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Demonstrativos fundamentais para sua empresa que você precisa conhecer

Existem dois importantes demonstrativos que valem a pena ser conhecidos e


considerados na análise do administrador, o balanço patrimonial, que permite o
levantamento dos ativos e passivos da empresa e a DRE, que demonstra o resultado
financeiro do exercício. Por esse motivo, trouxemos aqui um pouco deles, para que você
possa entender os números trazidos por cada um e gerir de forma mais eficaz seu
negócio. Acompanhe com a gente!
O Balanço Patrimonial faz parte da rotina de uma gestão empresarial de sucesso. Ele é
um tipo de levantamento de responsabilidade do setor contábil. É um documento muito
importante para ajudar na gestão dos mais variados tipos e tamanhos de empresas.
Todo gestor deseja, mais que qualquer outra pessoa, o sucesso e crescimento de sua
empresa. É por isso que avaliar esse tipo de relatório financeiro deve ser entendido
como uma das práticas mais importantes para entender o seu negócio. Ele ajuda o
gestor a entender o valor da sua empresa e a forma como ela está se desenvolvendo.
Através do Balanço Patrimonial, por exemplo, o gestor é capaz de ter uma visão
privilegiada da sua empresa. E, dessa forma, pode implementar ações importantes no
sentido de otimizar processos ou fazer mudanças para buscar o crescimento do seu
negócio.
O que é Balanço Patrimonial?
O Balanço Patrimonial é um dos demonstrativos contábeis mais úteis para a gestão.
Através dele é possível visualizar tanto a posição patrimonial quanto a financeira de um
negócio. Este demonstrativo faz parte de toda empresa e tem a intenção de verificar o
equilíbrio — ou a falta dele — entre o que a empresa tem e seus débitos.
Dentre esses débitos constam as dívidas e também obrigações fiscais que já fazem parte
da rotina da empresa. Apesar de serem dados cotidianos, é muito importante estar
sempre de olho no equilíbrio das contas para evitar problemas futuros. Um exemplo de
algo que pode acontecer quando o Balanço Patrimonial é ignorado é a empresa contrair
mais dívidas do que é capaz de pagar.
Quando um cenário como esse ocorre, fazer o Balanço Patrimonial pode ajudar a ter
uma visão dos bens que a empresa possui e, se for o caso, liquidar algum deles. No
entanto, se a saúde financeira da empresa está em dia, ao invés de liquidar algum bem
para pagar dívidas, a empresa pode fazê-lo para investir no seu crescimento. No
entanto, seja como for, ter essa visão acerca dos bens só é possível com um Balanço
Patrimonial bem-feito.
A principal função do Balanço Patrimonial é, sobretudo, fornecer um quadro
transparente e preciso sobre a situação financeira da empresa, dentro de um período
pré-determinado. Este período geralmente é de 1 ano.
Nesse demonstrativo não constam apenas lucros ou dívidas. Nele também constam as
posses da empresa, que podem ser prédios, maquinários, etc. Enfim, todos os itens que
compõem o Patrimônio da Empresa. Nesse sentido podemos entender o quanto o
Balanço Patrimonial é completo. E, por isso mesmo, é uma excelente ferramenta para
acompanhar a saúde financeira da empresa.
O Balanço Patrimonial favorece um bom planejamento:
Antes de mais nada, o Balanço Patrimonial é uma obrigação, prevista inclusive pelo
Código Civil para a maioria das empresas. No entanto, ainda que seja normalmente
obrigatório apenas para empresas maiores, ele pode ser de extrema utilidade nas
empresas pequenas também. Através dele é possível ter mais clareza e precisão acerca
da situação financeira da empresa. E, com esta visão otimizada, é possível traçar os
próximos passos com mais tranquilidade.
Um bom demonstrativo precisa ser feito de forma muito precisa e rigorosa. Afinal de
contas, é através dele que será possível ter um bom controle patrimonial da empresa e
também planejar os próximos passos desta.
Através desse relatório o gestor é capaz de visualizar se há um equilíbrio nas suas contas.
Sendo assim, ele tem à mão dados importantes sobre sua empresa, tais como:

• Sua situação atual;


• A situação patrimonial: bens, direitos, obrigações etc;
• Sua capacidade de endividamento, lucratividade, crescimento bem como
investimentos;
• As necessidades, tanto operacionais quanto financeiras;
• Fontes de recursos e despesas;
• O desempenho, ao observar a evolução do patrimônio;
• O valor através dos ativos ou patrimônio líquido;
• A possibilidade de pagamento de dividendos a sócios e acionistas;
• Informações que podem ser úteis para investidores e interessados;
• Dados para planejar o futuro da empresa com base em dados sólidos, tomando
decisões assertivas e eficazes.
Vendo dessa forma, manter o Balanço Patrimonial em dia é uma excelente forma de
garantir que sua empresa tenha chances de crescer e se desenvolver no mercado.
Afinal de contas, nada favorece mais o crescimento do que uma visão clara do negócio.
E, a partir dessa visão, planejar os próximos passos para o crescimento da sua empresa
fica muito mais fácil.

Exemplo de Balanço Patrimonial


Um Balanço Patrimonial tem uma estrutura pré-determinada. Ele é composto por 3
informações principais de uma empresa:
• Ativos;
• Passivos;
• Patrimônio líquido.
Ao lado esquerdo do documento ficamos ativos (bens e direitos), ao lado direito os
passivos (obrigações) e abaixo destes o patrimônio líquido. O total de ativos deve ser
igual ao total de passivos e patrimônio líquido.
Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido
Como você pôde ver, o Balanço Patrimonial é uma ferramenta e tanto a ser utilizada
para fazer sua empresa voar. Mantê-lo em dia te oferece dados suficientes para tomar
decisões certeiras e garantir o sucesso do seu negócio

Já a DRE é um relatório contábil que faz parte do cotidiano de qualquer empresa, grande
ou pequena. E, quando você deseja que sua empresa cresça cada vez mais, entender os
principais processos é importante. Dessa forma, você consegue ter uma visão melhor do
seu negócio.
O que é o DRE
DRE é a sigla para Demonstração do Resultado do Exercício. Ele é um relatório contábil
dos mais importantes de uma empresa. Através dele, por exemplo, é possível saber se
uma empresa teve lucro ou prejuízo em determinado período de tempo, e os motivos
desse resultado. Dessa forma, este relatório tem não apenas importância contábil, mas
gerencial também.
Normalmente o DRE é feito em conjunto com o Balanço Patrimonial, já que algumas
informações podem ser úteis a ambos. Todas as empresas, exceto MEI, precisam fazer
o DRE anualmente, após o encerramento do ano-calendário. Além disso, ele precisa ser
assinado por um contador devidamente registrado no Conselho Regional de
Contabilidade.
A importância do DRE para uma empresa vai muito além do simples cumprimento de
uma obrigação legal. Um DRE bem estruturado pode gerar análises que ajudam no
crescimento da empresa como um todo. Portanto, este relatório é essencial para
cumprir as obrigações legais da empresa, e também para o sucesso da mesma.
Para que serve o DRE
O DRE tem diversas utilidades, para além do simples cumprimento do protocolo legal.
Quando a gestão sabe utilizá-lo com sabedoria, ele se torna um grande aliado da
empresa. Através do demonstrativo, é possível conhecer de forma muito transparente
a situação financeira da empresa. Além disso, a partir dele é possível fazer análises
criteriosas com a finalidade de detectar problemas e buscar melhorias.
Abaixo algumas utilidades do DRE:

• Confrontamento de dados de receitas x despesas


• Visão transparente do desempenho da empresa
• Visualização da real situação do negócio
• Analisar a saúde financeira da empresa
• Verificar a necessidade de reduzir gastos
• Entender pontos de melhorias para aumentar a lucratividade
No entanto, quando se fala em protocolo legal, o DRE é um documento essencial para
diversas situações. É através dele, por exemplo, que o Governo verifica se a empresa fez
a tributação de forma adequada. Além disso, o Governo faz a confrontação dos dados
do DRE e do IRPJ dos sócios para verificar se os valores de lucro declarados batem.
Ele também pode ser um dos relatórios solicitados por bancos, quando feita uma
solicitação de financiamento. Com a análise do DRE, a instituição financeira pode fazer
uma projeção da empresa e verificar se é vantajoso conceder um empréstimo.
Investidores também podem requerer o DRE para fazer uma análise mais profunda e
decidir se vale a pena ou não investir na empresa.
Apesar de ser solicitado anualmente, a empresa pode dar um passo à frente e fazer o
relatório mensalmente para fins administrativos ou mesmo trimestralmente, a fim de
acompanhar de perto o progresso do negócio.
Como funciona o DRE — Como fazer o DRE
Como já dito anteriormente, o DRE só pode ser feito por um contador devidamente
credenciado. O relatório possui uma sequência de informações a serem inseridas,
seguindo um padrão pré-estabelecido.
Alguns dos cálculos a serem realizados:

• Receita de vendas — aqui entram as vendas de produtos ou serviços realizados;


• Impostos e deduções — detalhamento de toda a tributação devida
(independente de terem sido pagas ou não): DAS, ICMS, ISS, PIS, COFINS.
• Receita líquida — seguindo a “fórmula” básica: receita líquida = receita bruta —
impostos e deduções.
• Custos de venda — aqui entram todos os valores investidos na compra e venda
de mercadorias que serão revendidas ou utilizadas na prestação de serviços.
• Lucro bruto — mais uma “fórmula” básica: lucro bruto = receita líquida — custos.
• Despesas — aqui entram todos aqueles gastos que não se classificam como
custos, como, por exemplo: conta de luz, internet, aluguel, etc.
• IRPJ e CSLL — como incidem diretamente sobre o lucro das empresas, estes
impostos ganham uma sessão à parte. Esta parte não se aplica ao Simples
Nacional.
• Receitas e despesas não operacionais — nesse ponto entram as receitas e
despesas que não necessariamente se originam da atividade operacional da
empresa, como a venda de ativos imobilizados ou recebimento de prêmios.
• Receitas e despesas financeiras — estas ficam à parte para não prejudicar a
leitura do resultado operacional. Alguns exemplos de receitas e despesas
financeiras: rendimento de aplicações, descontos, multas e juros por atraso no
pagamento de impostos, etc.
• Resultado do exercício — se refere ao lucro ou prejuízo depois do lançamento
de todas as receitas e despesas da empresa no período do exercício.
Como é possível ver, os cálculos e informações a serem coletadas podem tornar esse
processo um tanto quanto complexo. Por isso, a melhor coisa a se fazer é contar com a
ajuda de um profissional habilitado e, se possível, de um software de gestão financeira.
Com estes dois pontos em ordem, o processo se tornará não apenas mais fácil, mas
também com menor incidência de erros.

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