras são importantes para perpetuar a empresa no Mercado.


Quando estão atentas aos riscos de solvência, ou seja, que considerem os rácios de
liquidez e LADJI, logo, são imprescindíveis ao gestor financeiro que deseja garantir a
solvência tanto no curto como no médio prazo.

Qualquer organização com ou sem fins lucrativos tem um objectivo alcançar no


mercado, porém, às organizações com fins lucrativos têm um determinado valor a
prosseguirem em matéria de negócios.

Todas as empresas comerciais usam o dinheiro como matéria-prima pela qual têm de
pagar. Da mesma forma, têm de ganhar um rendimento suficiente para fazer face a
tais pagamentos. As empresas que continuam a ganhar um rendimento suficiente
para pagar a taxa de mercado aplicável aos fundos empresariais, geralmente
prosperam. Aquelas que o não conseguem realizar por um período considerável, na
maioria dos casos não conseguem sobreviver. (…). As grandes questões em matéria
de negócios, activos, lucros, crescimento e fundos de tesouraria (…) as quatro
variáveis têm vários elos de interdependência”. (…) há um equilíbrio que entre elas
pode ser mantido e, com base nele, surge o respectivo valor empresarial.
(WALSH, 1996, p. 23)

Qualquer empresa ao atingir um determinado valor do seu negócio propõe-se de


diversas actividades, com persistência e continuidade. Segundo (WALSH 1996, p. 24)
define que “O valor empresarial é a razão que justifica a maior parte da actividade
mercantil (....)”.

____________________________________________
1. LADJI: Lucro antes da Dedução de Juros e Impostos

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(SANTOS 2004; p. 160), pergunta: “Será que, então, o lucro a medida de
desempenho a privilegiar?” O mesmo (p.157), “Avaliar o desempenho o que é?”

Outra questão:

Terá cash suficiente no futuro imediato para satisfazer o seu passivo corrente à
medida que caêm os pagamentos? E de onde virá o dinheiro para pagar o passivo a
curto prazo? Como analisar, comparar e controlar os números que impulsionam o
valor da empresa?
(WALSH, 1996, p.128)

O presente tema não irá deixar de esclarecer as questões levantadas por autores no
sentido de dar as respostas que permitirão a compreensão e interpretação por parte dos
utentes dessa informação.

Uma empresa pode ter excelentes produtos, qualidade impecável, boa penetração
e distribuição no mercado, boa rendibilidade em relação a preços e custos e mesmo assim
vai à falência. Bastam algumas decisões erradas da administração financeira e pronto, lá
se foi a empresa.

Neste artigo pretende-se mostrar a importância do estudo do desempenho


financeiro utilizando os rácios de liquidez e LADJI ao administrador financeiro, pois,
fornecerá uma visão de como avaliar o desempenho no curto prazo e como manter a
liquidez para honrar com os seus compromissos e obter um lucro considerável antes ou
depois de se deduzir os juros e os impostos. Com base nisso, surge à questão problema
de pesquisa que se destina em saber “Qual foi à capacidade de liquidez da «PINTO E
CONSTRÓI, LDA» e em que lucro obtido antes de pagamento de juros e impostos no ano
2013 e 2014?”.

Tendo em vista o contexto e a situação problemática apresentados percebeu-se a


possibilidade de se identificar o uso dos conceitos de desempenho financeiro da empresa
a partir dos rácios de liquidez e LADJI que podem ser extraídos nos balanços e nos mapas
de lucros ou perdas.

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Um rácio isolado não permite uma visão ampla ou até pode ter um significado
diferente ao contrário no seu conjunto. Segundo (WALSH, 1996) explica que,
“conhecemos o significado das palavras quando usadas separadamente, mas uma vez
usadas colectivamente, elas podem tornar-se enigmáticas”.

É evidente que a interpretação dos rácios tem sido difícil por pessoas não
conhecedoras da matéria, tem que se ter em conta o ponto de partida, o que se pretende
levar e alcançar. “Um número excessivo de índices sobre informações contabilísticas que
pouco representem a realidade e que ao final além de gerar excessivas informações,
acabam confundindo o usuário”. (ESTEVAM, 2010, p.11)

Como nem todas as empresas conseguem implementar os conceitos mais


avançados entendeu-se que pode haver neste facto uns rácios de diferenciação no
desempenho financeiro das empresas. Assim sendo, o objectivo geral deste trabalho
consiste em analisar o desempenho financeiro da “PINTO E CONSTRÓI, LDA” a partir dos
rácios de liquidez e LADJI no período de 2013 e 2014.

Com base o objectivo geral apresentado, estabeleceu-se os seguintes objectivos


específicos:

1. Apresentar os conceitos de “desempenho financeiro”, “rácios de liquidez e LADJI”.

2. Formular os cálculos dos rácios de liquidez e LADJI.

3. Determinar a capacidade de pagamento das dívidas de curto prazo da PINTO E


CONSTRÓI, LDA” através de cálculos de rácios de liquidez no período de dois anos.

4. Avaliar o LADJI dos dois anos.

5. Identificar os rácios de curto prazo que tenham relações aos rácios em estudo, tal
como o fundo de maneio circulante (FMC), rácios de rotação das existências e
rácios das vendas para facilitar a interpretação e compreensão do tema através da
análise dos rácios em estudo.

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6. Argumentar os resultados obtidos por rácios de acordo os fundamentos teóricos.

7. Apresentar a metodologia utilizada na recolha dos dados ao estudo de caso da


“PINTO E CONSTRÓI, LDA”.

O trabalho abordará conceitos de desempenho financeiro, conceitos de rácios de


liquidez, LADJI, fundo de maneio circulante (FMC), prazo médio de pagamento (PMP);
prazo médio de recebimento (PMR), prazo médio de rotação das existências (PMRE) em
diante chamar-se-á por prazo médio de stockagem (PMS) e conceito de vendas, com
vista a obter um panorama geral da situação financeira da “PINTO E CONSTRÓI, LDA” nos
períodos em estudo.

Utilizaram-se como base duas dimensões fundamentais da análise financeira: rácios


de liquidez e rácio LADJI em relação ao rácio de FMC, rotação das existências e rácio de
vendas gerando um diagnóstico que poderá orientar os tomadores de decisões.

No primeiro capítulo Fundamentação Técnico-Científica, vai se tratar dos conceitos


de autores sobre o desempenho financeiro, o balanço, activo corrente, passivo corrente,
conceitos sobre rácios de liquidez (geral, corrente, imediata) e LADJI (LDDJ, LDDI),
conceito de fundo de maneio circulante, prazos de pagamentos, prazos de recebimentos
e rotação das existências e outros conceitos que forem necessários, visando obter
informações que possa auxiliar no desenvolvimento da análise. No segundo capítulo
Opções Metodológicas do Estudo e no último subcapítulo Resultados e Discussão sobre o
estudo de caso da empresa “PINTO E CONSTROI, LDA” que consistirá numa descrição do
sector das actividades em que actua, confrontar os dados colectados a partir das
informações obtidas no questionário e noutros documentos contabilísticos da empresa e
enquadrar os resultados conforme os fundamentos teóricos estudados. Em seguida,
breves recomendações necessárias para um bom desempenho financeiro de curto Prazo.

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CAPÍTULO I- FUNDAMENTAÇÃO

TÉCNICO-CIENTÍFICA

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1. AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO FINANCEIRO E ECONÓMICO DA
EMPRESA

A análise das demonstrações financeiras visa fundamentalmente ao estudo do


desempenho económico-financeiro de uma empresa em determinado período
passado, para diagnosticar, em consequência, sua posição actual e produzir
resultados que sirvam de base para previsão de tendências futuras.
(NETO Citado por PASSAIA; Silva & Demozzi, 2003, p. 3)

Quando olhamos ao crescimento do volume de negócios (vendas), dos resultados


(lucros) a partir dos dados numéricos estamos perante uma avaliação do desempenho
económico e quando analisamos as fontes de investimentos e financiamentos e entender
a capacidade financeira de solver as dívidas de curto, médio e longo prazo através das
relações das grandezas de forma relativa, estamos perante a uma avaliação do
desempenho financeiro.

A empresa é analisada como um:


Sistema aberto que importa recursos económicos para transformá-los através
de actividades coordenadas e controladas, a contabilidade ou controladoria
mensura aspectos de seu desempenho, sendo aqueles expressos em valores
de natureza económica os mais úteis. A mensuração económica do
desempenho é dependente da correcta mensuração do valor económico dos
recursos envolvidos nas actividades. Assim, as principais características que

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podem e devem ser consideradas na mensuração e avaliação de
desempenho de uma empresa devem ser expressa em valores monetários
que representem a utilidade económica do objecto ou evento mensurado».
(CROZATTI & GUERREIRO, ca. 2013, p. 6)

A situação financeira de uma empresa baseia-se na determinação da sua capacidade


para satisfazer os seus compromissos monetários”. É importante analisar se os meios
financeiros utilizados pela empresa são os adequados para manter o seu
desenvolvimento de uma forma estável e permitem fazer face aos seus
compromissos à medida que se vão vencendo.
(KESTLER citado por BENZINHO & RODRIGUES, 1995, p. 30)

1. Conceitos

Um conceito somente desperta interesse (…) quando este denota analisar realidades
concretas”. Este autor acrescenta também que “pode-se (...) distinguir duas
definições: definição conceitual, que atinge a generalidade do conceito como tal e é
teórica; definição operacional, que se coloca a nível dos referenciais empírico
mensuráveis. Portanto, para que o conceito tenha utilidade deve se relacionar
claramente com a realidade observada.
DEMO apud (CROZATTI & GUERREIRO ca. 2013, p.8)

Todo o conhecimento científico tem o princípio e não tem o fim, porque, as


sociedades jamais passam e o conhecimento científico está sempre em desenvolvimento
(por exemplo antes viajava-se a comboio a lenha hoje a combustão mais rápido e a
ciência sempre em evolução). Em virtude a esta a pesquisa levada a cabo, surgiu da ideia
que trata sobre o “Desempenho financeiro de uma empresa utilizando os rácios de
liquidez e LADJI”, ideia esta que se desenvolveu até ao estudo de caso na empresa “PINTO
E CONSTRÓI, LDA”.

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Seria o egoísmo em restringir e ignorar conceitos que visam a melhor compreensão
do tema. Contudo, neste capítulo vai se apresentar os conceitos teóricos principais e
complementares para garantir a melhor interpretação das variáveis que constituem o
tema e focalizar aspectos financeiros da empresa tendo como suporte vários registos
contabilísticos dos quais se escolheram o balanço, mapas de demonstrações de lucros
ou perdas e outros rácios de análises de curto prazo, tal como Fundo de maneio
circulante (FMC), rácios de actividade e outros que subsidiam os rácios principais em
estudo, a fim de fornecerem dados relevantes ao um estudo empírico, tal como (SANTOS
et seq. p. 44); Explica que “toda a teoria deve ser feita para poder posta em prática, e
toda prática deve obedecer a uma teoria. Só os espíritos superficiais desligam a teoria da
prática, e a prática não é senão a prática de uma teoria”.

A preocupação maior desta pesquisa, consiste em explicar alguns fenómenos


económicos e financeiros “Falta de liquidez” e “Estrutura do lucros” que merecem uma
análise, análise esta que deve ser feita dentro da empresa. A empresa, seja qual for o seu
ramo de actividade, (industrial, comercial ou de serviços) é definida de acordo (FRANCO &
MARTINS, 1983) “um concurso organizado de pessoas, direitos, bens materiais ou
imateriais, destinado pelo empreendedor a um fim lucrativo, por si escolhido, e cujo risco
assume”. Entretanto, os fenómenos financeiros e económicos devem ser avaliados
periodicamente com finalidade de se adequar os objectivos e acompanhar o desempenho
financeiro de curto prazo da empresa.

1. Desempenho

De acordo o Dicionário Integral de Língua Portuguesa «DILP» (1996, p.494), define


o desempenho como “acto ou efeito de desempenhar; satisfação de promessa; execução
de uma tarefa; função…”. Isto implica que, o desempenho financeiro através dos rácios
permite avaliar o peso e a capacidade da empresa dos compromissos financeiros
assumidos, se os mesmos estejam satisfeitos de acordo as estratégias estabelecidas
pela empresa correlação o meio envolvente transaccional.

2. Avaliar
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Avaliar significa atribuir valor em sentido qualitativo ou mesmo quantitativo. Os
conceitos discutidos (…) dizem respeito ao sentido quantitativo da avaliação, ou seja,
discutem aspectos da atribuição de números ao desempenho de entidades
económicas. No aspecto qualitativo espera-se que a avaliação possa ser feita com
base na atribuição de conceitos valorativos tais como regular, bom e óptimo. A
atribuição destes conceitos depende da relação entre a expectativa e a realidade dos
acontecimentos. O que se pretende fazer influencia o nível de satisfação com o
desempenho atingido. Portando, para a avaliação de desempenho eficaz é necessária
a definição preliminar da situação futura esperada.
(CROZATTI & GUERREIRO, ca, 2013, p. 8)

3. Contabilidade

O desempenho económico e financeiro de uma empresa é avaliado basicamente de


forma quantitativa e, obviamente carece de uma ciência capaz de dar informações
concisas e adequadas tal como contabilidade que segundo o Portal de Contabilidade (ca.
2013), Brasil [sic], define-a como sendo “ciência que estuda e controla o património,
objectivando e representá-lo graficamente, evidenciar suas variações, estabelecer
normas para sua interpretação, análise e auditagem e servir como instrumento básico
para a tomada de decisões de todos os sectores directa ou indirectamente envolvidos
com a empresa”.

4. Balanço

A contabilidade sendo uma ciência possibilita dar informações ao analista financeiro


com intuito de se efectuar análises de rácios através de documentos de suporte, o
balanço, o mapa de demonstração de lucros ou perdas e outros que fornecem dados
necessários ao estudo dos rácios.

O balanço é demonstração contabilística destinada a evidenciar, qualitativa e


quantitativamente, numa determinada data, a situação patrimonial e financeira de
uma entidade; ou uma demonstração financeira, referida numa determinada data,
dos bens activos, passivos e do capital próprio da entidade, devidamente valorizados.
(LOUSÂ & SALGUEIRINHO, 2013, p.48)

5. Activo corrente e Passivo corrente

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O balanço por sua vez, possui elementos que julgamos importantes ao estudo dos
rácios de liquidez tal como activo corrente e passivo corrente. Segundo LOUSÂ e
SALGUEIRINHO (2013, p. 34), definem o “activo corrente por bens e direitos que se
renovam várias vezes ao longo de um exercício económico e passivo corrente pelo valor
das obrigações da entidade que se espera e venham a ser liquidadas num período inferior
a um ano”.

6. Demonstração de Resultados

O balanço além de evidenciar a situação económica e financeira da empresa num


período específico e avaliar a riqueza (valor da empresa), segundo o Portal de
Contabilidade (ca. 2013), Brasil [sic] “não demonstra o seu resultado, apenas o apresenta
em valor total, sendo a sua demonstração feita num outro documento chamado
«demonstração de resultados”.

A Demonstração de Resultados (DR) é um mapa contabilístico onde são


evidenciadas e dissolvidas as contas de gestão (proveitos/ganhos e custos/perdas das
classes 6 e 7 respectivamente), para as contas de balanço (classes 1,2,3,4 e 5), por meio
das contas de resultados (classe 8) conforme o Plano Geral de Contabilidade de Angola
(PGCA). E de acordo (LOUSÃ & SALGUEIRINHO 2013,), definem a DR como “modelo
contabilístico a evidenciar a composição do resultado obtido num determinado período de
actividade de uma entidade”.

7. Mapa de Lucros/Perdas

Outro documento de suporte para este estudo é o mapa de análise de gestão


financeira de contas de lucro e perdas (L/P), e que de acordo (WALSH 1996, p. 29), “este
documento mede os lucros e perdas resultantes das operações normais durante um certo
período. Mede o retorno total e deduz-lhe o total das despesas. Tanto os rendimentos
como os custos são calculados de acordo com estritas regras contabilísticas”.
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8. Rácios

Para se efectuar uma análise financeira recorre-se sempre aos rácios porque de
acordo (LOUSÂ e SALGUEIRINHO 2013, p.34), “de todos os métodos de análise, o método
de rácios é o mais fácil de construir, o mais prático e o mais rico em conclusões, já que
permite obter informações sintéticas sobre aspectos que interessam à gestão”.

Afirmam que, os rácios ou indicadores constituem a técnica mais utilizada em análise


económica e financeira. Daí que existam centrais de balanços de instituições de créditos,
revistas da especialidade e empresas que fornecem rácios de índole económica e
financeira. O rácio, do latim ratio, é uma razão ou quociente entre duas grandezas que
têm relação entre si e que permitem medir determinadas características da empresa e
fazer comparações no tempo e no espaço.
(ibid, p.34)
Para (BENZINHO & RODRIGUES 1995), rácio – como o seu nome indica, é uma razão
entre duas variáveis. É um indicador de grande importância para a gestão das empresas,
e para a análise da sua situação financeira e económica.

9. Análise estática e dinâmica

Quando se pretende fazer análise financeira por meio de rácio tem que se saber a
natureza da empresa no tempo e no espaço.

(…) Uma empresa ter 10% de rendibilidade dos capitais próprios é bom ou é
mau? (…). Depende de vários factores, entre eles: do sector de actividade, da
economia onde a empresa está inserida, do risco envolvido no negócio, etc. isto é,
necessitamos sempre de ter de um termo de referência / comparação. Existem
basicamente dois tipos de comparação que podem ser efectuadas: (1) Com os dados
de outras empresas ou com médias do sector, para um determinado momento de
tempo (…) Análise estática; (2) Com os dados históricos da empresa ou previsionais,
ajuizando-se sobre a evolução favorável / desfavorável (…) Analise dinâmica.
(SAIAS; CARVALHO & AMARAL, 2006, p. 497).

A análise financeira levada acabo neste estudo é estática e dinâmica, a primeira


perspectiva centra-se ao estudo individual de cada ano 2014 e 2013, e o segundo a
perspectiva é o estudo que vá se basear na comparação dos dois períodos simultâneos.
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10. Liquidez

As empresas têm enfrentado inúmeras dificuldades em como obter financiamentos


para garantir os seus negócios do dia-a-dia e pagar as suas dívidas de curto prazo por falta
de liquidez. No entanto, a disponibilidade de liquidez facilita os pagamentos das
actividades diárias da empresa tal como (BENZINHO e RODRIGUES 1995; p.56) definem a
liquidez sendo “a capacidade da empresa de solver os seus compromissos a curto prazo
(até um ano)”.

Qualquer empresa para manter as suas actividades diárias necessita de liquidez,


hoje em dia tornou maior preocupação aos gestores financeiros em localizar as fontes de
financiamentos e/ou garantir fundos necessários para cobrir as despesas diárias. Nesta
situação é urgente que se toma uma decisão financeira de curto prazo.

As decisões financeiras (…) de curto prazo centram-se na gestão do fundo de maneio


e na gestão da tesourarias, a saber: (1) Gestão do Activo circulante - as decisões a
tomar centram-se nas disponibilidades, no controlo do crédito concedido aos
clientes, no controlo financeiro dos stocks e na aplicação dos excedentes temporários
de tesouraria em depósitos a prazo e em títulos negociáveis. (2) Gestão dos Débitos a
curto prazo - as decisões a tomar têm por domínio de actuação os créditos obtidos
dos fornecedores e de outros credores e a cobertura dos défices temporários de
tesouraria.
(NABAIS, 2011, p.26)

11. Rácios de equilíbrio financeiro

Um dos objectivos principais de gestão financeira é alcançar o equilíbrio financeiro,


equilíbrio este que dificilmente se alcança mas, por meio dos rácios pode se obter as
formas de o alcançar. “A análise da empresa centra-se na análise do equilíbrio financeiro
recorrendo a indicadores Fundo de Maneio, Necessidade de Fundo de Maneio, Tesouraria
Líquida e rácios de Liquidez e Sovabilidade ...”. (NABAIS 2011, p. 65).

Porém, neste estudo o foco de analise são os rácios de liquidez complementados


por indicador de Necessidade de Fundo de Maneio (NFM) daqui em diante designa-se por
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Fundo de Maneio Circulante (FMC) para complementar a análise de equilíbrio financeiro a
curto prazo, rácios de actividades e de rendibilidade líquida das vendas. Obviamente,
“Conhecemos o significado das palavras quando usadas separadamente, mas uma vez
usadas colectivamente, elas podem tornar-se enigmáticas.” (WALSH, 1996, p. 24).

Evidentemente, que um rácio isolado menos analisa os dados financeiros e o


excesso dos mesmos só atrapalham a interpretação e a compreensão aos utentes da
informação. É dispendioso fazer analises financeiras de uma empresa com valores
absolutos de números grandes é a razão pela qual que se optou por meio dos rácios,
porque são as medidas relativas, mais eficientes, para comparação entre períodos
diferentes, permitindo reduzir a influência dos erros sistemáticos.

Quando se fala em análise financeira logo, se associa esta à utilização de uma série
de indicadores conhecidos por rácios financeiros. Para se poderem comparar e
analisar dados financeiros é importante a criação de uma serie de rácios que
expressem relações significativas, possibilitando uma melhor compreensão sobre a
performance desempenho e situação financeira, passada e presente, de uma
determinada organização. De facto, a comparação entre o activo circulante e o
passivo de curto prazo, por exemplo, tem mais significado e utilidade do que
simplesmente olharmos para cada uma das rubricas sem fazer referência à outra. Isto
porque os activos circulantes são frequentemente considerados como sendo a maior
reserva de fundos para fazer face às obrigações de curto prazo, especialmente
quando as perspectivas futuras da empresa não se encontram muito favoráveis. Por
outro lado, não faria muito sentido comparar outros activos com as obrigações de
curto prazo e esperar obter uma relação significativa.
(SAIAS; CARVALHO & AMARAL, 2006, p. 496)

O método dos Indicadores e dos rácios, permite estudar a evolução da situação


económica e financeira da empresa, consiste em estabelecer relações entre os dados
fornecido pelo Balanço e a demonstração dos resultados após a sua preparação para
análise. Estas relações designam-se por rácios e a sua análise permite o estudo e a
evolução da situação económica e financeira da empresa e tirar conclusões sobre a
sua gestão. Esta relação pode ser expressa sob a forma de quociente ou
percentagem. (…) A sua utilização depende dos objectivos da análise, da natureza dos
fenómenos que se pretende revelar ou medir e das fontes de informação que se
utilizam.
(NABAIS, 2011, p. 66)

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Em contra partida, “Os rácios raramente fornecem as respostas para os problemas,
mas podem ajudar, de modo selectivo, a descobrir a razão de ser dos problemas das
empresas. São uma ferramenta de diagnóstico e não um medicamento curativo”. (SAIAS;
CARVALHO & AMARAL, 2006, p. 496)

12. Indicador ou Rácio?

Os dois termos retratam assuntos semelhantes, porém, para não criar muita
expectativa aos utentes desta informação pretende-se apresentar algumas diferenças
que acentuam estes termos.

O conceito de indicador é mais amplo que o de rácio. Ele abrange para além das
relações entre grandezas, sob a forma de quocientes ou percentagem, outras que
comparam elementos considerados significativos: margem bruta das vendas; fundo
de maneio, etc. O método dos indicadores e dos rácios contribuirá para uma análise
objectiva e sistemática da estrutura económica e financeira da empresa (…).
(NABAIS, 2011, p.66)

13. Rácios de Liquidez

Este rácio é uma das ferramentas que os gestores financeiros buscam para
efectuarem algumas decisões financeiras a curto prazo e de acordo (NABAIS, 2011),
“estes rácios medem a capacidade de a empresa solver os seus compromissos a curto
prazo. Quanto maior for o valor que apresentar maior será a probabilidade de reembolsar
o credito obtido dos fornecedores e de outros credores a curto prazo”. Do mesmo
conceito, (BENZINHO & RODRIGUES, 1995), considera (…) curto prazo «até um ano». E
explica que a liquidez da empresa será boa se o seu fundo de maneio for positivo.

1. Os cuidados a ter com a Liquidez

Cada ciência deve obedecer aos seus princípios. De igual modo, há princípios financeiros
sobre a liquidez a seguir.

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Os cuidados a ter com a liquidez da empresa dependem essencialmente da política
de crédito de clientes, da política de existências e da política de aprovisionamento,
nomeadamente nos prazos de pagamento, entre o cliente e o fornecedor. Assim, o
aumento de crédito aos clientes aumenta o período entre a venda e o recebimento,
diminuindo a rotação da conta de clientes e, por conseguinte, os capitais circulantes
(o risco aumenta); o aumento da aquisição das existências e a rotação das
existências tornam-se mais lentos, provocando a diminuição da rotação dos capitais
circulantes (o risco aumenta), por fim informa que o aumento do prazo concedido
pelos fornecedores e o período entre a compra e o pagamento aumentam. Obtém-se
assim maior financiamento para os capitais circulantes.
(BENZINHO & RODRIGUES, 1995, p.57)

É nesta senda que se decidiu mencionar os rácios de funcionamento ou de


actividades com o intuito de controlar os prazos em os recebimentos, os pagamento e a
rotação de existência foram baseadas para permitirem a empresa obter a liquidez.

1. Divisão dos rácios de liquidez

Estes rácios estão dividido de acordo a capacidade de cada activo circulante tem
para solver as exigibilidades a curto prazo, Normalmente o gestor recorre aos seguintes
indicadores de liquidez:

1. Liquidez geral

Resulta na relação entre o activo e o passivo corrente. E para que exista um


equilíbrio financeiro este rácio deve ser ≥1.

𝐀𝐜𝐭𝐢𝐯𝐨 𝐜𝐢𝐫𝐜𝐮𝐥𝐚𝐧𝐭𝐞
𝐑á𝐜𝐢𝐨 𝐝𝐞 𝐥𝐢𝐪𝐮𝐢𝐝𝐞𝐳 𝐠𝐞𝐫𝐚𝐥 =
𝐃é𝐛𝐢𝐭𝐨𝐬 𝐚 𝐜/𝐩

Segundo (NABAIS, 2011), “este indicador mede a capacidade de fazer face aos
débitos a curto prazo (c/p) utilizando os montantes das disponibilidades, clientes e
inventários. O nível normal deste indicador situa-se ente 1,5 e 2”. E Segundo (LOUSÃ &
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SALGUEIRINHO, 2013), estes rácios “permitem, pois, verificar se a empresa tem ou não
capacidade para pagar as suas dívidas na data do seu vencimento”.

O rácio de liquidez geral também:

Apresenta níveis que além de medir simplesmente a capacidade, deve ser igual a 1
ou aproximado para que se verifique um equilíbrio financeiro mínimo e acrescenta
que deve se considerar a importância dos prazos, na disponibilidade dos capitais
circulantes e na exigibilidade das dívidas a curto prazo.
(BENZINHO& RODRIGUES, 1995, p. 58)

Este nível depende de vários factores: (1) Do sector onde a empresa exerce a sua
actividade, em empresas cuja actividade exige stocks avultados, por exemplo, o nível
médio sobe. É o contrário para as empresas que vendem com baixos stocks. (2) Da
política de vendas da empresa, que, para aumentar a quota de mercado, aumenta o
crédito a clientes. (3) Do carácter sazonal da actividade.
(NABAIS 2011, p. 142)

Este rácio, o mais importante é que deve estar aproximadamente a uma unidade,
caso exceder ainda melhor ao equilíbrio financeiro a curto prazo porém, há outras
análises contra o excesso do mesmo.

O cuidados a ter com este rácio: este rácio permite obter informações sobre a forma
de cobertura do activo circulante pelo passivo circulante. Como se disse, o valor
deverá ser superior a 1, pois se tal não acontecer a empresa terá de recorrer aos seus
capitais permanentes para financiar a parte não coberta pelo passivo circulante. (…)
Valores sistematicamente inferiores a 1 podem indicar dificuldades na tesouraria da
empresa.
(LOUSÃ & SALGUEIRINHO, 2013, p. 251),

Para NABAIS (2011, p. 142), Isto acontece quando “(…) a rotação das existências for
baixa e se os débitos dos clientes forem de difícil cobrança”.

E (LOUSÃ e SALGUEIRINHO 2013, p. 251), “um valor elevado pode significar:


excessivos stocks em armazém; um valor bastante elevado de dívidas por parte dos
clientes e grandes disponibilidades em caixa ou em bancos. (…) Para empresas bem
geridas valores entre 1,2 e 1,9 são ideais”.

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De acordo o Portal de Contabilidade (ca. 2013), Brasil [sic], os stocks, “representam
os bens destinados à venda e que variam de acordo com a actividade da entidade
(Exemplo: produtos acabados, produtos em elaboração, matérias-primas e mercadorias)”.

2. Liquidez Corrente

Mede a capacidade de a empresa fazer frente as suas obrigações no curto prazo (até
um ano) as contas a receber, principalmente quando ocasionado por aumento de
inadimplência descumprimento, stocks obsoletos, devem ser excluídos do cálculo
desse índice rácio.
(PASSAIA; SILVA & DEMOZZI, 2003, p. 6)

𝐀𝐜𝐭𝐢𝐯𝐨 𝐜𝐢𝐫𝐜𝐮𝐥𝐚𝐧𝐭𝐞
𝐑á𝐜𝐢𝐨 𝐝𝐞 𝐥𝐢𝐪𝐮𝐢𝐝𝐞𝐳 𝐜𝐨𝐫𝐫𝐞𝐧𝐭𝐞 =
𝐃é𝐛𝐢𝐭𝐨𝐬 𝐚 𝐜/𝐩

De acordo a pesquisa realizada este rácio não será objecto de análise porque não há
dados de stocks obsoletos e nem aumentos nas contas a receber. E para que exista um
equilíbrio financeiro para este rácio deve ser ≥1,50.

3. Liquidez Reduzida

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Outro rácio em estudo de acordo a ordem de liquidez, é o rácio de liquidez reduzida
que segundo (SAIAS; CARVALHO & AMARAL, 2006), “a lógica subjacente é a de que as
existências não se transformam em meios líquidos tão rapidamente como os restantes
activos circulantes e pretende-se assim calcular um indicador de liquidez «mais
apertado»”. Por sua vez mede a capacidade da empresa solver as dívidas a curto prazo
com o recurso às disponibilidades e aos créditos concedidos de c/p. Resulta da relação do
activo circulante deduzir os inventários (existências) por passivo circulante (dividas a
curto prazo).

á
á =
é /

Ou
𝐃𝐢𝐬𝐩𝐨𝐧í𝐯𝐞𝐥 + 𝐑𝐞𝐚𝐥𝐢𝐳á𝐯𝐞𝐥 𝐚 𝐜𝐮𝐫𝐭𝐨 𝐩𝐫𝐚𝐳𝐨
𝐃é𝐛𝐢𝐭𝐨𝐬 𝐚 𝐜/𝐩

Este rácio é também designado por rácio de tesouraria”. E explica que, “a


comparação entre os rácios de “Liquidez geral” e “Liquidez reduzida” permite
ponderar a influência de existências na liquidez da empresa. Como as existências têm
um peso significativo na liquidez geral, o rácio de liquidez reduzida deve estar
compreendido entre 0,9 e 1,1». (…) O cuidados a ter com este rácio - Para melhorar o
rácio de liquidez, sem recorrer ao financiamento por meio bancário a médio prazo,
deve-se ter a seguinte orientação: diminuir se possível o prazo médio de crédito
concebido aos clientes; aumentar a rotação das existências; promover o aumento do
prazo de créditos dos fornecedores. Para se desenvolver estas acções é necessário:
conceder maior nível de crédito aos clientes; aumentar o prazo médio das
existências; liquidar mais rapidamente possível aos fornecedores.
(BENZINHO & RODRIGUES 1995, pp. 58-59)

4. Liquidez Imediata

Este rácio mede a capacidade de a empresa solver os seus compromissos a curto


prazo recorrendo somente às disponibilidades. Regra geral, o nível 0,9 é normal em

30
empresas bem geridas. Contudo, depende, igualmente, do tipo de actividade da empresa
e da rotação das mercadorias e da cobrança dos montantes aos clientes.

á =
é /

Os rácios de liquidez de acordo com (PASSAIA, SILVA & DEMOZZI, 2003, p. 7),
possuem alguns parâmetros pré-estabelecidos para análise de desempenho financeiro da
empresa. (Ver em anexo Quadro p. 69)

1. A Relação dos rácios de liquidez com outros rácios de curto


prazo

Os rácios em estudo reflectem o desempenho financeiro da empresa a curto prazo,


isto é, num período compreendido a um ano. Nesta senda recorreu-se em alguns rácios
que vimos serem importantes para complementar a informação, tal como o Fundo de
Maneio Circulante (FMC), os rácios de actividades e rácio de rendibilidade líquida das
vendas, possibilitando a interpretação e compreensão dos resultados por parte dos
utentes desta informação financeira da empresa em estudo. Nesse contexto vamos tratar
apenas destes rácios em aspectos restritos em que se relacionem com os rácios fulcrais
deste tema.

1. Fundo de Maneio Circulante

A definição do FMC corresponde aos activos correntes menos passivo corrente. (…).
Esta figura é uma medida de liquidez. Podemos considerar a liquidez como um
indicador de disponibilidade de cash. Claro que não significa o mesmo que riqueza:
muitas pessoas e muitas empresas bastante ricas não têm um grau elevado de
liquidez. Isto acontece quando a riqueza está ligada a elementos do activo que não
são facilmente convertíveis em dinheiro. Por exemplo, os proprietários de uma
quinta ou plantação, têm bastantes activos, mas podem ter dificuldades em fazer
face a necessidades de dinheiro no dia a dia – eles têm grande riqueza, mas carecem
de liquidez. O mesmo pode aplicar-se a empresas. Não basta ter-se riqueza, é

31
necessário assegurar-se que existe suficiente liquidez para fazer face a necessidades
correntes de dinheiro.
(WALSH, 1996, p.50)

Neste estudo pretende se chamar por Fundo de Maneio Circulante para melhor dar
ênfase ao prazo em estudo, esquematicamente representa-se por:

Exigível
FMC = Capitais _ a curto
Circulantes prazo

ou

Realizável Exigível
FMC = Disponível + a curto + Existências _ a curto
prazo prazo

As condições para um fundo de maneio positivo: (1) os capitais circulantes devem ser
financiados em grande parte pelos capitais permanentes; (2) os capitais permanentes
não devem financiar na sua totalidade o imobilizado, isto é, uma parte dos capitais
permanentes não deve ser utilizada para financiar o imobilizado; (3) o fundo de
maneio é considerado uma margem de segurança na empresa; (4) deve permitir
fazer face ao pagamento das dívidas a curto prazo; (5) mas para uma boa estrutura
financeira não é suficiente esta igualdade de valores e é necessário que os capitais
circulantes excedam bastante o exigível a curto prazo.
(JORGE & RODRIGUES, 1995, p.55)

Os autores (ibid, p.55), explicam as razões fundamentadas invocadas, é que “os


valores do exigível a curto prazo são facilmente escalonados no tempo enquanto os de
capitais circulantes são de previsão mais difícil, no prazo e na realização”.

O fundo de maneio terá de ser financiado por capitais permanentes, conforme o


esquema (ver a Tabela 1, p. 70). (NABAIS, 2011, p.139)

Activo circulante > Passivo circulante

Ou

32
Activo circulante – Passivo circulante >0

2. A regra do equilíbrio financeiro

Se o resultado da diferença entre o activo circulante e passivo circulante for


negativo, significa que o activo circulante esta financiar activos fixos, no entanto não há
equilíbrio financeiro tal como o esquema. (Ver em anexo a Tabela 1, p. 70).

Activo circulante - Passivo<0

Segundo a regra de equilíbrio mínimo, os capitais utilizados pela empresa para


financiar uma imobilização, um stock ou qualquer outro valor activo devem ficar à
posição da empresa durante um prazo que corresponda pelo menos à duração do
valor activo adquirido com esses capitais. O cumprimento desta regra pode não ser o
suficiente, porque para muitas empresas verifica-se que não basta a igualdade entre
o Activo circulante e o Passivo circulante. (…). Contudo, há actividades em que o
fundo de maneio é negativo e não origina problemas na exploração (Ex.: os
supermercados recebem a pronto e pagam a prazo). (…) fundo de maneio negativo,
nulo (…) valor positivo baixo, pode tornar-se insuficiente para fazer face aos
compromissos a curto prazo. (…) excesso é prejudicial, visto que origina gastos de
exploração para a empresa. Assim, do ponto de vista da empresa, o fundo de maneio
deve ser o mínimo possível. Uma boa gestão do fundo de maneio implica o seguinte:
(1) as disponibilidades devem ter um valor reduzido; (2) a cobrança de dívidas deve
ser rápida; (3) os inventários devem estar sujeitos a uma gestão eficiente e conduzir a
um montante de stocks reduzidos sem provocar ruptura na actividade e (4) o
alargamento do prazo médio de pagamento a fornecedor sem pôr em causa a
imagem da empresa.
(NABAIS, 2011, pp.140-141).

O objectivo destas regras é permitir que a empresa não esteja em falta de liquidez
para cobrir as despesas quotidianas não só, mas também, maximizar os rendimentos da
mesma. O fundo de maneio se for negativo também os rácios de liquidezes os são e vice-
versa.

1. Rácios de Funcionamento ou de Actividades

33
Estes rácios resultam das actividades do ciclo de exploração no período de um ano
em conformidade aos rácios de liquidez, de LADJI e de o FMC todos estes têm como
objectivo analisar e avaliar a liquidez da empresa no curto prazo. Conforme (NABAIS,
2011), os “rácios de funcionamento ou de actividade avaliam a eficiência com que a
empresa está a gerir os activos que possui, quer sejam imobilizados quer sejam
circulantes. São sensíveis à natureza da actividade prosseguida pela empresa. Permitem
apreciar os impactos financeiros da gestão ao nível do ciclo de exploração”.

1. Prazo médio de Stockagem

Segundo (SAIAS; CARVALHO & AMARAL, 2006), “o rácio mais utilizado nesta área
mede o tempo médio de permanência das existências em armazém”. Para (NABAIS, 2011),
(…) evidenciam o montante dos inventários em armazém, expresso em número de dias,
face aos seus consumos ou utilizações.

é
= 36
+ +

No numerador devemos colocar o saldo médio de existências ao longo do ano.


Muitas das vezes não se tem acesso a esta informação. Para contornar esta
dificuldade utiliza-se uma média entre o saldo do início e o de final de ano. O
denominador é preenchido com o total do custo das existências vendidas ou
consumidas durante o ano em causa. O produto deste quociente por 360 fornece-nos
o resultado em dias. (…) Quanto menor for o valor para este rácio, melhor, pois
vamos conseguir alcançar os objectivos com o menor investimento em activos e
consequentemente ser um factor positivo na contribuição para uma boa
rentabilidade. Isto consegue-se devido a três factores: (1) minimização dos capitais
empatados em stocks e os encargos financeiros associados; (2) diminuição dos custos
de armazenagem e (3) pela redução dos riscos de depreciação dos stocks devido a
deteriorações, obsolescência ou ficarem fora de moda. Deve-se sempre procurar
enquadrar a situação, (…) no método de valorização dos stocks (…) A título de
exemplo refira-se ao sector da joalharia e da construção civil como apresentando
prazos médios de stockagem elevados. O primeiro devido à baixa rotação das suas
existências e o segundo devido à morosidade do processo produtivo. Em
contraposição encontram-se os hipermercados onde o tempo médio de permanência
da esmagadora maioria dos seus produtos não ultrapassa só 2 dias.
(SAIAS; CARVALHO & AMARAL, 2006, pp. 502-503)

34
De acordo (BENZINHO& RODRIGUES 1995, p.60), o valor da existência média no ano
é-nos dado por:

V r V r
è + ê
V r
fm
i ê i =
2
m i

2. Prazo Médio de Recebimento

A concessão de créditos aos clientes tem sido no mínimo 15 dias e máximo a 30


dias, essa condição não se efectua nos supermercados e hipermercados onde as vendas
são efectuadas a pronto pagamento.

O facto de se conceder crédito levanta dois tipos de problemas: (1) o financiamento e


gestão deste crédito, por num lado, e (2) a possibilidade de aparecimento de
incobráveis. O controlo de crédito é usualmente atribuído ao departamento
financeiro e é uma das áreas que exige maior coordenação e entendimento entre
este departamento e o comercial. Por vontade do primeiro a concessão de crédito
seria restringida ao mínimo, pela vontade dos segundos quando mais tempo se der
para efectuar o pagamento mais fácil resulta a venda. O importante acima de tudo
será ter o cuidado em escolher clientes que cumpram os prazos concedidos e
liquidem os seus compromissos atempadamente, pois de nada vale vender se depois
não se vem a cobrar ou só depois de muito esforço, tempo e dinheiro empatado.
(SAIAS; CARVALHO & AMARAL, 2006, p.504)

Na gestão de créditos aos clientes é necessário estabelecer um contrato


estritamente legalizado para fins de riscos de dividas incobráveis ao contrario deve haver
uma confiança nos negócios em relação aos clientes, a margem de segurança dos créditos
concedidos variam de gestores porem não devem ultrapassar as metas em que a empresa
fica asfixiada em falta de liquidez, deve haver um recuo entre as datas de recebimento e
um alongamento das de pagamentos.

35
Desta forma o rácio mais utilizado nesta área Prazo médio de Recebimento “PMR”.
No qual o numerador deverá conter todas as contas de clientes, incluindo as letras a
receber e as letras descontadas, exceptuando-se as provisões para créditos de
cobrança duvidosa. Caso se subtraiam as provisões para créditos de cobrança
duvidosa, este rácio passará a representar, não o tempo médio que a empresa
demora a cobrar à totalidade dos seus clientes, mas sim apenas aquelas que ela
demora em cobrar numa situação sem incobráveis.
(SAIAS; CARVALHO & AMARAL, 2006, p.504)

Em conformidade as vendas a credito aos clientes no caso que: (…) As vendas


flutuam significativamente ao longo do período ou se a empresa tiver determinados
clientes que pagam a pronto e outros que detêm crédito. Para obviar a esta situação
as vendas deveriam ser separadas entre vendas a pronto e vendas a crédito, e
efectuar uma análise sobre a idade dos saldos de clientes.
(ibid., 2006, p.506)

𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝑀é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑙𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠


R= 𝑋 36
𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 + 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑟𝑣

Na falta de dados que permitam calcular o saldo médio de clientes ao longo do ano,
utiliza-se a média entre os saldos do final do último ano e do ano anterior. Refira-se
desde já um cuidado especial na interpretação deste rácio derivado desta situação:
há muitos negócios que, pela sua natureza ou dos seus clientes principais (ex:
organismos públicos), vêem as suas vendas concentradas perto do fim do ano. Este
facto, distorce a análise podendo conduzir os analistas menos avisados a conclusões
erróneas. Refira-se ainda que no denominador temos as vendas anuais e que no caso
destas não perfazerem o período de um ano deverão ser analisadas. Esta operação
resulta mais simples se o padrão destas for relativamente constante ao longo do ano
e mais difícil se houver sazonalidade. O período de referência poderá ser o mês, a
semana ou o dia, conforme se multiplique o referido quociente por 12, 52 ou 360,
respectivamente. Tal como acontece com as existências, quanto mais baixo se
conseguir manter este rácio, melhor em termos financeiros. Um prazo médio de
recebimento em queda é geralmente um bom sinal e um indicador de um efectivo
controlo financeiro. Mas também pode revelar uma necessidade desesperada de
dinheiro, envolvendo descontos extra e uma forte pressão sobre os clientes. Os
prazos de concessão de créditos a clientes dependem em larga escala do poder
negocial das partes envolvidas, das práticas da concorrência, da existência da inflação
e da taxa de juro dos financiamentos. Para além da política e organização interna da
empresa.
(ibid, p.505)

36
3. Prazo Médio de Pagamento

O procedimento do prazo médio de pagamento é semelhante ao de recebimento.


Porém, “vamos calcular qual o tempo médio que obtemos de crédito pelos fornecedores”.
(…) “como se trata de um financiamento sem encargos (pelo menos dentro do prazo
acordado), o que se pretende é alongar os tempos mas, os “mesmos devem respeitar os
prazos concedidos pelos fornecedores”. (SAIAS; CARVALHO & AMARAL, 2006)

é
= 36
+

Em alternativa ao valor das compras, caso este não esteja disponível, poder-se-á usar
o custo das existências vendidas. O qual fornece qual a proporção dos stocks que são
financiados pelos fornecedores. Este rácio é de especial interesse nos negócios de
venda a retalho, apresentando valores superiores a 1.
(SAIAS; CARVALHO & AMARAL, 2006, p.507)

r r
ê

Os rácios de actividades proporcionam uma boa gestão dos prazos de fluxos de


caixa (entrada e saídas de dinheiro) no sentido de manter a liquidez. “A liquidez de
empresa evolui de uma forma positiva quando diminui o prazo médio de recebimento,
e/ou aumenta o prazo médio de pagamento ou rotação das existências”. (BENZINHO &
RODRIGUES, 1995, p. 60)

1. Rotação do capital circulante

37
A forma mais nítida de compreender o papel da rotação do capital nas operações de
curto prazo de uma empresa é mostrar o número de dias que decorrem desde o
momento em que o dinheiro é pago aos fornecedores até o dinheiro correspondente
ser recebido do cliente que adquire o produto.
(WALSH, 1996, p. 135)

As contas a evidenciar na rotação do capital circulante são «inventários


existências», «contas a receber», e «contas a pagar».

O significado destas contas é que são «espontâneas». Reagem muito rapidamente às


alterações nos níveis de facturação da empresa. A empresa pode ter políticas quanto
aos níveis de inventários, etc., mas não fixarão valores absolutos, serão, antes,
expressos em termos de vendas. Um crescimento sustentado nas vendas resultará
inevitavelmente no crescimento dessas três contas. (…), para o autor, denomina-se
dia zero par indicar quando os produtos são recebidos do fornecedor.
(ibid., 1996, p. 135)

1. A fidelidade na informação contabilística

As normas contabilísticas exigem que qualquer empresa deve ter registos credíveis
e sustentáveis para dar uma informação fidedigna aos utentes no sentido de
proporcionar a confiança aos investidores que querem apostar no desenvolvimento das
actividades da empresa ao financiar. Entretanto, é necessário que haja registo
transparente de todas as receitas e custos incorridos para que sejam credíveis tanto aos
accionistas assim como ao estado.

1. Lucro

Para se efectuar análises financeiras de uma empresa recorre-se às informações de


balanços, do mapa de L/P a que evidencia as vendas e os custos incorridos para se apurar
os resultados ou lucros.

Existe uma relação entre estas contas, tal como a conta de lucros e perdas, quantifica
e explica os lucros e perdas da companhia no decurso do período definido pelos dois
balanços em causa (…). Não é possível uma alteração de valor na conta de lucros e
perdas, sem se proceder a um ajustamento dos balanços. Neste contexto, a conta de
lucros e perdas e o balanço suportam se um ao outro. A diferença entre as receitas
totais e custos de exploração dá lucro de exploração ou comercial. É a primeira figura
de lucro que encontramos nos documentos de contabilidade, mas há muitas outras

38
definições de lucro. Para o mesmo autor identifica quatro definições específicas de
lucro e refere a terminologia financeira aplicável a cada uma delas, a qual tem a ver
com o modo como ele é distribuído. Todos os elementos do activo usados na
empresa desempenharão um papel na origem de lucros operacionais, que
consubstanciamos na expressão (Lucro antes de dedução de juros e impostos
«LADJI»). Ele destina-se a ser distribuído por aqueles que proporcionaram os activos.
Isto é feito segundo regras bem definidas. O mesmo autor explica que há uma ordem
fixa para a distribuição do lucro: aos financiadores, às autoridades fiscais e aos
accionistas.
(Walsh, 1996 pp. 30-58)

2. Vendas

O facto gerador do lucro é a venda e, define-se por conta que regista “o proveito
obtido pela facturação emitida pela empresa sobre terceiros (…)”, (LOUSÂ &
SALGUEIRINHO, 2013) (…). “Entrega de valores contra moeda ou seu representativo”.
(FRANCO & MARTINS, 1983)

1. Custos

Para (FRANCO E MARTINS, 1983, p. 218), são “os encargos que se tornou
indispensável suportar para a realização dos proveitos (…)”.

1. Estrutura do lucro

(Ver em anexo a figura 1, p. 67)

Segundo (CONSO 1975, p. 17), “a técnica contabilística é uma técnica de registo e


de análise cujo principal objectivo é o cálculo do lucro de um período e o inventário
permanentemente da situação patrimonial”. O lucro assume vários conceitos de acordo a
situação a que se pretende analisar, tal como WALSH explica que:

Se principiarmos pelo número referente ao lucro antes de deduzir-se o imposto, é


geralmente possível trabalhar para diante e para trás de modo a obter as demais
rubricas, como em seguida se assinala: Lucro Antes da Dedução de Juros e Impostos
(LADJI), Lucro Depois da Dedução de Juros (LDDJ), Lucro Depois da Dedução de
Impostos (LDDI) e Resultados Transitados (RT).

39
(WALSH, 1996, pag.58)

Porém, um conceito generalizado, segundo o Dicionário de Economia e Ciências


Sociais, o lucro é definido como “rendimento da empresa que resulta do excedente das
receitas sobre os custos totais de produção de distribuição: a noção de lucro é, portanto,
residual”.

Para (FRANCO & MARTINS 1983; p. 441) o lucro “é um rendimento residual, que fica
para o empresário uma vez pagas as despesas correntes com parte das receitas de
produção”. Os autores definem também o lucro da Sociedade, sendo “todo o aumento do
capital inicialmente constituído pelos sócios”.

Quanto aos primeiros conceitos do lucro, referem-se sobre um excedente


resultante de um negócio realizado num determinado período, mês, semestre ou ano
com objectivo de se apurar os resultados. Nota-se que, só existe o lucro quando os
resultados forem positivos. Quanto ao lucro da sociedade depende às políticas da
empresa (de expansão da empresa, etc.), analisado pelos sócios da empresa e logo é
aprovado e reconhecido juridicamente pelo órgão público competente, o referido
aumento do capital social.

Os gestores financeiros ocupam se em captar fontes de financiamentos partindo do


princípio de fazer um estudo do mercado financeiro, e pesquisar fontes de
financiamentos à taxas de juros baixos e estar actualizado sob as políticas do Governo
(evolução de impostos aplicados pelo Estado), e das taxas aplicadas a partir do Banco
Central. Só assim que se consiga solicitar empréstimos junto dos bancos comerciais após
de terem sido os cálculos orçamentais evidenciados pelas taxas nominais a fim de se
determinar a cobertura dos juros e dos impostos.

1. Cobertura de Risco de Taxa de Juro

40
Por cobertura entende por capacidade preventiva de assegurar quaisquer
responsabilidades que se associam com risco.

O risco é um facto futuro incerto, do qual pode resultar algum dano a determinada
coisa pertencente ao assegurado (…). Juro é o rendimento de um crédito pecuniário,
que se determina em função do montante deste, do tempo durante o qual se está
privado do capital e da taxa de remuneração.
(FRANCO & MARTINS, 1983, pp. 415-628)

DE MOURA citado por FRANCO & MARTINS (1983, p. 674), a taxa “é o preço
autoritariamente estabelecido, pago pela utilização individual de bens semi-públicos, (…)”.
E “taxa de juro é o preço pago pelos empréstimos de capitais monetários. É o coeficiente
de rendimento ou da remuneração do capital”.

O risco associa-se a incerteza quanto ao tempo como ao espaço, conforme anedota


popular que diz “quem não arrisca não petisca” por isso este trabalho permite entender
alguns conceitos que permitem reduzir os riscos nos negócios.

O rácio de cobertura de taxa de juro é Recente. É único na medida em que é uma


medida que deriva da conta de lucros e perdas. O encargo «juro» é dividido no valor
do LADJI para a «cobertura» expressa como muitas «muitas vezes. Os rácios
anteriores apenas contemplavam a quantia de empréstimo. Este rácio mede a
capacidade da empresa para cumprir o serviço dessas dívidas». Três factores
determinam o seu valor: o lucro operacional; o total do empréstimo contraído e a
efectiva taxa de juros (…). O nível das taxas de juro numa economia influenciará
significativamente este rácio, (…) as economias com juros baixos parecem aceitar
balanços com um leverage mais elevado. O termo “leverage financeiro” é usado para
reflectir a relação entre o lucro e o custo fixo do juro. Se o leverage financeiro é
elevado, isto é, se o juro é uma componente importante dos lucros já com juros, uma
pequena mudança no lucro operacional será bastante ampliado no seu efeito de
rendibilidade para os accionistas. Uma empresa com um leverage elevado passa
muito bem em tempo de Boom mas cai rapidamente em dificuldades nos termos de
recessão. Um valor prudente para uma empresa é cinco vezes.

(WALSH, 1996, p. 138)

41
𝐿𝐴𝐷𝐽𝐼
= 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠
𝐽𝑢𝑟𝑜

O lucro surge quando se realizar qualquer actividade que resulte um ganho acima
das despesas realizadas tal como venda e/ou prestação de serviço, para tal, é necessário
que se controla a rendibilidade líquida das vendas com objectivo de se optar novas
estratégias que maximizem a liquidez da empresa de curto prazo.

1. Rendibilidade Líquida das Vendas

A rendibilidade líquida das vendas (RLV) é um “coeficiente que permite-nos conhecer


a evolução da percentagem das vendas”. Porque é através das vendas que se faz as
previsões de liquidez de curto prazo da empresa, se pode recorrer a empréstimos ou
ao auto financiamento no sentido de se aumentar o volume dos negócios.
(BENZINHO & RODRIGUES, 1995, p. 70)

Lucro líquido
RLV=
Valor líquido das vendas anuais

42
Para se obter a rendibilidade das vendas temos que calcular as vendas liquidas,
conforme (BENZINHO& RODRIGUES, 1995, p. 70), “é o somatório das Vendas + Prestações
de serviços deduzidos os descontos e as devoluções de clientes”.

VL= (Vendas + Prestações de serviços) - (Descontos + Devol. de clientes)

1. Limitações dos rácios

Depois de apresentados os conceitos teóricos sobre os rácios, nestes trechos


pretende-se apresentar as limitações dos rácios.

Os rácios:

Relacionam dados quantitativos e não consideram factores qualitativos; não existe


definição normalizada de cada rácio e varia com o analista; são influenciados pela
sazonalidade da actividade e os seus montantes dependem dos critérios de
amortizações e de valorimetria (…); são permeáveis pela inflação; a sua interpretação
está condicionada pelo sector e pela conjuntura económica; o rácio, individualmente,
apresenta pouco interesse; podem falsear comparações quer com rácios de
empresas similares quer com rácios sectoriais, se têm por base diferentes práticas
contabilísticas.
(NABAIS, 2011, p. 67)

1. Síntese dos conceitos teóricos

Neste capítulo apresentou-se conceitos teóricos relevantes a compreensão do tema


que posteriormente fundamenta-se ao estudo empírico na qual pretender-se-á discutir e
apresentar o resultado final de acordo os fundamentos teóricos pesquisados. Antes que
se dê resultados, o capitulo a seguir vai mostrar os métodos e materiais utilizados na
pesquisa deste tema, a importância do desempenho financeiro da empresa por meio de

43
rácios de liquidez e LADJI criando assim expectativas de se chegar ao próximo capítulo de
discussão.

CAPÍTULO II- OPÇÕES METODOLÓGICAS DO ESTUDO


44
Depois de ter-se conceituados variáveis que constituem o conteúdo pesquisado é já
neste capitulo que se vá apresentar as variáveis principais, como foram obtidas, como
foram preparadas para determinar uma discussão. Nunca foi fácil avaliar o desempenho
financeiro de uma empresa num período mais apertado e/ou mais curto seja quem for,
porém, os conceitos previamente apresentados e os métodos que se vão apresentar
nestes capítulos possibilitarão dar a solução de quaisquer problemas que se relacionem
com os rácios de liquidez e de LADJI

1. A razão da escolha do tema

O tema escolhido resultou nas necessidades académicas e profissionais em


compreender os termos financeiros empresariais que sempre suscitam dúvidas e,
sobretudo nos relatórios financeiros que são de natureza apresentados sob a forma de
rácio. As dúvidas têm despertado o interesse aos estudantes, aos profissionais e

45
investidores em analisar e interpretar os relatórios financeiros. Na vertente profissional,
esta pesquisa servirá de ponto de vista incrementar a compreensão e clareza na
interpretação dos rácios financeiros das operações de curto prazo e permitir outras
análises e pesquisas futuras sobre o desempenho financeiro.

Segundo SANTOS (2004, p. 19) “toda a teoria deve ser feita para poder posta em
prática, e toda prática deve obedecer a uma teoria. Só os espíritos superficiais desligam a
teoria da prática, e a prática não é senão a prática de uma teoria”.

1. Estudo de Caso

Desta teoria, tem-se como a prática o estudo de caso da empresa “PINTO E


CONSTRÓI, LDA” com finalidade de se recolher dados sobre os Balanços e Mapas das
demonstrações de lucros ou perdas de 2013 e 2014, para sustentar o problema levado a
escopo.

2. Hipóteses

O problema apresentado na introdução suscitou as seguintes hipóteses:

Nula: A capacidade de liquidez da empresa “PINTO E CONSTRÓI, LDA” durante os


dois anos não correspondeu aos parâmetros dos mesmos rácios para cobrir os
compromissos assumidos, por que o LADJI obtido não foi capaz em cobrir os juros e os
impostos previstos.

Alternativa: A capacidade de liquidez da empresa “PINTO E CONSTRÓI, LDA”


durante os dois anos correspondeu aos parâmetros dos mesmos rácios para cobrir os
compromissos assumidos, por que o LADJI obtido foi capaz em cobrir os juros e os
impostos previstos.
46
1. Modo de investigação

Para atingir os objectivos gerais e específicos definidos na pesquisa, será utilizada a


metodologia de pesquisa bibliográfica definida por (SEVERINO apud LIMA, ca. 2013, p. 6);
“aquela que se realiza a partir do registo disponível, decorrentes em anteriores, em
documentos impressos, como livros, artigos, teses, (...).”, a pesquisas documental, que
“tem como fonte documentos no sentido amplo, (...) tais como jornais, fotos, filmes,
gravações, documentos legais. (...) conteúdos dos textos ainda não tiveram nenhum
tratamento analítico, são ainda matéria-prima” e, igualmente a metodologia de estudo
de caso da empresa “PINTO E CONTROI, LDA”, tendo como base os documentos
contabilísticos tal como os balanços, as demonstrações de lucros ou perdas, outros
documentos que forem necessários a obtenção de dados e um formulário de questões
sobre o tema.

O método do estudo de caso vai fazer uma descrição do sector de actividades da


empresa, explicação sobre as políticas dos prazos de pagamentos, as fontes de
financiamentos, por fim, uma comparação entre a prática e a teoria mostrando as principais
diferenças encontradas.

2. Instrumento de investigação
1. Questionário
Foi levado a cabo um formulário de questões pelo qual se realizou um estudo que
permite compreender a importância do desempenho financeiro utilizando os rácios de
liquidez e LADJI da empresa a partir dos dados dos documentos contabilísticos
necessários para se elaborar o trabalho e não esquecendo o anonimato dos
colaboradores da informação a fim de se garantir o sigilo profissional.

47
O formulário está dividido em duas partes, a primeira retrará das questões que tem
a ver com o objecto da empresa e analise estrutural, na segunda parte sobre aspectos do
desempenho financeiro e as políticas de gestão financeira. O formulário é dirigido à área
administrativa da empresa cujos participantes poderão responder de forma objectiva as
questões e colocando um “sim” às que estiverem aproximadas à realidade da empresa.

48
49
Fonte: entrevista a Direcção Administrativa da Pinto e Constroi, Lda. 15 de Maio, 2015.

50
3. Bibliotecas pesquisadas
1. Métodos de selecção do material
A pesquisa deste tema baseou-se na necessidade de se obter o diploma de
licenciatura no Curso de Economia e Gestão na opção de Contabilidade e Finanças, razão
qual o tema retrata sobre aspectos financeiros. Foram seleccionados cerca de cinco livros
de gestão financeira pesquisados na Biblioteca da Universidade Jean Piaget de Luanda:

1. Pierre Conso- A Gestão Financeira das Empresas

2. Carlos Nabais e Francisco Nabais: Prática Financeira I: Análise Económica &


Financeira.

3. Luís Saias; Rui de Carvalho e Maria do Céu Amaral, Instrumentos Fundamentais de


Gestão Financeira

4. Luís Lima Santos: Fluxos de Caixa

5. Ciaran Walsh: Rácios Fundamentais de Gestão.

Outros livros possuídos em diferentes livrarias. A selecção do material em cada livro


foi feita a partir de índices. Outras pesquisas feitas foram electrónicas a partir da internet.
A norma da formatação do trabalho implementada é APA (American Psychological
Associatian) nas citações e na estrutura da referência bibliográfica de acordo a estrutura
do DAEFA (Departamento de Altos Estudos e Formação Avançada) da UniPiaget.

51
RESULTADOS E DISCUSSÃO

52
1. EMPRESA PINTO E CONSTRÓI, LDA

Actualmente tem a sua sede em Luanda-Viana, Kikuxi Rua Direita nº08.


Fonte: Estatuto da Pinto e Constroi, Lda 2009, Art.1º

53
Fonte: Estatuto da Pinto e Constroi, Lda 2009, Art.3º

Através da pesquisa feita a empresa na actualidade exerce as actividades de


construção civil, comércio, hotelaria e turismo.

A partir dos dados do balanço contabilístico de 2013 e 2014 respectivamente


obteve-se as seguintes rubricas de acordo o objecto do estudo. (Ver em anexo a Tabela 2,
p. 71)

1. Cálculos e interpretação de resultados

1. Cálculo de rácios de Liquidez

Liquidez geral

8 880 931,82
LG_13 = 4 433 642,68
LG-13 = 2,00

42 986 469,68
LG_14 = 39 520 827,27
LG-14 = 1,09

Liquidez reduzida

8 880 931,82−2 304 400,45


LR_13 = 4 433 642,68
L R-13 = 1,48

54
42 986 469,68−5 209 545,41
LR_14 = 39 520 827,27
LR-14 = 0,96

Liquidez imediata

6 546 571,37
LI_13 =
4 433 642,68
LI-13 = 1,48

6 771 953,79
LI_14 = 39 520 827,27
LI-14 = 0,17

1. Interpretação dos rácios de liquidez

As alterações destes rácios em dois anos, estão apresentados, no (ver em anexo


Quadro 2, p. 69)

Existe equilíbrio financeiro numa empresa quando os capitais circulantes forem pelo
menos de igual valor ao de exigível a curto prazo. (BENZINHO & RODRIGUES, 1995)

Na perspectiva estática, nesta situação há garantia de pagamento de todas as


dívidas que se vençam no prazo de um ano, como acontece em 2013 a empresa teve
capacidade de pagar todas as dívidas de um ano sem recorrer às existências utilizando a
disponibilidade até 1,48KZ para cada 1,00Kz de dívidas e a liquidez geral foi bastante
elevada, possuindo capacidade de 2,00Kz para cada 1Kz em dívida. O total do capital
circulante foi de (8 880 931,82), do qual 52% nas existências o restante acumulado em
disponibilidade.

Na perspectiva dinâmica, a empresa em 2014 aumentou o volume de negócios e


serviços em relação 2013. A tesouraria toda ficou aplicada nas existências e ficando

55
apenas com 17% e que de acordo os parâmetros dos rácios de liquidez a situação é ruim.
Uma das vantagens que tem, o facto de ser um minimercado onde os stocks podem estar
superlotados cuja venda é feita a pronto pagamento e a compra a prazo. O fluxo de
entradas de dinheiro é contínuo e o de saídas é descontínuo.

Nos dois períodos a empresa tinha um equilíbrio financeiro, isto implica que partes
dos capitais permanentes financiaram os activos circulantes. Os capitais circulantes são
multiplicadores dos capitais exigíveis a médio e longo prazo e é o ponto de partida do
crescimento económico. (Ver em anexo a Tabela 3, p. 71)

2. Cálculos de rácios de Actividades

(Ver em anexo a Tabela 4, p. 72)

Prazo Médio de Stockagem

/13
22 946 184,18
= 36
41 277 465,45 + 4 719 475, + 2 646 885,6
PMS/13 = 170

/14
3 756 972,93
= 36
156 373 6 3,96 + 9 277 31 ,97 + 16 4 5 928,45
PMS/14 = 7

Prazo Médio de Recebimento

29 96 ,
R/13 = 36
56 45 664,
PMR/13 = 0,19

12 182 656,98
R/14 = 36
134 166 961,74 + 57 641 669,69
PMR/14 = 23

Prazo Médio de Recebimento

675 387,77
/13 = 36
43 594 69,9 + 4 719 475,
PMI/13 = 5
56
3 124 78 ,79
/14 = 36
159 934 821,42 + 9 277 31 ,97
PMP/14 = 7

1. Interpretação dos rácios de actividades por rotação de


capital

E anexo a (Figura 2, p. 68), tem como objectivo resumir o número de dias que
decorrem desde o momento em que o dinheiro é pago aos fornecedores até ao dinheiro
correspondente ser recebido do cliente que adquire o produto. Considera-se Dia zero
para se indicar quando os produtos são recebidos do fornecedor. Conforme o quadro
anterior, em 2014 e 2013 as médias 7 e 170 respectivamente indicam o tempo em que os
produtos são vendidos. O cliente leva em média de 23 e zero (0) dias a pagar, pelo que o
dinheiro entra no dia 30 e 170 respectivamente.

Em relação à empresa dado o seu número médio de dias de créditos terá que pagar
ao fornecedor de produtos em relação os dois anos no 7º e 5º dia. No entanto, o lapso de
tempo entre a saída de dinheiro no 7º e 5º dia e o seu retorno a empresa no 30º e 170º é
a soma dos prazos de existências e contas a receber menos o prazo de contas a pagar, e
neste caso são 23 e 165 dias, e nesses períodos a empresas pagou vários vencimentos e
custos.

Segundo (WALSH, 1996): “é este lapso de tempo que cria na empresa a necessidade
de capital de rotação”. Dado o lapso de 23 e 165 respectivamente dos dois anos segundo
o mesmo autor, quer dizer que cada “1 milhão de Kwanza de vendas requer $63.888,89 e
$458 333,33 ($ 1m x 165/360) e ($ 1m x 23/360) respectivamente de capital de rotação.
Cada aumento de $1m criará a necessidade adicional de $63.333,89 e $458.333,33 em
recursos de cash dinheiro”. (ibid, 135) (Ver a Tabela 5, p. 72)
57
2. Estrutura da rotação de capital

(Ver em anexo a figura 2, p. 68)

Usamos o termo de «capital de rotação» para incluir apenas as três rubricas, ou seja,
«inventário existências», «contas a receber» e «contas a pagar», mas a definição
clássica cobre todas as rubricas em «activos correntes» e «passivos correntes. (...). A
razão é porque (1) são as contas dominantes e (2) o seu comportamento é
espontâneo. As principais rubricas excluídas são «cash disponibilidade» e
«empréstimos a curto prazo» que dependem de decisões superiores. Para fins de
gestão operacional, esta simples definição é mais útil.
(WALSH, 1996, 136)

3. Mapa de Lucros e Perdas


1. Interpretação dos resultados

(Ver em anexo o Quadro 3, p. 70)

A empresa em estudo mostra o crescimento em todas rubricas, nas vendas e nos


custos, por que, a cada unidade de lucro que se aumentar acarretará também um custo
adicional. Na análise estática, em 2013 a empresa quanto ao valor das prestações de
serviços foi nulo por que de acordo a pesquisa não exercia essas actividades. Em 2014 a
empresa inicia outro ramo de actividades de prestação de serviços e contraiu
empréstimos para novas aplicações e aumentar o nível de volume dos negócios.

Qualquer alteração numa economia também implicará nas outras, na análise


dinâmica a empresa em 2013 e 2014, tanto o nível das receitas, dos custos quer o dos
lucros alteraram-se positivamente, e surgiu logo, novas rubricas tal como empréstimos,
juros e nova taxa de impostos sobre os rendimentos (imposto Industrial) passando de
35% a 30% cujas alterações se verificaram no valor de impostos em que a empresa pagou
em 2 530 493,67KZ sobre 7 229 981,91Kz do valor da colecta e em 2014, o imposto pago
foi baixo a 2 200 883,00KZ sobre 7 336 276,67KZ do valor da colecta em relação ao ano
2013.

O resultado transitado de 2013 à 2014 foi totalmente incluído nas disponibilidades


razão pela qual a rubrica dividendo não vem especificado.
58
1. Cobertura de riscos de taxa de juro

(Ver em anexo a Tabela 6, p. 72 conjugado com o Quadro n 3, p. 70)

É já o momento de responder às hipóteses apresentadas anteriormente para dar a


sustentabilidade ao objectivo geral rasteado.

1. Analise Estática

Numa resposta curta o ano 2013 a empresa não contraiu empréstimos a curto
prazo isto implicou não haver os juros a pagar, tal que o LADJI foi simplesmente
direccionado em cobertura de impostos aproximadamente três vezes cuja taxa de
imposto em vigor neste ano de 35% sobre o valor da colecta. Portanto, o LADJI em 2013
teve uma capacidade correspondente tanto aos parâmetros dos rácios de liquidez de
cobrir os compromissos assumidos assim como de impostos porém, este resultado não foi
correspondente de acordo as previsões da empresa.

Em 2014 a empresa contraiu empréstimos a curto prazo de 3512320,32KZ e pagou


juros a 204 536,66KZ. A cobertura do LADJI aos juros foi aproximadamente 37 vezes e
para os impostos 3 vezes a taxa de 30% em vigor. Portanto, o LADJI em 2014 teve uma
capacidade correspondente tanto aos parâmetros dos rácios de liquidez de cobrir os
compromissos assumidos como de juros e impostos.

2. Análise dinâmica

Os dois anos apresentaram um equilíbrio financeiro a curto prazo, a empresa teve


um fundo circulante positivo capaz de pagar as dívidas assumidas em cada ano em
estudo. O primeiro ano as fontes de financiamentos foram autónomas e no segundo a
empresa recorreu as fontes de financiamentos bancários. Quanto à cobertura a empresa
só teve juros em 2014, o LADJI foi correspondente, assim como a dos impostos.

59
4. Calculo de Rendibilidade Líquida das Vendas

4 699 488,24
RV/13= 56 450 664,00

RV/13= 8,32%

𝟓 𝟏𝟑𝟓 𝟑𝟗𝟑,𝟔𝟕
RV/14= 191 808 631,43

RV/14= 2,68%

1. Interpretação da Rendibilidade Líquida das Vendas

(Ver em anexo a Tabela nº 7, p. 73)

A decisão de se aumentar o volume das vendas e a liquidez a curto prazo por meio
de empréstimos depende das rendibilidades líquidas das vendas e condicionada pelos
resultados líquidos. Em 2013 o coeficiente da rendibilidade líquido das vendas de 8.32%
contra 2,68% em 2014 nesse período decresceu. De certo, o que determina o crescimento
deste coeficiente é um equilíbrio entre os resultados líquidos e as vendas líquidas.

O volume das vendas em 2014 aumentou devido ao empréstimo contraído porém,


o lucro líquido não correspondeu com o volume das vendas. Uma análise feita com os
mesmos dados a empresa para recuperar os 8,32% ao do 2013 tinha que obter em 2014
um lucro líquido em 15 967 968,20Kz, isto é, do lucro líquido de 2014 adicionar-se-ia 10
832 574,53KZ. Portanto, só há crescimento do coeficiente de rendibilidade das vendas se
cada Kwanza aplicado nas vendas contribuir ao lucro líquido, caso não haja este
equilíbrio, decresce. Para maximizar o rendimento a empresa terá que reduzir as algumas
despesas só assim que se terá um coeficiente de rendibilidade das vendas cada vez mais
crescido.

60
2. Discussão de resultados

Na parte introdutória deste trabalho há questões mencionadas tal como: (Walsh


1996, p.128) “Terá cash suficiente no futuro imediato para satisfazer o seu passivo
corrente à medida que caêm os pagamentos? E de onde virá o dinheiro para pagar o
passivo a curto prazo? Como analisar, comparar e controlar os números que impulsionam
o valor da empresa?” A partir das análise de rácios de liquidez da evolução da
rendibilidade das vendas e da coberturas de riscos de juros e impostos dos anos
anteriores será o suficiente prever para o futuro.

Quando as fontes autónomas não forem suficiente para manter a liquidez a curto
prazo, recorre-se a empréstimos que deve-se em primeiro lugar fazer um estudo das
fontes de financiamento externos no sentido lato iniciando pelo sector de actividades, da
conjuntura política económica do estado (taxas de impostos), politicas financeiras (taxa
de juros) dos bancos.

No sentido restrito e técnico é preciso recorrer em análises financeiras de acordo as


análises já feitas neste capítulo, estática e dinâmica da empresa com suporte aos rácios.
Feitas estas pesquisas é o suficiente para contrair os empréstimos.

Finalmente o valor desta empresa de forma quantitativa foi avaliado e comparado


na perspectiva estática e dinâmica a partir das análises financeiras por meio de rácios de
liquidez de LADJI e outros da mesma natureza que facilitaram a interpretação.

De forma qualitativa a empresa apresentou bons resultados a um equilíbrio


financeiro excelente em 2013 e em 2014 em alguns aspectos e noutros como a
capacidade de pagar as dívidas a curto prazo utilizando a disponibilidade foi ruim em
2014. Porém, há que ter alguns cuidados na gestão de stocks, de créditos bancários e
redução dos custos para permitir aumentar o rendimento e ter sempre a disponibilidade
de liquidez.

Os resultados obtidos e analisados mostraram que o desempenho financeiro a curto


é avaliado em vários parâmetros sendo os principais os rácios de liquidez. A quem pense
que o desempenho só é avaliado através de lucro, na maioria dos casos o lucro chama as

61
primeiras atenções porém é preciso que se saiba a estrutura do lucros conforme foi visto
os seus componentes.

1. CONCLUSÃO

Durante o percurso do ensino e aprendizagem vários conceitos da vida


socioeconómico foram apreciados e que em qualquer altura poder-se-ia apresentar a
realidade destes conceitos. É dado este momento de reflexão aos problemas e dúvidas
obtidos durante a pesquisa do tema «DESEMPENHO FINANCEIRO DA EMPRESA “PINTO E
CONSTRÓI, LDA” UTILIZANDO OS RÁCIOS DE LIQUIDEZ E LADJI» e apresentar a realidade
62
concreta sobre estes rácios que permitem dar soluções aos problemas de falta de liquidez
face às dívidas a curto tempo. Do mundo de rácios aprendidos seleccionou-se os rácios de
curto prazo, até um ano e de outros que avaliam a cobertura do lucro antes ou no fim dos
encargos. É importante que se saiba que os rácios raramente fornecem as respostas para
os problemas, mas podem ajudar, de modo selectivo, a descobrir a razão de ser dos
problemas das empresas. São uma ferramenta de diagnóstico e não um medicamento
curativo.

Este tema foi pesquisado e elaborado como propósito de dar mais um contributo
em análises de curto prazos, dos problemas de liquidez e nas necessidades de determinar
os lucros antes e depois dos encargos. Este contributo destina-se a inúmeras empresas
que sofrem destes fenómenos “falta de liquidez” e “estruturas de lucros” na qual os
gestores financeiros, profissionais e estudantes estão cada vez mais preocupados em
procurar soluções.

A pesquisa teve como objecto do estudo a empresa já anteriormente apresentada


com referência aos anos 2013 e 2014. De acordo os parâmetros e conceitos teóricos
sobre os rácios de liquidez na qual a empresa teve capacidade de pagar suas
exigibilidades a curto tempo através dos activos correntes a média superior das suas
dívidas a curto prazo. No último ano as disponibilidades foram sacrificadas até 17%
abaixo dos parâmetros estabelecidos e entende-se que parte destes valores foi aplicada
nas existências.

Este estudo evidencia também alguns rácios que se julga serem importantes na
análise destes rácios em estudo para contribuir na interpretação e compreensão destes
fenómenos “falta de liquidez” e “estruturas de lucros”. O primeiro foi o rácio “fundo de
maneio circulante”, que através do qual se verificou que a empresa teve equilíbrios
financeiro a curto prazo em dois anos referidos mostrando um nível superior de
cobertura dos activos circulantes contra os passivos de curto prazo.

A forma mais nítida de compreender o papel da rotação do capital nas operações


de curto prazo de uma empresa é equilibrar e mostrar os prazos médios de stockagem
(existências), recebimento e de pagamentos. Neste sentido surgiu a necessidade de se

63
avaliar a gestão das políticas de créditos no funcionamento corrente que gerou este
equilíbrio, na qual levou-se ao estudo dos rácios de actividades, para prazos médios de
stockagem. Este rácio mostrou que a empresa teve um excelente prazo da rotação das
existências no primeiro ano foi de 170 dias, e com este prazo a empresa teve capacidade
de pagar todas dívidas que se venceram no mesmo ano. Tinha como necessidade de
financiamento em 165 dias e o prazo de recebimento dos clientes foi nulo por facto de
ser um minimercado onde as vendas são de natureza a pronto pagamento e como
vantagem as compras aos fornecedores são a prazos e o fluxo de entrada de dinheiro é
contínuo e o de saída é descontínuo.

No segundo ano a rotação ficou para 7 dias correspondendo aos dados


entrevistados. Neste ano a empresa abriu o ramo de prestações de serviços na qual
passou a vender a prazo as matérias-primas e subsidiárias, isto é, no ramo de construção
civil tendo como prazos médios de recebimento e pagamento 23 dias e 7 dias
respectivamente. O pagamento ao fornecedor é efectuado após os 30 dias onde 7 dias
são de rotação de existências e 23 dias de recebimento de clientes depois de uma semana
o fornecedor tinha o direito de cobrar. Em suma, a liquidez desta empresa evolui de uma
forma positiva porque os prazos médios de recebimento em 2013 nulos e 2014 são
inferiores a dos pagamentos. Também foram-se evidenciadas as rubricas espontâneas por
que reagem muito rapidamente às alterações nos níveis de facturação da empresa como
existências, contas a receber e contas a pagar. Foram consideradas contas vulneráveis o
facto de sofrerem muitas alterações no dia-a-dia da empresa e apresentaram um
equilíbrio excelente de acordo os resultados obtidos por meio de rácios de liquidez.

A estrutura do lucro durante os dois anos foi excelente tanto na perspectiva estática
da empresa que consistiu em análise ao longo de cada ano tal como na perspectiva
dinâmica cuja análise é conjunta para ambos anos. A cobertura de juros por LADJI em
2013 foi nulo porque a empresa autofinanciou-se e a cobertura de imposto foi
correspondente de acordo análises financeira e na vertente da empresa não
correspondente de acordo a informação obtida na entrevista. Em 2014 a empresa teve
fontes de financiamentos em bancos no qual a cobertura tanto de juros e de impostos foi
correspondentes.
64
No entanto não é suficiente avaliar simplesmente pelos resultado, já que o motor
gerador de lucro são as vendas, neste estudo baseou-se também no estudo do rácio de
rendibilidade líquidas das vendas (RLV), analisar o seu contributo na obtenção de liquidez,
do equilíbrio financeiro, dos bons prazos médios de actividades e na cobertura de riscos.
Em 2013 e 2014 verificou se um crescimento nas vendas de (56 450 664,00KZ e 134 166
961,74) e nos resultados (4 699 488,24Kz; 5 135 393,67Kz) respectivamente mas, de
acordo este rácio o de RLV (8,32; 2,68%) houve um decrescimento aproximadamente 6%
em relação ao ano 2013 e 2014.

Portanto, a análise efectuada levou a conclusão de que só pode haver o


crescimento do coeficiente de rendibilidade das vendas se cada Kwanza aplicado nas
vendas contribuir ao lucro líquido, caso não haja este equilíbrio, decresce. Para maximizar
o rendimento a empresa terá que reduzir algumas despesas só assim que se terá um
coeficiente de rendibilidade das vendas cada vez mais acrescido. É preciso ter um cuidado
em reduzir os custos porque qualquer alteração nas vendas e no lucro acarreta outros
custos adicionais, ambos entrelaçam-se.

Finalmente, a partir destes rácios dos resultados anteriores consegue-se prever a


liquidez para os próximos exercícios.

Este foi o fruto das teorias pesquisadas a partir de 2013 a 2015, pelo que os
resultados obtidos ainda suscitam tantas dúvidas aos utentes desta informação.
Entretanto, a ciência e a sociedade entrelaçam-se e jamais chegam ao fim porque as
sociedades são infinitas e são os homens que as constituem, os problemas sociais jamais
serão resolvidos na sua totalidade daí que surgem e surgirão sempre inquietações. Sendo
assim, este é um momento que este trabalho deixa um contributo na sociedade e sem
limitar a possibilidade de quem queira dar a continuidade em pesquisas destes rácios
estudados e outros evidenciados.

RECOMENDAÇÕES

Recomenda-se que a empresa em estudo se pretender aumentar o volume de


negócios a partir de fontes de financiamentos autónomas ou externas é necessário que se
65
faça análises dos rácios de liquidez e, sobretudo de rendibilidade líquidas das vendas.
Estes podem determinar se a empresa pode contrair empréstimos ou pode usar as fontes
autónomas.

Para uma boa gestão eficiente é necessário que se estude os rácios de liquidez
capazes de analisar os níveis de cobertura das dívidas a curto prazo e determinar que
rubricas de liquidez a seleccionar face aos pagamentos de curto prazo, isto é, se pode
recorrer às existências ou às contas a receber ou até às disponibilidades (banco e caixa). A
análise do equilíbrio financeiro a curto prazo é efectuada também a partir do fundo de
maneio circulante, e que de acordo a regra do equilíbrio financeiro os capitais circulantes
devem ser financiados em grande parte pelos capitais permanentes.

Para se maximizar o rendimento deve se acompanhar a evolução das vendas e


identificar a estrutura dos lucros antes ou depois de encargos através da cobertura de
rendibilidade líquida das vendas e da cobertura de riscos de taxas de juros praticados
pelos bancos e taxas de impostos da conjuntura política económica do estado.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

66
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e Financeira. 2ª Edição. Lisboa: Escolar Editora.

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Limitada.

Franco, J.M. & Martins, H.A. Conceitos e Princípios Jurídicos. 1ª Ed. 1983. Coimbra: Livraria
Almedina.

Lousã, A. & Salgueirinho, C. (2013). A Contabilidade e a Gestão Diária. 1ª Edição. Luanda:


Plural Editores.

Nabais, C. & Nabais, F. (2011). Prática Financeira I: Análise Económica e Financeira. 8ª


Edição. Lisboa: Lidel - Edições Técnicas, Lda.

Saias, L., De Carvalho, R. & Amaral, M.C. (2006). Instrumentos Fundamentais de Gestão
Financeira. 5ª Edição. Lisboa: Universidade Católica Editora.

Santos, L.L. (2004). Fluxos de Caixa. 3ª Edição. Porto: Vida Económica.

Walsh, C. (1996). Rácios Fundamentais de Gestão. Lisboa: Instituto Piaget.

67
Referências Eletrónicas

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Conceitos de Mensuração e Avaliação de Desempenho em Relatórios
Gerenciais e a Relação com Indicadores Financeiros de Desempenho: um
estudo em companhias abertas brasileiras. Obtido em 11 de Julho 2014, de
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Professorleo: http://www.professorleo.com.br/blog/wp-
content/uploads/2010/09/Apostila-An%C3%A1lise-Financeira-Download.pdf

Lima, A. (ca. 2013). Modalidades e Metodologia da Pesquisa Científica. Obtido em 02 de


Dezembro de 2014. De Docente:
http://www.docente.ifrn.edu.br/avelinolima/...lic.../modalidades...pesquisa.../v
iew

Passaia, C., Da Silva, B.A., Da Silva, E.M. & DemozzI, M. (2003): Análise Econômica
Financeira Com Utilização de Índices. Obtido em em 18 de Novembro de 2014.
de Uninova: http://www.uninova.edu.br/Uni/Revista/artigos/artigo03.pdf

Portal De Contabilidade (ca. 2013): Glossário de Termos Contábeis, pp. 3-8. Obtido em
21 de Novembro de 2014, de PORTAL DE CONTABILIDADE:
http://www.portaldecontabilidade.com.br/glossario.htm

68
ANEXOS / APÊNDICES

69
ANEXOS / APÊNDICES
Figura 1- Estrutura do Lucro

Lucro antes da dedução dos juros e


impostos (LADJI)
Balanço

ELP

Financiadores
Juros

ECP

Lucro antes da dedução de


impostos (LADI)
Governo

Impostos

Lucro depois da dedução do


imposto (LDDI)
Accionistas

Pagamento
em cash
Crédito à
Dividendos conta do
accionista
em B/S CP

70
Resultados
Transitados

(RT)

Fonte: Ciaran Walsh, 1ª Ed. 1996, p. 59. Rácios Fundamentais de Gestão .(Key Management Ratios).
Lisboa

Figura 2- Estrutura dos resultados da rotação de capital


Estudo de caso a empresa PINTO E CONSTRÓI, LDA, ano de 2014 e 2013

Os produtos são Os produtos são


Os produtos
recebidos nos dias recebidos nos dias
são recebidos 23 e 165
7 e 170
no dia 0

Existências Contas a receber


dias 7 e 170 dias 23 e 0

Contas a pagar
dias 7 e 5

Lapso de tempo cash-out/cash-in4


A necessidade de financiamento da
empresa é de 23 e 165 dias

O dinheiro é pago aos O dinheiro é recebido


fornecedores nos dias dos clientes nos dias 30
7 e 5 respectivamente e 170 respectivamente
2014 e 2013 2014 e 2013

71
_____________________________
1. Cash-out/cash-in entradas e saídas de dinheiro respectivamente

Quadro 1- Parâmetros dos rácios de liquidez

Liquidez Seca
Liquidez Corrente Liquidez Geral
Reduzida

Índice Situação Índice Situação Índice Situação

> 1,50 < 2,00 Excelente >1,0 < 2,00 Excelente > 1,0 < 2,00 Excelente

> 1,00 < 1,50 Boa >0,8 < 1,00 Boa > 0,8 < 1,00 Boa

> 0,50 < 1,00 Regular >0,40<0,80 Regular > 0,40 < 0,80 Regular

< 0,50 Ruim < 0,40 Ruim < 0,40 Ruim


Fonte: Passaia et al, 2003, p. 7. Análise Econômica Financeira com Utilização de Índices. [obtido
em 18 de Novembro de 2014]. Disponível em:
http://www.uninova.edu.br/Uni/Revista/artigos/artigo03.pdf

Quadro 2 - Análise dos resultados na base dos paramétrico dos rácios de liquidez
72
Liquidez Seca
Ano Liquidez Imediata Liquidez Geral
[Reduzida]
Índice Situação Índice Situação Índice Situação
2013 1,48 Excelente 1,48 Excelente 2,00 Excelente
2014 0,17 Ruim 0,96 Boa 1,09 Excelente
Fonte: Dados retirados do Balanço Analítico da empresa Pinto e Constrói, Lda de 31-12-2013 e 31-12- 2014

5
Quadro 3- Mapa dos resultados de Lucros e Perdas

(Moeda em Kwanza)
Ano
Rubricas
2 014 2 013
Vendas e prestações de Serviços 191 808 631,43 56 450 664,00
Custos de exploração 184 267 818,10 49 220 682,09
LADJI 7 540 813,33 7 229 981,91

Juros 204 536,66

LADI 7 336 276,67 7 229 981,91

Impostos 2 200 883,00 2 530 493,67


LDDI 5 135 393,67 4 699 488,24
Resultado Transitado 5 135 393,67 4 699 488,24

7 54 813,33
𝐴𝑛𝑜 2 14 = 36,87 V𝑒𝑧𝑒𝑠
2 4 536,66
7 229 981,91
𝐴𝑛𝑜 2 13 = 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠 I rm
, 73
Fonte: Dados retirados nas Demonstrações dos Resultados dos anos 2013 e 2014
da empresa Pinto e Constrói, Lda.

Tabela 1- A regra do equilíbrio financeiro

Activo fixo Capitais permanentes

Fundo de maneio
Activo circulante
Passivo circulante

Fonte: Prática Financeira I, Análise Económica e Financeira; NABAIS, Janeiro 2011; p. 139 - 8ª Ed.

__________________________________________
2. Estrutura do mapa de lucros e perdas cobertura de riscos de taxa de juro. cf. (WALSH, 1996, p.
139)

Tabela 2 – Rubricas para o cálculo dos rácios de Liquidez dos exercícios 2013 e 2014.
(Moeda em Kwanza)

Ano
Rubricas
2 014 2 013
Activo Circulante 42 986 469,68 8 880 931,82
Existências 5 209 545,41 2 304 400,45
Disponibilidades 6 771 953,79 6 546 571,37
Passivo Circulante 39 520 827,27 4 433 642,68

Fonte: Dados retirados do Balanço Analítico da empresa Pinto e Constrói, Lda de 31-12-2013 e 31-12- 2014.

Tabela 3 – Rubricas para cálculo de Fundo de Maneio

Circulante dos exercícios 2013 e 2014

74
(Moeda em Kwanza)
Ano
Rubricas
2 014 2 013
Total do Activo Circulante 42 986 469,68 8 880 931,82
Subtração _ _
Passivo Circulante 39 520 827,27 4 433 642,68
Igualdade = =
Fundo de Maneio Circulante 3 465 642,41 4 447 289,14
Fonte: Dados retirados do Balanço Analítico da empresa Pinto e Constrói, Lda de 31-12-2013 e 31-12- 2014.

Tabela 4 – Rubricas de dados para cálculos de rácios de Actividades dos exercícios 2013 e 2014

Ano
(Moeda em Kwanza)
Rubricas
2014 2013
Saldo Médio de Existências 3.756.972,93 22.946.184,18
Saldo Médio de Clientes 12.182.656,98 29.960,00
Saldo Médio de Fornecedores 3.124.780,79 675.387,77
Vendas 134.166.961,74 56.450.664,00
Prestações de serviço 57.641.669,69
Custo das mercadorias Vendidas e das matérias-primas
e subsidiárias consumidas
156.373.603,96 41.277.465,45

Custo com pessoal 16.405.928,45 2.646.885,60


Compras 159.934.821,42 43.594.069,90
Fornecimento e Serviços Externo 9.277.310,97 4.719.475,00
Fonte: Dados retirados do Balanço Analítico da empresa Pinto e Constrói, Lda de 31-12-2013 e 31-12- 2014.
Tabela 5– Rotação de capital
75
(Moeda em Kwanza)
Ano Ano
Rubricas Dias Dias
2014 2013
Existências 5.209.545,41 7 2.304.400,45 170
Contas a receber 31.004.970,48 23 29.960,00 0
Contas a pagar 36.008.506,95 7 4.433.642,68 5

Fonte: Dados retirados do Balanço Analítico da empresa Pinto e Constrói, Lda de 31-12-2013 e 31-12- 2014.

6
Tabela 6 – Cobertura de riscos de taxa de juro
(Moeda em Kwanza)
Ano
Rubricas
2 014 2 013
LADJI 7 540 813,33 7 229 981,91
Juros 204 536,66 0,00
Impostos 2 200 883,00 2 530 493,67

Cobertura de risco de taxa de juro 36,87 vezes #DIV/0!

Cobertura de Impostos 3,43 vezes 2,86 vezes


Fonte: Dados retirados nas Demonstrações dos Resultados dos anos 2013 e 2014 da
empresa Pinto e Constrói, Lda.
____________________________________________________________________________________________________
_____

Tabela 7– Rendibilidade Líquida das Vendas dos exercícios 2014 e 2013


(Moeda em Kwanza)
ANOS
RUBRICAS
2 014 2 013
Lucro líquido (Resultado Transitado) 5. 135. 393,67 4. 699. 488,24
Vendas 134. 166. 961,74 56. 450. 664,00
Prestações de serviços 57. 641. 669,69 0,00

Descontos concedidos 0,00 0,00


Devolução de clientes 0,00 0,00
Vendas líquidas 191. 808. 631,43 56. 450. 664,00

76
Rendibilidade das vendas 2,68% 8,32%
Fonte: Dados retirados nas Demonstrações dos Resultados dos anos 2013 e 2014 da
empresa Pinto e Constrói, Lda.

77

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